CLDF

O dia do líder comunitário foi comemorado hoje (3), em sessão solene proposta pelo deputado Rôney Nemer (PMDB) e presidida por Siqueira Campos (PSC), que enalteceu o papel que eles desempenham nas comunidades onde vivem, abdicando dos interesses pessoais para investir em conquistas em prol da coletividade.

Campos afirmou que esse reconhecimento é mais do que merecido, pois só a persistência e eficiência dos líderes conseguem vencer a inércia dos governos e resolver problemas às vezes crônicos, como buracos nas ruas, falta de iluminação pública ou sustar injustas demolições de moradias, que pune os humildes e deixa escapar o grileiro, que é quem realmente tem culpa.

Olair Francisco (PT do B) observou que os deputados são os representantes do povo, mas frisou que são os líderes comunitários quem realmente representa a comunidade. Olair afirmou que eles se dedicam a essa missão sem pretender nada em troca, "até mesmo sem aposentadoria", o que torna sua atividade ainda mais meritória.

Para a deputada Eliana Pedrosa (PSD), os líderes fazem o "papel de pai e mãe de uma comunidade". E fazem isso preenchendo setores da sociedade onde o Estado não chega, reivindicando, orientando e esclarecendo a comunidade a respeito de seus interesses e demandas, num exercíco de verdadeira e nobre "doação".

O valor social do líder  comunitário também foi enfatizado pelo deputado Aylton Gomes (PR), papel que disse ter conhecido e respeitado mais depois de sua passagem pela Administração Regional de Planaltina. Aylton manifestou sua disposição de continuar sendo o soldado que sempre foi para ajudar a buscar soluções para os problemas das comunidades do DF.

Juscelino Fernandes da Silva, prefeito comunitário da QSC 19, Setor Primavera, e também conselheiro participativo do orçamento do DF, reclamou da grilagem que continua ocorrendo no local e da insegurança que isso acarreta aos moradores que estão há mais de 50 anos no local.

A prefeita da Quadra 703/4 Sul, Lohir Machado, apresentou uma seleção de slides que demonstram o abandono da área. Criticou os becos entre as quadras, que não permitem o tráfego seguro dos moradores e transeuntes, e a densidade dos jardins que prova insegurança e riscos. Mas afirmou que todo líder "tem de estar de bem com todos os governos", se quiser fazer alguma coisa pela comunidade.

Também o presidente do Conselho Comunitário de Segurança do DF, Saulo Santiago, foi enfático ao afirmar que "só o incansável trabalho desse grande exército pode trazer melhorias para a vida das comunidades a quem servem". Citando a poetisa Gabriela Mistral, lembrou que "quem não nasce para servir, não serve para viver".