CLDF

A falta de insumos, a exemplo de compressas, e de medicamentos básicos – como sedativos e analgésicos, responsável pelo adiamento de cirurgias eletivas que seriam realizadas no Hospital de Base, foi duramente criticada pelos distritais na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta terça-feira (9).

A deputada Arlete Sampaio (PT) citou o caso de paciente que já teve a data prevista prorrogada em três ocasiões. “A Secretaria de Saúde não tem assegurado o mínimo necessário para o atendimento nas unidades de saúde e os problemas aumentam quando se trata do Iges-DF”, afirmou a parlamentar, referindo-se ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal, responsável pelo hospital.

Para Leandro Grass (Rede), “o DF vive a pior situação da saúde pública da sua história”, classificando-a de “calamitosa”. O deputado avaliou a conjuntura, responsabilizando o governo pelos erros na “seleção dos gestores e escolha do modelo de gestão, além de opções éticas”, chamando o Iges-DF de “instituto dos escândalos”. Grass solicitou ao Ministério Público que não deixe de dar sequência às denúncias que têm sido encaminhadas.

Por sua vez, o deputado Fábio Felix (Psol) lembrou o lugar de destaque que o Hospital de Base sempre ocupou na rede de saúde e relatou visita recente ao local, na companhia de Arlete Sampaio. “Faltam medicamentos simples, não estamos tratando de remédios complexos”, lamentou. Na visão do parlamentar, não é possível tratar as cirurgias eletivas como se não fossem importantes: “Não podem ser consideradas adiáveis. Muitas vezes, têm pressa, como no caso da remoção de tumores cancerígenos”.

A deputada Júlia Lucy (Novo) concordou com as avaliações dos colegas sobre a gestão do Hospital de Base e defendeu que os problemas “mostram a necessidade de a Câmara Legislativa instalar comissão parlamentar de inquérito para investigar o Iges-DF”.

Cadeiras para acompanhantes

Ainda dentro da temática da saúde, o deputado Guarda Janio (Pros) criticou a falta de  cadeiras adequadas para acomodar os acompanhantes dos pacientes na rede pública de saúde. Na opinião do distrital, a presença dos acompanhantes nessas unidades “é  imprescindível para a recuperação dos internados”. Ele apelou ao GDF para que providencie os equipamentos.