Secretaria de Transporte apresenta estudo sobre repartição tarifária à Comissão de Mobilidade
Secretaria de Transporte apresenta estudo sobre repartição tarifária à Comissão de Mobilidade
Foto: Rinaldo Morelli/CLDF

De acordo com analista André Peixoto, os dados são de agosto de 2019
Em reunião da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Câmara Legislativa, na manhã desta quarta-feira (31), técnicos da Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana do DF (Semob) apresentaram um estudo metodológico para cálculos das tarifas do transporte público do DF.
O estudo é um dos resultados do Grupo de Trabalho (GT), instalado em novembro do ano passado, para avaliar o projeto de Implementação de Metodologia de Repartição Tarifária do Movimento Integrado no Sistema de Transporte Público Coletivo do DF (STPC). Segundo os analistas de transporte urbano da Semob, quando o projeto foi proposto, em 2019, a repartição tarifária tinha uma importância mais significativa do que hoje, uma vez que, na época, a maioria dos permissionários era remunerada por tarifa usuário. Por outro lado, à medida que avançar o movimento integrado, o tema voltará a ter relevância na Semob. Eles ressalvaram que, no momento, o projeto está parado dependendo de informações do sistema de bilhetagem para avançar nos estudos e atualizá-los.
Segundo o analista André Peixoto, responsável pelo projeto, a integração tarifária abrange os serviços básico e complementar, com o objetivo de proporcionar desconto na tarifa aos usuários que realizarem viagens usando um ou mais modais de transporte público, com limite de três horas para chegar ao destino.
Peixoto relatou que o estudo abrangeu cerca de dois milhões de linhas do movimento integrado, mas alertou que os dados estão desatualizados desde 2019. Ainda assim, o resultado da simulação aponta, com base nos dados de agosto de 2019, para uma economia de R$ 321 mil por mês, quase R$ 4 milhões por ano, para o GDF.
Peixoto reiterou, diversas vezes durante a apresentação, sobre a necessidade de atualizar o projeto, acrescentando que, para ser implementado, o GT precisaria de ferramenta computacional para fazer o mapeamento das linhas do movimento integrado, a implantação da metodologia da repartição tarifária para conhecer os efeitos financeiros, entre outros elementos.
Tarifa Zero
Para o presidente do colegiado, deputado Max Maciel (PSOL), o modelo apresentado não está claro nem há segurança que o Estado economizará. Max convidou todos para a audiência pública da comissão, no próximo dia 13, para tratar sobre a questão da tarifa zero.
Por sua vez, o deputado Fábio Felix (PSOL) destacou a importância de a comissão ter a documentação do GT da Semob e acrescentou que o colegiado tem feito reuniões para entender o modelo tarifário, a capacidade de arrecadação, o volume que o GDF já aporta no sistema, entre outras informações e possibilidades de implementação do sistema.
Participaram da reunião de hoje (31), transmitida ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube, com tradução simultânea em Libras, os deputados Max Maciel (PSOL), Martins Machado (Republicanos), Fábio Felix (PSOL), Pepa (PP) e Gabriel Magno (PT).
Franci Moraes - Agência CLDF