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O Estado contemporâneo perdeu sua capacidade de suprir todas as necessidades de um mundo veloz, conturbado, competitivo e em constante mutação. Isso aumenta a importância do chamado Terceiro Setor, segmento representado por instituições do setor privado que se dedicam a contribuir de alguma maneira nas questões sociais, como, por exemplo as ONGs. A observação foi feita hoje pelo deputado Batista das Cooperativas (PRP), ao abrir o seminário Terceiro Setor - a atuação das ONGs", realizado no plenário da Câmara Legislativa, por iniciativa do deputado, com a participação de parlamentares, representantes de entidades sociais, de representantes do GDF e do Ministério Público.

De acordo com Batista das Cooperativas, que é presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Meio Ambiente da Câmara Legislativa, o Terceiro Setor conta no Brasil com cerca de 12 milhões de pessoas, entre gestores, voluntários, doadores e beneficiados de entidades beneficentes, além de aproximadamente 45 milhões de jovens que vêem como missão ajudar esse segmento."Em cada esquina, em cada quadra, em cada cidade, é possível encontrar alguém ou alguma entidade prestando algum tipo de serviço dentro do vazio deixado pelo Estado, ou, o que é melhor, em parceria com os governos legitimamente estabelecidos. Muitos destes sequer sabem que pertencem ao terceiro setor", acrescentou o deputado.

O senador Adelmir Santana (DEM-DF) e presidente regional do Sistema S no DF (Sesi/Senai/Senac/Sesc) e da Fecomércio, abordou o tema Formação de gestores no Terceiro Setor. Destacou que o Terceiro Setor está em franco crescimento no Brasil e no mundo. Atualmente em nosso país, de acordo com dados do IBGE/IPEA, existem 275 mil entidades que atuam neste setor, composto de entidades sem fins lucrativos que atuam em diversas áreas, como educação, saúde, assistência social, meio-ambiente e religião, entre outras.

Segundo o senador, a Região Sudeste engloba o maior número de entidades do terceiro setor (43,92%) e a Região Norte possui o menor número (4,25%). O Centro-Oeste possui cerca de 6% das entidades do terceiro setor, número considerado por Adelmir Santana como "abaixo do potencial da região". Acrescentou que 77%  das entidades que formam o terceiro setor não possuem funcionários, ou seja, atuam por força do trabalho de voluntários, que somam aproximadamente 19,7 milhões em todo o Brasil e, por isso mesmo devem ser incentivados e valorizados.

Como principais desafios da gestão do Terceiro Setor, Adelmir Santana cita a necessidade de transparência (credibilidade), sustentabilidade, qualidade dos serviços e articulação institucional, a partir da formação de uma rede de relacionamentos com o Estados e com outras instituições.

Além de Batista das Cooperativas e do senador Adelmir Santana, a mesa do seminário é integrada também pelo procurador de Justiça do Ministério Público do DF, José Eduardo Sabo Paes; pelo secretário-adjunto de Ação Social do DF, João Oliveira e pelo consultor técnico-legislativo da Câmara Legislativa do DF, Uirá Felipe Lourenço.