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A construção de um complexo viário que inclui viadutos ligando a Estrada Parque Indústrias Gráficas (EPIG) ao Setor Sudoeste e o Parque da Cidade foi tema de debate na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta terça-feira (31). A deputada Arlete Sampaio (PT) chamou a atenção para os danos ao meio ambiente decorrentes da obra, “que transforma a área do parque em via expressa”. A distrital também lembrou que o Tribunal de Justiça do DF determinou a paralisação dos trabalhos recém-iniciados, sob protestos de moradores.

Por sua vez, Júlia Lucy (Novo) avaliou que o início da construção revela modus operandi do governo. “Essa é mais uma obra que o GDF começa sem ouvir a população”, afirmou, listando ainda o Museu da Bíblia. A parlamentar denunciou o que considera “desrespeito ao voto da população e às leis”. Para ela, “é tudo muito rápido, para passar por cima”. A deputada observou que por se tratar de área tombada, como é o caso do Parque da Cidade, a CLDF deveria ser ouvida. “Como determina a lei, temos de participar desse processo”, defendeu.

Por outro lado, o deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) destacou que a construção dessas obras viárias, pelo governo, eram condição para a aprovação de proposição que tratou da mudança do projeto urbanístico do Setor de Indústrias Gráficas (SIG). “Uma das exigências para que acatássemos a alteração era justamente a construção de dois viadutos”, disse, elogiando o governo pela iniciativa. “Quanto às árvores que deverão ser retiradas do local, a legislação exige o replantio ou plantio dobrado”, argumentou.

O tema volta à discussão na Câmara Legislativa na próxima quinta-feira (2) durante audiência pública com início às 10 horas. Requerida pelo deputado Fábio Felix (Psol), o evento será transmitido pela TV Web CLDF e pelo canal da CLDF no YouTube.