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Distritais criticam governador pela condução da crise sanitária

Publicado em 06/04/2021 20h31

Foto: Reprodução/TV Web CLDF

Entre outros temas, reclamaram dos problemas na vacinação e da falta de providências para resolver o colapso das unidades de saúde

Entre outros temas, reclamaram dos problemas na vacinação e da falta de providências para resolver o colapso das unidades de saúde

Diante do aumento registrado nos índices de contaminação e mortes por Covid-19 no Distrito Federal, parlamentares usaram a tribuna virtual da Câmara Legislativa, na sessão remota desta terça-feira (6), para criticar a condução da crise sanitária pelo governador Ibaneis Rocha. Entre outros temas, reclamaram dos problemas na vacinação e da falta de providências para resolver o “colapso” das unidades de saúde.

O deputado Chico Vigilante (PT) usou termos como “incompetência e irresponsabilidade” para descrever a situação enfrentada pela população de 66 anos de idade que compareceu aos postos de imunização, depois de anúncio do GDF, mas o número de doses disponíveis foi insuficiente para atendê-los. Também descreveu as dificuldades enfrentadas pelas funerárias e o reajuste no preço de insumos necessários aos sepultamentos.

Já Arlete Sampaio (PT) acrescentou que, enquanto os hospitais estão “abarrotados” e falta pessoal em número suficiente para prestar um serviço de qualidade, “o governador comparece a evento com o presidente a quem declara fidelidade”. A distrital chamou a atenção ainda para uma possível falta de doses para cobrir toda a segunda etapa da vacinação, considerando o total de imunizados no DF. “Além disso, não há um gesto objetivo em relação a aquisição direta de vacinas”, completou.

Leandro Grass (Rede), por sua vez, considerou que Brasília sofre com um “vazio de liderança”. Na avaliação dele, Ibaneis Rocha “quer agradar a todos e não perder apoio político, por isso, constatamos a inexistência de metas, prazos e prioridades”. Seguindo sua análise, apontou que o governador “não foi capaz de tomar as providencias necessárias” para enfrentar os problemas. “Não existe testagem e os hospitais estão colapsados. É urgente que o governo faça alguma coisa”, apelou.

Além de lamentar os números recordes, que fazem o DF figurar entre as unidades da federação com o maior número de óbitos, Júlia Lucy (Novo) afirmou que “se houvesse um sistema que acolhesse os pacientes de forma rápida, assim que constatada a doença, muitas mortes poderiam ter sido evitadas”. A deputada disse ter ouvido relatos sobre o esgotamento das equipes de saúde e defendeu prioridade na vacinação para pessoas com comorbidades, especialmente, submetidos a tratamentos oncológicos e diálises.

Sobre esse ponto, preferência na imunização, vários parlamentares manifestaram-se. Eduardo Pedrosa (PTC) seguiu a colega e ratificou a necessidade de imunizar urgentemente esse grupo. “Não podemos deixá-los para trás em virtude da escassez dos fármacos”, argumentou. Enquanto João Cardoso (Avante) pediu pelos garis – “que recolhem, inclusive, lixo contaminado” – e pelos estagiários da área de saúde que estão na linha de frente.

Marco Túlio Alencar - Agência CLDF