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A CPI do Pró-DF aprovou seu relatório final em reunião na tarde desta segunda-feira (23), no plenário da Câmara Legislativa, encerrando seus trabalhos iniciados em maio do ano passado. O relatório do deputado Aylton Gomes (PR) não apontou indiciados, mas apresentou sugestões ao GDF para que corrija imperfeições no programa com o objetivo de evitar novas suspeitas de irregularidades. De acordo com os membros da CPI, a falta de estrutura e de pessoal especializado prejudicaram o  aprofundamento das investigações.

O relatório da CPI, com cerca de mil páginas, será disponibilizado ao público na quarta-feira (25), após passar por uma última correção de texto. Aylton Gomes destacou que a Câmara Legislativa mostrou seu compromisso com a sociedade por meio  da  CPI do Pró-DF. "Cumprimos nosso papel, fizemos o melhor trabalho possível. O relatório propõe alterações no Pró-DF para trazer mais transparência, tais como o estabelecimento de prazos para a liberação do benefício e a análise das propostas, mais clareza nos critérios de seleção e igualdade entre os candidatos", explicou o O  relator enfatizou que a CPI deseja que o GDF fortaleça o Pró-DF. "É um programa importante, que gera mais oportunidades no DF. Ao valorizar o empresariado, a sociedade sai ganhando", argumentou Aylton Gomes.
 Mãos atadas - Já a presidente da CPI, deputada Eliana Pedrosa (PSD), criticou o GDF por não haver cedido profissionais para auxiliar nas investigações. "A CPI ficou de mãos atadas na questão investigativa. Na falta de estrutura, tivemos que utilizar o trabalho do pessoal de gabinete e nossos veículos particulares para fazer as diligências". O único órgão do governo a prestar apoio à comissão foi a secretaria de Transparência, cujo titular, Carlos Higino, cedeu dois técnicos.

Pedrosa disse ainda que os deputados conseguiram revelar lacunas na legislação e apontar caminhos para o GDF aprimorar o programa. "A CPI não acaba em pizza. Não é o número de indiciamentos que diz que a CPI fez seu trabalho".
 Para Olair Olair Francisco (PTdo B), o espírito de cooperação entre os três deputados que conduziram a CPI e o trabalho duro dos servidores possibilitaram superação da falta de estrutura "e permitiram a elaboração de um grande texto final".

Após publicado na quarta-feira, o relatório da CPI do Pró-DF será enviado ao Ministério Público do Distrito Federal , para que se dê continuidade às investigações.