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Distritais questionam implantação de estacionamentos pagos no Plano Piloto

Publicado em 22/11/2022 17h14

A publicação de edital, pelo GDF, sobre a realização de estudos para a cobrança pelo uso dos estacionamentos, atualmente, públicos, em áreas comerciais e residenciais do Plano Piloto, foi tema de debate na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta terça-feira (22). O deputado Chico Vigilante (PT), que levou o assunto ao plenário, considerou a proposta inaceitável, “em um momento de empobrecimento da classe média”.

Para o parlamentar, há problemas na ideia de concessão do serviço para a iniciativa privada – uma das possibilidades previstas no edital.

“A lei que trata do tema é de 2004 e não foi implantada na época devido à revolta da população. Agora, o governo volta com a intenção, mas não há garantias, por exemplo, de responsabilização da concessionária por danos aos veículos”, assinalou. “Também não diz onde o dinheiro arrecadado será aplicado”, acrescentou.

Por sua vez, o deputado Fábio Felix (Psol) propôs um “amplo diálogo social” em torno da matéria. Na avaliação do distrital, o projeto conhecido como “Zona Verde” é uma “medida precipitada” e irá impedir que trabalhadores que precisam se deslocar para o centro de Brasília utilizem seus veículos, enquanto não há investimentos no transporte público. “Sem esse suporte não dá para aplicar essa proposta hoje”, concluiu.

Líder do governo na CLDF, o deputado Hermeto (MDB), lembrou a necessidade de rotatividade nos estacionamentos públicos. “Atualmente, muitos deixam o carro o dia todo ocupando uma vaga e impedem os clientes de acessarem as lojas”, exemplificou.

O parlamentar defendeu que o GDF mantém diálogo com todos os setores da sociedade e conclamou os colegas a se unirem em torno de uma alternativa para resolver a questão.

Hermeto ainda considerou que o fato de Ibaneis Rocha ter sido reeleito no primeiro turno “é a maior prova de que o governo está no caminho certo”.

Marco Túlio Alencar - Agência CLDF