Publicador de Conteúdos e Mídias

Distritais protestam contra devastação de área intacta do cerrado na Granja do Ipê

Publicado em 13/10/2021 17h30

Foto: Reprodução/TV Web CLDF

A deputada Arlete Sampaio trouxe o tema ao plenário e cobrou do governo a prisão dos responsáveis pelo crime ambiental

A deputada Arlete Sampaio trouxe o tema ao plenário e cobrou do governo a prisão dos responsáveis pelo crime ambiental

A ação de grileiros que terminou com a devastação de uma área intacta do cerrado de cerca de 7 mil metros quadrados, na Granja do Ipê (Riacho Fundo II), provocou indignação nos deputados distritais. Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) – unidade de conservação que visa proteger locais por suas características naturais singulares, entre outras particularidades –, o terreno é próximo dos córregos do Ipê e do Capão Preto, importantes para a manutenção da bacia do Paranoá. Também guarda sítios arqueológicos datados de pelo menos 4 mil anos.

“O governo e as unidades de segurança devem agir rapidamente para identificar os responsáveis para que estes sejam condenados e presos”, reagiu a deputada Arlete Sampaio (PT), ao levar o tema ao debate na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta quarta-feira (13). A parlamentar observou ainda que o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) conseguiu as placas de veículos cujos donos podem estar envolvidos no crime.

Já o deputado Leandro Grass (Rede) acrescentou que a destruição de parte do ecossistema do Distrito Federal atinge o patrimônio ecológico, histórico e cultural. “O Estado tem o dever de preservar essa área, por isso, são necessárias ações constantes para prevenir a grilagem”, afirmou, considerando a questão fundiária como o maior entre os problemas locais. Também defendeu a fiscalização, mas para isso reivindicou “mais estrutura e equipamentos que permitam aos órgãos envolvidos na questão realizar o trabalho”.

Ocupações

Por sua vez, o deputado Fábio Felix (Psol) reclamou dos despejos que o GDF vem promovendo em diversas localidades, principalmente, “contra a população pobre”. Numa linha contrária ao governo, a justiça tem determinando uma série de reintegrações de posse. “Há decisão do STF contra os despejos em ocupações iniciadas antes da pandemia. Além disso, foi promulgada, após a derrubada do veto pelo Congresso Nacional, lei nesse mesmo sentido”, informou.

Marco Túlio Alencar - Agência CLDF