CLDF

A Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo (CDESCMAT) da Câmara Legislativa sabatinou, em audiência pública na tarde desta terça-feira (31), Walid de Melo Pires Sariedine e José Fernando Ferreira da Silva, indicados para a recondução aos cargos de presidente e vice-presidente da Junta Comercial, Industrial e Serviços do DF (Jucis-DF). 

O presidente do colegiado, deputado Daniel Donizet (MDB), ressaltou a responsabilidade da CLDF no processo de arguição e apreciação, “mecanismo de efetiva participação da Casa no processo de escolha de gestores para órgãos relevantes, como a Junta Comercial”.  

Reforçou a importância do órgão para a atividade econômica do DF a deputada Doutora Jane (MDB). Ela citou o “susto neste ano com o risco de mudar o cálculo para a formação do Fundo Constitucional do DF”, episódio que revelou a vulnerabilidade de Brasília. Para a deputada, a cidade não apenas tem vocação para o serviço público, mas também para o comércio, setor que precisa ser fortalecido. “Precisamos mudar a matriz econômica de Brasília, com soluções de base tecnológica”, apontou, ao considerar a atuação da Jucis no sentido de organizar esses setores. 

Na mesma linha, a deputada Paula Belmonte (Cidadania) defendeu a independência de Brasília a partir da mudança da matriz econômica, com ênfase na modernização e geração de empregos por meio do fortalecimento das empresas e fomento ao empreendedorismo, objetos de seus questionamentos aos indicados. 

Em sua arguição, o deputado Joaquim Roriz Neto (PL) teceu considerações sobre a crescente demanda por digitalização e modernização, frente às diretrizes da legislação específica, indagando os indicados sobre os desafios de incorporar inovações tecnológicas. 

Por sua vez, o vice-presidente da CDLF, deputado Ricardo Vale (PT), manifestou seu apoio à recondução dos indicados, ao enfatizar o papel fiscalizador da CLDF. 

Celeridade

Na presidência da Jucis, Walid Sariedine disse que tem procurado conduzir o órgão com “transparência e celeridade”, seguindo a orientação do governador do DF, Ibaneis Rocha, desde a criação da Junta, em julho de 2019. 

Em balanço sobre a gestão, ele pontuou ações que levaram à integração de órgãos de registro e licenciamento, além de propor o fim de procedimentos desnecessários dos atos de abertura, alteração e baixa de empresas no DF por meio da construção de um modelo de organização para esses processos. Serviços digitais, adoção de assinaturas eletrônicas nos processos e registro automático de empresas são exemplos da atuação do órgão, que propiciou ao DF constituir mais de 74 mil empresas desde 2019, e colocar a Jucis-DF entre as juntas comerciais mais céleres do País em tempo de registro de empresas, avaliou. 

Walid enumerou outras conquistas do órgão, como o atendimento ao cidadão, e o slogan “Junta que dá certo!”. Ele ainda agradeceu o trabalho da equipe, que conta com 71 servidores, e o apoio das entidades do setor produtivo do DF.

Do mesmo modo, o vice-presidente do órgão, José Fernando Silva, endossou a oportunidade de propiciar ao DF uma Junta mais célere, focada na desburocratização. Como resultado, ao invés de filas de mais de quatrocentas pessoas, hoje leva-se, em média, duas horas para o registro de uma empresa no DF, celeridade que se destaca no cenário nacional, observou. 

Desafios

Em resposta aos questionamentos e considerações dos parlamentares, José Fernando revelou a intenção dos gestores de incorporar novas ferramentas tecnológicas, procurando adequar celeridade à segurança jurídica. Nesse sentido, Walid ponderou que para acompanhar as inovações tecnológicas e as customizações na área de TI há necessidade de mais servidores para o órgão. “O maior patrimônio da Jucis são seus servidores, que absorveram o que será o futuro”, afirmou. 

Ao final do evento, transmitido ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube, Walid convidou os parlamentares para visitar e conhecer o potencial da Jucis. 

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