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As greves dos servidores da Caesb e do Metrô-DF, bem como a possibilidade de paralisação dos policiais civis, repercutiram no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quarta-feira (3). Diversos deputados reclamaram da "falta de habilidade" de negociação do governador Rollemberg e chamaram a atenção para a situação da Polícia Civil, que ameaça cruzar os braços às vésperas dos jogos olímpicos na cidade.

A proposta apresentada pelo governo aos policiais civis (de 7% em 2017, 10% em 2018 e outros 10% em 2019) já foi rejeitada em assembleia geral. Os servidores cobram a manutenção de isonomia com a Polícia Federal, cujos aumentos propostos pelo governo federal começarão a ser pagos já em janeiro próximo.

O deputado Wellington Luiz (PMDB) chamou o governador de "cara de pau" pela proposta apresentada. "Essa esmola oferecida pelo governo está empurrando a categoria para uma greve às vésperas das Olímpiadas", completou. O distrital ainda considerou a proposta "um golpe" por prever aumento de despesas para o próximo governo, a iniciar em 2019.

O líder do PT na Casa, deputado Wasny de Roure, acompanhou as negociações do governo com os policiais civis, e classificou também considerou a proposta "um desrespeito". Ele lembrou a "isonomia histórica" dos policiais civis com os federais e defendeu que a paridade seja mantida.

Outros colegas também cobraram uma nova negociação. "A mesma lei rege as duas polícias", disse em apoio o deputado Chico Leite (Rede). O deputado Chico Vigilante (PT) aproveitou para destacar que a Polícia Civil do DF é a melhor do Brasil, e o deputado Raimundo Ribeiro apontou que a população "grita por segurança".