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Para Cabo Patrício relatório final da CPI da Gautama é incoerente

Publicado em 01/10/2008 14h52
O deputado Cabo Patrício (PT) manifestou hoje (01/10) a sua inconformidade com o resultado das investigações da CPI da Gautama, expostas no relatório final da comissão, elaborado pelo deputado Brunelli (DEM). Logo após a leitura do relatório final, Patrício apresentou um voto em separado, espécie de relatório alternativo com considerações divergentes. Após a leitura do voto, no entanto, os integrantes da CPI não aprovaram a anexação do documento ao relatório final.

Em seu voto, Patrício questiona a alegação do relator de falta de provas para indiciar os envolvidos no esquema de corrupção. "Causa espécie o fato de o relator iniciar sua minuta de relatório final mencionando o 'considerável volume de provas' e terminá-la alegando impossibilidade de sugerir indiciamentos", afirmou.

O deputado reclama das convocações aprovadas para ouvir pessoas que poderiam ajudar nas investigações mas que acabaram não ocorrendo, como a do ex-secretário Wilmar Luis da Silva e a do empresário Latif Jabur Abud. Patrício também reclamou da posição do deputado Brunelli, que no seu relatório, considerou a relação entre o ex-deputado Pedro Passos e a empresa Gautama como sendo meramente comercial."Aprovar um relatório final com esta conclusão nos transforma em marionetes e coloca a relevância do papel da Câmara Legislativa do Distrito Federal na vala da incompetência e conivência com a corrupção e desvios de dinheiro público", criticou Patrício.

Ao final do documento, Patrício apresenta uma lista com recomendações de indiciamentos ao Ministério Público. Entre os nomes apontados estão Zuleido Veras, proprietário da empresa Gautama, enquadrado no crime de corrupção ativa, e Pedro Passos, acusado de corrupção passiva, prevaricação, advocacia criminosa, crime de responsabilidade como secretário de Estado, enriquecimento ilícito e enriquecimento ilícito de terceiro.

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