CLDF

A possibilidade de realização da Copa América no Brasil, após recusa da Colômbia e da Argentina, com a anuência do governador Ibaneis Rocha para Brasília sediar jogos das seleções, causou divergência entre os deputados distritais, que se manifestaram sobre o assunto durante a sessão remota da Câmara Legislativa desta terça-feira (1º). No decorrer da sessão, o deputado Delmasso (Republicanos), que apoiou a competição, informou que a Conmebol, organizadora do evento, havia anunciado Brasília como a primeira sede do evento esportivo.

Durante a discussão, a deputada Arlete Sampaio (PT) disse esperar que “os outros países se recusem a vir ao Brasil”, considerando a falta de controle da propagação do coronavírus. Seu colega de partido, Chico Vigilante (PT) foi outro parlamentar que se declarou contrário à realização do torneio.

Já em defesa da decisão do GDF, pronunciaram-se o líder e o vice-líder do governo na CLDF, deputados Hermeto (PMDB) e Robério Negreiros (PSD), respectivamente; e o deputado Fernando Fernandes (Pros). Eles chamaram a atenção para as regras sanitárias, que devem ser rigorosamente seguidas. Hermeto propôs uma reflexão sobre os outros jogos. “As eliminatórias estão sendo realizadas no Brasil. Se fosse assim, precisavam ser suspensas”, observou. Por sua vez, o deputado Agaciel Maia (PL) afirmou concordar com a Copa América, “desde que traga algum benefício para o Distrito Federal”.

Contrário à realização, o deputado Fábio Felix (Psol) pediu a Ibaneis Rocha “que não seja irresponsável” e acrescentou uma preocupação relacionada à reação popular ao evento, baseando-se nas manifestações do último sábado (29) contra o governo Bolsonaro e a favor da vacinação, que levaram milhares às ruas por todo o país. Felix ainda elogiou a “atuação correta” da Polícia Militar do DF durante o ato. Sobre a questão, Chico Vigilante destacou a reação da PM pernambucana contra os manifestantes do Recife, que “destoou do restante das cidades”.

Mais saúde

Entre outros assuntos relacionados à saúde e à pandemia, o deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) criticou o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) por não ter renovado o contrato com uma associação que mantinha cerca de 70 leitos de UTI na rede pública. Enquanto Jorge Vianna (Podemos) cobrou da Secretaria de Saúde melhores condições de atendimento e mais profissionais especializados na infância para suprir as necessidades do Capes do Recanto das Emas. Também sugeriu a construção de um hospital em São Sebastião. Já a deputada Júlia Lucy (Novo) voltou a cobrar da Secretaria de Educação um plano para o retorno das aulas presenciais.