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Durante a sessão ordinária da Câmara Legislativa desta terça-feira (21), deputados distritais dos mais diversos partidos sucederam-se em pronunciamentos nos quais defenderam a reeleição dos gestores escolares, além do adiamento do pleito para a escolha de diretores e vice-diretores que o governo pretende realizar este ano, conforme já anunciado.

O tema foi levado ao plenário pelo deputado Chico Vigilante (PT) que relatou visita que fez a unidades escolares para a qual convidou o secretário de Economia do DF, André Clemente. “O partido dos diretores é a educação, mas há pessoas fazendo intrigas e querendo transformar a questão numa disputa política”, declarou. Sua colega de partido, Arlete Sampaio, ratificou a necessidade de sustar o artigo 41 da Lei da Gestão Democrática da Educação (Lei 4.751/2012), para permitir a recondução dos atuais ocupantes dos cargos.

O deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) chegou a defender o estabelecimento de prazo para que o GDF encaminhe à Câmara Legislativa proposição tratando da medida, para que seja apreciada pelos distritais. “Ou o governo encaminha ou a Casa entra em obstrução e não vota nada”, propôs, no que foi apoiado pelo deputado Cláudio Abrantes, do mesmo partido. “O tema justifica a obstrução”, propugnou o parlamentar. Abrantes afirmou que os atuais gestores escolares têm a sua “confiança”.

A recente mudança no comando da pasta da Educação veio acompanhada de uma revisão do posicionamento da secretaria quanto ao tema da reeleição, que havia sido anteriormente objeto de consulta pública cujo resultado foi favorável à manutenção dos gestores. Por esse motivo, o deputado Jorge Vianna (Podemos) apresentou um projeto de decreto legislativo que susta os efeitos de portaria que convoca o pleito sem considerar a recondução. “Temos de derrubar a eleição”, sustentou.

A deputada Júlia Lucy (Novo) endossou a reivindicação dos gestores escolares. “A qualidade da gestão é visível, basta visitarmos as escolas públicas. O dinheiro que é entregue aos dirigentes dos estabelecimentos parece que é multiplicado. Eles fazem verdadeiros milagres. Além disso, a população já se posicionou pela possibilidade da reeleição”, acrescentou.

“Eles fazem muito, sem eles a situação das escolas estaria muito pior”, concordou o deputado Leandro Grass (Rede), para quem o GDF deveria ouvir os profissionais de educação sobre a proposta de mudança na legislação. “Muitos gestores assumiram as funções e logo após veio a pandemia. Não tiveram a oportunidade de conhecer e conviver com a comunidade escolar”, argumentou. O distrital lembrou ainda do projeto de autoria do deputado João Cardoso (Avante) propondo mudanças na gestão democrática, que foi vetado pelo governador.