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Distritais debatem hospitais, vacina, volta às aulas e outras questões da pandemia

Publicado em 25/05/2021 17h32

Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

A inauguração, nesta terça-feira, do Hospital de Campanha de Ceilândia pontuou os debates sobre a pandemia no plenário virtual

A inauguração, nesta terça-feira, do Hospital de Campanha de Ceilândia pontuou os debates sobre a pandemia no plenário virtual

A sessão remota da Câmara Legislativa desta terça-feira (25) tratou de vários temas relacionados à pandemia. Os parlamentares lembraram a abertura do hospital de campanha de Ceilândia, fizeram críticas à condução da campanha de vacinação pelo Governo do Distrito Federal, bem como debateram a ausência de um plano de retorno às aulas presenciais na rede pública de ensino.

O deputado Delegado Fernando Fernandes (Pros), ao mesmo tempo em que parabenizou o GDF pela inauguração do hospital, comentou sobre os leitos que não estão funcionando. “Foram acrescidos 100 novos leitos  à rede e há 270 desativados?”, indagou. Também sugeriu que esses hospitais não sejam desativados ao contrário do que foi feito no ano passado. Por fim, o parlamentar solidarizou-se com o ex-deputado federal Alberto Fraga cuja esposa faleceu em decorrência da Covid-19. Na mesma linha, manifestou-se o deputado Agaciel Maia (PL).

Sobre o número de leitos, a deputada Arlete Sampaio (PT) disse que também estava “intrigada”. Felicitando o governo pela abertura de mais um hospital de campanha, questionou o GDF sobre leitos obstruídos: “Há 821 no total, de várias categorias, mas no relatório constam 183 bloqueados, aguardando liberação”. A distrital preocupou-se com uma possível “terceira onda”, tendo como base dados de leitos de UTI ocupados, mais de 90%. Fez menção ainda à matéria publicada pelo jornal espanhol El País, dando conta de que pessoas atendidas no serviço de saúde do DF, na verdade, têm fome.

Já o deputado Chico Vigilante (PT) fez um apelo pela inclusão dos profissionais da segurança privada entre as categorias prioritárias da vacinação. Por sua vez, Agaciel Maia defendeu a imunização dos taxistas. Enquanto Fábio Felix (Psol) trouxe ao plenário virtual os problemas que têm deixado os postos de saúde vazios. “O GDF precisa ampliar a faixa etária e acelerar a vacinação”, sugeriu.

A imunização dos profissionais da área de educação chamou a atenção do deputado Leandro Grass (Rede): “É lamentável que sejam vacinados somente agora”, afirmou, acrescentando que, mesmo assim, a Secretaria de Educação não apresentou um plano de retorno das aulas presenciais. “Como é comum, o governo anuncia data sem planejamento”, criticou.

A questão das escolas que permanecem fechadas foi tema da deputada Júlia Lucy (Novo), classificando de “incompetente” a Secretaria de Educação “que permanece em silêncio”. A distrital destacou que a maior parte dos alunos não tem acesso às aulas online, por falta de equipamentos. “A pasta também não tem ouvido os professores e os gestores escolares que desejam voltar a ministrar aulas”, concluiu.

O deputado Jorge Vianna (Podemos) criticou a direção do Instituto de Gestão em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) que não autorizou a apresentação de músicos da Orquestra Filarmônica de Brasília no Hospital de Base e no Hospital de Santa Maria, ambos geridos pela instituição. “Nas, demais unidades, a música levou um pouco de conforto neste momento tão difícil”, declarou. Ele relatou ainda as reivindicações e atividades do mês da enfermagem, em curso.

Marco Túlio Alencar - Agência CLDF