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DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 64/2024

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

ATA CIRCUNSTANCIADA DA 64ª

(SEXAGÉSIMA QUARTA)

SESSÃO ORDINÁRIA,

DE 20 DE AGOSTO DE 2024.

INÍCIO ÀS 16H06MIN TÉRMINO ÀS 17H21MIN

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de

terça-feira, 20 de agosto de 2024, às 16 horas e 6 minutos.

Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Antes de convidar o nobre deputado Robério Negreiros, nosso quarto-secretário, para

secretariar os trabalhos da mesa, registro e agradeço a presença dos estudantes e professores da

Escola Classe 64 de Ceilândia, participantes do programa Conhecendo o Parlamento. Obrigado pela

presença. (Palmas.)

Ainda há algum flamenguista aí em cima?

(Manifestação na galeria.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não acredito! Mesmo depois daquela surra

que vocês levaram, ainda estão nessa alegria toda? Vocês tinham que estar chorando, e não rindo.

Muito obrigado.

Falou em flamengo, bagunça-se o coreto. Obrigado às nossas crianças e aos nobres

professores. É um prazer tê-los conosco.

Quero saudar, mais uma vez, os aprovados do concurso para Avas e ACS e reafirmo o nosso

compromisso. Estamos trabalhando muito. É importante que nós, deputados, tenhamos essa

consciência para não passarmos, no ano que vem, pelo que nós passamos neste ano. É fundamental a

nomeação desses colegas. Depois eu vou discutir isso no Legislativo. Esse é um trabalho que precisa

ser feito com o Executivo e com o apoio da Câmara Legislativa para que nomeemos esses profissionais

para a nossa segurança e proteção das nossas famílias. A nomeação de vocês torna-se fundamental

para que nós tenhamos a tranquilidade que, infelizmente, não tivemos neste ano. Portanto, é melhor

trabalhar agora para não chorar depois. Obrigado e parabéns pelo trabalho de vocês!

Da mesma forma, falo dos 242 especialistas da Secretaria de Saúde que estão aprovados e que

possuem o apoio desta casa. Fica aqui também o nosso compromisso com uma categoria que é

extremamente importante. Obrigado pela presença de vocês!

Há a questão dos 1000 servidores temporários, do processo seletivo que saiu, que estão na

mesma situação da qual acabei de falar.

Também vamos acompanhar o Movimento Salve o Rio Melchior, uma proposição extremamente

importante de iniciativa da deputada Paula Belmonte.

Obrigado, deputada Paula Belmonte, por se preocupar com um tema tão importante. Podem

cobrar da deputada. Ela e todos nós daremos respostas. A deputada Paula Belmonte tem se

empenhado muito com relação a essa questão do rio Melchior. Obrigada, deputada Paula Belmonte e

parabéns!

Aqui lemos também: “Quem produz não merece menos. Isonomia salarial aos enfermeiros da

Secretaria de Saúde”. Vocês também têm o nosso compromisso. Todo salário para os servidores,

principalmente para os da saúde, é pouco. Parabéns!

Convido o deputado Robério Negreiros para secretariar os trabalhos da mesa.

Dá-se início aos

Comunicados da Mesa.

Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.

(Leitura de expediente.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.

Sobre a mesa, a seguinte ata da sessão anterior:

– Ata sucinta da 63ª Sessão Ordinária, de 15 de agosto de 2024.

Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovada sem

observações a ata mencionada.

Dá-se início ao

PEQUENO EXPEDIENTE.

Passa-se aos

Comunicados de Líderes.

Concedo a palavra ao deputado Max Maciel. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Iolando. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna. (Pausa.)

Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,

presidente. Boa tarde a todos e todas que nos acompanham.

Eu queria fazer uma saudação especial à Escola Classe 64 de Ceilândia, aos professores e

professoras que nela trabalham e aos estudantes presentes. Falo isso, presidente, porque me trazem a

esta tribuna 2 temas. Infelizmente, são 2 temas que têm nos preocupado muito no Distrito Federal.

O primeiro é sobre educação. Saiu, na semana passada, o resultado do Ideb. Eu tenho várias

críticas ao modelo de avaliação do Ideb. O Ideb não inclui uma série de atividades que os professores,

os profissionais e os estudantes realizam nas escolas; essas atividades não entram no cômputo do

Ideb. Não entra no cômputo do Ideb a rede qualificada que nós temos. Além disso, não é considerado

o maior dos problemas que nós temos: a nota do Ideb que mais chama a atenção é a do DF, pois é

uma das unidades da Federação que mais reduziu a sua nota para mais de 1 ponto da última avaliação

para esta. Isso mostra a falta de prioridade de condições de trabalho. O Governo do Distrito Federal,

nesta última gestão, abandonou a escola. Abandonou a educação pública desta cidade.

Presidente, até hoje, as escolas de ensino médio não têm diário – deputado Pepa, não têm

diário! – para os professores colocarem e lançarem as notas dos estudantes. As escolas de ensino

médio desta cidade não conseguem fazer transferências de estudantes, porque não há um sistema

para entregar boletim.

Paralelamente a isso, há um contrato de 40 milhões de reais com uma empresa para entregar

um sistema que não funciona – algo que o governo gosta muito de fazer. Gastar dinheiro com empresa

este governo faz bem. Atendimento e serviço público de qualidade, infelizmente, ele tem feito muito

mal. Não chegou uniforme para as crianças. O que chegou às escolas foi só a camiseta. Não chegou

agasalho, e já está terminando o inverno. Obrigaram as direções das escolas a assinar que receberam,

presidente, e, depois, a abrir chamado no SEI para dizer que receberam, mas receberam faltando

uniforme, com tamanho errado, com qualidade questionável. Pegue o contrato e veja o que foi pago

para a empresa, que não entregou o uniforme e, o que entregou, entregou com péssima qualidade.

Há problema na alimentação escolar, na merenda de baixa qualidade que ainda chega à escola,

apesar do esforço das merendeiras, apesar do esforço das direções de escola. Esta semana, nós

fizemos a primeira reunião do GT de alimentação escolar para cobrar do governo. É inaceitável.

O transporte escolar... O investimento, o dinheiro não chega para a escola, não chega via

PDAF.

Semana passada, tivemos uma importante vitória no Tribunal de Contas. Nós acusamos o GDF

de não investir o mínimo constitucional na educação, 25%. O tribunal acatou uma parte importante da

nossa representação e chegou ao cálculo de que o GDF, hoje, investe em educação apenas 25,08%, no

limite do mínimo. Não contabilizou, não tirou da conta os gastos com a universidade distrital. Uma lei

aprovada nesta casa diz que os gastos com a universidade distrital não entram para o cômputo dos

25%. Ou seja, na prática, o Governo do Distrito Federal não gasta, não investe o mínimo

constitucional. Isso é gravíssimo, porque esse é o resultado da política desastrosa desse governo.

Inclusive, há consequências. Nós vamos recorrer e, se ficar provado que não gasta... A

Constituição diz que quem não gasta o mínimo constitucional precisa responder a esta casa, à justiça e

à sociedade.

Por fim, presidente, outro assunto que me traz aqui é o da saúde, que também está um caos.

Saiu uma reportagem hoje, no Metrópoles, sobre uma fiscalização do Tribunal de Contas: 85%

das UBS estão em péssimas condições.

Nós estivemos, segunda-feira, na UBS de Sobradinho e na Policlínica. Temos feito uma série de

visitas com o Conselho de Medicina e com o Conselho de Enfermagem e nós temos detectado que

faltam...

(Soa a campainha.)

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Hoje faltam profissionais em todas as unidades de saúde. Falta

médico, falta enfermeiro, falta ACS, falta Avas, falta cirurgião dentista, falta técnico de enfermagem,

falta administrativo. Estão tirando o profissional do atendimento para fazer o administrativo do hospital.

Os especialistas são o que mais estão faltando no hospital, na UBS. Nas UPAs, nem se fala, porque o

Iges é caso de polícia. O Iges é caso de polícia! Isso já foi provado várias vezes aqui, nesta casa, e por

investigações. É um caos completo. Morreu mais uma criança no parto, agora no Hospital do Gama. E

nós vamos ficar assistindo a isso.

Quando vamos ver o investimento, é a mesma coisa: falta investimento, falta aplicação de

recurso, falta entrar na prioridade do governo – não entra.

O presidente acabou de dizer ao abrir esta sessão: nós vamos esperar para vivermos, de novo,

a crise da dengue ano que vem? Nós não vamos fazer nada e vamos esperar a crise da pediatria, de

novo, no ano que vem?

Qual é a ação do Governo do Distrito Federal para a atenção primária? Precisamos fortalecer

nomeando servidores, investindo na saúde e desprivatizando a saúde pública do Distrito Federal. Nós

vimos que a privatização, o Iges transformou a saúde do DF num caos.

Por isso, presidente, eu encerro pedindo também não só pela pauta importante do rio Melchior

mas também que possamos avançar na instalação das CPIs, para que também cheguemos à CPI da

saúde, que é necessária e extremamente importante. A sociedade do Distrito Federal precisa saber o

tamanho do caos na saúde e qual é a causa desse caos. Temos uma opinião muito forte: a causa é o

descaso desse governo com o SUS e com a saúde pública.

Obrigado, presidente.

(Assume a presidência o deputado Robério Negreiros.)

PRESIDENTE (DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS) – Concedo a palavra ao deputado João

Cardoso pela liderança do Partido Avante. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante pela liderança do Partido dos Trabalhadores.

Eu queria fazer um adendo à fala do deputado Gabriel Magno. Sua excelência disse que o Iges

tem responsabilidade pelo Hospital do Gama. O Iges não é responsável pelo Hospital do Gama. Quero

só fazer essa correção.

Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,

senhoras e senhores deputados, eu tive oportunidade de receber, na segunda feira, para um café no

meu gabinete, o presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal, o senhor José Aparecido.

Nós conversamos sobre uma série de assuntos, dentre eles o Cartão Material Escolar, que foi uma

criação do governo Agnelo. Quem teve a ideia da criação do Cartão Material Escolar foi exatamente o

José Aparecido, juntamente com uma companheira professora que era da Secretaria de Saúde e hoje

trabalha no meu gabinete, a Alaíde.

Depois terminou o governo Agnelo. O projeto morreu praticamente no governo Rollemberg. E o

programa é tão bom que voltou no governo Ibaneis.

Nessa reunião que eu tive com José Aparecido, nós tivemos uma ideia. Eu vou pedir inclusive o

apoio do líder do governo e do Maurício, que está aqui, que é o nosso secretário de assuntos

parlamentares. Acho que o Governo do Distrito Federal, Maurício, precisa colocar a distribuição dos

uniformes no Cartão Material Escolar. Vai dar emprego para a população, vai dar emprego para

pequenas fábricas no Distrito Federal e vai ter uma qualidade muito melhor.

Nós estamos trabalhando nisso. Eu me comprometi junto ao José Aparecido para que

possamos fazer efetivamente esse trabalho de mudar a distribuição do uniforme, para que, em vez

dessas licitações que estão feitas, em que se traz uniforme de péssima qualidade, ele possa ser

adquirido através do Cartão Material Escolar. Portanto, creio que nós vamos conseguir, efetivamente,

essa aprovação.

Dito isso, quero abordar outro assunto. Quero falar da violência estabelecida no Distrito

Federal, especialmente aqui na Asa Norte de Brasília. No sábado, houve uma manifestação de

moradores da Asa Norte de Brasília que falava da criminalidade generalizada aqui nessa parte de

Brasília. Os moradores se manifestando, efetivamente, contra ela.

Mas não é só na Asa Norte. Em Ceilândia também há uma série de comércios arrombados por

ladrões, que colocam a vida das pessoas submetidas à violência. Você vai à Taguatinga, a situação é a

mesma. Chega no Gama, não é diferente. Lá em Planaltina também a violência está presente.

Portanto, é preciso que haja um trabalho efetivo de restabelecer a segurança da nossa

população, que paga impostos – e pagamos muitos impostos – e precisa, efetivamente, de uma

segurança de qualidade. Isso é muito importante.

Por último, quero abordar outro assunto. Eu estava vendo um estudo que acaba de sair e conta

que cerca de 40% das pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família saem do programa e conseguem

emprego direto. Essa é uma invenção do Partido dos Trabalhadores, é uma invenção do governo de

esquerda do presidente Lula, ainda no primeiro mandato, que deu resultado efetivo neste país.

Portanto, é um programa a ser preservado, é um programa que hoje é modelo para o mundo.

É um espelho, efetivamente, porque investe na educação, e por meio da educação as pessoas

conseguem os empregos necessários.

Há pouco estávamos aqui com os alunos da Escola Classe 64 de Ceilândia. Eu quero dizer que,

além de falar, nós fazemos: eu destinei uma emenda de 100 mil reais para aquela escola. A direção

competente da escola conseguiu transformá-la. Hoje ela é uma escola muito mais bonita, uma escola

muito mais funcional, uma escola onde os alunos têm muito prazer de viver.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS) – Concedo a palavra, pela liderança do PP,

ao deputado Pepa.

Devolvo a presidência ao deputado Wellington Luiz.

(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Agradeço, e devolvo a presidência ao

deputado Robério Negreiros novamente.

(Assume a presidência o deputado Robério Negreiros.)

DEPUTADO PEPA (PP. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todos. É com imensa

satisfação que hoje eu subo a esta tribuna, nesta tarde, e com imensa alegria de parabenizar uma

cidade centenária, uma cidade acolhedora, uma cidade que tem uma história linda não só no contexto

do Distrito Federal, mas no contexto do Brasil: a cidade de Planaltina, Distrito Federal.

Planaltina, ontem, senhor presidente, completou 165 anos. Nosso arraial Mestre d'Armas, São

Sebastião de Mestre d'Armas, Altamir, Planaltina, a cidade que me acolheu. Desde 1987 sou morador

de Planaltina, moro no mesmo bairro, a Vila Vicentina, o segundo bairro mais antigo da cidade.

Tenho a honra de parabenizar essa cidade. No sábado, deputado Martins Machado, aconteceu

um desfile em que todas as escolas e forças de segurança mostraram seu orgulho da cidade. Desfile

esse que foi resgatado no ano passado, já que deixaram de fazê-lo, embora ele seja uma tradição da

cidade.

Planaltina é uma cidade que tem a religiosidade em sua veia. É uma cidade que hoje acolhe

todas as religiões – todas! Na próxima semana, teremos a Cruzada Evangelística de Planaltina, que é

tradicional, assim como a Via-Sacra e a Festa do Divino, que são fora do comum.

Precisamos fazer muito por aquela cidade e pela região norte, que ficou esquecida. Falam para

mim, deputada Paula Belmonte, que, em todo estado ou país, é na região sul que o progresso chega

primeiro. Eu tenho procurado entender isso, porque o Distrito Federal é um todo. O progresso pode ter

chegado primeiro na região sul, mas agora chegou a vez da região norte. Nós não vamos esmorecer,

vamos levar melhorias para aquela cidade!

Hoje à noite, senhor presidente, teremos uma audiência pública em frente à Associação

Comercial e Industrial de Planaltina, deputado Robério Negreiros, nosso líder. O nosso secretário

Thales estará lá, além de outros secretariados.

Tudo o que combinei com o governador Ibaneis para melhoria da nossa cidade e da nossa

região, deputado Robério Negreiros, foi seguido: terceira faixa e mobilidade – seguidos!; construção do

anexo do Hospital de Planaltina, onde teremos a tão sonhada UTI – seguido! Além disso, foram feitas

obras dentro das escolas. Nesta semana mesmo, estamos inaugurando mais salas. Há, ainda, uma

atenção especial para as UBS rurais.

A criação da Área de Desenvolvimento Econômico de Planaltina é uma necessidade para a

geração de empregos, para que os moradores não saiam mais de lá e venham ao centro. Isso é

fundamental.

Faço uma pergunta nesta casa: por que nunca levantaram a bandeira para criar uma área de

desenvolvimento econômico em uma cidade que tem 165 anos? Como? Com que condições? O que

estavam fazendo naquela cidade? É desenvolvimento econômico, é empreendedorismo, é geração de

emprego! Planaltina merece muito mais.

Vou dizer uma coisa: não vou parar de trabalhar e de lutar pela melhoria daquela cidade. Tive

votos em todo o Distrito Federal, mas 87% dos meus votos foram de Planaltina. Preciso reconhecer

isso.

Obrigado, Planaltina, por me acolher! Obrigado, Planaltina, por tudo na minha vida: meus

filhos, meus netos, minha esposa, meus familiares.

Parabéns, Planaltina, pelos seus 165 anos!

PRESIDENTE (DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS) – Dando continuidade aos Comunicados de

Líderes, concedo a palavra ao deputado João Cardoso, pelo partido Avante.

DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Como líder. Sem revisão do orador.) – Olá, presidente.

Cumprimento todas as deputadas e todos os deputados presentes, as assessorias, aqueles da imprensa

que nos acompanham e todos aqueles que estão na galeria do nosso plenário, acompanhando a sessão

e reivindicando os seus pleitos. Estamos à disposição de vocês.

Presidente, hoje, dia 20 de agosto, venho a esta tribuna com uma alegria muito grande.

Sempre deixo claro que sou filho de um rodoviário, que o sangue de rodoviário corre nas minhas veias

e que tenho um trabalho muito bacana, muito interessante com os rodoviários, desde quando

começamos o nosso projeto político, porque eles carregam vidas em suas mãos todos os dias.

Já fizemos vários projetos para beneficiar os rodoviários, porque sabemos que, se os estamos

beneficiando, estaremos, consequentemente, beneficiando o transporte público do Distrito Federal e,

principalmente, os seus usuários. Falo sempre que os meus filhos ainda são usuários do transporte

público do DF.

Apresentei a esta casa, presidente, um projeto de lei que foi aprovado e tornou-se a Lei nº

7.429/2024, que determina a instalação de ar-condicionado em todos os ônibus do transporte público

do Distrito Federal. Essa lei foi aprovada por todos os deputados desta casa.

Eu observava, em toda cidade por onde eu andava, que havia ar-condicionado nos ônibus do

transporte público. Em Brasília há dificuldades quanto a isso.

A lei foi aprovada e, a Secretaria de Transporte, paulatinamente, está exigindo das empresas a

substituição desses ônibus. É assim que está acontecendo.

Já está marcado: no dia 26 de agosto, na rodoviária de Sobradinho, o nosso secretário Zeno,

juntamente com a empresa responsável, fará a entrega de 25 ônibus com ar-condicionado para a

população de Sobradinho. E outros ônibus virão. A partir de agora, todos aqueles que entrarem na

frota, que forem trocados, terão ar-condicionado. Gente, isso é qualidade de vida, isso é qualidade no

transporte público.

Quero deixar claro, presidente, que o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno José

Andrade Gonçalves, tem tido uma presteza no atendimento aos parlamentares e a toda a população de

uma forma ímpar. Não há uma vez que entramos em contato com o secretário Zeno que ele peça para

que nós compareçamos até a Secretaria de Transporte, pelo contrário, ele mesmo vem nos atender.

Secretário Zeno, toda a sua equipe está de parabéns. As empresas também estão de parabéns,

porque estão vendo que precisam renovar suas frotas e renovar com qualidade. E que qualidade é

essa? A qualidade também de haver ar-condicionado. Assim, você beneficia todos aqueles que

participam desse transporte.

Também já há um projeto para fazerem a faixa exclusiva para os ônibus. E alguns dizem: “Ah,

mas a população vai reclamar!” A população que anda de carro próprio vai reclamar? E aqueles que

andam de ônibus coletivo, muitas vezes apertados? E digo ao meu amigo deputado Max Maciel, que

também é um defensor da mobilidade: aqueles que são transportados dentro do ônibus são os que

precisam de melhor qualidade no transporte.

Estou aqui ombro a ombro com todos os deputados para que possamos melhorar o transporte

público no DF. É mais uma lei nossa aprovada e colocada em prática. Fico feliz em colocar o mandato à

disposição dos meus irmãos, meus amigos, meus contemporâneos rodoviários do Distrito Federal.

Também quero lembrar, presidente, do apoio que nós temos dado ao ciclismo de todo o

Distrito Federal, para o qual temos destinado emendas parlamentares para a realização de vários

eventos. Eu fico maravilhado ao ver como tem sido difundido o transporte alternativo por meio do

ciclismo no Distrito Federal. E podemos aumentar isso mais ainda, por meio da criação das ciclovias.

Isso nós temos fomentado e temos conseguido. Também tenho visto que o Governo do Distrito

Federal, na pessoa do nosso governador e de todo o seu secretariado...

(Soa a campainha.)

DEPUTADO JOÃO CARDOSO – ... têm se empenhado para que isso aconteça.

Parabenizo todos aqueles que praticam o ciclismo e também aqueles que fazem eventos. Lá em

Sobradinho há o Salvan Cavalcante e toda uma equipe que têm feito eventos maravilhosos. Tudo isso

tem gerado esta situação boa: o ciclista pratica esporte e também uma mobilidade econômica e

ecológica.

Presidente, no sábado, nós tivemos um encontro da Pastoral Familiar do Vicariato Norte no

Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, perto da Torre de TV. Eu e minha

esposa, Regina, somos responsáveis pela Pastoral Familiar da nossa paróquia.

Foi um encontro maravilhoso que o nosso padre José Vicente organizou. Tivemos mais de 2 mil

pessoas...

(Soa a campainha.)

DEPUTADO JOÃO CARDOSO – ... porque colocamos 2 mil cadeiras no local e havia gente em

pé. Mais de 2 mil pessoas participaram dessa tarde e mostraram que a família é o pilar da sociedade. A

família precisa desse projeto de evangelização, precisa ser valorizada e respeitada.

Houve a participação de várias paróquias, vou citar todas rapidamente: Paróquia Nossa

Senhora da Conceição Aparecida, do Dnocs, padre Kleuber; Paróquia Nossa Senhora da Imaculada

Conceição, de Sobradinho, padre Manolo e padre Luigi – essa é a minha paróquia e Manolito é meu

pároco –; Paróquia do Divino Espírito Santo, de Nova Colina, padre Jobson; Paróquia Bom Jesus dos

Migrantes, de Sobradinho, padre Nivaldo e padre Paulo; Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima,

de Sobradinho, padre Josias; Paróquia São Mateus, do Setor de Mansões, padre Edinaldo; Paróquia

Nossa Senhora das Graças, do Grande Colorado, padre Antônio Edmilson; Paróquia Nossa Senhora Mãe

dos Migrantes, do Lago Oeste, padre Luiz; Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, da Fercal,

padre Danny; Paróquia São José Esposo de Maria, padre Sérgio; Paróquia Nossa Senhora da Conceição

Aparecida, de Contagem, padre José Vicente. Todos estão de parabéns.

Colocamos nossa equipe e nosso mandato à disposição e, com várias parcerias, conseguimos

montar uma estrutura que deu dignidade para todos aqueles peregrinos que foram ao Santuário da

Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt receber as bênçãos das famílias. Fiquei muito feliz

em participar desse evento.

Parabenizo todos os párocos que participaram, principalmente todos os peregrinos, e, claro, em

nome da irmã Isabel, responsável pelo Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável, parabenizo

também as irmãs e todos aqueles que trabalharam nesse evento de evangelização, participaram dele e

colaboraram com ele. Tenho certeza, pastor, de que todos saíram com Cristo no coração. Isso é

importante, porque renova a família, renova a sociedade.

Muito obrigado, presidente.

(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado João Cardoso. Parabéns

pelo pronunciamento.

Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.

DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Presidente

deputado Wellington Luiz, nobres pares em plenário, gostaria de saudar todo pessoal da saúde que

está nos acompanhando. Esse passo é importante para as nomeações, para fortalecer essa rede.

Tenham fé que vai dar certo, gente. Saúdo também você que nos acompanha pela TV Câmara Distrital

e pela internet.

Eu vim falar que, na semana passada, realizamos, nesta casa, por meio da Comissão de

Transporte e Mobilidade Urbana, em parceria com o Fundo de Apoio à Pesquisa, com a Finatec e com a

Universidade de Brasília, um seminário internacional para discutir transporte público, sustentabilidade e

os caminhos para o chamado triplo zero: zero tarifa – ou seja, pensar a tarifa zero –, zero emissões de

carbono – porque o carro hoje é o maior poluente no Distrito Federal – e zero violência no trânsito –

que é o temos visto hoje no Distrito Federal.

Há uma história sobre mobilidade que traduz a linha rodoviarista. O que é linha rodoviarista? É

aquela que acredita que construir mais faixas para carro vai resolver o problema do transporte e da

mobilidade na cidade. É como se fosse a área da saúde, deputado João Cardoso, querendo tratar a

obesidade apenas afrouxando o cinto. Toda vez em que se afrouxa o cinto, acha-se que emagreceu,

mas, ao final, a pessoa só ganhou volume. Da mesma forma acontece com esse modelo rodoviarista

adotado, que tenta resolver o problema da mobilidade construindo mais faixas. Não há saída para o

Distrito Federal! Apontamos isso desde o ano passado e vamos continuar fazendo-o. Todas as obras

viárias do Distrito Federal não resolveram o problema da mobilidade. Pelo contrário. Resolvem-no

numa ponta e esquecem que Brasília é um funil e que todos vão para o centro dela. Tiram o

engarrafamento de um local e jogam-no para frente. A saída para isso tudo é, sem dúvida nenhuma,

pensar num transporte com mais qualidade.

Vou entregar um material para aos parlamentares. Quem nos acompanha pode baixá-lo

no site Câmara Legislativa do Distrito Federal, no espaço da comissão CTMU. É uma cartilha elaborada

pela Finatec e pela comissão, que pontua a necessidade do programa Tarifa Zero, da redução de

emissões e de se pensar as chamadas obras verdes. Viadutos e novas obras acabam reduzindo o

espaço de meio ambiente que existe. O desmatamento de algumas áreas e a pavimentação de outras

dificultam a absorção da água. Isso gera grandes zonas de calor, como acontece na zona central de

Brasília. Sem dúvida nenhuma, isso parte da priorização do transporte individual.

Na sexta-feira passada, a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, com a Finatec e a FAP,

fez o lançamento de um laboratório sobre transporte em cidades sustentáveis e inovadoras do mundo.

É uma parceria desta casa, a partir da CTMU, com a Universidade de Tóquio, a Universidade da Coreia,

a Universidade de Portugal e a Universidade de Brasília. Esse laboratório vai tratar das experiências

desses países que podem ser acumuladas no Distrito Federal e tem condição de ser vanguarda nisso.

Esse laboratório também pode ser encontrado no site da comissão.

Presidente, o deputado João Cardoso bem pontuou que sou aficionado por transportes. Antes

de ser deputado, passei mais de 12 anos estudando sobre eles. Acerto algumas coisas e erro outras,

sem dúvida nenhuma. Não tenho a verdade absoluta. Mas estamos a um passo de entregar para o

Governo do Distrito Federal a cartilha e a recomendação do nosso trabalho na comissão, da qual fazem

parte o deputado Fábio Félix, o deputado Gabriel Magno, o deputado Martins Machado e o deputado

Pepa. Vamos entregar para o governo a nossa proposta para um trânsito seguro com redução de tarifa.

Hoje, não é mais possível dizer que o programa Tarifa Zero não é realidade. É realidade e pode

ser implementado no Distrito Federal. Mas, para isso, vamos precisar ter coragem e enfrentar alguns

problemas.

Primeiro: revisão do contrato que está vigendo. Segundo: fortalecer as empresas públicas.

Precisamos tirar a TCB do estado de fechamento completo para reestruturação e fortalecimento, para

ela assumir os principais corredores de ônibus. Temos que fortalecer o Metrô. Se o Metrô tivesse 1

bilhão de reais em investimentos, compraria 15 novos carros, a central energética e 7 subestações de

energia. Hoje, transportaria não só 160 mil pessoas, mas até 300 mil pessoas. Isso tudo seria com

energia renovável sobre trilhos. É fundamental fazer isso.

Muita gente pergunta: “Qual é o custo disso?” A cartilha dá alguns sinais. Realmente, não

existe almoço grátis, mas estamos propondo para o Governo do Distrito Federal...

(Soa a campainha.)

DEPUTADO MAX MACIEL – ... os caminhos para chegar a tal custo.

Primeiro: criamos um fundo de transporte. É importante ter um fundo. Segundo: esse fundo

precisa ter lastro. Precisamos garantir recursos para esse fundo. São necessários recursos sobre obras

de impacto na cidade e taxação progressiva nos novos empreendimentos habitacionais na área nobre,

que vão pagar imposto proporcional para bancar o programa Tarifa Zero.

Nós temos uma pesquisa em andamento que mostra que os empregadores já pagam o vale-

transporte para 990 mil pessoas com carteira assinada. Nós temos uma proposta: se implementarmos

a tarifa zero, podemos fazer como esse laboratório que está apontando nesses países; podemos fazer

com que o empresariado que tem mais de 9 funcionários, deputada, banque não só 230, 240 reais

para o seu trabalhador, mas também aplique 100, 150 no fundo do transporte. Só isso pode trazer 1

bilhão de reais para o sistema, atrelado às 990 mil pessoas que têm o vale-transporte.

Nós precisamos taxar transporte individual com estacionamento rotativo e fazer com que a

empresa pública administre esse recurso, deputada. Nós podemos incluir a taxa daquele recurso que

está no vale-transporte e que vai vencer para aquele que não executou em 3 anos – o governo pode

pegar esse recurso. Estamos propondo que esse recurso também vá para o fundo para que cheguemos

à conta de 4 bilhões de reais.

(Soa a campainha.)

DEPUTADO MAX MACIEL – Quatro bilhões são para bancar o sistema hoje, irrestrito, para o

conjunto da população com o acréscimo de 30% de demanda reprimida. Isso é possível, porque já

estamos bancando quase 70% do transporte público hoje.

Eu não quero ficar com protagonismo nenhum. Nós estamos entregando estas recomendações

para que o governo as faça de forma escalonada: revisão de linhas, ampliação do transporte coletivo

para dentro das cidades com circulares nas cidades, levando para uma área de terminais que operam

com tarifa zero, chegando a esse pendular que é o Plano Piloto.

Esse é o compromisso da comissão. Essa cartilha pode ser baixada. Vou entregá-la aos demais

parlamentares. Essa é mais uma forma de produção de conteúdo que estamos fazendo com a equipe

técnica – quero agradecer a toda a equipe da comissão –, a Finatec e o Fundo de Apoio à Pesquisa.

Queremos juntar o Legislativo, a sociedade e os movimentos, como o Passe Livre, o Andar a Pé e o

Rodas da Paz, para que somem conosco para apresentarmos uma proposta de cidade melhor.

É possível reduzir o transporte. Detalhe, não falei da proposta. Podemos, por exemplo,

estabelecer teletrabalho para alguns profissionais que não precisam dar atendimento real ao usuário do

dia a dia. Eles recebem uma pecúnia que também pode ir para o nosso fundo de transporte. Sem um

fundo, não conseguimos lastro para bancar e financiar o sistema.

Precisamos rever uma série de coisas. Não dá para fazer isso em 2 anos, digo logo isso, mas dá

para começar de forma escalonada: abrir no final de semana para os usuários. E vão por mim: 11 reais

a mais na conta do trabalhador são 11 reais a mais que ele pode consumir no mercado, adquirir um

produto, comprar um determinado brinquedo, investir na educação, acessar outros equipamentos

culturais.

Portanto, presidente, registro esse acúmulo que estamos fazendo, como presidente da

comissão. Graças a todos os pares que fazem parte da comissão, estamos fazendo esse ensaio de

trazer para o Distrito Federal uma memória, um pensamento e uma saída para o transporte público

com mais solidariedade, tranquilidade e harmonia entre todos.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel.

Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.

DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder. Sem revisão da oradora.) – Boa tarde

a todos. Inicio as minhas palavras sempre pedindo a Deus que nos abençoe e abençoe esta casa

legislativa que representa a população e responde a ela.

Quero saudar todas as pessoas presentes. Saúdo o sindicato dos enfermeiros que está pedindo

isonomia salarial, assim como os Avas e ACS, dos quais, com certeza, precisamos muito. Nós que

visitamos as regiões administrativas sabemos a diferença e a falta que vocês fazem para a nossa

população. Vocês têm todo o nosso apoio para que possamos fazer a nomeação o mais breve possível.

Presidente, nós estamos aguardando, com muita responsabilidade, a instalação da CPI do

Melchior, como mencionado por vossa excelência. Hoje, eu estive em uma reunião na qual foi

destacada a importância de instalarmos essa CPI do rio Melchior para, principalmente, encontrarmos

soluções para melhorar a situação da poluição e também da questão do chorume que, muitas vezes, é

colocado no rio Melchior. Isso tem impacto na saúde de todos nós brasilienses.

Senhor presidente, eu aproveito esta oportunidade para dizer que, como deputada federal, eu

consegui aprovar uma lei a respeito da primeira infância. Nós instituímos agosto como o mês da

primeira infância. É uma política que não é café com leite; é uma política séria, responsável, que traz

benefícios para o Brasil. Por quê? Porque nós temos que olhar essa criança como o futuro do nosso

país, e o futuro é hoje.

Eu convido todas as pessoas que estão neste plenário e Brasília a conhecerem a exposição que

está no hall de entrada do plenário. Essa exposição mostra a realidade das nossas crianças. Nós temos

crianças que, infelizmente, muitas vezes, não têm nem um chinelo Havaianas para usar.

Eu estive na comunidade Rabelo 2, que fica perto da Fercal, às 2 e meia da tarde. Nós

estávamos andando quando avistamos 3 crianças de 7, 8 anos e 1 criança de 2 anos de idade. Os

meninos de 7 e 8 anos estavam com chinelo Havaianas, e a criança de 2 anos não tinha nenhum

chinelo. Ela estava andando descalça naquele sol, naquele piso quente.

Então, muitas vezes, quando falam que Brasília é uma ilha da fantasia, isso é realidade. Aquela

exposição mostra a realidade de crianças que têm aquele sorriso, aquele olho de jabuticaba; que

sonham em ser alguém; que sonham até em ser um super-herói. No entanto, infelizmente, pela falta

de condições, por estarem com carências nutricionais, pela falta de acesso a políticas públicas, essas

crianças ficam limitadas.

Eu quero, mais uma vez, pedir a sensibilidade para que, na semana que vem, possamos votar

nesta casa essa melhoria para Brasília, que é a capital da esperança, a capital da felicidade. Que ela

possa realmente mostrar que as nossas crianças são olhadas pelo poder público.

Nesse sentido, senhor presidente, eu tenho a honra de dizer que – como parlamentar federal e,

agora distrital – nós estamos entregando um complexo da primeira infância à população. Deputado

João Cardoso, o que é esse complexo da primeira infância? Nós conseguimos fazer a inauguração, no

Hospital Universitário de Brasília, de mais de 50 leitos para crianças e adolescentes. Hoje, esse hospital

vem oportunizar a muitas crianças o tratamento em UTI neonatal e pediatria. Junto com essas políticas

para as nossas crianças, nós temos também os estudantes fazendo estudo de caso com os professores.

É um hospital de excelência na L2, que hoje é destinado a crianças e adolescentes.

Na semana passada, senhor presidente, nós inauguramos uma creche na UnB, que tem mais

de 60 anos. Era uma demanda dos estudantes, principalmente, das estudantes que engravidavam,

tinham filhos e não tinham onde deixar os seus filhos. Muitas vezes, elas abandonavam os seus cursos

por causa disso.

Eu sempre gosto de dizer que emenda parlamentar é custeada com o dinheiro da população,

que paga impostos. Nós não entregamos apenas o local físico da creche, entregamos equipamentos da

melhor qualidade, até mesmo com torneira da marca Deca, com móveis montessorianos, com toda

marcenaria para a parte administrativa, algo inédito em Brasília.

Agora será entregue uma creche na UnB.

(Soa a campainha.)

DEPUTADA PAULA BELMONTE – Presidente, peço mais alguns minutos a vossa excelência.

Foi feita uma parceria entre o Governo do Distrito Federal e a Secretaria de Educação, e nós

conseguimos, junto ao Ministério Público, que 30% das vagas dessa creche sejam destinadas à

comunidade da UnB, tanto para os servidores, quanto para os estudantes, a fim de que as nossas

estudantes não deixem de estudar por causa dos seus filhos, muito pelo contrário, que haja qualidade

educacional para as nossas crianças. Essa é mais uma entrega.

Para completar esse complexo da primeira infância dentro da UnB, há um centro de pesquisa

da primeira infância, o primeiro centro de pesquisa dentro de uma universidade federal no Brasil. É um

prédio onde trataremos da primeira infância em todas as faculdades: Faculdade de medicina, de saúde,

de antropologia, de educação. Com certeza, Brasília se voltará para as políticas da nossa infância.

Eu gosto de dizer que a política da primeira infância é extremamente necessária para o

desenvolvimento econômico da nossa cidade e do nosso país, mas infelizmente, muitas vezes é

negligenciada por políticas públicas porque as nossas crianças não têm título de eleitor. Eu não estou

preocupada com o título de eleitor, eu estou preocupada com uma política que faça uma transformação

em nossa cidade.

Presidente, peço mais um minuto a vossa excelência para falar sobre uma visita que nós

fizemos à Ceilândia. Eu fui uma das parlamentares que mais destinou emendas para a educação. Nós

visitamos algumas escolas da Ceilândia. Eu comentei com o deputado Max Maciel que nós precisamos

auxiliar as escolas cada vez mais.

Há muitas escolas que não têm computador, não têm um parquinho adequado para as nossas

crianças, não têm um refeitório. Mas nós estamos fazendo com que as crianças possam ter uma

qualidade de educação realmente condizente com a capital do país, que recebe quase 60 bilhões de

reais de orçamento.

Nós precisamos fazer a junção do parlamento. Nós sabemos que vários parlamentares aqui

auxiliam a educação, mas que cada vez mais façamos com que as nossas escolas tenham realmente

estrutura e possibilitem que essas crianças tenham um ensino de qualidade.

Presidente, eu sou fruto da escola pública. Do meu jardim de infância ao segundo grau, eu

estudei na 312 Norte, na 113 Norte, na 115 Norte e no Setor Oeste. Sei que pode haver oportunidade

para o aluno da escola pública. Ela pode oferecer-lhe o melhor, mas nós precisamos cada vez mais

estruturá-la, para que as crianças sejam bem recebidas e principalmente possam se desenvolver e

brilhar na nossa cidade. Esse é o nosso compromisso com a educação, um compromisso com as nossas

crianças.

Reitero o convite para a exposição que está sendo realizada. Eu preciso, rapidamente, citar o

nome dos fotógrafos.

Essa exposição é feita pela Câmara Legislativa. Aproveito para agradecer também ao

presidente, deputado Wellington Luiz, pois é a segunda vez que realizamos a Semana da Primeira

Infância nesta casa. Na semana que vem, haverá vários painéis em que poderemos dialogar com

autoridades, tanto nacionais quanto internacionais, sobre todos os aspectos.

(Soa a campainha.)

DEPUTADA PAULA BELMONTE – Para concluir, presidente, eu preciso homenagear os

fotógrafos dessa exposição emocionante, em que nós olhamos o sorriso das crianças em condições

muito precárias e os seus pezinhos, muitas das vezes sem sapatos, em um ambiente insalubre. É

importante que nós tenhamos a sensibilidade de fazer com que esta casa represente, verdadeiramente,

melhoria na vida delas.

Eu quero agradecer ao fotógrafo Wanderlei Pozzembom, que está, desde 1985, no Correio

Brazilense; bem como ao Ed Alves, artista-fotógrafo que trabalha há 16 anos mostrando essa realidade.

Todas aquelas fotos são de Brasília, é importante dizer isso. Essa é a realidade do Distrito Federal que

muitos de nós não conhecem e ali está sendo retratada.

Peço o apoio de todos os parlamentares para que se sensibilizem e votem, na semana que

vem, os projetos que vão beneficiar as nossas crianças e adolescentes.

Grata, presidente. Que Deus abençoe a todos nós!

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Indago se algum deputado deseja fazer uso

da palavra. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.

DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,

presidente. Boa tarde a quem nos acompanha na galeria. Quero iniciar a minha fala de hoje,

presidente, abordando a situação da saúde, especialmente do Hospital Regional do Gama.

Hoje, pela manhã, eu estive lá porque houve alguns incidentes graves sendo denunciados

sobre aquele hospital. O primeiro, em relação ao tempo de espera para as cirurgias na ortopedia. Essa

é uma questão muito grave. Hoje houve um caso amplamente noticiado, de um paciente que está com

risco gravíssimo em relação à sua condição de saúde. Ele aguarda uma cirurgia há mais de 66 dias pela

falta de uma placa e de insumos de suporte.

Trata-se, realmente, de uma questão muito grave, uma vez que estamos falando de um

hospital que seria referência na ortopedia, mas não há insumos e aparelhos para a realização das

cirurgias ortopédicas. A população busca o hospital, e alguém entra ali com uma condição de saúde e

fica 30, 40 ou 60 dias aguardando uma vaga para cirurgia. Não podemos naturalizar esse tipo de

violação de direitos humanos.

Eu fui ao hospital hoje, e a emergência estava lotada porque há uma retaguarda no hospital,

onde as pessoas estão internadas em um corredor e não têm um atendimento adequado. São cerca de

70 pessoas internadas, e a capacidade para cirurgia geral e para ortopedia é bem menor do que essa.

Quando cheguei ao hospital, deputada Dayse Amarilio, o centro cirúrgico estava restrito porque

havia ocorrido agravamento de uma outra cirurgia. Eles não conseguem fazer os procedimentos porque

não há perfurador, porque faltam equipamentos. Os equipamentos que são caros, mas não para o

poder público. Um perfurador custa 7 mil reais, 8 mil reais, e só há 1 na unidade. Quando fazem uma

cirurgia, para o próximo procedimento, o perfurador precisa ser esterilizado. Não conseguem fazer

mais procedimentos porque há somente 1 perfurador na unidade. Portanto, há uma série de

dificuldades que acabam precarizando o atendimento à população, além da cirurgia.

Nós visitamos também o centro obstétrico. Na nossa visita, ele não estava superlotado, mas

recebemos uma denúncia, feita por uma família, de violação de direitos humanos por uma perda

gestacional. Nós enviamos a denúncia para que fosse feita a devida apuração e o acolhimento dessa

família – esse é o papel do GDF.

Encontram-se internados ali, na ortopedia, onde haveria 33 vagas para cirurgia e ortopedia,

cerca de 70 pacientes. São 400 atendimentos diários na ortopedia. Eles fazem 100 gessos por dia com

material de baixíssima qualidade. Falta bandeja de vídeo e o ultrassom é muito antigo. Portanto, faltam

ultrassom e uma série de perfuradores específicos que foram citados. Ainda faltam próteses de revisão,

escopia e um monte de material que eles nos apontaram. Faltam materiais ou são materiais precários.

Há uma série de pedidos para que esses materiais sejam viabilizados, a fim de que o hospital possa

realizar as cirurgias.

Eu gostaria de dizer que fui muito bem recebido pelos servidores e servidoras da Secretaria de

Saúde. Fui bem acolhido por eles. Há um esforço enorme dos servidores, dos médicos, das médicas,

das enfermeiras, dos enfermeiros e técnicos para que o trabalho seja realizado da melhor forma

possível, mas eles não são heróis, são servidores que precisam de estrutura para trabalhar.

Então, trago mais essa denúncia porque são as famílias que choram pelos seus entes queridos

pela falta de vaga. São as famílias que choram pela falta de estrutura para que a cirurgia aconteça e os

casos não se agravem. É disso que estamos falando. Inclusive, eu gostaria de homenagear esses

servidores. Boa parte deles trabalha da melhor forma possível, mas, nessas condições, o atendimento é

extremamente precário.

Presidente, encerro dizendo que a situação do Iges-DF também é grave, porque o Hospital

Regional do Gama busca transferir alguns dos seus casos para o Hospital de Santa Maria, que é gerido

pelo Iges-DF, e não consegue a transferência devido a diversas negativas. No caso do usuário que está

há 66 dias aguardando uma cirurgia ortopédica, existe uma série de negativas tanto do Hospital de

Base quanto do Hospital de Santa Maria para recebê-lo. Esses hospitais teriam a placa adequada para o

procedimento da cirurgia, só que a cirurgia não aconteceu e o paciente não foi recebido. Com isso, o

seu caso se agravou. Nós precisamos denunciar a situação porque o Iges-DF não pode ser uma bolha

fora do Sistema Único de Saúde.

Eu volto a dizer que esta casa precisa retomar um debate sério – que nós já fizemos – sobre a

fila das comissões parlamentares.

(Soa a campainha.)

DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Presidente, há uma fila para a instalação de CPIs, e esta casa tem

prerrogativa parlamentar de 8 assinaturas para instalação de CPI.

Há a demanda da CPI do rio Melchior, uma demanda importante da comunidade porque

estamos destruindo um rio importante para esta cidade, o qual precisa ser cuidado e preservado. Essa

CPI está na fila e precisa ser instalada até para que possamos dar prosseguimento à fila das CPIs.

Eu queria fazer esse apelo final e dizer que a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos,

Cidadania e Legislação Participativa vai seguir trabalhando no seu papel de fiscalizar todas as

denúncias que chegam a esta casa.

Presidente, antes de encerrar o meu pronunciamento, quero falar sobre um tema que vossa

excelência está acompanhando muito bem e que diz respeito a uma carreira que abraça o mandato de

vossa excelência: a carreira socioeducativa. Há uma expectativa.

Eu sou membro da carreira socioeducativa – estou deputado distrital –, uma carreira que hoje

atua numa política pública fundamental, que é a de ressocialização dos nossos adolescentes e jovens

adultos a partir da implantação e execução das medidas socioeducativas previstas no Estatuto da

Criança e do Adolescente, um estatuto que dá à criança e ao adolescente o princípio da prioridade

absoluta.

Hoje, infelizmente, essa é uma categoria cujos salários e cujo plano de carreira são

precarizados e extremamente defasados. Eu estava olhando os contracheques dos agentes

socioeducativos. O agente entra na categoria ganhando entre 6 mil reais e 7 mil reais.

(Soa a campainha.)

DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Vou concluir, presidente.

O agente entra na carreira socioeducativa ganhando entre 6 mil reais e 7 mil reais e, depois de

quase 15 anos, ele ganha 8 mil reais. Esse é um plano de carreira que não dá a mínima condição de

progressão e o mínimo incentivo para os nossos colegas que atuam numa área que tem uma série de

complexidades. Muitas vezes, esse agente precisa atender um público em condições muito precárias.

Essa categoria tem o técnico socioeducativo, que precisa ser cuidado, o especialista socioeducativo e o

agente socioeducativo.

Eu queria, mais uma vez, chamar a atenção e pedir ao Governo do Distrito Federal que priorize

o envio a esta casa da reestruturação da carreira socioeducativa.

A carreira da assistência social, que também é uma carreira fundamental, já conquistou a sua

reestruturação. Essa reestruturação foi aprovada por esta casa. Ela era uma carreira irmã, cujos

salários eram parecidos e que hoje está à frente.

Há uma minuta que tramitou na Secretaria de Justiça e agora está na mesa do nosso secretário

de Economia, Ney Ferraz. Pedimos a sua excelência que essa minuta seja enviada à Câmara Legislativa

para que aprovemos a reestruturação da carreira socioeducativa e honremos essas servidoras e esses

servidores, que têm prestado um bom serviço ao Governo do Distrito Federal e à população da nossa

cidade.

Muito obrigado, presidente.

(Assume a presidência o deputado João Cardoso.)

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Fábio Félix.

Passa-se aos

Comunicados de Parlamentares.

Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para breve comunicação. Sem revisão da oradora.) –

Obrigada, presidente deputado João Cardoso, que está presidindo a sessão. Boa tarde a todos os

parlamentares e às pessoas da galeria que nos acompanham. Obrigada pela presença de vocês.

“Os especialistas da SES, aprovados, pedem o apoio da CLDF”. Como precisamos de vocês e

como vocês estão fazendo falta! Eu sei que é um concurso que está quase vencendo, e essa é uma

luta de todos nós. Eu falo muito aqui que o meu nome é “nomeia”, porque eu, como servidora da SES,

sei da diferença e do impacto que vocês podem levar, lá na ponta, para quem mais precisa.

Também temos lutado por todas as nomeações dos servidores Avas e dos ACS. Vamos

enfrentar um novo momento de crise de dengue, inclusive com outras arboviroses, e não conseguimos

avançar nessas pautas sobre as quais parece que patinamos e caímos na mesma situação.

Sabemos que não existe serviço público forte sem servidores públicos nomeados. Então temos

lutado por isso.

Presidente, primeiro eu queria falar que a nossa semana está linda. A primeira semana de

prevenção ao feminicídio na CLDF. Já convido todos para amanhã, às 9 horas da manhã, estarem

presentes na inauguração do Núcleo de Assistência Jurídica de Direito das Mulheres, que acontecerá

aqui na CLDF, que representa a casa do povo. Isso é muito emblemático e representativo.

Quero dizer que estes estão sendo momentos e dias muito importantes de reflexão também

para essa virada de chave que abrange a prevenção. Não devemos falar apenas no pós-violência, na

violência, mas, também, no que podemos e devemos fazer, como sociedade, para evitarmos tudo isso.

Eu quero trazer aqui alguns dados com os quais eu fiquei bastante assustada – inclusive por

ser profissional enfermeira. Mas eu não possuía a noção desses dados e do quanto eles impactam a

saúde do Distrito Federal. Eu me encontrei com o Sindicato dos Enfermeiros, ao qual sou filiada. Esse

sindicato autônomo, forte está de parabéns. O sindicato tem nos trazido dados para mostrarmos aqui.

Presidente, no ano de 2023, tivemos 1.710.310 atendimentos individuais realizados pelo

profissional enfermeiro. Isso foi no período de 1 ano, entendendo que esse dado é, inclusive,

subnotificado em procedimentos que estamos fazendo agora – como a implementação do DIU – e de

outros atendimentos dos quais não possuímos registro e dizem respeito à consulta específica do

profissional enfermeiro! Esses dados também mostram que são quase 7 mil partos feitos por

profissionais enfermeiros. São quase 116 mil consultas de pré-natal. São mais de 414.704

atendimentos de puericultura, que é o cuidado com a criança.

Portanto, esses registros demonstram a importância desse profissional.

Essa campanha feita por eles é bonita. Quando o comparamos a todos os profissionais da rede

– inclusive os profissionais em quantitativo maior que o profissional enfermeiro –, podemos

demonstrar, pelos gráficos, a força e a autonomia que esse profissional tem – e poderia ter ainda mais!

Nursing Now passou por aqui e falou que colocar esse profissional em local com autonomia,

com práticas avançadas, poderia trazer o resgate de uma mudança de paradigmas e panoramas na

ponta. Então, precisamos avançar.

O enfermeiro possui muita autonomia na atenção primária. E, mesmo com toda falta de

condição, como mostrou, por exemplo, o Metrópoles, que apresentou um dado da auditoria do Tribunal

de Contas do Distrito Federal mostrando que 27 das 30 unidades de UBS, ou seja, 85%, estavam em

péssimas condições estruturais de funcionamento. Isso não é novidade, pois já falamos aqui sobre isso

e já mandamos recursos para corrigir essa situação. Mas, infelizmente, temos dificuldade até para a

execução desses recursos destinados para possibilitarem maior condição para que essas UBS trabalhem

melhor.

São esses profissionais da enfermagem, os enfermeiros, que têm tocado as áreas do pré-natal,

do atendimento de crescimento e desenvolvimento, da infecção sexualmente transmissível, da

hanseníase, da tuberculose. Podemos ver a diferença no território deles, que inclusive tocam um

programa tão importante como o da imunização. Sem enfermeiros não há como tocar a imunização.

Então, quero parabenizar essa campanha e dizer, com todo o respeito, que, quando nós

estivemos na Casa Civil, o secretário havia falado sobre a questão de produtividade e, naquele

momento, ele falava: “Ah, existe uma grande resistência dos profissionais em relação à produtividade”.

No entanto, com o enfermeiro, não há essa resistência, porque, se o profissional enfermeiro for ganhar

por produtividade, ele vai ser o profissional mais bem pago do Distrito Federal. São profissionais que

não têm medo de trabalhar, como muitos servidores.

Eu falo que são muitos servidores da saúde que fazem a diferença. Eu não vejo servidores da

saúde fazendo corpo mole para trabalhar. Eu trabalhei com todos eles, com os colegas ACS, Avas,

especialistas, Gaps, são pessoas que fazem muito. Mas como profissional enfermeira que sou, 23 anos

de enfermagem, trabalhando inclusive no território da atenção primária, a enfermagem e os

enfermeiros fazem muito. Se for para ganhar por produtividade, seria o profissional mais bem pago do

Distrito Federal. E aí eu faço o registro desta campanha: quem produz mais não merece ganhar menos.

Parabéns pela campanha. Vamos para cima!

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.

Encerrados os Comunicados de Parlamentares.

Dá-se início à

ORDEM DO DIA.

Não havendo quórum para deliberação, iremos encerrar a presente sessão.

Muito obrigado. Que Deus abençoe a todos. Obrigado ao pessoal da TV Câmara Distrital e a

todos aqueles que assistiram a nós.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente sessão.

(Levanta-se a sessão às 17h21min.)

Observação: Nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos de acordo

com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização de

cada evento; os nomes não disponibilizados são grafados conforme padrão ortográfico do português brasileiro.

Siglas com ocorrência neste evento:

ACS – Agente Comunitário de Saúde

Avas – Agente de Vigilância Ambiental em Saúde

CLDF – Câmara Legislativa do Distrito Federal

CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito

CTMU – Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana

FAP-DF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal

Finatec – Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos

Gaps – Gestão e Assistência Pública à Saúde

GDF – Governo do Distrito Federal

GT – Grupo de Trabalho

Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal

PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira

SEI – Sistema Eletrônico de Informação

SES-DF – Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal

SUS – Sistema Único de Saúde

TCB – Sociedade de Transportes Coletivos

UBS – Unidade Básica de Saúde

UnB – Universidade de Brasília

UPA – Unidade de Pronto Atendimento

As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.

Documento assinado eletronicamente por ROBSON KONIG - Matr. 12651, Chefe do Setor de Registro e

Redação Legislativa - Substituto(a), em 21/08/2024, às 14:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-

Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de

outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1791355 Código CRC: A654B996.

...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA 64ª(SEXAGÉSIMA QUARTA)SESSÃO ORDINÁRIA,DE 20 DE AGOSTO DE 2024.INÍCIO ÀS 16H06MIN TÉRMINO ÀS 17H21MINPRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária deterça-feira, 20 de agosto de 2024, às 16 horas...
Ver DCL Completo
DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 64/2024

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

ATA SUCINTA DA 64ª (SEXAGÉSIMA QUARTA)

SESSÃO ORDINÁRIA,

EM 20 DE AGOSTO DE 2024

SÚMULA

PRESIDÊNCIA: Deputado Wellington Luiz, Robério Negreiros e João Cardoso

SECRETARIA: Deputado Robério Negreiros

LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal

INÍCIO: 16 horas e 6 minutos

TÉRMINO: 17 horas e 21 minutos

Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.

1 ABERTURA

Presidente (Deputado Wellington Luiz)

– Declara aberta a sessão.

1.1 LEITURA DE EXPEDIENTE

– O Deputado Robério Negreiros procede à leitura do expediente sobre a mesa.

1.2 LEITURA DE ATA

– Dispensada a leitura, o presidente da sessão considera aprovada, sem observações, a Ata da 63ª

Sessão Ordinária.

2 PEQUENO EXPEDIENTE

2.1 COMUNICADOS DE LÍDERES

Deputado Gabriel Magno

– Critica o modelo de avaliação utilizado para apuração do Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica – Ideb por não refletir a situação real em que se encontra a educação do DF.

– Manifesta sua indignação com a situação precária das escolas públicas e noticia que o Tribunal de

Contas do Distrito Federal – TCDF reconheceu que o GDF não investe o valor mínimo constitucional na

Educação.

– Cita reportagem do Portal Metrópoles na qual foi divulgado resultado de fiscalização do TCDF que

demonstra a situação caótica em que se encontra a saúde pública do Distrito Federal.

– Cobra do GDF investimentos para evitar crises sanitária e pediátrica ocorridas neste ano.

– Solicita a esta Casa agilidade na instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito – CPIs da Saúde

e do Rio Melchior.

Deputado Chico Vigilante

– Relata que se reuniu com o Presidente da Federação do Comércio do DF – Fecomércio-DF e que

ambos tiveram a ideia de incluir, no Cartão Material Escolar, implantado originalmente pelo Governo

Agnelo, o fornecimento de uniformes para estudantes da rede pública de ensino do DF.

– Refere-se a manifestação de moradores da Asa Norte contra a violência em Brasília, realizada no

último sábado, e pondera que em outras regiões administrativas do DF a criminalidade atinge índices

elevados.

– Elogia o Programa Bolsa Família, criado pelo Governo Lula, e cita pesquisa que revela que cerca de

40% das pessoas beneficiadas pelo programa conseguiram obter emprego direto.

– Informa que foram destinados recursos provenientes de emenda orçamentária de sua autoria à Escola

Classe 64 de Ceilândia, cujos alunos e professores visitam o Plenário da Casa, como parte das atividades

do Programa Conhecendo o Parlamento.

Deputado Pepa

– Parabeniza Planaltina por seu 165º aniversário, comemorado ontem, e elogia a Região Administrativa

– RA, onde vive desde 1987.

– Fala da necessidade de implementação de melhorias na região e menciona o apoio do Governador

Ibaneis Rocha para a realização de obras locais.

– Solicita ao Governo do Distrito Federal – GDF que crie uma área de desenvolvimento econômico na

RA, a fim de que a população possa exercer atividades profissionais no local, e não no centro de Brasília.

Deputado João Cardoso

– Enaltece o trabalho que tem desenvolvido em prol dos rodoviários e cita, como exemplo, a Lei distrital

nº 7.249/24, oriunda de projeto de lei de sua autoria, que prevê a instalação de aparelhos de ar-

condicionado em ônibus.

– Defende a implantação de faixa exclusiva para os veículos de transporte coletivo em todo o Distrito

Federal.

– Relata que tem apoiado o ciclismo no DF e avalia que essa modalidade de transporte, além de ser

econômica, é também saudável e ecológica.

– Parabeniza os padres e os peregrinos que participaram do encontro da Pastoral Familiar do Vicariato

Norte no sábado, realizado no dia 17 de agosto, na paróquia Mãe Rainha Três Vezes Admirável.

Deputado Max Maciel

– Anuncia o resultado do Seminário Internacional sobre Transporte Coletivo e Sustentabilidade: os

caminhos para o Triplo Zero – zero tarifa, zero emissões de carbono e zero violência no trânsito –

realizado nesta Casa pela Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana – CTMU.

– Discorre sobre os pontos debatidos no seminário e anuncia que será apresentada ao GDF uma cartilha

que pontua a necessidade da implantação da tarifa zero, da redução de emissões de carbono e da

realização de obras verdes.

– Noticia que a CTMU lançou, em parceria com universidades de vários países, um laboratório sobre

transporte, cidades sustentáveis e inovadoras no mundo, destinado a tratar de experiências bem-

sucedidas que podem fazer o DF assumir uma posição de vanguarda na área de transporte.

Deputada Paula Belmonte

– Aguarda a instalação da CPI do Rio Melchior, com a expectativa de que seja encontrada solução para

a poluição do rio.

– Convida todos a prestigiarem a exposição de fotos relativas à situação da primeira infância no DF,

trabalho dos fotógrafos Wanderlei Pozzembom e Ed Alves.

– Anuncia entregas de seu mandato: a inauguração do Complexo da Primeira Infância, com criação de

50 leitos no Hospital Universitário de Brasília – HUB, localizado na L2 Norte, construção de Centro de

Pesquisa da Primeira Infância, além de construção de creche na UnB.

– Informa que realizou visita a escolas da rede pública localizadas na Região Administrativa da Ceilândia

e conclama os deputados a trabalharem em prol da melhoria da qualidade da educação.

– Agradece o Presidente Wellington Luiz pelo apoio à realização da Segunda Semana da Primeira

Infância, a ser realizada na CLDF.

Deputado Fábio Félix

– Discorre sobre sua visita ao Hospital Regional do Gama, realizada hoje, e denuncia péssimas condições

de atendimento ao público, por falta de insumos e equipamentos, sobretudo na área de ortopedia.

– Elogia os servidores do hospital, que se dedicam com afinco à sua atividade profissional mesmo sem

condições adequadas de trabalho.

– Menciona a grave situação do IGES/DF e ressalta a necessidade de instalação das CPIs da Saúde e do

Rio Melchior.

– Pede ao GDF que envie minuta de reestruturação da carreira socioeducativa, a fim de atender às

demandas desses servidores, cujos salários estão defasados.

2.2 COMUNICADOS DE PARLAMENTARES

Deputada Dayse Amarilio

– Reivindica a nomeação de concursados para a Secretaria de Saúde.

– Comemora a realização da Primeira Semana de Prevenção ao Feminicídio da CLDF e convida todos

para a inauguração do primeiro núcleo da Defensoria Pública do DF destinado a mulheres, a ser

realizada amanhã, 21 de agosto, às 9h30, nesta Casa.

– Cita dados fornecidos pelo Sindicato dos Enfermeiros do DF relativos aos atendimentos realizados por

esses profissionais no período de um ano e parabeniza essa instituição pela campanha para aumento de

sua remuneração.

3 COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA

Presidente (Deputado Wellington Luiz)

– Anuncia a presença de professores e alunos da Escola Classe 64 de Ceilândia, que participam do

programa Conhecendo o Parlamento, sob a coordenação da Escola do Legislativo.

4 ENCERRAMENTO

Presidente (Deputado João Cardoso)

– Declara encerrada a sessão.

Observação: O relatório de presença e o relatório de presença por recomposição de quórum,

encaminhados pelo Setor de Apoio ao Plenário e pela Secretaria Legislativa, estão anexos a esta ata.

Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO

Primeiro-Secretário

Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-

Secretário(a), em 21/08/2024, às 14:46, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1792104 Código CRC: E51EC20D.

...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA SUCINTA DA 64ª (SEXAGÉSIMA QUARTA)SESSÃO ORDINÁRIA,EM 20 DE AGOSTO DE 2024SÚMULAPRESIDÊNCIA: Deputado Wellington Luiz, Robério Negreiros e João CardosoSECRETARIA: Deputado Robério NegreirosLOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito FederalINÍCI...
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DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 64a/2024

Relatório de Presenças por Reunião

Reunião : 64ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 9ª Legislatura Dia : 20/08/2024

__________________________________________________________________________________________________

Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo

01 CHICO VIGILANTE PT 16:07:20 Biometria

02 DANIEL DONIZET PL 15:36:28 Biometria

03 DAYSE AMARILIO PSB 16:07:07 Biometria

04 EDUARDO PEDROSA UNIÃO 15:51:23 Biometria

05 FÁBIO FELIX PSOL 15:59:19 Biometria

06 GABRIEL MAGNO PT 16:03:00 Biometria

07 HERMETO MDB 15:05:26 Biometria

08 IOLANDO MDB 16:09:21 Biometria

09 JAQUELINE SILVA MDB 16:25:57 Biometria

10 JOÃO CARDOSO AVANTE 16:06:59 Biometria

11 JOAQUIM RORIZ NETO PL 16:27:37 Biometria

12 JORGE VIANNA PSD 17:13:16 Biometria

13 MARTINS MACHADO REPUBLI 16:33:19 Biometria

14 MAX MACIEL PSOL 15:47:40 Biometria

15 PAULA BELMONTE CIDADAN 16:06:35 Biometria

16 PEPA PP 15:44:17 Biometria

17 RICARDO VALE PT 15:58:50 Biometria

18 ROBÉRIO NEGREIROS PSD 15:59:40 Biometria

19 ROOSEVELT PL 16:20:09 Biometria

20 THIAGO MANZONI PL 15:06:38 Biometria

21 WELLINGTON LUIZ MDB 16:06:08 Biometria

Ausências :

Nome Parlamentar Partido

PASTOR DANIEL DE CASTRO PP

Justificados :

Nome Parlamentar Partido Texto

DOUTORA JANE MDB Licenciada conforme o AMD nº 104, de 2024.

ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD Licenciado conforme o AMD nº 106, de 2024.

Totalização

Presentes : 21 Ausentes : 1 Justificativas : 2

_____________________________

Presidente

20/08/2024 17:24 1 Administrador

...Relatório de Presenças por ReuniãoReunião : 64ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 9ª Legislatura Dia : 20/08/2024__________________________________________________________________________________________________Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo01 CHICO VIGILANTE PT 16:07:20 Biometria02 DAN...
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DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Extraordinária 29a/2024

Relatório de Presenças por Reunião

Reunião : 29ª Sessão Extraordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária, da 9ª Legislatura Dia : 14/08/2024

__________________________________________________________________________________________________

Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo

01 DAYSE AMARILIO PSB 17:48:28 Biometria

02 EDUARDO PEDROSA UNIÃO 17:48:16 Biometria

03 FÁBIO FELIX PSOL 17:48:20 Biometria

04 GABRIEL MAGNO PT 17:48:20 Biometria

05 IOLANDO MDB 17:48:22 Biometria

06 JOÃO CARDOSO AVANTE 17:48:35 Biometria

07 MARTINS MACHADO REPUBLI 17:48:28 Biometria

08 MAX MACIEL PSOL 17:48:27 Biometria

09 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP 17:48:24 Biometria

10 PAULA BELMONTE CIDADAN 17:48:22 Biometria

11 RICARDO VALE PT 17:48:25 Biometria

12 ROOSEVELT PL 17:48:23 Biometria

13 THIAGO MANZONI PL 17:48:29 Biometria

14 WELLINGTON LUIZ MDB 17:48:18 Biometria

Ausências :

Nome Parlamentar Partido

CHICO VIGILANTE PT

DANIEL DONIZET PL

DOUTORA JANE MDB

HERMETO MDB

JAQUELINE SILVA MDB

JOAQUIM RORIZ NETO PL

JORGE VIANNA PSD

PEPA PP

ROBÉRIO NEGREIROS PSD

ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD

Justificados :

Nome Parlamentar Partido Texto

Totalização

Presentes : 14 Ausentes : 10 Justificativas : 0

_____________________________

Presidente

14/08/2024 17:55 1 Administrador

...Relatório de Presenças por ReuniãoReunião : 29ª Sessão Extraordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária, da 9ª Legislatura Dia : 14/08/2024__________________________________________________________________________________________________Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo01 DAYSE AMARILIO PSB 17:48:28 Biometria...
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Ata Sucinta Sessão Ordinária 64b/2024

Relatório de Presença por Recomposição : 64ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legis

Data: 20/08/2024

__________________________________________________________________________________________________

Término da Reunião às 17:22:35

Estavam Presentes

1 HERMETO MDB

2 THIAGO MANZONI PL

3 DANIEL DONIZET MDB

4 PEPA PP

5 MAX MACIEL PSOL

6 EDUARDO PEDROSA UNIÃO

7 RICARDO VALE PT

8 FÁBIO FELIX PSOL

9 ROBÉRIO NEGREIROS PSD

10 GABRIEL MAGNO PT

11 WELLINGTON LUIZ MDB

12 PAULA BELMONTE CIDADANIA

13 JOÃO CARDOSO AVANTE

14 DAYSE AMARILIO PSB

15 CHICO VIGILANTE PT

16 IOLANDO MDB

17 ROOSEVELT PL

18 JAQUELINE SILVA MDB

19 JOAQUIM RORIZ NETO PL

20 MARTINS MACHADO REPUBLICAN

21 JORGE VIANNA PSD

Estavam Ausentes

1 DOUTORA JANE MDB

2 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP

3 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD

_____________________________

Presidente

20/08/2024 17:25 1 Administrador

...Relatório de Presença por Recomposição : 64ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão LegisData: 20/08/2024__________________________________________________________________________________________________Término da Reunião às 17:22:35Estavam Presentes1 HERMETO MDB2 THIAGO MANZONI PL3 DANIEL DONIZET MDB4 PEPA PP5 MAX MACIEL ...
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Ata Sucinta Sessão Ordinária 63b/2024

Relatório de Presença por Recomposição : 63' Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legis

Data: 15/08/2024

Término da Reunião às 15:38:44

Estavam Presentes

1 RICARDO VALE PT

2 PAULA BELMONTE CIDADANIA

3 CHICO VIGI LANTE PT

4 JOÄO CARDOSO AVANTE

5 JOAQUIM RORIZ NETO PL

6 MARTINS MACHADO REPUBLICAN

7 THIAGO MANZON

PL

8 GABRIEL MAGNO PT

9 DAYSE AMARILIO PSB

10 MAX MACIEL PSOL

Estavam Ausentes

1 DANIEL DONIZET MDB

2 DOUTORA JANE MDB

3 EDUARDO PEDROSA UNIÃO

4 FÁBIO FELIX

PSOL

5 HERMETO MDB

6 IOLANDO MDB

7 JAQUELINE SILVA MDB

8 JORGE VIANNA PSD

9 PASSTOR DANIEL DE CASTRO PP

10 PEPA

PP

11 ROBÉRIO NEGREIROS

PSD

12 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD

13 ROOSEVELT PL

14 WELLINGTON LUIZ

MDB

Preidente

1508:2024 154o

1

Administrado

...Relatório de Presença por Recomposição : 63' Sessão Ordinária, da 2ª Sessão LegisData: 15/08/2024Término da Reunião às 15:38:44Estavam Presentes1 RICARDO VALE PT2 PAULA BELMONTE CIDADANIA3 CHICO VIGI LANTE PT4 JOÄO CARDOSO AVANTE5 JOAQUIM RORIZ NETO PL6 MARTINS MACHADO REPUBLICAN7 THIAGO MANZONPL8 GABRIEL MAGNO PT9...
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DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 63c/2024

LIDO

ATA SUCINTA DA 63ª (SEXAGÉSIMA TERCEIRA) SESSÃO ORDINÁRIA

Ata considerada lida e aprovada na 64ª (SEXAGÉSIMA QUARTA) Sessão Ordinária, em 20 de AGOSTO

de 2024.

Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)

Especial, em 20/08/2024, às 16:15, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no

Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1789283 Código CRC: C95BA1FA.

...LIDOATA SUCINTA DA 63ª (SEXAGÉSIMA TERCEIRA) SESSÃO ORDINÁRIAAta considerada lida e aprovada na 64ª (SEXAGÉSIMA QUARTA) Sessão Ordinária, em 20 de AGOSTOde 2024.Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)Especial, em 20/08/2024, às 16:15, conforme Art. 22, do Ato do ...
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DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 64c/2024

LIDO

ATA SUCINTA DA 64ª (SEXAGÉSIMA QUARTA) SESSÃO ORDINÁRIA

Ata considerada lida e aprovada na 65ª (SEXAGÉSIMA QUINTA) Sessão Ordinária, em 21 de AGOSTO

de 2024.

Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)

Especial, em 21/08/2024, às 15:08, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no

Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1792499 Código CRC: ABDEEF2C.

...LIDOATA SUCINTA DA 64ª (SEXAGÉSIMA QUARTA) SESSÃO ORDINÁRIAAta considerada lida e aprovada na 65ª (SEXAGÉSIMA QUINTA) Sessão Ordinária, em 21 de AGOSTOde 2024.Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)Especial, em 21/08/2024, às 15:08, conforme Art. 22, do Ato do Vi...
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DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 63a/2024

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DCL n° 179, de 21 de agosto de 2023 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 65/2023

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

ATA CIRCUNSTANCIADA DA 65ª

(SEXAGÉSIMA QUINTA)

SESSÃO ORDINÁRIA,

TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL

PARA DEBATER SOBRE A REVITALIZAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO

DA ÁREA CENTRAL DE BRASÍLIA,

DE 10 DE AGOSTO DE 2023.

INÍCIO ÀS 15H09MIN TÉRMINO ÀS 18H52MIN

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de

quinta-feira, dia 10 de agosto de 2023, às 15 horas e 9 minutos.

Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Convido o deputado Iolando a secretariar os trabalhos da mesa.

Dá-se início aos

Comunicados da Mesa.

Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.

(Leitura do expediente.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – O expediente lido vai a publicação.

Em razão da aprovação do Requerimento nº 614/2023, de autoria da deputada Paula

Belmonte, a sessão ordinária de hoje, quinta-feira, dia 10 de agosto de 2023, fica transformada em

comissão geral para debater sobre a revitalização e a requalificação da área central de Brasília.

(A sessão transforma-se em comissão geral.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Convido as senhoras e os senhores deputados,

bem como todos que desejarem, a participarem do debate em plenário.

A presidência vai suspender os trabalhos para receber os convidados.

Está suspensa a comissão geral.

(Suspensa às 15h11min, a comissão geral é reaberta às 15h36min.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Está reaberta a comissão geral da Câmara

Legislativa Distrito Federal para debater sobre a revitalização e a requalificação da área central do

Distrito Federal, dia 10 de agosto de 2023, às 15 horas e 36 minutos.

Sob a proteção de Deus, reiniciamos nossos trabalhos. Ao dar boas-vindas a todos os

presentes, tenho a honra de declarar abertos os trabalhos desta comissão geral.

Antes de chamar os componentes da mesa, eu quero dizer que todos os convidados são

extremamente importantes. Nós vamos chamar algumas pessoas, temos uma limitação de cadeiras,

mas todos terão oportunidade de fala. É muito importante abrirmos, hoje, esse trabalho de discussão

sobre a revitalização do centro comercial, da W3, do Plano Piloto, porque nós temos questões

importantes. Eu fui cumprimentando as pessoas e vi que, na realidade, as demandas são muito

parecidas; os locais são distintos, mas as demandas são muito parecidas. Então, registro a minha

gratidão pela presença de cada um de vocês e peço a participação efetiva nesta audiência que está se

iniciando agora.

Convido para compor a mesa de honra: o administrador regional do Plano Piloto, Valdemar

Araújo de Medeiros; o secretário executivo de segurança pública, Alexandre Patury, representando o

secretário de segurança pública do Distrito Federal, Sandro Avelar; o presidente da Associação

Comercial do Distrito Federal, Fernando Brites; o comandante em exercício do 1º Batalhão de Polícia

Militar, major Almeida Santos; o diretor de edificações da Novacap, Carlos Alberto Spies; o coordenador

institucional da Abrasce, a Associação Brasileira de Shopping Centers, Guilherme Soares; e o

subsecretário do conjunto urbanístico de Brasília, da Seduh, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e

Habitação, Ricardo Augusto Noronha.

Estamos aguardando a presença do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico

Nacional, Leandro Antônio Grass; do secretário de cultura, Cláudio Abrantes; e do secretário de

desenvolvimento social, André Santoro (sic).

Temos a presença do representante da CEB, Wires Santos Amorim; da vice-prefeita do Setor

Comercial Sul, Niki; do representante do shopping Liberty Mall, Alexandre Mendes; da presidente dos

permissionários da rodoviária (sic), Cida; do presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Distrito

Federal, Wagner Gonçalves; do vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito

Federal, Marcelo Paro; do superintendente do Brasília Shopping, Gilberto Azevedo; do superintendente

do Shopping Venâncio 2000, Ricardo Mendes; da Rosângela Castro, gerente de marketing do Shopping

Venâncio 2000; da Luciana Pereira, supervisora de marketing do Shopping Venâncio 2000; do Augusto

Brandão, superintendente do Pátio Brasil; da empresária e proprietária da Rainha Seguros e ex-prefeita

do Setor Comercial Norte por 10 anos, Regina Lacerda; do gerente de operações do Shopping ID,

Anderson Amaral; do doutor Nilo, do jurídico do Shopping ID; e do senhor João Sobreira, supervisor de

segurança do Shopping Venâncio 2000.

Quero registrar que temos várias prefeitas e prefeitos de quadras aqui da Asa Norte e da Asa

Sul, também representados aqui nesta plateia.

Peço aos senhores que façam a inscrição para a fala, por meio da nossa assessoria.

Contemplaremos primeiramente a mesa e, em seguida, haverá a participação dos senhores, que é

fundamental. A senhora Ivonice, do CME, a Lúcia também. Todas aqui são pessoas importantíssimas

para o desenvolvimento e essa revitalização com a qual todos nós sonhamos e que todos queremos.

Nós estamos aqui exatamente nesta comissão geral para discutirmos a revitalização e o

desenvolvimento econômico desta capital federal, nosso centro de Brasília. Digo isso aos senhores

porque estamos aqui com permissionários da rodoviária, com representantes da Galeria dos Estados –

recordo-me, quando eu era criança, que eu ia para a Galeria dos Estados, porque meu pai trabalhava

ali no Setor Comercial. Temos aqui representantes de shoppings; representantes de empresas que

estão estabelecidas no Setor Comercial Norte, no Conic, no Conjunto Nacional. E nós precisamos, cada

vez mais, fazer com que esse setor, que é o coração do Distrito Federal, tenha a possibilidade de ter

desenvolvimento econômico.

Em Brasília, hoje, nós temos uma situação que gera, sim, impacto na economia. Nós

precisamos desenvolver, cada vez mais, a geração de emprego nesse setor. Temos equipamentos

públicos aqui. Nós temos a rodoviária, por onde mais de 800 mil pessoas circulam. É por isso que nós

estamos aqui na Câmara Legislativa, junto com parlamentares, para que tenhamos uma discussão para

entender essa área do centro de Brasília. Nós conhecemos as muitas demandas aqui dos senhores. Nós

já tivemos audiência pública falando dos moradores de rua, dos usuários de drogas, mas nós

precisamos também fazer com que os senhores, empresários, empreendedores, pessoas que têm um

trabalho digno, possam se sentir seguros juridicamente para poder desenvolver nossa cidade e,

principalmente, esse centro de Brasília.

Então, temos vários assuntos a serem falados e tratados aqui sobre essa região central. Eu

imagino que os senhores estejam acompanhando a PPP da rodoviária, a revitalização do Setor

Comercial, a Zona Verde, a revitalização do Plano Piloto. Que possamos discutir tudo aqui. Este é um

momento importante para que este parlamento e os parlamentares que dele fazem parte possam

representá-los. Então, esta audiência é para escutar os senhores.

Neste momento, concedo a palavra ao senhor administrador do Plano Piloto, Valdemar Araújo

de Medeiros, para fazer sua apresentação e suas considerações.

VALDEMAR ARAÚJO DE MEDEIROS – Quero, neste momento, cumprimentar todos da mesa na

pessoa da deputada Paula Belmonte. Desejo boa tarde a todos os presentes.

Agradeço à deputada esta oportunidade de estar aqui representando o Governo do Distrito

Federal.

Sabemos da importância dessas revitalizações e dos trabalhos que o governo está

desenvolvendo e irá desenvolver no Plano Piloto. Como administração do Plano Piloto, não temos uma

total autonomia – sabemos disso –, mas estamos trabalhando desde o dia em que entrei na

administração, em janeiro deste ano, desenvolvendo o melhor para esta cidade junto com a população,

junto com os prefeitos da cidade, junto com os comerciantes, junto com os empreendedores.

Sabemos da importância do Plano Piloto em suas revitalizações, em suas obras, para que

realmente possamos, juntos, fomentar Brasília, trazer mais empreendedores e dar qualidade aos

moradores desta região. Sabemos dessa importância. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha,

está sempre desenvolvendo esse trabalho e buscando o melhor para o Plano Piloto.

Nós, como administração, somos essa gestão de informação que leva os órgãos competentes

para as execuções. Por isso é importante o nosso trabalho junto com a comunidade, buscando cada

vez mais o melhor para levarmos ao governo e, consequentemente, trazer melhor qualidade de vida e

qualidade nas obras que estão sendo desenvolvidas no Plano Piloto.

Então, mais uma vez, agradeço a presença de todos. É sempre importante essa participação.

Sabemos da importância de os Poderes Executivo e Legislativo estarem juntos, fazendo o melhor para

a nossa cidade e para a população do Plano Piloto.

Obrigado. Boa tarde. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, administrador.

Vou fazer a interlocução entre uma pessoa do governo e uma pessoa da sociedade para

entendermos a demanda da sociedade e o que os Poderes Executivo e Legislativo estão fazendo para

poder auxiliar.

Concedo a palavra ao senhor Fernando Brites, presidente da Associação Comercial do Distrito

Federal.

FERNANDO BRITES – Boa tarde a todos.

Eu gostaria de cumprimentar a deputada Paula Belmonte por trazer um dos assuntos mais

importantes que temos, hoje, no Distrito Federal. Parabenizo o nosso administrador Valdemar pela

excelência de gestão que está praticando.

O centro de Brasília começou no Setor Comercial Sul. Depois vieram outros bairros. Nos últimos

30 anos, houve uma total negligência dos governos que por aqui passaram com o setor central de

Brasília.

Nós estamos no Setor Comercial Sul desde 1974. Foi a Associação Comercial que construiu o

Palácio do Comércio. E, de lá para cá, poucas ações nós vimos no sentido de preservar aquele

ambiente de negócios, que já foi o principal de Brasília. Ali nasceram as grandes empresas de Brasília.

No início de Brasília, ali se instalaram bancos, ali se instalaram as grandes construtoras do Brasil. E as

grandes empresas do Brasil e do exterior, quando vinham para Brasília, se instalavam,

preferencialmente, no Setor Comercial Sul.

Nós trouxemos essa questão para o governador Ibaneis. Em 2019, 15 dias depois que ele

assumiu o governo, ele se propôs a revitalizar o Setor Comercial Sul. Ele iniciou pela Praça do Povo.

Hoje, o Setor Comercial Sul já está sendo pavimentado, estão recuperando os pisos e as calçadas e

fazendo algumas alterações no traçado do Setor Comercial Sul que são importantes.

Houve um avanço muito grande quando se votou aqui a liberação de atividades no Setor

Comercial Sul, que alcança perto de 300 atividades. Era um absurdo que o Setor Comercial Sul, o único

ambiente em Brasília onde circula gente... Passam por ali perto de 200 mil pessoas, em função de o

Setor Comercial Sul ser contemplado por dois modais: o modal rodoviário, na W3; e o metrô, no eixo. E

as pessoas descem do metrô para o ônibus e descem do ônibus para o metrô. Então, o Setor Comercial

Sul recebe, diariamente, perto de 200 mil pessoas – esse número nos é fornecido pela Codeplan.

A senhora, há um tempo, esteve lá conosco andando por aquele ambiente, e nós vimos a

degradação total. A reforma sozinha não trará, certamente, a revitalização que o setor bem merece.

Nós precisamos, além da revitalização, ter condições de oferecer algum benefício para empresas se

instalarem ali.

A nossa proposta inicial era de uma rua 24 horas que amparasse bares, restaurantes, casas

noturnas e algum tipo de atendimento, com café, chocolate, florista. A pessoa, quando sai de um

restaurante, de uma boate, quer comprar uma flor, dar um presente para alguém. Que ela

encontrasse, no Setor Comercial Sul, segurança para comprar ou, eventualmente, passar algumas

horas ali – nós temos 700 metros de uma alameda que passa por entre os prédios –, passar algum

tempo circulando com total segurança.

O que aconteceu com o Setor Comercial Sul foram alguns desatinos. Um deles foi colocar lá um

tal de Caps, que a senhora conheceu. Nós fomos lá visitar o Caps. Aquele Caps trouxe os

psicodependentes para o Setor Comercial Sul. E aquilo me parece... Nós vimos ali um desregramento

total. Há 14 macas para as pessoas dormirem lá. Elas dormem a hora que querem. Não há nenhuma

disciplina, nenhuma organização. As pessoas vão para lá por quê? Porque o hospital de Brasília

oferece, pela manhã, o café, oferece o almoço e oferece o jantar. Aquilo é um albergue de portas

abertas. Aquilo não atende o psicodependente. Na visita que fizemos, não vimos um caso de

recuperação. As estatísticas que eles apresentam são até interessantes. Qual é o resultado do

atendimento? Zero. Estamos gastando dinheiro à toa e trazendo intranquilidade para um ambiente que

poderia estar gerando renda e empregos para o Distrito Federal.

Temos lá, hoje, perto de 1.500 estabelecimentos fechados, que são responsáveis por mais de 9

mil desempregos, 9 mil pessoas desempregadas. Por quê? Porque nós preferimos adotar o sistema de

atendimento que é predatório, que é atender pessoas como esse Caps faz e outras pessoas que

recebem ali o alimento, recebem a sua quentinha. Nós não acreditamos no assistencialismo gratuito de

quentinhas, de marmitas, de refeição; nós acreditamos e pregamos o atendimento ou assistencialismo

de resgate. Se você dá um prato de comida para alguém, algumas horas depois, ele estará com fome.

Você resolveu o que na vida dessa pessoa? Zero.

Você tem que pegar essa pessoa e fazer aquilo que estava sendo feito com a cidade da

segurança, que foi instalada lá pela Secretaria de Segurança, pela Secretaria de Justiça, pela Polícia

Militar, pela Secretaria de Desenvolvimento Social e pelo DF Legal, que chamavam essas pessoas que

estão morando nas ruas, ao desalento. É uma coisa terrível a capital do país permitir que, no centro da

cidade, acampem pessoas em barracas. Calçada não é domicílio. Se não é domicílio, não pode ninguém

viver ali. Morar ali não pode. A calçada é uma extensão de uma construção, feita de acordo com a lei,

feita para permitir o acesso a essas construções, devidamente construídas dentro da lei. Então, essas

pessoas não podem viver ali. Temos que encontrar um lugar mais digno para essas pessoas. Agora não

é da forma como estão fazendo que vamos resolver o problema.

Do que nós precisamos hoje? Uma lei que nos permita dar incentivo para trazer empresas de

alta tecnologia para o Setor Comercial Sul. Essa proposta das empresas de alta tecnologia para o Setor

Comercial Sul foi agregada à nossa proposta de rua 24 horas. Há algum tempo – a senhora conhece o

assunto –, nós trouxemos... Inclusive, foi a doutora Ivonice Campos, nossa presidente do Conselho da

Mulher Empresária, que, em contato com a Embaixada da Itália, trouxe para cá o terceiro maior polo

de ciência médica do mundo, que é um polo de Turim. Nós trouxemos essas pessoas, que vieram à

associação comercial e fizeram uma apresentação de um projeto maravilhoso! Eles têm uma ciência

médica com células-tronco da mais alta qualidade.

Coloquei essas pessoas dentro do meu carro e as levamos para visitar um edifício preparado

para recebê-las. Só que, quando fizemos a visita, vira-se uma pessoa para mim, o presidente desse

polo, e me diz: "Qual é o benefício que o governo nos dá para virmos para cá?” Eu disse: Como assim?

Se eu for à Europa e disser para alguém do governo, a algum agente do governo ou a uma entidade

qualquer representativa de classe, “o que o governo me oferece”, está tudo escrito! Existe lá um

programa 2030 que devolve para empresa de 20% a 80% do investimento feito. Há regras, lógico, mas

essas regras estão estabelecidas. O que eu posso oferecer a uma empresa que me oferece a mais alta

tecnologia médica que existe no mundo? Fico com cara de sei lá o quê, mas não posso responder.

Temos um argumento que faz os olhos das pessoas cintilarem. Estamos a 300 metros da

Esplanada dos Ministérios, onde estão concentrados todos os órgãos do governo federal, o maior

comprador de alta tecnologia da América Latina. Interessa para alguém se instalar ali? Sim! Seremos

nós um posto avançado do Biotic? Sim! Não vamos concorrer com Biotic nunca, porque ele está em um

local mais afastado do centro da cidade, e aqui seria o escritório de representação. Lá seria o laboral,

aqui seria o escritório que essas empresas teriam para contato com o governo.

Com isso, traríamos receita, renda, empregos e também alta tecnologia para o Distrito Federal.

E nós preferimos permitir que 80 pessoas acampem no Setor Comercial Sul. Estamos trocando tudo

isso por 80 pessoas que ali estão acampadas e um Caps que não serve para coisa nenhuma!

Desculpem se eu me alonguei, mas o tema é tão importante que, às vezes, nos deixa meio

indignados de ver o que se passa, porque... Não estamos condenando este governo. Este governo

recebeu aquilo daquele jeito, e o governador Ibaneis se comprometeu a reformar o Setor Comercial Sul

para essa revitalização, ou repaginação. E ele fez, está fazendo. Então, na continuidade, viria também

a W3 Sul com a mesma proposta. A W3 tem que passar por uma nova reconceituação e, de repente,

essa proposta de incentivo fiscal que venha para o Setor Comercial Sul e para o Setor de Diversões,

que ela venha também para a W3.

Obrigado a todos. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhor Fernando. Vejo a fala do

senhor mostrando o problema real que, infelizmente, mexe muito com o nosso sentimento, que são os

moradores de rua – os quais, infelizmente, têm aumentado cada vez. Vimos num estudo,

recentemente, que estamos com mais de 100 mil pessoas em vulnerabilidade alimentar. Quer dizer,

falta alimentação para essas pessoas, inclusive para as crianças.

Quanto à questão do Caps, no dia em que estivemos lá, administrador, o que nos chamou a

atenção foi exatamente o número reduzido de pessoas atendidas e o impacto disso com as portas

fechadas. Isso nos traz muita tristeza, porque nós temos que ter um cuidado muito grande com o que

está sendo feito tanto no Setor Comercial Norte como no Setor Comercial Sul – especialmente este

último, porque foi o início de tudo.

Após a visita ao Caps, eu estive com o secretário Patury e com o secretário de segurança

Sandro e conversamos a respeito disso. Sei que vocês já fizeram algumas ações em relação à

segurança. Há, infelizmente, um grande número de usuários de drogas e também de tráfico de drogas,

e precisamos olhar melhor isso. Infelizmente, eu tive a oportunidade – digo oportunidade no sentido de

tristeza – de visitar a rodoviária e vimos, a céu aberto, a comercialização de pedras de crack. Então, é

uma situação que realmente envolve a Secretaria de Desenvolvimento Social, a Secretaria de Saúde e a

Secretaria de Segurança para que possamos fazer essa revitalização.

Vou passar a palavra ao senhor, secretário Patury, para que possa falar das ações que já têm

ocorrido na Secretaria de Segurança para que possamos trabalhar juntos.

Antes, quero registrar a presença do nosso querido deputado Cláudio Abrantes, secretário da

cultura, que chegou para auxiliar-nos. Sei que ele é um grande defensor dos permissionários da

rodoviária, e sua presença aqui é importantíssima.

Concedo a palavra ao senhor secretário Alexandre Patury.

ALEXANDRE PATURY – Boa tarde, deputada Paula Belmonte. Boa tarde a todos.

Deputada, o crime é um fenômeno social muito complexo. Às vezes, até me espanta a

quantidade de pessoas que se arvoram a falar de crimes, de soluções, estão exercendo o seu direito

democrático, mas, se fosse simples, nós já o teríamos resolvido. Boa parte das pessoas que estão na

Secretaria de Segurança Pública já têm pelo menos 30 anos de experiência.

Em Brasília, particularmente, sabendo que o crime é um fenômeno social desde que o mundo é

mundo – ele nunca terminou e nunca vai terminar –, o que não pode acontecer é perdermos território,

o que não pode acontecer é termos medo de sair às ruas, o que não pode acontecer é haver empresas

fechadas por conta do crime.

Só que não é só o crime. Além do fenômeno social do crime, nós temos as dificuldades sociais

que, por vezes, terminam retroalimentando ou camuflando o crime, ou servindo de escudo para ele.

Então, várias pessoas de rua, vários usuários de drogas, que são vítimas também, muitas vezes servem

de escudo para as ações criminosas.

Deputada, eu queria fazer uma analogia contando até uma historinha rápida, porque é

altamente pertinente essa ação desencadeada pela frente parlamentar. Altamente pertinente em cima

de um conceito que o doutor Sandro propala muito, e já falou inclusive aqui nesta tribuna, de

integralidade, de participação de todos, de sermos todos por todos.

Essa história, que é uma historinha rápida, é de uma criança chamada Salvador. Essa criança

tinha uma dificuldade enorme nas aulas de matemática; não prestava atenção, ficava lá fazendo

desenhos. Não prestava atenção na aula de história; ficava desenhando enquanto a professora falava.

Não prestava atenção na aula de educação física; ficava desenhando enquanto os coleguinhas jogavam

ou faziam algum tipo de atividade. Não prestava atenção na família; enquanto a família se

confraternizava, ele ficava desenhando a família. Até que chegou num ponto, deputada, que a

professora disse: “Olha, seus desenhos são muito bons. Talvez você não esteja no local correto. Eu vou

colocar você em uma turma especial.” Da mesma maneira, os coleguinhas em vez de

fazer bullying começaram a dizer: “Olha, desenha a gente aqui”. Da mesma maneira a família, ao invés

de criticar, também fomentou. E o resultado é uma figura polêmica, mas um gênio chamado Salvador

Dali.

Observem: a segurança pública sozinha nada tem condições de fazer, absolutamente nada tem

condições de fazer, porque, se a família não estiver envolvida, se a escola não estiver envolvida, se os

amigos e a sociedade não estiverem envolvidos, não é a polícia que vai resolver um problema social. O

que ela faz é tornar aquilo controlável. E está controlável!

Hoje tive reunião com um pessoal na Asa Norte dizendo: “Olha, vocês têm razão e eu acredito

em vocês. Só que os números que estão aqui são muito baixos. Vocês procuraram um Conseg? Vocês

registraram ocorrência? Vocês buscaram, de alguma maneira, mitigar também essa situação?”

Porque, olha só, o caminho para a segurança pública é a integralidade. O art. 144 da

Constituição diz lá que ela é dever do Estado, mas obrigação e responsabilidade de todos. E aqui eu

estou vendo a responsabilidade de todos. Estou vendo uma responsabilidade do governo, juntamente

com suas secretarias, mas estou vendo a responsabilidade do Legislativo, com a frente parlamentar,

que diz: “Vamos revitalizar. Vamos buscar afastar desordens. Vamos, de alguma maneira, contribuir

para que a segurança pública não seja só a contenção da polícia.” Um ambiente ordeiro, um ambiente

revitalizado, afasta, de alguma maneira, as desordens que afastam, de alguma maneira, a

criminalidade. Então, vejam... Aliás, todos nós vemos, com muitos bons olhos, a possibilidade de todos,

todos por todos, de alguma maneira, avançarmos na segurança pública.

E a segurança pública tem trabalhado dia e noite. Ela busca, e vou dar um exemplo até do

lacinho que eu estou usando aqui, do Agosto Lilás... Nós temos enfrentado o mal na medida do

possível. E vou falar dos feminicídios, que estão tão em voga que, de alguma maneira, lutamos contra

isso. A senhora me permita fazer um aparte. Nós enfrentamos. Não tem um, um criminoso de

feminicídio que não esteja preso! Nós enfrentamos o mal. Mas o que nós queríamos, o que nós

queremos é que o mal não aconteça. Não nos satisfaz prender um bandido. Nós queremos é que o

crime não aconteça. Fazendo analogia, como evitar o crime? Com educação? Com o combate ao

machismo estrutural? É com a família? Não adianta a polícia prender, porque a polícia também não

está dentro das casas para saber. Então, fazendo analogia, é isto: a polícia, a segurança pública, stricto

sensu, é a última instância. Precisamos do apoio, precisamos da participação de todos.

E o resultado – pelo menos a ideia – está aqui com o próprio Governo do Distrito Federal, que

tem feito um trabalho na rodoviária. Logo após aquela nossa reunião... inclusive, a sugestão. A senhora

perguntou por que não há um POI na rodoviária. Nós estamos há dois meses na rodoviária. Os crimes

caíram, agora, o uso de drogas, realmente, é difícil. Quando as pessoas ingressam no crack é uma

desgraça, é uma chaga que, dificilmente, tem um retorno.

Enfim, como eu disse, o crime existe desde que o mundo é mundo. Nós temos que trabalhar

para que não seja tomado o território e para que consigamos andar em paz.

A revitalização aqui proposta será uma possibilidade de aumentar o número de empregos, de

haver maior circulação e de que, efetivamente, nós não tenhamos medo de acessar as áreas aqui

propostas e, basicamente, também, a área central e a W3.

Meus parabéns. Estamos sempre à disposição. Obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. Eu quero registrar a minha

gratidão, porque, desde que fomos lá, nós vemos uma ação efetiva da segurança pública do Distrito

Federal em relação, exatamente, a dar dignidade às pessoas.

É algo impensável, mas, até para combatermos o traficante, nós precisamos ter toda uma

metodologia. Eu estava conversando uma vez com uma pessoa da segurança pública e nós sabemos

muito bem que quanto maior a oferta, mais barato fica; se diminuirmos a oferta, mais caro fica. Então,

fomenta-se a criminalidade também. É algo impensável, e tem que haver uma inteligência social junto,

da saúde junto, da assistência social junto. Por isso é tão importante que essas secretarias estejam

junto conosco. E é importante a participação de vocês para que o governo veja exatamente este

momento em que estamos pedindo socorro.

Ontem, secretário, nós tivemos, aqui, o depoimento de jovens que infelizmente foram

assaltados no final da Asa Norte, vemos isso com recorrência, exatamente, por esses moradores de

rua. É importante o secretário de cultura estar aqui também, porque a cultura pode transformar, a

cultura pode trazer oportunidade, principalmente para esses centros comerciais, secretário Cláudio.

Que possamos colocar este parlamento para auxiliá-los.

Com isso, passamos a palavra ao coordenador institucional da Associação Brasileira de

Shopping Centers, Guilherme Soares. Muito grata, seu Guilherme, pela sua presença.

GUILHERME SOARES – Obrigado, deputada. Boa tarde a todos.

Primeiramente...

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Guilherme, eu quero só anunciar algo que,

para mim, é sempre uma honra e uma alegria.

Nós estamos com os estudantes da Escola Classe 309, da Ceilândia. Sejam muito bem-vindos.

(Palmas.)

Esta casa é a nossa casa. Tenham certeza de que nós temos a responsabilidade de fazer com

que vocês possam sonhar e realizar, em especial a construção do ser humano que está aí. Parabéns

aos professores e parabéns a toda a Câmara Legislativa que faz esse movimento com as nossas

crianças das escolas públicas para que possam conhecer o parlamento.

Meu nome é Paula Belmonte, sou deputada do Distrito Federal. Também há secretários aqui.

Nós estamos tendo uma audiência pública a respeito da revitalização do centro comercial do Distrito

Federal, que engloba tanto o centro comercial norte, quanto o centro comercial sul, os setores de

diversões, bancários, a rodoviária, esse lugar que todos nós conhecemos e sabemos que é o coração

de Brasília.

Sejam muito bem-vindos. Muito grata.

Retorno a palavra ao senhor Guilherme Soares.

GUILHERME SOARES – Obrigado, deputada. Primeiramente, boa tarde.

Agradeço o convite, é uma honra para nós da Associação Brasileira de Shopping Centers poder

participar deste debate. Cumprimento, em nome da deputada, os demais membros da mesa. A

presença dessas crianças deixa o debate que vamos executar aqui hoje ainda mais importante.

Apresentando um pouco o trabalho da nossa associação, ela representa mais de

400 shoppings em todo o Brasil e, em Brasília, representamos os 20 shoppings da capital. Dentre esses

20 shoppings, há alguns que estão localizados dentro dessa área central de Brasília, como o Venâncio,

o ID, o Pátio Brasil, o Conjunto Nacional, o Brasília Shopping e o Liberty Mall.

Os shoppings do Distrito Federal são responsáveis por cerca de 33 mil empregos diretos, e

grande parte desses 33 mil empregos diretos estão localizados dentro desses shoppings da zona

central de Brasília. Isso faz com que para nós seja cada vez mais importante que essa seja uma área,

acima de tudo, segura, acima de tudo, com acesso interessante para as pessoas, porque temos cerca

de 17 milhões de visitantes nos shoppings de Brasília durante um mês. É um número bem excessivo,

um número alto e, com a atualidade que temos, é preciso haver uma acessibilidade, uma mobilidade

que facilite o acesso a esses locais também.

Entendemos que a proximidade desses shoppings ao setor comercial, à zona central de Brasília

e à W3 faz com que tenhamos que discutir cada vez mais uma parceria, e isso faz com que alguns

assuntos surjam dentro dessa nossa pauta: por exemplo, a situação dos asfaltos nessa região central

de Brasília. Isso é algo que chama muito a nossa atenção porque atrapalha um pouco mais a

circulação, a mobilidade naqueles locais, e pode afastar os visitantes daqueles locais.

Como já foi falado inicialmente, a questão da segurança envolvendo usuários de drogas e

algumas pessoas em situação de vulnerabilidade que se encontram na região central também afasta

pessoas que poderiam estar ali circulando entre os shoppings, circulando na W3 como um todo. Isso é

algo que, no nosso ponto de vista, merece ter uma um uma atenção um pouco mais especial.

Quero deixar, deputada, dentro das nossas pautas, que seria muito importante também

debatermos sobre a presença de quiosques e algumas barracas localizadas na frente dos

empreendimentos. Muitos desses quiosques e barracas são empreendimentos que não estão colocados

de maneira legal. Isso faz com que haja um afastamento e até mesmo uma expulsão em relação a

frequentadores de estabelecimentos comerciais, tanto do comércio varejista de rua quanto do comércio

varejista localizado nos shoppings centers. Isso é algo que também nos preocupa um pouco dentro

desse sentido de revitalização da W3 e da zona central de Brasília.

Não quero tomar muito a palavra, mas apenas tentar enfatizar: a W3 e o setor comercial, a

zona central de Brasília, são um símbolo do Distrito Federal. E, acima de tudo, podem ser utilizados

como algo turístico, como algo cultural de Brasília. Entendemos que isso evoca também a necessidade

de excelência e beleza serem colocadas dentro daquele local, dentro daquela região.

Então, essas situações envolvendo, por exemplo, quiosques ilegais, pessoas morando nas ruas

ali na região central de Brasília, questões envolvendo tráfico de drogas, pontos de prostituição, tudo

isso precisa ser reparado e precisa ser discutido. Estamos muito dispostos a debater e a colaborar com

os demais órgãos da sociedade envolvidos nesta frente parlamentar.

Agradeço. A associação fica de portas abertas. Estamos disponíveis para continuar este debate,

para tentar acrescentar um pouco mais e ajudar na revitalização desse ponto tão importante de

Brasília, que é a nossa zona central.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu vejo que o senhor trouxe pontos

importantes. Há um debate na nossa casa a respeito da revitalização dos quiosques, dos

permissionários, porque isso tem grande impacto na vida de milhares de pessoas, na geração de

empregos. Nós precisamos debater e criar oportunidades para esse debate.

Esta é a proposição da frente parlamentar: que possamos nos apresentar aqui na Câmara

Legislativa, não só nesta audiência, mas também em reuniões menores, para realmente fazer com que

todas essas pessoas e todos nós sejamos escutados, de modo que possamos trazer um denominador

comum e representatividade. Muito grata pela presença do senhor.

Concedo a palavra ao nosso ex-deputado distrital e atual secretário da cultura e economia

criativa do Distrito Federal, o senhor Cláudio Abrantes. Seja muito bem-vindo à sua casa! (Palmas.)

CLÁUDIO ABRANTES – Boa tarde a todas e a todos. Obrigado à nossa querida amiga deputada

Paula Belmonte. Parabéns por esta iniciativa!

Quero, antes de tudo, saudar os alunos da escola pública da Ceilândia, que já foram muito bem

recebidos pela deputada Paula Belmonte. Quando vemos os alunos aqui, nos enchemos de esperança

de que as próximas gerações ocuparão este espaço para debater e para lutar pelo Distrito Federal.

Quero fazer menção a esta honrosa mesa e saudar o senhor diretor de edificações da Novacap,

Carlos Alberto; o nosso querido comandante em exercício do 1º Batalhão da Polícia Militar, major

Almeida Santos; o senhor coordenador institucional da Associação Brasileira de Shopping Centers,

Guilherme Soares; o senhor presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Fernando Brites; o

senhor secretário executivo de segurança pública, doutor Alexandre Patury, que está representando o

nosso grande amigo doutor Sandro Avelar; e o administrador do Plano Piloto, Valdemar Araújo.

E, obviamente, como já fiz, quero novamente parabenizar o trabalho e a atuação da deputada

Paula Belmonte. Muito obrigado pelo convite. Seria até estranho e incoerente de minha parte se eu,

que sou oriundo desta casa – passei momentos muito felizes aqui; dos momentos ruins eu não me

lembro, eu me esqueci, só lembro das boas coisas – não atender a um chamado da Câmara Legislativa,

ainda mais se pensarmos na importância dessa temática não só para o Distrito Federal em si, mas para

o país. Nós estamos falando da capital da República, falamos da área central do nosso CUB, que é o

Conjunto Urbanístico de Brasília, com todas as suas especificidades e com toda a sua importância para

o nosso país.

Quero fazer um aparte para saudar aqueles que ocupam há décadas o, talvez, patrimônio mais

central do Distrito Federal, que é a nossa rodoviária: os permissionários, por quem tenho um carinho

imenso, não só pela amizade que construímos, mas, principalmente, pela luta diária que eles

enfrentam. Se imaginarmos que precisamos revitalizar, precisamos otimizar, precisamos dinamizar

equipamentos públicos, temos que nos lembrar também de que essa dinamização não pode se

sobrepor ao ser humano e às suas histórias. Na minha modesta opinião, sempre será assim. Foi assim

aqui no parlamento e não poderá ser diferente onde eu estiver. Na Secretaria de Cultura, vemos esse

tema, deputada Paula Belmonte, com muito cuidado.

Vou pedir permissão a V.Exa. para saudar o deputado Ricardo Vale, porque eu vi que ele

passou... Acho que ele já se retirou, mas deixo aqui o meu abraço ao deputado Ricardo Vale.

A Secretaria de Cultura tem um olhar muito atento para essa área, porque, de longe, é a

secretaria que tem mais próprios na área central de Brasília – tem uma relação própria com as diversas

ferramentas e os equipamentos públicos. Se formos elencar pontos do trajeto do Eixo Monumental, ele

parte da praça do Cruzeiro, passando pelo Memorial JK, pelo Memorial do Índio – o Centro de

Convenções não está conosco –, pelo Complexo Ibero-americano ­– que envolve a sala Funarte e a

sala Cássia Eller –, pelo Complexo da República, pelo Teatro Nacional e pela própria Esplanada, pela

praça dos 3 Poderes. Enfim, a Secretaria de Cultura tem, no seu rol, todos esses equipamentos, ainda

mais se pensarmos que existe um decreto de tombamento sobre Brasília. O Plano Piloto de Brasília é

tombado pela Unesco, pelo próprio Governo do Distrito Federal e está sob a nossa responsabilidade.

Não à toa, deputada Paula Belmonte, existe o Condepac, o Conselho de Defesa do Patrimônio

Cultural do Distrito Federal, que tem uma atenção especial sobre toda essa área central de Brasília.

Isso envolve, na nossa competência, as propostas de revitalização e reforma, a relação com

organismos – a Secretaria de Segurança Pública é uma tremenda parceira nossa, a Polícia Militar idem.

Recebi, recentemente, o caro major Almeida e a tenente-coronel Kelly no nosso gabinete,

justamente para discutir a segurança dessa área central, dos nossos equipamentos públicos. Há, por

exemplo, a questão da orquestra. Pouca gente sabe, deputada Paula Belmonte, onde está a orquestra.

Eu assumi a secretaria, e muita gente fala: “E a orquestra? Onde está a orquestra?” Gente, a orquestra

está lá no teatro Plínio Marcos – antiga sala Funarte.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Toda terça-feira.

CLÁUDIO ABRANTES – Toda terça-feira; a deputada Paula Belmonte sabe, estão vendo? Para

quem assiste a nós pelas redes e pela TV Câmara Distrital, a orquestra continua firme e forte lá toda

terça-feira, com concertos gratuitos. Foi uma relação muito próxima com a Secretaria de Segurança e

com a Polícia Militar que propiciou que hoje tenhamos um esquema de segurança para a saída do

público e dos músicos.

Temos hoje o Museu da República, que é bastante visitado o tempo todo. Estamos situados ali

ao lado, na Biblioteca Nacional. Sem falar do complexo – que esteve lá por tanto tempo – na praça dos

3 Poderes.

Enfim, a Secretaria de Cultura tem um papel importante na preservação e na defesa do

patrimônio. Então, toda revitalização nos interessa muito, com este olhar: o patrimônio é feito para o

cidadão e para aqueles que ali trabalham.

Estamos acompanhando, pari passu, a questão da rodoviária também, botando o nosso

posicionamento.

O Teatro Nacional Cláudio Santoro – sobre o qual me perguntam muito também – está com

uma reforma em andamento. Inclusive, vamos convidar a Câmara Legislativa para uma visita guiada lá,

deputada. Estamos aguardando o melhor momento. Os deputados nos questionam sobre isso. A sala

Martins Pena, do Teatro Nacional, hoje está em reforma. É uma obra que deve chegar à casa de 70

milhões de reais, conforme estimamos, e que é custeada pela Fonte 100 e pelo Tesouro do Distrito

Federal. Temos colocado muito esforço para conseguirmos parceiros a fim de continuar a obra da sala

Villa-Lobos, que seria a segunda parte de uma obra muito cara e complexa. Acabei de sair, há pouco,

do Iphan. Daqui a pouco, já vamos para outra reunião, tentando buscar recursos, porque o Teatro

Nacional...

Eu sou paraibano, então, vou respeitar todas as influências que Brasília teve. Com todo o

respeito aos teatros municipais do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Manaus – que é maravilhoso –,

toda capital, toda cidade pode ter um teatro municipal, mas teatro nacional é só em Brasília. Então,

entendemos que é um equipamento com uma importância gigantesca para a nossa nação e para o

mundo também. Por conta disso, temos colocado todo o esforço para a revitalização dele.

Sabemos que isso tem um impacto, por exemplo, sobre o comércio – há um shopping ali ao

lado –, resultante do fluxo de pessoas e turistas ao Teatro Nacional. Para a rodoviária, nem se fala,

pela proximidade, assim como para outros equipamentos que há ali.

Estamos falando dessa grande obra que, talvez, seja o carro-chefe que nós temos hoje na

Secretaria de Cultura e que demanda ainda muito esforço e muito cuidado, porque é um bem tombado.

Aliás, do ponto de vista individual, há um duplo tombamento – o federal e o local. Além disso, ainda há

o tombamento de toda a região. Em todo o Plano Piloto, em toda essa área de revitalização, é preciso

haver um cuidado muito grande com qualquer intervenção que seja feita.

Nós não estamos falando de impeditivos, nós não estamos falando de impossibilidades de

intervenção. Estamos falando de um debate franco, aberto, técnico e também político de revitalização

dessa área central do Distrito Federal, que envolve, obviamente, a W3.

(Movimentação na galeria.)

CLÁUDIO ABRANTES – Tchau, moçada!

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Que Deus abençoe vocês!

CLAUDIO ABRANTES – Continuando, Brasília é uma das poucas cidades do mundo que é

tombada pela Unesco por causa da sua modernidade. Geralmente, quando falamos em tombamento,

nós estamos falando do histórico, do ecológico, do ambiental. Já Brasília é tombada pela sua

modernidade. Isso ocorreu na década de 1980. Até hoje, continua extremamente moderna, estudada,

admirada, e isso requer cuidado. Então, as propostas de revitalização têm que seguir um rito, ter um

cuidado todo especial. Obviamente que queremos propiciar o melhor uso, a melhor adequação, a

segurança, a valorização das pessoas.

Muita gente pergunta por que o Teatro Nacional foi fechado. Estava com problema de

estrutura? As salas estavam ruins? Não! Nada disso. O Teatro Nacional foi fechado por questões de

acessibilidade e segurança apontadas pelo Corpo de Bombeiros. Precisávamos dar segurança às

pessoas. Hoje nós estamos fazendo, por exemplo, saídas de emergência; cuidando de reservatórios de

água, de geradores – enfim, uma série de medidas – e, obviamente, cuidando da acessibilidade, que

hoje é uma condição sine qua non para qualquer equipamento público. Isso é só um exemplo. Ao fazer

qualquer intervenção aqui no Plano Piloto, principalmente na área central, temos todo esse cuidado.

A Secretaria de Cultura acompanha isso com olhar cuidadoso e zeloso, mas com o equilíbrio de

entender que a cidade foi feita para os seus cidadãos. Nós trabalhamos sob essa lógica, preservando o

tombamento. Volto a afirmar, para não dar dupla interpretação na minha fala, que o tombamento é

essencial. Vamos continuar agindo nisso e tentando mitigar essas diferenças para que tenhamos um

equilíbrio, fazendo o que é possível fazer.

É obvio que diversas ações são necessárias. Já citei a parceria com a Secretaria de Segurança

Pública, com os permissionários da rodoviária, com os outros entes do Governo do Distrito Federal e

até entes do governo federal. Temos buscado essas parcerias para poder dinamizar toda essa área com

o olhar que eu disse. A praça é do povo, Brasília é do povo. Assim vamos continuar trabalhando.

Temos, sim, muitas dificuldades até no campo de preservação do nosso patrimônio, deputada.

Reconhecemos aqui a dificuldade da Polícia Militar, do efetivo, mas temos que ter o olhar que aquilo

que aconteceu em termos de depredação no dia 8 de janeiro é grave, é triste, e temos que combater.

É uma data que tem que ser lembrada para não se repetir, mas temos o dia a dia da depredação que

acontece também, como pichação de monumentos, de quebra de bem público, de vandalismo. Temos

o cuidado com tudo isso na parceria com os nossos órgãos de segurança pública, na parceria com a

sociedade civil para deixar Brasília sempre linda e bela como deve ser.

Fica aqui o nosso agradecimento, a minha disposição em dialogar com todos os segmentos,

sobretudo com a Câmara Legislativa. Como eu disse, passei por aqui e sei que aqui é a caixa de

ressonância da sociedade. Os cidadãos vêm aqui pedir amparo, pedir ajuda e fazer proposições

também. Temos essa parceria, essa disposição.

Esperamos que, neste debate, avancemos no sentido de preservar o patrimônio, o tombamento

de Brasília como patrimônio cultural da humanidade – não é só do Brasil –, obviamente olhando para o

cidadão, para o usuário, para aqueles que trabalham, que se divertem e que usam a capital de todos

os brasileiros.

Muito obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, secretário. Para nós, é uma honra

tê-lo aqui exatamente com essa fala. Nós estamos vivendo esse momento. Sei que vamos ter aqui o

major Almeida falando a respeito da segurança, mas eu quero também ouvir todos vocês. Hoje já

trouxeram assuntos a respeito dos moradores em situação de vulnerabilidade e a questão do tráfico,

mas temos também assuntos importantes que estão em pauta, como a PPP.

Sei que o senhor falou, agora, sobre a questão de anos de história de pessoas que precisam

ser respeitadas e ouvidas. Que possamos construir algo que traga oportunidade a todos. Que façamos

essa revitalização necessária, mas que não nos esqueçamos também do aspecto humano.

Há uma situação que já fica como responsabilidade desta frente parlamentar, que é trazer

dignidade em relação ao Caps. A secretária de saúde foi chamada. Não pôde comparecer, mas, com

certeza, ela será oficiada a respeito dessa demanda da sociedade, porque é uma questão de saúde

pública também e para a qual nós precisamos olhar.

Há uma questão muito importante que eu quero compartilhar com os senhores e que terá um

impacto não só na zona central, mas também no Plano Piloto, Sudoeste, SIG e SIA: a Zona Verde. É

algo a que precisamos estar atentos. Estou aqui nesta posição de escutá-los – escutá-los para que,

realmente, quando formos nos posicionar perante todos esses projetos, todas essas demandas,

possamos representar principalmente a população do Distrito Federal.

Muito grata pela presença do senhor. Sei que eu posso contar com o senhor e sei da

responsabilidade que o senhor tem com a nossa população do Distrito Federal.

Passo a palavra ao senhor comandante em exercício do 1º Batalhão da Polícia Militar do Distrito

Federal, major Almeida Santos. Muito grata pela presença do senhor.

ALMEIDA SANTOS – Boa tarde a todos. À excelentíssima senhora presidente da comissão,

deputada Paula Belmonte, agradeço muito o convite.

Cumprimento o senhor secretário Cláudio Abrantes, participando muito na parte legislativa da

nossa cidade; o nosso administrador, Valdemar Araújo – estamos sempre em contato, sempre juntos

discutindo a situação, principalmente, da Asa Sul, área pela qual tenho responsabilidade –; o senhor

secretário executivo, chefe, Alexandre Patury, que excelentes palavras trouxe aqui ao debate; na

pessoa do presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Fernando Brites, cumprimento toda

a população da área do comércio e os demais interessados; os prefeitos; e a nossa população do Plano

Piloto.

O secretário executivo, o senhor Patury, já colocou de forma evidente a situação que vivemos,

esse desgaste social, e a necessidade efetiva de atuação dos diversos entes – diversas secretarias,

população, parte privada, comerciantes – para a a melhoria do quadro social, de forma geral, para a

população.

Posso falar aqui, mais claramente, do Setor Comercial Sul. Lá a polícia é o braço do Estado que

está 24 horas por dia, 7 dias por semana. O meu PCS 125 é um dos poucos PCS da Polícia Militar que

ainda persistem e está lá sempre presente. Em qualquer situação de crime, efetivamente, está lá

disponível para atuar, além de ter uma viatura sempre na área para essas situações.

Mas a população de rua é um problema social. Temos o Caps e ONGs que apoiam essa

população, que merece essa atenção. Temos o Centro Pop também, que oferece alimentação, trabalho

de higiene, ali na 902 Sul, e faz com que essa população se aproxime dessa região.

Nesse contexto, trabalhamos com uma política de prevenção vinculada ao ambiente, chamada

CPTED, oriunda de estudos internacionais. É evidente que o design do ambiente, como está descrito,

como está manutenido, pode influenciar no cometimento do crime. Vemos isso ao longo do tempo. O

Estado vem trabalhando nisso. Melhorou muito. Muitos dos comerciantes já... O famoso Buraco do

Rato, na 5 do Setor Comercial, uma região de estacionamento no subsolo de situação crítica,

melhoramos muito. Acabamos com o tráfico de drogas lá.

Hoje – creio que seja pela Novacap –, está havendo uma revitalização: estão sendo trocados

pavimentos e uma estruturação melhor o Setor Comercial Sul. Isso favorece, mas o comércio legal e

ilegal, seja ambulante ou não; o próprio fluxo da população na nossa área – há dados, que creio que

são minorados, de 200 mil pessoas, por dia, passando pelo Setor Comercial –; isso favorece o

cometimento de ilícito.

Dentro desse contexto, dessa taxa de população que participa por ali, temos realmente níveis

baixos, em comparativo com o restante do Distrito Federal, de incidência criminal. Então, pelas

manchas que eu acompanho, principalmente na minha área do 1º Batalhão, vemos que tentamos ao

máximo contribuir com a população, espalhando ao máximo policiamento e pedindo apoio para

distribui-lo.

Esse fenômeno social merece essa imersão e dedicação de todos: Secretaria de

Desenvolvimento Social, Secretaria de Educação, Secretaria do Trabalho, Secretaria de Saúde. Sem o

apoio de todos, realmente, vamos ter muita dificuldade, e nós estamos sempre prontos para dar apoio.

Vemos fenômenos jurídicos também interferindo na atividade policial, como a questão da

penalização efetiva do uso de entorpecente. O usuário, efetivamente, não tem uma prisão em flagrante

decretada. São medidas minoradas para ele. Então, se não houver toda essa estruturação de saúde,

trabalho, moradia para essa população – que merece ter dignidade –, vamos continuar trabalhando em

cima só do problema.

De qualquer forma, a Polícia Militar sempre vai estar disposta a prestar apoio. Sempre vai

trabalhar. Não deixamos nem por 1 segundo de tentar fazer o máximo para cuidar de nós – também

me cito nesse meio –, de nossas famílias, de nossos amigos.

Deputada, é isso, agradeço. Pode contar com o apoio da Polícia Militar, bem como os

comerciantes. Nós tentamos várias formas de aproximar a Polícia Militar da população. Hoje criamos

uma rede de vizinhos protegidos. Dentro do Plano Piloto, isso já existe, mas era dos moradores. Hoje

já temos uma rede de comerciantes protegidos também.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Major, eu gostaria que o senhor explicasse,

para que todas as pessoas entendam, o trabalho do 1º Batalhão.

ALMEIDA SANTOS – No 1º Batalhão, nós temos uma equipe que só trabalha por rede social.

Criamos grupos de Telegram ou WhatsApp para cadastrar comerciantes e aproximar a nossa conversa

não somente sobre o crime de fato acontecendo, porque, nesse caso, a chamada 190 é muito mais

efetiva, mas também em situações de desordens, de possibilidade de cometimento de crimes,

situações inusitadas na região. Então, pelo próprio aplicativo, faz-se contato.

Nós temos uma central de monitoramento dentro do batalhão e assim nós conseguimos

direcionar a viatura para averiguar a situação, contornar qualquer desentendimento que esteja

acontecendo que não seja um crime de fato. Isso serve para antecipar o ilícito.

Às vezes, se há alguma atitude suspeita – como, por exemplo, um cidadão morador de rua sob

efeito de drogas efetivamente causando algum distúrbio no ambiente –, isso pode ser comunicado pelo

aplicativo. Temos a equipe que monta o grupo. Creio que o Setor Comercial todo já esteja nessa rede,

muitos já participam dela. Já temos contato direto. Então, a equipe já conhece a maioria. Está bem

efetivo. Nós estamos ampliando a rede.

O problema da Asa Sul é que só a Asa Sul tem quase 50 quilômetros de comércio. É isso tudo.

Nós montamos grupos por quadras e, pelas quadras, até os próprios comerciantes se conhecem mais:

“Poxa, há um carro diferente estacionado aqui. Aconteceu isso.” Então, no próprio grupo social, eles

conseguem se prevenir. “Olha, estou saindo tarde hoje da loja, alguém consegue ficar aqui comigo

para eu não sair sozinho?”

Então, o objetivo é criar uma rede de proteção na região entre os comerciantes e os

moradores, mantendo esse contato aproximado com a polícia. Nós estamos tentando estender isso. Já

temos 80 grupos formados entre quadras, comércios e estamos expandindo-os. Nós já fomos para o

Parque da Cidade também. Expandimos para o grupo dos comerciantes e todos os comércios

efetivamente. Estamos expandindo para a rede hoteleira também, rede de hotéis protegidos no sentido

de aproximação e criação de uma rede maior entre nós.

É isso, grupo. Estamos abertos. Caso alguém não participe, é só entrar em contato conosco.

Disponibilizo aqui meu telefone e, se alguém quiser, inserimos no grupo. Nós marcamos uma reunião e

explicamos como é que funciona. Nós temos o aplicativo DF 190, da PMDF. Ele consegue mandar um

alerta e, efetivamente, através desse alerta, eu consigo, na minha central de monitoramento, mandar

uma viatura.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. Todo mundo conhecia? Muito

grata. Depois vamos procurá-lo para pegar o telefone do senhor.

ALMEIDA SANTOS – Por favor, melhor para todos nós.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Obrigada. (Palmas.)

Eu passo a palavra agora para o diretor de edificações da Novacap, o senhor Carlos Alberto.

Muito grata pela presença do senhor aqui.

CARLOS ALBERTO SPIES – Boa tarde a todos. Primeiramente cumprimento a deputada Paula

Belmonte pela excelente iniciativa de trazer esta audiência pública para tratar da revitalização do centro

de Brasília, que tanto precisa, que tanto sofre há anos.

Cumprimento o nosso secretário de cultura, Cláudio Abrantes; o nosso administrador do Plano

Piloto, Valdemar Araújo; o secretário executivo de segurança pública, doutor Alexandre Patury; o

senhor presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Fernando Brites; o senhor coordenador

institucional da Associação Brasileira de Shopping Centers, Guilherme Soares; e o comandante em

exercício do 1º Batalhão da Polícia Militar, major Almeida Santos.

A Novacap tem trabalhado no governo do governador Ibaneis Rocha, durante esses 2

mandatos, investindo em muitas obras na área central de Brasília. Talvez os senhores não tenham

conhecimento, como o secretário de cultura falou, mas já trabalhamos na área central, a partir do Eixo

Monumental até a Esplanada, em diversas obras para atender e revitalizar o centro de Brasília.

A praça do Buriti estava há anos praticamente abandonada: a fonte estava abandonada, não

havia água nela, era um local de produção de mosquito, inclusive; foram gastos aproximadamente 2

milhões de reais para revitalizar aquela fonte, deixá-la funcionando com chafariz.

Nós fizemos também a revitalização de todos os viadutos – tanto os da Asa Norte quanto os da

Asa Sul –, o que era necessário para evitar novos acidentes ou tragédias como a que aconteceu perto

da rodoviária, quando aquele viaduto caiu.

A Galeria dos Estados, em decorrência do viaduto, foi toda revitalizada também. Todos aqueles

lojistas foram atendidos com novas lojas. Trabalhamos também nas passagens subterrâneas no

governo passado, uma necessidade trazida à Novacap há muito tempo. Com a participação da

administração, conseguimos fazer a manutenção e a revitalização de todas as passagens da Asa Norte

e agora estamos começando a fazer nas da Asa Sul. Já estamos com 2 em andamento. O nosso

administrador está sempre conosco lá na Novacap, tratando desses assuntos.

Nós vamos agora tratar do centro de Brasília. Como o secretário de cultura falou, nós estamos

agora no Teatro Nacional. Vamos trazer o teatro de novo para ser utilizado pela população. A primeira

reforma e revitalização vai ser a da sala Martins Pena. O primeiro investimento será de

aproximadamente 40 milhões, depois vamos para as outras 2 salas, que são a sala Alberto

Nepomuceno e a sala Villa-Lobos.

A previsão é entregar a sala Martins Pena à população ano que vem. Logicamente, como o

secretário falou, não foi problema de estrutura ou problema de algum estrago. Não, foi problema de

segurança mesmo. Houve alteração de projeto, por isso a sala está sendo hoje modernizada para

acessibilidade e segurança.

Outro equipamento público com muito investimento do governo é a rodoviária. Já trabalhamos

há alguns anos com a turma dos permissionários. A rodoviária vem sofrendo com o vandalismo. Não

são moradores de rua que tentamos enfrentar lá, mas o vandalismo; e praticamente enxugamos gelo.

A Secretaria de Mobilidade, agora, assumiu parte da manutenção, mas nós estamos com um

projeto pronto para ser contratada a recuperação dos banheiros da rodoviária. Vão ser todos

recuperados, e vamos precisar de uma ajuda imensa da Secretaria de Segurança para mantermos o

espaço dos banheiros públicos.

Também temos a questão das escadas rolantes e dos elevadores. A Novacap teve contrato

durante 5 anos. Nós investimos, em média, 10 milhões de reais só em manutenção, durante 5 anos.

Arrumamos, estragam, arrumamos, estragam. É difícil mantermos isso. Por quê? Um estrago por um

vândalo, o corte de uma correia da escada rolante dura 2 minutos. Essa correia é importada. Para ela

chegar, são 6 meses. Todo dia, o governo recebe críticas porque a escada rolante parou, não funciona,

ou nos perguntam por que há tantas delas paradas. É justamente por isto: qualquer manutenção na

escada rolante ou no elevador demanda tempo. Infelizmente, às vezes não conseguimos explicar isso

para a população. Precisamos tentar coibir o vandalismo nos equipamentos públicos. Fizemos toda a

revitalização das passagens subterrâneas e as pintamos em epóxi. Deixamos todas prontas, limpas,

pintadas e iluminadas. Não passou uma semana, e elas estavam todas pichadas.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu vi uma pessoa pichando em segundos.

Tirou o negócio e saiu. Não deu nem tempo para eu falar: “Opa!” Foi impressionante.

Eu gostaria de voltar ao assunto anterior, aproveitando a fala do senhor. Acho que a

manutenção da rodoviária é demanda de todos. Existe um contrato de manutenção, ou a Novacap é a

responsável pela manutenção?

CARLOS ALBERTO SPIES – Na verdade, existia um contrato de manutenção, que passamos

para a Semob. A Semob está fazendo um novo contrato. Não sei se vai ser emergencial, mas está

fazendo um novo contrato de manutenção. Diariamente existia uma equipe lá. A empresa, inclusive se

chamava (Ininteligível.). Todo dia ela estava lá com sua equipe, mas, mesmo assim, não conseguia

acompanhar a demanda do estrago.

Vou dar só 2 exemplos. Um cidadão jogou um carrinho de compras na escada rolante e

quebrou 5 degraus. Foram necessários quase 2 anos para recuperá-los. Um dos elevadores foi

incendiado. Um homem morava dentro do elevador e foi retirado pela segurança. Ele simplesmente

incendiou o elevador. Foi um ano para recuperá-lo. Então, é complicado se não tratarmos essa parte

social.

Vejo que os permissionários são muito prejudicados pelos ambulantes. Os ambulantes são um

problema social na rodoviária que precisa ser resolvido. Inclusive, eles ficam em cima dos

equipamentos. O ambulante fica com os seus produtos quase dentro da escada rolante e pode cair lá

dentro. Apesar de o nosso administrador fazer um esforço imenso na rodoviária, com a Polícia Militar e

com o DF Legal, ainda é difícil fazer o controle.

Estamos prevendo outras obras para a área central de Brasília. Alguém falou dos quiosques. Já

estamos contratando os quiosques da praça do Buriti. (Palmas.) O espaço atrás do Buriti é o único que

milhares de servidores têm para almoçar. Infelizmente, aquela região não tem área gastronômica.

Então, há novo projeto para os quiosques que estão na praça do Buriti. Todos eles vão ser

revitalizados. Inclusive, vamos colocar banheiros. Não há banheiros naquele local. Se a pessoa que

almoça lá tiver que ir ao banheiro, vai ter que procurar o Palácio do Buriti, a procuradoria ou a

Codeplan. O contrato será assinado até o final do mês. Iniciaremos as obras e revitalizaremos os

quiosques de lá.

Os quiosques do Setor Hospitalar Sul estão prontos, mas não funcionam porque não há

energia. Estamos contratando uma empresa para fazer essa ligação, porque a Neoenergia colocou uma

exigência a mais no edital, e tivemos que refazer a licitação. Então, provavelmente até o final de

outubro, início de novembro, colocaremos energia nesses quiosques. Essa área também vai ser

atendida.

Há outra obra talvez não tão perto do centro, mas também importante, fruto de uma

determinação da governadora: fazermos a recuperação da piscina com ondas do Parque da Cidade.

Outras obras que o nosso administrador está demandando são os mobiliários urbanos do setor

comercial e da área central para melhorarmos a vida da população.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. (Palmas.)

Eu vou aproveitar e perguntar – porque a audiência é para isso mesmo, para que possamos

tirar as dúvidas, esclarecê-las e nos fortalecer – como vocês estão vendo essa questão da Zona Verde.

A Zona Verde vai trazer a cobrança dos estacionamentos. Sabemos que a zona central realmente

precisa disso, mas existe possibilidade de fazermos também zonas de lazer que tragam o verde para a

cidade? O senhor sabe se existe algum projeto a respeito disso?

CARLOS ALBERTO SPIES – Eu não sei se essa demanda chegou à Novacap, mas, se chegar,

provavelmente a Novacap vai participar, porque nós temos a Diretoria de Urbanização, que já tem essa

experiência e já faz em Brasília essa tarefa de cuidar dos jardins e da urbanização. Então,

provavelmente a Novacap participará disso. E é possível, sim. Nós temos condições de fazer os projetos

lá.

Falaram também do asfalto. Eu me esqueci de falar do asfalto lá na área comercial central.

Está na nossa programação. O administrador está lá toda semana nos cobrando. Está na nossa

programação fazer o asfalto e a recuperação das calçadas do setor comercial. Vamos fazer. O setor

comercial é muito abraçado pela Secretaria de Obras, mas temos participado com eles para fazer essa

recuperação lá.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. (Palmas.)

Concedo a palavra ao senhor subsecretário do conjunto urbanístico de Brasília, da Secretaria de

Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal, a Seduh, Ricardo Augusto de Noronha.

Seja muito bem-vindo.

RICARDO AUGUSTO DE NORONHA – Boa tarde, deputada. Boa tarde a todos.

Primeiro, quero agradecer o convite. Acho importante sempre discutirmos esse assunto e

buscarmos as soluções.

Concordo muito com o que todos disseram: a revitalização de Brasília é um assunto

multidisciplinar. Não é só a obra do Setor Comercial Sul, não é só o projeto de lei encaminhado pela

Seduh sobre os usos do Setor Comercial Sul – que nós aprovamos – que trarão soluções definitivas. É

um apanhado de atitudes, de reformas dos mais amplos conceitos que precisamos unir para resolver

esse problema.

Do ponto de vista da Seduh, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, nós temos

hoje diversos projetos já encaminhados. Vários deles já estão na Secretaria de Obras. O mais

conhecido em execução é o do Setor Comercial Sul.

Nós temos projeto já na Secretaria de Obras para o Setor Hoteleiro Sul; o Setor Hoteleiro

Norte; as quadras 3, 4 e 5 do Setor Comercial Sul – algumas já em execução –; as quadras 1 e 2 do

Setor Bancário Sul; parte do Setor Bancários Norte. No Setor de Rádio e TV Sul, a obra já foi feita, já

está concluída. No Setor de Autarquias Norte, há um projeto mais antigo, e parte dele a Seduh está até

aproveitando de algumas medidas mitigadoras do empreendimento para que ele já seja executado em

breve.

Estamos trabalhando, hoje, nos projetos da W3 Norte, lembrando que, na W3 Sul, foi concluído

também o projeto da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. O projeto da W3 Norte hoje está

começando pela 708 e vai passar por uma consulta pública para escutar tanto os comerciantes quanto

a população principalmente da Asa Norte, que são os mais afetados. Esse projeto, em breve, estará

aberto no site da Seduh. Peço a todos os envolvidos que tenham interesse de acompanhar isso que o

façam pelo site da Seduh. Essa consulta pública realmente é para mostrar e apresentar o projeto. Ela

vai colher contribuições para a melhoria do projeto, escutar os participantes ou, às vezes, explicar

alguma ideia de projeto.

O projeto da W3 Norte é um pouquinho diferente do da W3 Sul porque envolve a parte de cima

da W3 Norte. Então, ele pega a W3 Norte entre os primeiros comércios das 700 e aquela rua de trás

que eles chamam de W3 e meia – são aqueles outros blocos que ficam ali atrás. Ele só não adentra as

quadras mais para cima, mas pega toda aquela área comercial. A ideia é realmente trazer uma nova

cara para todo aquele setor.

Eu mesmo fiz uma vistoria lá a pé, na Asa Norte toda. Estamos trabalhando, hoje, na questão

do comércio e das ocupações daqueles comércios. Já existe uma lei, e estamos trabalhando para

melhorar a regulamentação das áreas públicas e das galerias.

Então, pude acompanhar diretamente a situação. Há muitas áreas que estão precisando de

uma atuação urgente de revitalização, principalmente no quesito segurança. Andando por lá, algumas

pessoas me perguntaram o que eu estava fazendo e vieram me falar que elas têm preocupações.

Muitos fecham aqueles becos para evitar a marginalização, principalmente no período noturno. A

secretaria tem trabalhado nessas questões para tornar o ambiente mais aberto, mais acessível e dar

condições de policiamento. Às vezes os policiais nem conseguem entrar porque o lugar está trancado

com grades cercando a área pública. A ideia é trazer uma qualidade para o espaço para que

consigamos, em conjunto com outras ações, fazer a requalificação do local.

A secretaria está totalmente à disposição.

Outro plano do qual o secretário também está participando por meio do Condepac e fazendo

essa avaliação é o próprio PPCUB. Além das áreas centrais de Brasília, o PPCUB trata também da

Candangolândia, do Cruzeiro e do Sudoeste. É um plano importantíssimo que vai realmente traçar

diretrizes muito rígidas para o tombamento de Brasília e deixar as coisas mais claras do ponto de vista

do que não pode ser mexido; em paralelo, haverá a flexibilização de alguns usos, principalmente em

alguns setores que realmente têm essa dificuldade de se desenvolver ou até fomentar a irregularidade

pela falta de possibilidade de alguém regularizar o local. Isso foi o que adiantamos no Setor Comercial

Sul.

O PPCUB vem para traçar diretrizes muito claras, muito coesas e firmes para o tombamento e,

também, trazer essa dinamização do que é possível em conjunto com a portaria do Iphan, com os

trabalhos da Secretaria de Cultura, com tudo que envolve tombamento e, na medida do possível,

trazendo essa qualidade para a cidade.

Estamos à disposição.

Agradeço demais o convite. Para o que pudermos contribuir para o debate, estamos aqui.

Obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhor Ricardo.

Quero registrar a minha gratidão de o senhor estar aqui junto com o secretário Marcelo Vaz,

que tem feito um trabalho brilhante também. Estamos à disposição, aguardando ansiosamente que o

PPCUB chegue à Câmara Legislativa para que possamos discuti-lo e, realmente, trazer essa

possibilidade de uma nova legislação para o Distrito Federal e, principalmente, para o centro do Distrito

Federal.

Muito grata pela sua presença.

Neste momento, registro a presença da nossa vice-presidente do Cidadania, senhora Elaine

Faria. Muito grata pela presença da senhora. (Palmas.)

Neste momento, concedo a palavra à prefeita do Setor Comercial Sul, senhora Niki Tzemos.

NIKI TZEMOS – Boa tarde. Eu gostaria de agradecer o convite da deputada Paula Belmonte e

cumprimentar todos da mesa. Hoje, eu venho falar em nome da prefeita do Setor Comercial Sul, a

senhora Ligia Meirelles. Infelizmente, ela não pôde estar aqui hoje, mas eu venho falar em seu nome.

Brasília é uma cidade muito jovem, mas ela já apresenta vários problemas de uma cidade

madura. Problemas que precisam ser enxergados e tratados com políticas públicas de longo prazo,

respeitando a sua memória e a sua história, uma vez que Brasília é uma cidade tombada.

Certa vez, o ex-presidente do Iphan, o senhor Saulo, nos falou que não se constrói uma cidade

destruindo a sua história e a sua memória. E, de fato, ele tem toda razão. Conforme também Cláudio

Abrantes falou, nós precisamos respeitar esse tombamento. E o Setor Comercial Sul tem uma

setorização própria. É um setor de comércio e de serviços. E, para respeitar essa setorização, o

primeiro passo que foi lançado para a sua requalificação, para a sua revitalização, foi, de fato, a

aprovação do PLC, adicionando mais de 280 atividades econômicas para o Setor Comercial Sul, como

uma forma de impulsionar a sua economia local.

Esse foi somente o primeiro passo. Agora, o GDF, por meio da Secretaria de Ciência e

Tecnologia, apoia a criação e a implantação do Polo de Economia Criativa, com ênfase em tecnologia

para o Setor Comercial Sul. Isso é um exemplo de política pública, apoiada na Tríplice Hélice, onde o

governo, a sociedade civil e a academia se unem para a revitalização da área central de Brasília, o

Setor Comercial Sul, onde 55 mil pessoas trabalham. Então, nós somos maiores que muitos municípios.

E passam por lá mais de 200 mil pessoas por dia.

O polo criativo é, de fato, uma solução para o Setor Comercial Sul. Isso é uma prova de

conceito, a exemplo do que ocorreu com o Porto Digital de Recife, com o Polo Tecnológico de Santa

Catarina e, também, com a cidade de Barcelona. Começou pequeno, em uma pequena área da cidade

e, por osmose, o desenvolvimento econômico foi se expandindo.

Então, esse é o nosso pedido, deputada: que a Câmara Legislativa, por meio de todos os

deputados, por meio da senhora, e o Governo do Distrito Federal apoiem a implantação do Polo de

Economia Criativa do Setor Comercial Sul, para que, por meio desse projeto piloto, essa prova de

conceito, esse desenvolvimento econômico possa se expandir, tanto para a W3 Sul e Norte, como para

outros setores da cidade. Como ocorreu com Recife, que hoje fatura mais de 4 bilhões por ano. Ou

seja, o Distrito Federal vai mudar a sua matriz econômica. Não é difícil, mas tem que ter apoio do

governo, da sociedade civil e também da academia.

Eu tenho muitas coisas para falar, mas vou finalizar dizendo que o Setor Comercial Sul tem

jeito. O tráfico de drogas acontece, mas existe um projeto para implantação de um centro de

inteligência – se eu não estiver errada. Se esse centro de inteligência pudesse ser instalado no Setor

Comercial Sul, seria de grande valia, inclusive com as câmeras inteligentes, com reconhecimento facial.

Enfim, existe solução.

Nós podemos marcar um horário para apresentar todas as ideias em curso. A prefeitura do

Setor Comercial Sul está disponível e aberta para essa troca de experiências e sugestões.

Obrigada. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhora Niki Tzemos.

Eu quero registrar a presença do secretário de ciência e tecnologia do Distrito Federal. Ele me

ligou e pediu que eu enfatizasse o compromisso dele na instalação desse polo. Ele não pôde vir, porque

houve um imprevisto e ele foi chamado pelo governador, mas pediu que eu enfatizasse exatamente o

seu empenho para que isso aconteça.

O nosso secretário da cultura já tinha avisado que não ia poder ficar até o final da audiência,

mas estou grata pela presença. Conte conosco aqui. Eu conto com o senhor também. (Palmas.)

Eu passo a palavra para a nossa prefeita, por 10 anos, do Setor Comercial Norte, senhora

Regina Lacerda.

REGINA LACERDA – Boa tarde, deputada Paula Belmonte. Obrigada pelo convite. Quero

cumprimentar todos e a mesa na pessoa do nosso administrador. Parabéns pela missão difícil que é

administrar Brasília.

Na década de 2000, eu tive o privilégio, como empresária da área de seguros, de ser convidada

a ajudar a comunidade local, e nós fundamos a prefeitura do Setor Comercial Norte, motivada por um

administrador que disse assim: “Eu não vou atender vocês porque vocês não estão organizados”. Ele

queria dizer que não existia uma organização da sociedade civil. E foi muito bacana isso.

Hoje eu estou muito saudosa, porque é muito bom lembrarmos o que já foi feito na cidade,

pela cidade e como foi feito. Eu sou empresária da área de seguros, uma área pujante aqui no Distrito

Federal; somos mais de 1.500 empresários corretores de seguros. É interessante dizer que, de 2005

para cá, os problemas do Setor Comercial Norte, onde a minha empresa está sediada, continuam os

mesmos. No Setor Comercial Norte, não temos os problemas do Setor Comercial Sul, mas muita coisa é

similar.

A minha família chegou aqui em Brasília na década de 1970. Eu sou carioca. Viemos do Rio de

Janeiro. Tenho uma lembrança de como era bom andar pela W3 Sul, que era o nosso shopping a céu

aberto. Percorríamos as lojas. Não sei se são 6 quilômetros, mas andávamos a pé; as crianças, todas

pequenininhas, entrando de loja em loja. Tenho lembrança da Bibabô. Acho que algumas pessoas se

lembram da Bibabô.

Está havendo uma grande reforma na W3 Sul. Parabenizo o Governo do Distrito Federal por

essa reforma. Vejo que a W2 acabou sendo um pouquinho mais utilizada, por causa de

estacionamentos com mais facilidade e uma certa movimentação. Hoje, quando circulo pela W3, tenho

um certo medo e acredito que as pessoas também, porque ficamos muito sozinhos andando na W3 Sul.

Eu acho que, se formos assaltados ali, em algum momento, em algum local, dificilmente um carro, que

passa em alta velocidade, vai parar para atender um pedestre. Então, sabemos que a W3 não é mais a

mesma, não é segura e precisa de um novo olhar.

No passado, meu sonho de consumo – e talvez de muitos de vocês – era morar nas casas das

700. Que coisas lindas eram aquelas casas, com aquelas áreas nos fundos com grama, onde víamos

que poderia haver campo de futebol e brincadeiras! Hoje vemos que não é mais um local desejável de

se morar. Inclusive, existe uma mudança de destinação. Então, vejo que a W3 Sul precisa, sim, de ser

vista com um novo olhar, um olhar de revitalização, mas também de recuperação do seu espaço

original.

Temos a W3 Norte, que é um local um pouco diferenciado. Ouvi, atentamente, o secretário

falar. A W3 Norte tem uma atividade comercial dos 2 lados, é equipada com instalações diferenciadas,

com restaurantes, e nela há algumas áreas de oficinas. Acredito que seja um pouco diferente e mais

trabalhosa essa revitalização. Mas ela interfere muito no Setor Comercial Norte também e ali naquela

região onde estamos.

Quanto ao Setor Comercial Sul, eu gostaria de deixar uma sugestão. Parabéns à vice-prefeita,

que falou tão apropriadamente aqui. Não basta revitalizar; é preciso gerar atividades que ocupem

realmente o setor 24 horas por dia: faculdades, restaurantes... Aliás, quero parabenizar o nosso

presidente da associação comercial, que trouxe um olhar tão específico sobre o setor. Acredito que é

preciso induzir um desenvolvimento, com tantos espaços vazios, prédios, inclusive. Não são andares

nem lojas, são prédios que estão fechados. Há uma degradação, há uma desvalorização muito grande

e também há pouca circulação de pessoas.

Então, hoje, com algumas decisões, dos ministros do STF inclusive, o comerciante não pode

mais chamar a atenção de um meliante ou de um drogado que está na porta da loja dele, inclusive

impedindo-o de entrar, de abrir a sua própria loja ou seu próprio comércio. Acredito que isso dificultou

muito a atuação da Polícia Civil e da Polícia Militar. Ouvi atentamente as palavras do representante

aqui. Precisamos ficar atentos para essas questões também.

O GDF está fazendo um esforço para salvar o Setor Comercial Sul. Vejo essas obras lá. Quero

parabenizar o representante da Novacap. Tenho muita saudade da Novacap. Já faleceram pessoas que,

à época, eram históricas de Brasília. A Novacap ainda faz um excelente trabalho, até hoje. Revitalizar

não é suficiente. É necessário que haja atividades que possam neutralizar a presença desses marginais.

Então, quando pensamos em atividades 24 horas, como a rua 24 horas que o senhor falou, e em

faculdades – quando há um movimento muito grande de pessoas –, é possível intimidar o meliante, o

marginal e o drogado que estão ali, em função da movimentação. Então, o movimento é que salva o

setor. As atividades culturais e educacionais, deputada, é que vão salvar o Setor Comercial Sul. Não

apenas a revitalização.

Uma amiga que tem uma lotérica no Setor Comercial Sul já foi assaltada mais de 10 vezes. Eu

achei interessante o senhor dizer que uma pessoa liga para a outra dizendo: “Olha, eu vou sair. Você

está aí? Por favor, me cubra”. Isso não é o que o comerciante tem que fazer, não é o que o empresário

que gera recurso, renda e emprego tem que fazer. Ele tem que ter a proteção do Estado. Não é ele

que tem que pedir para o outro comerciante lhe dar cobertura. Eu sei que é algo que, neste momento,

está sendo feito por necessidade, mas o poder público precisa atuar nisso. Eu acredito que a

revitalização tem que estar junto com essa questão de trazer um novo olhar.

Eu considero que a cidade é toda setorizada. Nós temos Brasília, sim. Eu quero deixar uma

sugestão. Nós poderíamos ter uma ala da seguridade no Setor Comercial Sul. Nós somos mais de mil

corretores de seguros e, quem sabe, se tivéssemos ali um setor de seguridade onde pudéssemos ter

investimento para que o corretor de seguros pudesse abrir a sua corretora, a sua empresa e levar

funcionários, e haver uma ala que pudesse ser sinalizada como a ala de seguros, um setor de seguros,

assim como está sendo trazido o setor da tecnologia.

Deputada, o seu trabalho é brilhante. A senhora é uma deputada de segundo mandato, porque

nós reconhecemos que o seu primeiro mandato como deputada federal foi extremamente útil para a

cidade de Brasília, embora sendo atuante em todo o Brasil. Eu acredito que o seu mandato vai fazer

diferença nesse momento da revitalização do Setor Comercial Norte.

Para concluir, eu gostaria de dizer que a minha empresa está situada no Liberty Mall desde

1994, e estou aqui com o representante do shopping Liberty Mall, Alexandre Mendes. Quero saudá-lo e

dizer que ele faz um excelente trabalho no shopping. Mas, quando eu recebo algum cliente,

administrador, eu vou com ele ao estacionamento. Eu não deixo o meu cliente ir embora sozinho

quando ele sai do meu escritório, principalmente depois das 18 horas. Há 1 mês eu acompanhei uma

cliente até a porta do Liberty Mall, onde ela havia deixado o carro. Eu desci com ela até o

estacionamento, coloquei-a no meu carro, pois já eram quase 19 horas, e a deixei na porta do

estacionamento do Liberty. Alexandre, havia um meliante encostado no carro dela, e nós ficamos 10

minutos rodando e esperando que aquela pessoa fosse embora porque ficamos com medo de ser um

marginal e de ele nos abordar, ou de causar uma situação qualquer. No Setor Comercial Norte, há

problemas graves.

Deputada, eu tive a honra de fundar a prefeitura e ser prefeita do Setor Comercial Norte por 10

anos. Nesse período, nós desenvolvemos um projeto fantástico de revitalização do Setor Comercial

Norte, que foi aprovado pela Administração de Brasília, pelo Detran, pela Novacap e por vários órgãos.

Ele está no papel, está desenhado e pronto. Inclusive, deputada, ele tem 7 praças desenhadas, e

podemos retomar esse projeto. Eu, infelizmente, devido às minhas atividades profissionais, não pude

mais continuar como prefeita – aliás, isso é uma coisa que me dá uma certa tristeza porque o trabalho

como cidadã me fez muito bem. Mas o projeto está pronto, e eu gostaria de convocar o meu

representante Alexandre (Falha na gravação.) retomar as atividades do Setor Comercial Norte, pela

prefeitura do Setor Comercial Norte, e podermos voltar a atuar com a prefeitura e contribuir para esse

projeto que a senhora tem aqui na Câmara Legislativa de ajudar a revitalizar o centro de Brasília.

É fundamental que esse setor seja vivo, seja atuante, e quem sabe lá também nós possamos

ter praças a céu aberto, bem organizadas, estruturadas. O próprio comércio... Eu vim agora de um mês

de férias visitando a minha netinha fora do país, e, na Europa, toda hora você esbarra em um café,

esquina após esquina. Nós pensamos que o Setor Comercial Sul e o Setor Comercial Norte poderiam

ser assim, e termos uma Paris, uma Suíça em plena Brasília – seria maravilhoso isso. Fomenta o

comércio, fomenta a atividade empresarial, fomenta o emprego, fomenta a renda, fomenta a

arrecadação do governo.

Então, é importante para todos que esse setor seja, realmente, revitalizado e tenha não só a

revitalização, mas tenha vida, tenha comércio, tenha cultura, tenha lazer, e que o cidadão de Brasília

possa usufruir desse espaço.

Só para lembrar, o Setor Comercial Norte é vizinho do Setor Hoteleiro Norte. Eu recebo muitos

empresários de fora de Brasília, e eles não conseguem sair do Biarritz, do Le Quartier, para vir ao

Liberty Mall a pé depois das 5 horas da tarde. É perigoso. Não conseguem ir ao Brasília Shopping – e

há representantes aqui dos shoppings – a pé, porque é perigoso. O Uber não quer levar porque dá 3

minutos e custa 5 reais.

Portanto, é preciso que aquela área realmente tenha vida, seja revitalizada. E aí o seu papel,

deputada, é fundamental na construção dessa nova cidade, desse novo ambiente.

Então, parabéns! E que seus pares possam entender isso para construirmos uma cidade do

futuro, uma cidade a partir de agora. Conte comigo. Embora empresária, embora apenas no setor

produtivo, como empresária posso contribuir, e o meu coração está aberto a isso. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu que agradeço, Regina. E vejo que as

palavras da senhora são as minhas palavras, no sentido de podermos trazer vida. E Brasília, realmente,

precisa disso. Principalmente agora, com esse momento da implementação do Zona Verde, precisamos

trazer vida para que as pessoas caminhem e andem. E, dessa forma sim, traremos a segurança

pública, que será uma coisa natural.

Então, conte comigo, e que possamos estar juntos, pensando juntos – e eu quero depois

conhecer esse projeto para levarmos a todas as secretarias necessárias para sua implementação. Conte

conosco no que de nós depender.

Eu passo a palavra ao senhor superintendente de planejamento e gestão de riscos da CEB,

Wires Santos Amorim. Muito bem-vindo, senhor Wires.

WIRES SANTOS AMORIM – Boa tarde a todos. Boa tarde aos integrantes da mesa. Saúdo a

todos em nome do presidente Edison. Ele não pôde estar presente e me designou para representá-lo

aqui. Depois da grande caminhada até a aprovação do projeto de lei de iluminação pública, que é de

conhecimento de todos, ele tirou alguns dias para descansar para já retornar e continuarmos com todo

o empenho para que, no início do ano, estejamos com a empresa totalmente operacional para

cumprirmos com o que prometemos.

Ficamos felizes em ver que estamos mobilizados no mesmo sentido. São várias frentes, vários

órgãos trabalhando em prol da população do Distrito Federal. Vemos que a CEB Iluminação Pública tem

papel fundamental em tudo isso. Foi dito aqui, não só uma vez, sobre o funcionamento de alguns

comércios ou órgãos durante 24 horas. À noite, é preciso iluminação, e a iluminação, querendo ou não,

traz embelezamento, contribui para a sensação de segurança da população, permite o uso de praças e

logradouros públicos por tempo mais prolongado.

Nós conhecemos e entendemos a nossa responsabilidade frente a tudo isso. Estaremos

empenhados em atender a todas as demandas. O nosso desafio é que Brasília possa ser uma capital

100% eficientizada (sic) em 3 anos. Essa é a nossa meta. Trinta por cento do nosso parque já está

hoje modernizado. Ainda falta muita coisa, algo em torno de 250 mil luminárias para atacarmos em 3

anos. Estamos empenhados nisso.

O Setor Comercial Sul já tem uma infraestrutura muito boa de iluminação. O Setor Comercial

Norte, não tanto. Há a parte dos setores hoteleiros. Somos demandados pelo Setor Hoteleiro Norte,

como já foi dito aqui, sobre a questão da segurança. Já está no nosso radar essa situação.

Então, o nosso planejamento está sendo concluído no final deste ano, para começarmos a

operação com tudo organizado já no início de 2024.

Com certeza, as discussões, as conversas com os líderes comunitários, com a sociedade e com

o poder concedente só estão começando. Temos que envolver todas as partes na nossa estratégia,

porque é um planejamento de curto prazo – se olharmos que são 3 anos –, mas há as necessidades da

área central, há as necessidades da área periférica, há as necessidades de segurança pública, vários

pontos que são considerados por nós, da empresa, e que serão atacados, a cada momento, dentro da

prioridade do governo, da empresa e dos demais órgãos da população e do Governo do Distrito

Federal.

Finalizando a minha fala, nós entendemos que a iluminação é importante, sim, para essa

sensação de segurança, para a qualidade de vida da população. Queremos contribuir para iluminar

Brasília, para iluminar essa nova condição de vida noturna, se assim se disponibilizarem os novos

espaços públicos, para que eles sejam usufruídos com toda a segurança que pudermos proporcionar.

Obrigado a todos. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata.

Na realidade, vocês são essenciais, porque, para nós colocarmos vida, como foi falado aqui, a

iluminação pública traz segurança, traz a sensação de segurança. É importante.

Eu quero registrar, aqui, minha gratidão ao presidente Edison. Quero dizer que nós estamos

juntos para, realmente, fazermos uma força-tarefa a fim de trazermos essas lâmpadas de LED para os

setores comercial e de diversões norte. Essa interação... Como foi dito aqui, há o setor hoteleiro, e

esse setor hoteleiro faz uma ligação direta aos shoppings. Isso movimenta a economia do Distrito

Federal; então, é essencial. Fica aqui a responsabilidade dessa frente que está sendo instalada hoje

para atuarmos nesse sentido.

Muito grata. Seja muito bem-vindo.

Passamos a palavra, agora, ao presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Distrito

Federal, Wagner Gonçalves Silveira Júnior. (Pausa.)

Na sua ausência, passo a palavra a seu representante Henrique Samuel Ponte Alencar.

O senhor quer falar daí ou quer falar da tribuna? Pode falar.

Pode falar, fique à vontade.

HENRIQUE SAMUEL PONTE ALENCAR – Meu nome é Henrique Alencar, estou representando o

presidente, Wagner, da Câmara dos Dirigentes Lojistas e eu também sou do grupo de trabalho da W3

Sul.

Gostei muito da explanação do major Almeida, mas, como sugestão, eu gostaria que houvesse

um grupo que fosse às empresas e fornecesse seus telefones e WhatsApp porque eu estou desde 1960

e não tenho esse telefone, não tenho esse contato. Eu achei muito interessante a sua fala, eu gostaria

que isso fosse mais divulgado. Depois eu gostaria de pegar com o senhor esse contato.

Ao representante da Novacap, quanto aos quiosques, tem que tomar cuidado, tem que tomar

muito zelo com o tamanho dos quiosques. Nós não somos contra os quiosques de costureira, de

barzinhos, porque eles atendem muito bem a população, mas não podemos deixar que esse quiosque

faça um puxadinho e fique maior do que uma loja comercial, que tem o IPTU, que tem toda a carga

tributária. Um quiosque da W3 Sul conseguiu fechar restaurantes porque vendia mais marmita do outro

lado da W2, fazendo a extensão, fazendo os puxadinhos, do que uma loja comercial.

Parabenizo a deputada por esta iniciativa, a Câmara dos Dirigentes está presente em todos

esses eventos, e, qualquer coisa, estamos à disposição.

A nossa sugestão para a W3 é que fosse colocada uma agência pública porque, com uma

agência pública como a Caesb, a CEB, o Detran, você vai atrair a população para aquela quadra e

voltar a preencher as lojas que estão vazias. Se houver uma Caesb, uma CEB, um departamento do

governo, você vai atrair muito comércio, muita renda, porque quem emprega no Distrito Federal é o

comércio. Haverá renda, e essas coisas.

A minha fala é só isso.

Agradeço a oportunidade, e nós da Câmara de Dirigentes Lojistas estamos à disposição.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata pelas suas palavras, senhor

Henrique. Há representantes dos quiosques inscritos aqui para falar, e eu acho importante essa

conversa para que possamos realmente trazer dignidade para ambos os lados. Nós entendemos o lado

do comerciante, mas também entendemos o lado dos quiosques, que têm também vida e que têm

comércio. Conte conosco para que possamos fazer com que exista convergência e dignidade a todos.

Tenha certeza disso. (Pausa.)

(Intervenção fora do microfone.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Não, eu entendi.

HENRIQUE SAMULE PONTE ALENCAR – Só regularizar.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Com certeza.

(Intervenção fora do microfone.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Pode falar, a dinâmica é essa.

CARLOS ALBERTO SPIES – Bom, aproveitando, já que falamos dos quiosques, nós já tivemos

uma reunião com os representantes dos que têm quiosques no Buriti, apresentamos o projeto,

mostramos o projeto para todos eles, e todos concordaram com o tamanho. Tamanho único, é o

mesmo para todo mundo, não há nenhum maior nem menor, e o espaço é igual para todo mundo, não

há diferença para ninguém. São 20 ou 23, uma coisa assim, quiosques organizados no Buriti. Houve

uma reunião com eles, e, realmente, o espaço vai ser respeitado para que não haja um tendo a chance

de fazer um puxadinho. Não haverá essa oportunidade porque é um quiosque todo modelado para não

haver esse espaço de fazer um puxadinho.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata.

Eu passo a palavra ao senhor superintendente do Shopping Pátio Brasil, Augusto Brandão. Seja

bem-vindo.

AUGUSTO BRANDÃO – Boa noite a todos. Parabéns à deputada Paula Belmonte pela iniciativa

tão importante, na pessoa de quem cumprimento a mesa e todos os presentes.

O Pátio Brasil está no coração da cidade, bem na área da revitalização da W3 e do Setor

Comercial Sul. Nós sempre dizemos que não queremos ser um centro comercial apenas e, sim, um

centro comunitário. Nós estamos diretamente envolvidos com todo aquele meio ambiente, desde o

Parque da Cidade até o Setor Comercial Sul, passando pela W3, de ambos os lados.

Temos enfrentado bastante dificuldade com aquele ambiente no nosso entorno. O Setor

Comercial Sul, com toda a degradação que está enfrentando, nos traz problemas econômicos,

obviamente, e também sociais. O shopping acaba reverberando todos os problemas sociais que

envolvem a região.

O Setor Hoteleiro Sul precisa de uma intervenção muito séria. Hoje, às 6 e meia da tarde você

já não consegue sair do shopping para ir para um hotel – é uma certa aventura, principalmente no

Posto da Torre. Aquela região está muito degradada.

Estamos à disposição da comunidade para o que pudermos participar juntos. Acho que

precisamos ser mais contundentes na administração dos interesses e das posturas de todo mundo. O

governo tem que fazer a parte dele, os empresários têm que fazer sua parte. A Novacap, por exemplo,

está recapeando a W3. Você olha para as calçadas, e quase todos os comércios não têm padronização

de fachada. Está tudo pichado, sujo. E, realmente, às vezes, há empresas grandes que não seguem

uma padronização.

Nós temos várias experiências que mostram que isso tem que ser feito. Então, temos que

exigir, sim, uma postura mais efetiva dos órgãos públicos, mas nós empresários também temos que

fazer a nossa parte – e os órgãos públicos têm que exigir isso. A falta de padronização na W3 é um

cenário de bagunça. Não vai adiantar aumentar pista e colocar calçada central ali se os prédios

continuarem sem regramento.

Nós entendemos que é extremamente complicado o trabalho da polícia, e eu gostaria de

agradecer toda a parceria que vocês têm conosco. Nós, realmente, temos sempre um apoio muito

grande. Mas, infelizmente, nós vemos que vocês, muitas vezes, estão de mãos atadas. Nós temos um

problema social muito grande.

Para concluir, vou dar um exemplo. Nós temos um problema de pedintes dentro do shopping, o

que é normal em shopping de centro de cidade. E há um menino com cerca de 10 anos de idade que é

um geniozinho. Dá um trabalho, é problemático, chega a ser violento, mas ele é um gênio. O menino é

de uma inteligência diferente. Eu pensei: “Sabe de uma coisa? Em vez de ficar brigando com esse

menino toda hora, colocando-o para fora do shopping toda hora, eu vou contratar esse menino como

menor aprendiz. Vou tentar trazê-lo para dentro do shopping, porque esse menino é um talento”.

Conversei com o pessoal do Conselho Tutelar. Acho que ele tem 12 anos. O pessoal do conselho disse:

“Augusto, não faça isso. A família dessa criança é extremamente complicada, é um pessoal ali da

rodoviária, eles têm uma estrutura criminosa que até se aproveita dos filhos. Então, se você o trouxer

para o seu ambiente, você vai trazer junto uma verdadeira quadrilha”. Então, infelizmente, nós

continuamos na briga com ele. Ele, às vezes, apedreja o shopping, já tentou esfaquear segurança. E

tem 12 anos de idade! Então, é sempre um desafio grande.

Mais uma vez, colocamo-nos à disposição do governo para o que pudermos ajudar. Queremos,

realmente, ser um centro comunitário do centro de Brasília. No que depender do Pátio Brasil, estamos

à disposição de vocês.

Obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. Foi um depoimento forte,

importante, e – vamos dizer assim, para mim, que sou uma grande defensora das crianças e dos

adolescentes – é forte escutar isso, mas, infelizmente, é uma realidade, e nós precisamos ter muito

como parceira a educação.

Eu, como mãe, vejo a importância de não termos medo. Não é caretice estarmos falando de

ser pai e de ser mãe com responsabilidade. Não é trazer a sexualidade para as nossas crianças, mas, a

partir do momento em que temos a possibilidade de trazer um ser para o mundo, temos que entender

que temos responsabilidade e não precisamos ter vergonha de falar disso.

Hoje em Brasília, no Distrito Federal, nós temos inúmeras meninas de 14 anos de idade sendo

mães; meninas tendo outras crianças. Realmente, é um assunto sobre o qual nós não podemos, como

sociedade, deixar de falar e de nos responsabilizar. Criança tem que estar na escola. Criança tem que

ser criança, e o poder público tem que dar conta de dar essa sustentação.

É por isso que estamos aqui. Conte conosco.

Muito grata. (Palmas.)

AUGUSTO BRANDÃO – Obrigado, deputada. Mais uma vez, parabéns pela iniciativa. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu passo a palavra para a Danielle Sanchez, do

Movimento Nacional de Meninos e de Meninas de Rua, inclusive acho muito pertinente a sua vinda. A

presença da senhora aqui é muito importante, inclusive depois dessa fala. Muito grata pela presença.

DANIELLE SANCHEZ – Boa tarde a todas, todos e todes. Eu sou a Dani Sanchez, sou cria do

Movimento Nacional de Meninos e de Meninas de Rua, ex-moradora de rua, fui trabalhadora da

rodoviária por muito tempo, vendendo flores e balas.

Preciso me apresentar para falar em especial sobre a população de rua, que muito foi apontada

aqui e de maneira muito pejorativa. Nós não somos moradores de rua. Ninguém mora na rua porque

quer. Nós somos pessoas em situação de rua, por falta de política pública e por diversas

vulnerabilidades que o Estado nos proporciona.

Hoje sou assistente social, formada, com pós-graduação em políticas públicas de infância,

juventude e diversidade pela Universidade de Brasília, e foi uma assistente social que mudou a minha

vida, lá na rodoviária do Plano Piloto. Todo mundo dizia: “Vamos para Cuba”, e me mandaram para

Cuba. Estudei em Cuba, eu me formei em comunicação social lá, voltei para o Brasil, e fiz outra

faculdade aqui. Então, quero dizer que a oportunidade faz toda a diferença na vida, quiçá, se ele

contratasse esse adolescente – com 12 anos de idade, ainda não pode, pela legislação –, talvez

transformasse a realidade da família dele, como foi transformada a realidade da minha.

Eu estou aqui hoje para contar um pouco dessa minha história e para falar que a população de

rua – estamos falando da área central do Distrito Federal – não está centralizada só no Plano Piloto,

não, está em Taguatinga, Ceilândia. Sou cria da Ceilândia Norte e, na Quadra 3 de Ceilândia Norte,

existe gente saindo do bueiro. Infelizmente, lá não há uma ação efetiva do Estado como vemos no

Plano Piloto.

Outra coisa é que o Buraco do Rato nunca foi novidade para ninguém, inclusive era o ponto de

tráfico mais famoso do Distrito Federal, onde pessoas empobrecidas e captadas pelo tráfico vendiam

drogas para a classe média alta.

Em 2009, tivemos uma situação muito grave no Distrito Federal, uma ação da Polícia Civil que

investigou Mercedes-Benz parando para pegar pessoas que violentavam sexualmente meninas de 9 e

10 anos, que entravam na BMW e cujas roupas pareciam pano de chão. Mas, ainda assim, a sociedade

criminalizou a adolescente de 11 anos porque: “Ela está ali porque quer!” Essa fala do “porque quer”

tem nos colocado em situações de diversas vulnerabilidades.

Quando falamos da rodoviária... quando eu falo da rodoviária, digo que ela foi um espaço de

sobrevivência para mim, assim como o é para diversos ambulantes que ali estão e para

permissionários, que vão perder espaço com a privatização. Isso é certo, porque o preço não vai ficar o

mesmo. O ônibus, para encostar na rodoviária, vai ter que pagar, e a passagem vai ficar mais cara

para nós, trabalhadoras e trabalhadores que pegamos ônibus todos os dias.

Hoje, eu moro em Planaltina. O percurso dura 1 hora e 20 minutos. Brasília toda está cheia de

obra. Eu morava na Ceilândia, e demorava 40 minutos. Hoje as pessoas da Ceilândia estão demorando

2 horas para chegar ao Plano Piloto. Não é fazer obra, não é fazer viaduto, não é fazer pistas! É

conseguir garantir transporte público de qualidade para diminuir esse tempo. Falaram aqui que

queriam que virasse a Suíça, que virasse a Europa, que tem um dos melhores modelos de trânsito do

mundo. Lá o número de carros é baixíssimo, e o transporte público é de qualidade. Quiçá tivéssemos

uma Europa como essa!

Finalizando: temos distúrbios sociais aqui, no Distrito Federal. Temos o maior PIB no Lago Sul,

e o menor PIB do mundo no Pôr do Sol e no Sol Nascente. E vocês querem me falar que aqui pode

virar a Europa? Que aqui não precisamos pensar sobre os problemas sociais que estão aí colocados?

Hoje, quem fala que o Caps é uma porcaria é porque não conhece o SUS e não conhece o

trabalho necessário do sistema. Infelizmente, não temos neuropsicólogo para atender de forma efetiva;

não temos psiquiatra para atender de forma efetiva. Há uma precarização do SUS, assim como

acontece a precarização da rodoviária, do Setor Comercial Sul.

Hoje o grande polo de cultura que temos para quem é periférico e usa o metrô – que,

infelizmente, no domingo, só funciona até as 7 horas da noite – é a Galeria dos Estados, que,

privatizada, vai tirar o espaço da cultura. Quando falamos de degradação e de depredação, temos que

entender que, quando não nos sentimos pertencentes a um espaço, vamos deteriorar mesmo! Por que

as escolas em que há os melhores alunos são as escolas que têm uma pintura bonita, que são

desenhadas, que têm o grafite, que têm a cultura como sendo um grande instrumento de movimento?

A ausência das políticas públicas acaba favorecendo um processo extremamente higienista e

elitista, porque o que estão fazendo hoje, com a privatização da rodoviária, colocando câmera facial

que vai identificar o camelô que for pego uma vez... Quem vai tomar bala de borracha, como acontece

todos os dias na rodoviária, são as pessoas que vão ser proibidas de circular também. Estão

criando boulevards debaixo da Galeria dos Estados. Com a privatização dos estacionamentos, quem é

que chega, se não há transporte público, se não há carro, porque eu vou ter que pagar R$ 3,00 por

hora? Se a moto que o entregador usa for pagar estacionamento, o iFood vai ficar mais caro também!

O iFood vai ficar mais caro também porque o entregador vai ter que pagar para ficar estacionado em

área pública, aqui, no Distrito Federal.

Então, são várias questões em que precisamos pensar efetivamente.

O centro é para quem?

Se há um metrô que funciona no final de semana, que era o momento em que os

trabalhadores teriam condições de sair das suas casas e fazer coisas, vir ao Parque da Cidade, à Piscina

com Ondas, em cuja revitalização se vai gastar mais de 80 milhões de reais, enquanto poderíamos

construir várias piscinas com ondas em diversos locais do Distrito Federal, já que não querem que

ocupemos o centro. Se não ocupamos o centro aqui, podemos fazer o centro acontecer nas cidades

periféricas do Distrito Federal, como Planaltina, Ceilândia, Sobradinho, Recanto das Emas e Santa

Maria.

Falando da saída norte, não temos nenhuma via expressa de ônibus. Leva-se 1 hora e 40

minutos de Planaltina até a Câmara Legislativa; para ser mais exata, 1 hora e 55 minutos. Eu pego

todos os dias o ônibus da linha SIG/Sudoeste/Cruzeiro.

Para falarmos de privatização, temos que falar primeiro de ação efetiva. Qual a ação efetiva? O

GDF gastou 5 milhões de reais para revitalizar a Galeria dos Estados, gastou mais 2 milhões de reais

para construir aquela praça pública que existe lá na frente, para agora entregar de bandeja ao

investimento que é de 20 anos. Só vamos ter garantido o investimento nos 4 primeiros anos. Pelo

menos é isso que está escrito no projeto. O investimento inicial é nos primeiros 4 anos. A rodoviária,

idem. Então, vamos ganhar o que com a privatização da rodoviária e do centro de Brasília? (Palmas.). É

o centro para quem? É isso que precisamos discutir.

Muito obrigada. Desculpa o meu desabafo.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Danielle, muito grata pela sua presença,

porque, na sua fala, você traz vários assuntos importantes. Eu quero registrar o nosso posicionamento.

O posicionamento deste parlamento não é eles contra elas, nem elas contra eles; mas nós estarmos

juntos no mesmo barco, que é o barco do desenvolvimento social e econômico do Distrito Federal.

Tenha certeza de que aqui a nossa intenção com essa frente parlamentar é trazer a

revitalização, trazer a requalificação. Que possamos realmente fazer com que toda a população do

Distrito Federal se sinta pertencente. É muito importante isso. Na sua fala, quando você traz a questão

das meninas e dos meninos, o seu depoimento pessoal traz emoção, sim. Eu acho isso muito

importante, porque é uma sobrevivente de um mundo muito hostil – vamos dizer assim. Precisamos

fazer com que esses abismos sociais, econômicos, cada vez mais, sejam reduzidos.

Como você disse, aqui no Distrito Federal, temos a maior renda per capita, mas também,

infelizmente, temos a maior diferença social brasileira. É por esse motivo que nós estamos aqui

pleiteando que as nossas crianças estejam em escolas, em escolas integrais, em creches, que tenham

acesso à cultura e ao esporte. Com certeza, o parlamento permite que possamos fiscalizar o poder

público. Eu mesma não sou uma deputada da base do governo, mas estou aqui com vários secretários

do governo para que possamos estar juntos, trazendo a oportunização paras nossas crianças e

adolescentes.

Essa questão de estarmos com criança na rua não é permitida. Não é permitida não porque eu

não queira, mas é porque nós brasileiros e brasilienses precisamos olhar a nossa criança e o nosso

adolescente – esse é o mês da primeira infância – com muita responsabilidade. Tenha certeza de que

você tem o nosso compromisso aqui.

Sobre a questão da PPP que está sendo proposta na rodoviária e também na Galeria dos

Estados, como presidente da Comissão de Fiscalização, já tivemos várias audiências públicas em

relação a isso, várias conversas com todas as pessoas. Pode ter certeza de que nós estaremos muito

atentos a tudo. Como foi dito, temos o espaço que é o coração de Brasília. Aqui é onde as pessoas

podem viver.

Nós vimos no vídeo que as pessoas conseguem almoçar por 13 reais. É algo que realmente

acontece. Sabemos que a população, muitas vezes, está lá extremamente vulnerável, não consegue

nem pagar um ônibus. Que possamos trazer a Zona Verde, que, infelizmente, não estamos

conseguindo. Estamos aqui com o PDL para acabar com um decreto que foi colocado, para que possa

ser discutida no Distrito Federal a questão da Zona Verde.

Sabemos que a Zona Verde é importante, todas as grandes metrópoles têm, para que

possamos fazer espaços de convivência, espaços de lazer, pois, com certeza, a cultura salva, mas

precisamos fazer essa discussão com a população.

A sua fala é importantíssima para que olhemos este parlamento como uma unidade de

convergência à dignidade humana. Quando falamos dos moradores em situação de vulnerabilidade,

tenho certeza de que não é opção de ninguém, mas precisamos fazer com que essas pessoas não

estejam nas ruas. Não porque queremos excluí-las, mas porque queremos dar dignidade a elas.

Esse é o nosso posicionamento. Tenha a certeza de que estaremos juntas para que possamos

fazer com que o Setor Comercial, a rodoviária, sejam lugares, sim, pertencentes a toda a população de

Brasília.

Muito grata pela presença.

Como a senhora falou aqui da nossa Galeria dos Estados – que eu tenho uma recordação muito

grande –, quero passar a palavra ao senhor Laércio Júnior, presidente da Galeria dos Estados, para que

ele possa falar também.

LAÉRCIO JÚNIOR – Boa tarde a todos. Deputada Paula Belmonte, parabenizo-a mais uma vez

por este momento. Acho que o grande papel de um deputado é este: trazer à casa do povo vários

pensamentos, várias experiências que só trazem o ganho para um resultado final de caminharmos para

a frente.

Houve aqui depoimentos de pessoas que disseram que a vida deu a elas uma situação melhor;

outras disseram que a vida é muito dura e não há apoio para que melhore, mas todo mundo quer o

bem para todo mundo. Se todo mundo caminhar para que as coisas sejam boas para todos os lados,

todo mundo é feliz; mas quando só um lado é beneficiado e o outro não, até quem tem o benefício

está sendo prejudicado.

Há tanta gente que vem para cá, para o hotel, para o shopping, e elas estão com medo, não se

sentem à vontade para terem uma vida boa na capital. Isso é de suma importância.

Vou falar, primeiramente, sobre a galeria, bem rápido, porque sou presidente dela, já estou no

terceiro mandato. A luta ali é muito grande! O Valdemar, nosso administrador do Plano Piloto, está nos

dando apoio total. A Novacap fez um trabalho belíssimo. A galeria nunca esteve como está hoje na

parte de estrutura. Temos banheiro, temos tudo reformado.

Nós criamos, através da orientação da administração, a associação. Hoje, infelizmente – é o

que vários colocaram aqui –, a revitalização é o primeiro passo, mas se a área não for ocupada, não for

cuidada, perde-se tudo. Estamos em uma luta terrível na galeria, onde temos 82 lojas, o espaço está

todo reformado.

A praça da galeria, no centro, está sendo a única oportunidade para a cultura. Eu queria deixar

essa mensagem para o secretário de cultura Cláudio Abrantes. Apesar de todos os problemas – porque

há a área hospitalar –, estamos estudando e nos adequando para que haja mais atividades e as coisas

andem bem. Está havendo a feira aos domingos, com som tranquilo, ambiente bom, um chorinho e tal.

Ela traz gente, traz família. É um ambiente agradável, é um ambiente que dá vida.

A PPP, como foi bem falado aqui, nós já discutimos. Nós temos que conversar com o governo

para ele entender o nosso lado. Um projeto não pode ser feito num gabinete sem escutar a outra

parte.

A PPP referente à galeria não tem nenhum motivo para acontecer. A reforma foi feita. Está

toda estruturada. A parte de manutenção, de segurança, de limpeza e de cuidado, a associação está

fazendo. O Valdemar... Que vocês possam... vão lá tomar um café e vocês vão ver a galeria como está.

Fazemos uma parceria público-privada sem ter nada documentado. Ali é a participação nossa;

estamos lá há 30 anos, porque gostamos daquele espaço. Então, cada lojista... Apenas 35 estão

abertos hoje. Nós temos 82 lojas abertas, mas só 35 estão segurando o barco. Se abandonarmos – viu,

Carlos Alberto? –, se a associação abandonar aquilo ali, em 6 meses acabou. Acabou. Apesar de

estarmos cuidando, estarmos em cima, com segurança. E a segurança não pode ser armada. Tem que

ser conversa. É pichação. Temos lá, através da parte cultural, parceria com eles. Eles ajudam. Fizeram

um grafite lá lindíssimo subindo a escada. É a coisa mais linda. Aquilo ali não temos dinheiro para

fazer. É através de parceria.

Eu gostaria muito que a equipe do governo fosse à galeria para sentarmos. Por exemplo, se ele

está querendo passar o espaço, passe para nós. A associação vai cuidar muito, muito bem. (Palmas.)

Não precisa passar para uma concessionária, como foi bem colocado aqui, pois a concessionária só vai

infelizmente colocar a faca no nosso pescoço, tanto dos lojistas como dos usuários.

Eu fazia lá um trabalho comparativo de preço. Não dá. Hoje, ali, por um pão com café, um pão

de queijo, um suco, você paga 4 reais, 5 reais. Quando privatizar... Você pode pegar os locais que são

privatizados, o custo é mais alto, tudo vai para 15, 20. O usuário ali tem uma renda de 1 a 3 salários. É

a situação da rodoviária.

Então, quando você vai passar uma gestão pública para a privada, você tem que analisar o

todo. Você não vai mudar o público. Esse público não vai sair dali. É diferente de uma concessão no

aeroporto, onde o público tem condições de pagar 50 reais por um café com pão de queijo.

Essas coisas têm que ser mais bem discutidas. Essas coisas têm que ter um atento. Eu espero

que todos os deputados entendam. O próprio governo já entendeu. A nossa luta é grande para explicar

que a galeria não estava no projeto. Se você olhar bem no projeto, você verá que aparece depois a

inclusão da Galeria dos Estados com outra forma de escrita.

Então, eu espero que todos os deputados tenham essa compreensão e olhem com muito, mas

com muito carinho para a rodoviária também. A rodoviária está precisando de uma gestão, de um

cuidado. O governo tem como fazer isso, e é sobre isso que eu vou falar agora.

Sobre a revitalização e a requalificação da área central de Brasília, vários problemas aqui nós

escutamos, envolvem várias secretarias de governo. O que eu proponho sempre, quando há uma

audiência como esta, é que seja montada uma comissão de todas as áreas em que o governo atue e

que se faça um planejamento de atuação em toda a área que está sendo colocada. Não podemos

pensar só no Setor Comercial e esquecer a galeria. Não podemos pensar só na W3 e esquecer o Setor

Comercial, o Setor Hoteleiro, por quê? É uma região que, se você cuidar de um, resolveu aqui, mas vai

para ali. Então, você não vai resolver o problema.

Eu acho, Paula, que é a hora, já que o governo, o governador está fazendo um trabalho incrível

de reestruturação. Brasília está toda sendo modificada. Há quanto tempo nós não tínhamos isso em

Brasília? As reformas estão sendo feitas em tudo, mas nós precisamos ter junto com isso uma gestão

melhor.

Essa área social está terrível. Dá dó. Nós vemos aquela situação, estão prejudicando o

comércio, tudo. Isso é desumano. Num frio desse, a pessoa deitada lá, jogada. Caramba, é criança.

Vejam vocês, crianças vieram aqui. Olhem que maravilha! Estão estudando, vieram conhecer a

Câmara. Olhem que beleza! Olhem o futuro melhor que podem ter pela frente. Mas qual o futuro da

pessoa que está na rua, largada? Daqui a 10 anos estará nos assaltando, estará matando alguém.

Então, acho o seguinte: vamos, sim, falar de revitalização e requalificação. Eu acho, Paula, que

este foi o primeiro passo importantíssimo: você abrir a casa para conversarmos sobre isso. Agora nós

temos que agir. Nós não podemos fazer só esse movimento e parar e daqui a 10 anos estar

conversando a mesma coisa aqui: “Pô, o problema tal...”.

Então, vamos de alguma forma – você sabe melhor do que eu – montar uma equipe, marcar

uma reunião, chamar todos, Secretaria de Segurança, Secretaria de Trabalho, Secretaria Social, todos,

e vamos sentar, vamos discutir o problema e como resolvê-lo. Eu sei que há muita lei, porque, se fosse

fácil, as coisas já tinham sido resolvidas. Mas, se nós não botarmos a mão na massa, não vamos sair

daqui. Nós vamos ficar nessa teoria, teoria. Todo mundo sabe o problema, mas nós não resolvemos.

Está bom?

Muito obrigado. Espero que logo estejamos nos encontrando para começarmos a agir.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Com certeza. Muito grata, Laércio.

Importantíssima a sua fala sobre a revitalização, reconhecendo o trabalho do governo, mas também a

responsabilidade de nós continuarmos a lutar para a sobrevivência tanto da rodoviária, dos

permissionários, como também da galeria.

O administrador estava aqui me falando que ele está numa força-tarefa para que se possa

fazer a licitação daquelas lojas, que – me parece – são 70. Então, já temos uma boa notícia. Pode falar.

VALDEMAR ARAÚJO DE MEDEIROS – Laércio, nós estamos nesse trabalho junto com a

Secretaria das Cidades, não só da galeria, mas também dos quiosques aqui em Brasília, para nós

normalizarmos essa situação, porque nós sabemos que é realmente complicado e nós precisamos

realmente ocupar o espaço.

Quando nós ocupamos o espaço, de repente nós não vamos ter os problemas que nós estamos

tendo hoje. Então, na verdade, há uma preocupação do governo com relação a isso, e nós estamos

trabalhando justamente para fazer esse trabalho de licitação dos espaços vazios para ocuparmos

aqueles espaços. Pode ficar tranquilo que esse trabalho está sendo feito.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Já é uma ação concreta. Coisa boa.

Passo a palavra agora para a presidente dos permissionários da rodoviária, a senhora Cida.

Seja muito bem-vinda.

DOMINGAS APARECIDA DE FÁTIMA RIBEIRO – Boa tarde, deputada. É, mais uma vez, uma

honra estar aqui, convidada por você, sempre um carinho, sem palavras para você. Quero

cumprimentar toda a Mesa também e os colegas que estão aqui, os permissionários e todo mundo que

está aqui defendendo o seu setor.

Parabenizo-a, deputada, por essa frente parlamentar, que é de suma importância tanto para a

W3 quanto para toda a área central, porque a W3 era um comércio vivo e aos poucos foram matando a

W3; e a última foi a questão das pensões que havia lá e todas foram proibidas de funcionar.

Há também a questão do Setor Comercial Sul. Concordo com o presidente, realmente está

muito degradado. Estive lá um dia desses e o setor está com uma aparência feia, embora esteja em

reforma. Há muitas pessoas dormindo ali e, como disse a nossa Dani Sanchez, não estão lá porque

querem, estão lá porque não têm para onde ir. Eu venho de uma família muito pobre de Minas Gerais,

eu sei o que é estar nessa situação, nunca fui menina de rua, mas já passei por situações extremas na

minha vida.

Cuidar do patrimônio cultural é de extrema necessidade. A área central é o coração de Brasília,

nossa capital. Também não podemos nos esquecer da... – fugiu a palavra, estou nervosa, gente, –

história que está agregada a esse patrimônio. Eu estou na rodoviária há 25 anos. Graças a Deus, eu

consegui dar dignidade aos meus filhos. Sou mãe solteira, tenho 3 filhos. Formei todos os meus filhos,

com exceção da minha pequena, que hoje faz 15 anos, deputada. Minha nega, hoje, faz 15 anos.

Graças a Deus, só gratidão.

Hoje, a rodoviária passa por um projeto de concessão. Diga-se de passagem, não entendemos

o porquê disso. Nós não fomos ouvidos. O povo não foi ouvido nesse processo. Esse projeto de

concessão foi feito sem o mapeamento de área real, foi feito com muita tecnicidade, mas não pode ser

dessa maneira. Já tentamos inúmeras vezes conversar com o Executivo, mas sem êxito.

A cada dia, vemos que esse processo de PPP anda mais. A rodoviária precisa de revitalização?

Com certeza. Ela precisa ser revitalizada, precisa ser cuidada. Isso é fato, mas nós não podemos

também nos esquecer do lado social da rodoviária.

Faço minhas todas as palavras da Dani Sanchez. Ela falou exatamente tudo o que eu queria

falar, mas eu não tenho o conhecimento que ela tem, a sabedoria de palavras que ela tem, mas faço

minhas as palavras dela. Então, deputada, queremos participar dessa ação juntos, se for possível.

Quero aproveitar e agradecer ao secretário de segurança pública e também ao nosso querido

Cristiano Mangueira pela ação dentro da rodoviária. Como melhorou, secretário, a segurança dentro da

rodoviária! Nós temos policiamento hoje, o tráfico diminuiu consideravelmente. Quero agradecer

também ao secretário Flávio, que tem feito reformas nos banheiros; o presidente da Novacap diz que

tem esse trabalho lá com os banheiros, mas quase todos estão reformados, o Josué tem trabalhado

com isso.

Hoje, não estamos tendo depredação dos elevadores, porque há vigilantes até meia-noite.

Sobre as escadas rolantes, quando uma estraga, consertam; estraga outra, consertam; mas eu queria

dar uma sugestão em relação às borrachas das escadas: Por que não ter sempre uma de reserva? Por

que esperar um ano? Se sabem que é tão burocrático, deveriam ter outra. É questão de gestão. As

peças podem ser mantidas, para não termos que esperar um ano para ver consertada uma escada

rolante ou um elevador.

A rodoviária é a nossa casa. É a minha casa há 25 anos. Há permissionários que estão lá há 45

anos. Hoje, estão todos muito desesperados porque aonde vão escutam que vai haver a PPP, mas não

nos ouvem.

Houve uma audiência pública para tratar da PPP, e foram 16 pessoas. Isso não é audiência

pública. É preciso conversar com o povo que usa a rodoviária. São 800 mil pessoas por dia. Nós somos

150 permissionários e vivemos lá dentro. Nós pagamos os nossos impostos. Temos funcionários que

estão conosco há 10 anos. Vem a PPP, e estamos fora. Se ficarmos lá dentro por 2 anos, deputada, vai

ser muito. O que vamos fazer das nossas vidas? Não conseguimos mais dormir direito.

Está faltando incentivo do governo aos microempreendedores. É preciso haver mais incentivo.

Na W3 não há ninguém mais.

Quero falar também sobre os quiosques. Todos aqueles em frente aos shoppings são

regularizados. Todos lutam. Aqueles que não são regularizados estão lutando pela regularização. Se

não estão regularizados, é porque o governo ainda não deu a regularização. São todos

microempresários.

Hoje, deputada, há, em média, 25 mil quiosqueiros dentro do Distrito Federal. Todos têm

empresas e funcionários registrados. Todos. Geramos, em média, 100 mil empregos. O Distrito Federal

tem grande quantidade de pessoas desempregadas. Por que existem tantos camelôs? Porque não há

emprego! Eu já fui camelô. Eu não quero ser camelô. Eu quero ser uma microempreendedora. Só que

nem todo mundo tem condição para isso.

Oportunidade, como disse a Dani Sanchez, faz grande diferença na vida de muitas pessoas. Eu

gosto de oportunidades. Por meio da oportunidade, eu consigo alavancar a minha vida e a vida das

pessoas que estão à minha volta.

Deputada, parabéns pela iniciativa. Parabéns a todos os deputados que estão nessa frente

parlamentar. Não esqueçam a parte social. Não esqueçam que é preciso cuidar do patrimônio cultural,

sim. Ele tem que ser protegido. A rodoviária e toda a área central são tombadas.

É uma pena o nosso querido Leandro Grass não estar aqui porque ele é de grande importância

neste debate. Ele é o presidente do Iphan hoje.

Agradeço também ao Cláudio Abrantes, um querido para nós. Sentimos o carinho dele conosco.

Perdoem-me se não falei direito. Hoje, estou um pouco nervosa, deputada.

Como eu disse, tudo o que a Dani Sanchez falou me representa. Faço minhas as palavras dela.

Gratidão por tudo.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Agradeço, Cida. Você não tem que pedir

perdão. É a representatividade. Este é o parlamento. A sua fala traz exatamente a vivência. Conseguir

enxergar o outro é a verdadeira empatia. Agradeço.

Esta casa está atenta à PPP. Conseguimos fazer com que ela passe pela Comissão de

Fiscalização e Transparência, da qual eu sou a presidente. Vamos trabalhar para que a PPP aconteça

da melhor forma possível. Pode ter certeza de que aqui estamos bem atentos a tudo.

Fico muito grata, ouviu?

Eu sei que são 18 horas e há ainda 6 pessoas para falar. Então, passarei a palavra rapidamente

às pessoas, mas saibam que eu estou à disposição para escutar, porque a nossa responsabilidade é

escutar mesmo.

Passo a palavra ao senhor vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do

Distrito Federal, o Sinduscon, Marcelo Paro.

Quer falar daí?

(Intervenção fora do microfone.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Está bem, então. Fico muito grata.

Passo a palavra, então, para o superintendente do shopping Liberty Mall, Alexandre Mendes.

(Intervenção fora do microfone.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Também?

Passo a palavra para o senhor superintendente do Brasília Shopping, Gilberto Azevedo.

(Pausa.)

Já falou.

Passo a palavra à senhora Maria de Jesus, presidente da Urbi.

Seja muito bem-vinda. (Palmas.)

MARIA DE JESUS – Boa tarde a todos e a todas.

Eu queria primeiro agradecer a Deus a oportunidade de estar aqui e dizer o seguinte: que todo

poder, toda autoridade emana do Senhor. E, se isso acontece, vocês receberam uma missão divina.

Essa deputada é realmente uma guerreira. Ela luta por aquilo em que ela acredita, mas ela luta

de coração.

Você vai e vai com tudo, e isso é divino.

Quero agradecer ao administrador, que nos recebeu tão bem; à Novacap, que tem feito

maravilhas – foi espetacular a sua fala com relação à segurança, com relação a todas as coisas que

estão acontecendo. Quero agradecer a todos os presentes a paciência de estarem aqui, de discutirem

um assunto de tamanha importância para todos nós.

Nós estamos verificando que o momento é de transformação – de transformação de tudo e de

transformação do centro de Brasília. Eu nasci em Brasília, vivi em Brasília, me formei na UnB, passava

pela rodoviária, ia de ônibus, voltava de ônibus e me sentia muito segura.

O que temos que ver é que realmente nos preocupamos muito em criticar e nos esquecemos

de elogiar. Esse trabalho que está sendo feito pelo governador Ibaneis é espetacular. Brasília é um

canteiro de obras em todos os lugares. Em Taguatinga, de onde eu vim, onde eu nasci, onde eu me

criei, existe aquele túnel maravilhoso, espetacular. Os viadutos, as coisas que estão sendo feitas

realmente são um trabalho digno de ser reverenciado.

Com relação à rodoviária, que é onde eu estou agora... Eu sou exatamente aquela criatura do

restaurante sobre o qual o viaduto caiu. Aquele restaurante da Galeria dos Estados era meu – por isso

a minha aliança e o meu vínculo com a Galeria dos Estados. Eu trabalhei na Galeria dos Estados por 33

anos e estou há 4 na rodoviária. Então, já caiu o viaduto na minha cabeça. O governo cuidou de mim.

Ele me transferiu para a rodoviária, e lá eu estou criando meus filhos.

A rodoviária realmente está se transformando: a limpeza, o ascensorista, os seguranças.

Principalmente, eu preciso elogiar os vigilantes e a segurança. Há muita gente nova, cara nova, sangue

novo, gente que está ali cuidando, zelando e não deixa vandalizar o patrimônio público.

Percebemos o seguinte: a rodoviária é uma cidade, uma cidade grande como poucas cidades

no Brasil, onde há 500 mil, 600 mil pessoas. Então, é justo que lá tenha polícia, é justo que lá tenha

assistência social, é justo que lá tenha bombeiros, é justo que lá tenha tudo isso. Lá é uma cidade.

Como uma cidade, precisa de uma gestão como uma cidade. Hoje se iniciou essa gestão e ela precisa

de continuidade.

Então, onde está a questão? O progresso é sempre bem-vindo? Com certeza! O progresso traz

segurança, traz modernidade, como o telefone celular. O progresso é necessário. Porém, quando trato

de progresso onde simplesmente vou higienizar, pegar todas aquelas pessoas, os permissionários, e

jogá-los fora... Quem usa a rodoviária também vou deixar de fora, por que eles estão incomodando?

Eles estão incomodando quem? Se a rodoviária é exatamente o lugar pelo qual toda a mobilidade de

Brasília passa. As pessoas da classe “c”, “d” e “e” passam por ali.

Todo esse movimento de transformação precisa ser visto, revisto e olhado com carinho. Ele

necessita ser cuidado. Olhar um problema sob a ótica das lentes é muito fácil. Vamos viver o problema,

vamos estar presentes juntos com aquelas pessoas que precisam de amparo, que precisam ser ouvidas

e que não precisam ser retiradas de onde elas estão porque são pessoas que carregam toda a

estrutura do trabalho em suas costas. Ser um trabalhador é uma opção de vida – faço a opção de ser

um trabalhador, ou de ser um bandido, ou de ser um à toa, ou de estudar, ou de não estudar. Esse é o

meu direito de escolher, como é o direito de cada um.

O poder público tem que cuidar de quem trabalha, de quem estuda, de quem é bandido, de

quem é usuário, de tudo. Então, o poder público é o pai de todos e tem que entender o seu papel de

pai. Existem pessoas que precisam ser acolhidas, existem pessoas que precisam ser reprimidas,

existem pessoas que precisam ser presas. O difícil é conhecer essa diferença e saber onde temos que

atuar e a hora que temos que atuar.

Eu queria dizer o seguinte: não somos contra ou a favor do progresso, precisamos entendê-lo.

Não somos contra ou a favor de nada, somos o conjunto que precisa trabalhar de mãos dadas.

Com isso, convidamos todos os 24 deputados que nos representam, porque foram eleitos por

nós para estar nesta tribuna: vão conhecer a rodoviária, vão viver a rodoviária. Nós convidamos o

governador e os secretários para que estejam conosco de mãos dadas para conhecer o problema e,

juntos, acharmos a solução, porque os problemas nunca vão terminar, como ele mesmo falou. Desde

que o mundo é mundo, o homem se questiona. Caim matou Abel. Então, cada um pensa o que quer.

Mas acontece o seguinte: nós, que temos o raciocínio lógico, a vontade de ajudar, o desprendimento

de trabalhar, que sejamos respeitados, ouvidos e realmente tratados como cidadãos que fazem parte

da nossa cidade.

Muito obrigada. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata.

O depoimento da senhora é importantíssimo. É a história da galeria, a história da rodoviária. Na

audiência pública que nós tivemos especificamente para a rodoviária, a mãe da senhora estava aqui.

Ela tem o nome da minha mãe, Aurora. Ela começou e iniciou tudo isso.

Neste momento, concedo a palavra ao senhor Luiz Ribeiro, presidente da Unitrailers. É

importantíssima a fala do senhor também.

LUIZ RIBEIRO – Boa tarde a todos. Cumprimento toda a composição da mesa na pessoa da

deputada Paula Belmonte. Eu a parabenizo, deputada. Eu acompanho vários debates propostos pela

senhora.

Eu sou Luiz Ribeiro. Sou presidente da União dos Proprietários de Trailers, Quiosques e

Similares do Distrito Federal. Como vi pessoas ocupando a mesa se pronunciarem a respeito da minha

categoria, quero lembrar, deputada, que existe lei do Distrito Federal que rege esse segmento. Eu vou

citar o número da lei para que alguém a consulte e não faça ataques, como foram feitos aqui. Eu me

senti ofendido, porque vi pessoas falarem de quiosques relacionando-os com tráfico de drogas. Eu

parabenizo outro representante ali que disse que o restaurante foi fechado porque um quiosque tem

mais clientela do que ele. Se tem, é porque está oferecendo um produto melhor.

A lei que rege os quiosques no Distrito Federal é a Lei nº 4.257, de 2008. É uma lei muito bem

trabalhada por esta casa. Eu tenho a honra de parabenizar todos os deputados, porque, na gestão da

senhora, nós estamos vendo o empenho que se tem para resolver os problemas dessa categoria.

Também vou me referir ao representante da Novacap, porque, recentemente, eu conversei

com o presidente Fernando Leite, e ele me falou sobre esse projeto de revitalização da Praça do

Palácio do Buriti. Eu tenho que agradecer e parabenizar o governador Ibaneis Rocha por essa

revitalização.

São 40 anos de luta daquele povo que está ali. Criaram famílias ali. Eu posso falar para a

senhora que foram 40 anos sem a mínima infraestrutura: sem água, sem luz, sem condições mínimas

de trabalho. Mas, graças a Deus, o governador olhou com atenção para o nosso segmento. Temos a

expectativa que, neste mês ainda, nós iremos iniciar essas obras.

Quero cumprimentar o Valdemar. Nós estivemos reunidos recentemente, Valdemar. Eu sei as

dificuldades que temos para discutir as questões de Brasília. Deputada, nós temos áreas onde há

problemas crônicos. Aqui não foi citado o exemplo do Setor de Autarquias Sul. Valdemar, você tem um

grande problema na mão. Eu vi pessoas aqui falarem de delimitação de tamanho de quiosque.

Quando nós trabalhamos na lei, nós colocamos que deveria ter um plano de ocupação

designando cada área de quiosque. Isso em 2008. E a proposta que nós tínhamos, como

representantes do segmento, é que todos os quiosques da área central de Brasília tivessem uma

padronização. Isso é lei. Só que entra governo, sai governo, e esse plano não se alavanca. Espero que,

na gestão do Valdemar, isso venha a acontecer. Valdemar, conte conosco.

Eu tenho certeza de que esta casa de leis também olha com uma expectativa muito grande

para essas realizações. Porque estamos falando de revitalizar o centro da cidade, mas não estamos

falando mais de geração de emprego. Hoje, o Distrito Federal tem mais de 300 mil desempregados. E,

nos nossos quiosques, o mínimo de pessoas que estão ali trabalhando é 5 pessoas. É uma família que

sobrevive dele.

Portanto, nós pedimos mais responsabilidade quando se tratar desse segmento. Como uma das

nossas diretoras veio aqui dizer, são mais de 100 mil empregos diretos, fora os indiretos. Viemos ao

debate na expectativa de ouvirmos sobre melhorias para o Distrito Federal. É isso que esperamos da

senhora.

Essa é uma nota de repúdio aos representantes de um outro segmento que fizeram ataque ao

nosso.

Parabenizo a senhora e a mesa pelo debate. Muito obrigado.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhor Luiz. O importante em

audiência pública é termos espaço para o contraditório. Eu reconheço a geração de emprego, a

legalidade; eu acompanho o trabalho do senhor há muitos anos. Então, tenha certeza de que o nosso

compromisso é a geração de emprego.

É importante nós ouvirmos também a voz do outro para que possamos chegar a um consenso,

com dignidade, porque todos aqui, vamos dizer assim, são geradores de emprego e pagadores de

impostos. Nós precisamos do que o senhor acabou de falar. A nossa intenção nessa frente

parlamentar, além da responsabilidade que eu tenho aqui – está tudo anotado em relação à

revitalização, às obras, à infraestrutura –, é principalmente a geração de emprego. Eu não vejo outra

solução a não ser essa.

Então, que possamos trazer oportunidades para as pessoas, porque quanto mais oportunidade

tiverem, com certeza, muito mais as nossas crianças estarão nas escolas sendo preparadas para que a

nossa economia se desenvolva.

Hoje, por exemplo, Brasília está numa situação de vulnerabilidade por conta do Fundo

Constitucional, e nós precisamos saber que Brasília tem que se tornar independente. Para isso, não há

outra maneira a não ser o desenvolvimento econômico. Portanto, vocês têm o nosso apoio e têm

também o nosso apoio para que possamos pensar juntos a fim de que todos tenham prosperidade. O

senhor sabe disso e pode contar sempre conosco.

Eu vou passar a palavra à última escrita, a senhora Cintia Valéria, professora.

CINTIA VALÉRIA PEREIRA DA SILVA AIGNER – Boa noite a todos. Boa noite primeiramente a

você, deputada Paula Belmonte, e aos demais pares. Eu sou a Cintia Valéria Pereira da Silva Aigner,

sou professora de nível superior, sou pós-graduada em psicomotricidade e em deficiência mental.

Na verdade, eu quero dizer que estou no Distrito Federal desde o final de 2017. Desde que vim

para cá com a finalidade de um ressarcimento de prejuízos trabalhistas, eu acabei me identificando

com a cidade. Já faz, mais ou menos, uns 4 anos. Nesses 4 anos, eu fiz alguns projetos, inclusive

falando sobre a revitalização da W3, na época da campanha do Ibaneis Rocha.

Na verdade, eu converso muito comigo mesma, palestrando comigo mesma. Fiz parte de uma

audiência pública no STF – desde que aqui estou, 2017, participei disso dia sim e outro também –

sobre a descriminalização do aborto. Ali eu fiz uma tese, etc. e tal, falando sobre a vida durante a

fecundação, entre outros assuntos ligados. E o que aconteceu? Eu me vi muito no Distrito Federal e

comecei a planejar.

Eu tenho muitos projetos. Inclusive o projeto da revitalização das calçadas da Asa Sul, que o

Ibaneis Rocha já fez, foi uma sugestão minha. A Praça do Povo também foi uma sugestão minha, só

que foi feita diferente. Na verdade, sugeri que fizessem uma piscina, obviamente com água de

captação de chuva para trabalharmos a questão das energias renováveis e também para fazermos ali

um setor de relaxamento para o pessoal que trabalha no Setor Comercial Sul. Poderíamos ter colocado

piscinas, stands de massagem para o fisioterapeuta exercer sua profissão com maestria, fazendo o

relaxamento de pessoas que trabalham e, possivelmente, têm o seu estresse do dia a dia. Poderíamos,

também dar emprego ao guarda-vidas. Logicamente que você não vai colocar uma piscina sem pelo

menos 2 guarda-vidas ali.

Então, desde 2018, também participei de um concurso público para o STJ, inclusive do último

edital. Enfim, são tantas coisas em uma mesma situação. Tenho também um processo contra a

fazenda pública da referida época.

Eu gostaria que o governador estivesse aqui. Vim hoje para vê-lo! Na verdade, tenho uma

pauta na agenda com ele e espero que ainda consiga durante esta semana, justamente por causa

desses projetos que já se passaram e de outros que ainda estão adiante. Por exemplo, estou com um

projeto que comentei com o pessoal da Codhab que tem a ver com o projeto habitacional de pernoite,

justamente para esse quesito de pessoas em situação de vulnerabilidade. Por quê? Porque, quando

olhamos... Quando digo eu, digo sempre eu, professora Cintia Valéria Pereira da Silva Aigner. Olhamos

e vemos as pessoas dormindo no Setor Comercial. Sabemos que, no Plano Piloto, segundo estatísticas

da Codeplan, há pelo menos 2.938 pessoas que estão nessa situação.

Fiz esse projeto pensando nessa situação, para que pudéssemos tirar esse cenário do Plano

Piloto. Há também um outro projeto. Na verdade, eu o confeccionei estando no Rio de Janeiro, quase 2

anos atrás, porque tive que retornar para fazer algumas coisas, mesmo já morando aqui. O nome

desse projeto é Colosso Brasileiro. É uma coisa audaciosa. Logicamente, já foi dito aqui, Brasília é um

patrimônio tombado e, para fazermos qualquer negócio em nível de turismo, em nível de projetos de

desenvolvimento urbano, sobretudo, há necessidade de se passar por avaliação. É um projeto de um

teleférico que vai da Torre de TV até o Congresso Nacional. Mas, quanto a isso, vou entrar em

pormenores com o próprio governador.

Na verdade, preciso falar com o Lula também. Tenho projetos de energias renováveis como

energia eólica. Isso já foi comentado no Senado Federal também. Participo on-line das sessões do

Senado há mais de 10 anos. Inclusive, mandei, agora, um projeto de lei ao senador Amin que será

uma bomba que jogaremos para desburocratizar a ficha cadastral, porque preciso resolver um

problema muito importante e pessoal. Tenho passado por uma situação de que algumas pessoas,

talvez, tenham conhecimento distorcido, diga-se de passagem. Mas isso fica para uma outra

oportunidade.

Agradeço muito essa abertura.

Eu gostaria de deixar algumas considerações para uma próxima reunião. Quero falar sobre

esses projetos e também trazer outras considerações em nível da própria política, porque, na verdade,

eu aguardo uma sentença judicial trabalhista e também uma de um juiz eleitoral, justamente para a

posse de uma cadeira como essa daqui.

Essas são as minhas considerações. Agradeço muito a todos. Até a próxima.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Amém. Muito grata, professora Cintia. Que

Deus abençoe a senhora.

CINTIA VALÉRIA PEREIRA DA SILVA AIGNER – Imagina. Por nada. Eu que fico grata.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu agradeço a presença da senhora e

principalmente por pensar no Brasil. É muito importante que brasileiros tenham esse compromisso.

Muito grata.

CINTIA VALÉRIA PEREIRA DA SILVA AIGNER – Depois eu vou explicar sobre esse projeto de

pernoite. Apesar de nós falarmos habitacional, é um projeto de pernoite. É um projeto que eu acredito

que, se abraçarmos, levará o Plano Piloto a ser uma cidade modelo para esse tipo de situação.

Eu nasci em Bom Retiro, São Paulo. Fui registrada em outra cidade, mas vivi desde os 6 anos

em Bom Retiro. Ali vemos a cracolândia, uma coisa absurda. Eu acredito que esse é um dos projetos

que pode dar uma solução para essa situação de cracolândia e para as situações que temos nos 27

estados federativos do Brasil, de pessoas pernoitando nas ruas. Então, vamos tentar essa agenda.

Talvez esta semana – não sei se ele já chegou de viagem – nós exponhamos o projeto para quem

realmente precisa ouvir. Depois vamos ter que abrir para outras pessoas, obviamente.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata pela presença da senhora e pelas

sugestões. Que Deus a abençoe.

Vou passar agora rapidamente às considerações finais. Agradeço a presença de todos, em

especial das pessoas que estão vivenciando situações nesse centro comercial. Essa é uma grande

preocupação desta Casa legislativa. Registro mais uma vez a nossa preocupação com a zona central,

com a PPP, com a Galeria dos Estados. Nós estamos bem atentos a tudo isso.

Não foi falado para as pessoas participantes, mas precisamos pensar, conversar e discutir sobre

a questão da Zona Verde, pois há parlamentares que querem trazer essa discussão para esta casa. É

algo que trará impacto não só para a zona central, mas para todo o Distrito Federal.

Fico à disposição e deixo a minha responsabilidade porque acho importante. Como disse o

senhor Laércio, falamos, conversamos. Aqui é o parlamento, realmente é o lugar de falar, mas como

vamos agir? Fica aqui a minha responsabilidade como presidente da frente parlamentar, junto com

outros parlamentares, no sentido de darmos encaminhamento a isso.

Algumas situações, como foi dito pela professora Cintia, envolvem questões históricas. A

questão da vulnerabilidade social é algo histórico, infelizmente, no Brasil e em Brasília. Por isso

precisamos entender que o desenvolvimento econômico é importante para que possamos realmente

trazer oportunidade para as pessoas com relação à geração de emprego.

Concedo a palavra ao senhor Valdemar Araújo de Medeiros, administrador do Plano Piloto.

VALDEMAR ARAÚJO DE MEDEIROS – Deputada, quero agradecer o convite. Como eu falei, a

nossa gestão é participativa, e é importante ouvirmos todos da comunidade. Quero dizer a todos vocês

que a administração está à disposição deste parlamento, desta casa, de todos vocês que estão

presentes, de todos os empresários e da comunidade. Nós estamos, desde o início, desenvolvendo esse

trabalho com a comunidade, com os empresários, para fazer o melhor para o Plano Piloto. O Governo

do Distrito Federal, em parceria com os outros órgãos que estão aqui presentes, está sempre atento

querendo desenvolver o melhor para a nossa cidade.

Eu quero, em primeira mão, agradecer à Novacap, ao Fernando Leite – que sempre está à

disposição – e ao Carlos – que sempre está à disposição, ajudando naquilo que nós encaminhamos

para a Novacap. Sabemos das dificuldades, mas está sempre nos ajudando naquilo que é preciso.

Quero agradecer aqui, também, à CEB Ipes, que nos atende em todas as demandas que

encaminhamos, que nos ajuda com os nossos projetos para deixar 100% Brasília iluminada em LED.

Esse é o nosso projeto, e é importante para a segurança.

Quero agradecer aqui ao secretário de segurança pública, que também está nos ajudando.

Agradeço ao Comando, ao 1º Batalhão – o major está sempre à nossa disposição, juntamente com o

3º Batalhão e o 6º Batalhão.

Então, trata-se de unir forças para que possamos, realmente, fazer o melhor. Esta casa

também nos ajuda a cada dia, encaminhando emendas parlamentares para desenvolvermos os

projetos. Nós sabemos das dificuldades do orçamento que existem hoje no governo, mas nós vamos

trabalhar, realmente, para trazer o melhor para essa população.

Quero também dizer, Luiz, que nós estamos, sim, desenvolvendo esse mapeamento. É

importante. É um projeto que estava parado, e nós o estamos levantando. Nós sabemos da

importância do emprego para todas aquelas pessoas que precisam – os quiosque são, sim,

importantes. Nós vamos desenvolver esse trabalho dentro da lei para que todos possam ter seu espaço

aqui em Brasília, inclusive os nossos empreendedores e comerciantes dessa cidade.

Agradeço. Boa noite a todos e muito obrigado.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. Que Deus abençoe o senhor!

Conte conosco. Vamos fazer Brasília ficar iluminada, mas iluminada por LED, com conta pública bem

transparente. Que as pessoas possam andar, caminhar com segurança!

Eu passo a palavra ao senhor coordenador da Associação Brasileira de Shoppings Centers,

Guilherme Soares.

GUILHERME SOARES – Obrigado, deputada.

Boa noite, mais uma vez. Como eu acabei sendo mencionado em alguns dos discursos, quero

deixar claro que, em nenhum momento, nós associamos quiosques a tráfico de drogas, nem a nada do

tipo. Que fique claro isso! Não é esse o entendimento.

Quando questionamos o posicionamento dos quiosques, falamos, principalmente, dos

quiosques que estão ferindo a Lei nº 4.257, Luiz. O art. 8º dessa lei dispõe que os quiosques não

podem estar em estacionamentos públicos, por exemplo. E isso é algo que percebemos no Shopping

ID, no Brasília Shopping, no Liberty Mall, por exemplo. Dentro do art. 8º, ainda, consta proibição de o

quiosque interferir na passagem, na ida e vinda das pessoas, na transição delas nas calçadas – algo

que também acontece na frente do Brasília Shopping. O questionamento é colocado, também, na

situação que envolve pessoas que colocam barracas – e entendemos, sim, que muitas pessoas acabam

procurando essa situação como uma alternativa de trabalho – em frente aos shoppings e atrapalham o

fluxo, como acontece, por exemplo, no Pátio Brasil.

Entendemos, claro, que essas pessoas possuem direito ao trabalho, possuem e devem ter o

direito à busca pela sua profissão e pela sua condição de vida, mas isso precisa ser algo regularizado.

Isso precisa ser algo que não esteja atrapalhando a ida e a vinda de outras pessoas. É algo que não

pode ficar atrapalhando o funcionamento de outros estabelecimentos, e nós queremos que isso

aconteça de acordo com a Lei nº 4.257/2008. Como eu falei, é no art. 8º que nos resguardamos para

reclamar dessa situação que envolve os quiosques em estacionamentos, por exemplo.

Não adianta apenas chegar aqui e fazer uma fala muito mais agressiva, colocando pontos onde

se cria uma situação de um contra o outro. Na verdade, nós sabemos que esse Fla-Flu que vivemos

hoje em dia dentro da política brasileira não vai levar a muita coisa, se não nos sentarmos para buscar

soluções dentro da legislação, dentro de maneiras corretas.

A associação está aqui para trabalhar em conjunto, de uma maneira propositiva e coordenada,

de forma com que utilizemos as leis para criar novas leis e criar políticas públicas que sejam um jogo

de soma e de ganho mútuo. Ninguém precisa ganhar para o outro perder. Esse é um ponto que

percebemos dessa maneira. Se isso é o necessário, isso é o que nós buscamos aqui, como associação.

Eu queria agradecer, mais uma vez, deputada, a oportunidade. A associação está de portas

abertas. Eu estou à disposição, também, caso alguém queira debater um pouco mais sobre esse

assunto. Fico à disposição para os trabalhos.

Obrigado.

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhor Guilherme.

Eu tenho certeza de que o senhor Luiz, que representa há muitos anos a Unitrailers, tem esse

mesmo pensamento de regularizar, de trazer dignidade para as pessoas e de somar forças.

Como foi dito aqui – e eu reconheço isso –, às vezes, é o metro quadrado que mais emprega

pessoas. Nós precisamos, exatamente, fazer com que essa geração de emprego traga movimentação

para as ruas, favoreça com que as pessoas consigam transitar e, também, fortaleça o comércio.

Eu tenho certeza dessa sua boa intenção. Também tenho a convicção da defesa dele em

relação à regularização, como foi dito aqui. Nós vamos continuar acompanhando – porque é algo que

já acompanhamos desde o mandato passado – a regularização dessas pessoas para que elas possam

ter essa dignidade e também essa autoestima. Realmente, muitas vezes elas se sentem discriminadas.

E nós não podemos deixar que um trabalhador, gerador de empregos, sinta-se discriminado.

Muito grata pela presença do senhor. Conte conosco para a construção dessa boa política, que

é a política do desenvolvimento econômico da nossa cidade.

Passamos a palavra, agora, ao presidente da Associação Comercial do Distrito Federal,

Fernando Brites.

Muito grata pela presença do senhor.

FERNANDO BRITES – Deputada, eu fiquei impressionado aqui com o nível dos debates. Eu

acho que isso constrói e faz bem para a cidade. Quero parabenizá-la.

Quero só dizer que me preocupo um pouco quando o poder público diz que o problema é

social. O social é etéreo. O poder público, por negligência, por falta de empenho, por falta de

capacidade de gestão, transfere para o social – que é etéreo, que é uma figura que não existe; onde é

que está o social? –, transfere para a sociedade uma responsabilidade que é pública. Nós vemos aqui

no Distrito Federal exatamente isso.

Muitos órgãos de segurança e muitos órgãos da administração do Governo do Distrito Federal

usam essa retórica de transferir para a sociedade uma responsabilidade que é do Estado. Então, vamos

parar um pouco de tratar de problema social, porque o problema social é colocado pelo Estado, nunca

pela sociedade.

Só isso. Muito obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata.

Eu vejo que esse problema social nós resolvemos com uma sociedade que tem

desenvolvimento econômico. É por isto que nós estamos batalhando aqui e é isto que nós queremos:

fazer com que infraestrutura, iluminação, praças públicas, ambiente seguro, segurança... Mas o mais

importante – e eu fico muito feliz com essa discussão – é que trailer, shopping, todo mundo está aqui

querendo trabalhar. O pessoal da rodoviária está querendo trabalhar.

Isso é muito bom. Como foi dito pela Jesus, é uma opção, e que seja uma opção de todos nós.

Que seja sempre um alento para a nossa juventude, para as nossas crianças. A partir do momento em

que nós colocarmos as nossas crianças e jovens se desenvolvendo na educação, com certeza teremos

menos problemas sociais e, com certeza, teremos menos traficantes e, principalmente, menos usuários

de droga.

Para mim é uma honra tê-los aqui. Tenham certeza de que vamos construir juntos.

Passo a palavra ao nosso secretário, que é uma pessoa em quem, desde que eu o conheci,

senti um compromisso verdadeiro com a nossa sociedade. Eu sempre vi a Secretaria de Segurança

procurando atender da melhor forma possível as nossas demandas. Em relação a essa da rodoviária,

por exemplo, eu fiquei muito feliz porque, depois daquela visita que nós fizemos, quando estivemos um

tempo conversando com o senhor e com o secretário Sandro Avelar, os senhores realmente realizaram

uma transformação junto com outros entes, junto com o administrador, junto com a Novacap. Mas, em

especial, algo que me surpreendeu muito foi o empenho de vocês quanto à segurança.

Muito grata.

Concedo a palavra ao delegado Patury.

ALEXANDRE PATURY – Deputada, muito obrigado. Há uma conexão da secretaria – e minha

particularmente –, quando eu vejo a senhora falando de forma muito gentil, muito elegante, muito

proativa.

Deputada, é um aprendizado estar aqui, é um aprendizado ouvir – não só na convergência,

não; mas na divergência, porque eu acho que crescemos muito pouco quando conversamos apenas

com as pessoas que pensam igual a nós. Eu gosto de crítica, eu gosto. Só conseguimos avançar com

críticas, mas há uma dificuldade sistêmica.

Eu sei que é chato reclamar, evitamos reclamar, mas, às vezes, eu imagino se vamos ter que

chegar ao fundo do poço – se é que não chegamos – para começar a subir de volta. A questão de furto

de cabos, por exemplo, sobre a qual recebemos tantas críticas... Há vários casos de pessoas que já

foram presas 10, 15, 22 vezes. Problema social, eu entendo. O Estado é responsável. Os senhores

pagam o meu salário, pagam o salário do major, pagam o salário de todos nós aqui para devolver um

bom serviço ao Estado, mas existe toda uma corrente de pensamento que, às vezes, não

necessariamente ajuda.

Um dos problemas, deputada, que eu acho que em algum momento a senhora com a equipe

poderia efetivamente buscar enfrentar é a questão das drogas. Enquanto houver consumidor, haverá

traficante. (Palmas.) Essa foi uma conversa que eu tive com a deputada Paula Belmonte há algum

tempo. Não é só atingir o traficante. Olhem bem, em momento algum eu estou dizendo que não temos

que combater o traficante! Nós temos que combater o traficante; mas, enquanto houver consumidor,

vai haver vendedor. Eu não sei se, quando a pessoa ingressa no crack, ela vai conseguir regressar

facilmente. É muito difícil. Então, deputada, temos que evitar que as nossas crianças entrem, que os

nossos adolescentes entrem.

Por que as pessoas entram no mundo das drogas? Eu, sinceramente, não sei dizer. São várias

ideias. Várias coisas passam pela minha cabeça, mas essa é uma chaga que tem que ser efetivamente

enfrentada. Uma das possibilidades é falta de alento, deputada. A senhora falou tanto de trabalho,

outros colegas falaram de trabalho. Lembrei até de uma música, cujo nome é Guerreiro Menino, se não

me engano, do Gonzaguinha. Há um trecho em que ele fala que, sem o seu trabalho, um homem não

tem honra. E, sem a sua honra, se morre, se mata.

Então, nós precisamos buscar alternativas de trabalho, de educação, de estudo. Isso

compactua com o que diz muito o doutor Sandro Avelar, sobre integralidade. Eu não estou dizendo

algo que veio só da cabeça dele, está também na nossa Constituição, no art. 144. É dever do Estado,

mas responsabilidade de todos. Se os pais não educam os filhos, muitas vezes porque não têm

condições, se há infelizmente uma usuária de droga que tem um filho e não vai ter condição nenhuma

de educar, se as crianças não estão nas escolas, se as pessoas não têm emprego, não é o Estado, não

é a polícia que vai resolver. Não é, infelizmente, apesar da nossa enorme boa-vontade. É

responsabilidade de todos. Está na Constituição.

Antes, talvez, tivéssemos famílias mais estruturadas, tivéssemos escolas mais estruturadas,

tivéssemos Deus no coração de muitas pessoas. Talvez, a criminalidade fosse um pouco menor, o que

não está acontecendo agora.

Finalizando a minha fala: na hora do desespero, lá em cima é a Deus que nós pedimos; mas,

aqui embaixo, é o dedinho no 190, é a Polícia Militar, que está lá para nos socorrer. Muito obrigado!

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Peço até desculpas, porque já são quase 7

horas, mas eu acho que a fala do senhor é muito importante e muito significativa. Quero registrar aqui

a responsabilidade de cada um de olharmos as nossas crianças com responsabilidade.

Este mês é o Mês da Primeira Infância. Enquanto não começarmos a entender que política para

criança e educação não são brincadeira ou uma coisa café com leite, nós não vamos mudar o nosso

Brasil. Nós precisamos fazer com que nossas crianças tenham acesso a creche, nós precisamos fazer

com que nossas crianças tenham estudo integral, alimentação.

Acho muito importante termos obras, viadutos, ruas pavimentadas, mas o mais importante é

nós desenvolvermos as pessoas, desenvolvermos as nossas crianças, porque, a partir desse

desenvolvimento, com certeza, faremos diferença no nosso país e vamos ter menos usuários de

drogas, menos crianças na criminalidade.

Fica aqui o registro deste momento, que é especial. É uma lei nacional de minha autoria. O

grande motivo de eu ter entrado para a política foi a defesa das crianças. Hoje eu tenho a honra de

dizer que, em 4 anos de mandato como deputada federal, eu tenho 7 leis sancionadas – todas elas

referentes a empreendedorismo, defesa das nossas crianças e das nossas mulheres e combate à

corrução. É um trabalho que nós fazemos e que com certeza me traz alegria. Que possamos plantar

isso no coração de cada um.

Concedo a palavra ao major Almeida Santos.

ALMEIDA SANTOS – Excelentíssima deputada, a Polícia Militar vem agradecer a participação no

debate. Mesmo sendo responsável apenas pelo 1º Batalhão, foram palavras e contextos excelentes.

Como disse o senhor Laércio, precisamos trabalhar juntos. Juntos somos mais fortes. Geralmente,

falamos de problema social. O problema é de todos, não é só do governo. É de toda a população, e

todos temos que trabalhar juntos. Infelizmente, a polícia não é onipresente, como o Nosso Senhor. Ela

não é onipresente.

Quando falo de rede de vizinhos, é para nós nos protegermos. Infelizmente, não vai haver um

policial na frente de todo estabelecimento comercial. Então, se o seu colega de trabalho puder

contribuir, essa contribuição vai ser bem-vinda para vocês e para a Polícia Militar, porque queremos o

bem de todos. Queremos o bem da população de rua, em vulnerabilidade. Estamos preocupados com a

violência entre eles. Estamos preocupados com todos: com o comerciante que quer trabalhar, com os

visitantes que querem ir ao estabelecimento comercial jantar.

Dentro do possível, fazemos o máximo. Pelo número 190, estamos sempre à disposição e

sempre querendo ajudar. Já é um jargão: a Polícia Militar é muito mais do que segurança. Não é

mentira. Temos vários projetos: Provid, Proerd – com as crianças –, assistência à mulher em situação

de violência, prevenção a diversos homicídios no Distrito Federal, batalhão escolar.

Quanto ao projeto, podem contar com conosco, no que for possível.

Agradecemos. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, major.

A Polícia Militar do Distrito Federal é uma referência nacional, como já foi dito. Registro a

minha gratidão à Polícia Militar, principalmente pelo empenho que houve no dia 8. Nós sabemos dele.

Eu fui conhecer o Siop, local onde é feito o... Eu fiquei impressionada com a estrutura de vocês, o

compromisso de vocês da Polícia Militar. Deixo registrado isso. A coronel Cintia é a responsável, junto

com a coronel Kelly. Fica o nosso reconhecimento e a nossa defesa a vocês.

Quero passar a palavra para o senhor diretor de edificações da Novacap, Carlos Alberto.

CARLOS ALBERTO SPIES – Fico grato pelas palavras. Eu vou levar o recado que ouvi e as

sugestões que foram dadas. Agradeço as sugestões sobre a rodoviária e sobre outros locais. Vou levar

essas ideias para lá e vamos ver se mudamos alguns contratos, para atendermos melhor a alguns

locais, principalmente a rodoviária.

Deputada, quero partilhar uma lembrança de quando eu comecei a trabalhar na Novacap. A

Novacap é uma empresa pública e é um grande escritório de engenharia, que executa obras para todo

o DF e para os órgãos do GDF. Temos uma parceria com a Secretaria de Educação. Temos em

funcionamento, hoje, 15 creches. Eu não tinha ideia do tamanho do bem social que essas creches

fazem para as nossas crianças. A creche não é importante só para a mãe que trabalha. A creche,

principalmente nas áreas mais carentes, como Samambaia e São Sebastião, atende também àquela

mãe que não tem condições de alimentar o filho. Ela deixa a criança às 7 horas da manhã na creche. A

criança tem o café da manhã, tem o lanche, tem o almoço, tem o soninho da tarde. Ela recebe

educação e vai embora para casa, com o banho tomado. Então, a creche é fundamental, e nós temos

mais 15 creches para construir. É um impacto gigantesco o que a creche tem na área social. Brasília e

as demais cidades do Distrito Federal precisam delas!

Talvez, o Plano Piloto não tenha essa visão porque aqui não há tanta creche pública como há

nas áreas mais carentes. Mas precisa, sim! As crianças precisam ser educadas, precisam ter condições

de receberem alimentos, de serem cuidadas, de terem higiene.

Às vezes, uma mãe não tem condições, pois ela já foi abandonada pelo pai da criança. Ela é

uma mãe solteira e não tem emprego; então, a creche não é só para a mãe que trabalha, é também

para aquela que não trabalha. Eu não tinha ideia dessa dimensão que a creche atende.

Outro trabalho social, outra obra social imensa, que está sendo feita desde o governo Roriz,

são os restaurantes comunitários. Eles trazem um imenso valor para a nossa sociedade: uma pessoa

consegue se alimentar por 3 reais por dia; toma café da manhã, almoça e janta! Vamos entregar

agora, segunda-feira, o restaurante localizado no Sol Nascente. Está havendo uma briga lá, entre Sol

Nascente e Pôr do Sol, mas vamos construir mais um lá! Ceilândia vai receber mais 2 restaurantes

comunitários, que estão sendo construídos. Haverá mais um na Samambaia e mais um no Varjão. É um

trabalho social muito grande.

Então, o governo cuida da sociedade, assim como a sociedade também tem que cuidar do

governo.

Eu tive uma impressão muito grande hoje aqui de como ainda a nossa sociedade depende do

governo, do público. A sociedade depende muito! Assim como nós também dependemos da sociedade.

Finalizo assim as minhas palavras e agradeço a todo mundo. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu é que agradeço.

Fico muito feliz quando vejo um homem grande, como o senhor, defendendo as nossas

crianças e as creches. Por quê? Porque, nestes mil dias que nós falamos que é a primeira infância, é

quando há o desenvolvimento cognitivo das crianças. É quando a alimentação faz toda a diferença

porque dá essa segurança de desenvolvimento da linguagem. Aí, sim, é uma responsabilidade social

porque, quando a nossa sociedade tem sensibilidade para a importância desse ambiente de

desenvolvimento, nós vamos mudar a nossa cara e a nossa sociedade no Distrito Federal e no Brasil.

Então, parabéns!

Estou muito grata.

Por fim, informo a todos que apresentamos o Requerimento nº 484/2023, pelo qual

requeremos o registro da Frente Parlamentar em Defesa da Revitalização e da Requalificação da Área

Central de Brasília e da via W3.

Aproveito esta comissão geral e declaramos lançada a presente frente parlamentar.

Agradecendo a presença dos parlamentares, das autoridades do governo e dos demais

convidados que honram a Câmara Legislativa com as suas presenças, declaro encerrada a presente

comissão geral, bem como a sessão ordinária que lhe deu origem, às 18 horas e 52 minutos.

Muito grata e que Deus nos abençoe!

(Levanta-se a sessão às 18h52min.)

Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de

acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização

deste evento.

Siglas constantes deste evento:

Biotic – Parque Tecnológico de Brasília

Caesb – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal

Caps – Centro de Atenção Psicossocial

CEB – Companhia Energética de Brasília

CEB Ipes – CEB Iluminação Pública e Serviços S.A.

Centro Pop – Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua

CME – Conselho da Mulher Empresária

Codeplan – Companhia de Planejamento do Distrito Federal

Codhab – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal

Condepac-DF – Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal

Conseg – Conselho Comunitário de Segurança

CPTED – em português, Prevenção de Crimes por meio do Design Ambiental

CUB – Conjunto Urbanístico de Brasília

Detran – Departamento de Trânsito

Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano

LED – em português, Diodo Emissor de Luz

Novacap – Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil

ONG – Organização Não Governamental

PCS – Posto Comunitário de Segurança

PIB – Produto Interno Bruto

PLC – Projeto de Lei Complementar

PMDF – Polícia Militar do Distrito Federal

POI – Protocolo de Operações Integradas

PPCUB – Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília

PPP – Parceria Público-Privada

Proerd – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência

Provid – Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar

Seduh – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação

Semob – Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal

SIA – Setor de Indústria e Abastecimento

SIG – Setor de Indústrias Gráficas

STF – Supremo Tribunal Federal

STJ – Superior Tribunal de Justiça

SUS – Sistema Único de Saúde

UnB – Universidade de Brasília

Unesco – em português, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

Unitrailers – União dos Proprietários de Trailers, Quiosques e Similares do DF

Documento assinado eletronicamente por ROMILDO PEREIRA - Matr. 13173, Chefe do Setor de

Taquigrafia - Substituto(a), em 14/08/2023, às 19:35, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08,

de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1295494 Código CRC: 7986374D.

...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA 65ª(SEXAGÉSIMA QUINTA)SESSÃO ORDINÁRIA,TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERALPARA DEBATER SOBRE A REVITALIZAÇÃO E REQUALIFICAÇÃODA ÁREA CENTRAL DE BRASÍLIA,DE 10 DE AGOSTO DE 2023.INÍCIO ÀS 15H09MIN TÉRMINO ÀS 18H52MINPRESIDENTE (DEPUTADA P...
Ver DCL Completo
DCL n° 179, de 21 de agosto de 2023 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 66/2023

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

ATA CIRCUNSTANCIADA DA 66ª

(SEXAGÉSIMA SEXTA)

SESSÃO ORDINÁRIA,

DE 15 DE AGOSTO DE 2023.

INÍCIO ÀS 15H TÉRMINO ÀS 18H36MIN

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de

terça-feira, dia 15 de agosto de 2023, às 15 horas.

Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Quero agradecer a presença dos nossos professores e professoras e do Sinpro, representado

pelos seus diretores. Muito obrigado. Se Deus quiser, hoje cumpriremos mais uma etapa do acordo –

apenas isso –, um direito de vocês, que é a aprovação dessa gratificação.

Saúdo o meu amigo e companheiro deputado Gabriel Magno, reconhecendo o seu trabalho e a

sua dedicação para que chegássemos a este momento. Ele foi um dos mais importantes protagonistas

e, junto com o Sinpro, fez um trabalho espetacular, assim como todos vocês servidores da educação, e

os professores de forma especial.

Convido o nobre deputado Gabriel Magno a secretariar os trabalhos da Mesa.

A pedido do deputado Gabriel Magno, o projeto de vocês será o primeiro item da pauta de

votação, em respeito e em homenagem a vocês. (Palmas.)

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Obrigado, presidente. Boa tarde a

todos e a todas que assistem a esta sessão ao vivo pela TV Câmara Distrital e também aos presentes

aqui na Câmara Legislativa.

Antes de ler o expediente, presidente, quero agradecer mais uma vez o seu empenho e

compromisso em fazer do dia de hoje um dia histórico também para a educação pública do Distrito

Federal. Nós vamos votar o projeto de lei que cumpre um dos acordos feitos com o Governo do Distrito

Federal a respeito da greve dos professores, que é a incorporação de gratificações importantes, a

Gaped e a Gase. Essa votação no dia de hoje é fruto da mobilização daqueles e daquelas que fizeram

uma luta muito bonita na nossa cidade, no primeiro semestre. Parabéns, professores! Parabéns,

professoras! Parabéns, orientadores e orientadoras educacionais desta cidade!

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Dá-se início aos

Comunicados da Mesa.

Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.

(Leitura do expediente.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.

Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:

– Ata Sucinta da 63ª Sessão Ordinária;

– Ata Sucinta da 64ª Sessão Ordinária;

– Ata Sucinta da 65ª Sessão Ordinária.

Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovadas sem

observações as atas mencionadas.

Não havendo quórum suficiente para o início, suspendo a sessão por 15 minutos.

(Suspensa às 15h10min, a sessão é reaberta às 15h22min.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está reaberta a sessão.

Convido o deputado Pastor Daniel de Castro a secretariar os trabalhos da Mesa.

Boa tarde, nobre deputado Chico Vigilante, nobre deputado Max Maciel, deputado Thiago

Manzoni, deputado Rogério Morro da Cruz, deputado Eduardo Pedrosa, deputado Pepa.

Agradeço a presença de todos que se encontram no plenário: imprensa; os que assistem a nós

pela TV Câmara Distrital; as assessoras; os assessores; e o meu vice-presidente, deputado Ricardo

Vale.

Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.

(Leitura do expediente.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.

Dá-se início ao

PEQUENO EXPEDIENTE.

Passa-se aos

Comunicados de Líderes.

Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte. (Pausa.)

O presidente do BRB se encontra na casa. Como eu vou recebê-lo, juntamente com a equipe

dele, eu gostaria de passar a presidência ao deputado pastor Daniel de Castro. Já retorno.

(Assume a presidência o deputado pastor Daniel de Castro.)

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra ao deputado

Gabriel Magno.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor

presidente, boa tarde. Primeiro, quero saudar, mais uma vez presentes na galeria desta casa, os

professores, as professoras, os orientadores e as orientadoras educacionais.

Hoje vai ser um dia muito importante para a educação pública desta cidade. Como nós

pactuamos no Colégio de Líderes, hoje votamos o projeto de lei que cumpre uma parte do acordo que

foi feito entre o Governo do Distrito Federal, o Sindicato dos Professores e essa categoria.

Eu lembro aqui, presidente, que isso é uma parte do acordo. Nós votaremos hoje a

incorporação da Gaped e da Gase, e eu já faço um pedido ao governo: que dê seguimento à

negociação, para que sejam encaminhados também para esta casa os demais projetos de lei que

tratam do conjunto do acordo que foi assinado, que inclui o que foi pactuado com a categoria dos

contratos temporários e as nomeações e de uma série de agendas da reestruturação da carreira. É

fundamental que possamos discutir e votar isso ainda neste ano.

Então, faço esse apelo ao governo. Nós vamos votar hoje o projeto que cumpre uma parte do

acordo, mas ainda há uma parte grande que precisa ser encaminhada. Isso se faz com a mesa de

negociação e com o governo encaminhando a esta casa o projeto de lei.

Também peço, presidente, ao Governo do Distrito Federal, pela Secretaria de Educação, que

encaminhe o projeto de lei que trata da reestruturação da carreira Assistência. Nas escolas públicas do

Distrito Federal, hoje nós temos 2 carreiras: a carreira Magistério, com professores e orientadores, e a

carreira Assistência, com vários cargos – monitores, secretários escolares, analistas, técnicos,

psicólogos, assistentes sociais. É preciso que isso seja encaminhado a esta casa para fazermos o

debate da reestruturação e, de fato, valorizarmos a educação pública da capital do país e a educação

pública brasileira.

Eu quero aqui, nobre presidente da CCJ, fazer um pedido ao conjunto dos parlamentares. Nós

estamos protocolando hoje, presidente, um PDL. Eu não sei se os nobres colegas viram, mas nós

fomos pegos de surpresa com o Diário Oficial. Nele, hoje, a Portaria nº 102 fixa reajuste das tabelas do

plano de saúde do Inas, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, nobre deputado Chico

Vigilante. O que assusta, deputado Pastor Daniel de Castro, é que o reajuste apresentado é de 22,5%

no plano de saúde.

Ora, o governo encaminhou para esta casa, no final do semestre passado, um projeto de lei

que reajustou o salário dos servidores em 6%, abaixo da inflação – isso só não é pior porque o

governo Lula tem controlado a inflação e a perda não é maior –, e agora tira esse reajuste com a outra

mão, porque reajusta o plano de saúde em 22,5%. Dá 6% com uma mão e tira 22,5% com a outra,

sem apresentar os cálculos atuariais do plano de saúde, sem justificar a necessidade, sem passar pelo

Conselho de Administração do Inas.

Trata-se de uma portaria completamente ilegal. Ela não cumpre as normas técnicas, além de

ser um prejuízo para os servidores públicos, que terão 22,5% do reajuste no plano de saúde, tão

importante para o conjunto dos servidores, retirados dos seus salários.

Estou aqui com alguns dados que quero socializar, presidente. Eles fazem parte da

argumentação do PDL, para o qual peço a assinatura e o apoio dos nobres colegas. A despesa com

plano de saúde, no ano passado, em 2022, foi de 352 milhões de reais, recurso integralmente oriundo

de receitas arrecadadas diretamente do servidor. Nada, zero real, da Fonte 100. Ou seja, os 352

milhões do ano passado, de 2022, foram arrecadados diretamente do contracheque dos servidores

públicos.

Hoje, dia 15 de agosto, a situação contábil do Inas é a seguinte: 143 milhões em caixa, 88

milhões em aplicações financeiras e 21 milhões nas contas de passivo. Então, a justificativa para o

reequilíbrio financeiro do reajuste de 22,5% não se sustenta. Não se sustenta!

É por isso que estamos pedindo, na aprovação desse PDL, a suspenção da Portaria nº 102, que

reajusta em 22,5% o plano de saúde dos servidores públicos. (Palmas.)

Quero, presidente, se o senhor me permite, só mais um minuto.

Brasília, a capital do país, recebe as margaridas. São 100 mil mulheres de todo o Brasil que

marcham, hoje e amanhã, em grande ato, na Esplanada, pelos direitos das campesinas, das

camponesas, das trabalhadoras do campo, pedindo reforma agrária, pedindo igualdade, fazendo uma

grande marcha em defesa da democracia, como têm que ser as marchas e manifestações. Será,

presidente, muito diferente do que foi o dia 8 de janeiro.

Quero celebrar a vinda das margaridas à capital da República citando o nosso patrono da

educação, Paulo Freire, que, em uma das suas últimas entrevistas, disse: “Eu morreria feliz se visse o

Brasil, em seu tempo histórico, cheio de marchas: marcha dos que não têm escola, marcha dos

reprovados, marcha dos que querem amar e não podem, marcha dos que se recusam a uma

obediência servil, marcha dos que se rebelam, marcha dos que querem ser e estão proibidos de ser.

Essas marchas históricas revelam o ímpeto da vontade amorosa de mudar o mundo.“

A Marcha das Margaridas, em 15 e 16 de agosto, na capital da República, é mais uma

demonstração para fazer valer o sonho do Paulo Freire. Nós voltamos a ocupar este país, seja com o

governo Lula e a volta da democracia e dos direitos, seja com a mobilização dos movimentos sociais

que ocupam as ruas de todo o Brasil e da capital da República para dizer que quem sabe faz a hora,

não espera acontecer.

Vivam as margaridas! (Palmas.) Bem-vindas a Brasília, a capital da esperança.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Obrigado, deputado Gabriel Magno,

como sempre com essa oposição responsável, chamando ao feito, ao diálogo, à conversa. Eu tenho a

certeza, deputado Gabriel Magno, como o nosso presidente, deputado Wellington Luiz, que já se

comprometeu com V.Exa. aqui, de que S.Exa. abrirá o diálogo com a presidência do Inas para que

façamos uma conversa mais ampla. Pode ter a certeza de que esta casa não faltará com o trabalho

nessa perspectiva do diálogo e da convergência.

Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.

Enquanto a deputada se prepara para falar, deixe-me só justificar a ausência do líder do

governo, deputado Robério Negreiros. S.Exa. esteve aqui ainda há pouco, mas estava se sentindo mal

e foi se cuidar, cuidar da sua saúde; por isso a ausência de S.Exa. hoje, neste plenário.

DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder. Sem revisão da oradora.) – Senhor

presidente, senhoras e senhores deputados, boa tarde a todos. Que Deus nos abençoe. Cumprimento-

os.

Hoje é um dia que, realmente, é muito importante para os nossos professores. Os professores

e o pessoal do sindicato sabem que nós defendemos a educação no sentido, principalmente, de nós

darmos dignidade aos professores e às nossas crianças. Com certeza, os senhores são os responsáveis

pela mudança de perspectiva na vida de todos os estudantes.

Então, eu quero parabenizá-los, e que esse projeto seja aprovado. A minha expectativa –

agora, a cobrança – era a de que na última sessão legislativa esse projeto tivesse sido aprovado, antes

de nós termos o nosso recesso, mas não o foi. Porém, o importante é que o governo está cumprindo o

que havia dito. Ele está cumprindo.

Hoje, há a realização disso. Parabéns por essa luta. Quero parabenizar todos os professores,

com a minha gratidão de cidadã, de brasiliense e de brasileira.

Também quero aqui me manifestar, pois foi falado da Marcha das Margaridas. Nós estamos

tendo uma manifestação pacífica de mulheres, na frente da Câmara Legislativa, pelo combate à

violência, à violência política. Nós estamos aqui reunidas com a nossa procuradora, a deputada Doutora

Jane, que tem feito um trabalho de excelência na procuradoria, tomando toda a responsabilidade e,

principalmente, priorizando a defesa das nossas mulheres.

Fica registrada nossa defesa a todas as mulheres. Nós não vamos aceitar na casa qualquer tipo

de violência, mas é importante dizer que nós também precisamos ter todas as componentes para que

possamos ter um julgamento com responsabilidade, porque nós estamos falando de um parlamento

que tem a representação da população. Isso tem que ser feito com muita responsabilidade.

Agora, eu peço, presidente, em relação a isso – eu sei que há aqui a imprensa, pessoas que

fazem divulgação de informações da casa legislativa –, que nós tenhamos muito cuidado para não

expor as denunciantes, deputado Chico Vigilante.

Já é trabalhoso para a mulher denunciar um crime. Ela já tem que superar uma situação. Se as

pessoas que têm acesso àquela denúncia expuserem o nome daquela mulher, aquela mulher ficará

mais vulnerável do que ela já estava.

Então, eu peço que os veículos de imprensa, sempre quando forem falar de uma denúncia de

violência contra a mulher, não exponham a mulher. Isso porque, depois de essa mulher exposta, ela

vai ter que dar satisfação à sociedade: a família fica exposta, os filhos ficam expostos. Assim, nós,

como sociedade, querendo proteger essa mulher, estaremos expondo-a. Que nós tenhamos esse

cuidado.

Presidente, eu quero parar, em especial, para falar de um assunto de extrema importância. Eu

vou pedir até uns minutos a mais, porque nós queremos passar um vídeo de uma situação a qual eu

venho acompanhando desde 2019. Nós não imaginávamos – e jamais queríamos que acontecesse

deste jeito – que o está acontecendo.

Nós ficamos acompanhando isso com muita responsabilidade, com muita vontade de construir,

junto com todos os entes do nosso Distrito Federal, com a sociedade, com o Poder Executivo... É

importante nós estarmos aqui, principalmente eu, como mãe de 6 filhos, uma mulher. Que olhemos

isto com muito amor e carinho.

No sábado, nós visitamos – eu tenho agenda todo sábado – a comunidade Cerâmica. Lá, nós já

tínhamos recebido essa denúncia a respeito dessa comunidade, que estava sendo contaminada. Eu

estive com essa comunidade. Eu estive com crianças, com senhoras; e nós, infelizmente, vimos essas

crianças todas cheias de erupções na pele e as mulheres com dor de cabeça, não se sentindo bem.

Isso é muito sério.

A suspeita dessa comunidade é a contaminação do rio Melchior. Nesta casa já houve, nesta

legislatura, uma audiência pública a respeito do rio Melchior. Houve alguns encaminhamentos a partir

dela. Em 2019, como deputada federal, eu mesma paguei do meu próprio bolso uma análise desse rio

Melchior feita por professores da UnB, e nós constatamos que realmente nós precisamos ter atenção.

O rio Melchior é um rio importante para o Distrito Federal e ele fica próximo ao aterro sanitário

do Distrito Federal, a uma estação da Caesb e também a uma empresa.

Então, eu quero passar esse vídeo sobre o que aconteceu no sábado e que eu não estava

esperando que acontecesse. Mas nós tivemos, vamos dizer, essa surpresa. Nós fizemos a visita aos

locais para que os senhores saibam o que está acontecendo no Distrito Federal.

Se puder, por gentileza, passá-lo, eu agradecerei.

(Apresentação de vídeo.)

DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder. Sem revisão da oradora.) –

Presidente, essa foi uma denúncia veiculada. Essa comissão já a recebeu por vários meios. Vários

parlamentares a estão acompanhando, como o deputado Chico Vigilante, o deputado Fábio Félix e

outros parlamentares.

Essa é uma denúncia muito grave, porque nós estamos falando de uma comunidade que está

começando a sentir sua saúde afetada – e isso é uma responsabilidade de todos nós.

Mediante todos esses estudos e todos os protocolos que já foram feitos, nós estamos

protocolando – pedimos o apoio dos parlamentares –, hoje, agora, neste momento, um pedido de

instalação de uma CPI para investigar a contaminação e poluição do rio Melchior.

Eu peço a assinatura de todos os parlamentares – vamos deixar em bloco, à disposição de

todos os parlamentares – para que possamos verificar o que está acontecendo com esse rio, que é

fundamental para nossa cidade e, principalmente, para que nós possamos ajudar essa comunidade tão

carente, tão vulnerável, que muitas vezes não tem como chegar a um hospital, porque não tem

hospital próprio; não há ali um advogado, não há pessoas que possam representá-los. Esta casa

legislativa tem a responsabilidade de investigar o que está acontecendo com o rio Melchior.

Então, eu peço a assinatura de todos os parlamentares, para que, junto com o SLU, a Caesb, a

sociedade civil, a Secretaria do Meio Ambiente e toda a sociedade do Distrito Federal, possamos

verificar isso com muita agilidade, porque as pessoas estão adoecendo no Distrito Federal, em especial

as nossas crianças, os idosos e a população rural.

Muito grata. Que Deus nos abençoe.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Obrigado, querida deputada Paula

Belmonte.

Se houver ainda algum parlamentar que não tenha registrado sua presença, que o faça, para

vermos no painel.

Concedo a palavra ao deputado Iolando. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado João Cardoso.

DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Como líder. Sem revisão do orador.) – Presidente,

cumprimento todos os presentes: as parlamentares; os parlamentares; assessores; pessoal da

comunicação da Câmara Legislativa; também o pessoal da imprensa, que sempre está aqui nos

cobrindo muito bem.

Fico contente, presidente, de hoje nós já termos, na pauta, a votação da nossa Gaped da

Secretaria de Educação, uma conquista que a classe do magistério teve por meio do nosso competente

sindicato, o Sinpro.

O magistério precisa, sim, da incorporação da Gaped. Ele faz jus a essa função pública. Sou

professor, minha esposa é professora, e os nossos 8 filhos são estudantes de escola pública. Fico feliz

em saber que a educação está sendo valorizada. Mas também fico receoso, porque, muitas vezes,

diretora Luciana, precisamos adotar medidas que não seriam necessárias caso o governo conversasse

com o Sinpro. Tivemos que fazer uma greve, que foi muito bem coordenada. O governo se sensibilizou,

e a coisa foi resolvida.

Então, parabenizo, mais uma vez, toda a categoria e, em especial, o Sinpro e o nosso amigo,

professor e ex-diretor do Sinpro, deputado Gabriel Magno. Sempre digo que sou assessor de S.Exa.

Fico feliz pela conquista de hoje. Estão todos de parabéns.

Presidente, também estamos acompanhando o caso da carreira de PPGE e da GIC. A proposta

estava sendo encaminhada, mas, por uma questão legal e correta, foi desmembrada. O processo está

caminhando na Seplad, onde estivemos ontem eu; o presidente, deputado Wellington Luiz; a nossa

amiga deputada Dayse Amarilio; a deputada Doutora Jane; representantes do SAE; e a comissão da

carreira Assistência à Educação do Distrito Federal.

Tivemos a proposta, que está sendo trabalhada na Câmara Legislativa, de a casa ajudar com

recurso para que a GIC seja paga. Que seja mandado o projeto para cá. Logo, logo, teremos uma

resposta.

O Denivaldo, do SAE, tem coordenado muito bem as negociações. O Márcio, da comissão de

assistentes à educação também. Eu tenho ficado muito contente, porque a coordenação está sendo

feita em conjunto pela comissão e pelo SAE. Acredito que, disso, vai surgir uma união muito grande.

Sabemos que o magistério é importantíssimo, como também sabemos que a carreira

Assistência à Educação, da PPGE, também é importantíssima para a educação pública do Distrito

Federal. Essas carreiras caminham lado a lado, uma dependendo da outra.

Estou feliz por isso e por saber que a educação tem representantes e sindicato. Vocês, aqui na

Câmara Legislativa, também têm representantes, pois aqui há servidores públicos e professores da

Secretaria de Educação, como eu, o deputado Gabriel Magno, a deputada Doutora Jane – delegada que

já foi da Secretaria de Educação e excelente professora do CEF 3 – e os demais deputados. Então, fico

contente por saber que a educação tem uma representatividade muito grande aqui na Câmara

Legislativa. Por meio da educação, nós mudamos a nação.

Presidente, sobre o concurso da PPGE, profissionais de uma especialidade muito interessante

me procuraram. Refiro-me à especialidade de nutrição. A secretaria informa que atualmente há 50

nutricionistas.

Colegas, são eles que tomam conta das merendas. Fiquei meio assombrado com a notícia de

que são 50 nutricionistas ativos. Informaram-me – informalmente, claro – que eram menos

nutricionistas. Estão dizendo que são 50.

Hoje, o déficit de nutricionistas na Secretaria de Educação está em 244 servidores. Faz 12 anos

que não há concurso para nutricionista da carreira Assistência à Educação na Secretaria de Educação.

Fizeram concurso – ótimo, parabéns –, mas este previa apenas 2 vagas, presidente. Imagine! Duas

vagas e cadastro reserva, deputada Doutora Jane, de 20 nutricionistas apenas, sendo que o déficit é de

244 servidores na nutrição. Fico pasmado com isso.

Vou noticiar a Secretaria de Educação, que sempre tem me atendido muito bem, tem me

respondido muito bem, para que me mostre diretamente como está o quadro de nutricionistas no

Distrito Federal e qual é a perspectiva de chamarem os aprovados desse concurso, porque já são 100

aprovados. A perspectiva é de 2 vagas e cadastro reserva de 20 apenas, isso para 100 aprovados.

Ora, o mais lógico seria chamar o mais rápido possível os 100 aprovados, porque hoje nós

temos o Plano Nacional de Educação e sabemos que a merenda escolar, muitas vezes, tem sido alvo

em vários noticiários e, com razão, a imprensa tem noticiado isso.

Nós temos que fiscalizar. Nós precisamos de servidores públicos concursados, como temos nas

carreiras Magistério e Assistência. Precisamos desses guardiões do serviço público, os concursados,

exercendo suas funções e fazendo com que o Governo do Distrito Federal tenha um histórico, e a

educação continue tendo o histórico de que, graças a Deus, eu, minha esposa e nossos filhos

participamos.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Obrigado, deputado João Cardoso.

Devolvo a presidência ao deputado Wellington Luiz.

(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, nobre deputado Pastor Daniel de

Castro.

DEPUTADA DOUTORA JANE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADA DOUTORA JANE (MDB. Sem revisão da oradora.) – Presidente, obrigada.

Quero justificar a minha saída. Haverá um evento agora às 16 horas, o Mulheres do Brasil, e

estarei lá na condição de procuradora da mulher da Câmara Legislativa, tratando sobre a legislação em

defesa das mulheres de Brasília.

Aproveito a oportunidade para deixar o meu recado aos professores da Secretaria de Educação,

minha solidariedade aos seus pleitos e o meu apoio. Contem comigo incondicionalmente.

Por fim, presidente, e não menos importante, quero dizer do luto da Polícia Civil pela morte da

nossa colega Valdéria, conhecida pelos mais próximos por Val. Uma policial civil de 46 anos, vitimada

pelo companheiro. Uma mulher que trabalhava na Deam há muitos anos, atendendo centenas e

centenas de mulheres de Brasília. Ela prestava seu auxílio e acabou vitimada da mesma forma. Minha

solidariedade à família da Valdéria.

Deixo um recado para todos nós: ninguém, absolutamente ninguém está livre do feminicídio ou

está livre de ser vítima de qualquer tipo de abuso ou agressão. Isso só reforça a nossa luta e o desejo

desta casa, que já tem demonstrado o seu respeito pelas mulheres e a sua preocupação para que a

nossa luta se intensifique.

Presidente, para concluir, estive há pouco em uma manifestação fora desta casa que pedia a

presença dos parlamentares. E eu, como procuradora especial da mulher, estive na manifestação e

reafirmei a sua preocupação, senhor presidente, com a defesa intransigente das mulheres e com o

respeito às mulheres. Eu disse também que toda e qualquer demanda que chegar a esta casa será

tratada.

Fui lá, conversei com aquelas pessoas – elas ficaram satisfeitas com a resposta –, e sempre

reafirmei que o senhor, na condição de presidente; que as mulheres desta casa; e eu, como

procuradora, estamos sempre intransigentemente ao lado das mulheres e em defesa da liberdade e da

não violência.

Muito obrigada.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, nobre deputada Doutora Jane.

Quero agradecer e parabenizar a lembrança, por V.Exa., da nossa colega Valdéria, que de forma muito

prematura, covarde, absurda e violenta acabou perdendo a vida. Eu gostaria de dizer que esta casa

tem tentado reagir contra isso.

Foi uma colega que tive o prazer de conhecer. Ela era uma ótima profissional, uma excelente

filha, esposa, mas que, infelizmente, não teve por parte do seu ex-companheiro o reconhecimento, o

cuidado e a proteção que uma mulher deve ter. Lamento muito, mas agradeço a V.Exa., que tão bem

tem nos representado nessa pauta. Agradeço também por V.Exa. ter ido até a manifestação. Todas as

manifestações são legitimas se forem democráticas, respeitosas – e serão bem recebidas por esta casa.

V.Exa., representando esta casa, esteve lá; e nós, como disse a senhora, adotaremos todas as

providências que se fizerem necessárias nesse e em todos os casos que chegarem ao nosso

conhecimento.

Agradeço V.Exa. por isso e lembro que, na quinta-feira, a senhora nos representará no

Ministério Público para tratar dos órfãos do feminicídio. Então, mais uma vez, muito obrigado.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,

aproveitando a presença da deputada Doutora Jane, eu gostaria de sugerir que a deputada pedisse a

esta casa e a todos aqui presentes 1 minuto de silêncio em homenagem não só à Valdéria, mas a todas

as famílias vítimas de feminicídio.

Deputada Doutora Jane, eu gostaria que V.Exa. fosse a proponente desse momento.

DEPUTADA DOUTORA JANE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADA DOUTORA JANE (MDB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, foi muito

bem lembrado. É oportuno que façamos 1 minuto de silêncio em memória dos filhos do feminicídio, em

memória da Valdéria e em memória das outras 22 mulheres que tombaram, este ano, vítimas da

covardia dos seus companheiros. Que esse minuto de silêncio represente também a reafirmação do

nosso compromisso em defesa dessas mulheres.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado, deputada.

Concedo um minuto de silêncio em homenagem e em respeito à policial Valdéria e a todas as

22 vítimas de feminicídio nesta cidade.

(O Plenário observa 1 minuto de silêncio.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado a todas e a todos; obrigado,

deputados; obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro, pela lembrança.

Se todos concordarem, eu gostaria de iniciar a Ordem do Dia logo após os Comunicados de

Líderes. Ficou acordado no Colégio de Líderes – o deputado Ricardo Vale foi um dos deputados que nos

solicitou isto –, que iniciássemos a Ordem do Dia votando a Gaped. O projeto de lei foi encaminhado

pelo Executivo, cabe agora à Câmara Legislativa fazer a sua parte. O acordo foi tabulado na última

reunião a pedido do deputado Gabriel Magno, do deputado Ricardo Vale e de outros colegas

deputados.

Logo após os Comunicados de Líderes, passaremos à Ordem do Dia.

Concedo a palavra ao deputado Eduardo Pedrosa.

DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (Bloco União Democrático. Como líder. Sem revisão do

orador.) – Senhor presidente, demais colegas parlamentares, deputados e deputadas, antes de mais

nada eu queria dizer que hoje é um dia de muita alegria.

Há aproximadamente 10 mil pessoas com síndrome de Down no Distrito Federal. No Brasil há

mais de 300 mil pessoas. Essas pessoas passam parte da sua vida buscando intervenções na área da

saúde, elas precisam da atenção dessa área. A prática esportiva, o lazer, as atividades físicas são

fundamentais para que nós consigamos trazer o bem-estar para as pessoas com síndrome de Down.

Trago hoje uma notícia muito especial. Eu fui convidado para ser padrinho do primeiro time de

futsal de pessoas com síndrome de Down do Distrito Federal. O Brasil é bicampeão mundial dessa

categoria. Hoje eu tive a alegria de ter sido convidado para ser padrinho desse time de futsal. Eu

queria transmitir isso aos deputados e deputadas desta casa para que a Câmara Legislativa abrace essa

causa, abrace esse projeto, homenageando todo o trabalho desenvolvido pelas famílias por meio das

associações.

Eu não posso deixar de citar aqui a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de

Down, através da minha amiga Cléo Bohn, que me convidou, mãe da Gigi, que está aqui; a Silma

Sousa Costa, mãe do Pedro – Pedrinho que está aqui conosco –, ela é vice-presidente da Associação

DFDown. Também agradeço à minha querida professora Madalena, mãe do Flávio, que também está

aqui conosco; e à Teresinha, mãe do Dinho, que também está conosco. Queria falar da minha alegria e

me colocar à disposição dessa causa tão importante.

Quero convidar os deputados para que estejam presentes, no dia 19, às 9 horas, no Ginásio

Poliesportivo do Cruzeiro, onde haverá o lançamento do time de futsal com síndrome de Down do

Distrito Federal. É o futsal Down dominando a capital e, se Deus quiser, ganhando muitos títulos para o

Distrito Federal, com muita alegria e com muita paixão.

Muito obrigado a vocês pelo carinho. Muito obrigado a todos. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Eduardo Pedrosa.

Agradeço também a todos os familiares, aos nossos jovens, às nossas crianças que aqui se encontram.

É motivo de muito orgulho tê-los aqui conosco.

Parabenizo o deputado Eduardo Pedrosa por nos trazer um momento de muita alegria como

esse.

Concedo a palavra ao deputado Pepa.

DEPUTADO PEPA (PP. Como líder. Sem revisão do orador.) ­– Boa tarde a todos e a todas.

Excelentíssimo senhor presidente, deputado Wellington Luiz, eu cumprimento todos os parlamentares.

Ocupantes da galeria, hoje votaremos com certeza esse importante projeto pela incorporação

da Gaped, porque a área da educação merece toda a nossa atenção e o nosso respeito. Não às greves,

e sim à atenção devida à área da educação, conforme tem que ser.

Aos que acompanham esta sessão pelas redes sociais, aos amigos, à imprensa que aqui se

encontra, aos servidores desta casa, quero dizer que hoje eu subo a esta tribuna para externar,

presidente, a minha alegria com o que tem acontecido na região norte, na cidade de Planaltina. Como

amplamente dito aqui, estamos no mês de aniversário de Planaltina, que completa 164 anos no dia 19

de agosto. Eu poderia contar a história de Planaltina para vocês, e muitas vezes as pessoas falam que

são 164 anos, mas esse é o tempo de emancipação; a história, porém, vem desde a Missão Cruls, em

1892, com a demarcação para a capital do Distrito Federal.

Em 1922, no governo de Epitácio Pessoa, em Planaltina foi implantada a Pedra Fundamental,

que é o nosso símbolo. É uma cidade onde a cultura, o esporte, o turismo estão vigentes no seu dia a

dia. Eu poderia passar a tarde inteira falando de Planaltina, essa cidade que admiro.

Aproveito para convidar a todos os parlamentares para a sessão solene que acontecerá no

Complexo Cultural, no dia 17 de agosto, a partir das 10 horas, onde serão recepcionados por mim com

tapete vermelho para entrar em Planaltina e receberão toda atenção e carinho da nossa comunidade.

Com muito carinho receberemos vocês.

Eu quero falar também do Câmara Mais Perto de Você e do quanto tem sido importante esse

trabalho, que foi retomado por esta presidência. Quero parabenizá-lo, presidente, pela iniciativa de

V.Exa. e de todos os deputados de darem oportunidade para que a comunidade possa expressar os

seus anseios, principalmente no Câmara nas Cidades. É importante, ainda, que ela aconteça em todas

as cidades. V.Exa. não tem ideia da expectativa da população para esse Câmara nas Cidades! Muito

obrigado.

Eu gostaria de reafirmar o que aconteceu recentemente em Planaltina: a festa da uva. A Festa

Nacional da Uva e do Vinho contou com mais de 200 mil pessoas de forma ordeira, sem nenhum

incidente, com geração de emprego, empreendedorismo. É importante entender que o entretenimento

traz empreendedorismo. Precisamos saber disso!

Só para terem uma ideia, havia mais de 160 estandes com mais de 30 expositores de flores,

mais de 70 expositores de diversos segmentos, mais de 200 mil pessoas sem nenhum incidente.

Parabenizo todos os organizadores pelo apoio: a Administração Regional de Planaltina, pelo

acolhimento; o 14º batalhão e todos os órgãos do governo, inclusive a Secretaria de Turismo. Essa

festa aconteceu do dia 3 ao dia 13.

Parabéns, Planaltina, pelos 164 anos. Parabéns, Câmara nas Cidades. Juntos, de fato,

ouviremos a comunidade.

Muito obrigado a todos.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pepa. Planaltina tem a

cara de V.Exa. e V.Exa. tem a cara de Planaltina! Para nós será um prazer enorme estar lá, mais uma

vez, em uma cidade tão acolhedora como aquela. Muito obrigado mesmo, deputado.

Fiquei sabendo que o almoço será por conta de V.Exa. Então, se eu já ia, agora que vou

mesmo!

Obrigado, deputado.

Concedo a palavra ao nobre deputado Iolando. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni e, em seguida, ao deputado Chico Vigilante.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,

presidente, aos meus pares e ao pessoal que se encontra presente nas galerias e aos que assistem a

nós pelo YouTube e pela TV Câmara Distrital.

Presidente, serei breve. Eu gostaria de ressaltar – como fiz ontem no Colégio de Líderes e

tenho feito ao longo das últimas semanas – a importância de um projeto de lei que tramita nesta casa,

o PL nº 466/2023. Esse projeto é de autoria do Poder Executivo, que “reduz a alíquota de ICMS sobre

o querosene de aviação”.

A população de Brasília talvez não saiba, mas o nosso aeroporto, inobstante seja um dos mais

bonitos e um dos maiores do Brasil, é pouco utilizado em face da potencialidade que ele tem. Ele é

pouco utilizado por conta da tarifa cobrada sobre a alíquota do querosene de aviação. Não

conseguimos competir com outras unidades da Federação cujas alíquotas estão zeradas e outras que

são mais baixas do que a nossa. O resultado disso é que perdemos muita movimentação aqui no

Distrito Federal. O resultado disso é que acabamos perdendo o turismo e perdendo também a

oportunidade de se tornar um hub logístico no centro do nosso país.

Brasília é uma capital muito bem localizada, nós estamos perto de tudo e às vezes deixamos de

aproveitar essa oportunidade para trazer prosperidade, riqueza, emprego e renda para a nossa

população, para os nossos jovens e para aqueles que precisam. Esse projeto, depois de ser votado e

entrar em vigor, certamente nos auxiliará.

Ontem nós fizemos uma reunião, presidente, e o deputado Eduardo Pedrosa, com muita boa

vontade, dispôs-se a votar hoje na CEOF, desde que algumas informações fossem trazidas a esta casa.

Eu conversei com S.Exa. antes do início desta sessão e ele falou que a Secretaria de Fazenda não

enviou as informações que eram necessárias. Então, além de fazer uso da palavra para falar da

importância desse projeto, eu gostaria de deixar aqui um pedido à Secretaria de Fazenda, em especial

ao secretário Maurício e ao Hugo, para que, se puderem pedir essas informações para que possamos

dar celeridade na tramitação da proposição, eu agradeceria muito.

O pessoal do Consórcio Brasil Central esteve aqui ontem. A Inframérica esteve representada

aqui ontem e nós vimos o tamanho do investimento que está sendo feito no aeroporto. A Inframérica

está portando mais de 150 milhões, acreditando que Brasília vai se transformar nesse hub, que será

fundamental para nós. Desde já agradeço ao governo pelo envio dessas informações para que

possamos votar esse projeto e colocar Brasília no centro da logística do Brasil, como ela merece, para

gerar prosperidade, riqueza e emprego aqui, presidente.

Obrigado. Esse é o posicionamento do Partido Liberal nesta tarde.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado, nobre deputado Thiago

Manzoni.

Quero agradecer aos estudantes e professores do Colégio VIP, saudá-los e registrar suas

presenças, eles estão participando do Programa Conhecendo o Parlamento, sob a coordenação da

Escola do Legislativo. Sejam muito bem-vindos. Muito obrigado aos nossos alunos e professores. É um

prazer tê-los conosco.

Concedo a palavra ao nobre deputado Chico Vigilante.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,

senhoras e senhores deputados, quero falar também da importância desse projeto que nós vamos

votar daqui a pouco, o Projeto de Lei n° 470, que incorpora a Gaped dos professores e professoras do

Distrito Federal. Eu vou ler como o projeto está distribuído. São 25% na Gaped a partir de 1° de

outubro de 2023, 20% a partir de 1° de janeiro de 2024, 15% a partir de 1° de julho de 2024, 10% a

partir de janeiro de 2025 e 5% a partir de 1° de julho de 2025.

Mas é importante pontuarmos que os professores e as professoras do Distrito Federal já

tiveram os maiores e melhores salários do Brasil. E hoje os professores e as professoras do Distrito

Federal estão com a remuneração menor do que do meu querido estado do Maranhão, que é um

estado pobre, um estado que não tem o tanto de dinheiro que tem o Distrito Federal. Acho importante

o governo cavar viadutos e fazer estradas, mas, acima de tudo, é importante a preocupação com os

educadores do Distrito Federal.

Eu estava aqui, ontem, em uma sessão de homenagem à Enap e eu dizia que a profissão mais

importante é exatamente a dos professores. O médico é uma profissão muito importante, mas, antes

de ser médico, ele passou pela escola. Da mesma forma, os policiais; da mesma forma, um aviador –

se pegamos um avião, ele vai nos levando, mas antes ele passou por uma escola.

É por isso que a educação precisa, efetivamente, ser valorizada. Essa valorização não se faz só

no discurso, faz-se com gestos práticos, melhorando a remuneração.

Ainda falta mais uma coisa: o projeto de incorporação da gratificação dos auxiliares de

administração escolar não veio. É preciso que o governo também tenha a preocupação de fazer com

que esse projeto chegue a esta casa – e nós estamos cobrando –, para que possamos votá-lo também.

Dito isso, presidente, eu quero chamar a atenção da sociedade, chamar a atenção desta casa e

chamar a atenção do Brasil, especialmente das autoridades aqui no Distrito Federal. Sabe, deputado

Wellington Luiz, não dá para continuarmos convivendo com o nível de violência praticado contra as

mulheres no Distrito Federal. Não podemos achar que é normal, do dia 1º de janeiro até hoje, 23

mulheres terem sido assassinadas, com requinte de crueldade.

Eu fico imaginando, deputado Pastor Daniel de Castro, o que leva um ser humano... Não dá

para chamar de ser humano esse covarde que assassinou a policial dando 64 facadas nela. Esse cara é

a besta-fera, deve ser filho do capeta.

O que me deixa mais angustiado é verificar que, a cada dia, vai-se contabilizando as mulheres

que são assassinadas, que são espancadas, que são estupradas. Nós precisamos botar um freio nisso,

precisamos acabar com isso. Não dá para continuarmos achando que é normal a violência praticada

contra mulheres aqui no Distrito Federal. Esta é a unidade da Federação, aquilo que seria a capital da

civilidade, onde mais se espanca, mais se mata e mais se estupra mulher. É inaceitável isso!

É preciso que todos os órgãos de governo, inclusive esta Câmara Legislativa, estejam voltados

a combater esta chaga horrenda que é o feminicídio e o ataque feito às mulheres.

Fica aí a reflexão. Espero que essa sociedade se levante contra isso. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante. Suas

palavras representam o sentimento desta casa.

Hoje – eu tenho dito isto aonde eu vou – essa não é uma das principais bandeiras, não; a

principal bandeira desta casa é o combate ao feminicídio e à violência contra as mulheres. Esta casa

não se furtará a fazer o que tiver que fazer, seja contra quem for. Esse é o nosso papel. Seremos

isentos nas apurações que chegarem a esta casa. Estamos buscando os órgãos fiscalizadores. Os

parlamentares estão se manifestando. Eu até agora, deputado, não conheci nenhuma voz para tentar

desviar qualquer investigação que fosse. Pelo contrário, nós queremos que as apurações aconteçam

para que prevaleça a verdade sobretudo – isso é o mais importante – e que seja feita a justiça. Eu

estou muito tranquilo em relação a isso.

A casa, hoje, recebeu uma manifestação. A deputada Doutora Jane foi até lá nos

representando e, mais uma vez, endossou o compromisso de fazermos o que tiver que ser feito.

Agradeço a V.Exa. por nos lembrar dessa importante discussão e dizer que a principal bandeira

desta casa é o combate à violência contra a mulher e contra o feminicídio.

Muito obrigado. Agradeço a V.Exa.

Quero saudar e agradecer...

(Manifestação da galeria.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado. Irei lá com o maior prazer tão

logo encerremos a sessão.

Quero agradecer e saudar os concursados da Defensoria Pública. Já fiz contato com o defensor

público-geral, doutor Celestino. Ele está preparando a proposta para mandar para esta casa para que

possamos discutir a criação e o aumento dos cargos. Isso já foi feito diretamente por mim e por outros

colegas deputados.

Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.

(Leitura do expediente.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.

Muito obrigado, deputado.

DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Presidente, eu quero

parabenizar a sua fala. V.Exa. é um policial civil, representante da sociedade, presidente. Eu sou

testemunha da sua atuação em defesa das mulheres.

Quero registrar também que eu, a deputada Doutora Jane, a deputada Jaqueline Silva e a

deputada Dayse Amarilio tivemos uma reunião hoje cedo para que pudéssemos realmente estar juntas

como bancada feminina, para que possamos nos posicionar aqui. Nós estamos nesta defesa de darmos

protagonismo para mais mulheres, estarmos atentos a qualquer tipo de violência que aconteça com

qualquer outra mulher.

Estive falando mais cedo. Nós estivemos na manifestação. Várias mulheres de vários lugares do

Distrito Federal estavam nessa manifestação aqui fora. É importante que nós, como casa legislativa, os

24 parlamentares, façamos com que todos os fatos que ocorram nesta casa sejam da forma mais

transparente e mais criteriosa possível. Tenham o nosso compromisso, como bancada feminina, das 4

parlamentares e tenham certeza de que temos também o compromisso dos outros parlamentares para

que possamos, como o senhor disse, defender isso com o maior critério possível, com essa observação.

Senhor presidente, eu faço uma observação, aproveitando que o plenário está mais cheio: que

todos os órgãos de imprensa tenham cuidado na hora de divulgar qualquer denúncia de mulher e não

coloquem o nome dessas mulheres nesses órgãos de denúncia. Por quê? Porque, com a intenção de

tentar auxiliar a denunciante, estão expondo uma mulher. E, nesse sentido, nós temos denunciantes

que estão expostas à sociedade. E isso atinge a família, atinge o marido, atinge crianças, atinge filhos.

Então, pedimos encarecidamente – agradecendo a divulgação de toda a imprensa – que

preservemos o nome das mulheres que são denunciantes, para que possamos preservar a família e,

principalmente, o direito dessas mulheres.

Muito grata, senhor presidente. Que Deus nos abençoe.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado, nobre deputada Paula

Belmonte.

DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, senhores e

senhoras deputadas, este uso da palavra também é para lamentar a morte da policial civil Valdéria da

Silva. É lamentável. Já é o 23º feminicídio em nossa cidade neste ano.

Quero fazer um apelo ao Governo do Distrito Federal. Já o fiz outras vezes aqui e já estive

conversando com o próprio governador, com o Gustavo, da Casa Civil, e com a vice-governadora Celina

Leão, no sentido de regulamentarmos as leis que são aprovadas aqui.

Nós temos 2 leis muito importantes. Uma de 2017, de minha autoria, que obriga o debate

sobre violência contra a mulher e valorização das mulheres nas escolas públicas. Essa lei até hoje não

entrou em vigor. Temos outra lei que pune o agressor de mulher com multa. Dependendo da agressão,

o valor vai de 500 a 500 mil reais – essa lei foi aprovada este ano. E, infelizmente, o Executivo não

regulamenta as leis, não as coloca para funcionar.

E, assim, dias e meses se passam e continuamos vendo casos de feminicídio aqui na nossa

cidade. E nós fazendo muito pouca coisa. Todo mundo vem aqui e lamenta. O governo lamenta, os

deputados lamentam, mas, concretamente, política pública não há quase nenhuma.

Vamos fazer o debate sobre feminicídio e violência contra as mulheres nas escolas

urgentemente! Se fizermos isso, logo, logo, teremos uma geração menos machista no Distrito Federal.

A geração atual, a nossa geração, é machista. Ela não respeita o direito das mulheres. Por isso tanta

violência, por isso tanto feminicídio.

Vamos preparar a geração nova! Aqui está cheio de alunos novos. Se começarmos a fazer esse

trabalho nas escolas, em pouco tempo teremos jovens, homens e mulheres que vão entender que essa

violência não pode continuar. Fica aqui o meu apelo ao Governo do Distrito Federal.

E há outras leis, viu? Este ano nós aprovamos leis interessantíssimas e importantíssimas para o

combate à violência contra a mulher, mas o Executivo não as regulamenta, não as coloca para

funcionar. Fica aqui o meu apelo.

Lamento profundamente isso e me solidarizo com todas as mulheres que são vítimas de

violência e, principalmente, com essas 23 famílias que perderam um ente querido, que perderam sua

mãe por conta da violência contra as mulheres.

Obrigado, senhor presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, nobre deputado Ricardo Vale.

Lembro que não temos a 24ª porque essa mulher conseguiu reagir em legítima defesa e acabou

tirando a vida do seu algoz. Senão, hoje nós teríamos 24 vítimas. Graças a Deus, uma conseguiu evitar

sua morte.

Convido para fazer uso da palavra o senhor deputado Robério Negreiros. (Pausa.)

Desculpe-me, deputado Rogério Morro da Cruz. Eu vi que você não havia sido chamado ainda.

Encerro os Comunicados de Líderes.

Mais uma vez questiono aos deputados se podemos passar para a Ordem do Dia. Em respeito e

homenagem aos professores que aqui se encontram, colocaremos como primeiro item de pauta,

conforme solicitado pelo deputado Chico Vigilante, o Projeto de Lei nº 470.

DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Presidente, só para também

registrar a nossa solidariedade a mais esse caso gravíssimo que o deputado Ricardo Vale trouxe. Mais

um caso de feminicídio. Esse é um fenômeno trágico que tem a ver com uma violência de gênero

instalada na sociedade. Isso tem a ver com uma lógica que está incrustada na cabeça da masculinidade

que domina e objetifica as mulheres, seja nas relações sociais, seja nas relações sexuais, submetendo-

as às piores formas de violência.

Em 2019, nós instauramos nesta casa a CPI do Feminicídio. Visitamos praticamente todos os

órgãos de proteção à mulher do Distrito Federal. Infelizmente, ainda não há uma porta de entrada

segura. A mulher faz a denúncia e sai com a medida protetiva de urgência no bolso e não tem

fiscalização, porque o Provid, que é o programa da Polícia Militar, não dá conta de todos os casos, não

acompanha todos os casos.

Um dos problemas para a quebra do vínculo é o vínculo econômico. Há demora, às vezes, de 1

mês, 2 meses, 3 meses, para se ter acesso a um benefício social. São várias portas de entradas, seja

na Sejus, seja na Secretaria da Mulher, seja na Secretaria de Assistência, sem resolução para o

problema, sem acompanhamento, porque o conflito começa com muitas outras violências – que podem

ter uma atuação precoce, preventiva do Estado, mas que, infelizmente, não têm.

Até hoje o próprio programa de órfãos do feminicídio, que é posterior a isso, não funciona e

não garante a dignidade desses filhos e filhas de uma tragédia como é o feminicídio. E muitos homens

ainda tratam os autores do feminicídio como maníacos, com patologias. Não são patologias, são

crimes. São criminosos, que cometeram crimes racionalmente, porque patologizá-los, chamá-los de

doentes é uma forma de relativizar o crime. E também não dá para dizer que é crime por ciúmes. Não

existe crime por ciúme. Existe o criminoso que acha que pode objetificar e dominar essas mulheres.

É inaceitável esse crime. Vimos essa tragédia que aconteceu, a mobilização da Polícia Civil do

Distrito Federal, foi um caso emblemático. Mas são muitos, dezenas de casos.

O Governo do Distrito Federal precisa parar o bonde para priorizar esse tema. Tem que haver

uma saída imediata. A mulher tem que entrar em uma delegacia e sair com benefício, sair com

proteção, sair com a medida protetiva de urgência. Temos que parar esse tipo de crime.

Como falou o deputado Ricardo Vale muito bem, a questão é preventiva. Qual tipo de

masculinidade estamos construindo? Eu sei, presidente, por eu ser um homem gay – V.Exa. sabe disso

– que está hoje na política. Homem não chora. Homem acha que é mais poderoso que os outros. Faz

brincadeira, como se aquilo que fosse da mulher fosse ruim. Absolutamente misógino. Essa

masculinidade é uma masculinidade predatória, que quer dominar, que quer violência, que quer arma,

que quer pancada.

Para concluir, presidente, essa é a masculinidade que se tem criado, essa é a masculinidade

exaltada, essa do machão, que põe o dedo na cara, que desce a pancada, que domina a mulher, que

não respeita a opinião plural. Essa é a masculinidade que, levada ao extremo, produz esse nível de

violência. Então, é preciso debater isso na escola. Homem chora, homem tem suas fragilidades. É

preciso aprender generosidade e não dominação, discutir esses papéis de gênero. Quando falamos

disso, falamos desse tipo de debate. Não à construção de uma masculinidade que sujeita, que violenta,

que humilha as mulheres. Eu acho que isso é uma questão de prevenção; então, temos que ter política

pública na escola desde o início, para termos uma nova geração que não seja essa geração da

violência.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.

Parabéns, em especial quando V.Exa. fala que estão querendo patologizar aquilo que é crime. É

crime mesmo, tem que ser tratado como crime. V. Exa. foi extremamente feliz, apesar de ser uma

situação tão infeliz, mas V.Exa. coloca isso com muito cuidado. Então, parabéns e muito obrigado. Esse

é o sentimento que nós cidadãos precisamos ter aqui. Então, agradeço a V.Exa. e o parabenizo pelo

perfeito pronunciamento.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Sr. presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa., depois ao

Deputado Chico Vigilante e depois ao deputado Thiago Manzoni.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Presidente, estou muito

ansiosa para votar o projeto dos professores, mas eu queria colocar aqui uma situação que está nos

deixando muito angustiadas, como parlamentar e como mulheres que somos.

Descemos ali, na movimentação das mulheres, que é legítima, e ali fui abordada por alguns

jornalistas, algumas pessoas de alguns blogs, perguntando o que a casa fez. Somos muito

responsáveis. Acho que, quando somos parlamentares, temos que entender, inclusive, o Regimento da

casa, os ritos da casa. Não podemos agir, inclusive, como cidadãos comuns da população porque nós

precisamos dar uma resposta.

Nós estamos muito angustiados, torcendo para que isso se resolva e para que tenhamos

acesso a essa investigação, de forma que as coisas se resolvam. Nós precisamos saber realmente! As

denúncias são graves e são veiculadas pela imprensa. Não chegaram nem aos nossos gabinetes, nem a

esta casa, formalmente, as provas. E não podemos atuar, pelo que eu entendi do Regimento, sem as

provas. Então, precisamos, realmente, de celeridade até para que possamos dar uma resposta pois isto

dói na gente: nós estamos vivendo aqui uma epidemia disso! Nós somos representantes do povo e

precisamos dar uma resposta para a população.

Então, eu queria aqui, inclusive, dizer que nós estamos soltando uma nota como bloco. Nós

identificamos já tudo que pedimos aqui. O pedido foi feito pelo senhor, foi feito pela procuradoria. Há

uma solicitação ao MP e o inquérito está sendo apurado, mas nós somos muito responsáveis.

Então, falar que nós não estamos fazendo nada é, de certa forma, leviano. É preciso tomar

cuidado com a nossa fala porque nós somos muito responsáveis pelo que nós estamos fazendo aqui.

Eu sei do papel que eu estou fazendo aqui como mulher, como legisladora e eu tenho muita

responsabilidade no que eu faço e torcemos para que isso seja apurado porque precisa ser apurado! A

bancada toda está junta.

Nós estamos muito constrangidas, comovidas e queremos a solução dessa situação! Inclusive,

vamos pedir formalmente à procuradora, deputada Doutora Jane, que também escute – foi uma ideia

da deputada Jaqueline Silva – a sociedade civil organizada para que entendamos a preocupação que

ela nos trouxe, mas nada chega formalmente; então, ficamos, muitas vezes, sem ter como agir.

Eu queria fazer este desabafo aqui, por último, dizendo que ficamos, realmente, nessa situação

que o deputado Ricardo Vale colocou: as leis existem, mas elas não são regulamentadas. Inclusive,

existe uma lei minha que foi vetada pelo governo e que é para atender essas mulheres que chegam,

muitas vezes, espancadas ao hospital num lugar mais digno.

Precisamos que alguma coisa seja feita de fato. Vamos fazer uma audiência aqui, no dia 29,

para debater isso, mas queremos debater o cerne da questão, que é muito profundo. É algo muito

preocupante, mas eu também queria que tivessem um certo cuidado conosco, principalmente com as

parlamentares mulheres. Já estamos inclusive vivendo essa dor. Então, tenham um pouco mais de

respeito com as mulheres, como a deputada Paula Belmonte falou, que estão sendo expostas pela

imprensa – acho que a imprensa faz o seu papel, sim, mas as mulheres estão sendo revitimizadas, e

nós, muitas vezes, colocadas como se não estivéssemos fazendo nada. E isso não é verdade.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.

Deputada, nós temos que ter a consciência tranquila de que o dever a ser cumprido está sendo

cumprido. Obviamente que vêm ataques de toda a natureza e de todos os lados. Mas temos a

consciência tranquila. Há pouco conversei com o deputado Max Maciel, com o deputado Gabriel Magno,

com o deputado Pastor Daniel de Castro, com o deputado Thiago Manzoni, com V.Exa., com a

deputada Jaqueline Silva, com a deputada Paula Belmonte. Todos nós temos a certeza e a

tranquilidade de que vamos fazer o que tiver que ser feito.

Alguns órgãos fiscalizadores, os órgãos investigadores que são responsáveis por apresentar

aquelas denúncias para que a Câmara Legislativa possa tomar as providências ainda não as

apresentaram. Não dá para você antecipar, não dá para você inverter. Não tenha dúvida de que os

fatos serão apurados com todo rigor e com toda isenção. Com relação a isso, esta casa tem

tranquilidade e fará o que tiver que ser feito.

Muito obrigado.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, deputado

Wellington Luiz, na verdade, eu vou dizer a V.Exa. qual é a angústia maior da deputada Dayse

Amarilio. É que há um elemento aí que se intitula jornalista e não é jornalista, que ataca esta casa

constantemente e os deputados e deputadas que não jogam no time dele. O nome desse elemento é

Hot Dog. Ele se intitula Hot Dog. Foi ele que desacatou há pouco a deputada Dayse Amarilio. Foi ele

que disse à deputada Dayse Amarilio que ela não vale nada e que a Câmara Legislativa também não

vale nada, ali fora agora há pouco.

Portanto, o que esta casa precisa fazer é tomar providências contra elementos desse tipo. Nós

temos que mostrar... Ele disputou a eleição, deputada Paula Belmonte, não ganhou e fica com raiva do

mundo, fica com raiva de quem foi eleito e começa a atacar as pessoas. Portanto, eu estou fazendo

aqui em forma de questão de ordem a V.Exa. um pedido para que V.Exa. encaminhe a abertura de um

procedimento investigativo para que possamos encaminhar ao Judiciário, para que esse elemento seja

punido e pare de desacatar mulheres, desacatar deputadas.

Quero dizer, deputada Dayse Amarilio, que V.Exa. tem toda a nossa solidariedade e todo o

nosso apoio. V.Exa. não está sozinha. Nós estamos aqui, homens e mulheres, irmanados com um único

objetivo: apurar a verdade, punir quem tem que ser punido, mas não vamos aceitar agressão contra as

nossas deputadas.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Exatamente, deputado Chico Vigilante. Eu vou

pedir, inclusive, que a Polícia Legislativa já adote as devidas providências contra esse moleque. Tomara

que ele esteja me ouvindo e que lá fora ele conteste a mim, porque eu estou o chamando de moleque.

Eu conheço. Foi candidato e talvez esteja buscando espaço político.

Da mesma forma que nós não vamos aceitar qualquer tipo de ataque a outras mulheres, não

aceitaremos ataque às nossas deputadas. Então, não há problema nenhum. Se ele quiser falar para

mim, é só me esperar lá fora, que eu vou ouvi-lo falar isso para mim.

Por enquanto, solicito à Polícia Legislativa que adote as devidas providências. Façamos o que

tem que ser feito. Se for o caso, inclusive, vamos proibir... Aqui é a casa do povo, mas do povo que

respeita. Não desses moleques travestidos de...

DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Presidente, eu fiz um desabafo

ao deputado Chico Vigilante, que acabou trazendo a situação.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Tem que falar mesmo!

DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Eu só queria deixar registrado que nós estávamos na

movimentação ali fora. Eu não o conheço. Ele me abordou já com o telefone para gravar uma fala.

Como havia mulheres, eu falei: “Eu quero ouvir as mulheres. De onde o senhor é? O senhor

pode se apresentar à assessoria que eu já atendo o senhor”. Ele falou: “Eu não falo com assessor”.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Nossa! (Risos.)

DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Eu falei: “De onde o senhor é?” Perguntei novamente: “De

onde o senhor é?” Eu não sabia quem ele era. Daí, ele, muito nervoso, falou: “Se você não quiser falar,

não precisa falar”. E generalizou: “Vocês, deputados, não sei o que estão fazendo aí porque vocês não

prestam para nada”. Falou isso de forma bem agressiva, em um tom de voz bem alto, e virou as

costas. Eu falei assim: “O senhor está me desrespeitando. Eu não vou falar mais com o senhor”. Aí, ele

saiu gesticulando.

Havia alguns policiais que chegaram perto. Eu não o conhecia. Fiquei sabendo agora quem ele

era. Não sabia quem ele era. Não sabia nem falar o nome dele, Hot não sei o quê...

DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Hot Dog.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Mas a forma foi desrespeitosa.

Nós sempre atendemos todo mundo. Estávamos ali fora para ouvir as mulheres. Eu queria dar

preferência para as mulheres. Foi realmente uma maneira muito desrespeitosa de falar.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Esse é o tal do machista que é muito homem

com mulher, que é muito homem na internet, mas, frente a frente, não costuma ser macho desse

tanto, não. Tomara que ele esteja me ouvindo, para que fique o recado para ele.

(Manifestação da galeria.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Covarde. É isso. Covarde não é homem; é

diferente. Muito obrigado.

Nós já vamos fazer, inclusive, uma moção de persona non grata para que ele não frequente

mais esta casa.

DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu agradeço a

V.Exa. e ao nosso nobre vice-presidente, deputado Ricardo Vale.

Hoje o dia está um pouco conturbado. Eu começo me solidarizando com a deputada Dayse

Amarilio pelo ocorrido.

Eu queria falar sobre 3 ponderações que foram feitas por parlamentares que me antecederam,

começando por V.Exa., presidente, que disse que isso não é postura de homem. Eu acho que essa é

uma delimitação muito importante que seja feita, porque existe postura de homem, no sentido de ter

hombridade, e existe postura que não é de homem. Quem tem hombridade jamais profere insultos

contra uma mulher, jamais fala dessa maneira, jamais se comporta de modo a agredi-las verbal,

psicológica ou fisicamente. Acho que essa é uma parametrização que vale para tudo na vida. Então,

fica aqui a minha solidariedade, deputada Dayse Amarilio, pelo ocorrido.

Eu gostaria de falar de outros 2 apontamentos. Primeiro, que estão tentando tornar doença

aquilo que é crime. Isso é verdade. Não é de hoje. Não é de hoje. O cara é estuprador... Por exemplo,

uma menina de 19 anos entrou em um uber, domingo, ela ia de Águas Claras para Ceilândia. O cara

desviou o caminho e estuprou a menina. Dezenove anos! Essa menina foi marcada para sempre, não

só no seu corpo, mas também nas suas emoções.

Há uma discussão para tornar isso complexo. Isso é crime. O cara é um vagabundo. Ele tem

que ser punido por isso. E há até – não é questão distrital – alguns deputados na esfera federal que

defendem a castração química: “Ah, mas não vai resolver o problema”. O desse cara resolve. O desse

cara está resolvido, ele é criminoso, ele não é doente.

E isso vale para tudo, inclusive para a pedofilia, presidente. Porque, às vezes, tergiversamos

quando o assunto é favorável a determinada corrente ideológica. Aí pode dizer que é doença, quando

não é, não é doença. É crime! É crime! Não interessa se é pedófilo, se é estuprador ou se é outro.

Criminoso é criminoso.

E a última ponderação que eu queria fazer, presidente, é sobre masculinidade, porque, ao

longo do tempo, a depender da forma como as coisas são colocadas, tem-se que a masculinidade é

algo ruim por si só. E não é. Toda criança, quando nasce, precisa, para crescer saudável

emocionalmente, tanto da figura materna, que é a figura feminina, quanto da figura paterna, que é a

figura masculina.

A masculinidade dá destino, dá segurança, oferece exemplo de caráter, outros exemplos. E ela

pode ser boa, ela não é ruim por si só. Existem alguns homens que não sabem se comportar como

homens – é verdade –, não têm hombridade. Essa masculinidade é ruim, não deve servir de exemplo,

mas nem toda masculinidade é ruim. E eu falo isso porque nós estamos diante de uma geração

carente. Carente de líderes, carente de bons exemplos, carente de homens que assumam a sua

masculinidade, respeitando as mulheres, valorizando as mulheres, colocando-as num patamar que elas

merecem e devem estar, em um patamar de honra, e não menosprezando-as e diminuindo-as.

Então, eu faço só essa ponderação, de que a masculinidade por si só não é ruim. Aqui nós

temos homens, como V.Exa., o deputado Ricardo Vale, o deputado Pastor Daniel de Castro e outros

que comprovam que a masculinidade não é ruim por si só.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado, deputado Thiago Manzoni.

Belíssimas palavras. Agradeço a V.Exa.

DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (Sem partido. Sem revisão do orador.) – Presidente,

uma ótima tarde a todos.

Sou totalmente solidário ao deputado. Quero dizer que política temos que fazer com muita

responsabilidade. Os desesperados têm que aguardar o processo eleitoral de 2026.

Quero dizer que eu tenho recebido várias ligações. Fui abordado por vários jornalistas aqui na

entrada da Câmara Legislativa interrogando-me sobre a situação. Eu entrei aqui com a plena convicção

de trabalhar pelo povo do Distrito Federal, de defender o trabalhador com muita responsabilidade. Eu

não vou me precipitar aqui nesta casa.

Eu estava há pouco falando com o deputado Max Maciel sobre o assunto, sobre essas

acusações que têm ocorrido, que estão sendo divulgadas pela imprensa do Distrito Federal sobre o

nosso companheiro e amigo.

Eu costumo dizer: após a apuração, se estiver errado, tem que responder. Não temos que ficar

passando a mão na cabeça de quem está errado, seja o meu filho ou quem quer que seja. Mas, por

enquanto, eu não vou me precipitar, porque eu fui eleito para trabalhar e cuidar da melhor forma da

sociedade brasiliense.

Como há uma acusação, mas não há apuração? Eu sou totalmente contra qualquer violência. A

partir do momento em que uma parlamentar, uma cidadã, é abordada dessa forma, um cidadão desses

tem que ser criminalizado.

Essas são as minhas palavras e eu estou aqui à disposição para servir, sempre servir, sempre

com a verdade. Muito obrigado.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado. Encerrados os

Comunicados de Líderes.

Passa-se aos

Comunicados de Parlamentares.

Conforme acordo feito, declaro encerrados os Comunicados de Parlamentares, para iniciarmos

a Ordem do Dia.

Dá-se início à

ORDEM DO DIA.

(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela

Secretaria Legislativa/CLDF.)

Iniciando a Ordem do Dia, procederemos à leitura do item nº 235. Antes, porém, consulto os

líderes se há acordo para superarmos o sobrestamento dos 233 vetos da Ordem do Dia e apreciarmos

as demais matérias constantes na Ordem do Dia e os itens da extrapauta.

Não havendo manifestação em contrário, procederemos à leitura do primeiro item de pauta.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – O senhor me permite passar a tarefa de ler para o

querido vice-presidente deputado Ricardo Vale?

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Claro.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Ele já estava com a bala na agulha.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Pronto, já estava com a bala na agulha, fica

mais fácil.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Por favor, nosso vice-presidente, trabalhe.

DEPUTADO RICARDO VALE – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro, sempre muito

gentil.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Item nº 235:

Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 470/2023, de autoria do Poder

Executivo, que “Altera a Lei nº 5.105, de 03 de maio de 2013, que “reestrutura a carreira Magistério

Público do Distrito Federal e dá outras providências".

Aprovado parecer favorável da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças na forma da

emenda do relator e da Comissão de Constituição e Justiça na forma da subemenda do relator. A

Comissão de Economia, Orçamento e Finanças deverá se manifestar sobre a subemenda. A Comissão

de Educação, Saúde e Cultura e a Comissão de Assuntos Sociais deverão se manifestar sobre o projeto

e emendas.

Solicito ao relator, deputado Jorge Vianna, que emita parecer da Comissão de Economia,

Orçamento e Finanças sobre a matéria.

DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor

presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças

à subemenda ao Projeto de Lei nº 470/2023, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº 5.105,

de 03 de maio de 2013, que “reestrutura a carreira Magistério Público do Distrito Federal e dá outras

providências”.

Senhor presidente, no âmbito da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, somos pela

admissibilidade da subemenda.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

O parecer está aprovado com a presença de 15 deputados.

Solicito ao presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, deputado Gabriel Magno,

que designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, avoco a relatoria.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Gabriel Magno,

que emita parecer da Comissão de Educação, Saúde e Cultura sobre a matéria.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor

presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Educação, Saúde e Cultura ao

Projeto de Lei nº 470/2023, e às suas emendas, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº

5.105, de 03 de maio de 2013, que “reestrutura a carreira Magistério Público do Distrito Federal e dá

outras providências”.

Mais uma vez aqui eu quero saudar os professores e professoras, orientadores e orientadoras,

que arrancaram com luta, com mobilização, e com uma greve de 22 dias, este projeto de lei, ao qual

pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura, somos favoráveis no mérito, acatando a subemenda da

Comissão de Constituição e Justiça.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado, subemendas e a

emenda.

Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

O parecer está aprovado com a presença de 15 deputados.

Solicito à presidente da Comissão de Assuntos Sociais, deputada Dayse Amarilio, que designe

relator para a matéria ou avoque a relatoria.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, avoco a relatoria.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito à relatora, deputada Dayse Amarilio,

que emita parecer da Comissão de Assuntos Sociais sobre a matéria.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para emitir parecer. Sem revisão da oradora.) – Obrigada,

presidente. Vou relatar daqui para olhar a carinha de vocês, porque eu estou tão emocionada quanto

vocês.

Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Assuntos Sociais

ao Projeto de Lei nº 470/2023, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº 5.105, de 03 de

maio de 2013, que “reestrutura a carreira Magistério Público do Distrito Federal e dá outras

providências".

No que tange ao mérito da proposição, entendemos que a proposta é de grande relevância,

pois está de acordo com a política de valorização dos servidores, bem como visa ao cumprimento da

Meta 17 do Plano Distrital de Educação.

Dentre os vários pensamentos de Paulo Freire, o educador afirmava: “Educação não transforma

o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Nesse processo de transformação,

o profissional da educação tem um papel fundamental, pois ele atua para transmitir, ensinar e dar

acesso ao conhecimento, sendo urgente que os servidores da educação sejam reconhecidos e

valorizados.

Temos acompanhado, nos últimos anos, as condições de trabalho precárias que envolvem a

educação. Turmas superlotadas, desmonte da EJA e do ensino especial, atrasos no repasse do PDAF.

Entendemos que ganhamos uma batalha, mas, não, a guerra. A valorização salarial é importante, mas,

como servidora pública, eu sei que também precisamos de condições dignas de trabalho. É preciso

aperfeiçoarmos o PDAF para que o desenvolvimento de projetos pedagógicos e a aquisição de

ferramentas metodológicas que auxiliam o professor possam ser mais efetivos.

Esse ajuste que houve não é o ideal, mas é uma forma de contribuir com a discrepância salarial

dos servidores diante da economia. Dessa forma, parece inegável que o projeto é extremamente

meritório, sendo fruto da pauta de negociação com o governo.

Queria dedicar este parecer a vocês e dizer que este é um dia histórico. Eu tive a oportunidade

de dar minha contribuição e entendo cada dia mais que a política é feita de divergência, convergência e

acordo. Hoje é dia de acordo, de cumprirmos um acordo.

Quero agradecer-lhes, dizer que nós temos outras lutas – muitas outras lutas – para

conquistar, inclusive com as outras categorias que fazem parte da educação, como o SAE e os

diretores, que precisam ter tratamento isonômico. Mas hoje é dia de celebrar.

Parabéns a vocês, parabéns ao Sinpro. Vamos continuar a luta.

Eu tenho certeza de que, se eu estou aqui hoje, como professora, como enfermeira e como

parlamentar, é porque milhares de professores contribuíram para isso. Então, a vocês a minha

dedicação e o meu serviço dentro dessa Câmara Legislativa.

Nós somos pela aprovação. Só para deixar bem claro nos registros: a Comissão de Assuntos

Sociais é pela aprovação, presidente, com a Emenda nº 1 da Comissão de Economia, Orçamento e

Finanças, na forma da subemenda da Comissão de Constituição e Justiça.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, nobre deputada Dayse Amarilio.

Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

O parecer está aprovado com a presença de 18 deputados.

Em discussão, em primeiro turno.

(Manifestação na galeria.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.

DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,

senhoras e senhores deputados, boa tarde.

Faço uma saudação especial aos professores e às professoras lutadoras nesse processo

importante. Sabemos que o que estamos votando aqui hoje não é uma concessão. O que estamos

votando aqui hoje é fruto e consequência direta da luta dos professores e das professoras desta

cidade. (Palmas.)

Se a categoria não tivesse se mobilizado, talvez não estivéssemos aqui, hoje, votando este

projeto que é um pequeno passo para a melhoria da carreira docente do Distrito Federal.

Infelizmente, o Governo do Distrito Federal fala muito sobre a valorização de certos segmentos,

mas não a aplica, não a põe em prática. Nós estamos falando ainda de uma das piores carreiras de

ensino superior do Distrito Federal. Ela não recebe valorização, cuidado, nem um olhar específico do

Governo do Distrito Federal, e presta um serviço fundamental.

São mais de 670 escolas espalhadas pelo Distrito Federal. Esses professores se dedicam à

gestão, à direção, à coordenação e aos projetos pedagógicos das escolas. Eles administram as

ausências, para garantir um trabalho sério e transformador para a nossa comunidade. Ainda assim, os

professores e as professoras que estão aqui são atacados pela extrema direita, como se estivessem

ideologizando. Não! Eles são os nossos educadores, cuja autonomia e história merecem respeito. Eles

fazem toda a diferença.

Parabéns! Apesar de alguns setores da sociedade quererem que vocês façam uma educação

morna e que não fale a verdade, vocês fazem uma educação que critica, agita e problematiza. Isso faz

toda a diferença.

Agradeço o trabalho que vocês fazem. Podem contar conosco na luta para garantir a Gaped e

os outros pontos de pauta que vocês apresentaram. Contem conosco também para revogar o aumento

do plano de saúde. Não dá para o governador entregar com uma mão e retirar com a outra o aumento

que está dando aos servidores públicos do Distrito Federal.

O nosso voto é favorável ao projeto de lei.

Reafirmo a nossa luta e o nosso apoio incondicional aos professores e às professoras do

Distrito Federal.

Muito obrigado.

(Manifestação na galeria.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.

Continua em discussão.

Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.

DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente, saúdo

todas e todos os professores e orientadores da educação do Distrito Federal por este passo, por esta

vitória que foi conquistada nas ruas e não neste parlamento. Este parlamento fez parte do processo

todo que se deu nas ruas, no dia a dia e na defesa de uma educação pública de qualidade.

Este avanço é mais um de tantos que estão na pauta, para a gratificação e a valorização da

gestão, para a melhoria da merenda escolar, que também é uma luta dos professores e das

professoras. Que possamos ter, de fato, um projeto de escola integralizada com a comunidade e com o

território. Isso se faz com orçamento e prioridade.

Estar aqui votando hoje, de fato, esse acordo que foi conquistado nas ruas é motivo de muito

orgulho, porque eu sou fruto da educação pública. Eu sou fruto de cada um e de cada uma de vocês.

Que possamos também zerar... Chamar todos os aprovados e concursados para incorporar

ainda mais essa educação. Que não falte nenhum professor, nenhum orientador e nenhum cargo de

assistência. Que tão logo este projeto chegue a esta casa também.

Contem de novo com o nosso apoio, não só aqui dentro desta casa, mas também nas ruas e

nas lutas.

Muito obrigado, gente. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel.

Antes de passar a palavra ao nobre deputado Gabriel Magno, eu queria registrar a presença do

deputado Reginaldo Veras. Agradeço-lhe e parabenizo-o.

S.Exa. foi deputado distrital aqui. Eu tive a felicidade de ser parlamentar com ele. Hoje, é

deputado federal. Lutou intensamente também para que chegássemos a este dia.

Nossos agradecimentos, deputado Reginaldo Veras. Receba o nosso reconhecimento por tudo o

que V.Exa. fez pelos nossos professores e professoras. É sempre um prazer tê-lo na nossa casa.

Muito obrigado.

Além de ser um botafoguense de coração. Se não era, ficou sendo agora.

Continua em discussão.

Concedo a palavra ao Deputado Gabriel Magno.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Obrigado,

presidente.

Quero também saudar o deputado Reginaldo Veras, que é da Força Jovem, torcida do

Botafogo. (Risos.)

Presidente, eu disse várias vezes, nesta tribuna e no carro de som, que eu estou na Secretaria

de Educação, como professor. Eu tenho muito orgulho de ser concursado da rede pública de ensino

desde 2009.

Eu entrei na rede fazendo greve. Eu tomei posse em março de 2009, e esse sindicato, tão

competente, aguerrido e lutador, chamou uma mobilização e uma greve logo em abril, porque na

época o governador Arruda não cumpriu o acordo com essa categoria.

Eu aprendi, logo de cara, que governo que não respeita professor e professora não dura na

cadeira do Buriti. É preciso respeitar essa categoria. É preciso valorizar não só os professores e

professoras, porque, ao valorizarmos professor e professora, valorizamos o conjunto da sociedade.

Infelizmente, essa foi a primeira greve, presidente, desde 2009, que eu não pude fazer na

escola, porque eu estava nesta casa, mas eu fiz mesmo assim. Participei intensamente de todas as

assembleias. Nós ficamos os 22 dias aqui nesta tribuna com adesivo no peito, para mostrar que este

parlamento não poderia funcionar normalmente enquanto a maior categoria do Distrito Federal

estivesse com as atividades paralisadas.

Foi fruto de uma grande mobilização, talvez a maior greve que esta cidade já viu. Hoje

votamos este projeto de lei que, como eu disse, é apenas uma parte do acordo. Ainda há mais, e é

preciso que o governo encaminhe isso para esta casa.

Nós não vamos parar a luta, porque há ainda um plano distrital de educação a ser cumprido. A

Meta 17 da isonomia salarial. A Meta 20 do investimento do PIB para construir escola; para contratar

professor, professora, orientador, psicólogo, carreira assistência; para equipar os laboratórios das

escolas; para cobrir as quadras; para reajustar o valor do PDAF, que está congelado desde 2012. Há

muita luta para ser feita!

Eu quero dizer, senhor presidente, que hoje eu voto por 34 mil professores e professoras, para

dizer “sim” ao Projeto de Lei n° 470 e para dizer ao Governo do Distrito Federal: respeite os

professores e as professoras!

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Gabriel Magno. V. Exa.

teve um papel fundamental nessas negociações, junto com o Sinpro. O nosso reconhecimento e o

nosso agradecimento pelo que vocês fizeram pelos nossos professores e professoras.

Continua em discussão.

Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna.

DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todos e

a todas. Boa tarde, senhoras e senhores deputados, colegas da imprensa, nossos colegas servidores,

professores, educadores, todos da educação, nossos colegas do Sinpro, que tão bem fizeram essa luta

em um momento, como eu falei para eles, muito crítico. Parabéns pela coragem! Acredito que foi o

único sindicato que foi para a rua mesmo em um momento pós-pandêmico, com toda aquela

dificuldade financeira e sem saber como seria o futuro. Foram lá cobrar uma promessa do governo.

Então, hoje se concretiza essa grande vitória dos professores. Eu diria que essa é apenas uma

das vitórias que conseguiremos nesta casa ao longo dos próximos anos, viu, Sinpro?

Pessoal, eu tinha uma ideia... Nós somos de sindicato, somos servidores e tínhamos a ideia de

que professor tinha uma remuneração relativamente razoável. Mas, depois que eu tive acesso à tabela

de cargos e salários de vocês, eu vi que o professor de Brasília é um dos que ganha menos no Brasil,

por incrível que pareça.

Aquela cultura de que servidor ganha bem em Brasília, esse estigma, essa característica que

um dia já aconteceu, faz com que as pessoas imaginem que os professores, os médicos e os policiais

ganhem bem. No entanto, não ganham bem.

Quando eu tive acesso à tabela de vocês, fiquei mais preocupado ainda, porque, em um dado

momento, houve uma negociação na tabela dos professores em que ocorreu uma incorporação da

gratificação, que, para todos nós, servidores, chama-se titulação, mas que, para os professores, foi

incorporada com outro nome. Enfim, está lá no vencimento.

Foi nesse momento que eu vi a discrepância entre o salário de um professor recém-contratado

e o de um professor, por exemplo, que tem doutorado. A diferença é praticamente de 200 reais – um

professor doutor. Então, que incentivo têm os educadores em fazer uma pós-graduação, um mestrado

ou um doutorado? Nenhuma.

Acho que isso tem de ser revisto. Eu já conversei com os nossos colegas do Sinpro e todos já

estão afiados para debater essa questão. Podem contar com este deputado aqui. Tenham a certeza de

que iremos mudar essa realidade da educação em Brasília.

Senhor presidente, falando ainda em educação, eu gostaria de lembrar e ressaltar o importante

papel do Sinproep, que é o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do

Distrito Federal. Pasmem, senhoras e senhores professores: sabem aquele horário do recreio, aquele

horário de descanso que os professores têm no intervalo das aulas? Os professores do magistério, até

o 5º ano mais ou menos, não estavam recebendo esse horário de descanso, chamado hora do

intervalo. O patrão, o dono do estabelecimento de ensino, não pagava aqueles 15 ou 20 minutos ao

professor. Aí, o Sinproep começou a entrar com ações na justiça e ganhou todas elas. Notificaram

várias escolas, o que fez com que os professores recebessem.

Parabéns ao Sinproep por ter defendido essa classe trabalhadora, esses professores da

iniciativa privada, que muitas vezes são escalpelados, muito cobrados na sua atuação e principalmente

pouco remunerados. O Sinproep, a Karina, o Rodrigo, são pessoas muito engajadas na melhoria para

professores da educação privada. Parabéns ao Sinproep e ao nosso Sinpro-DF!

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Jorge Vianna.

Agradeço aos nobres deputados pela participação.

Continua em discussão.

Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,

senhoras e senhores deputados, deputado Gabriel Magno, em um momento importante como este, é

fundamental colocarmos as coisas do jeito que elas aconteceram.

Primeiro, é fundamental dizer da importância que teve a mobilização do sindicato, uma

diretoria coesa, que fez com que a greve acontecesse. Mas também é muito importante falarmos,

senhor presidente – por isto que fiz questão de vir aqui falar –, das articulações que apoiaram a

paralisação.

Eu quero falar do papel de V.Exa., deputado Wellington Luiz, em relação ao nosso pedido; eu

quero falar dos nossos contatos, deputado Gabriel Magno e Luciana, com o chefe da Casa Civil do

Governo do Distrito Federal, o Gustavo – quantas reuniões tivemos com o Gustavo, até que a proposta

saísse? –, e quero falar sobre a firmeza que a Luciana teve ao representar, efetivamente, a categoria.

Portanto, é preciso ficar claro que o movimento de rua é muito importante, mas a articulação feita para

que as coisas aconteçam também é fundamental.

Estou satisfeito por ver aqui o professor que sempre esteve conosco nessas lutas e que hoje

vem em um momento de comemoração, o deputado Reginaldo Veras. Seja bem-vindo novamente a

sua casa!

Luciana, eu fiz questão de falar aqui para dizer do papel jogado, bem como da articulação feita

por esta casa para que isso efetivamente acontecesse. Fico feliz por ter participado disso, deputado

Ricardo Vale, porque, sem o nosso trabalho, sem a articulação política, certamente não teríamos tido

esse resultado.

Portanto, esse é o reconhecimento que eu faço a esta casa, pela sua importância neste

momento.

Obrigado.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Nobre deputado Chico Vigilante, mais uma

vez, eu lhe agradeço pelas palavras. V.Exa. também foi fundamental nisso.

Ao meu lado, encontra-se o nosso convidado, deputado federal Reginaldo Veras, que teve uma

participação fundamental nesse processo. V.Exa. participou conosco de algumas reuniões com o

governador, buscando soluções. Mais uma vez, em meu nome e em nome de todos os colegas da

Câmara Legislativa, agradeço-lhe por tudo que V.Exa. fez por essa importante categoria. Quem ganha

é Brasília com gestos como esse. Muito obrigado. Que Deus o abençoe.

A presidência vai suspender os trabalhos para ouvirmos o ex-deputado Prof. Reginaldo Veras.

Está suspensa a sessão.

(Suspensa às 17h08min, a sessão é reaberta às 17h10min.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro reaberta a sessão.

Agradeço ao nosso deputado federal Prof. Reginaldo Veras, que muito tem feito por Brasília,

em especial pelos nossos professores.

Continua em discussão.

Concedo a palavra ao deputado Iolando.

DEPUTADO IOLANDO (MDB. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Deputado federal Prof.

Reginaldo Veras, seja bem-vindo a esta casa, meu amigo.

Senhor presidente, como líder do governo, neste exato momento, quero falar da tramitação do

Projeto de Lei nº 470/2023, encaminhado pelo Governo do Distrito Federal, e das tratativas do

sindicato, que, desde o primeiro momento, esteve conosco, em cada gabinete, conversando com cada

deputado – a Luciana e toda a equipe da comissão, do sindicato –, pedindo-nos para que

acordássemos o apoio junto ao governador para que ele enviasse a mensagem para a Câmara

Legislativa.

Esta casa trabalhou prontamente toda forma de diálogo, como disse o deputado Chico

Vigilante, conversando com o secretário da Casa Civil, conversando com o governador. Tivemos a

atuação maciça de todos os deputados desta casa.

Eu quero parabenizar o governador Ibaneis, porque, mesmo tendo havido a greve e a adesão

dos professores a ela, tivemos uma grande vitória, que foi a vinda desse projeto para cá, que garantiu

as gratificações. Quero parabenizar o governador Ibaneis, que cumpriu o acordo feito com o Sindicato

dos Professores e com outras categorias que vêm a esta casa procurar o apoio dos parlamentares.

Parabéns, governador Ibaneis, pelo cumprimento da sua palavra.

Sabemos que ainda há muito a ser melhorado para essa categoria, uma vez que, entre 31, 32

classes de servidores do Distrito Federal, ela está em 29º lugar, ainda está muito defasada. No Brasil

inteiro, ela está em 17º lugar. Isso é uma vergonha, de fato, mas o governador deu um grande sinal

de compromisso com essa causa, com a categoria e com os professores.

Muito obrigado a todos.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Iolando. Excelente

lembrança. É isso mesmo. Por mais que isso não seja o ideal, é o que foi acordado por esta casa, pelas

mãos e ação do governador Ibaneis e de sua equipe, aos quais quero agradecer também.

Solicito aos deputados que registrem suas presenças. Quero justificar a ausência do deputado

Robério Negreiros, que não se sentiu bem e não pôde estar presente nesta sessão.

Continua em discussão. (Pausa.)

Não havendo mais quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

O projeto está aprovado com a presença de 18 deputados.

A matéria segue a tramitação regimental.

Item nº 236:

Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 471/2023, de autoria do Poder

Executivo, que “Altera a Lei nº 7.171, de 1 de agosto de 2022, que Dispõe sobre as diretrizes

orçamentárias para o exercício financeiro de 2023 e dá outras providências”.

Tramitação concluída.

Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

O projeto está aprovado com a presença de 18 deputados.

A matéria segue a tramitação regimental.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Presidente, já aprovamos em

primeiro turno o Projeto de Lei nº 470/2023 e o Projeto de Lei nº 471/2023, que altera a LDO. Solicito

a V.Exa. que encerre a sessão e abra uma sessão extraordinária para votarmos, em segundo turno, os

2 projetos e sairmos daqui com as matérias já tramitadas na Câmara Legislativa, em homenagem e em

solidariedade aos professores que ainda estão presentes. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Vamos aproveitar o momento e votar os

requerimentos e as moções a pedido de vários deputados. Já aproveitaríamos isso. Pode ser? Será

muito rápido.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Presidente, meu pedido é

exatamente que votemos agora os requerimentos e as moções existentes.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado.

Passo a presidência ao deputado Ricardo Vale para eu receber o pessoal da Polícia Civil. Será

muito rápido.

(Assume a presidência o deputado Ricardo Vale.)

PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – O deputado Pastor Daniel de Castro vai presidir a

sessão e eu vou secretariá-la. Passo a presidência para o deputado Pastor Daniel de Castro.

(Assume a presidência o deputado Pastor Daniel de Castro.)

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Assumo a presidência.

Convido o nobre deputado Ricardo Vale a secretariar os trabalhos da Mesa.

Consulto os senhores líderes se há acordo para votarmos os requerimentos e as moções em

bloco. (Pausa.)

Não havendo manifestação em contrário, passo à leitura dos requerimentos e das moções.

Apreciação, em bloco, dos seguintes itens:

Item n° 247:

Discussão e votação, em turno único, dos seguintes requerimentos:

– Requerimento nº 692/2023, de autoria da deputada Paula Belmonte, que “Requer a

realização de Audiência Pública no âmbito da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e

Controle - CFGTC, para debater se o Distrito Federal acompanhou o crescimento dos serviços públicos

essenciais, especificamente nas áreas de saúde, educação, transporte público e segurança pública”;

– Requerimento nº 703/2023, de autoria do deputado Pepa, que “Requer a realização de

Audiência Pública externa para discutir a reforma do estádio Adonir Guimarães, na Região

Administrativa de Planaltina - RA VI”;

– Requerimento nº 713/2023, de autoria da deputada Dayse Amarilio, que “Requer a realização

de audiência pública para debater sobre a importância da atuação dos enfermeiros e enfermeiras

obstetras no Distrito Federal, a ser realizada no dia 10 de novembro de 2023, às 10h, no Plenário desta

Casa de Leis”;

– Requerimento nº 721/2023, de autoria da deputada Dayse Amarilio, que “Requer a realização

de audiência pública sobre o tema: ‘Da violência de gênero ao feminicídio: novos olhares e perspectivas

de atuação’, a ser realizada no dia 29 de agosto de 2023, às 10h, no Plenário desta Casa de Leis”;

– Requerimento nº 745/2023, de autoria do deputado Martins Machado, que “Requer a

realização de Audiência Pública no dia 11 de outubro de 2023, às 9h30, no Plenário, em Comemoração

ao 45º Aniversário do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek.”;

– Requerimento nº 746/2023, de autoria do deputado Joaquim Roriz Neto, que “Requer a

realização de audiência pública para debater o Projeto de Lei nº 117/2023, que dá nova denominação

aos restaurantes comunitários do Distrito Federal”;

– Requerimento nº 749/2023, de autoria do deputado Chico Vigilante, que “Requer a realização

de Audiência Pública para debater sobre as Parcerias Público Privado - PPPs, na rodoviária do Plano

Piloto, em 25 de agosto de 2023.”;

– Requerimento nº 768/2023, de autoria do deputado Fábio Félix, que “Requer a realização de

Audiência Pública no dia 22 de agosto de 2023, às 10:00 horas, para debater a questão do despejo no

Distrito Federal – ‘por um DF sem Despejo.’”.

Item extrapauta:

Discussão e votação, em turno único, dos seguintes requerimentos:

– Requerimento n° 773/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Requer a

transformação da Sessão Ordinária de 5 de outubro de 2023, em Comissão Geral destinada a debater a

Lei n° 7.293/2023, ‘que dispõe sobre a prioridade na tomada de recursos destinados ao microcrédito

pelo Governo do Distrito Federal aos grupos de mulheres que especifica e dá outras providências’”;

– Requerimento n° 774/2023, de autoria do deputado João Cardoso, que “Requer a realização

de Audiência Pública, no dia 18 de setembro de 2023, às 10h, no Plenário desta Casa de Leis, para

debater sobre a Contribuição de servidores aposentados e beneficiários de pensão ao Regime Próprio

de Previdência Social do Distrito Federal – RPPS/DF”;

– Requerimento n° 780/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Requer a

realização de Audiência Pública, no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal, no dia 4 de

outubro de 2023, às 19 horas, para debater a Regularização Fundiária da Vila do Boa, localizada na

Região Administrativa de São Sebastião – RA XIV”.

Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Peço à assessoria da Mesa que abra o painel de votações.

Em votação.

Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando os requerimentos; os que votarem “não”

estarão rejeitando-os.

Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.

Votação aberta.

(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Votação encerrada.

A presidência vai anunciar o resultado da votação: 16 votos favoráveis. Houve 8 ausências.

Estão aprovados os requerimentos.

Apreciação, em bloco, dos seguintes itens:

Item nº 248:

Discussão e votação, em bloco, em turno único, das seguintes moções:

– Moção nº 286/2023, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “Manifesta Votos de Louvor

e Aplausos para as instituições e personalidades que se dedicam à defesa dos direitos desses

trabalhadores e do meio ambiente”;

– Moção nº 287/2023, de autoria do deputado Roosevelt, que “Reconhece e apresenta votos

de louvor aos SGT F Brandão, SGT G Lourenço, CB Marcos Pádua e SD Igor Valim, todos da Polícia

Militar do DF, pelo ato de bravura praticado ao evitar um trágico incêndio com vítimas na 104 Sul no

dia 11 de março de 2023”;

– Moção nº 288/2023, de autoria do deputado Roosevelt, que “Reconhece e apresenta votos

de louvor as servidoras da SES-DF Camila Solé Ferreira Magalhães Lemes 13969 CRM-DF, Suzana da

Silva Berlim CRM 13036, Tatiana Ferreira Nunes de Oliveira Félix CREFITO 59857F e Mariane Grassi

Sampaio CREFITO 86633-F, as quais integraram a Força Nacional do SUS em emergência de saúde no

Estado do Amapá para enfrentamento de surto de síndromes gripais e aumento dramático das

internações de crianças”;

– Moção nº 289/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor e

reconhecimento aos defensores públicos do Distrito Federal, citados, pelos serviços prestados à justiça,

à população e ao Distrito Federal”;

– Moção nº 290/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Reconhece a

apresenta votos de louvor à quadrilha junina Formiga da Roça, da Região Administrativa de São

Sebastião (RA-XIV), pela conquista do XXIII Circuito de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e

Entorno (LINQ-DFE)”;

– Moção nº 291/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta votos de

louvor às pessoas abaixo relacionadas, integrantes da quadrilha junina Formiga da Roça, da Região

Administrativa de São Sebastião (RA-XIV), pela conquista do XXIII Circuito de Quadrilhas Juninas do

Distrito Federal e Entorno (LINQ-DFE)”;

– Moção nº 292/2023, de autoria do deputado Roosevelt, que “Manifesta Votos de Louvor e

parabeniza os Senhores José Serafim da Silva (Paraíbas das Abelhas) e Matheus Serafim da Silva

Cruzpelos relevantes serviços prestados em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito

Federal”;

– Moção nº 293/2023, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Parabeniza e

manifesta votos de louvor à jornalista Isadora Teixeira, pelos relevantes serviços prestados à população

do Distrito Federal, em razão da comemoração ao Dia Nacional das Comunicações”;

– Moção nº 294/2023, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “Manifesta apoio

incondicional às nossas professoras e professores em virtude da sua comparação a traficantes de

drogas”;

– Moção nº 296/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta votos de

louvor e parabeniza à Doutora Maria Cecília Barbosa da Silva Conceição pela promoção ao posto de

Contra-Almirante da Marinha do Brasil”;

– Moção nº 297/2023, de autoria da deputada Jaqueline Silva, que “Reconhece e apresenta

Votos de Louvor aos Policias Militares- PMDF: Comandante 1º QPPMC André Martins da Silva Gomes,

CB QPPMC Junio César Borges Barros, 1º SGT QPPMC Valderi Rodrigues Pedrosa CB QPPMC Pablo da

Silva Confortini, CB QPPMC Leonardo Vinicius Lima Dutra, CB QPPMC Miguel Pereira, SD QPPMC Lucas

Melo Costa, SD QPPMC Douglas Barbosa de Almeida, CB QPPMC Alexandre José Silva dos Santos, pelo

comprometimento, profissionalismo e dedicação, demonstrados em ‘ATO DE BRAVURA’, no fato

ocorrido no dia 04 de julho de 2023 na Ceilândia”;

– Moção nº 298/2023, de autoria do deputado Robério Negreiros, que “Parabeniza e manifesta

votos de louvor aos servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal na ocasião da Sessão Solene

em Comemoração da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltiplas, que

acontecerá no dia 22 de agosto de 2023 às 19h”;

– Moção nº 299/2023, de autoria do deputado Robério Negreiros, que “Parabeniza e manifesta

votos de louvor aos funcionários, alunos e professores da Universidade Católica de Brasília por ocasião

da Sessão Solene em Comemoração da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e

Múltiplas, que será realizada no dia 22 de agosto de 2023 às 19h”;

– Moção nº 301/2023, de autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Parabeniza e manifesta

votos de louvor aos cidadãos que especifica, pelos relevantes serviços prestados para a população do

Distrito Federal”;

– Moção nº 302/2023, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “Manifesta votos de louvor a

Aira Karina Pereira, diretora do Centro de Ensino Fundamental - CEF 08 de Sobradinho, com vistas a

homenagear toda comunidade escolar por seus projetos pedagógicos”;

– Moção nº 303/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor em Sessão

Solene externa durante a comemoração ao 18º aniversário da Cidade do Itapoã – RA-XXVIII, a

realizar-se no dia 9 de agosto de 2023, às 19h, na Quadra 61 - Área Especial - entre os Conjuntos D/E,

Condomínio Del Lago - Itapoã, Distrito Federal; às pessoas abaixo descritas, pelos relevantes serviços

prestados a esta Região Administrativa tão querida e relevante do Distrito Federal”;

– Moção nº 304/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor em Sessão

Solene em comemoração e reconhecimento aos 17 anos de criação da Lei Maria da Penha, a realizar-se

no dia 7 de agosto de 2023, às 14h, no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal”;

– Moção nº 305/2023, de autoria do deputado Hermeto, que “Manifesta votos de louvor e

parabeniza aos mencionadas pela valorização musical do Distrito Federal em comemoração ao

aniversário de 30 anos do Clube do Violeiro Caipira, à realiza-se dia 09 de agosto, às 09h00 no plenário

da Câmara Legislativa”;

– Moção nº 306/2023, de autoria do deputado Fábio Félix, que “Manifesta louvor às pessoas

que especifica em razão do trabalho desenvolvido em defesa da proteção da Serrinha do Paranoá”;

– Moção nº 307/2023, de autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Manifesta votos de

louvor e parabeniza o senhor Jackson Wilhans Soares Faria pelos relevantes serviços prestados à

população do Distrito Federal, durante a pandemia ocasionada pela Covid-19”;

– Moção nº 308/2023, de autoria do deputado Jorge Vianna, “Moção de apoio a preservação

do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), a não inclusão no teto de gastos e a mudança na

forma de sua correção prevista no texto do PLP Nº 93/2023, aprovada na Câmara dos Deputados”;

– Moção nº 309/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor em Sessão

Solene externa durante a comemoração ao 18º aniversário da Cidade do Itapoã – RA-XXVIII, a

realizar-se no dia 9 de agosto de 2023, às 19h, na Quadra 61 - Área Especial - entre os Conjuntos D/E,

Condomínio Del Lago - Itapoã, Distrito Federal; às pessoas abaixo descritas, pelos relevantes serviços

prestados a esta Região Administrativa tão querida e relevante do Distrito Federal. (complemento à

Moção nº 303/2023)”;

– Moção nº 310/2023, de autoria do deputado Hermeto, que “Reconhece e apresenta Votos de

Louvor aos professores e alunos destaques do Colégio Militar Tiradentes em razão do aniversário de 11

anos da escola”;

– Moção nº 311/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor em Sessão

Solene em comemoração e reconhecimento aos 17 anos de criação da Lei Maria da Penha, a realizar-se

no dia 7 de agosto de 2023, às 14h, no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal”;

– Moção nº 312/2023, de autoria do deputado Robério Negreiros, que “Parabeniza e manifesta

votos de louvor ao Soldado Hilquias Ponte Aguiar, pelo apoio e socorro à comunidade de Planaltina”;

– Moção nº 313/2023, de autoria do deputado Iolando, “Moção de louvor às pessoas que

especifica, da comunidade japonesa, pelo importante papel social e econômico desempenhado durante

a construção e desenvolvimento da capital brasileira”;

– Moção nº 314/2023, de autoria do deputado Iolando, “Moção de louvor aos imigrantes

japoneses pelo importante papel social e econômico desempenhado durante a construção e

desenvolvimento da capital brasileira”;

– Moção nº 315/2023, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Reconhece e

apresenta Votos de Louvor aos integrantes do Projeto Impacto Radical por ocasião de sua 90ª edição”;

– Moção nº 316/2023, de autoria do deputado Jorge Vianna, que “Parabeniza e manifesta

votos de louvor aos advogados que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do

Distrito Federal em comemoração ao Dia do Advogado”;

– Moção nº 318/2023, de autoria da deputada Jaqueline Silva, que “Reconhece e apresenta

Votos de Louvor aos Policiais Rodoviários Federais Bruno Monteiro e Osmar Cardoso Pereira, pelo

comprometimento, profissionalismo e dedicação, demonstrados em ‘ATO DE BRAVURA’, que resultou

no salvamento de um jovem da corporação que ameaçou contra a própria vida, dia 09/07/2023”;

– Moção nº 319/2023, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Parabeniza e

manifesta votos de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados ao Distrito

Federal, em ocasião da Sessão Solene em comemoração ao 37ºAniversário da Aviação de Segurança

Pública do Distrito Federal, no dia 11 de agosto de 2023, às 15h, na Divisão de Operações Aéreas da

PCDF”;

– Moção nº 320/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta apoio à

votação e aprovação imediata, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei nº 268/2023, que ‘Altera a Lei

nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir,

como temas transversais nos currículos da educação básica, a educação política e a educação

financeira”;

– Moção nº 321/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta apoio à

votação e aprovação imediata, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei nº 4533/2019, que ‘Inclui

noções de Direito Constitucional e Teoria Geral do Estado na Base Nacional Comum Curricular referente

ao ensino médio”;

– Moção nº 322/2023, de autoria do deputado Jorge Vianna, que “Parabeniza e manifesta

votos de louvor aos advogados que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do

Distrito Federal em comemoração ao Dia do Advogado”;

– Moção nº 323/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta votos de

louvor às pessoas abaixo relacionadas, lideranças comunitárias da Região Administrativa de São

Sebastião (RA-XIV), em reconhecimento ao notável trabalho social e engajamento cidadão que

realizam com dedicação exemplar”;

Item extrapauta:

Discussão e votação, em bloco, em turno único, das seguintes moções:

– Moção nº 324/2023, de autoria do Deputado Rogerio Morro da Cruz, que “manifesta votos de

louvor às cidadãs e cidadãos abaixo relacionados, lideranças comunitárias da Região Administrativa de

São Sebastião (RA-XIV), em reconhecimento ao notável trabalho social que vêm realizando em prol da

comunidade daquela progressiva cidade”;

– Moção nº 325/2023, de autoria do Deputado Hermeto, que “reconhece e apresenta Votos de

Louvor aos Coordenadores pedagógicos civis e militares da seção de ensino da Academia de Polícia

Militar de Brasília, APMB”;

– Moção nº 326/2023, de autoria do Deputado Pepa, que “parabeniza e manifesta votos de

louvor e aplausos às personalidades que especifica em comemoração ao 164º aniversário da Região

Administrativa de Planaltina - DF RA VI”;

– Moção nº 327/2023, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta

votos de louvor aos advogados que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do

Distrito Federal em comemoração ao Dia do Advogado”;

– Moção nº 328/2023, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “parabeniza e

manifesta votos de louvor aos jornalistas: Bruno Vinicius de Araújo Farias e Guilherme Roberto Gomes,

pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal, em razão da comemoração ao Dia

Nacional das Comunicações”;

– Moção nº 329/2023, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta

votos de louvor aos profissionais que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do

Distrito Federal em comemoração ao Dia do Cirurgião Vascular”;

– Moção nº 330/2023, de autoria do Deputado Pepa, que “parabeniza e manifesta votos de

louvor e aplausos às personalidades que especifica em comemoração ao 164º aniversário da Região

Administrativa de Planaltina - DF RA VI”;

– Moção nº 331/2023, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “parabeniza e

manifesta votos de louvor aos advogados que especifica, pelos relevantes serviços prestados à

população do Distrito Federal em comemoração ao Dia do Advogado”;

– Moção nº 332/2023, de autoria do Deputado Fábio Félix, que “manifesta pesar pelo

falecimento da atriz Léa Garcia”;

– Moção nº 333/2023, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que “manifesta louvor aos

policiais civis do Distrito Federal e policiais militares de Goiás, que atuaram na elucidação do

Feminicídio que vitimou a agente da Policia Civil do Distrito Federal, Valdéria da Silva Barbosa”.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Em discussão as moções.

Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente. Eu vou

me escusar para pedir 2 destaques de moções em que eu vou votar contra. A primeira é a Moção nº

294 e a segunda é a Moção nº 302.

Ontem, no Colégio de Líderes, presidente, ao final da nossa reunião eu pedi para que nós

limpássemos a nossa pauta dessas moções porque gastamos um tempo danado discutindo moção de

cunho eminentemente partidário, perseguição por causa do sobrenome de um, do partido a que o

outro é filiado. Isso não contribui em nada, gasta o nosso tempo, gasta a nossa energia.

Então, ontem limpamos a Ordem do Dia com as moções, uma contra o Lula, outra contra o

Bolsonaro, outra contra não sei quem. Hoje, chegamos aqui e temos a mesma coisa. Por via oblíqua,

uma tentativa de ataque a determinado deputado federal que nem daqui é, porque falou não sei o quê.

Então, votarei contra essa e contra uma outra que é relacionada a um conteúdo pedagógico ao

qual eu sou contrário, que é a sexualização das nossas crianças nas escolas. Então, em relação a essas

2, eu votarei contra.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Ficam retiradas da votação em bloco

as Moções nº 294/2023 e nº 302/2023.

DEPUTADO IOLANDO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO IOLANDO (MDB. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, quero pedir

destaque da Moção nº 308/2023, que também está no conjunto das moções, por favor.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Fica retirada também a Moção nº

308/2023 da votação em bloco.

DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente,

quero registrar o pedido para que os parlamentares entendam que uma moção de louvor é algo que,

nesta Câmara, é muito sério, no sentido de fazermos com que essas pessoas sejam referência na

população. Quando fazemos a entrega de moção de louvor, somos nós os 24 deputados fazendo essa

defesa.

Então, quero pedir também que façamos a votação em destaque da Moção nº 302/2023. A

pedagogia, nós pensamos, acreditamos e defendemos, não é a sexualização das nossas crianças.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.

(Intervenção fora do microfone.)

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Informo que ontem, na reunião de

líderes, foi feito um acordo para tirar de pauta todas as moções de repúdio, e elas foram retiradas,

deputado.

(Intervenção fora do microfone.)

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Já foi retirada a de V.Exa.? Ok.

DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Não é essa a questão. As de

ontem foram retiradas. Eu estou falando é que aí vamos encher outra vez a nossa Ordem do Dia com

novas moções – umas de louvor, outras para fazer notas de repúdio. O conteúdo é o mesmo,

puramente ideológico. E nós gastamos energia e tempo aqui debatendo essas coisas. Foi só isso o que

quis dizer. Peço desculpas se não me expliquei da maneira adequada.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Não, deputado, o senhor explicou.

Eu entendi e estou de acordo.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, vou pedir para

retirar da votação de hoje as 2 moções que tiveram pedido de destaque, em respeito aos professores,

porque queremos votar em segundo turno. Mas vou fazer só uma defesa. Eu não vou entrar no mérito

do debate aqui e estou pedindo retirada, porque não se trata desse argumento de que a moção é

ideológica. Nós estamos em uma casa política.

Eu vou explicar as 2 moções.

A primeira moção é de apoio a uma escola em Sobradinho que realizava uma palestra sobre

direitos da população LGBTQIA+ para educar e inclusive ajudar no debate dos pais com os filhos, na

relação que o pai e a mãe têm com o filho LGBT. É importante essa moção de apoio a essa escola,

porque tentaram criminalizar essa atividade, que está prevista no Currículo em Movimento, na LDB e

em todo o ordenamento jurídico legal do papel da escola.

Tentaram calar uma escola por fazer um debate essencial sobre direitos humanos, direitos da

população LGBTQIA+. E que está de acordo com o currículo. É por isso que a moção é de apoio à

escola, porque tentaram calar a escola. Tentaram impedir que a escola fizesse o debate. Mas eu vou

retirar a moção de pauta para podermos votar em segundo turno.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Ela já foi retirada da votação em

bloco.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – A segunda moção, senhor

presidente, é outra moção de apoio aos professores e professoras, que nós estamos homenageando

nesta casa pelo discurso de todos e todas de que é necessário valorizar o salário.

É uma moção de apoio aos professores porque houve um político que chamou professores de

traficantes. Tentou igualar a prática de professores e de professoras... Ele disse que professores são

piores do que traficantes. Esta é uma casa política, por isso o debate também é ideológico. Então, esta

é uma moção para reconhecer que não! Professores educam e cumprem um papel fundamental para a

sociedade.

São duas moções de apoio. Eu vou retirar do debate e da votação de hoje, porque nós

queremos muito votar o segundo turno e garantir o quórum. Mas, nós vamos trazer essa matéria para

a próxima sessão, porque esta casa precisa fazer este debate, ou achamos que os professores são

traficantes ou não.

Estou retirando a moção para votarmos o segundo turno o mais possível e ganharmos tempo.

Obrigado, Presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Por eu ser autor de algumas

moções, passo a presidência ao deputado Ricardo Vale.

(Assume a Presidência o deputado Ricardo Vale.)

PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Em discussão as moções. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam as moções permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

As moções estão aprovadas com a presença de 18 deputados.

(Assume a Presidência o deputado Pastor Daniel de Castro.)

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Assumo a presidência.

DEPUTADO IOLANDO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.

DEPUTADO IOLANDO (MDB. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu queria só corrigir a

minha fala com relação... Eu pedi para retirar a Moção nº 308. Eu gostaria que V.Exa. a colocasse no

pacote novamente, por favor.

Fui eu que solicitei a retirada para que votássemos em conjunto.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Ela já foi colocada, deputado

Iolando.

DEPUTADO IOLANDO – Presidente, está inclusa?

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Está inclusa.

DEPUTADO IOLANDO – Ok. Moção nº 308. Obrigado.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Não. Ela foi retirada. V.Exa. pediu

para retirá-la.

DEPUTADO IOLANDO – Então, eu peço que votemos essa moção, por favor.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Então, V.Exa. quer que votemos

essa moção?

DEPUTADO IOLANDO – Sim.

PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Coloco em discussão a Moção nº

308.

Discussão e votação da Moção nº 308/2023, de autoria do deputado Jorge Vianna, “Moção de

apoio a preservação do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), a não inclusão no teto de

gastos e a mudança na forma de sua correção, prevista no texto do PLP nº 93/2023, aprovada na

Câmara dos Deputados”.

Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam a moção permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

A moção está aprovada com a presença de 18 deputados. Houve 7 ausências.

Nos termos do artigo 120 do Regimento Interno e, em atendimento ao Requerimento nº

129/2023, convoco os senhores e as senhoras deputados, para a sessão extraordinária de hoje, com o

início imediato, após esta sessão ordinária, para discussão e votação do segundo turno dos seguintes

projetos:

– Projeto de Lei nº 470, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº 5.105/2013, de 03

de maio de 2013, que ‘reestrutura a carreira magistério do Distrito Federal e dá outras providências’”;

– Projeto de Lei nº 471/2023, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº 7.171/2022,

de 1 de agosto de 2022, que ‘Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de

2023 e dá outras providências’”.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente sessão ordinária.

(Levanta-se a sessão às 17h36min.)

Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de

acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização

deste evento.

Siglas com ocorrência neste evento:

BRB – Banco de Brasília

Caesb – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal

CCJ – Comissão de Constituição e Justiça

CEF – Centro de Ensino Fundamental

CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças

CFGTC – Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle

CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito

Deam – Delegacia Especial de Atendimento à Mulher

EJA – Educação de Jovens e Adultos

Enap – Escola Nacional de Administração Pública

Gaped – Gratificação de Atividade Pedagógica

Gase – Gratificação de Suporte Educacional

GIC – Gratificação de Incentivo à Carreira

Inas – Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

MP – Ministério Público

PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira

PDL – Projeto de Decreto Legislativo

PIB – Produto Interno Bruto

PPGE – Políticas Públicas e Gestão Educacional

PPP – Parceria Público-Privada

Provid – Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar

RA – Região Administrativa

SAE-DF – Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal

SAEE – Serviço de Atendimento Educacional Especializado

Sejus – Secretaria da Justiça

Seplad – Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

Sinpro-DF – Sindicato dos Professores no Distrito Federal

Sinproep – Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal

SLU – Serviço de Limpeza Urbana

UnB – Universidade de Brasília

Documento assinado eletronicamente por ROMILDO PEREIRA - Matr. 13173, Chefe do Setor de

Taquigrafia - Substituto(a), em 16/08/2023, às 19:56, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08,

de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1300520 Código CRC: 08FDED54.

...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA 66ª(SEXAGÉSIMA SEXTA)SESSÃO ORDINÁRIA,DE 15 DE AGOSTO DE 2023.INÍCIO ÀS 15H TÉRMINO ÀS 18H36MINPRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária deterça-feira, dia 15 de agosto de 2023, às 15 horas.S...
Ver DCL Completo
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Pareceres 1/2024

CEOF

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

Comissão de Economia Orçamento e Finanças

PARECER PRELIMINAR Nº , DE 2024 - CEOF

Projeto de Lei nº 1294/2024

Da COMISSÃO DE ECONOMIA,

ORÇAMENTO E FINANÇAS - CEOF

sobre o Projeto de Lei nº 1294/2024,

que “Estima a receita e fixa a

despesa do Distrito Federal para o

exercício financeiro de 2025.”

AUTOR: Poder Executivo

RELATOR: Deputado EDUARDO

PEDROSA

I – RELATÓRIO

Chega a esta Comissão de Economia, Orçamento e Finanças – CEOF o Projeto de Lei no

1.294, de 2024 (Projeto de Lei Orçamentária Anual para o exercício financeiro de 2025 – PLOA

/2025), de autoria do Poder Executivo, encaminhado pela Mensagem no 236/2024-GAG/CJ, de

13 de setembro de 2024, e acompanhado da Exposição de Motivos nº 108/2024 – SEEC/GAB,

de 13 de setembro de 2024.

O texto do PLOA/2025 está estruturado em 12 artigos, e apresenta, nos arts. 1º ao 12, a

estimativa da receita e fixa a despesa dos Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de

Investimento, no montante de R$ 41.600.640.122,00 assim fixada:

Orçamento Fiscal: R$ 25.792.139.320,00;

Orçamento da Seguridade Social: R$ 14.124.187.931,00; e

Orçamento de Investimento: R$ 1.684.312.871,00.

Os arts. 5º e 6º do PLOA/2025 tratam das autorizações de créditos orçamentários mediante ato

próprio do Poder Executivo e da Câmara Legislativa, e da movimentação de dotações atribuídas

às unidades orçamentárias.

O art. 7º trata da autorização para transposição, remanejamento e transferência de dotações de

uma unidade orçamentária para outra nos casos de transformações orgânicas na estrutura

administrativa do Governo do Distrito Federal .

Consta do art. 8º que os órgãos do Poder Legislativo do Distrito Federal e a Defensoria Pública

do Distrito Federal ficam autorizados a abrir créditos suplementares, com a finalidade de atender

a insuficiências nas dotações orçamentárias, até o limite de 15% do valor total de seus

orçamentos para atender somente a remanejamento dentro da própria unidade e mediante a

utilização de recursos provenientes da anulação parcial ou total de suas dotações orçamentárias

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.1

Consta do art. 9º autorização genérica para o órgão central do Sistema de Planejamento e

Orçamento do Poder Executivo a movimentar dotações orçamentárias.

Consta do art. 10 autorizada para o Governo do Distrito Federal promover contratação das

operações de crédito incluídas na LOA para o atendimento das despesas que, de acordo com a

legislação vigente, possam ser financiadas com essa receita, observados os limites do art. 52,

inciso V, da Constituição Federal.

Pelo teor do art. 11, integram a Lei os Anexos relacionados no art. 5° da Lei nº 7.549, de 30 de

julho de 2024 (Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025).

Por fim, o art. 12 dispõe sobre a cláusula de vigência da Lei a partir de 1° de janeiro de 2025.

O PLOA/2025 compõe-se dos seguintes módulos:

- Módulo Projeto de Lei Orçamentária Anual – Ano 2025:

Texto da Mensagem Nº 236/2024 ?GAG/CJ;

Exposição de Motivos Nº 108/2024 ?SEEC/GAB;

Nota Jurídica Nº 390/2024 - SEEC/AJL/UNOP;

Nota Técnica Nº 1/2024 - SEEC/SEFIN/SUOP/UPROMO/COGER.

- Módulo Anexos:

ANEXO I - RESUMO GERAL DA RECEITA

ANEXO II - RESUMO GERAL DA DESPESA

ANEXO III - DEMONSTRATIVO DA DESPESA, POR PODER, ÓRGÃO, FONTE E

GRUPO DE DESPESA – FISCAL E SEGURIDADE SOCIAL

ANEXO IV - DETALHAMENTO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS –

ANEXO V – DEMONSTRATIVO DA COMPATIBILIDADE COM METAS FISCAIS DA LDO

ANEXO VI - DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO POR ÓRGÃO E

UNIDADE

ANEXO VII - DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO POR UNIDADE

ORÇAMENTÁRIA/FONTE DE FINANCIAMENTO

ANEXO VIII – DETALHAMENTO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS DO ORÇAMENTO

DE INVESTIMENTO

ANEXO IX - MARGEM DE EXPANSÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS

ANEXO X - DEMONSTRATIVO DE OBRAS E SERVIÇOS COM INDÍCIOS DE

IRREGULARIDADES GRAVES

ANEXO XI - DEMONSTRATIVO DA RECEITA E DESPESA POR CATEGORIA

ECONÔMICA

- Módulo Demonstrativos Complementares:

QUADRO I - DEMONSTRATIVO GERAL DA RECEITA

QUADRO II - DEMONSTRATIVO DOS RECURSOS DO TESOURO

QUADRO III - DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS DIRETAMENTE ARRECADADAS

QUADRO IV - DEMONSTRATIVO DA RECEITA DE CONVÊNIOS COM GDF

QUADRO V – DEMONSTRATIVO DA ORIGEM E APLICAÇÃO DOS RECURSOS

OBTIDOS COM A ALIENAÇÃO DE ATIVOS

QUADRO VI - DEMONSTRATIVO DA RECEITA PARA IDENTIFICAÇÃO DO

RESULTADO PRIMÁRIO E NOMINAL

QUADRO VII - DEMONSTRATIVO DO CRITÉRIO UTILIZADO NA APURAÇÃO DO

RESULTADO PRIMÁRIO E NOMINAL

QUADRO VIII - DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA DE 2025 A 2027

QUADRO IX - DEMONSTRATIVO DA EVOLUÇÃO DA RECEITA

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.2

QUADRO X - PROJEÇÃO DA RENÚNCIA DE RECEITAS DE ORIGEM TRIBUTÁRIA

QUADRO XI - PROJEÇÃO DA RENÚNCIA DE BENEFÍCIOS CREDITÍCIOS E

FINANCEIROS

QUADRO XII – DEMONSTRATIVO DA DESPESA

QUADRO XIII – DEMONSTRATIVO DA DESPESA POR ÓRGÃO E UNIDADE

ORÇAMENTÁRIA

QUADRO XIV – QUADRO DE DETALHAMENTO DA DESPESA – QDD

QUADRO XV - DEMONSTRATIVO DAS METAS FÍSICAS POR PROGRAMA

QUADRO XVI – DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOAL x RCL

QUADRO XVII – DEMONSTRATIVO DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

QUADRO XVIII - DEMONSTRATIVO DA APLICAÇÃO MÍNIMA EM EDUCAÇÃO

QUADRO XIX – DEMONSTRATIVO DA APLICAÇÃO MÍNIMA EM SAÚDE

QUADRO XX – DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM A CRIANÇA E O

ADOLESCENTE - OCA

QUADRO XXI - DEMONSTRATIVO DA APLICAÇÃO (FAP, FAC, FDCA E

PRECATÓRIOS)

QUADRO XXII – DEMONSTRATIVO DOS RECURSOS DESTINADOS A

INVESTIMENTOS POR ÓRGÃO

QUADRO XXIII – DEMONSTRATIVO DOS GASTOS PROGRAMADOS COM

INVESTIMENTOS E DEMAIS DESPESAS DE CAPITAL

QUADRO XXIV – DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO POR

ÓRGÃO, FUNÇÃO, SUBFUNÇÃO, PROGRAMA

QUADRO XXV – DEMONSTRATIVO DA PROGRAMAÇÃO DO ORÇAMENTO DE

INVESTIMENTO

QUADRO XXVI – DEMONSTRATIVO DO INÍCIO E TÉRMINO DA PROGRAMAÇÃO COM

ELEMENTO DE DESPESA 51

QUADRO XXVII – PROJEÇÃO DO SERVIÇO DA DÍVIDA FUNDADA E INGRESSO DE

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

QUADRO XXVIII – DEMONSTRATIVO DOS PRECATÓRIOS JUDICIAIS POR FONTES

DE RECURSOS

QUADRO XXIX – DEMONSTRATIVO DE EVOLUÇÃO DA DESPESA

QUADRO XXX – DEMONSTRATIVO DA METODOLOGIA DOS PRINCIPAIS ITENS DA

DESPESA

QUADRO XXXI – DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS OU DESPESAS DESVINCULADAS

QUADRO XXXII – DETALHAMENTO DAS FONTES DE RECURSOS

QUADRO XXXIII – DEMONSTRATIVO DA REGIONALIZAÇÃO

QUADRO XXXIV – DEMONSTRATIVO DE PROJETOS EM ANDAMENTO

QUADRO XXXV – DEMONSTRATIVO DAS AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DO

PATRIMÔNIO PÚBLICO

QUADRO XXXVI – DETALHAMENTO DO LIMITE DO FUNDO CONSTITUCIONAL

QUADRO XXXVII – ADENDO À APLICAÇÃO MÍNIMA EM EDUCAÇÃO

QUADRO XXXVIII – ADENDO À APLICAÇÃO MÍNIMA EM SAÚDE

QUADRO XXXIX – DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS – SAÚDE E EDUCAÇÃO A

CARGO DO FCDF

De acordo com a Exposição de Motivos nº 108/2024 – SEEC/GAB, de 13 de setembro de 2024,

a Secretaria de Estado de Economia destaca que o Projeto de Lei Orçamentária Anual foi

elaborado em observância à Constituição Federal, às legislações que versam sobre finanças

públicas e às determinações e recomendações dos órgãos de controle interno e externo do

Distrito Federal. Consta que no dia 16 de julho de 2024, a Secretaria de Economia do Distrito

Federal realizou Audiência Pública Online, com o fito de apresentar os principais pontos da

elaboração do PLOA/2025 e colher da população sugestões, questionamentos e críticas ao

processo orçamentário.

Em razão das particularidades regimentais o PLOA/2025 ainda não recebeu emendas.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.3

É o Relatório.

II – VOTO DO RELATOR

Nos termos do que dispõe o art. 64, II, b, do Regimento Interno da Câmara Legislativa do

Distrito Federal – RICLDF, compete à Comissão de Economia, Orçamento e Finanças – CEOF

analisar a admissibilidade quanto à adequação orçamentária e financeira e emitir parecer sobre

o mérito do projeto de lei orçamentária anual.

Ainda, de acordo com o art. 219, inciso II, alínea a , do RICLDF, compete à CEOF designar

relator para emitir o parecer preliminar ao referido projeto no prazo máximo de quinze dias após

o seu recebimento. Posteriormente, nos termos do art. 220, após a votação e publicação deste

parecer, abre-se o prazo mínimo de 10 dias para a apresentação de emendas pelos

parlamentares, as quais serão protocoladas junto à CEOF.

Assim, este Parecer Preliminar contempla uma visão geral do PLOA/2025, com a análise da

proposta orçamentária, sua compatibilidade com o projeto de Plano Plurianual, Lei nº 7.378, de

29 de dezembro de 2023, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025, Lei 7.549, de 30 de

julho de 2024, com a Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) e

outras determinações constitucionais e legais aplicáveis. Assim, o presente Parecer Preliminar

está dividido em três partes:

i. Análise comparativa entre o PLOA/2025 e a Lei Orçamentária vigente - LOA/2024 (Lei nº

7.377, de 29 de dezembro de 2023);

ii. Análise do conteúdo e da forma de apresentação do PLOA/2025, com base na legislação

pertinente; e

iii. Informações complementares que devem ser solicitadas ao Poder Executivo.

II.1 – ANÁLISE DO TEXTO DO PLOA/2025

O texto do PLOA/2025 (Projeto de Lei nº 1.294/2024) apresenta algumas modificações quando

comparado à lei orçamentária vigente, Lei no 7.377/2023 – LOA/2024, as quais são

apresentadas no Quadro II.1:

Quadro II.1 Comparação entre o texto do PLOA/2024 e da LOA/2023

Lei nº 7.377/ 2023 PLOA 2025 Observações

(LOA 2024)

Art.1º Esta Lei estima a Art. 1º Esta Lei estima a Verifica-se aumento da

receita do Distrito Federal receita do Distrito Federal estimativa da receita e

para o exercício financeiro para o exercício financeiro aumento da fixação da

de 2024, no montante de R$ de 2025, no montante de R$ despesa no PLOA 2025,

37.874.880.298,00 e fixa a 41.600.640.122,00 em comparação à LOA

despesa em igual valor, (quarenta e um bilhões, /2024, em torno de 9,84%.

compreendendo: seiscentos milhões,

seiscentos e quarenta mil

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.4

cento e vinte e dois reais) e

fixa a despesa em igual

valor, compreendendo:

I - o Orçamento Fiscal, I - o Orçamento Fiscal, Sem alteração.

referente aos Poderes do referente aos Poderes do

Distrito Federal, a seus Distrito Federal, a seus

fundos, órgãos e entidades fundos, órgãos e entidades

da administração direta e da administração direta e

indireta, inclusive fundações indireta, inclusive fundações

instituídas e mantidas pelo instituídas e mantidas pelo

poder público; poder público;

II - o Orçamento da II - o Orçamento da Sem alteração.

Seguridade Social, Seguridade Social,

abrangendo todas as abrangendo todas as

entidades e órgãos a ele entidades e órgãos a ele

vinculados, da vinculados, da

administração direta e administração direta e

indireta, bem como os indireta, bem como os

fundos e fundações fundos e fundações

instituídos ou mantidos pelo instituídos ou mantidos pelo

poder; poder;

III - o Orçamento de III - o Orçamento de Sem alteração.

Investimento das empresas Investimento das empresas

estatais não dependentes estatais não dependentes

em que o Distrito Federal, em que o Distrito Federal,

direta ou indiretamente, direta ou indiretamente,

detém a maioria do capital detém a maioria do capital

social com direito a voto. social com direito a voto

Art. 2º A receita total Art. 2º A receita total Verifica-se aumento da

estimada para os estimada para os receita do OFSS no PLOA

Orçamentos Fiscal e da Orçamentos Fiscal e da 2025, em comparação à

Seguridade Social é de R$ Seguridade Social é de R$ LOA/2024, em torno de

35.776.782.613,00. 39.916.327.251,00 (trinta e 11,57%.

nove bilhões, novecentos e

dezesseis milhões, trezentos

e vinte e sete mil duzentos e

cinquenta e um reais).

Parágrafo único. As receitas Parágrafo único. As receitas Sem alteração.

decorrentes da arrecadação decorrentes da arrecadação

de tributos, contribuições e de tributos, contribuições e

de outras receitas correntes de outras receitas correntes

e de capital, na forma da e de capital, na forma da

legislação vigente, estão legislação vigente, estão

estimadas em: estimadas em:

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.5

I – recursos do Tesouro: R$ I - recursos do Tesouro: R$ Verifica-se aumento da

28.123.992.618,00; 30.952.330.274,00 (trinta receita oriunda de recurso

bilhões, novecentos e do Tesouro no PLOA

cinquenta e dois milhões, 2025, em comparação à

trezentos e trinta mil LOA 2024, em torno de

duzentos e setenta e quatro 10,06%.

reais);

II - recursos de outras II – recursos de outras Verifica-se aumento da

fontes: R$ 7.652.789.995,00 fontes: R$ 8.963.996.977,00 receita oriunda de outras

(oito bilhões, novecentos e fontes no PLOA 2025, em

sessenta e três milhões, comparação à LOA 2024,

novecentos e noventa e seis em torno de 17,13%.

mil novecentos e setenta e

sete reais).

Art. 3º A despesa total dos Art. 3º A despesa total dos Sem alteração.

orçamentos Fiscal e da orçamentos Fiscal e da

Seguridade Social, no Seguridade Social, no

mesmo valor da receita mesmo valor da receita

orçamentária constante do orçamentária constante do

art. 2º, está detalhada por art. 2º, está detalhada por

órgãos orçamentários, nos órgãos orçamentários, nos

quadros que integram esta quadros que integram esta

Lei, assim distribuída: Lei, assim distribuída:

I - no Orçamento Fiscal, em I - no Orçamento Fiscal, em Verifica-se aumento da

R$ 24.538.430.585,00; R$ 25.792.139.320,00 (vinte despesa do OF no PLOA

e cinco bilhões, setecentos e 2025, em comparação à

noventa e dois milhões, LOA 2024, em torno de

cento e trinta e nove mil 5,11%

trezentos e vinte reais);

II - no Orçamento da II - no Orçamento da Verifica-se aumento da

Seguridade Social, em R$ Seguridade Social, em R$ despesa do OSS, no

11.238.352.028,00. 14.124.187.931,00 (quatorze PLOA 2025, em

bilhões, cento e vinte e comparação à LOA 2024,

quatro milhões, cento e em torno de em torno de

oitenta e sete mil 25,68%.

novecentos e trinta e um

reais).

Art. 4º A receita e despesa Art. 4º A receita e despesa Verifica-se a redução da

orçamentárias do orçamentárias do receita e da despesa do

Orçamento de Investimento Orçamento de Investimento OI no PLOA 2025, em

são fixadas em R$ são fixadas em R$ comparação à LOA 2024,

2.098.097.685,00, cuja 1.684.312.871,00 (um em torno de em torno de

distribuição por órgão ou bilhão, seiscentos e oitenta 19,72%.

entidade consta do Anexo VI e quatro milhões, trezentos

desta Lei. e doze mil oitocentos e

setenta e um reais), cuja

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.6

distribuição por órgão ou

entidade consta do Anexo VI

desta Lei.

Parágrafo único. As fontes Parágrafo único. As fontes

de recursos para de recursos para

financiamento do Orçamento financiamento do Orçamento

de Investimento totalizam de Investimento totalizam

R$ 2.098.097.685,00, na R$ 1.684.312.871,00 (um

forma do Anexo VII. bilhão, seiscentos e oitenta

e quatro milhões, trezentos

e doze mil oitocentos e

setenta e um reais), na

forma do Anexo VII.

Art. 5º Fica o Poder Art. 5º Fica o Poder Sem alteração.

Executivo autorizado a abrir Executivo autorizado a abrir

créditos suplementares, créditos suplementares,

mediante ato próprio: mediante ato próprio:

I - com a finalidade de I - com a finalidade de Sem alteração.

atender as insuficiências nas atender as insuficiências nas

dotações orçamentárias, até dotações orçamentárias, até

o limite de 25% do valor total o limite de 25% do valor total

de cada unidade de cada unidade

orçamentária, nos orçamentária, nos

Orçamentos Fiscal, da Orçamentos Fiscal, da

Seguridade Social e de Seguridade Social e de

Investimento das empresas Investimento das empresas

estatais, mediante a estatais, mediante a

utilização de recursos utilização de recursos

provenientes: provenientes:

a) da anulação parcial ou a) da anulação parcial ou Sem alteração.

total de dotações total de dotações

orçamentárias autorizadas orçamentárias autorizadas

por esta Lei, nos termos do por esta Lei, nos termos do

art. 43, § 1º, III, da Lei art. 43, § 1º, III, da Lei

federal nº 4.320, de 17 de federal nº 4.320, de 17 de

março de 1964; março de 1964;

b) de excesso de b) de excesso de Sem alteração.

arrecadação, nos termos do arrecadação, nos termos do

art. 43, § 1º, II, da Lei federal art. 43, § 1º, II, da Lei

nº 4.320, de 1964; federal nº 4.320, de 1964;

II - para incorporar à Lei II - para incorporar à Lei Sem alteração.

Orçamentária Anual - LOA, Orçamentária Anual - LOA,

por excesso de por excesso de

arrecadação, os recursos arrecadação, os recursos

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.7

referentes às transferências referentes às transferências

concedidas pela União, concedidas pela União,

oriundos de: oriundos de:

a) convênios; a) convênios; Sem alteração.

b) eventuais resultados de b) eventuais resultados de Sem alteração.

aplicações financeiras aplicações financeiras

vinculadas, durante o vinculadas, durante o

exercício financeiro, não exercício financeiro, não

previstos ou previstos ou

insuficientemente estimados insuficientemente estimados

no Orçamento, respeitados no Orçamento, respeitados

os valores e a destinação os valores e a destinação

programática; programática;

c) aportes ao Sistema Único c) aportes ao Sistema Único Sem alteração.

de Saúde que tenham de Saúde que tenham

destinação vinculada; destinação vinculada;

d) aportes com destinação d) aportes com destinação Sem alteração.

vinculada por lei; vinculada por lei;

e) auxílios financeiros e) auxílios financeiros Sem alteração.

concedidos ao Distrito concedidos ao Distrito

Federal; Federal.

f) emendas individuais f) emendas individuais Sem alteração.

impositivas das quais trata o impositivas das quais trata o

art. 166-A da Constituição art. 166-A da Constituição

Federal de 1988; Federal de 1988.

g) demais transferências da g) demais transferências da Sem alteração.

União e eventuais União e eventuais

remanejamentos. remanejamentos.

III - para incorporação e III - para incorporação e Sem alteração.

remanejamento de recursos remanejamento de recursos

decorrentes de: decorrentes de:

a) superávit financeiro a) superávit financeiro Sem alteração.

apurado em balanço apurado em balanço

patrimonial do exercício patrimonial do exercício

anterior, nos termos do art. anterior, nos termos do art.

43, § 1º, I, da Lei federal nº 43, § 1º, I, da Lei federal nº

4.320, de 1964, observados 4.320, de 1964, observados

os respectivos saldos os respectivos saldos

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.8

orçamentários e suas orçamentários e suas

vinculações, se houver; vinculações, se houver;

b) doações b) doações. Sem alteração.

c) operações de crédito, c) operações de crédito, Sem alteração.

internas e externas; e internas e externas;

d) excesso de arrecadação d) excesso de arrecadação Sem alteração.

destinados a pagamento de destinados a pagamento de

pessoal, encargos sociais, pessoal, encargos sociais,

concessão de benefícios e concessão de benefícios e

serviço da dívida. serviço da dívida; e

e) excesso de arrecadação O PLOA 2025 prevê uma

destinados a atender nova hipótese de abertura

despesas obrigatórias de de crédito suplementar

caráter continuado, por ato próprio do Poder

constantes do Anexo VI da Executivo.

Lei nº 7.549, de 30 de julho

de 2024 (Lei de Diretrizes

Orçamentárias de 2025).

IV – com o objetivo de IV – com o objetivo de Sem alteração.

remanejar, sem a incidência remanejar, sem a incidência

do limite de que trata o do limite de que trata o

inciso I do caput, as inciso I do caput, as

dotações: dotações:

a) para suprir insuficiências a) para suprir insuficiências Sem alteração.

nas dotações orçamentárias nas dotações orçamentárias

com pessoal e encargos com pessoal e encargos

sociais; sociais;

b) para cobrir despesas de b) para cobrir despesas de Sem alteração.

concessão de benefícios a concessão de benefícios a

servidores; servidores;

c) para atender a despesas c) para atender a despesas Sem alteração.

obrigatórias de caráter obrigatórias de caráter

continuado, constantes do continuado, constantes do

Anexo VI da Lei nº 7.313, de Anexo VI da Lei nº 7.549, de

27 de julho de 2023 (Lei de 30 de julho de 2024 (Lei de

Diretrizes Orçamentárias de Diretrizes Orçamentárias de

2024); 2025);

Sem alteração.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.9

d) da Reserva de d) da Reserva de

Contingência; Contingência;

e) constantes do Anexo I da e) constantes do Anexo I da Sem alteração.

Lei nº 7.313, de 27 de julho Lei nº 7.549, de 30 de julho

de 2023 (Lei de Diretrizes de 2024 (Lei de Diretrizes

Orçamentárias de 2024); Orçamentárias de 2025);

f) destinadas à contrapartida f) destinadas à contrapartida Sem alteração.

de convênios, operações de de convênios, operações de

crédito e congêneres crédito e congêneres;

g) para atender a despesas g) para atender a despesas Sem alteração.

do Sistema Único de Saúde do Sistema Único de Saúde

que tenham destinação que tenham destinação

vinculada. vinculada.

V - para o atendimento de V - para o atendimento de Sem alteração.

despesas com dotação despesas com dotação

mínima estabelecida em lei. mínima estabelecida em lei.

§ 1º Fica vedado o Parágrafo único. Fica Sem alteração.

cancelamento das dotações vedado o cancelamento das

consignadas às unidades dotações consignadas às

orçamentárias da Câmara unidades orçamentárias da

Legislativa do Distrito Câmara Legislativa do

Federal e do Tribunal de Distrito Federal e do

Contas do Distrito Federal, Tribunal de Contas do

bem como dos subtítulos Distrito Federal, bem como

inseridos nesta Lei por dos subtítulos inseridos

emenda parlamentar nos nesta Lei por emenda

termos do § 15 do art. 150 parlamentar nos termos do §

da Lei Orgânica do Distrito 15 do art. 150 da Lei

Federal. Orgânica do Distrito Federal.

§ 2º (VETADO) Fica vedado Trata-se de parágrafo

o cancelamento de dotações vetado na LOA 2024.

orçamentárias de ações

constantes do Anexo de

Meta e Prioridades da Lei de

Diretrizes Orçamentárias

para abertura de crédito

suplementar por ato próprio,

ressalvado o

remanejamento dentro do

mesmo Programa.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.10

§ 3º (VETADO) A proposta Trata-se de parágrafo

de alteração da Lei de vetado na LOA 2024.

Diretrizes Orçamentárias

com o objetivo de excluir o

subtítulo ou a ação do

Anexo de Metas e

Prioridades deve ser

acompanhada das

justificativa do não

cumprimento das metas e

prioridades inicialmente

previstas.

Art. 6º Fica o Poder Art. 6º Fica o Poder Sem alteração.

Executivo autorizado a abrir Executivo autorizado a abrir

créditos extraordinários, créditos extraordinários,

mediante ato próprio, para o mediante ato próprio, para o

atendimento de despesas atendimento de despesas

imprevisíveis, como imprevisíveis, como

catástrofes da natureza e catástrofes da natureza e

desastres, nos casos de desastres, nos casos de

força maior. força maior.

Art. 7º Fica autorizada a Art. 7º Fica autorizada a Sem alteração.

transposição, o transposição, o

remanejamento e a remanejamento e a

transferência de dotações transferência de dotações

de uma unidade de uma unidade

orçamentária para outra já orçamentária para outra já

existente ou que venha a ser existente ou que venha a ser

instituída, nos casos de instituída, nos casos de

transformações orgânicas transformações orgânicas

na estrutura administrativa na estrutura administrativa

do Governo do Distrito do Governo do Distrito

Federal, ficando ajustado Federal, ficando ajustado

proporcionalmente o limite proporcionalmente o limite

de que trata o inciso I do de que trata o inciso I do

artigo 5º, tanto para a artigo 5º, tanto para a

unidade de origem quanto unidade de origem quanto

para a unidade de destino. para a unidade de destino.

Art. 8º Fica a Câmara Art. 8º Fica a Câmara O PLOA 2025 reduz de

Legislativa do Distrito Legislativa do Distrito 25% para 15% o limite

Federal, mediante Ato da Federal, mediante Ato da para abertura de crédito

Mesa Diretora, a Defensoria Mesa Diretora, a Defensoria suplementar por ato

Pública do Distrito Federal, Pública do Distrito Federal, próprio da CLDF,

mediante ato da Defensoria mediante ato da Defensoria Defensoria do DF e TCDF.

Pública, o Tribunal de Pública, e o Tribunal de

Contas do Distrito Federal, Contas do Distrito Federal

mediante ato próprio, e as autorizados a abrir créditos

unidades orçamentárias suplementares, com a

ligadas a esses órgãos finalidade de atender a

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.11

autorizados a abrir créditos insuficiências nas dotações

suplementares, com a orçamentárias, até o limite

finalidade de atender a de 15% do valor total dos

insuficiências nas dotações Orçamentos Fiscal e da

orçamentárias, até o limite Seguridade Social da sua

de 25% do valor total dos unidade orçamentária ,

Orçamentos Fiscal e da para atender somente a

Seguridade Social da sua remanejamento dentro da

unidade orçamentária , própria unidade e mediante

para atender somente a a utilização de recursos

remanejamento dentro da provenientes da anulação

própria unidade e mediante parcial ou total de suas

a utilização de recursos dotações orçamentárias

provenientes da anulação autorizadas na Lei

parcial ou total de suas Orçamentária Anual (LOA),

dotações orçamentárias nos termos do art. 43, § 1º,

autorizadas na Lei III, da Lei Federal nº 4.320,

Orçamentária Anual (LOA), de 17 de março de 1964

nos termos do art. 43, § 1º,

III, da Lei Federal nº 4.320,

de 17 de março de 1964.

(Artigo Alterado(a) pelo(a)

Lei 7418 de 08/02/2024)

(Legislação Correlata - Ato

da Mesa Diretora 31 de 11

/03/2024) (Legislação

Correlata - Ato da Mesa

Diretora 52 de 29/04/2024)

(Legislação Correlata - Ato

da Mesa Diretora 61 de 09

/05/2024)

Art. 9º Fica o órgão central Art. 9º Fica o órgão central Sem alteração.

do Sistema de Planejamento do Sistema de Planejamento

e Orçamento do Poder e Orçamento do Poder

Executivo autorizado a Executivo autorizado a

movimentar as dotações movimentar as dotações

atribuídas às unidades atribuídas às unidades

orçamentárias. orçamentárias.

Art. 10 Em cumprimento ao Inclusão de autorização

disposto no art. 32, § 1°, para a contratação de

inciso I, da Lei de operação de crédito pelo

Responsabilidade Fiscal (Lei GDF.

Complementar nº 101, de 4

de maio de 2000), fica

autorizada a contratação

das operações de crédito

incluídas nesta Lei para o

atendimento das despesas

que, de acordo com a

legislação vigente, possam

ser financiadas com essa

receita, sem prejuízo do que

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.12

estabelece o art. 52, inciso

V, da Constituição, no que

se refere às operações de

crédito externas.

Art. 10 . Integram esta Lei Art. 11 . Integram esta Lei Sem alteração.

os anexos relacionados no os anexos relacionados no

art. 5º da Lei nº 7.313, de 27 art. 5º da Lei nº 7.549, de 30

de julho de 2023 (Lei de de julho de 2024 (Lei de

Diretrizes Orçamentárias de Diretrizes Orçamentárias de

2024). 2025).

Art. 11 . Esta Lei entra em Art. 12. Esta Lei entra em Sem alteração.

vigor em 1º de janeiro de vigor em 1º de janeiro de

2024. 2025

Além das necessárias mudanças anuais do texto de uma LOA para o exercício seguinte

referentes à estimativa da receita e fixação da despesa, observa-se que o PLOA/2025 traz as

seguintes inovações materiais relevantes:

a. Introduz nova hipótese de abertura de crédito suplementar por ato próprio do Poder

Executivo no caso de apuração de excesso de arrecadação desde que a destinação dos

recursos seja para atender despesas obrigatórias de caráter continuado, constantes do

Anexo VI - MARGEM DE EXPANSÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE CARÁTER

CONTINUADO - da LDO 2025;

b. Reduz de 25% para 15% o limite para abertura de crédito suplementar por ato próprio da

CLDF, Defensoria do DF e TCDF; e

c. Inclui autorização para a contratação de operação de crédito pelo GDF na forma do inciso

I, do § 1º do art. 32 da LRF.

II.2 – ANÁLISE DO CONTEÚDO E DA FORMA DE APRESENTAÇÃO DO PLOA/2025

O conteúdo da lei orçamentária anual rege-se por um conjunto de normas jurídicas, tais como:

a. Constituição Federal de 1988;

b. Lei Orgânica do Distrito Federal – LODF;

c. Lei Complementar Federal nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal –LRF);

d. Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964;

e. Lei de Diretrizes Orçamentárias – Lei nº Lei 7.549, de 30 de julho de 2024 – LDO/2025; e

f. Plano Plurianual – PPA 2024-2027 – Lei n°7.378 de 29 de dezembro de 2023.

Dessa forma, a análise preliminar do PLOA/2025 será realizada com base nas determinações

constitucionais e legais aplicáveis, a seguir discriminadas.

II.2.1 – Compatibilidade do PLOA/2025 com a Lei Orgânica do Distrito Federal – LODF

Como a Carta Magna distrital reproduz diversos dispositivos constantes da Constituição Federal

e mantém coerência com todos os seus princípios, a análise da compatibilidade será efetuada

diretamente a partir das disposições da LODF.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.13

O Quadro II.2.1 apresenta a verificação de compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LODF.

Quadro II.2.1 Compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LODF

Especificação Fundamento Verificação

Atendido

Na elaboração de seu orçamento, o Distrito Art. 148, caput

Federal destinará anualmente às Administrações

Regionais recursos orçamentários em nível

compatível, com critério a ser definido em lei,

prioritariamente para o atendimento de

despesas de custeio e de investimento,

indispensáveis a sua gestão.

Atendido

Leis de iniciativa do Poder Executivo Art. 149, III

estabelecerão os orçamentos anuais.

Atendido

A lei orçamentária, compatível com o plano Art. 149, § 4º

plurianual e com a lei de diretrizes

orçamentárias, compreenderá:

o orçamento fiscal referente aos Poderes

do Distrito Federal, seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta e

indireta, inclusive fundações instituídas ou

mantidas pelo Poder Público;

o orçamento de investimento das

empresas em que o Distrito Federal, direta

ou indiretamente, detenha a maioria do

capital social com direito a voto;

o orçamento de seguridade social,

abrangidas todas as entidades e órgãos a

ela vinculados, da administração direta e

indireta, bem como os fundos e fundações

instituídos ou mantidos pelo Poder Público.

Atendido

O orçamento da seguridade social Art. 149, § 5º

compreenderá receitas e despesas relativas a

saúde, previdência, assistência social e receita

de concursos de prognósticos, incluídas as

oriundas de transferências, e será elaborado

com base nos programas de trabalho dos

órgãos incumbidos de tais serviços, integrantes

da administração direta e indireta.

Integrarão o projeto de lei orçamentária Art. 149, § 7º Parcialmente Atendido

demonstrativos específicos com detalhamento

das ações governamentais, dos quais constarão: Não encontrado

demonstrativo específico

contendo objetivos, metas

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.14

objetivos, metas e prioridades, por Região e prioridades por Região

Administrativa; Administrativa.

identificação do efeito sobre as receitas e

despesas, decorrente de isenções,

anistias, remissões, subsídios e benefícios

de natureza financeira, tributária e

creditícia;

demonstrativo da situação do

endividamento, no qual se evidenciará

para cada empréstimo o saldo devedor e

respectivas projeções de amortização e

encargos financeiros correspondentes a

cada semestre do ano da proposta

orçamentária.

A lei orçamentária incluirá, obrigatoriamente, Art. 149, § 8º Atendido

previsão de recursos provenientes de

transferências, inclusive aqueles oriundos de

convênios, acordos, ajustes ou instrumentos

similares com outras esferas de governo e os

destinados a fundos.

Atendido

As despesas com publicidade do Poder Art. 149, § 9º

Legislativo e dos órgãos ou entidades da

administração direta e indireta do Poder

Executivo deverão ser objeto de dotação

orçamentária específica.

Atendido

O orçamento anual deverá ser detalhado por Art. 149, § 10

Região Administrativa e terá entre suas funções

a redução das desigualdades inter-regionais.

A lei orçamentária não conterá dispositivo Art. 149, § 11 Não Atendido

estranho à previsão da receita e à fixação da

despesa, excluindo-se da proibição:

a autorização para a abertura de créditos As disposições dos arts.

suplementares; 7º (autorização par

a contratação de operações de crédito, transposição,

ainda que por antecipação de receita, nos remanejamento e

termos da lei; transferência de dotações

a forma da aplicação do superávit ou o orçamentárias) e 9º

modo de cobrir o déficit. (autorização para

movimentação de

dotações orçamentárias)

não constam das

exceções ao Princípio da

Exclusividade,

estabelecidas no art. 149,

§ 11, da LODF

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.15

É vedada a realização de operações de crédito Art. 151, III Atendido

que excedam ao montante das despesas de

capital, ressalvadas as autorizadas mediante A relação entre operações

créditos suplementares ou especiais com de crédito e despesas de

finalidade precisa, aprovados pela Câmara capital é de 27,78%

Legislativa, por maioria absoluta.

É vedada a vinculação de receita de impostos a Art. 151, IV Atendido

órgão, fundo ou despesa, ressalvada a

destinação de recursos para manutenção e

desenvolvimento do ensino, bem como a

prestação de garantias às operações de crédito As receitas do Adicional

por antecipação de receita. de ICMS vinculadas ao

Fundo de Combate e

Erradicação da Pobreza

decorrem da CF/1988, art.

82 do ADCT, e da Lei

distrital nº 4.220/2008.

Atendido

É vedada a concessão ou utilização de créditos Art. 151, VII.

ilimitados.

Atendido

É vedada a concessão de subvenções ou Art. 151, X.

auxílios do Poder Público a entidades de

previdência privada.

Atendido

A despesa com pessoal ativo e inativo ficará Art. 157, caput.

sujeita aos limites estabelecidos na LRF.

II.2.2 – Compatibilidade do PLOA/2025 com a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF

A Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar no 101/2000 dispõe sobre normas de

finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, e apresenta alguns

dispositivos relativos à Lei Orçamentária Anual.

O Quadro II.2.2 apresenta a verificação de compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LRF.

Quadro II.2.2 Compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LRF

Especificação Fundamento Verificação

Atendido

O PLOA deverá conter, em anexo, demonstrativo Art. 5º, I

da compatibilidade da programação dos orçamentos c

om os objetivos e metas constantes do Anexo de Meta

s Fiscais da LDO para o exercício.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.16

Atendido

O PLOA deverá ser acompanhado de demonstrativo r Art. 5º, II

egionalizado do efeito, sobreas receitas e despesas, d

ecorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios

e benefícios de natureza financeira, tributária e credití

cia, bem como das medidas de compensação a renún

cias de receita e ao aumento de despesas

obrigatórias de caráter continuado.

Atendido

O PLOA conterá reserva de contingência, cuja forma Art. 5º, III, b

de utilização e montante, definido com base na

receita corrente líquida, serão estabelecidos

na lei de diretrizes orçamentárias, objetivando o atendi

mento de passivos contingentes e outros riscos e

eventos fiscais imprevistos.

Atendido

Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliári Art. 5º, § 1º

a ou contratual, e as receitas que as atenderão,

constarão da lei orçamentária anual.

Atendido

O refinanciamento da dívida pública Art. 5º,§ 2º

constará separadamente na lei orçamentária e nas de

crédito adicional.

É vedado consignar na lei orçamentária crédito com Art. 5º, § 4º Parcialmente

finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. atendido.

Identificou-se

programa de

trabalho

inespecífico na

UO 18101.

Atendido

As previsões de receita observarão as normas técnica Art. 12, caput

s e legais, considerarão os efeitos das alterações na

legislação, da variação do índice de preços, do

crescimento econômico ou de qualquer outro fator

relevante e serão

acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos

últimos três anos, da projeção para os dois seguintes

àquele a que se referirem, e da metodologia de

cálculo e premissas utilizadas.

Atendido

A despesa total com pessoal não poderá exceder Art. 19, II

o percentual de 60% (sessenta por cento) da receita

corrente líquida - RCL.

Obs: no caso do DF, o limite máximo para os Poderes

Executivo e Legislativo é de, respectivamente, 49% e

3% da RCL, considerados, no último

caso, a soma dos montantes da CLDF e do TCDF.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.17

Atendido

É proibida a operação de crédito entre uma instituição Art. 36 caput

financeira estatal e o ente da

Federação que a controle, na qualidade de beneficiári

o do empréstimo.

Atendido

É vedada Art. 44, caput

a aplicação da receita de capital derivada da alienaçã

o de bens e direitos que integram o patrimônio público

para o financiamento de despesa

corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de

previdência social, geral e próprio dos servidores

públicos.

Atendido

O PLOA só incluirá novos projetos após adequadame Art. 45, caput

nte atendidos os em andamento e contempladas as d

espesas de conservação do patrimônio público, nos

termos em que dispuser a lei de diretrizes

orçamentárias.

II.2.3 - Compatibilidade do PLOA/2025 com a Lei nº 4.320/1964

A Lei nº 4.320/1964 estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos

orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, e possui sta

tus de lei complementar.

O Quadro II.2.3 apresenta a verificação de compatibilidade entre o PLOA/2024 e a Lei no 4.320

/1964.

Quadro II.2.3 Compatibilidade entre o PLOA/2025 e a Lei nº 4.320/1964

Especificação Fundamento Verificação

Atendido

A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e Art. 2o, caput

despesa de forma a evidenciar a política econômica

financeira e o programa de trabalho do Governo,

obedecidos os princípios de unidade, universalidade e

anualidade.

Atendido

Integrarão o PLOA: Art. 2º, § 1º

Sumário geral da receita por fontes e da despesa por

funções do Governo;

Quadro demonstrativo da Receita e Despesa

segundo as Categorias Econômicas;

Quadro discriminativo da receita por fontes e

respectiva legislação;

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.18

Quadro das dotações por órgãos do Governo e da

Administração.

Atendido

Acompanharão a Lei de Orçamento: Art. 2º, § 2º

Quadros demonstrativos da receita e planos de

aplicação dos fundos especiais;

Quadros demonstrativos da despesa;

Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho

do Governo, em termos de realização de obras e de

prestação de serviços.

A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, Art. 3º, caput Atendido

inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.

Atendido

A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas Art. 4º, caput

próprias dos órgãos do Governo e da administração

centralizada, ou que, por intermédio deles se devam

realizar.

Atendido

A Lei de Orçamento não consignará dotações globais Art. 5º, caput

destinadas a atender indiferentemente a despesas de

pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou

quaisquer outras.

Atendido

Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento Art. 20, caput

segundo os projetos de obras e de outras aplicações.

Atendido

A proposta orçamentária que o Poder Executivo Art. 22, caput

encaminhará ao Poder Legislativo no prazo estabelecido

na Lei Orgânica do Distrito Federal, compor-se-á de:

Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada

da situação econômico-financeira, documentada com

demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos

de créditos especiais, restos a pagar e outros

compromissos financeiros exigíveis; exposição e

justificação da política econômico-financeira do

Governo; justificação da receita e despesa;

Projeto de Lei de Orçamento;

Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas

de receita e despesa, constarão: a receita arrecadada

nos três últimos exercícios anteriores àquele em que

se elaborou a proposta, a receita prevista para o

exercício em que se elabora a proposta, a receita

prevista para o exercício a que se refere a proposta,

a despesa realizada no exercício imediatamente

anterior; a despesa fixada para o exercício em que se

elabora a proposta, a despesa prevista para o

exercício a que se refere a proposta.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.19

II.2.4 – Compatibilidade do PLOA/2025 com o a Lei do Plano Plurianual 2024-2027

A lei orçamentária anual, nos termos do § 4º do art. 149 da LODF e do art. 5º da LRF, deve ser

compatível com o plano plurianual – PPA. A compatibilidade do orçamento com o PPA se dá por

meio dos programas e das iniciativas desse Plano, que estão associadas às ações constantes

do PLOA. Assim, os programas e as ações previstos no orçamento devem, necessariamente,

estar programados anteriormente no PPA.

Dessa forma, analisa-se, no presente tópico, o projeto em face da Lei nº 7.378/2023, que

“Dispõe sobre o Plano Plurianual do Distrito Federal para o quadriênio 2024-2027”.

O presente exame de compatibilidade tem como escopo identificar e comparar os dados

constantes das leis objeto de análise, considerando as suas ações e respectivas programações.

Preliminarmente, importante alertar que a Lei nº 7.378/23 impõe caráter meramente estimativo

aos valores financeiros e as metas físicas estabelecidos para as ações do Plano. In verbis:

“Art. 5º Os valores financeiros e as metas físicas estabelecidos para as

Ações do PPA 20242027 são estimativos, não constituindo limites à

programação das despesas nas Leis Orçamentárias e em seus créditos

adicionais e serão atualizados e detalhados anualmente, por meio de projeto

de lei que altera o PPA 2024-2027, quando da elaboração de cada Projeto de

Lei Orçamentária Anual na vigência deste Plano, de forma a manter a

compatibilidade entre os Instrumentos de Planejamento e Orçamento.”

Além disso, conforme disposto no art. 6º do mesmo Diploma, determina que as regionalizações

das ações orçamentárias do PPA 2024-2027 não restringem nem tampouco impedem o

estabelecimento de novas regionalizações nas leis orçamentárias anuais e em seus créditos

adicionais. Eis o dispositivo.

Art. 6º As regionalizações das Ações Orçamentárias constantes do PPA

2024-2027 não constituem limites ou restrições ao estabelecimento de novas

regionalizações nas leis orçamentárias anuais e em seus créditos adicionais,

quando forem especificar a localidade que será atendida, cuja regionalização

seja “99 – Distrito Federal”.

II.2.4.1– Ações Constantes do PPA 2024-2027 sem Dotação no PLOA/2025

O Relatório abaixo indica os conjuntos programa/ação com programação financeira no PPA

para o exercício de 2025 e que não receberam alocação de recursos no PLOA/2025.

Relatório das ações do PPA sem dados coincidentes na LOA

R$ 1,00

Ação: 1235 CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE PROTEÇÃO

SOCIAL BÁSICA

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.20

Programa: 6228 ASSISTÊNCIA

SOCIAL

R$ 200.000,00

Ação: 1474 CONSTRUÇÃO DE QUARTÉIS

Programa: 6217

SEGURAN

ÇA PARA TODOS R$ 3.000.000,00

Ação: 1482 REFORMA DE QUARTÉIS

Programa: 6217

SEGURAN

ÇA PARA TODOS R$ 2.000.000,00

Ação: 1583 REFORMA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE PROTEÇÃO SOCIAL

BÁSICA

Programa: 6228 ASSISTÊNCIA

SOCIAL

R$ 50.000,00

Ação: 1692 IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO - CeTIC

Programa: 6203

GESTÃO

PARA RESULTADOS R$ 200.000.000,00

Ação: 1731 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE MONITORAMENTO E

SEGURANÇA ESCOLAR

Programa: 6221 EDUCADF R$ 10.000,00

Ação: 1754 REFORMA DE UNIDADES DE ATENDIMENTO À CRIANÇA, AO

ADOLESCENTE E SEUS FAMILIARES

Programa: 6211

DIREIT

OS HUMANOS R$ 50.000,00

Ação: 1827 EXPANSÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Programa: 6209 INFRAESTRUTURA

R$ 99.707.281,81

Ação: 1832 EXPANSÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Programa: 6209 INFRAESTRUTURA

R$ 46.609.640,59

Ação: 2319 RECUPERAÇÃO DE OBRAS DE ARTE CORRENTES - BUEIROS E

CALHAS

Programa: 6209 INFRAESTRUTURA

R$ 60.000,00

Ação: 2577 GESTÃO DO CENTRO DE EXCELÊNCIA DO CERRADO

Programa: 6210

MEIO AMBIENTE R$ 5.000,00

Ação: 2593 PROTEÇÃO ÀS VÍTIMAS, TESTEMUNHAS E SEUS FAMILIARES -

PROVITA

Programa: 6211

DIREIT

OS HUMANOS R$ 10.000,00

Ação: 2782 DESENVOLVIMENTO, INCLUSÃO E PROMOÇÃO SOCIAL

Programa: 6211

DIREIT

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.21

OS HUMANOS R$ 2.400.000,00

Ação: 2825 MODERNIZAÇÃO ORGANIZACIONAL

Programa: 8228

ASSISTÊNCIA SOCIAL - GESTÃO E

MANUTENÇÃO R$ 80.000,00

Ação: 2961 DESENVOLVIMENTO DA RCPCD

Programa: 6211

DIREIT

OS HUMANOS R$ 1.000,00

Ação: 3000 IMPLEMENTAÇÃO DA BIBLIOTECA DIGITAL DO CERRADO

Programa: 6210

MEIO AMBIENTE R$ 0,00

Ação: 3072 CONSTRUÇÃO DO CENTRO INTEGRADO DE ATENÇÃO

PSICOSSOCIAL AO PACIENTE JUDICIÁRIO

Programa: 6217

SEGURAN

ÇA PARA TODOS R$ 1.000,00

Ação: 3155 REFORMA DE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Programa: 6202

SAÚDE EM AÇÃO R$ 506.535,23

Ação: 3163 REALIZAÇÃO DO MAPEAMENTO REMOTO DO TERRITÓRIO DO DF

Programa: 6208

TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS

R$ 10.000,00

Ação: 3180 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE INTELIGENTE - ITS

Programa: 6216

MOBILIDAD

E URBANA R$ 500.000,00

Ação: 3184 CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE PROTEÇÃO

SOCIAL ESPECIAL

Programa: 6228 ASSISTÊNCIA

SOCIAL

R$ 2.700.000,00

Ação: 3189 REFORMA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE PROTEÇÃO SOCIAL

ESPECIAL

Programa: 6228 ASSISTÊNCIA

SOCIAL

R$ 50.000,00

Ação: 3195 CONSTRUÇÃO DE COZINHA COMUNITÁRIA

Programa: 6228 ASSISTÊNCIA

SOCIAL

R$ 1.050.000,00

Ação: 3196 REFORMA DE RESTAURANTE COMUNITÁRIO

Programa: 6228 ASSISTÊNCIA

SOCIAL

R$ 50.000,00

Ação: 3209 IMPLANTAÇÃO DE SINALIZAÇÃO ESTATIGRÁFICA

Programa: 6217

SEGURAN

ÇA PARA TODOS R$ 2.000.000,00

Ação: 3304 APOIO À AÇÕES DE PROMOÇÃO E DIFUSÃO CULTURAL

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.22

Programa: 6219

CAP

ITAL CULTURAL R$ 10.000,00

Ação: 3748 REFORMA DE NÚCLEOS DE ATENDIMENTO DA DEFENSORIA

PÚBLICA

Programa: 6211

DIREIT

OS HUMANOS R$ 40.000,00

Ação: 3933 REFORMA DE ESPAÇOS CULTURAIS

Programa: 6219

CAP

ITAL CULTURAL R$ 1.000.000,00

Ação: 3995 DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS EMPRESARIAIS

Programa: 8209

INFRAESTRUTURA - GESTÃO E

MANUTENÇÃO R$ 31.627.728,83

Ação: 4016 MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS OFERTADOS À POPULAÇ

Programa: 6207

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO R$ 50.000,00

Ação: 4029 CONTRATAÇÃO DE ASSESSORIA

Programa: 8228

ASSISTÊNCIA SOCIAL - GESTÃO E

MANUTENÇÃO R$ 50.000,00

Ação: 4042 BOLSA DE ESTÁGIO - PROFISSIONAIS DE SAÚDE (EP)

Programa: 6202

SAÚDE EM AÇÃO R$ 10.000,00

Ação: 4070 FOMENTO ÀS ATIVIDADES DE LIMPEZA PÚBLICA

Programa: 6209 INFRAESTRUTURA

R$ 456.856,28

Ação: 4113 PRODUÇÃO DE MUDAS DA FLORA DO CERRADO

Programa: 6210

MEIO AMBIENTE R$ 10.000,00

Ação: 4142 OTIMIZAÇÃO DO PLANO DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE

PARCELAMENTOS

Programa: 6208

TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS

R$ 48.555,79

Ação: 4176 FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES NAS COZINHAS COMUNITÁRIAS

Programa: 6228 ASSISTÊNCIA

SOCIAL

R$ 225.000,00

Ação: 4189 IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOS JUNTO À COMUNIDADE

Programa: 6217

SEGURAN

ÇA PARA TODOS R$ 1.822.788,37

Ação: 4237 REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

Programa: 8207

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - GESTÃO E MANUTENÇÃO R$

149,47

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.23

Ação: 4241 00FM - ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA ÀS POLÍCI

Programa: 8217

SEGURANÇA - GESTÃO E

MANUTENÇÃO R$ 2.999.999,99

Ação: 4242 00NR - MANUTENÇÃO DAS POLÍCIAS CIVIL E MILITAR E D

Programa: 6217

SEGURAN

ÇA PARA TODOS R$ 556.835.438,20

Ação: 4243 00NT - OUTROS BENEFÍCIOS DAS POLÍCIAS CIVIL E MILI

Programa: 8217

SEGURANÇA - GESTÃO E

MANUTENÇÃO R$ 3.107.963.843,15

Ação: 4244 00RS - AJUDA DE CUSTO PARA MORADIA OU AUXÍLIO-MORA

Programa: 8217

SEGURANÇA - GESTÃO E

MANUTENÇÃO R$ 1.928.664.112,57

Ação: 4246 009T - SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE DO DISTRITO FEDE

Programa: 8202

SAÚDE - GESTÃO E

MANUTENÇÃO R$ 7.040.068.723,12

Ação: 4247 0312 - SERVIÇOS PÚBLICOS DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO F

Programa: 8221

EDUCAÇÃO - GESTÃO E

MANUTENÇÃO R$ 6.542.920.483,88

Ação: 4251 TARIFA ZERO ESTUDANTIL (EP)

Programa: 6216

MOBILIDAD

E URBANA R$ 5.000.000,00

Ação: 4253 ACOMPANHAMENTO OFTALMOLÓGICO E AUDIOMÉTRICO NAS ES

Programa: 6202

SAÚDE EM AÇÃO R$ 500.000,00

Ação: 4254 CONSULTA E ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA AOS ESTUDANTES DA

Programa: 6202

SAÚDE EM AÇÃO R$ 5.000.000,00

Ação: 4255 MANUTENÇÃO DE ESCOLAS CÍVICO-MILITARES (EP)

Programa: 6221 EDUCADF R$ 1.000.000,00

Ação: 4256 EDUCAR PARA O EMPREENDEDORISMO (EP)

Programa: 6221 EDUCADF R$ 1.000.000,00

Ação: 4257 ATENDIMENTO ESPECIALIZADO PARA PESSOAS COM SÍNDROM

Programa: 6202

SAÚDE EM AÇÃO R$ 1.000.000,00

Ação: 4258 IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA CONTROLE DE

Programa: 6202

SAÚDE EM AÇÃO R$ 1.000.000,00

Ação: 4259 IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATRAÇÃO DE

Programa: 6207

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO R$ 1.000.000,00

Ação: 4261 CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DE MULHERE

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.24

Programa: 6212

RESÍD

UOS SÓLIDOS R$ 0,00

Ação: 4263 MANUTENÇÃO DO PROGRAMA DF ACESSÍVEL

Programa: 6216

MOBILIDAD

E URBANA R$ 3.500.000,00

Ação: 5009 COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL "PROMOÇÃO DA EQUI

Programa: 6211

DIREIT

OS HUMANOS R$ 500.000,00

Ação: 5030 AMPLIAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO DE BRASÍLIA

Programa: 6209 INFRAESTRUTURA

R$ 2.243.566,36

Ação: 5039 REALIZAÇÃO DE EVENTOS RELIGIOSOS MARCHA PARA JESUS

Programa: 6211

DIREIT

OS HUMANOS R$ 1.000.000,00

Ação: 5040 IMPLANTAÇÃO DE CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (EP

Programa: 6202

SAÚDE EM AÇÃO R$ 3.000.000,00

Ação: 5041 IMPLANTAÇÃO DE CENTRO DE EDUCAÇÃO DA PRIMEIRA INFÂ

Programa: 6221 EDUCADF R$ 3.000.000,00

Ação: 5042 CONSTRUÇÃO DE UNIDADES ESPECIALIZADAS PARA PESSOAS

Programa: 6202

SAÚDE EM AÇÃO R$ 2.000.000,00

Ação: 5043 CONSTRUÇÃO DE UNIDADES ESPECIALIZADAS EM DOENÇAS R

Programa: 6202

SAÚDE EM AÇÃO R$ 2.000.000,00

Ação: 5044 REGULARIZAÇÃO FUNDÍARIA DA REGIÃO DO NOVA COLINA

Programa: 6208

TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS

R$ 4.000.000,00

Ação: 5045 REGULARIZAÇÃO FUNDÍARIA DA VILA BASEVI -SOBRADIN

Programa: 6208

TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS

R$ 4.000.000,00

Ação: 5046 REGULARIZAÇÃO FUNDÍARIA DA REGIÃO DO SETOR DE MA

Programa: 6208

TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS

R$ 4.000.000,00

Ação: 5762 CONSTRUÇÃO DE RESTAURANTE COMUNITÁRIO

Programa: 6228 ASSISTÊNCIA

SOCIAL

R$ 2.600.000,00

Ação: 7006 MELHORIAS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Programa: 6209 INFRAESTRUTURA

R$ 115.551.925,20

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.25

Ação: 7012 MELHORIAS NOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Programa: 6209 INFRAESTRUTURA

R$ 135.446.278,41

Ação: 9061 FINANCIAMENTOS VINCULADOS A INCENTIVOS CREDITÍCIOS

Programa: 6207

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO R$ 5.207.486,00

Ação: 9062 EMPRÉSTIMO ESPECIAL PARA O DESENVOLVIMENTO

Programa: 6207

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO R$ 3.830.972,17

Ação: 9099 REVISÃO GERAL DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES

Programa: 0001

PROGRAMA DE OPERAÇÕES

ESPECIAIS R$ 431.555.249,75

Ação: 9120 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA PROJETOS DE CAPACIT

Programa: 6207

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO R$ 200.000,00

Ação: 9122 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA PROJETOS DE CAPACIT

Programa: 6207

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO R$ 100.000,00

Ação: 9125 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA PROJETOS EDUCACIONA

Programa: 6221 EDUCADF R$ 5.000,00

Ação: 9133 00NS - INATIVOS DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO DE B

Programa: 0001

PROGRAMA DE OPERAÇÕES

ESPECIAIS R$ 219.392.289,09

Ação: 9134 00Q2 - PENSIONISTAS DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO

Programa: 0001

PROGRAMA DE OPERAÇÕES

ESPECIAIS R$ 0,00

Ação: 9135 00QN - INATIVOS E PENSIONISTAS DA POLÍCIA CIVIL DO

Programa: 0001

PROGRAMA DE OPERAÇÕES

ESPECIAIS R$ 4.533.984,00

Ação: 9136 09HB - CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO, DE SUAS AUTARQUIAS E

FUNDAÇÕES PARA O CUSTEIO DO

Programa: 0001

PROGRAMA DE OPERAÇÕES

ESPECIAIS R$ 2.281.022,87

Ação: 9137 REAJUSTE SALARIAL AOS SERVIDORES E EMPREGADOS PÚBL

Programa: 0001

PROGRAMA DE OPERAÇÕES

ESPECIAIS R$ 10.000.000,00

Ação: 9138 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS A ENTIDADES PARA APOIO E

Programa: 6212

RESÍD

UOS SÓLIDOS R$ 0,00

Fonte: Banco de dados PPA/2024-2027 x PLOA/2025

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.26

O relatório apresenta 79 ações orçamentárias com programações financeiras para 2025 no

PPA, mas sem dotações orçamentárias consignadas no PLOA 2025.

Assim, considerando as incompatibilidades entre o programado no PPA para o exercício de

2025 e as dotações apresentadas no PLOA/2025, recomenda-se que o Poder Executivo

apresente justificativas individualizadas a respeito das divergências apresentadas.

É digno de nota destacar que ação orçamentária “9099 - Revisão geral da remuneração dos

servidores-concessão de reajustes a diversas carreiras - Distrito Federal”, vinculada ao

Programa “0001-Operações Especiais”, tem programação da ordem de R$ R$ 431.555.249,75

para o exercício de 2025 no bojo do PPA 2024-2027 mas não consta no PLOA 2025.

Assim, entende-se como adequado que o Poder Executivo apresente justificativas sobre a

inclusão, na proposta de orçamento, de programação não estabelecida anteriormente no PPA

vigente, nem incluída no projeto de lei que vise a sua revisão.

II.2.5 – Compatibilidade do PLOA/2025 com a Lei no 7.549/2024 – LDO/2025

O Quadro II.2.5 apresenta a verificação da compatibilidade entre o PLOA/2025 e alguns

dispositivos da LDO/2025 que orientam a elaboração da proposta orçamentária.

Quadro II.2.5. Compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LDO/2025

Especificação 2025 Verificação

Art. 2º A elaboração, aprovação, execução e o controle do Atendido

cumprimento da Lei Orçamentária Anual devem:

I - manter o equilíbrio entre receitas e despesas;

II - visar o alcance dos objetivos e metas previstos no Plano

Plurianual – PPA 2024-2027;

III - observar o princípio da publicidade, evidenciando a

transparência na gestão fiscal por meio de sítio eletrônico na

internet com atualização periódica;

IV - observar as metas relativas a receitas, despesas, resultados

primário e nominal e montante da dívida pública estabelecidos no

Anexo II — Metas Fiscais desta Lei; e

V- assegurar os recursos necessários à execução e expansão das

despesas obrigatórias de caráter continuado, discriminadas no

Anexo VI desta Lei.

Art. 4º A mensagem que encaminhar o Projeto de Lei Atendido

Orçamentária Anual de 2025 à Câmara Legislativa do Distrito

Federal deverá demonstrar:

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.27

I – a compatibilidade das programações constantes do Projeto de

Lei Orçamentária Anual com o Anexo de Metas e Prioridades

desta Lei, acompanhadas das justificativas relativas às prioridades

não contempladas no orçamento.

II – a comparação entre o montante das receitas oriundas de

operações de crédito e o montante estimado para as despesas de

capital previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual, conforme

o art. 167, inciso III, da Constituição Federal;

III – os critérios adotados para a estimativa dos principais itens da

receita tributária, alienação de bens e operações de crédito;

IV – a exposição circunstanciada da situação econômico-

financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e

flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros

compromissos financeiros exigíveis;

V - a exposição e justificação da política econômico-financeira do

Governo;

VI – a justificação da receita e despesa, particularmente no

tocante ao orçamento de capital, conforme art. 22, inciso I, da Lei

n° 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 5º O Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 é constituído Atendido

do texto da lei e dos seguintes anexos:

I – “Resumo Geral da Receita” dos orçamentos fiscal e da

seguridade social, isolada e conjuntamente, evidenciando a

categoria econômica e a origem, separados entre recursos do

Tesouro e de outras fontes;

II – “Resumo Geral da Despesa” dos orçamentos fiscal e da

seguridade social, isolada e conjuntamente, evidenciando a

categoria econômica e o grupo de despesa, separados entre

recursos do Tesouro e de outras fontes;

III – “Demonstrativo da Despesa, por Poder, Órgão, Unidade

Orçamentária, Fonte de Recursos e Grupo de Despesa” dos

orçamentos fiscal e da seguridade social, isolada e conjuntamente;

IV – “Detalhamento dos Créditos Orçamentários” dos orçamentos

fiscal e da seguridade social;

V – “Demonstrativo da Compatibilidade do Orçamento Fiscal e da

Seguridade Social com as Metas Fiscais da Lei de Diretrizes

Orçamentárias”;

VI – “Demonstrativo do Orçamento de Investimento por Órgão e

Unidade”;

VII – “Demonstrativo do Orçamento de Investimento por Unidade

Orçamentária/Fonte de Financiamento”;

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.28

VIII – “Detalhamento dos Créditos Orçamentários” do Orçamento

de Investimento;

IX – “Margem de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter

Continuado”, que atualizará automaticamente, com a publicação

da Lei Orçamentária Anual de 2025, o mesmo anexo constante

desta Lei”;

X – “Demonstrativo de Obras e Serviços com Indícios de

Irregularidades Graves”, encaminhado pelo Tribunal de Contas do

Distrito Federal, evidenciando o objeto da obra ou serviço, o

número do contrato, a unidade orçamentária, o programa de

trabalho, o responsável pela execução do contrato e os indícios de

irregularidades graves;

XI – “Demonstrativo da Receita e Despesa por Categoria

Econômica” dos orçamentos fiscal e da seguridade social, isolada

e conjuntamente.

Art. 6º O Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 deve ser Atendido

acompanhado dos seguintes demonstrativos complementares,

inclusive em meio digital:

I – “Demonstrativo Geral da Receita” dos orçamentos fiscal e da

seguridade social, isolada e conjuntamente, evidenciando a

classificação da natureza de receita no menor nível de agregação,

separados entre recursos do Tesouro e de outras fontes;

II – “Demonstrativo dos Recursos do Tesouro - Diretamente

Arrecadados por Órgão/Unidade”, separados por orçamentos

fiscal e da seguridade social;

III – “Demonstrativo das Receitas Diretamente Arrecadadas por

Órgão/ Unidade”;

IV – “Demonstrativo de Receita de Convênios com Órgãos do

Distrito Federal”;

V - “Demonstrativo da Origem e Aplicação dos Recursos Obtidos

com a Alienação de Ativos”;

VI - “Detalhamento da Receita para Identificação dos Resultados

Primário e Nominal”;

VII - “Demonstrativo do Critério Utilizado na Apuração do

Resultado Primário e Nominal”;

VIII - “Demonstrativo da Receita Corrente Líquida”, dos

orçamentos fiscal e da seguridade social;

IX - “Demonstrativo da Evolução da Receita” do Tesouro e de

outras fontes, evidenciando o comportamento dos valores

realizados nos últimos três anos, por categoria econômica e

origem;

X - “Projeção da Renúncia de Receitas de Origem Tributária”;

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.29

XI - “Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios e

Financeiros”, com a identificação e a quantificação dos efeitos em

relação à receita e à despesa previstas, discriminando a

legislação de que resultam tais efeito;

XII - “Demonstrativo da Despesa” dos orçamentos fiscal e da

seguridade social, evidenciando a esfera orçamentária e a origem

dos recursos, por:

a) função;

b) subfunção;

c) programa;

d) grupo de despesa;

e) modalidade de aplicação;

f) elemento de despesa; e

g) região administrativa.

XIII - “Demonstrativo da Despesa por Órgão/Unidade

Orçamentária” dos orçamentos fiscal e seguridade social,

evidenciando a esfera orçamentária, separados entre recursos do

Tesouro e de outras fontes;

XIV - “Quadro de Detalhamento da Despesa – QDD”, evidencia a

classificação funcional e estrutura programática, a categoria

econômica, o grupo de despesa, a modalidade de aplicação, o

elemento de despesa, a fonte de recursos e o IDUSO, por unidade

orçamentária de cada órgão que integra os orçamentos fiscal, da

seguridade social e de investimento;

XV – “Demonstrativo das Metas Físicas por Programa”,

evidenciando a ação e a unidade orçamentária;

XVI – “Despesa Programada com Pessoal em relação à Receita

Corrente Líquida de 2025”, em versão sintética;

XVII - “Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas”,

evidenciando para cada parceria, contratadas pelo Distrito Federal

e suas entidades, o saldo devedor e os respectivos valores de

pagamento, projetados para todo o período do contrato;

XVIII – “Demonstrativo da Aplicação Mínima em Educação”;

XIX – “Demonstrativo da Aplicação Mínima em Saúde”;

XX - “Demonstrativo das Despesas com a Criança e o

Adolescente – OCA”, discriminado por unidade orçamentária e

programa de trabalho;

XXI - “Demonstrativo da Aplicação Mínima de recursos”

evidenciando as alocações no que tange às seguintes despesas:

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.30

a) Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal;

b) Fundo de Apoio à Cultura;

c) Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente; e

d) Precatórios;

XXII – “Demonstrativo dos Recursos Destinados a Investimentos

por Órgão”, evidenciando a unidade e a esfera orçamentária,

separados por orçamento fiscal, da seguridade social e de

investimento;

XXIII – “Demonstrativo dos Gastos Programados com

Investimentos e Demais Despesas de Capital”, nos orçamentos

fiscal e da seguridade social, bem como sua participação no total

das despesas de cada unidade orçamentária, eliminada a dupla

contagem;

XXIV – “Demonstrativo do Orçamento de Investimento por Órgão

/Função/Subfunção/Programa”;

XXV – “Demonstrativo da Programação do Orçamento de

Investimento”, por:

a) função;

b) subfunção;

c) programa;

d) regionalização; e

e) fonte de financiamento.

XXVI – “Demonstrativo do Início e Término da Programação

contendo o Elemento de Despesa 51 – Obras e Instalações”;

XXVII – “Projeção do Serviço da Dívida Fundada e Ingresso de

Operações de Crédito”, para fins do disposto no art. 4º da Lei

Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, evidenciando, para

cada empréstimo, o saldo devedor e as respectivas projeções de

pagamento de amortizações e de encargos financeiros para todo

o período de pagamento da operação de crédito;

XXVIII – “Demonstrativo dos Precatórios Judiciais por Fontes de

Recursos”;

XXIX – “Demonstrativo da Evolução da Despesa” do Tesouro e de

outras fontes, evidenciando o comportamento dos valores

realizados nos últimos três anos, por categoria econômica e grupo

de despesa;

XXX – “Demonstrativo da Metodologia dos Principais Itens da

Despesa”;

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.31

XXXI – “Demonstrativo das Receitas ou Despesas Desvinculadas,

na forma da Emenda Constitucional nº 132/2023”;

XXXII – “Detalhamento das Fontes de Recursos, dos orçamentos

fiscal e da seguridade social”, isolado e conjuntamente, por

unidade orçamentária e grupo de despesa;

XXXIII – “Demonstrativo da Regionalização”, dos orçamentos

fiscal, da seguridade social e de investimento, identificando a

despesa por região, função, programa, ação e fonte de recursos;

XXXIV – “Demonstrativo de Projetos em Andamento”;

XXXV – “Demonstrativo das Ações de Conservação do Patrimônio

Público”;

XXXVI – “Detalhamento do Limite do Fundo Constitucional do

Distrito Federal”, encaminhado ao Ministério da Fazenda,

contemplando o mesmo nível de detalhamento do Quadro de

Detalhamento da Despesa.

XXXVII – (VETADO)

XXXVIII – (VETADO)

Parágrafo único. Para efeito da verificação da aplicação mínima

em educação e saúde, os Quadros constantes dos incisos XVIII e

XIX devem estar acompanhados de adendos contendo as

seguintes informações: I – despesas detalhadas por:

a) unidade orçamentária;

b) função e subfunção;

c) programa, ação e subtítulo; e

d) natureza de despesa.

II – deduções das despesas apropriadas na manutenção e no

desenvolvimento do ensino e em ações e serviços públicos de

saúde detalhadas por:

a) unidade orçamentária;

b) função e subfunção;

c) programa, ação e subtítulo; e

d) natureza de despesa.

Art. 13. A estimativa da receita e da Receita Corrente Líquida para Atendido

o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 deve observar as

normas técnicas e legais, considerar os efeitos da variação do

índice de preços, do crescimento econômico, das alterações na

legislação ou de qualquer outro fator relevante, e ser

acompanhada de:

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.32

I – demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos;

II – projeção para os dois anos seguintes àquele a que se

referirem;

III – metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

Art. 18. As despesas relacionadas à publicidade e propaganda do Atendido

Poder Legislativo, dos órgãos ou entidades da administração

direta ou indireta do Poder Executivo e da Defensoria Pública do

Distrito Federal devem constar de ação específica.

§ 1º As despesas previstas no caput, além de estarem

classificadas em ação específica, devem ser registradas em

subtítulos com esta finalidade, segregando-se as dotações

destinadas a despesas com publicidade institucional daquelas

destinadas a publicidade de utilidade pública.

§ 3º As despesas de que trata o caput somente podem ser

suplementadas ou criadas por meio de lei específica, exceto os

subtítulos destinados à Publicidade e Propaganda Institucional,

quando destinadas à publicação de atos oficiais, assinatura e

aquisição de periódicos, utilizando-se a Modalidade de Aplicação

91.

§ 4º Fica vedado o remanejamento de recursos das áreas de

saúde, educação e segurança para atividades de que trata este

artigo, salvo quando o remanejamento ocorrer no âmbito das

respectivas áreas.

Art. 19. A Lei Orçamentária Anual de 2025 e os créditos adicionais Atendido

somente podem incluir projetos ou subtítulos de projetos novos,

depois de contemplados:

I – as metas e prioridades;

II – os projetos e respectivos subtítulos em andamento;

III – as despesas com a conservação do patrimônio público;

IV – as despesas obrigatórias de caráter constitucional ou legal;

V – os recursos necessários para viabilizar a conclusão de uma

etapa ou de uma unidade completa de um projeto, incluindo as

contrapartidas.

§ 1º Para efeito do art. 45 da Lei Complementar nº 101, de 4 de

maio de 2000, as informações relativas a projetos em andamento

e ações de conservação do patrimônio público acompanham a Lei

Orçamentária Anual de 2025 na forma de quadros, e os subtítulos

correspondentes devem ser identificados nos Anexos de

Detalhamento dos Créditos Orçamentários.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.33

§ 2º Os investimentos financiados por meio de agências de

fomento, convênio, acordo ou outros instrumentos congêneres

devem ter preferência em relação aos demais.

§ 3º Os projetos em andamento compreenderão os subtítulos que

estejam cadastrados no Sistema de Acompanhamento

Governamental - SAG, cujas etapas tenham sido iniciadas até o

encerramento do terceiro bimestre e tenham previsão de término

posterior ao encerramento do corrente exercício, inclusive as

etapas com estágio em situação atrasada ou paralisada que a

causa não impeça a continuidade no exercício seguinte.

§ 4º (VETADO)

Art. 21. A Lei Orçamentária Anual de 2025 deve discriminar em Atendido

categorias de programação específicas as dotações destinadas a:

I – concessão de benefícios: despesas com auxílio transporte,

alimentação ou refeição, assistência pré-escolar;

II - conversão de licença-prêmio em pecúnia;

III – participação em constituição ou aumento de capital de

empresas;

IV – pagamento de precatórios e de sentenças judiciais de

pequeno valor, incluindo as empresas estatais dependentes;

V – capitalização do Fundo Garantidor de Parcerias Público-

Privadas – FGP;

VI – pagamento de benefícios e pensões especiais concedidas

por legislações específicas ou outras sentenças judiciais;

VII – pagamento de despesas decorrentes de compromissos

firmados por meio de contrato de gestão entre órgãos e entidades

da administração pública e as organizações sociais;

VIII – despesas com publicidade institucional e de utilidade

pública, inclusive quando forem produzidas ou veiculadas por

órgão ou entidade integrante da administração pública;

IX – despesas de pessoal e encargos sociais decorrentes do

provimento de cargos, empregos ou funções e da concessão de

qualquer vantagem, aumento de remuneração ou alteração de

estrutura de carreiras, cujas proposições tenham iniciado sua

tramitação na Câmara Legislativa do Distrito Federal, até a

entrada em vigor desta Lei;

X – concessão de subvenções econômicas, que deve identificar a

legislação que autorizou o benefício.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.34

§ 1º Aplica-se o disposto no caput inclusive nas entidades da

administração pública distrital indireta que recebam recursos dos

orçamentos fiscal e da seguridade social, ainda que custeados,

total ou parcialmente, com recursos próprios.

§ 2º (VETADO)

§ 3º (VETADO)

§ 4º (VETADO)

Art. 22. As despesas com pagamento de Precatórios Judiciais e Atendido

Requisições de Pequeno Valor - RPV devem ser identificadas

como operações especiais, ter dotação orçamentária específica e

não podem ser canceladas por meio de decreto para abertura de

créditos adicionais com outras ações, exceto cancelamento que

atenda despesas obrigatórias constantes no Anexo VI desta Lei,

sem prejuízo do disposto na Emenda Constitucional nº 62, de 9 de

dezembro de 2009.

§ 1º Os processos relacionados ao pagamento de precatórios

judiciais e de outros débitos oriundos de decisões transitadas em

julgado, derivados de órgãos da administração direta, autárquica e

fundacional, são coordenados e controlados pela Procuradoria-

Geral do Distrito Federal e os recursos correspondentes, alocados

na Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal, onde

são efetivadas as transferências para o Tribunal de Justiça do

Distrito Federal e Territórios – TJDFT, Tribunal Regional do

Trabalho e outros Tribunais.

§ 2º Os recursos destinados ao pagamento de débitos oriundos de

decisões transitadas em julgado, derivados de empresas públicas

e sociedades de economia mista, são alocados nas próprias

unidades orçamentárias responsáveis por esses débitos.

§ 3º As dotações para RPV devem ser consignadas em subtítulo

específico na programação orçamentária da Secretaria de Estado

de Economia do Distrito Federal, quando derivadas dos órgãos da

administração direta, e, na da própria unidade, quando originárias

de autarquias e fundações.

Art. 23. Na Lei Orçamentária Anual de 2025 ou nos créditos Atendido

adicionais que a modificam, fica vedada:

I – destinação de recursos para atender despesas com:

a) início de construção, ampliação, reforma, aquisição, novas

locações ou arrendamentos de imóveis residenciais de

representação;

b) aquisição de mobiliário e equipamento para unidades

residenciais de representação funcional;

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.35

c) aquisição de aeronaves, salvo para atendimento das

necessidades da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da

Secretaria de Estado de Saúde;

d) manutenção de clubes, associações de servidores ou outras

entidades congêneres, excetuadas creches e escolas de

atendimento pré-escolar;

e) investimento em regime de execução especial, ressalvados os

casos de calamidade pública e comoção interna;

f) pagamento, a qualquer título, a servidor da administração direta

ou indireta, inclusive por serviços de consultoria ou assistência

técnica, custeados com recursos provenientes de convênios,

acordos, ajustes ou instrumentos congêneres, firmados com

órgãos ou entidades de direito público ou privado, nacionais ou

internacionais;

g) pagamento, a qualquer título, a empresas privadas que tenham

em seu quadro diretivo servidor público da ativa, empregado de

empresa pública ou de sociedade de economia mista;

h) aquisição de passagens aéreas para servidor ou membro dos

Poderes e da Defensoria Pública do Distrito Federal que não seja

exclusivamente em classe econômica;

II – inclusão de dotações a título de subvenções sociais,

ressalvadas aquelas destinadas às entidades privadas sem fins

lucrativos, de atividade continuada, que tenham atualizadas e

devidamente aprovadas as prestações de contas dos recursos

recebidos do Distrito Federal e que preencham, simultaneamente,

as seguintes condições:

a) sejam de atendimento direto ao público, de forma gratuita, nas

áreas de assistência social, saúde e educação, e possuam

certificado de utilidade pública, no âmbito do Distrito Federal;

b) atendam ao disposto nos arts. 220 e 243 da Lei Orgânica do

Distrito Federal, bem como na Lei federal nº 8.742, de 7 de

dezembro de 1993, se voltadas para as áreas de assistência

social, saúde e educação;

c) estejam enquadradas nas exigências dispostas na Lei nº 4.049,

de 4 de dezembro de 2007, e no art. 26 da Lei Complementar nº

101, de 4 de maio de 2000;

d) identifiquem o beneficiário e o valor transferido no respectivo

convênio ou no instrumento congênere;

e) contrapartida nunca inferior a 10% do montante previsto para

as transferências a título de auxílios, podendo ser em bens e

serviços;

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.36

III – inclusão de dotações, a título de subvenções econômicas,

ressalvado para entidades privadas sem fins lucrativos,

microempresa, empresa de pequeno porte e microempreendedor

individual, desde que preencham as seguintes condições:

a) observem as normas de concessão de subvenções econômicas;

b) identifiquem o beneficiário e o valor transferido no respectivo

instrumento jurídico pactual, nos termos previstos na legislação;

c) apoiem as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação,

nos termos da Lei nº 5.869, de 24 de maio de 2018, consoante a

Lei federal nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, ficando

condicionada à contrapartida pelo beneficiário, na forma do

instrumento pactual;

IV - inclusão de dotações a título de auxílios e contribuições

correntes, ressalvadas aquelas destinadas às entidades privadas

sem fins lucrativos, que tenham atualizadas e devidamente

aprovadas as prestações de contas dos recursos recebidos do

Distrito Federal e que preencham as condições previstas em lei;

V – inclusão de dotações a título de contribuições de capital, salvo

quando destinada às entidades privadas sem fins lucrativos e com

autorização em lei específica, nos termos do § 6º do art. 12 da Lei

n° 4.320, de 17 de março de 1964.

§ 1º O percentual de que trata a alínea “e” do inciso II deste artigo

não se aplica aos recursos destinados a financiar os programas e

projetos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente –

FDCA/DF, do Fundo Antidrogas do Distrito Federal – FUNPAD

/DF, e do Fundo Distrital dos Direitos do Idoso, bem como a todos

os projetos que são financiados sob a égide da Lei nº 13.019, de

31 de julho de 2014.

§ 2º (VETADO)

Art. 30. A despesa deve ser discriminada por esfera, órgão, Atendido

unidade orçamentária, classificação funcional, estrutura

programática, regionalização, grupo de despesa, modalidade de

aplicação, elemento de despesa, fonte de recursos e IDUSO.

Art. 31. A Lei Orçamentária Anual de 2025 deve conter Reserva Atendido

de Contingência com dotação orçamentária mínima de 1% da

Receita Corrente Líquida, constituída integralmente com recursos

ordinários não vinculados.

§ 1º Quando do encaminhamento do Projeto de Lei Orçamentária

Anual de 2025, a reserva referida no caput deve corresponder a

3,5% da Receita Corrente Líquida.

§ 2º A Reserva de Contingência será considerada como despesa

primária para fins de apuração do resultado fiscal.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.37

§ 3º Os recursos da Reserva de Contingência são destinados ao

atendimento de passivos contingentes, de eventos fiscais

imprevistos, conforme art. 5º, III, b, da Lei Complementar nº 101,

de 4 de maio de 2000, e de abertura de créditos adicionais nos

termos do Decreto-Lei nº 1.763, de 16 de janeiro de 1980, e do

art. 8º da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio

de 2001.

§ 4º Serão destinados 2% da Receita Corrente Líquida para

atendimento das emendas parlamentares individuais, nos termos

do § 15 do art. 150 da Lei Orgânica do Distrito Federal.

Art. 33. Para definição dos recursos a serem transferidos, no Atendido

exercício de 2025, à Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Fundo

de Apoio à Cultura, nas formas dispostas nos arts. 195 e 246, §

5º, da Lei Orgânica do Distrito Federal, será utilizado como base

de cálculo o valor da receita corrente líquida apurado até o

bimestre anterior ao mês de repasse, compensando as diferenças

no bimestre seguinte.

§ 1º Os valores apurados, na forma prevista no caput deste artigo,

deverão ser consignados na Lei Orçamentária Anual de 2025 às

respectivas unidades orçamentárias pelas suas totalidades.

§ 2º Ao Fundo de Apoio à Cultura é assegurada autonomia

financeira para execução dos projetos relacionados a sua

atividade-fim.

§ 3º (VETADO)

Art. 36. As unidades orçamentárias que desenvolvem ações Atendido

voltadas ao atendimento de crianças, de adolescentes e de

pessoas com deficiência devem priorizar a alocação de recursos

para essas despesas, quando da elaboração de suas propostas

orçamentárias.

Art. 40. A despesa deve ser discriminada por esfera, classificação Atendido

institucional, classificação funcional, estrutura programática,

regionalização, grupo de despesa, fonte de financiamento e

IDUSO.

Art. 84. Fica assegurada a participação dos cidadãos no processo Atendido

orçamentário para o exercício de 2025 por meio de audiências

públicas, convocadas e realizadas exclusivamente para esse fim

pelo Poder Executivo e pela Câmara Legislativa do Distrito

Federal.

§ 1º As audiências públicas devem ser convocadas com

antecedência de no mínimo 10 dias da data de sua realização.

§ 2º O Poder Executivo deve garantir a existência de canais de

participação na internet durante a elaboração da proposta

orçamentária.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.38

§ 3º (VETADO)

§ 4º (VETADO)

II.3 - ANÁLISE DA RECEITA DO PLOA/2025

O art. 1º do PLOA/2025 fixa a receita do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2024 no

montante de R$ 41.600.640.122,00 (quarenta e um bilhões, seiscentos milhões, seiscentos e

quarenta mil, cento e vinte e dois reais), para o total do orçamento, incluindo o orçamento de

Investimento das Estatais. Os arts 3º e 4º informam a seguinte distribuição para esse montante:

I – no Orçamento Fiscal: R$ 25.792.139.320,00 (vinte e cinco bilhões, setecentos e noventa e

dois milhões, cento e trinta e nove mil, trezentos e vinte reais);

II – no Orçamento da Seguridade Social: R$ 14.124.187.931,00 (catorze bilhões, cento e vinte e

quatro milhões, cento e oitenta e sete mil, novecentos e trinta e um reais);

III – no Orçamento de Investimento: R$ 1.684.312.871,00 (um bilhão, seiscentos e oitenta e

quatro milhões, trezentos e doze mil, oitocentos e setenta e um reais.).

Nos termos do Anexo I – Resumo Geral da Receita, referente aos orçamentos Fiscal e da

Seguridade, a Receita Corrente, formada pelas Receitas Tributária, de Contribuição,

Patrimonial, Agropecuária, Industrial, de Serviços, Transferências Correntes, outras Receitas

Correntes e Receitas Intraorçamentárias Correntes, foi estimada no total de R$

38.490.468.617,00 (trinta e oito bilhões, quatrocentos e noventa milhões, quatrocentos e

sessenta e oito mil, seiscentos e dezessete reais).

Por sua vez, a Receita de Capital, composta por Operações de Crédito, Alienações de Bens,

Amortizações, Transferências de Capital e Receitas Intraorçamentárias de Capital, foi estimada

em R$ 1.425.858.634,00 (um bilhão, quatrocentos e vinte e cinco milhões, oitocentos e

cinquenta e oito mil, seiscentos e trinta e quatro reais).

A Receita Corrente estimada na PLOA 2025 para o exercício de 2025 teve aumento

nominal de 11,9% em relação ao estimado na PLOA/2024 para o exercício de 2024. Em

termos reais (descontada a inflação), isso representa um aumento real de 7,7%, dado que o

IPCA projetado para 2025 é de 3,86%. A Receita de Capital teve crescimento nominal de 3,5%.

Em termos reais, porém, houve queda marginal de 0,3%. O quadro a seguir apresenta

resumidamente os valores previstos para a receita:

Quadro II.3.1. Receita prevista no PLOA/2025 x LOA/2024 - R$ milhões

VAR

VAR

ESPECIFICAÇÃO LOA 2024 PLOA 2025

2025 (-)

2025 / 2024

2024

Receitas Correntes (I) 34.399,4 38.490,5 4.091,1 11,9%

Receita Tributária 19.341,0 24.559,1 5.218,1 27,0%

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.39

Receita de Contribuições 2.556,2 2.983,4 427,2 16,7%

Receita Patrimonial 1.571,1 934,5 -636,6 -40,5%

Receita Agropecuária 0,0 0,0 0,0 0,0%

Receita Industrial 4,3 4,6 0,3 6,2%

Receita de Serviços 1.168,2 1.407,9 239,7 20,5%

Transferências Correntes 6.309,0 6.371,2 62,2 1,0%

Outras Receitas Correntes 912,8 1.499,9 587,2 64,3%

Receitas Intraorçamentárias

2.536,8 3.773,1 1.236,3 48,7%

Correntes

Deduções/Restituições da Receita 0,0 -3.043,3 -3.043,3 0,0%

Receitas De Capital (II) 1.377,4 1.425,9 48,4 3,5%

Operações de Crédito 795,0 866,7 71,7 9,0%

Alienação de Bens 20,8 93,1 72,3 348,5%

Amortizações 34,4 48,8 14,4 41,7%

Transferências de Capital 527,2 417,3 -109,9 -20,9%

Outras Receitas de Capital 0,0 0,0 0,0 0,0%

Receitas Intraorçamentárias de

0,0 0,0 0,0 0,0%

Capital

Recursos Arrecadados em

0,0 0,0 0,0 0,0%

Exercícios Anteriores (RAEA) (III)

RAEA referente aos RPPS 0,0 0,0 0,0 0,0%

TOTAL DA RECEITA (IV) = (I + II +

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.40

III) 35.776,8 39.916,3 4.139,5 11,6%

Fonte: Q9 – Quadro IX – Demonstrativo da Evolução da Receita

O principal destaque se deve à ausência de imputação dos valores de Deduções/Restituições

da receita no PLOA 2024, o que resultou na aparente dedução direta no valor da Receita

Tributária do referido ano. Para o PLOA 2025, o valor da Receita Tributária aparece em termos

brutos, sem deduções. Como efeito, o valor da receita tributária esperada em 2025 é

apresentado inflado, enquanto as deduções (valores negativos) de receitas tributárias são

dispostas isoladamente em linha própria.

Caso se considere a receita tributária líquida de deduções, o valor esperado para 2025 seria de

R$ 21.515,8 milhões, com crescimento de 11,2% frente ao valor para 2024 presente na LOA

/2024.

Para além da questão das deduções/restituições de receitas, outras três linhas de receitas

merecem atenção pelo crescimento absoluto significativo, são elas:

Receitas intraorçamentárias correntes, com avanço de R$ 1.236,3 milhões (+ 48,7%);

Outras receitas correntes, com crescimento de R$ 587,2 milhões (+ 64,3%); e

Receitas de contribuições, com expansão de R$ 427,2 milhões (+ 16,7%).

Entre os destaques negativos, destacam-se duas linhas de receitas, quais sejam:

Receita patrimonial, com queda de R$ 636,6 milhões (- 40,5%); e

Receita de transferência de capital, com recuo de R$ 109,9 milhões (- 20,9%).

Entre as receitas tributárias, principal fonte de receitas correntes, o tributo mais relevante é o

ICMS, correspondendo isoladamente por cerca de 47% da receita tributária total em 2025. Na

sequência, o imposto de renda (19%) e o ISS (14%) são os mais relevantes. Os três tributos, em

conjunto, representam 79% da arrecadação tributária do Distrito Federal.

Quadro II.3.2. Receita Tributária de 2025 a 2027 - R$ milhões

Tributo 2025 % 2026 % 2027 %

ICMS 11.426 47% 11.570 46% 11.830 46%

ISS 3.430 14% 3.548 14% 3.669 14%

IPVA 1.977 8% 2.058 8% 2.139 8%

IPTU 1.441 6% 1.501 6% 1.560 6%

ITBI 661 3% 694 3% 727 3%

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.41

ITCD 194 1% 208 1% 221 1%

TLP 0 0% 0 0% 0 0%

Imp. Renda 4.547 19% 4.718 19% 4.886 19%

Outros 53 0% 55 0% 57 0%

Taxas 821 3% 857 3% 893 3%

TOTAL 24.551 100% 25.208 100% 25.981 100%

Fonte: Anexo I – Relatório da receita realizada e prevista 2021 a 2027.

A Receita Tributária , incluindo dívida ativa, multas e juros de mora, aumentou 9,7% em

termos nominais em relação ao estimado para 2024 pelo PLOA/2024, o que representou um

aumento de 5,61% em termos reais (IPCA projetado de 3,86% para 2025). Os principais tributos

que aumentaram foram ICMS, ISS e IPVA, com altas de R$ 1.350 milhões, R$ 387 milhões e R$

128 milhões respectivamente. O IPTU apresentou queda na estimativa de receita da ordem de

R$ 68 milhões.

Quadro II.3.3. Receita Tributária da PLOA/2024 x PLOA/2025 - R$ milhões

Tributo PLOA/2024 PLOA/2025 Var. Var. %

ICMS 10.075 11.426 1.350 13,4%

ISS 3.043 3.430 387 12,7%

IPVA 1.850 1.977 128 6,9%

IPTU 1.509 1.441 -68 -4,5%

ITBI 613 661 48 7,8%

ITCD 189 194 5 2,9%

TLP 0 0 0 0,0%

Imp. Renda 4.484 4.547 64 1,4%

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.42

Simples 32 53 21 68,0%

Taxas 588 821 233 39,6%

Total 22.382 24.551 2.168 9,7%

Fonte: M12 Anexos Previsão Receita PLOA 2025.

Apresentam-se a seguir as metodologias utilizadas para a previsão das receitas tributárias para

os exercícios de 2025 a 2027. A previsão segue o que preceitua a Decisão do Tribunal de

Contas do Distrito Federal nº 2.579/2008, a qual estabeleceu que as estimativas sejam

demonstradas conforme a fórmula:

Valor da receita tributária bruta referente a fatos geradores do exercício

(-) Valor estimado da inadimplência para o exercício

(+) Valor estimado da arrecadação referente a exercícios anteriores

(-) Valor estimado da renúncia de receita

(=) Receita tributária estimada

Assim, as estimativas de receita correspondem a valores líquidos de benefícios tributários, cuja

projeção encontra-se no Estudo Técnico n.º3/2024 - SEEC/SEFAZ/SUAE/COAP/GEREN (doc.

150040959).

Assim, a receita tributária do PLOA é resultado das receitas estimadas e correspondem a

valores líquidos de benefícios tributários, cuja previsão encontra-se no documento “M12 –

Critérios adotados para estimativa dos principais itens da receita – Exercício 2025”.

Para a estimativa de dois dos principais tributos da receita tributária bruta (ICMS e ISS),

referentes aos exercícios de 2025 a 2027, a Secretaria de Estado de Economia (SEEC/DF)

utilizou a metodologia apresentada na sequência.

Foram utilizadas equações estimadas pelo método dos mínimos quadrados ordinários, tendo

como variável explicada a primeira diferença da série histórica da receita bruta nominal de cada

imposto (ICMS e ISS).

Para o ICMS, as variáveis explicativas consideradas foram a primeira diferença no momento

anterior da receita do próprio ICMS; a primeira diferença no momento atual do PIB nacional; a

primeira diferença no momento anterior do índice de receita nominal de vendas no comércio

varejista ampliado do Distrito Federal (PMC/IBGE); a primeira diferença no segundo momento

anterior do índice de receita nominal de vendas no comércio varejista ampliado do Distrito

Federal; e a primeira diferença no segundo momento anterior das venda de gasolina no Distrito

Federal.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.43

Para o ISS, foi utilizado como base o comportamento da arrecadação passada do próprio

tributo; PIB nacional; índice de base fixa da Pesquisa Mensal de Serviços do Distrito Federal

(PMS/IBGE); taxa de desemprego local; consumo comercial de energia elétrica na capital

federal; e população economicamente ativa local.

As séries históricas mensais das receitas brutas do ICMS e do ISS foram construídas,

acrescentando às séries da arrecadação efetiva as séries da inadimplência e da renúncia e

excluindo a arrecadação de exercícios anteriores. Assim, foram estimadas duas equações, uma

para o ICMS e outra para o ISS.

As estimativas de receita para o triênio 2025-2027 foram elaboradas em valores correntes,

considerando a mediana das expectativas do mercado financeiro em 21/06/2024 para o IPCA,

divulgada pelo Banco Central do Brasil (BCB), conforme a seguir

Quadro II.3.4. Previsão para o IPCA (2025-2027)

Parâmetros 2024 2025 2026 2027

IPCA (variação anual)

4,01% 3,86% 3,65% 3,50%

Fonte: BCB.

Na deflação dos valores correntes para 2024, utilizou-se como deflator o IPCA médio construído

com base nas variações anuais esperadas.

Para as variáveis explicativas PIB nacional, índice de receita nominal de vendas no comércio

varejista ampliado do Distrito Federal, vendas de gasolina no Distrito Federal, o índice de base

fixa da receita nominal de serviços do Distrito Federal, a taxa de desemprego local, o consumo

comercial de energia elétrica na capital federal e a população economicamente ativa local, foi

elaborada previsão com base na modelagem ARIMA.

Da receita bruta estimada, foram deduzidas as estimativas da inadimplência e da renúncia

tributária e acrescidas às expectativas de arrecadação relativa a exercícios anteriores,

resultando em previsões para a receita líquida.

Quanto à receita da Dívida Ativa, de Multas e Juros e de Multas e Juros da Dívida Ativa, foi

utilizada a modelagem de suavização exponencial tipo “Holt-Winters” versão aditiva, estendendo

as séries até dezembro de 2027. Foram considerados ainda os efeitos dos programas de

recuperação fiscal (REFIS).

Após a estimativa da receita tributária bruta, é feita a estimativa dos “redutores de receita” que

são a renúncia tributária, a inadimplência e alguns programas de incentivo ao contribuinte. No

grupo das renúncias estão: 1) isenções; 2) redutores de alíquota; 3) remissões; 4) redutores da

base de cálculo; 5) prorrogações de prazo. Entre os programas de incentivo aos contribuintes

estão o programa Nota Legal e o Desconto para Pagamento em Cota Única. Os redutores de

receita somam R$ 31,7 bilhões no triênio 2025-2027 , sendo que a Renúncia responde a 83%

deste total, conforme detalhado no quadro abaixo:

Quadro II.3.5. Redutores de Receita 2025-2027 - R$ mil

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.44

Tipo 2025 2026 2027 2025 a 2027

Inadimplência Estimada 1.658.773 1.709.506 1.765.145 5.133.424

Renúncia Estimada 8.614.491 8.738.071 8.938.944 26.291.506

Abatimento do Programa

0 0 0 0

Nota Legal

Desconto do Pagamento da

86.363 89.600 92.798 268.761

Cota Única

Total 10.359.627 10.537.177 10.796.887 31.693.691

Fonte: M12 – Critérios adotados para estimativa dos principais itens da receita – Exercício 2025.

Destaca-se o fato de que, em relação ao programa Nota Legal, não há estimativas de descontos

nesta tabela, pois ele deixou de ser renúncia de receita e passou a ser classificado como

despesa.

Um dos componentes dos Redutores de Receita é a Renúncia. O Quadro abaixo faz uma

comparação entre as renúncias de receita tributária previstas na LDO/2025 e as do PLOA/2025.

Verifica-se que a projeção de renúncia de receita tributária teve um aumento de R$ 109,6

milhões entre a LDO/2025 e o PLOA/2025, sendo o IPVA e ICMS os principais responsáveis,

respondendo respectivamente por R$ 56,3 milhões e R$ 48,4 milhões.

Quadro II.3.6. Renúncia de Receita - LDO/2025 X PLOA/2025 - R$ mil

TRIBUTO LDO/2025 PLOA/2025 Var. Var. %

ICMS 7.505.277 7.553.673 48.396 0,6%

ISS 468.928 473.069 4.141 0,9%

IPVA 216.218 272.481 56.263 26,0%

IPTU 199.318 199.826 508 0,3%

ITBI 18.381 18.463 82 0,4%

ITCD 77.445 77.627 182 0,2%

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.45

TLP 19.297 19.352 55 0,3%

Multas e Juros 0 0 0 0,0%

Dívida Ativa 0 0 0 0,0%

TOTAL 8.504.864 8.614.491 109.627 1,3%

Fonte: Anexos PLDO 2025 e PLOA 2025.

No quadro abaixo constata-se que as renúncias de receitas no triênio de 2024 a 2026 ficaram

no patamar de aproximadamente R$ 26,3 bilhões, uma média de aproximadamente R$ 8,8

bilhões ao ano . Ainda nesse mesmo quadro, o ICMS , como nos anos anteriores, responde

pelo maior percentual do total das renúncias tributárias do Distrito Federal, participando com

aproximadamente 88% do total em média no período.

Quadro II.3.7. Renúncia de Receita Tributária, por Tributos - R$ mil

% do % do

% do

TRIBUTO 2025 Total 2026 Total 2027

Total 2027

2025 2026

ICMS 7.553.673 88% 7.661.941 88% 7.838.265 88%

ISS 473.069 5% 476.790 5% 486.153 5%

IPVA 272.481 3% 281.596 3% 291.009 3%

IPTU 199.826 2% 199.813 2% 202.508 2%

ITBI 18.463 0% 18.987 0% 19.562 0%

ITCD 77.627 1% 79.826 1% 82.224 1%

TLP 19.352 0% 19.118 0% 19.223 0%

Multa e Juros 0 0% 0 0% 0 0%

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.46

Dívida Ativa 0 0% 0 0% 0 0%

TOTAL 8.614.491 100% 8.738.071 100% 8.938.944 100%

(*) Não inclui Taxa de Expediente, Taxa de Estabelecimentos, Taxa de Obras e Débitos não

tributários, os quais adicionariam, por exemplo, R$ 12,8 milhões à renúncia estimada em 2025.

Fonte: M12 – Critérios adotados para estimativa dos principais itens da receita – Exercício 2025.

O ICMS é o principal tributo da Receita Tributária, representado aproximadamente 47% do total.

No tocante à Renúncia de Receita Tributária, sua participação é ainda maior, ao redor de

88%. Por sua importância, vale a pena uma análise mais aprofundada.

No detalhamento das renúncias por sua natureza e por tributo, pode-se notar que, no caso da

renúncia de tributos do ICMS, de um total de 204 tipos de renúncias, 21 delas

representam 88,3% do total de renúncias (R$ 6,7 bilhões de um total de R$ 7,5 bilhões).

Essas principais renúncias de ICMS podem ser vistas no quadro abaixo. Nele é feito a

comparação dos valores de Renúncia de Receita de ICMS previstos para 2025 no PLOA

2025 e no PLOA 2024.

Quadro II.3.8. Renúncia de Receita de ICMS - R$ milhões

PLOA/2025 LOA/2024

MODALIDADE Exerc. Exerc.

DESCRIÇÃO DO CAPITULAÇÃO

DO VAR.

BENEFÍCIO LEGAL

BENEFÍCIO 2025 2025

Regime diferenciado

de tributação

aplicado aos

Outros contribuintes Lei nº 5.005/2012 1.181,6 1.209,8 -28

industriais,

atacadistas ou

distribuidores

Lei 6.421/19 e

Convênio ICMS

/CONFAZ 128

/94,

Saída interna de regulamentado

Redução de

mercadorias que no Decreto nº

Base de 972,1 308,4 664

compõem a cesta 18.955/1997

Cálculo

básica. Anexo I, caderno

II, item 11,

incluídas

alterações da Lei

nº 6.968/21

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.47

Convênio ICMS

/CONFAZ 15/81,

Saída de máquinas

Redução de regulamentado

, aparelhos, veículo

Base de no Decreto nº 704,7 0,8 704

s, móveis, motores

Cálculo 18.955/1997

e vestuário usados

Anexo I, caderno

II, item 06

As operações com Convênio ICMS

os equipamentos e /CONFAZ 01/99,

insumos da área d regulamentado

Isenção e no Decreto nº 630,4 0,7 630

saúde relacionados 18.955/1997

no Convênio ICMS Anexo I, caderno

01/99 I, item 103

Aos empreendiment

os econômicos pro

dutivos enquadrados

no Programa de Decreto nº 39.803

Incentivo Fiscal à /2019,

Crédito

Industrialização e fundamentado no 426,6 63,5 363

presumido

o desenvolvimento Convênio ICMS

sustentável do /CONFAZ 190/17

Distrito Federal

(EMPREGA -

DF)

A saída interna e

Convênio ICMS

interestadual,

/CONFAZ 44/75,

exceto a destinad

regulamentado

a à

Isenção no Decreto nº 387,6 0,0 388

industrialização, de

18.955/1997

hortícolas, em

Anexo I, caderno

estado natural e

I, item 15

ovos.

A saída

interna e interestad

ual de frutas em e

stado natural,

Convênio ICM 44

nacionais ou proven

/75,

ientes dos países

regulamentado

membros da ALAL

Isenção no Decreto nº 367,6 0,5 367

C,

18.955/1997

com exceção das

Anexo I, caderno

destinadas à indu

I, item 14

strialização, e de

amêndoas, avelãs,

castanhas, nozes,

peras e maçãs.

Programa de

Convênio ICMS

Incentivo à

116/23 e Lei

Anistia Regularização Fiscal 241,0 241,0 0

Complementar nº

do Distrito Federal -

1.025/23

REFIS-DF 2023

Fornecimento de

refeições promovido

por bares,

Convênio ICMS

restaurantes

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.48

Redução de e estabelecimentos 91/12,

Base de similares, assim homologado pelo 230,8 156,2 75

Cálculo como na saída Decreto

promovida por Legislativo nº

empresas 2.358/21

preparadoras de

refeições coletivas

Convênio ICMS

Operações com c

/CONFAZ 89/05,

arne e demais pro

Redução de regulamentado

dutos resultantes d

Base de no Decreto nº 221,9 28,2 194

o abate de aves,

Cálculo 18.955/1997

leporídeos, carne

Anexo I, caderno

bovina.

II, item 42

Convênio ICMS

As operações co

/CONFAZ 126

m os equipament

/10,

os ou acessórios

regulamentado

Isenção destinados a 191,5 0,5 191

no Decreto nº

portadores de

18.955/1997

deficiência física ou

Anexo I, caderno

auditiva

I, item 53

Operações e presta

ções de serviço de

transporte realizad

as Convênio ICMS

no âmbito das med 63/20,

idas de prevenção homologado pelo

Isenção 155,5 207,3 -52

ao contágio e de Decreto

enfrentamento à pa Legislativo nº

ndemia causada pel 2.323/21

o novo agente do

Coronavírus (SARS-

CoV-2).

Convênio ICMS

/CONFAZ 188

/17,

Redução de Operações com

regulamentado

Base de querosene de 152,9 153,1 0

no Decreto nº

Cálculo aviação (QAV)

18.955/1997

Anexo I, caderno

II, item 59

Ao contribuinte

comerciante

atacadista, na saída Decreto nº 39.753

interestadual /2019,

Crédito

que destine mercad fundamentado no 134,1 4,8 129

presumido

oria para comerciali Convênio ICMS

zação, produção ou /CONFAZ 190/17

industrialização.

Programa de Incent

Convênio ICMS

ivo à Regularização

190/21 e Lei

Remissão Fiscal do Distrito 111,5 2,3 109

Complementar nº

Federal - REFIS-DF

996/21

2021

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.49

Diferencial de

alíquota (DIFAL) nas

operações Lei nº 6.296

Isenção 105,1 105,6 0

interestaduais para /2019, art. 1º

contribuintes

Simples Nacional

Convênio ICMS

As operações inter /CONFAZ 162

nas com medicame /94,

ntos quimioterápicos regulamentado

Isenção 104,7 4,5 100

usados no no Decreto nº

tratamento de 18.955/1997

câncer. Anexo I, caderno

I, item 75

As operações realiz

adas com os fárma

cos e medicamento

s Convênio ICMS

destinados a órgã /CONFAZ 87/02,

os da Administraçã regulamentado

Isenção o Pública Direta no Decreto nº 75,4 80,2 -5

e 18.955/1997

Indireta Federal, Es Anexo I, caderno

tadual e Municipal I, item 121

e a suas fundaçõe

s

públicas.

Às empresas forn Convênio ICMS

ecedoras de 144/21,

energia elétrica, c regulamentado

Crédito

alculado sobre o no Decreto nº 72,4 72,7 0

presumido

valor do faturamento 18.955/1997,

bruto de seus Anexo I, Caderno

estabelecimentos. III item 10

Convênio ICMS

/CONFAZ 100

A saída interna d /97,

os insumos agrop regulamentado

Isenção 71,0 7,1 64

ecuários listados n no Decreto nº

o Convênio 100/97. 18.955/1997

Anexo I, caderno

I, item 82 a 92

Saída interestadual

de inseticidas, fu

ngicidas, formicidas,

herbicidas,

parasiticidas,

germicidas, Convênio ICMS

acaricidas, /CONFAZ 100

nematicidas, /97,

raticidas, desfolhant regulamentado

Redução de

es, dessecantes, es no Decreto nº

Base de 63,7 8,7 55

palhantes, adesivos, 18.955/1997

Cálculo

estimuladores e in Anexo I, caderno

ibidores de cresci

mento (reguladores)

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.50

, II, item 18 a 28,

vacinas, soros e 36,39, 41 e

medicamentos, prod 50

uzidos para uso na

agricultura e na

pecuária.

A remessa da peça

defeituosa para

o fabricante promo

vida Convênio ICMS

pelo estabelecime /CONFAZ 27/07,

nto ou pela ofic regulamentado

Isenção ina credenciada o no Decreto nº 62,7 0,2 63

u autorizada, desde 18.955/1997

que a remessa Anexo I, caderno

ocorra até trinta dias I, item 148

depois do prazo de

vencimento da

garantia.

Demais - - 888 3.395 -2.507

Total - - 7.553 6.051 1.502

Fonte: Q10.2 – Quadro X – Estimativa de Compensação – Tributária (PLOA 2024) e Q10 -

Quadro X – Projeção da Renúncia de Receitas de Origem Tributária (PLOA 2025).

Da análise do detalhamento da Renúncia do ICMS, nota-se que a maior renúncia estimada é

com o regime diferenciado de tributação aplicado aos contribuintes industriais, atacadistas ou

distribuidores (Lei nº 5.005/2012), com impacto estimado de R$ 1,2 bilhão em renúncias em

2025, segundo o PLOA 2025. Este valor representa 15,7% das renúncias totais esperadas de

ICMS.

Também é relevante apontar grandes discrepâncias de estimativa de renúncia de ICMS

percebidas para 2025 entre o PLOA 2024 e PLOA 2025 e que merecem maiores explicações.

Como exemplos, têm-se:

Redução de base de cálculo para saída de máquinas, aparelhos, veículos, móveis,

motores e vestuário usados: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,8 milhão) e PLOA

2025 (R$ 704,7 milhões) ;

Isenção para operações com os equipamentos e insumos da área de saúde relacionados

no Convênio ICMS 01/99: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,7 milhão) e PLOA 2025

(R$ 630,4 milhões) ;

Isenção para saída interna e interestadual, exceto a destinada à industrialização, de

hortícolas, em estado natural e ovos: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,03 milhão) e

PLOA 2025 (R$ 387,6 milhões) ;

Isenção para saída interna e interestadual de frutas em estado natural, nacionais ou

provenientes dos países membros da ALALC,

com exceção das destinadas à industrialização, e de amêndoas, avelãs, castanhas,

nozes, peras e maçãs: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,5 milhão) e PLOA 2025 (R$

367,6 milhões) ;

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.51

Redução de base de cálculo para operações com carne e demais produtos resultantes do

abate de aves, leporídeos, carne bovina: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 28,2

milhões) e PLOA 2025 (R$ 221,9 milhões) ;

Isenção para operações com os equipamentos ou acessórios destinados a portadores de

deficiência física ou auditiva: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,5 milhão) e PLOA

2025 (R$ 191,5 milhões) ;

Crédito presumido para contribuinte comerciante atacadista, na saída interestadual que

destine mercadoria para comercialização, produção ou industrialização: renúncia

estimada PLOA 2024 (R$ 4,8 milhões) e PLOA 2025 (R$ 134,1 milhões) ; e

Remissão para o Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do Distrito Federal -

REFIS-DF 2021: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 2,3 milhões) e PLOA 2025 (R$

111,5 milhões) .

Conforme percebido, a reestimativa de renúncia tributária prevista para os oito benefícios

de ICMS elencados foi de R$ 37,8 milhões (PLOA 2024, para o exercício de 2025) para R$

2,75 bilhões (PLOA 2025, para o exercício de 2025), o que representa um aumento de

7.277%.

Retornando à análise do total de Renúncias de Receita Tributária, a comparação entre as

projeções para o exercício de 2025 previstas na LOA/2025 com as do PLOA/2024 (ver

quadro abaixo) demonstra que houve, em termos gerais, redução de R$ 263 milhões nas

renúncias, recuo de 3,0%.

Destaca-se, contudo, algumas divergências numéricas entre projeções de renúncia

apresentadas nos quadros e anexos do PLOA. Enquanto o arquivo “Q10.2 – Quadro X –

Estimativa de Compensação – Tributária”, que possui abertura detalhada das renúncias

apresenta valor estimado para renúncia de ICMS para 2025 da ordem de R$ 6,051 bilhões, o

arquivo “Q10.1 – Quadro X – Renúncia Tributária – Considerações” apresenta estimativa para o

mesmo ano no valor R$ 8,878 bilhões, uma diferença de R$ 2,827 bilhões.

Quadro II.3.9. Renúncia Tributária PLOA/2025 x LOA/2024, - R$ milhões

TRIBUTO

2025 na LOA 2025 na PLOA Var. Var. %

/2024 /2025

7.876 7.554 -322 -4,1%

ICMS

125 473 348 277,0%

ISS

349 272 -76 -21,9%

IPVA

228 200 -28 -12,5%

IPTU

123 18 -105 -85,0%

ITBI

158 78 -80 -50,7%

ITCD

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.52

18 19 1 5,2%

TLP

0 0 0 0,0%

Multa e Juros

0 0 0 0,0%

Dívida Ativa

8.878 8.614 -263 -3,0%

TOTAL

Fonte: Quadro X de projeção da renúncia de origem tributária (PLOA 2024 e PLOA 2025).

Do exposto acima, resumidamente os principais pontos são :

a. De 2025 a 2027 , a estimativa de Renúncia Tributária é de R$ 26,3 bilhões ;

b. Entre as estimativas para o exercício de 2025 previstas na LOA/2024 e as do PLOA/2025 h

ouve recuo de R$ 263 milhões em renúncias tributárias esperadas (- 3,0%).

c. De 2025 a 2027, a renúncia total de ICMS é de R$ 23,1 bilhões;

d. A maior renúncia esperada do ICMS para 2025 é relativa ao regime diferenciado de

tributação aplicado aos contribuintes industriais, atacadistas ou distribuidores promovidos

pela Lei nº 5.005/2012, equivalente a R$ 1,18 bilhão; e

e. Existem grandes discrepâncias de estimativa de renúncia de ICMS percebidas para 2025

entre o PLOA 2024 e PLOA 2025 e que merecem maiores explicações. Como exemplo, a

reestimativa de renúncia tributária prevista para os oito benefícios de ICMS elencados foi

de R$ 37,8 milhões (PLOA 2024, para o exercício de 2025) para R$ 2,75 bilhões (PLOA

2025, para o exercício de 2025), o que representa um aumento de 7.277%.

Além da Renúncia Tributária, outros itens fazem parte do grupo de Redutores de Receita .

Os redutores de receita são a renúncia tributária, a inadimplência e alguns programas de

incentivo ao contribuinte. No grupo das renúncias estão: 1) isenções; 2) redutores de alíquota;

3) remissões; 4) redutores da base de cálculo; 5) prorrogações de prazo.

Os redutores de receita somam R$ 31,7 bilhões no triênio 2025-2027 , sendo que, desse

total, R$ 25,1 bilhões (79%) referem-se ao ICMS , conforme detalhado no quadro abaixo:

Quadro II.3.10. Redutores de Receita em relação à Receita Bruta por Tributo – R$ milhões

TRIBUTO

2025 2026 2027 2025 2026 2027

ICMS

8.205 8.327 8.521 44% 44% 44%

Inadimplência

Estimada 652 665 683 4% 4% 3%

Renúncia Estimada

7.554 7.662 7.838 41% 40% 40%

ISS

573 581 594 15% 15% 15%

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.53

Inadimplência

Estimada 100 104 108 3% 3% 3%

Renúncia Estimada

473 477 486 13% 12% 12%

IPVA

699 724 750 30% 30% 30%

Inadimplência

Estimada 400 415 430 17% 17% 17%

Renúncia Estimada

272 282 291 12% 12% 11%

Abatimento do Nota

Legal 0% 0% 0%

Desconto do Pagto

da Cota Única 27 27 28 1% 1% 1%

IPTU

704 723 744 38% 38% 37%

Inadimplência

Estimada 444 461 477 24% 24% 24%

Renúncia Estimada

200 200 203 11% 10% 10%

Abatimento do Nota

Legal 0% 0% 0%

Desconto do Pagto

da Cota Única 60 62 64 3% 3% 3%

ITBI

21 21 22 3% 3% 3%

Inadimplência

Estimada 2 2 2 0% 0% 0%

Renúncia Estimada

18 19 20 3% 3% 3%

ITCD

91 94 97 35% 34% 33%

Inadimplência

Estimada 13 14 14 5% 5% 5%

Renúncia Estimada

78 80 82 30% 29% 28%

TLP

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.54

66 68 70 23% 22% 22%

Inadimplência

Estimada 47 49 50 16% 16% 16%

Renúncia Estimada

19 19 19 7% 6% 6%

Multa e Juros

0 0 0 0% 0% 0%

Renúncia Estimada

0% 0% 0%

Dívida Ativa

0 0 0 0% 0% 0%

Renúncia Estimada

0% 0% 0%

TOTAL 10.360 10.537 10.797 37% 36% 36%

Fonte: Q10.1 – Quadro X – Renúncia Tributária – Considerações.PDF.

Chama a atenção o alto percentual de inadimplência média do IPTU, do IPVA e da TLP no

triênio 2025-2027 (24%, 17% e 16% da estimativa da receita bruta, respectivamente) em relação

aos demais tributos (o ICMS, por exemplo, é de 4%). Na soma dos três anos, estima-se deixar

de receber por inadimplência no pagamento desses três tributos aproximadamente R$ 2,8

bilhões.

DEPUTADO EDUARDO PEDROSA

Relator

Este parecer consta de 3 partes distintas

Parte 1/3

Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 1º Andar, Sala 1.43 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8680

www.cl.df.gov.br - ceof@cl.df.gov.br

Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado

(a) Distrital, em 14/10/2024, às 13:04:52 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº

02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro

de 2020.

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.55

A autenticidade do documento pode ser conferida no site

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Código Verificador: 136207 , Código CRC: 3aecf7f9

PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.56

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

Comissão de Economia Orçamento e Finanças

PARECER PRELIMINAR Nº , DE 2024 - CEOF

Projeto de Lei nº 1294/2024

Da COMISSÃO DE ECONOMIA,

ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre o

Projeto de Lei nº 1294/2024, que

“Estima a receita e fixa a despesa do

Distrito Federal para o exercício

financeiro de 2025.”

AUTOR: Poder Executivo

RELATOR: Deputado EDUARDO

PEDROSA

II.4 - ANÁLISE DA DESPESA

O PLOA/2025 compreende o Orçamento Fiscal (OF), o Orçamento de Seguridade Social (OSS)

e o Orçamento de Investimento das Empresas Estatais (OI) em que o Distrito Federal, direta ou

indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

A despesa fixada no PLOA referente ao exercício de 2025 foi de R$ 39,9 bilhões, sendo

composta por despesas correntes (88,9%), despesas de capital (7,8%), reserva orçamentária do

Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) (0,1%) e reserva de contingência (3,2%). Cabe

lembrar que este valor não considera os valores decorrentes do Fundo Constitucional do Distrito

Federal (FCDF), que são utilizados para financiar ações das áreas de segurança pública, saúde

e educação.

O valor fixado no PLOA para 2025 superou o aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA)

relativa a 2024 em R$ 4,3 bilhões. Portanto, houve aumento de 12,16%. Desse aumento, os

grupos de natureza de despesa Pessoal e Encargos Sociais e Outras Despesas Correntes

foram responsáveis por R$ 3,8 bilhões.

As despesas de capital sofreram pequena redução de 0,7%. A reserva orçamentária do RPPS

sofreu expressiva redução (-93,5%) e a reserva de contingência, significativo aumento (+283,

73%). No entanto, como a participação desses dois últimos no total das despesas é pequena,

pode-se afirmar que a variação de 2024 para 2025 se deveu, principalmente, ao aumento das

despesas correntes (+12,8%).

Tabela 1 – Comparativo das Despesas fixadas por Grupo

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.57

LOA 2024 PLOA 2025 Participação

PLOA/2025 Diferença Variação

DESPESAS

(R$ mil) (R$ mil) PLOA/25 e PLOA/25

(%) LOA/24 e LOA/24

(R$ mil) (%)

31.449.466 35.486.617 88,9 4.037.151 12,84

Despesas Correntes

Pessoal e Encargos 18.400.465 20.923.134 52,4 2.522.670 13,71

Sociais

Juros e Encargos da 450.784 645.330 1,6 194.546 43,16

Dívida

Outras Despesas 12.598.217 13.918.152 34,9 1.319.935 10,48

Correntes

3.141.594 3.120.145 7,8 - 21.449 - 0,68

Despesas de Capital

2.386.202 2.364.377 5,9 - 21.825 -0,91

Investimentos

53.286 77.249 0,2 23.963 44,97

Inversões Financeiras

702.106 678.518 1,7 - 23.587 -3,36

Amortização da Dívida

Reserva

Orçamentária do 667.499 43.617 0,1 - 623.881 - 93,47

RPPS

Reserva de 329.907 1.265.948 3,2 936.041 283,73

Contingência

TOTAL 35.588.465 39.916.327 100,0 4.327.862 12,16

Fonte: Elaboração própria, 2024.

Em relação aos valores executados, o PLOA/2025 traz os valores referentes a 2021, 2022 e

2023. Como o exercício de 2024 ainda não findou, para se estimar o valor de execução no ano,

levantaram-se os valores liquidados até o mês de setembro a partir do Quadro Demonstrativo

da Despesa (QDD) de 2024 e calculou-se a variação média de um mês para o seguinte (+3,

72%). A partir desta, estimaram-se os valores de execução para os meses de outubro,

novembro e dezembro, apresentados na Tabela 2 .

Tabela 2 – Execução estimada para 2024

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.58

Execução da Despesa

Variação Frente ao

Mês

Mês Anterior

(R$ mil)

Janeiro 2.371.839,91 -

Fevereiro 2.430.283,96 + 2,46%

Março 2.831.328,16 + 16,50%

Abril 3.037.647,60 + 7,29%

Maio 3.266.866,08 + 7,55%

Junho 3.282.654,66 + 0,48%

Julho 3.163.614,53 - 3,63%

Agosto 3.177.515,66 + 0,44%

Setembro 3.134.639,45 - 1,35%

Outubro 3.251.193,07 + 3,72%

Novembro 3.372.080,43 + 3,72%

Dezembro 3.497.462,69 + 3,72%

Total Geral 36.817.126,20

Fonte: Elaboração própria, 2024.

Após concluída a estimativa mencionada, produziu-se a tabela a seguir, que contém os valores

executados em 2021, 2022 e 2023 e a execução estimada para 2024.

Tabela 3 – Execução de 2021 a 2024

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.59

Execução

Executado Executado Executado

Estimada

2021 2022 2023

DESPESAS 2024

(R$ mil) (R$ mil) (R$ mil)

(R$ mil)

Despesas Correntes 27.966.168 31.885.404 31.539.809 34.708.250

Pessoal e Encargos Sociais 16.633.904 18.755.825 17.550.742 19.843.034

Juros e Encargos da Dívida 235.333 339.670 434.298 427.463

Outras Despesas Correntes 11.096.932 12.789.908 13.554.769 14.437.752

Despesas de Capital 1.563.280 2.061.893 2.357.335 2.108.876

Investimentos 984.733 1.450.272 1.695.473 1.422.908

Inversões Financeiras 21.855 28.302 62.703 121.873

Amortização da Dívida 556.693 583.320 599.158 564.094

Reserva Orçamentária do

- - -

RPPS

Reserva de Contingência - - -

TOTAL 29.529.448 33.947.297 33.897.144 36.817.126

Fonte: Elaboração própria, 2024.

Depois de apresentados os valores fixados na LOA/2024 e no PLOA/2025 ( Tabela 1 ) e os

valores de execução de 2021 a 2024 ( Tabela 3 ), é possível proceder com análises baseadas

nas respectivas variações, estas apresentadas na Tabela 4 .

Tabela 4 – Variações entre os exercícios

2022 2023 2024 2025

DESPESAS x x x x

2021 2022 2023 2024

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.60

Despesas Correntes 14,0% - 1,1% 10,0% 2,2%

Pessoal e Encargos Sociais 12,8% - 6,4% 13,1% 5,4%

Juros e Encargos da Dívida 44,3% 27,9% - 1,6% 51,0%

Outras Despesas Correntes 15,3% 6,0% 6,5 % - 3,6%

Despesas de Capital 31,9% 14,3% - 10,5% 48,0%

Investimentos 47,3% 16,9% - 16,1% 66,2%

Inversões Financeiras 29,5% 121,6% 94,4% - 36,6%

Amortização da Dívida 4,8% 2,7% - 5,9% 20,3%

TOTAL 15,0% - 0,15% 8,6% 8,4%

Fonte: Elaboração própria, 2024.

Observa-se que as variações de um ano para o outro não seguem um comportamento padrão,

e, especificamente em relação ao PLOA/2025, destacam-se alguns pontos a seguir.

As Despesas Correntes – que representam cerca de 90% do total das despesas no ano –, com

exceção de 2022 para 2023, variaram de um ano para o outro consideravelmente mais do que o

aumento estimado de 2024 para 2025. Dessa forma, acredita-se que o valor adotado para as

Despesas Correntes no PLOA/2025 pode estar subdimensionado.

Ressalta-se que as despesas com Pessoal e Encargos Sociais são responsáveis por pelo

menos 50% do total das Despesas Correntes, e o crescimento esperado de 2024 para 2025 (+5,

4%) foi inferior à metade do crescimento verificado de 2021 para 2022 (+12,8%) e de 2023 para

2024 (+13,1%).

Já as Outras Despesas Correntes compõem cerca de 40% das Despesas Correntes, e, para

elas, foi previsto decrescimento de 2024 para 2025 (-3,6%). No entanto, nos demais anos

analisados, a variação foi positiva em, pelo menos, 6,0%.

Ante o exposto, a variação prevista no PLOA/2025 para os dois grupos de despesa

mencionados parece aquém da necessária.

As Despesas de Capital, ao contrário do ocorrido com as Despesas Correntes, parecem

superdimensionadas no PLOA 2025 . Analisando-se o último exercício encerrado (2023),

verifica-se que a Despesa de Capital liquidada (R$ 1,98 bilhões) correspondeu a 60,51% da

Dotação Inicial (R$ 3,27 bilhões). Assim, ainda que a variação de 2022 para 2023 (+14,3%)

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.61

tenha sido inferior a um terço da projetada de 2024 para 2025 (+48,0%), a execução dessa

categoria econômica não foi expressiva.

No período analisado, o grupo de Investimentos correspondeu, em média, a 70% do total das

Despesas de Capital. Observa-se que a despesa fixada para este grupo no PLOA/2025 está

significativamente acima dos valores apresentados nos últimos dois anos.

Avançando na classificação qualitativa da despesa, verificou-se se a distribuição do orçamento

nas respectivas Funções estava próxima da composição do liquidado até então em 2024. A

partir dessa análise, notou-se similaridade entre os percentuais, conforme evidenciado na Tabel

a 5 .

Tabela 5 – Distribuição entre as Funções: Liquidação em 2024 x PLOA/2025

Valor PLOA/2025 % em 2024

Função Nome da Função % em 2025

(R$) Liq jan-set

1 Legislativa 1.416.952.654 4% 3%

2 102.745 0% 0%

Judiciária

3 Essencial à 633.121.228 2% 2%

Justiça

4 Administração 3.989.088.789 10% 11%

5 Defesa 0 0% 0%

Nacional

6 Segurança 1.458.009.671 4% 4%

Pública

7 Relações 0 0% 0%

Exteriores

8 Assistência 928.312.021 2% 3%

Social

9 Previdência 6.753.721.579 17% 14%

Social

10 6.249.690.644 16% 16%

Saúde

11 326.562.986 1% 1%

Trabalho

12 Educação 7.458.505.389 19% 20%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.62

13 298.558.519 1% 1%

Cultura

14 Direitos da 302.432.332 1% 1%

Cidadania

15 Urbanismo 2.385.822.330 6% 6%

16 Habitação 68.720.588 0% 0%

17 Saneamento 36.217.392 0% 0%

18 Gestão 251.715.317 1% 1%

Ambiental

19 Ciência e 142.705.494 0% 0%

Tecnologia

20 Agricultura 235.622.628 1% 1%

21 Organização 0 0% 0%

Agrária

22 0 0% 0%

Indústria

23 Comércio e 115.593.426 0% 0%

Serviços

24 Comunicações 3.750.000 0% 0%

25 93.401 0% 0%

Energia

26 Transporte 2.722.233.842 7% 9%

27 Desporto e 234.197.363 1% 0%

Lazer

28 Encargos 2.595.038.697 7% 8%

Especiais

99 1.309.558.216 3% 0%

Reserva de Contingência

Total 39.916.327.251 100% 100%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.63

Fonte: Quadro XXIX – Demonstrativo de Evolução da Despesa – PLOA/2025 e QDD de 2024.

Posteriormente, analisaram-se os Programas, que representam o conjunto coordenado de

ações governamentais financiadas por recursos orçamentários e não orçamentários visando à

concretização de objetivos estabelecidos, ou seja, espelham as prioridades do governo. Podem

ser classificados em Finalísticos, que são aqueles dedicados a enfrentar um problema da

sociedade, gerando produtos para ela, e de Gestão e Manutenção, que são aqueles voltados

para as despesas com manutenção e funcionamento administrativo.

Constata-se que, dos 35 Programas, oito participam com 5% ou mais da dotação estabelecida

no PLOA/2025 e, juntos, representam 70% do total (valores sinalizados na coluna “% PLOA

2025” da Tabela 6 ). Destaca-se que o “Programa de Operações Especiais” corresponde a 24%

do PLOA/2025 e o Programa de Gestão e Manutenção voltado para a educação, 13%. O

Programa Finalístico com maior participação no PLOA/2025 é o destinado à saúde (7%).

Tabela 6 – Análise por Programa

PLOA

Empenho Liquidação %

2025

Nome do 2023 Estimada 2024 PLOA 2025

Programa 2025 x

Programa x 2023

2024

(R$ mil) (R$ mil) 2025

(R$ mil)

Programa

de

9.573.21

1 Operaçõe 7.667.078 8.082.536 24% 18% 25%

8

s

Especiais

Agronegó

cio e

6201 Desenvol 19.105 21.411 6.148 0% - 71 % - 68%

vimento

Rural

Saúde 2.779.38

6202 2.385.100 2.407.190 7% 15% 17%

em Ação 5

Gestão

para 1.998.37

6203 1.235.433 1.721.069 5% 16% 62%

Resultad 9

os

Atuação

6204 3.425 2.852 5.802 0% 103% 69%

Legislativa

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.64

Esporte 238.56

6206 162.566 254.562 1% -6% 47%

e Lazer 0

Desenvol

446.17

6207 vimento 466.687 425.362 1% 5% -4%

4

Econômico

Território,

Cidades

e

178.21

6208 Comunid 193.625 204.593 0% -13% -8%

0

ades

Sustentáv

eis

Infraestru 1.587.13

6209 1.630.236 1.629.267 4% -3% -3%

tura 9

Meio

6210 33.866 35.731 52.417 0% 47% 55%

Ambiente

Direitos 149.70

6211 119.737 112.742 0% 33% 25%

Humanos 6

Mobilidad 1.876.13

6216 2.432.514 2.566.717 5% -27% -23%

e Urbana 7

Seguranç

598.55

6217 a para 675.360 565.327 1% 6% -11%

2

Todos

Capital 182.53

6219 227.587 228.940 0% -20% -20%

Cultural 9

2.261.24

6221 EducaDF 1.792.222 1.902.828 6% 19% 26%

8

Assistênc 596.60

6228 745.571 710.053 1% -16% -20%

ia Social 4

Controle 1

6231 – 99 0% 417 % -

Externo 9

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.65

Agricultur

a – 226.81

8201 200.464 200.761 1% 13% 13%

Gestão e 2

Manutenç

ão

Saúde –

Gestão e 2.259.67

8202 2.016.315 2.168.423 6% 4% 12%

Manutenç 6

ão

Gestão

Para

Resultad

1.979.86

8203 os – 1.896.291 2.024.545 5% -2% 4%

5

Gestão e

Manutenç

ão

Legislativ

o –

882.98

8204 Gestão e 685.542 729.681 2% 21% 29%

7

Manutenç

ão

Regional

– Gestão

267.61

8205 e 224.154 251.451 1% 6% 19%

0

Manutenç

ão

Esporte

e Lazer –

8206 Gestão e 23.849 25.670 41.757 0% 63% 75%

Manutenç

ão

Desenvol

vimento

Econômic

152.28

8207 o – 113.715 112.383 0% 36% 34%

7

Gestão e

Manutenç

ão

Desenvol

vimento

Urbano – 397.14

8208 321.957 341.415 1% 16% 23%

Gestão e 1

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.66

Manutenç

ão

Infraestru

tura –

598.24

8209 Gestão e 569.759 583.999 1% 2% 5%

4

Manutenç

ão

Meio

Ambiente

– Gestão 236.48

8210 189.503 207.344 1% 14% 25%

e 4

Manutenç

ão

Direitos

Humanos

– Gestão 1.016.41

8211 860.678 958.501 3% 6% 18%

e 3

Manutenç

ão

Mobilidad

e Urbana

– Gestão 835.60

8216 679.933 696.872 2% 20% 23%

e 0

Manutenç

ão

Seguranç

a –

994.20

8217 Gestão e 866.109 1.009.624 2% -2% 15%

2

Manutenç

ão

Cultura –

Gestão e 86.57 83.91 123.24

8219 0% 47% 42%

Manutenç 9 0 6

ão

Educação

– Gestão

4.672.60 5.757.90 5.169.05

8221 e 13% -10% 11%

5 0 1

Manutenç

ão

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.67

338.63

Assistênc

1

ia Social

8228 300.361 362.286 1% -7% 13%

– Gestão

e

Manutenç

ão

Controle

Externo

– Gestão 600.06

8231 399.219 431.160 2% 39% 50%

e 2

Manutenç

ão

Reserva

de 1.265.94

9999 – – 3% – –

Contingê 1

ncia

Total 33.897.144 36.817.126 39.916.327 100% 8% 18%

Fonte: Elaboração própria, 2024.

A partir da Tabela 6 , é possível verificar a variação de 2023 para 2025 e de 2024 para 2025.

Ratifica-se que, para 2023, consideraram-se os valores empenhados; para 2024, a estimativa

de execução baseada nos valores liquidados de janeiro a setembro; e, para 2025, o PLOA/2025.

Assim, pode-se observar que houve decrescimento em vários Programas. Em termos

percentuais , o maior foi relativo ao Programa “ Agronegócio e Desenvolvimento Rural”

(-71% de 2024 para 2025 e -68% de 2023 para 2025), seguido pelo “Mobilidade Urbana” (-27%

e -23%, respectivamente). Em termos absolutos , o Programa “Mobilidade Urbana” teve o

maior decréscimo tanto de 2023 para 2025 (-R$ 556 milhões), quanto de 2024 para 2025 (-R$

691 milhões). No que tange aos Programas Finalísticos , a segunda maior redução ocorreu no

Programa “ Assistência Social” , tanto de 2023 para 2025 (-R$ 149 milhões), quanto de 2024

para 2025 (-R$ 113 milhões).

Com relação ao crescimento , a maior variação percentual ocorreu no Programa “Controle

Externo” (+417% de 2024 para 2025 e, em 2023, não houve empenho). Fora este Programa,

ainda em termos percentuais , de 2023 para 2025, a maior variação ocorreu no Programa “Esp

orte e Lazer – Gestão e Manutenção ” (+75%); e, de 2024 para 2025, “Atuação Legislativa”

(+103%). Em termos absolutos , tanto de 2023 para 2025 quanto de 2024 para 2025, a maior

variação ocorreu no “ Programa de Operações Especiais” (+R$ 1,9 bilhão e +R$ 1,5 bilhão,

respectivamente). No que tange aos Programas Finalísticos , o maior aumento de 2023 para

2025 ocorreu no Programa “Gestão para Resultados” (+R$ 763 milhões); e, de 2024 para

2025, no “Saúde em Ação” (+R$ 372 milhões).

Analisando a despesa pela ótica da Unidade Orçamentária (UO), percebe-se que apenas cinco

destas respondem por mais de 5% do orçamento estabelecido no PLOA/2025. São elas:

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.68

Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF) (17%), Fundo de Saúde do

Distrito Federal (FSDF) (13%), Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF)

(11%), Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal (SEEC) (9%), Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação (Fundeb) (8%). Juntas, essas cinco UOs respondem por 57% do orçamento estimado

para 2025.

De 2023 para 2025, houve aumento no orçamento previsto para SEEDF (+9%), Fundeb (+15%),

Iprev-DF (+52%) e FSDF (+14%), enquanto o orçamento da SEEC registrou uma queda de 7%.

Já entre 2024 e 2025, observou-se crescimento nos orçamentos do Iprev-DF (+32%) e FSDF

(+12%), e redução nos da SEEDF (-2%), do Fundeb (-6%) e da SEEC (-11%). Destaca-se,

nesse período, a variação significativa no orçamento do Iprev-DF . Os dados relativos a

estas e às demais UOs podem ser observados na Tabela 7 .

Tabela 7 – Análise por UO

Liquidaçã

Empenho o PLOA

% 2025

2023 Estimada 2025 2025

UO Descrição da UO PLOA x

2024 x 2024

2025 2023

(R$ mil) (R$ mil)

(R$ mil)

CÂMARA

LEGISLATIVA DO

01101 635.370 709.748 858.078 2% 21% 35%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE

ASSISTÊNCIA À

SAÚDE DOS

DEPUTADOS

DISTRITAIS E

01901 78.596 50.794 74.211 0% 46% -6%

SERVIDORES DA

CÂMARA

LEGISLATIVA DO

DISTRITO

FEDERAL

TRIBUNAL DE

CONTAS DO 502.45

02101 475.758 654.412 2% 30% 38%

DISTRITO 9

FEDERAL

CASA CIVIL DO 105.54

09101 101.840 110.075 0% 4% 8%

DISTRITO 2

FEDERAL

ARQUIVO PÚBLICO 5.57

09102 5.187 6.128 0% 10% 18%

DO DISTRITO 8

FEDERAL

09103 ADM. REG. DO 18.508 15.539 13.007 0% -16% -30%

PLANO PILOTO

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.69

09104 ADM. REG. DO 15.276 13.977 16.440 0% 18% 8%

GAMA

09105 ADM. REG. DE 20.264 19.146 20.673 0% 8% 2%

TAGUATINGA

09106 ADM. REG. DE 15.145 19.861 15.809 0% -20% 4%

BRAZLÂNDIA

09107 ADM. REG. DE 12.945 13.400 11.673 0% -13% -10%

SOBRADINHO

09108 ADM. REG. DE 11.853 13.023 9.963 0% -23% -16%

PLANALTINA

09109 ADM. REG. DO 6.339 5.211 6.363 0% 22% 0%

PARANOÁ

ADM. REG. DO

09110 NÚCLEO 8.060 7.718 10.411 0% 35% 29%

BANDEIRANTE

09111 ADM. REG. DE 16.715 16.970 15.627 0% -8% -7%

CEILÂNDIA

09112 ADM. REG. DO 13.504 12.526 15.698 0% 25% 16%

GUARÁ

09113 ADM. REG. DO 6.558 7.447 8.084 0% 9% 23%

CRUZEIRO

09114 ADM. REG. DE 12.616 12.167 13.332 0% 10% 6%

SAMAMBAIA

09115 ADM. REG. DE 13.203 14.017 18.388 0% 31% 39%

SANTA MARIA

09116 ADM. REG. DE SÃO 12.653 7.050 6.951 0% -1% -45%

SEBASTIÃO

ADM. REG. DO

09117 RECANTO DAS 8.235 8.768 7.034 0% -20% -15%

EMAS

09118 ADM. REG. DO 5.560 5.838 7.240 0% 24% 30%

LAGO SUL

09119 ADM. REG. DO 8.142 8.646 9.448 0% 9% 16%

RIACHO FUNDO

09120 ADM. REG. DO 6.458 6.590 7.142 0% 8% 11%

LAGO NORTE

09121 ADM. REG. DA 6.623 5.769 7.642 0% 32% 15%

CANDANGOLÂNDIA

09122 ADM. REG. DE 12.207 13.383 13.914 0% 4% 14%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.70

ÁGUAS CLARAS

09123 ADM. REG. DO 5.459 5.505 6.592 0% 20% 21%

RIACHO FUNDO II

ADM. REG. DO

09124 SUDOESTE 5.887 5.833 6.289 0% 8% 7%

/OCTOGONAL

09125 ADM. REG. DO 2.731 2.892 3.268 0% 13% 20%

VARJÃO

09126 ADM. REG. DO PARK 4.984 6.204 6.964 0% 12% 40%

WAY

09127 ADM. REG. DO 4.089 4.419 4.482 0% 1% 10%

SCIA

09128 ADM. REG. DE 7.050 4.947 5.964 0% 21% -15%

SOBRADINHO II

09129 ADM. REG. DO 8.454 8.394 9.431 0% 12% 12%

JARDIM BOTÂNICO

09130 ADM. REG. DO 4.291 4.737 5.067 0% 7% 18%

ITAPOÃ

09131 4.878 4.330 5.837 0% 35% 20%

ADM. REG. DO SIA

09133 ADM. REG. DE 7.096 7.557 8.444 0% 12% 19%

VICENTE PIRES

09135 ADM. REG. DA 5.298 4.255 5.552 0% 30% 5%

FERCAL

ADM. REG. DO SOL

09136 NASCENTE/PÔR DO - - 3.017 0% - -

SOL

ADMINISTRAÇÃO

REGIONAL DE

09137 4.123 5.942 5.834 0% -2% 42%

ARNIQUEIRA – RA

XXXIII

ADMINISTRAÇÃO

REGIONAL DE

09138 - - 4.907 0%

ARAPOANGA – RA - -

XXXIV

ADMINISTRAÇÃO 2.6

09139 - - 0% - -

REGIONAL DE ÁGUA 72

QUENTE – RA XXXV

10101 GABINETE DO VICE- 30.051 41.487 46.136 0% 11% 54%

GOVERNADOR

11101 SECRETARIA DE 21.706 22.810 24.473 0% 7% 13%

GOVERNO

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.71

PROCURADORIA-

GERAL DO

12101 195.051 239.391 232.175 1% -3% 19%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DA

PROCURADORIA-

12901 GERAL DO 31.949 25.476 52.630 0% 107% 65%

DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA

DE ESTADO DA

AGRICULTURA,

ABASTECIMENTO E

14101 88.069 92.106 84.131 0% -9% -4%

DESENVOLVIMENTO

RURAL DO

DISTRITO

FEDERAL

EMPRESA DE

ASSISTÊNCIA

TÉCNICA E

14203 141.095 146.626 164.890 0% 12% 17%

EXTENSÃO RURAL

DO DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DISTRITAL

14903 DE SANIDADE 55 - 200 0% - 264%

ANIMAL

FUNDO DISTRITAL

DE

14904 2.124 1.551 3.310 0% 113% 56%

DESENVOLVIMENTO

RURAL – FDR

SECRETARIA DE

ESTADO DE

15101 COMUNICAÇÃO DO 188.090 158.201 244.454 1% 55% 30%

DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DE

CULTURA E

16101 ECONOMIA 226.219 287.464 216.096 1% -25% -4%

CRIATIVA DO

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE APOIO À

CULTURA DO

16903 79.939 14.908 78.710 0% 428% -2%

DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DE

DESENVOLVIMENTO

17101 745.824 778.794 731.970 2% -6% -2%

SOCIAL DO

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE

ASSISTÊNCIA

SOCIAL DO

17902 0% -30% -38%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.72

DISTRITO

FEDERAL 182.5 162.1 114.0

70 77 68

FUNDO DE

COMBATE E 119.8 126.8 83.6

17906 0% -34% -30%

ERRADICAÇÃO DA 83 29 99

POBREZA

SECRETARIA DE

ESTADO DE

18101 EDUCAÇÃO DO 3.952.319 4.383.220 4.290.408 11% -2% 9%

DISTRITO

FEDERAL

UNIVERSIDADE DO

DISTRITO FEDERAL

6%

18203 PROFESSOR JORGE 12.011 18.681 19.875 0% 65%

AMAURY MAIA

NUNES

FUNDO DE

MANUTENÇÃO E

DESENVOLVIMENTO

DA EDUCAÇÃO

18903 2.704.632 3.299.924 3.104.978 8% -6% 15%

BÁSICA E DE

VALORIZAÇÃO DOS

PROFISSIONAIS DA

EDUCAÇÃO

FUNDO DA

UNIVERSIDADE DO

18904 - 1.702 75.956 0% 4362% -

DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DE

3.939.5 4.110.7 3.663.4

19101 ECONOMIA DO 9% -11% -7%

51 29 24

DISTRITO

FEDERAL

COMPANHIA DE

PLANEJAMENTO DO

19211 1.436 1.330 1.733 0% 30% 21%

DISTRITO

FEDERAL

INSTITUTO DE

ASSISTÊNCIA À

SAÚDE DOS

19212 727.442 1.102.880 1.165.245 3% 6% 60%

SERVIDORES DO

DISTRITO

FEDERAL

INSTITUTO DE

PREVIDÊNCIA DOS

19213 SERVIDORES DO 4.431.374 5.109.097 6.756.281 17% 32% 52%

DISTRITO

FEDERAL

SOCIEDADE DE

19214 ABASTECIMENTO 20.235 21.142 22.897 0% 8% 13%

DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE

PESQUISA E

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.73

19219 ESTATÍSTICA DO 110.353 115.597 126.121 0% 9% 14%

DISTRITO FEDERAL

–IPEDF CODEPLAN

FUNDO DE

MODERNIZAÇÃO E

19902 REPARELHAMENTO 4.227 10.280 19.085 0% 86% 352%

DA ADMINISTRAÇÃO

FAZENDÁRIA

FUNDO DE

19905 MELHORIA DA 2.437 3.250 7.877 0% 142% 223%

GESTÃO PÚBLICA

FUNDO DA RECEITA

TRIBUTÁRIA DO

19911 78.220 94.311 105.451 0% 12% 35%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE

APRIMORAMENTO

DO CONTROLE

19912 70.719 83.189 137.870 0% 66% 95%

INTERNO DO

DISTRITO

FEDERAL

JUNTA COMERCIAL,

INDUSTRIAL E

20204 SERVIÇOS DO 8.738 9.487 25.287 0% 167% 189%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE

DESENVOLVIMENTO

20902 4.038 4.308 27.528 0% 539% 582%

DO DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA DE

21101 ESTADO DO MEIO 29.400 33.394 38.627 0% 16% 31%

AMBIENTE

21106 JARDIM BOTÂNICO 6.890 7.574 10.807 0% 43% 57%

DE BRASÍLIA

AGÊNCIA

REGULADORA DE

ÁGUAS, ENERGIA E

21206 58.219 60.915 90.343 0% 48% 55%

SANEAMENTO DO

DISTRITO

FEDERAL

FUNDAÇÃO JARDIM

21207 ZOOLÓGICO DE 26.962 27.841 27.743 0% -0% 3%

BRASÍLIA

INSTITUTO DO MEIO

AMBIENTE E DOS

RECURSOS

21208 109.298 117.562 131.419 0% 12% 20%

HÍDRICOS DO

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO ÚNICO DE

MEIO AMBIENTE DO

21901 477 502 11.421 0% 2175% 2292%

DISTRITO

FEDERAL

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.74

SECRETARIA DE

ESTADO DE OBRAS

E

22101 583.487 542.961 704.306 2% 30% 21%

INFRAESTRUTURA

DO DISTRITO

FEDERAL

COMPANHIA

22201 URBANIZADORA DA 1.028.913 983.348 932.433 2% -5% -9%

NOVA CAPITAL

22214 SERVIÇO DE 834.444 869.318 758.010 2% -13% -9%

LIMPEZA URBANA

FUNDAÇÃO

23202 HEMOCENTRO DE 26.188 25.036 62.214 0% 149% 138%

BRASÍLIA

FUNDAÇÃO DE

ENSINO E

23203 PESQUISA EM 17.385 18.213 28.266 0% 55% 63%

CIÊNCIAS DA

SAÚDE

FUNDO DE SAÚDE

23901 DO DISTRITO 4.446.486 4.563.216 5.089.290 13% 12% 14%

FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DE

SEGURANÇA

24101 64.235 70.074 72.269 0% 3% 13%

PÚBLICA DO

DISTRITO

FEDERAL

POLÍCIA MILITAR DO

24103 DISTRITO 123.091 90.246 108.168 0% 20% -12%

FEDERAL

CORPO DE

BOMBEIROS

24104 MILITAR DO 37.204 22.511 24.368 0% 8% -35%

DISTRITO

FEDERAL

POLÍCIA CIVIL DO

24105 DISTRITO 161.969 147.870 160.434 0% 8% -1%

FEDERAL

24201 DEPARTAMENTO DE 589.423 539.273 584.536 1% 8% -1%

TRÂNSITO

24901 FUNDO DE SAÚDE 2.029 - 431 0% - -79%

DA POLÍCIA MILITAR

FUNDO DE

MODERNIZAÇÃO,

MANUTENÇÃO E

24904 REEQUIPAMENTO 33 9.553 12.070 0% 26% 36303%

DA POLÍCIA MILITAR

DO DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE

MODERNIZAÇÃO,

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.75

MANUTENÇÃO E

REEQUIPAMENTO

24905 3.179 5.691 910 0% -84% -71%

DO CORPO DE

BOMBEIROS

MILITAR DO

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE

MODERNIZAÇÃO,

MANUTENÇÃO E

24906 REEQUIPAMENTO 591 - 1.890 0% - 220%

DA POLÍCIA CIVIL

DO

DISTRITO FEDERAL

FUNDO DE

SEGURANÇA

24909 PÚBLICA DO 25.623 32.962 52.743 0% 60% 106%

DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DE

DESENVOLVIMENTO

ECONÔMICO,

25101 287.413 235.314 267.214 1% 14% -7%

TRABALHO E

RENDA DO

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO PARA

GERAÇÃO DE

25902 9.838 10.428 23.547 0% 126% 139%

EMPREGO E

RENDA

FUNDO DO

TRABALHO DO

25907 245 35.133 8.984 0% -74% 3567%

DISTRITO FEDERAL

– FTDF

SECRETARIA DE

ESTADO DE

TRANSPORTE E

26101 1.753.482 2.004.680 1.022.756 3% -49% -42%

MOBILIDADE DO

DISTRITO

FEDERAL

SOCIEDADE DE

TRANSPORTES

26201 25.749 26.248 25.091 0% -4% -3%

COLETIVOS DE

BRASÍLIA

DEPARTAMENTO DE

26205 ESTRADAS DE 746.798 649.696 1.041.536 3% 60% 39%

RODAGEM

COMPANHIA DO

METROPOLITANO

26206 507.239 559.819 666.061 2% 19% 31%

DO DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DE

TURISMO DO

27101 88.140 127.136 85.373 0% -33% -3%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.76

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE

FOMENTO À

27901 - - 20 0% - -

INDÚSTRIA DO

TURISMO

SECRETARIA DE

ESTADO DE

DESENVOLVIMENTO

28101 URBANO E 73.511 75.251 83.411 0% 11% 13%

HABITAÇÃO DO

DISTRITO

FEDERAL

COMPANHIA DE

DESENVOLVIMENTO

28209 HABITACIONAL DO 104.820 111.922 80.751 0% -28% -23%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE

DESENVOLVIMENTO

28901 URBANO DO 4.437 11.892 20.394 0% 71% 360%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DISTRITAL

28905 DE HABITAÇÃO DE - - 419 0% - -

INTERESSE SOCIAL

SECRETARIA DE

ESTADO DO

34101 ESPORTE E LAZER 125.098 198.290 223.357 1% 13% 79%

DO DISTRITO

FEDERAL

34902 FUNDO DE APOIO 50.592 74.317 46.965 0% -37% -7%

AO ESPORTE

SECRETARIA DE

ESTADO DE

CIÊNCIA,

40101 TECNOLOGIA E 33.322 41.982 29.726 0% -29% -11%

INOVAÇÃO DO

DISTRITO

FEDERAL

FUNDAÇÃO DE

APOIO À PESQUISA

40201 164.837 83.413 135.602 0% 63% -18%

DO DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE APOIO À

40901 PESQUISA DO - - 8 0% - -

DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DE

44101 601.337 615.034 649.228 2% 6% 8%

JUSTIÇA E

CIDADANIA

FUNDAÇÃO DE

44201 AMPARO AO 44.578 53.482 74.046 0% 38% 66%

TRABALHADOR

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.77

INSTITUTO DE

DEFESA DO

5%

44202 CONSUMIDOR DO 17.943 19.909 20.858 0% 16%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE DEFESA

44902 DOS DIREITOS DO 600 758 3.866 0% 410% 544%

CONSUMIDOR

FUNDO DOS

DIREITOS DO IDOSO

44904 26 - 10 0% - -61%

DO DISTRITO

FEDERAL

FUNDO

ANTIDROGAS DO

44906 3.485 1.447 1.042 0% -28% -70%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DOS

DIREITOS DA

44908 11.796 20.588 53.384 0% 159% 353%

CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE

CONTROLADORIA-

GERAL DO

45101 78.970 92.640 99.633 0% 8% 26%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DISTRITAL

45901 DE COMBATE À 13 250 700 0% 180% 5369%

CORRUPÇÃO

DEFENSORIA

PÚBLICA DO

48101 316.700 355.513 366.714 1% 3% 16%

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE APOIO E

APARELHAMENTO

48901 403 1.670 7.751 0% 364% 1823%

DA DEFENSORIA

PÚBLICA

SECRETARIA DE

ESTADO DA

-8%

57101 MULHER DO 53.788 73.641 67.421 0% 25%

DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DA FAMÍLIA

60101 E JUVENTUDE DO 221 - - 0% - -100%

DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DE

ATENDIMENTO À

61101 10.660 9.797 11.540 0% 18% 8%

COMUNIDADE DO

DISTRITO

FEDERAL

SECRETARIA DE

ESTADO DE

PROTEÇÃO DA

63101 ORDEM 243.934 256.618 309.278 1% 21% 27%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.78

URBANÍSTICA DO

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO DE

MODERNIZAÇÃO,

MANUTENÇÃO E

REAPARELHAMENT

O DOS ÓRGÃOS DE

AUDITORIA DE

63901 114.201 118.352 107.870 0% -9% -6%

ATIVIDADES

URBANAS E DE

FISCALIZAÇÃO E

INSPEÇÃO DE

ATIVIDADES

URBANAS

SECRETARIA DE

ESTADO DE

ADMINISTRAÇÃO

64101 529.943 642.562 563.441 1% -12% 6%

PENITENCIÁRIA DO

DISTRITO

FEDERAL

FUNDO

PENITENCIÁRIO DO

64901 5.188 8.154 677 0% -92% -87%

DISTRITO

FEDERAL

90101 - - 1.265.941 3% -

RESERVA DE -

CONTINGÊNCIA

Total Geral 33.897.144 36.817.126 39.916.327 100% 8% 18%

Fonte: Elaboração própria, 2024.

II.5 - BENEFÍCIOS CREDITÍCIOS E FINANCEIROS

Além dos Redutores de Receita (ex: isenções, anistias, remissões), o § 6º do art. 165 da CF

estabelece que o Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo

regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, de subsídios e benefícios de

natureza financeira, tributária e creditícia. Adicionalmente, o § 1º do art. 14 da LRF dispõe

que a “ renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de

isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que

implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que

correspondam a tratamento diferenciado .”.

Assim, enquanto a parte relativa aos Redutores de Receita foi tratada no mesmo capítulo

referente a Receitas, a parte referente aos principais benefícios financeiros e creditícios

adotados no DF serão tratados abaixo.

Até o ano de 2017, o Distrito Federal não possuía normativo próprio dispondo sobre a

conceituação, a metodologia de cálculo e as orientações gerais acerca da forma de apuração

dos benefícios de natureza creditícia e financeira regionalizados. Utilizava, assim, como base

normativa as instruções contidas na Portaria nº 379, de 13 de novembro de 2006, do Ministério

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.79

da Fazenda, com as devidas adaptações associadas à realidade do Distrito Federal. Em 05/05

/2017, foi publicado, então, o Decreto nº 38.174/2017 , no qual foram estabelecidos novos

conceitos de benefícios financeiros, creditícios e sociais a serem adotados pelos órgãos e

entidades do Governo do Distrito Federal, para fins de avaliação do custo e benefício da

renúncia de receita não tributária. O artigo 2° do Decreto supra conceitua:

“I - benefícios financeiros: são os benefícios de caráter não geral que incorrem em reduções

nas receitas a receber, pelo Tesouro do Distrito Federal, decorrentes de equalização, isenção,

redução ou desconto em preços, taxas não tributárias ou tarifas públicas , implementados

com vistas a gerar impactos sociais, econômicos, operacionais ou outros;

II - benefícios creditícios: são os benefícios de caráter não geral que incorrem em reduções

nas receitas a receber, pelo Tesouro do Distrito Federal, decorrentes de equalização de juros,

implementados com vistas a gerar impactos sociais, econômicos ou outros. São

operacionalizados por meio da concessão de empréstimos, financiamentos ou garantias

com taxas de juros inferiores às taxas de rentabilidade a que os recursos concedidos

estariam aplicados ; e

III - benefícios sociais: são os benefícios de caráter não geral que não incorrem em

reduções nas receitas a receber. São caracterizados por desembolsos efetivos ,

realizados por meio dos programas de governo, destinados a atender ações de assistência

social, educacional, desportiva, cultural, tecnológica, de pesquisa, dentre outras, cujos valores

constam do orçamento do Distrito Federal.”

Os gastos com benefícios creditícios têm origem em quatro fundos:

a. Fundo Distrital de Sanidade Animal – FDS: vinculado à Secretaria de Estado de

Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA-DF, é a unidade responsável por

conceder indenização pelo abate ou sacrifício sanitário de animais suspeitos ou atingidos

por doenças infectocontagiosas. Segundo definições do Grupo de Trabalho criado

pelo Decreto nº 37.531/2016 não se caracteriza como renúncia de receitas, não se

enquadrando no que preceitua o art. 13, do Decreto 32.598/2010 (Decreto 38.174/2017

contém os critérios)

b. Fundo de Aval do Distrito Federal – FADF : vinculado à Secretaria de Estado de

Agricultura e Desenvolvimento Rural, é a unidade responsável pela concessão de

garantias complementares necessárias à contratação de financiamentos junto a

instituições financeiras e aos fundos governamentais do Distrito Federal para os

produtores rurais, assentados da reforma agrária ou suas cooperativas no Distrito Federal

e na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno –

RIDE. A taxa de concessão de aval nas operações do FADF é de meio por cento do valor

da garantia ofertada e pode ser alterada por ato do Conselho Administrativo e Gestor.

c. Fundo de Desenvolvimento Rural – FDR : vinculado à Secretaria de Estado de

Agricultura e Desenvolvimento Rural, é a Unidade responsável por financiar despesas com

investimentos e custeio, com juros subsidiados para a área rural do Distrito Federal e da

RIDE. O benefício é destinado a projetos enquadrados no Plano de Desenvolvimento

Rural do Distrito Federal - PRÓ-RURAL/DF-RIDE. O FDR-Social, que tem caráter não-

reembolsável, foi caracterizado como Benefício Social pelo Grupo de Trabalho criado pelo

Decreto nº 37.531/2016, não se caracterizando como renúncia de receita . O FDR-

Crédito, por oferecer taxas de juros subsidiadas caracterizou-se como renúncia creditícia.

d. Fundo de Geração de Emprego e Renda do Distrito Federal – FUNGER : vinculado à

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda é a Unidade

responsável por conceder apoio e financiamentos a empreendedores econômicos que

possam incrementar os níveis de emprego e renda no Distrito Federal.

e. Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal – FUNDEFE : vinculado à Secretaria de

Estado de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, disciplina os incentivos

creditícios, previstos na Lei nº 409, de 16 de janeiro de 1993. Tem por objetivo promover o

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.80

e.

desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal, mediante apoio financeiro a

projetos públicos ou privados selecionados. O programa utiliza a estrutura do Banco de

Brasília como agente financeiro. Com a edição das Leis nºs 5.017 e 5.018, ambas de 18

de janeiro de 2013, a atuação do FUNDEFE deverá ser ampliada, pois as citadas Leis

instituirão o “Financiamento Industrial para o Desenvolvimento Econômico Sustentável –

IDEAS INDUSTRIAL” e o “Financiamento de Comércio e Serviços para o Desenvolvimento

Econômico Sustentável – IDEAS COMÉRCIO E SERVIÇOS”; e do Programa de Apoio ao

Empreendimento Produtivo do Distrito Federal – Pro-DF II instituído pela Lei nº 3.196

/2003.

Os benefícios fiscais e creditícios são oferecidos com o principal objetivo de gerar e/ou manter

empregos. O quadro a seguir mostra a estimativa de os empregos gerados e mantidos, bem

como os respectivos valores dos benefícios.

Quadro II.5.1. Benefícios Creditícios e Empregos Gerados

UNIDADES EMPREGOS GERADOS E GASTO ANUAL POR EMPREGO

MANTIDOS GERADO (R$ 1,00)*

2025 2026 2027 2025 2026 2027

FUNDO DE

DESENVOLVIMENT 113 110 100 R$ 24.694 R$ 24.644 R$ 24.752

O RURAL DO DF - F

DR

FUNDO DE

GERAÇÃO 1.429 1.429 1.429 R$ 14.371 R$ 14.371 R$ 14.371

EMPREGO E

RENDA DO DF - FU

NGER

FUNDO DE

DESENVOLVIMENT ND ND ND ND ND ND

O DO DF – FUNDE

FE(**)

T O T A I S 1.542 1.539 1.529 R$ 165.638 R$ R$ 146.334

155.353

Fonte: Q11 - Quadro XI - Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios Financeiros

(*) Considera o valor a ser emprestado no exercício (gasto orçamentário) e não o apenas

diferencial de alíquota entre o valor emprestado e o a ser pago. O custo anual dependeria das

taxas cobras e do custo de oportunidade em cada exercício, bem como do horizonte temporal

dos empréstimos. Para se considerar os custos do diferencial, teria que se considerar não

apenas diferencial do que irá ser emprestado no exercício, mas todo o saldo, bem como seus

efeitos cumulativos ao longo do tempo, devido ao efeito cumulativo dos juros e dos seus

diferenciais.

(**) não há informações no Q11 - Quadro XI - Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios

Financeiros.

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.81

Analisando-se os dados estimados para o período é possível notar que o custo por emprego

gerado por ano foi em média próximo de R$ 155 mil no período, considerando-se todos

os benefícios. A média foi alta por conta dos elevados valores do FUNDEFE. Esse custo é, em

grande medida, influenciado pelo FUNDEFE, com gasto médio de R$ 216 milhões por ano e

pela ausência de informações de empregos gerados e mantidos. O FDR e FUNGER tiveram

gastos médios de que R$ 24,7 mil e R$ 14,4 mil por ano por emprego gerado e mantido,

respectivamente .

Em anos anteriores, o Fundo de Sanidade Animal do DF – FDS e o Fundo de Aval do DF –

FADF eram analisados com os demais fundos. Entretanto, o FDS não se enquadra mais na

definição de benefícios de Natureza Creditícia . Em relação ao FADF, que foi convertido em

FDR-Aval, como nunca houve a necessidade de ser utilizado o aval concedido, não foram

feitas estimativas para renúncia de receita no período de 2025-2027.

Quadro II.5.3. Divergências entre os Benefícios Creditícios e Financeiros

VALOR DO BENEFÍCIO

Variação

Fundos UG QDD R$ Quadro XI R$ (QDD - Quadro

XI) R$

FUNDO DE

210.902

DESENVOLVIMENTO 2.176.114 2.790.389 - 614.275

e 210.904

RURAL DO DF - FDR

FUNDO DE GERAÇÃO

EMPREGO E RENDA DO 250.902 22.426.619 20.535.555 1.891.064

DF - FUNGER

FUNDO DE

DESENVOLVIMENTO 130.901 27.528.394 232.088.362 - 204.559.968

DO DF - FUNDEFE

TOTAIS 52.131.127 255.414.305 - 203.283.178

Fontes: Q14.1 - Quadro XIV - Quadro de Detalhamento da Despesa - QDD - OF e OSS e Q11 -

Quadro XI - Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios Financeiros

Basicamente, a diferença é em quase sua totalidade no FUNDEFE.

Os valores que constam do QDD, e que de fato estão incluídos na lei orçamentária, são

inferiores ao informado no Quadro XI, que fornece o detalhamento . Enquanto no QDD e no

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.82

PLOA estão estimados em R$ 27,5 milhões, no Quadro XI constam R$ 232,1 milhões, o que

representa uma diferença a menor no QDD de R$ 204,6 milhões.

Pelos comentários à página 55 do “Q11 – Quadro XI – Projeção dos Benefícios Creditícios e

Financeiros “, o que se aduz é que tal divergência se dá em função do sobrestamento da

concessão de novos benefícios, determinadas pela Decisão nº 5458/2017. A divergência entre

os valores projetados no citado quadro (R$ 232,1 milhões) e os valores que constam do

orçamento (R$ 27,5 milhões), é que no primeiro caso as projeções são feitas tomando por

“base os valores que se encontram emprestados (financiamentos de ICMS) considerando as

deduções ocorridas por meio das baixas dos pagamentos, ou seja, saldos de contratos ativos”,

enquanto que no segundo caso (valores que constam no orçamento em si) são valores

“decorrentes de passivos dos programas sobrestados”.

Mais abaixo serão feitos comentários sobre os Achados dos relatórios do TCDF sobre o

programa do FUNDEFE, que embasou a Decisão nº 5458/2017, que sustou o programa.

Divergências como essa já ocorreram em exercícios anteriores. Em alguns casos, ao longo dos

exercícios, os recursos previstos eram parcialmente suplementados com recursos da Fonte 100

– Recursos Não Vinculados (recurso livre para uso, sem destinação específica). Assim, uma

eventual dotação no QDD a menor não indica baixa execução. Isso vem ocorrendo pelo menos

desde o exercício de 2017, quando dotações das fontes do Tesouro de outras unidades são

canceladas em outros programas de trabalho para suplementação no FUNDEFE. Por exemplo,

a LOA/2019 tinha previsão inicial de R$ 10,9 milhões, sendo que não constavam recursos da

Fonte 100. As dotações previstas na LOA inicial eram aproximadamente metade oriunda de

dividendos das estatais e a outra metade de amortização de empréstimos. Nesse mesmo ano,

dos R$ 33,0 milhões empenhados ao longo do ano, R$ 29,6 milhões foram empenhados com

recursos da Fonte 100. Em 2020, não houve empenho com a Fonte 100. Para 2021 e 2022 não

houve empenho. Em dezembro de 2023, houve empenhos no valor de R$ 4,0 milhões, para

apenas cinco empresas. Em 2024, em fevereiro, houve empenho de R$ 4,3 milhões para seis

empresa, não havendo mais novas despesas até setembro.

Em maio do corrente exercício foi publicada a Portaria Conjunta nº 22, de 05 de abril de 2022,

que criou o Grupo de Trabalho para “elaborar proposta de anteprojeto de lei, com o objetivo de

disciplinar o rito de extinção das obrigações cedulares, contratuais e fidejussórias, e a baixa dos

créditos públicos, integrantes do patrimônio do Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal –

FUNDEFE” (DODF 24/05/2022, pag 9). Tal portaria visa atender Parecer Jurídico nº 634/2020 -

PGDF/PGCONS, de outubro de 2020. Provavelmente, a execução orçamentária do FUNDEFE

esteja aguardando a regulamentação por meio de lei, conforme recomendado pelo citado

parecer.

Quanto aos tipos de fonte nas despesas do FUNDEFE, desde 2010, já foram empenhados R$

995,5 milhões. Desse total, somente 18% são de recursos de amortização de empréstimos

(Fonte 123 e 323). De pagamento de dividendos das estatais (Fonte 161 e 361) vieram 23% (R$

224,7 milhões) e da Fonte 100 vieram quase metade (46,7% ou R$ 464,8 milhões) e o restante

de aproximadamente 12% de outras fontes.

O FUNDEFE concentra aproximadamente 92% dos recursos de benefícios creditícios e

financeiros no PLOA/2025, conforme o Quadro XI, e 55% pelo Quadro de Detalhamento da

Despesa – QDD, dos fundos geridos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento

Econômico, Trabalho e Renda.

Apesar de não ter havido empenho em alguns exercícios (2015, 2016, 2021 e 2022), diante de

sua relevância, é importante destacar que os valores empenhados desde o exercício 2010

ficaram restritos a poucas empresas, assim como já apontado em pareceres preliminares de

outras LDO’s e LOA’s.

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.83

De 2010 a setembro de 2024, R$ 995,5 milhões em empréstimos já foram concedidos,

sendo que 2 empresas obtiveram valores superiores a R$ 10 milhões, o que representou

83% dos recursos nesses anos.

As 10 empresas que mais tiveram recursos, juntas, somaram R$ 649,4 milhões, ou 66%

do total dos recursos do FUNDEFE, conforme pode ser visto no quadro abaixo.

Quadro II.5.5. Recursos do FUNDEFE de 2010 a 2023 (set)

Credores (CNPJ e Nome) do FUNDEFE

Total % %

Empenhado Acum

até set/2024

1 1612795000151 - BRASAL REFRIGERANTES S.

A 192.527.028 19% 19%

2 76535764032690 - OI S/A

111.069.549 11% 30%

3 57507378000608 - EMS S/A

82.766.848 8% 39%

4 60665981000703 - UNIÃO QUÍMICA

FARMACEUTICA NACIONAL S/A 71.260.579 7% 46%

5 57240000122 - CIPLAN - CIMENTO PLANALTO

S/A 65.601.410 7% 53%

6 29506474002569 - REXAM BEVERAGE CAN

SOUTH AMÉRICA S/A 48.565.199 5% 57%

7 4175027000338 - GLOBALBEV BEBIDAS E

ALIMENTOS LTDA 22.988.941 2% 60%

8 5423963000979 - BRASIL TELECOM CELULAR

S/A 21.598.125 2% 62%

9 50929710000330 - MEDLEY S.A. INDÚSTRIA

FARMACÊUTICA 20.949.722 2% 64%

10 26487744000176 - GRAVIA INDUSTRIA DE

PERFILADOS DE ACO LTDA 20.117.195 2% 66%

11 44865657000600 - R.CERVELLINI

REVESTIMENTO LTDA 19.064.277 2% 68%

12 37259223000269 - NOVA AMAZONAS IND. E

COM. IMP. DE ALIMENTOS LTDA 19.005.452 2% 70%

13 2808708005915 - COMPANHIA DE BEBIDAS

DAS AMÉRICAS-AMBEV 17.829.303 2% 72%

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14 740696000192 - PMH-PRODUTOS MEDICOS 13.530.281 1% 73%

HOSPITALARES LTDA.

15 37977691000783 - ESPAÇO & FORMA MÓVEIS

E DIVISÓRIAS LTDA 13.282.873 1% 74%

16 53162095002150 - BIOSINTÉTICA

FARMACÊUTICA LTDA 12.851.481 1% 76%

17 7358761005713 - GERDAU AÇOS LONGOS S.A.

12.216.012 1% 77%

18 37056132000145 - BRASSOL - BRASILIA

ALIMENTOS E SORVETES LTDA 11.902.783 1% 78%

19 43214055005923 - MARTINS COMÉRCIO E

SERVIÇOS DE DISTRIBUIÇÃO LTDA 10.945.523 1% 79%

20 2808708006059 - CIA DE BEBIDAS DAS

AMÉRICAS - AMBEV - CDD 10.677.166 1% 80%

21 7837561000199 - ÁGUIA ATACADISTA DA

CONSTRUÇAO LTDA 10.546.060 1% 81%

22 736546000105 - INDUSTRIAS ROSSI

ELETROMECÂNICA LTDA 10.361.924 1% 82%

23 3420926001104 - Global Village Telecom S.A.

10.353.724 1% 83%

24- DEMAIS

113 165.451.750 17% 100%

TOTAL

995.463.206

Fonte: Siggo e Discoverer

Em Leis Orçamentárias Anuais mais antigas – LOA’s e Lei de Diretrizes Orçamentárias –

LDO’s anteriores constava uma nota explicativa de que não havia sido desenvolvida

metodologia para avaliação dos benefícios creditícios . Já nas leis mais recente, não há

qualquer informação quanto à avaliação do programa, sendo meramente informativo dos gastos

e custos financeiros.

Sobre essa questão da falta de avaliação, o TCDF suspendeu, desde de novembro de 2017,

todos os processos administrativos de concessão de novos benefícios, “tendo em vista que os

resultados por ele alcançados não justificam os elevados investimentos públicos realizados.”.

O Relatório de Auditoria do TCDF que trazia conclusões de que os programas do

FUNDEFE não eram bem avaliados . Publicado em março/2016 [1] , em sua página 119, traz

conclusões bastante negativas sobre os programas do FUNDEFE que podem ser assim

resumidas:

1.

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.85

1. Não existe planejamento estratégico e definição de diretrizes e objetivos de curto, médio

e longo prazos para nortear as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico

local;

2. não há na Secretaria de Estado de Economia e Desenvolvimento Sustentável do Distrito

Federal instrumentos de gestão hábeis a permitir a aferição de custos e resultados, a

avaliação e o aprimoramento sistemático dos programas de incentivo ao

desenvolvimento econômico distritais;

3. A seleção de projetos é desvinculada de critérios técnicos e objetivos que permitam

a escolha dos empreendimentos com maior potencial de retorno. As metas

estabelecidas para as empresas beneficiadas não expressam todos os objetivos do

PRÓ-DF II e IDEAS Industrial.

4. PRÓ-DF II, as amostras estatísticas analisadas evidenciam o não cumprimento de seus

objetivos. A geração de empregos das empresas beneficiadas é baixa e

inconsistente . Os empreendimentos apresentam reduzido incremento em seu

faturamento e arrecadação tributária , os quais, além disso, apresentam nítida

tendência de queda nos últimos anos;

5. O programa não é sustentável e apenas 12% das empresas estão funcionando nos

moldes previstos no Projeto de Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira;

6. Os custos com o programa são evidentemente desproporcionais em relação a seus

resultados. O desempenho das empresas beneficiadas foi muito inferior ao

experimentado pela economia distrital , em todas as perspectivas avaliadas;

7. Para cada R$ 1,00 investido, houve retorno de apenas R$ 0,51 em arrecadação

tributária ;

8. Conclui-se, portanto, que os números apurados na auditoria denotam o pleno

fracasso do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal.

Ainda no Relatório de Auditoria do TCDF, em sua Matriz de Achados , foram feitas uma

série de observações que merecem atenção. Algumas delas foram destacadas e relacionadas

abaixo:

a. O conteúdo de suas decisões carece de fundamentação e motivação. Por vezes, decisões

foram tomadas em desacordo com as conclusões dos pareceres técnicos da SEDS,

sem a apresentação de justificativa; (pag. 2)

b. Verificou-se a falta de critérios técnicos e objetivos fixando exigências mínimas de

contrapartida das empresas de modo proporcional ao benefício que poderiam receber;

(pag. 4)

c. A maioria das ADEs foi criada sem o estabelecimento de uma atividade econômica

prioritária e específica. (pag. 4)

d. Concessão de financiamentos e liberação de recursos antes da aprovação dos

respectivos PVTEFs, violando a legislação vigente (pag. 4)

e. Os incentivos foram aprovados sem que os itens a serem financiados tivessem sido

minimamente especificados. Houve inclusive o caso de uma empresa que recusou o valor

do financiamento autorizado (mais de 250 milhões de reais), uma vez que a política interna

da empresa não permitia que ela firmasse um compromisso financeiro nesse montante;

(pag. 4)

f. Foi concedido benefício a indústria localizada fora do DF ; (pag. 4)

g. Não existe avaliação do custo-benefício, eficiência e efetividade do PRÓ-DF II ; (pag.

5)

h. Verificou-se que logo após a emissão do AID a quantidade de empregos reduz

significantemente ; (pag. 8)

i. Durante o período de 2006 a 2014, a arrecadação tributária das beneficiárias caiu

significativamente, quando o esperado era o crescimento a arrecadação em relação aos

anos anteriores ou, pelo menos, que o crescimento da arrecadação fosse compatível com

o crescimento médio da economia (no DF, o crescimento foi contínuo); (pag. 8)

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.86

Ou seja, do que foi apontado, o PRO-DF II não só não atingiu os objetivos pretendidos

como o aumento da arrecadação e aumento dos empregos, como foi no sentido

diametralmente oposto: ambos reduziram . Além disso, a falta de zelo e probidade com os

recursos públicos ficaram evidentes.

Assim, conforme já citado anteriormente, diante de tais resultados, em 09/11/2017, o TCDF

emitiu a Decisão nº 5.458/2017, que em seu item II ordena o sobrestamento de todos os

processos administrativos relacionados à concessão de novos benefícios decorrentes do

PRÓ-DF II e IDEAS Industrial até a completa reformulação desses programas, avaliando a

conveniência de estender a medida aos demais programas congêneres, caso padeçam dos

mesmos vícios.

Faz-se necessário destacar que a ausência ou precariedade na avaliação está em

desacordo com alguns preceitos legais , como a Lei Orgânica do Distrito Federal - LODF, a

Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei nº 5.422/2014.

Abaixo segue transcrito o estabelecido no art. 80 da Lei Orgânica do Distrito Federal , cujo

trecho está transcrito abaixo:

“Art. 80. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada,

sistema de controle interno com a finalidade de:

(...)

II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e

eficiência da gestão orçamentária, financeira , contábil e patrimonial nos

órgãos e entidades da administração do Distrito Federal, e quanto à da

aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

(...)

V – avaliar a relação de custo e benefício das renúncias de receitas e

dos incentivos, remissões, parcelamentos de dívidas, anistias,

isenções, subsídios, benefícios e afins de natureza financeira, tributária,

creditícia e outros ;”

Tal política de crédito também vai contra o preceituado no art. 75 da Lei nº

7.313/2023, Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 , §1º, que dispõe se

um dos critérios relevantes a geração de empregos, conforme transcrição

abaixo:

‘Art. 78. O projeto de lei que conceda ou amplie benefícios ou incentivos de

natureza tributária deve atender às exigências:

(...)

§ 1º A concessão de incentivo ou benefício de natureza tributária deve

observar o disposto na Lei nº 5.422 , de 24 de novembro de 2014, e

favorecer os setores produtivos no sentido de fomentar o desenvolvimento

econômico da região e a geração de empregos , respeitados os princípios

constitucionais do Sistema Tributário Nacional.’

Adicionalmente, a necessidade de análise de avaliação de relação de custo e benefício é

reafirmada pela Lei nº 5.422/2014 , de autoria dos Deputados Agaciel Maia e Wasny de Roure,

que exige estudos econômicos que avaliem e mensurem o impacto econômico de tais políticas

de benefícios creditícios, conforme transcrito abaixo:

‘Art. 1º Os projetos de lei relativos a políticas fiscais, tributárias ou

creditícias favorecidas que ampliem ou concedam incentivos ou

benefícios a setores da atividade econômica e impliquem renúncia da

receita ou aumento da despesa pública devem ser acompanhados de

estudo econômico que mensure seus impactos : (Caput com a redação

da Lei nº 6.578, de 20/5/2020.)

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.87

I – na economia do Distrito Federal, em termos de geração de empregos e

renda;

II – nas metas fiscais do Governo do Distrito Federal, discriminando-se os

impactos na despesa pública e na renúncia de receitas;

III – nos benefícios para os consumidores;

IV – no setor da atividade econômica beneficiada;

V – na economia da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito

Federal e Entorno – RIDE, se for o caso.

§ 1º A renúncia de receitas públicas compreende anistia, remissão,

subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não

geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que

implique redução discriminada de tributos ou contribuições e outros

benefícios que correspondam a tratamento diferenciado .

§ 2º Para fins desta Lei, políticas creditícias favorecidas são as

concessões de financiamentos com taxas de juros que, agregadas ao

índice de atualização monetária , são inferiores ao indicador oficial do

Governo Federal para a taxa de inflação ou não cubram o custo de captação

ou de remuneração dos recursos.

A Lei nº 5.422/2014, no início de 2020, passou por alterações propostas pelo Poder Executivo

(Lei nº 6.578/2020). A principal alteração foi a substituição do termo “lei” por “projeto de lei”. Ou

seja, passaria a exigir somente para as novas leis, ficando os benefícios concedidos pelo

FUNDEFE fora da exigência da Lei nº 5.422/2014. Entretanto, é importante destacar que o

disposto no art. 80, inciso V, da LODF ainda está em vigor, exigindo a avaliação dos recursos

dispendidos.

O FUNDEFE em relação à questão do custo e benefício para a sociedade tem destaque

negativo até mesmo em relação aos demais fundos de financiamento creditício.

Abaixo segue um quadro com os principais indicadores das políticas de fomento dos fundos

FDR, FUNGER e FUNDEFE nos quesitos de montante destinado pelo governo do DF, prazo de

financiamento, taxa de juros cobrada, empregos gerados e custo por emprego.

Quadro II.5.9. Comparação dos Fundos de Fomento

Prazo

Máximo Juro

2023- 2024-Dot (inc. Empreg R$ / s

Fundo 2025-PLOA

Empenho Inicial Carênci os/ano Emprego Máxi

a) em mos

meses

FDR R$ 2.123.558 R$ 3.581.275 R$ 2.790.389 120 113 R$ 24.694 3,0%

R$

FUNGER R$ 9.837.662 R$ 20.535.555 60 1.429 R$ 14.371 8,9%

26.094.488

R$

FUNDEFER$ 4.037.759 R$ 9.538.743 360 nd nd 1,6%

232.088.362

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.88

R$ R$ R$ R$

TOTAL 1.542

15.998.979 39.214.506 255.414.305 165.638

Fonte: Q11 - Quadro XI - Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios Financeiros

Como pode ser visto no quadro acima, enquanto o FUNDEFE concentra a destinação de 92%

das dotações, cobrando uma taxa de juros bem abaixo da do FUNGER (quatro vezes

menor), e com prazo de financiamento máximo 6 (seis) vezes superior (30 anos x 5 anos).

Quando ao custo de manter ou gerar empregos do FUNDEFE, não foi possível calcular

por falta de informações.

Há que se ressaltar, ainda, que 70% dos R$ 995,5 milhões de 2010 a set/2024 foram para 12

grandes empresas, com porte e atuação tanto no âmbito nacional quanto internacional,

conforme quadro a seguir.

Quadro II.5.12. - Credores Fundefe

Credores (CNPJ e Nome) do FUNDEFE

Total % %

Empenhado Acum

até set/2024

1612795000151 - BRASAL

1 REFRIGERANTES S.A 192.527.028 19% 19%

76535764032690 - OI S/A

2 111.069.549 11% 30%

57507378000608 - EMS S/A

3 82.766.848 8% 39%

60665981000703 - UNIÃO QUÍMICA

4 FARMACEUTICA NACIONAL S/A 71.260.579 7% 46%

57240000122 - CIPLAN - CIMENTO

5 PLANALTO S/A 65.601.410 7% 53%

29506474002569 - REXAM BEVERAGE CAN

6 SOUTH AMÉRICA S/A 48.565.199 5% 57%

4175027000338 - GLOBALBEV BEBIDAS E

7 ALIMENTOS LTDA 22.988.941 2% 60%

5423963000979 - BRASIL TELECOM

8 CELULAR S/A 21.598.125 2% 62%

50929710000330 - MEDLEY S.A.

9 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 20.949.722 2% 64%

26487744000176 - GRAVIA INDUSTRIA DE

10

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.89

PERFILADOS DE ACO LTDA 20.117.195 2% 66%

44865657000600 - R.CERVELLINI

11 REVESTIMENTO LTDA 19.064.277 2% 68%

37259223000269 - NOVA AMAZONAS IND.

12 E COM. IMP. DE ALIMENTOS LTDA 19.005.452 2% 70%

DEMAIS

13 a 299.948.883 30% 100%

113

Total

995.463.206

Todos esses recursos emprestado ao setor privado tem um custo de oportunidade para a

sociedade, visto que se tivesse aplicado em bancos geraria rendimentos.

Para calcular custo de oportunidade em relação aos valores dos valores desembolsados

pelo FUNDEFE , utilizou-se como taxa de referência a taxa do Certificado de Depósito

Interbancário (CDI). Essa escolha é razoável tendo em vista que o CDI acompanha de perto o

custo de oportunidade dos títulos governo federal (SELIC) e indexa as despesas com juros de

vários contratos de dívida do governo distrital. Os R$ 995,5 milhões emprestados de 2010 a

2024 se fossem aplicados ao CDI, teriam gerado um montante de R$ 2,5 bilhões (coluna E da

tabela abaixo). O valor corrigido da dívida das empresas com o FUNDEFE seria de R$ 1,0

bilhão (coluna F da tabela abaixo ). A diferença de ambos é o custo de oportunidade do

Tesouro do Distrito Federal que foi de R$ 1,4 bilhão (coluna G da tabela abaixo).

Quadro II.5.11. - Transferência de Recursos da Sociedade para os Beneficiários do

FUNDEFE desde 2010 a set/2024

Taxa Valor Emprestimo Taxa Acum.

Concessão Taxa Acum. Capitali s até set/2024 Custo de

CDI até set zado Corrigidos Oportunidade

/2024 (**)

( D ) = ( E ) = ( F ) = D x ( D ) = C

( B ) C D x A Juros do acumulado ( G ) = E - F

acumul Emprest. set/2024

ado set até set/2024

/2024

2010

110.482.975 9,75% 9,3% 3,26878 361.144.656 120.159.433 240.985.224

2011

168.893.446 11,59% 11,0% 2,99167 505.273.315 181.495.714 323.777.601

2012

103.529.456 8,40% 8,0% 2,69484 278.995.188 109.928.064 169.067.124

2013

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.90

223.607.720 8,06% 7,7% 2,49575 558.069.256 234.597.031 323.472.225

2014

236.280.023 10,81% 10,3% 2,31817 547.736.235 244.936.661 302.799.575

2015

0 13,24% 12,6% 2,10221 0 0 0

2016

0 14,00% 13,3% 1,86736 0 0 0

2017

28.184.716 9,93% 9,4% 1,64818 46.453.480 28.184.716 18.268.764

2018

77.750.605 6,42% 6,1% 1,50617 117.105.402 76.823.634 40.281.768

2019

32.984.600 5,95% 5,6% 1,41958 46.824.115 32.202.779 14.621.335

2020

5.411.090 2,75% 2,6% 1,34368 7.270.749 5.219.849 2.050.900

2021

0 4,44% 4,2% 1,30942 0 0 0

2022

0 12,43% 11,8% 1,25647 0 0 0

2023

4.037.759 13,03% 12,4% 1,12377 4.537.505 3.757.395 780.110

2024

4.308.409 8,00% 7,6% 1,00000 4.308.409 3.961.452 346.957

Total

995.470.797 2.477.718.311 1.041.266.72 1.436.451.58

9 3

(*) Custo Oport. = 95% do CDI

(**) Custo do Empréstimo = 0,1% ao mês ou 1,2% ao ano

II.6 - ANÁLISE DA DÍVIDA PÚBLICA

O PLOA/2025 traz o Quadro XXVII – Projeção do Serviço da Dívida Fundada e Ingresso de

Operações de Crédito entre seus documentos complementares. Este quadro evidencia, para

cada contrato, a projeção do valor de amortização e de encargos de 2025 a 2030.

A Dívida Consolidada (DC) do DF é composta por Dívida Contratual, Precatórios posteriores a 5

/5/2000 e outras dívidas, pois o DF não possui dívida mobiliária.

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.91

A estimativa da DC no PLOA/2025 foi de R$ 15,1 bilhões, equivalente a 41,7% da

respectiva Receita Corrente Líquida (RCL) projetada. No último Relatório de Gestão Final

(RGF) publicado, correspondente ao segundo quadrimestre de 2024, o saldo de DC foi de

R$ 14,6 bilhões (40,6% da RCL Ajustada). Dessa forma, estima-se um aumento de R$

513,9 milhões no saldo de DC no PLOA/2025.

O gráfico a seguir mostra a composição da DC ao longo da série histórica de 2017 a 2023. Nota-

se que, enquanto a dívida contratual cresceu 25,3% de 2017 a 2023, os precatórios

posteriores a 5/5/2000 cresceram 224,2%. Destaque para o ano de 2023, em que se

constatou, do ano anterior para este ano, um crescimento de R$ 2,2 bilhões em precatórios

(+35%).

Gráfico 1 – Composição da Dívida Consolidada

R$ 1.000,00

Fonte: Elaboração própria, 2024.

Após deduções (disponibilidades de caixa, aplicações financeiras e demais haveres

financeiros), chega-se à Dívida Consolidada Líquida (DCL). A DCL no PLOA/2025 foi

estimada em R$ 9,2 bilhões (25,4% da RCL), enquanto, no último RGF publicado (segundo

semestre de 2024), o saldo foi de R$ 7,2 bilhões (20,13% da RCL Ajustada). Portando, no

PLOA/2025, prevê-se um aumento de R$ 2,0 bilhões no saldo da DCL do DF.

Importante enfatizar que o percentual de DC e de DCL no RGF foi calculado com base na RCL,

enquanto o do PLOA, na RCL sem ajuste.

Percebe-se, pela análise do Gráfico 2 , que a DCL cresceu ao longo da série histórica, sofrendo

redução expressiva apenas em 2021 e contração discreta em 2023. Importante salientar que as

deduções da dívida vêm sofrendo considerável aumento, tendo sido este de cerca de 600% de

2017 para 2023.

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.92

Gráfico 2 – Dívida Consolidada Líquida (DCL)

R$ 1.000,00

Fonte: Elaboração própria, 2024.

O Gráfico 3 mostra a evolução da DC e da DCL com relação à RCL Ajustada de 2017 até

agosto de 2024. Nele, nota-se que, em comparação a 2017, o percentual atingido pela DC em

2024 aumentou, enquanto o alcançado pela DCL diminuiu consideravelmente. Percebe-se ainda

que, de 2020 para 2021, houve queda abrupta de ambas e que a DCL está em uma tendência

de queda nos últimos anos.

Gráfico 3 – Evolução DC e DCL frente à RCL Ajustada

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.93

Fonte: Elaboração própria, 2024.

Em se tratando do serviço da dívida, percebe-se, conforme demonstra o Gráfico 4 , que sua

relação com a Dívida Contratual mais que dobrou ao longo da série histórica, realçando um

risco nas contas públicas. De 2017 a 2023, em termos nominais, a dívida contratual aumentou

25,3%; os juros e encargos da dívida, 98,0%; a amortização da dívida, 157,0%.

Gráfico 4 – Juros e Encargos da Dívida

Fonte: Elaboração própria, 2024.

Com relação às Receitas de Capital, que contribuem para aumentar o endividamento, constata-

se que sua previsão é usualmente superestimada e que a realização de maior peso desta

categoria econômica é advinda de operações de crédito. No PLOA/2025, foram previstos R$

866,7 milhões para Operações de Crédito. Na tabela a seguir, são apresentados os valores

previstos nas respectivas LOAs, bem como os valores e percentuais realizados.

Tabela 11 – Operações de Créditos: Previsão e Realização

R$ 1.000,00

RECEITAS 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024

Operaçõe

s de

517.215 561.821 347.543 218.265 129.298 709.892 640.293 97.383

Crédito

Realizadas

LOA 1.582.526 1.473.228 788.310 512.702 392.767 707.110 831.538 794.994

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.94

% de 32,7% 38,1% 44,1% 42,6% 32,9% 100,4% 77,0% 12,2%

Execução

Fonte: Elaboração própria, 2024.

II.7 - COMPATIBILIZAÇÃO DO ANEXO DE METAS FISCAIS – LDO/2025 COM O PLOA/2025

A Lei Complementar Federal n. 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de

Responsabilidade Fiscal (LRF), ampliou o escopo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),

que passou a determinar as condicionantes da programação fiscal do orçamento, como o

equilíbrio entre receitas e despesas, metas fiscais, riscos fiscais, critérios e forma de limitação

de empenho, caso não se alcancem as metas fiscais ou se ultrapasse o limite da DC, entre

outras.

As metas fiscais anuais, em valores correntes e constantes, são apresentadas na LDO e

atualizadas na LOA. Previsões são feitas para receitas, despesas, resultados nominal e primário

e montante da dívida pública.

Da análise dos componentes da política fiscal do governo podemos tirar conclusões acerca do

impacto econômico e da sustentabilidade de longo prazo da política governamental.

Os resultados fiscais, nominal e primário, resumem o equilíbrio (planejado) das contas públicas,

que tem exatamente a função estratégica de permitir o investimento público e o crescimento

econômico.

O Resultado Primário visa a demonstrar a capacidade de o Estado honrar o pagamento do

serviço de sua dívida. Por meio dele, demonstra-se o grau de autonomia do DF para que,

utilizando suas receitas próprias e transferências constitucionais e legais, possa honrar os

pagamentos de parte de suas despesas correntes (pessoal e custeio) e de parte das suas

despesas de capital (investimentos) e, ainda, gerar poupança para atender ao serviço da dívida.

É, portanto, um indicador de saúde financeira e sustentabilidade em médio e longo prazos do

governo, pois sinaliza consistência entre as metas de política macroeconômica e a

sustentabilidade da dívida.

Já o Resultado Nominal pode ser calculado pela variação da DCL em dado período (critério

“abaixo da linha”) ou a partir da soma da conta de juros (diferença entre juros ativos e passivos)

ao Resultado Primário (critério “acima da linha”). Ressalta-se que o valor a ser considerado para

avaliação do cumprimento da meta de Resultado Nominal deve ser o apurado pela metodologia

“abaixo da linha”.

O financiamento de déficits fiscais (despesas excedendo receitas) gera endividamento público.

Uma análise das projeções para o montante da dívida pública consolidada (obrigações

financeiras decorrentes de emissão de títulos públicos e contratos de empréstimos) e dívida

líquida (dívida total menos ativo disponível e haveres financeiros), permite avaliar a

sustentabilidade da política fiscal. Por exemplo, empréstimos usados para financiar

investimentos favorecem o aumento das taxas de crescimento econômico, que, por sua vez,

colaboram para o aumento da arrecadação de tributos, que acaba por financiar os custos do

empréstimo. Por outro lado, dívidas públicas crescentes exigem superávits primários futuros

para financiar seus custos e seu resgate.

Ao longo do tempo, ocorreram mudanças em algumas metodologias. Destacam-se algumas a

seguir.

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.95

A partir de 2015, houve alteração de metodologia para o FCDF, decorrente do Acórdão n.

2.891/2015, proferido pelo Tribunal de Contas da União, em que se determinou a

execução orçamentária e financeira de todos os recursos do FCDF diretamente no Siafi da

União;

A partir de 2017, para se chegar ao Resultado Primário, subtraem-se os valores pagos das

despesas, dos Restos a Pagar Processados (RPP) e dos Restos a Pagar Não

Processados (RPnP). Anteriormente, subtraíam-se das receitas realizadas os valores

empenhados da despesa;

A partir de 2023, passou-se a segregar os valores relativos ao Regime Próprio de

Previdência Social (RPPS), no que tange ao Resultado Primário e ao Nominal.

A Portaria STN n. 1.447, de 14 de junho de 2022, aprovou a 13ª edição do Manual de

Demonstrativos Fiscais (MDF), que trouxe significativas mudanças relativas aos parâmetros e

às metodologias para fins de cálculo do resultado primário e nominal, as quais foram mantidas

pela 14ª edição do MDF . A Tabela 12 , a seguir, consolida algumas das alterações.

Tabela 12 – Mudanças no Cálculo do Resultado Primário

Resultado Primário Resultado Nominal

Exclui receitas e despesas cuja fonte seja do RP

PS Passa a ser realizado pelo critério "abaixo

Considera receitas e despesas intraorçamentár da linha" (diferença da DCL de um exercício

ias (anteriormente excluídas, conforme MDF – para o outro)

12ª edição)

Cálculo do resultado com e sem o resultado do

Na avaliação do cumprimento da meta,

RPPS

considera-se o resultado nominal apurado

Na avaliação do cumprimento da meta no

pelo critério "abaixo da linha" (até 2022 a

Relatório Resumido de Execução Orçamentária

meta era definida e acompanhada pela

(RREO), considera-se o resultado primário

metodologia “acima da linha”)

apurado sem o impacto do RPPS

Fonte: Anexo II – Considerações sobre Metas Fiscais – PLDO/2025.

No Anexo V – Demonstrativo da Compatibilidade com Metas LDO do PLOA/2025, os valores

são apresentados em preços correntes e constantes, sendo que os constantes foram obtidos a

partir da conversão dos valores correntes por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo (IPCA) calculado para o DF, trazendo os valores das metas anuais para valores

praticados no ano anterior ao ano de referência da LDO.

Confrontam-se, na Tabela 13 , as metas fiscais propostas no PLOA/2025 e as definidas na LDO

/2025, bem como os respectivos valores da dívida pública.

Tabela 13 – Comparativo das Metas estabelecidas na LDO/2025 e PLOA/2025

Valor Corrente

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.96

(R$ mil) PLOA/2025 em relação

ESPECIFICAÇÃO à LDO/2025

LDO PLOA

R$ mil %

/2025 /2025

32.080. 33.294.

1.214.018 4%

872 890

Receita Total (EXCETO FONTES RPPS)

30.798. 31.800.

1.001.960 3%

Receitas Primárias (EXCETO FONTES 365 325

RPPS) (I)

30.458. 31.289.

831.764 3%

180 944

Receitas Primárias Correntes

21.077. 21.837.

760.656 4%

229 884

Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria

6.627.9 6.091.1

-536.760 -8%

13 53

Transferências Correntes

2.753.0 3.360.9

607.868 22%

38 07

Demais Receitas Primárias Correntes

340.18

510.381 170.197 50%

5

Receitas Primárias de Capital

32.080. 32.028.

-51.930 -0%

872 942

Despesa Total (EXCETO FONTES RPPS)

31.360. 31.264.

-96.241 -0%

Despesas Primárias (EXCETO FONTES 939 698

RPPS) (II)

27.854. 27.257.

-596.224 -2%

185 961

Despesas Primárias Correntes

14.118. 13.985.

-133.615 -1%

620 005

Pessoal e Encargos Sociais

13.735. 13.272.

-462.608 -3%

565 956

Outras Despesas Correntes

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.97

1.327.7 1.827.7

499.982 38%

50 32

Despesas Primárias de Capital

2.179.0 2.179.0

0 0%

Pagamento de Restos a Pagar de Despesas 04 04

Primárias

-562.57

535.627 1.098.202 195%

Resultado Primário (SEM RPPS) – Acima 4

da Linha (III) = (I – II)

15.514. 15.089.

-425.176 -3%

964 789

Dívida Pública Consolidada (DC)

10.029. 9.172.8

-856.738 -9%

582 44

Dívida Consolidada Líquida (DCL)

-849.08 -744.19

104.890 12%

Resultado Nominal (SEM RPPS) – Abaixo 0 0

da linha

Fonte: Elaboração própria, 2024.

Da análise da tabela anterior, ressalta-se a meta de Resultado Primário, pois, na LDO/2025,

havia sido definida uma meta negativa (-R$ 562,6 milhões), enquanto, na LOA/2025, foi

estabelecida uma meta de Resultado Primário positiva (R$ 535,7 milhões). Portanto, houve

aumento de R$ 1,1 bilhão. Esta variação positiva é devida, principalmente, pelo valor previsto

para as Receitas Primárias no PLOA/2025 (R$ 31,8 bilhões), que aumentou em R$ 1,0 bilhão

em relação à LDO/2025 (R$ 30,8 bilhões).

A meta de Resultado Primário estabelecida no Anexo de Metas Fiscais (AMF) da LDO, há anos,

é negativa. Utilizando 2017 como marco temporal, pelas mudanças de metodologia já citadas, e

consultando o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) relativo ao sexto

bimestre de cada ano, percebe-se que, em 2017, 2018 e 2022, foi apurado Resultado Primário

negativo. Porém, apenas em 2022, o resultado apurado foi inferior à meta estabelecida,

conforme gráfico a seguir.

Convém destacar em 2020 como fator importante para a formação do superávit, as receitas de

transferências correntes, que superaram em R$ 1,6 bilhão a estimativa inicial. Outro ponto

importante nesse ano foi a contenção de despesas em função da expectativa de queda de

arrecadação devido a pandemia de Covid-19. Já em 2021, o resultado positivo se deu devido ao

aumento da receita em relação à estimativa inicial, de uma forma quase que generalizada, com

destaque para o aumento na arrecadação de impostos, devido a recuperação econômica e

inflação, aumento expressivo das receitas de transferências correntes e volume significativo de

ingresso de receitas patrimoniais.

Por outro lado, em 2022, um dos principais fatores para a inversão do superávit para um déficit

foi a frustração com a receita de impostos ocorrida no segundo semestre do ano devido a

diminuição do montante arrecado com o ICMS a partir da mudança do cálculo do ICMS sobre os

combustíveis.

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.98

Gráfico 5 – Resultado Primário

R$ 1.000,00

Fonte: Elaboração própria, 2024.

Do gráfico anterior, também se destaca o aumento expressivo ocorrido em 2023, em que se

apurou resultado primário de R$ 1,8 bilhão, quando a meta de Resultado Primário era negativa

em R$ 897,7 milhões. Assim, houve cumprimento da meta estimada com folga de R$ 2,7

bilhões, explicada pela variação positiva de 8,4% das receitas primárias (exceto RPPS) e pela

variação negativa de 1,6% das despesas primárias (exceto RPPS), quando comparados os

valores realizados com os estimados para 2023.

Com relação a 2024, exercício ainda não findo, a meta de Resultado Primário estabelecida foi

negativa em R$ 971,1 milhões. Consultando o RREO referente ao quarto bimestre de 2024,

verifica-se que o Resultado Primário apurado até agosto foi de R$ 547,0 milhões, valor

consideravelmente acima do estabelecido na LDO.

Com relação ao Resultado Nominal, tendo em vista que a meta é apurada pela metodologia

“abaixo da linha”, ou seja, pela variação da DCL em dado período, percebe-se, a partir da Tabel

a 13 , que a meta permaneceu negativa (-R$ 744,2 milhões) no PLOA/2025, porém, maior do

que a definida na LDO/2025 (-R$ 849,1 milhões), isto porque a DCL estimada para 2025

diminuiu R$ 856,7 milhões da LDO/2025 para o PLOA/2025.

Outro indicador importante no que tange às Metas Fiscais é a Receita Corrente Líquida (RCL),

que é utilizada como parâmetro para diversos indicadores fiscais.

A tabela a seguir mostra a evolução da RCL desde 2007 e é possível notar que a tendência de

crescimento, da ordem de 12%, caiu para patamares inferiores a 10% de 2015 a 2019. Já em

2020 e 2021, observa-se crescimento acima de 10%. Para 2022, por sua vez, o patamar de

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.99

crescimento caiu para menos de 5%. Em 2023 houve um salto de 12,74%, em grande medida

devido ao crescimento do valor recebido de FCDF, que passou de R$ 2,4 bilhões, em 2022,

para R$ 4,1 bilhões, em 2023. Isto ocorreu como efeito do fim do regime de teto de gastos da

União (EC 95/2016), que possibilitou a volta da sistemática de correção do valor com base na

evolução da RCL da União (Lei Federal 10.633/2002). Em 2024 a estimativa é de que a RCL do

GDF avance 2,45%, enquanto para 2025 a expectativa é de crescimento de 6,29%, com

destaque positivo tanto do FCDF quanto das receitas de impostos, taxas e contribuições de

melhoria.

Tabela 14 – Receita Corrente Líquida – R$ bilhões

Ano RCL Cresc. %

2007 8,2

2008 9,6 17,9%

2009 10,3 6,5%

2010 11,5 12,0%

2011 12,9 12,0%

2012 14,3 11,3%

2013 15,8 10,5%

2014 17,5 10,7%

2015 18,5 5,5%

2016 19,9 7,7%

2017 20,7 4,2%

2018 21,7 4,8%

2019 22,3 2,9%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.100

2020 24,9 11,6%

2021 28,3 13,4%

2022 29,5 4,2%

2023 33,2 12,74%

2024 (*) 34,0 2,45%

2025 (**) 36,2 6,29%

(PLOA/25)

(*) Receita prevista em 2024 conforme valores constantes no SIGGo/DF e SIAFI/UNIÃO no mês

de agosto de 2024.

(**) Quadro VIII demonstrativo da Receita Corrente Líquida - PLOA 2025

Destaca-se que, a partir de 2018, passou-se a adotar o conceito de RCL Ajustada para fins do

limite de gastos com pessoal, o qual exclui recursos transferidos ao DF provenientes de

Emendas Parlamentares Individuais (EPI) ao orçamento federal. E, a partir de 2019, o conceito

de RCL Ajustada passou a considerar um cálculo para limite de endividamento (excluindo-se

somente as EPI) e outro cálculo para limite de despesa com pessoal (excluindo-se as emendas

parlamentares de bancada, além das individuais). Estes limites baseados na RCL Ajustada são

apresentados na tabela a seguir.

Tabela 15 – Limites Baseados na RCL Ajustada

INDICADOR FISCAL % da RCL

Limite máximo:

49,00%

Despesa de Pessoal para Fins de Apuração Limite Prudencial:

de Limite 46,55%

Limite de Alerta:

44,10%

Dívida Consolidada Líquida 200,00%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.101

Garantias Concedidas 22,00%

Operações de Crédito 16,00%

Fonte: Elaboração própria, 2024.

O PLOA/2025 traz em seus documentos complementares o Quadro VIII – Demonstrativo da

Receita Corrente Líquida de 2025, em que constam o valor de RCL realizado em 2022 e 2023,

previsto para 2024 e projetado para 2025 a 2027.

Tabela 16 – Valores RCL

R$ 1.000.000,00

Realizad Realizad Prevista Projetad Projetad Projetad

ESPECIFICAÇÃO

a 2022 a 2023 2024 a 2025 a 2026 a 2027

RCL 29.460 33.214 34.029 36.170 37.364 38.606

Fonte: Quadro VIII – Demonstrativo da Receita Corrente Líquida de 2025.

Destaca-se que a RCL para 2024 foi prevista no PLOA/2025, conforme valores executados até

agosto de 2024. No PLOA/2024, o valor previsto para RCL de 2024 foi de R$ 32,4 bilhões,

portanto, R$ 1,6 bilhão menor.

A partir da Tabela 16 , pode-se verificar que houve crescimento de 12,7% da RCL de 2022 para

2023. Após esse período, as variações são bem menores: de 2023 para 2024, +2,5%; de 2024

para 2025, +6,3%; de 2025 para 2026, +3,3% e de 2026 para 2027, +3,3%.

Tendo em vista que 2024 ainda não findou, segue análise contemplando o período de 2017 a

2023 da RCL e dos indicadores fiscais mencionados na Tabela 15 , a fim de tornar a análise

mais robusta.

Deflacionando os valores de RCL a partir do IPCA acumulado calculado para o DF, constata-se

que, no período considerado, a RCL teve um crescimento real de 18,3%. Com relação ao

crescimento nominal, a RCL cresceu da seguinte forma: +4,9%, de 2017 para 2018; +3,5%, de

2018 para 2019; +11,4%, de 2019 para 2020; +12,8%, de 2020 para 2021; +4,2%, de 2021 para

2022; e 12,7%, de 2022 para 2023. Os respectivos valores de RCL são mostrados no gráfico a

seguir.

Gráfico 6 – RCL: Preços Correntes x Preços Constantes

R$ 1.000,00

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.102

Fonte: Elaboração Própria, 2024.

Com relação à Despesa de Pessoal, o cumprimento do limite é verificado pela relação entre a

Despesa Líquida de Pessoal (DLP) e a RCL ajustada. No gráfico a seguir, exibem-se os valores

de DLP e RCL de 2017 a 2023.

Gráfico 7 – Despesa de Pessoal x RCL

R$ 1.000,00

Fonte: Elaboração própria, 2024.

A despesa do Poder Executivo deve obedecer ao limite de 49% da RCL ajustada, sendo o limite

de alerta 90% dele, e o prudencial, 95%. O crescimento nominal da RCL ajustada foi menor

que o da DLP em 2019 e 2022. Em 2017, extrapolou-se o limite de alerta, situação que voltou a

acontecer em 2022. Em 2023, nota-se que houve uma redução bastante relevante do

percentual, impactada pela ocorrência simultânea de aumento da RCL ajustada (12,6%) e

de redução da DLP (-11,3%).

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.103

Gráfico 8 – Limites Despesa de Pessoal

Fonte: Elaboração própria, 2024.

O principal fator a explicar o desempenho da RCL em 2023 compreende as transferências ao

FCDF, pois os recursos do FCDF não utilizados para custeio de despesas com pessoal

compõem o cálculo da RCL. Neste ano , houve crescimento de 70,8% destes valores em

relação a 2022 . Ratifica-se que os valores repassados ao FCDF em 2023 foram calculados

com base na taxa de crescimento da RCL do Governo Federal entre julho de 2021 e junho de

2022 em relação ao mesmo período de 12 meses referentes aos anos de 2020 e 2021. Assim,

esse crescimento extraordinário da RCL reflete um período de retomada da economia após a

pandemia e, muito provavelmente, não se repetirá.

O limite máximo da DCL em relação à RCL ajustada é de 200%, fixado pelo Senado Federal em

Resolução. Ao longo de toda série de 2017 a 2023, o percentual máximo foi de 36,1% , que

ocorreu em 2019.

O limite fixado pelo Senado Federal para as garantias concedidas é de 22% da RCL ajustada .

Conforme o Gráfico 9 , pode-se perceber que o DF ficou notadamente abaixo deste limite ao

longo de toda série , apesar de ter ocorrido aumento considerável (87%) das garantias

concedidas de 2019 para 2020.

Gráfico 9 – Garantias Concedidas x RCL

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.104

Fonte: Elaboração própria, 2024.

O limite estabelecido pelo Senado Federal para as Operações de Crédito (internas e externas) é

de 16% da RCL ajustada . Nota-se, no gráfico a seguir, que o DF ficou consideravelmente

abaixo do limite máximo em toda série histórica, alcançando, no máximo, 2,6% em 2018.

Gráfico 10 – Operações de Crédito

Fonte: Elaboração própria, 2024.

II.8 – ANÁLISE DO FUNDO CONSTITUCIONAL – FCDF

II.8.1 – Avaliação da Execução do FCDF

O quadro a seguir demonstra os valores nominais de execução orçamentária e financeira entre

o exercício de 2003 e 2024.

Quadro II.8.1. Execução Orçamentária FCDF – Valores Nominais

R$ 1.000,00

ANO I.DOTAÇÃO II. III. IV. V.

INICIAL AUTORIZADOEMPENHADOLIQUIDADO VAR%

ANO

ANTERI

OR

2003 3.364.040 3.391.358 3.356.001 3.356.001 -

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.105

2004 3.755.716 3.999.487 3.975.701 3.975.701 17,93%

2005 4.449.279 4.449.279 4.447.467 4.447.467 11,25%

2006 5.258.515 5.258.515 5.257.653 5.257.653 18,19%

2007 6.001.414 6.054.980 6.054.954 6.054.954 15,15%

2008 6.538.913 6.597.284 6.595.047 6.595.047 8,96%

2009 7.844.958 7.844.958 7.603.293 7.603.293 18,91%

2010 7.686.171 7.686.171 7.685.378 7.685.378 -2,02%

2011 8.748.272 8.748.272 8.745.868 8.745.868 13,82%

2012 9.967.887 9.967.887 9.951.681 9.700.104 13,94%

2013 10.694.936 10.694.936 10.694.879 10.573.232 7,29%

2014 11.664.812 11.664.812 11.664.245 11.538.526 9,07%

2015 12.399.541 12.399.541 12.398.266 12.264.670 6,30%

2016 12.018.201 12.018.201 12.015.761 11.899.209 -3,08%

2017 13.189.780 13.218.604 13.216.438 13.045.241 9,99%

2018 13.696.992 13.691.018 13.690.679 13.461.625 3,57%

2019 14.295.476 14.302.080 14.301.236 14.086.064 4,46%

2020 15.737.622 15.697.985 15.697.275 15.497.505 9,76%

2021 15.846.179 15.887.493 15.856.971 15.590.648 1,21%

2022 16.281.254 16.269.356 12.619.212 11.951.207 2,40%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.106

2023 22.971.652 23.015.755 16.974.698 15.760.407 41,47%

2024 23.272.461 23.374.416 16.303.701 15.226.582 1,56%

2025* 25.078.223

Fonte: Siga Brasil – Senado Federal

* Previsão PLOA da União para 2025 – PL 26/24

Houve variação positiva no período compreendido entre 2003 e 2022 da ordem de 589,23% na

dotação autorizada, em valores nominais, do Fundo Constitucional do Distrito Federal. Como

parâmetro de comparação, a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo –

IPCA em igual período foi da ordem de 244,08%, demonstrando-se, assim, aumento real dos

recursos destinados ao Fundo.

II.8.2 – Da Fixação da Despesa para 2025

II.8.2.1 – Da Correta Projeção da CEOF para o FCDF - LDO/2025

A base de cálculo inicial do FCDF, bem como a regra para atualização dos valores entre os

exercícios, é determinada pelo art. 2º da lei nº 10.633/02, in verbis:

“Art. 2º A partir de 2003, inclusive, o aporte anual de recursos orçamentários

destinados ao FCDF será de R$ 2.900.000.000,00 (dois bilhões e novecentos

milhões de reais), corrigido anualmente pela variação da receita corrente

líquida – RCL da União .

§ 1 o Para efeito do cálculo da variação de que trata o caput deste artigo,

será considerada a razão entre a RCL realizada:

I – no período de doze meses encerrado em junho do exercício anterior

ao do repasse do aporte anual de recursos; e

II – no período de doze meses encerrado em junho do exercício anterior

ao referido no inciso I .

§ 2 o O cálculo da RCL para efeito da correção do valor a ser aportado ao

FCDF no ano de 2003 levará em conta a razão entre a receita acumulada

realizada entre julho de 2001 e junho de 2002, e a receita acumulada

realizada entre julho de 2000 e junho de 2001.” (grifamos)

De acordo com essa metodologia de cálculo as dotações do FCDF para 2025 devem

acompanhar o índice de variação da RCL nos 12 meses compreendidos entre julho de 2023 e

junho de 2024, índice este que foi apurado em 7,88%. Verifica-se que a correção do aporte

anual de recursos orçamentários destinados ao FCDF para 2025 foi corrigido em 7,76%, o que

equivale, em valores absolutos, a um crescimento abaixo do índice legal implicando em

dotação de aproximadamente R$ 109.833,915,60 inferior ao previsto.

Para 2025, na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025 – Lei nº 7.549/2024 houve previsão de

aporte de recursos orçamentários previstos para o FCDF da ordem R$ 24.508.179.459,00 (Vinte

e quatro bilhões, quinhentos e oito milhões, cento e setenta e nove mil, quatrocentos e

cinquenta e nove reais). Na proposição em comento os valores previstos para o FCDF totalizam

R$ 25.078.223.161,00 (Vinte e cinco bilhões, setenta e oito milhões, duzentos e vinte e três mil,

cento e sessenta e um reais) o que implica em variação positiva de cerca de 2.32% em relação

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.107

à previsão contida naquela LDO 2025. Repise-se que a despeito deste incremento há uma

ligeira defasagem em relação ao valor que deveria ser aportado aplicando-se o índice de

correção da RCL conforme detalhado no parágrafo anterior.

A destinação dos recursos do FDC para as áreas de saúde, educação e segurança guarda

correspondência com a distribuição dos anos anteriores. À Saúde serão destinados 32,4%, à

Educação 21,7% e à Segurança Pública 45,8%.

Ademais, destaca-se que, por determinação do Tribunal de Contas da União, em seu Acórdão

2.891/2015, os valores do FCDF não integram o Orçamento do Distrito Federal, devendo ser

executados integralmente no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo

Federal - SIAFI. No caso da despesa de pessoal do Poder Legislativo do Tribunal de Contas do

Distrito Federal – TCDF e da Defensoria Pública do Distrito Federal, foi utilizada a mesma

metodologia de cálculo aplicada para o Poder Executivo.

II.8.2.2 – Da Execução Orçamentária do FCDF - 2024

R$ 1.000,00

VI. %

EMP.

/AUT.

II. DOT. III. % III. IV.

I. DOT. V.

ÁREA AUTORIZ AUT EMPEN LIQUID

INICIAL PAGO

ADA /TOTAL HADO ADO (III/II

x100%)

SEGURA 6.928.5

10.746.068 10.848.022 46,40% 8.043.5476.939.579 74,10%

NÇA 38

1.678.4

CBMDF 2.430.956 2.456.773 10,50% 1.938.5101.683.670 78,90%

67

PESSOA

L E

1.344.0

ENCARG 1.832.446 1.860.520 8,00% 1.504.1481.344.017 80,80%

17

OS

SOCIAIS

OUTRAS

DESP.

529.131 532.946 2,30% 416.368 336.575 331.401 78,10%

CORREN

TES

INVESTI

69.380 63.307 0,30% 17.994 3.077 3.049 28,40%

MENTOS

1.965.5

PCDF 3.089.475 3.127.477 13,40% 2.265.6561.966.937 72,40%

37

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.108

PESSOA

L E

1.696.6

ENCARG 2.650.211 2.687.752 11,50% 1.904.5141.696.605 70,90%

05

OS

SOCIAIS

OUTRAS

DESP.

379.265 379.725 1,60% 304.254 250.161 248.768 80,10%

CORREN

TES

INVESTI

60.000 60.000 0,30% 56.887 20.171 20.164 94,80%

MENTOS

3.284.5

PMDF 5.225.636 5.263.772 22,50% 3.839.3813.288.972 72,90%

33

PESSOA

L E

2.633.2

ENCARG 4.044.311 4.078.610 17,40% 2.953.2782.633.292 72,40%

83

OS

SOCIAIS

OUTRAS

DESP.

1.111.325 1.115.162 4,80% 844.918 654.498 650.099 75,80%

CORREN

TES

INVESTI

70.000 70.000 0,30% 41.185 1.183 1.151 58,80%

MENTOS

SAÚDE +

EDUCAÇ 12.526.394 12.526.394 53,60% 8.680.6748.314.7238.287.927 69,30%

ÃO

5.191.1

SAÚDE 7.026.394 7.500.394 32,10% 5.404.6535.200.137 72,10%

47

PESSOA

L E

4.265.2

ENCARG 6.300.000 6.300.000 27,00% 4.272.6494.272.649 67,80%

51

OS

SOCIAIS

OUTRAS

DESP.

726.394 1.200.394 5,10% 1.132.004 927.488 925.895 94,30%

CORREN

TES

EDUCAÇ 3.096.7

5.500.000 5.026.000 21,50% 3.276.0213.114.586 65,20%

ÃO 80

PESSOA

L E

2.527.2

ENCARG 4.600.000 4.126.000 17,70% 2.545.0142.545.014 61,70%

09

OS

SOCIAIS

OUTRAS

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.109

DESP. 900.000 900.000 3,90% 731.007 569.572 569.572 81,20%

CORREN

TES

TOTAL 16.724.2 15.254.3 15.216.4

23.272.461 23.374.416 100,00% 71,50%

GERAL 20 01 65

Fonte: Siga Brasil - Senado

Federal - Extração em 27/09/2024.

II.8.2.3 – Dos Comparativos por Área 2025/2024

A Tabela a seguir apresenta os comparativos por área (corporação) e natureza da despesa

entre os exercícios 2025 e 2024.

Quadro II.8.2.3 - LOA 2024 x PLOA 2025

R$ 1.000,00

2024 2025

CORPORAÇÃO II. % IV. % V.

I. DOTAÇÃO III. PLOA

GERAL GERAL VAR.%

AUTORIZADA 2025

AUT. INICIAL 25/24

CBMDF 2.456.773 10,51% 2.704.964 10,79% 10,10%

PESSOAL E

1.860.520 7,96% 2.077.009 8,28% 11,64%

ENCARGOS

CUSTEIO 532.946 2,28% 567.954 2,26% 6,57%

INVESTIMENTO 63.307 0,27% 60.000 0,24% -5,22%

PCDF 3.127.477 13,38% 3.184.426 12,70% 1,82%

PESSOAL E

2.687.752 11,50% 2.687.295 10,72% -0,02%

ENCARGOS

CUSTEIO 379.724 1,62% 437.131 1,74% 15,12%

INVESTIMENTO 60.000 0,26% 60.000 0,24% 0,00%

PMDF 5.263.772 22,52% 5.605.843 22,35% 6,50%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.110

PESSOAL E

4.078.609 17,45% 4.331.168 17,27% 6,19%

ENCARGOS

CUSTEIO 1.115.162 4,77% 1.195.295 4,77% 7,19%

INVESTIMENTO 70.000 0,30% 79.380 0,32% 13,40%

TOTAL

10.848.022 46,41% 11.495.233 45,84% 5,97%

SEGURANÇA

CBMDF 2.456.773 10,51% 2.704.964 10,79% 10,10%

PESSOAL E

1.860.520 7,96% 2.077.009 8,28% 11,64%

ENCARGOS

CUSTEIO 532.946 2,28% 567.954 2,26% 6,57%

INVESTIMENTO 63.307 0,27% 60.000 0,24% -5,22%

PCDF 3.127.477 13,38% 3.184.426 12,70% 1,82%

PESSOAL E

2.687.752 11,50% 2.687.295 10,72% -0,02%

ENCARGOS

CUSTEIO 379.724 1,62% 437.131 1,74% 15,12%

INVESTIMENTO 60.000 0,26% 60.000 0,24% 0,00%

PMDF 5.263.772 22,52% 5.605.843 22,35% 6,50%

PESSOAL E

4.078.609 17,45% 4.331.168 17,27% 6,19%

ENCARGOS

CUSTEIO 1.115.162 4,77% 1.195.295 4,77% 7,19%

INVESTIMENTO 70.000 0,30% 79.380 0,32% 13,40%

TOTAL

10.848.022 46,41% 11.495.234 45,84% 5,97%

SEGURANÇA

TOTAL GERAL 23.374.416 100,00% 25.078.223 100,00% 7,29%

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.111

Fonte: Siga Brasil - Senado Federal - Extração em 27/09/2024.

II.8.2.4 – Dos Riscos de Perda de Recursos FCDF – TCU/STF

O Tribunal de Contas da União, por meio do item 9.4 do Acordão 2.938/2018-Plenário,

determinou ao Distrito Federal que “a partir do exercício de 2019, na execução do orçamento do

FCDF, providenciem os ajustes necessários para que o empenho, a liquidação e o pagamento

das despesas respeitem as dotações do próprio exercício, em conformidade com o princípio da

anualidade e o regime de competência, em atendimento ao que dispõe o art. 165, inciso III, da

Constituição Federal de 1988 c/c o arts. 2º e 35, inciso II, da Lei 4.320/1964”.

Em sede de recurso, o TCU postergou tal exigência descrita no 9.4 do Acórdão 2.938/2018-

Plenário para o exercício financeiro de 2021, a saber: “Ora, por meio de recurso apresentado

perante a Corte de Contas, o Distrito Federal obteve prazo dilatado para regularização da

execução orçamentária dos recursos do FCDF. Nesse sentido, ciente do estado de calamidade

relacionado à pandemia causada pela COVID-19 e sensível às suas graves consequências, o

TCU postergou a correção das irregularidades para o exercício financeiro de 2021”.

Assim, o Distrito Federal ajuizou Ação Cível Originária junto ao Supremo Tribunal Federal

pleiteando, dentre outras questões, a autonomia financeira entre exercícios, baseado no

entendimento legal de que o FCDF enquadrar-se-ia como fundo especial, passível, inclusive, de

abertura de superávit financeiro de exercícios anteriores.

Em 30/06/2021, o ministro Gilmar Mendes julgou parcialmente procedentes os pedidos do DF

para conceder prazo adicional de 12 (doze) meses, contados do fim do interregno temporal

fixado pelo TCU, ou seja, prazo dies a quo em 90 (noventa) dias após o término da situação de

calamidade pública aprovada pela CLDF (31 de dezembro de 2021). Considerando a contagem

de prazo regimental da Corte de Contas, e data de publicação do Acordão nº 1.245/20 no Diário

Oficial a União (01 de agosto de 2020), que prorrogou por 90(noventa dias) a contagem inicial, o

prazo dies ad quem encerrar-se-ia em 04 de abril de 2023.

Antes de o Supremo julgar definitivamente a ACO nº 3.414/2020, a Secretaria de Estado de

Economia manifestou-se acerca do risco fiscal capaz de desequilibrar as finanças do DF nos

seguintes termos: “caso a decisão do STF não seja reformada, os efeitos se dariam no

transcorrer do exercício de 2022, uma vez que seriam necessários ajustes extremos de modo a

não utilizar recursos de janeiro de 2023 do FCDF para pagar despesas da folha dos servidores

públicos referente a dezembro de 2022. Assim, esse montante, que de 2020 para 2021, foi de

R$ 517 milhões , teria que ser absorvido pelo Orçamento do Distrito Federal ”.

Em dezembro de 2021, o Plenário do Supremo denegou Agravo Interno à citada Ação, assim

ementado:

Agravo interno na ação cível originária. 2. Constitucional e administrativo. 3. Fundo

Constitucional do Distrito Federal (FCDF). 4. Fundo de natureza contábil, nos termos do art. 1º

da Lei 10.633/2002. 5. Uso de recursos do FCDF para o pagamento de despesas do exercício

anterior ao do orçamento vigente. Impossibilidade. 6. Ofensa aos arts. 165, III, XIV, c/c art. 167,

II, ambos da CF e ao princípio da anualidade orçamentária , conforme decidido pelo TCU. 7.

Solicitação de criação de regime de transição por sessenta meses. Inviabilidade . Mantido pra

zo de doze meses após o marco fixado pelo TCU, como estabelecido na decisão monocrática.

8. Agravo interno desprovido. 9. Majoração dos honorários advocatícios a cargo do Distrito

Federal (art. 85, § 11, do CPC).

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.112

Nesse sentido, após essa data, a execução financeira dos recursos orçamentários inscritos em

restos a pagar do exercício de 2022, e exercícios anteriores, restaria impossibilitada,

acarretando em perda real ao DF.

Dessa forma, e considerando a série histórica de elevado descompasso entre as autorizações

orçamentárias e dispêndios financeiros do FCDF, comprovado pela elevada inscrição em restos

a pagar nos exercícios anteriores, a falta de medidas de acompanhamento e controle da

situação descrita foi considerada, no passado, capaz de desestabilizar as finanças distritais,

com real e concreto risco fiscal para os próximos exercícios.

No exercício de 2023 foram inscritos R$ 1.459.723.967 em restos a pagar no FCDF, conforme

quadro abaixo.

Quadro II.8.2.4 – Execução Restos a Pagar FCDF (27/09/2024)

IV. SALDO RP

III. RP

ÁREA I. RP INSCRITO II. RP PAGO

CANCELADO

(I-II-III)

727.673.235 627.985.654 2.191.332 97.496.249

SEGURANÇA

141.584.361 120.682.601 269.204 20.632.556

CBMDF

PESSOAL E 8.929.601 8.743.854 0 185.747

ENCARGOS SOCIAIS

OUTRAS DESP. 97.481.456 95.544.468 255.161 1.681.828

CORRENTES

35.173.304 16.394.280 14.043 18.764.981

INVESTIMENTOS

168.255.214 126.782.795 378.759 41.093.660

PCDF

PESSOAL E 64.543.916 64.364.775 179.141 0

ENCARGOS SOCIAIS

OUTRAS DESP. 36.001.625 34.889.045 199.618 912.963

CORRENTES

67.709.672 27.528.975 0 40.180.698

INVESTIMENTOS

417.833.661 380.520.259 1.543.369 35.770.033

PMDF

PESSOAL E 120.832.228 119.337.043 0 1.495.185

ENCARGOS SOCIAIS

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.113

OUTRAS DESP. 270.206.818 235.857.549 1.507.464 32.841.805

CORRENTES

26.794.615 25.325.666 35.905 1.433.044

INVESTIMENTOS

732.050.732 719.538.531 4.612.540 7.899.660

SAÚDE + EDUCAÇÃO

450.775.442 438.661.073 4.612.540 7.501.828

SAÚDE

PESSOAL E 305.750.781 305.750.781 0 0

ENCARGOS SOCIAIS

OUTRAS DESP. 145.024.660 132.910.292 4.612.540 7.501.828

CORRENTES

281.275.290 280.877.458 0 397.832

EDUCAÇÃO

PESSOAL E 217.097.589 217.041.700 0 55.889

ENCARGOS SOCIAIS

OUTRAS DESP. 64.177.701 63.835.758 0 341.943

CORRENTES

TOTAL GERAL 1.459.723.967 1.347.524.186 6.803.872 105.395.909

Fonte: Siga Brasil - Senado Federal - Extração em 27/09/2024.

II.8.2.5 – Da demonstração do Custeio do FCDF – nas áreas de Saúde e Educação

Foram encaminhados a esta Casa de leis como documentos complementares ao PLOA/2025 o

Quadro XXXVI – Detalhamento do Limite do Fundo Constitucional do Distrito Federal e o

Quadro XXXIX – Demonstrativo das Despesas – Saúde e Educação a cargo do FCDF, quadros

estes que espelham a correta demonstração do custeio das áreas de Saúde e Educação às

custas do FCDF.

Quadro II.8.2.5 – Custeio FCDF – Saúde e Educação

R$ 1,00

ÁREA I.QUADRO XXVI II.QUADRO XXXIX III. DIF. (II-I)

EDUCAÇÃO 950.000.000 950.000.000 -

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.114

SAÚDE 1.450.000.000 1.450.000.000 -

TOTAL 2.400.000.000 2.400.000.000

Fonte: PLOA/2025

II.9 – ANÁLISE DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA A ÁREA DE EDUCAÇÃO

A Constituição Federal, no art. 212, dispõe que o DF deve aplicar, anualmente, no mínimo, 25%

da receita resultante de impostos , compreendida a proveniente de transferências, na manute

nção e desenvolvimento do ensino (MDE) . A Carta Magna estabelece, ainda, no art. 212-A,

que o DF deve destinar parte desses recursos à manutenção e ao desenvolvimento do ensino

na educação básica e à remuneração condigna de seus profissionais, por meio do Fundeb.

A Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional. Em seu art. 70, define que as despesas realizadas com vistas à consecução dos

objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis são consideradas como de

MDE. Além de listar as que são consideradas no art. 70, também lista as despesas que não são

computadas no art. 71.

A Lei n. 14.113, de 25 de dezembro de 2020, regulamenta o Fundeb e determina, no art. 25,

que os Recursos do Fundo, incluindo aqueles oriundos de complementação da União, devem

ser utilizados em ações consideradas de MDE para a educação básica pública, conforme

definido na lei já mencionada. Além disso, no art. 26, estabelece que, no mínimo, 70% dos

recursos anuais totais do Fundo devem ser destinados ao pagamento, em cada rede de

ensino, da remuneração dos profissionais da educação básica em efetivo exercício .

As Decisões do TCDF n. 2.495/2003, 8.187/2008 e 2.859/2018, também versaram sobre o tema

e trataram dos critérios para verificação do cumprimento pelo DF dos limites mínimos de

aplicação em ensino.

O PLOA/2025, no Quadro XVIII – Demonstrativo da Aplicação Mínima em Educação, apresenta

o cálculo do montante de recursos orçamentários que deverão ser aplicados na área de

educação.

Conforme mencionado, do total das Receitas previstas resultantes de Impostos (R$ 23,7

bilhões) e de Transferências Constitucionais e Legais (R$ 1,6 bilhão), 25%, no mínimo, deve ser

aplicado em MDE, que totalizou, portanto, R$ 6,3 bilhões. Desse montante R$ 3,0 bilhões são

destinados ao Fundeb.

Fora os R$ 3,0 bilhões destinados ao Fundeb provenientes da Receita de Impostos e de

Transferências Constitucionais e Legais, somam-se os rendimentos de aplicação financeira (R$

31,9 milhões) e de complementação da União (R$ 29,8 milhões), chegando-se ao total de

recursos disponíveis do Fundeb de R$ 3,1 bilhões.

Tendo em vista a dotação inicial no PLOA/2025 em MDE de R$ 6,5 bilhões, o percentual

aplicado (25,7%) superou o exigido (25%). Além disso, considerando a dotação inicial

para pagamento da remuneração dos profissionais da educação básica de R$ 2,8 bilhões

no PLOA/2025, o percentual aplicado (90,0%) também superou o exigido (70%).

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.115

Remuneração do

MDE (% da Base

Limite / Dotação FUNDEB (R$) Magistério (% da Base

de Cálculo)

de Cálculo)

Limite Mínimo 25% 3.043.261.880 70%

Dotação PLOA/2025 25,70% 2.768.706.016 90%

Fonte: Quadro I-Demonstrativo Geral de Receita e Quadro XVIII Demonstrativo de Aplicação

Mínima em Educação - PLOA/2025

Verifica-se que a aplicação mínima de recursos orçamentários para a MDE, FUNDEB e

remuneração do magistério foi cumprida.

II.10 – ANÁLISE DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA A ÁREA DE SAÚDE

A Lei Complementar n. 141, de 13 de janeiro de 2012, regulamenta o artigo 198 da Constituição

Federal e dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pelo Distrito Federal

em ações e serviços públicos de saúde (ASPS). Em resumo, o DF deve aplicar, no mínimo:

12% da arrecadação de impostos de competência estadual ( art. 155 , art. 157 , art. 159,

I, a, e II, da Constituição Federal ), deduzidas as parcelas que, nos Estados, seriam

destinadas a Municípios;

15% da arrecadação de impostos de competência municipal (art. 156, art. 158, art. 159, I,

b, e § 3º, da Constituição Federal);

12% do produto da arrecadação direta dos impostos que não possam ser segregados em

base estadual e em base municipal.

O PLOA/2025, no Quadro XIX – Demonstrativo da Aplicação Mínima em Saúde, apresenta o

cálculo do montante de recursos orçamentários que deverão ser aplicados na área de saúde.

A previsão de Receitas resultantes de Impostos e de Transferências Constitucionais e

Legais de competência estadual totalizou R$ 15,5 bilhões no PLOA/2025. Já as de

competência municipal, R$ 9,8 bilhões. A partir dessa previsão, a despesa mínima a ser

aplicada em ASPS em 2025 é de R$ 3,3 bilhões. Considerando a dotação inicial de R$ 3,6

bilhões para ASPS no PLOA/2025, entende-se cumprido o limite mínimo, com superávit

de R$ 258,2 milhões.

Mínimo Exigido Despesas Diferença (superávit)

Valor (R$) 3.328.452.167 3.586.618.223 258.166.056

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.116

Fonte: Quadros I e XIX - PLOA/2025

De acordo com a previsão constante do Quadro XIX, o total fixado para a área de Saúde supera

o mínimo legalmente exigido, indicando um investimento nessa área R$ 258.166.056,00.

DEPUTADO EDUARDO PEDROSA

Relator

Este parecer consta de 3 partes distintas

Parte 2/3

Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 1º Andar, Sala 1.43 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8680

www.cl.df.gov.br - ceof@cl.df.gov.br

Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado

(a) Distrital, em 14/10/2024, às 13:04:52 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº

02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro

de 2020.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site

https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade

Código Verificador: 136210 , Código CRC: 7975b96c

PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.117

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

Comissão de Economia Orçamento e Finanças

PARECER PRELIMINAR Nº , DE 2024 - CEOF

Projeto de Lei nº 1294/2024

Da COMISSÃO DE ECONOMIA,

ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre o

Projeto de Lei nº 1294/2024, que

“Estima a receita e fixa a despesa do

Distrito Federal para o exercício

financeiro de 2025.”

AUTOR: Poder Executivo

RELATOR: Deputado EDUARDO

PEDROSA

II.11 – ANÁLISE DO FAP, FUNDDF, FAC, FDCA E PRECATÓRIOS

A Fundação de Apoio à Pesquisa – FAP/DF, criada pela Lei Distrital no. 347/1992, visa a

estimular o desenvolvimento técnico, científico e tecnológico no DF, e, de acordo com o art. 195

da LODF, deve possuir para o exercício de 2023 em diante a dotação mínima de 0,5% da

Receita Corrente Líquida do Distrito Federal.

O quadro a seguir apresenta a dotação fixada no PLOA/2025 para essa unidade orçamentária:

Quadro II.11.1. Aplicação na FAP/DF - 2024

FAP - FUNDAÇÃO DE APOIO À

VALORES (R$)

PESQUISA

BASE DE CÁLCULO

36.169.951.002

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL

APLICAÇÃO MÍNIMA - FAP (0,5% DA

180.849.755

RCL) - ANTES DA DREM

DESVINCULAÇÃO CONFORME EMENDA

54.254.927

CONSTITUCIONAL N.º 132/23

APLICAÇÃO MÍNIMA - FAP (0,5% DA

126.594.829

RCL) - APÓS A DREM

DESPESA TOTAL – FAP 135.602.330

PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.118

SUPERÁVIT/DÉFICIT 9.007.501

Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025

Pelo quadro acima verifica-se que a dotação destinada à FAP/DF corresponde a um valor

ligeiramente acima do mínimo exigido na Lei Orgânica do Distrito Federal, correspondente a

0,5% da Receita Corrente Líquida – após a DREM – EC nº 132/2023 - projetada para o próximo

exercício.

A Lei Orgânica do Distrito Federal também estabelece dotação mínima de 0,3% da Receita

Corrente Líquida para O Fundo da Universidade Aberta do Distrito Federal – FUNDF e para o

Fundo de Apoio à Cultura – FAC. O limite fixado para o Fundo dos Direitos da Criança e do

Adolescente – FDCA é de 0,3% da Receita Tributária Líquida para. O PLOA/2025 destina

recursos para estes fundos nos montantes detalhados nos quadros a seguir:

Quadro II.11.2. Aplicação no FUNDDF, FAC e FDCA

FUNDF - FUNDO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO DF VALORES (R$)

APLICAÇÃO MÍNIMA - FUDF (0,3% DA RCL) - ANTES DA

108.509.853

DREM

DESVINCULAÇÃO CONFORME EMENDA

32.552.956

CONSTITUCIONAL N.º 132/23

APLICAÇÃO MÍNIMA - FUDF (0,3% DA RCL) - APÓS A

75.956.897

DREM

DESPESA TOTAL - FUNDF 75.956.897

SUPERÁVIT/DÉFICIT (0)

Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025

FAC - FUNDO DE APOIO À CULTURA VALORES (R$)

BASE DE CÁLCULO

36.169.951.002

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL

APLICAÇÃO MÍNIMA - FAC (0,3% DA RCL) - ANTES DA

108.509.853

DREM

DESVINCULAÇÃO CONFORME EMENDA

32.552.956

CONSTITUCIONAL N.º 132/23

APLICAÇÃO MÍNIMA - FAC (0,3% DA RCL) - APÓS A

75.956.897

PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.119

DREM

DESPESA TOTAL - FAC 78.710.152

SUPERÁVIT/DÉFICIT 2.753.255

Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025

FDCA - FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE VALORES (R$)

RECEITA TRIBUTÁRIA LÍQUIDA 21.837.863.765

APLICAÇÃO MÍNIMA - FDCA (0,3% DA RTL) - ANTES DA

65.513.591

DREM

DESVINCULAÇÃO CONFORME EMENDA

19.654.077

CONSTITUCIONAL N.º 132/23

APLICAÇÃO MÍNIMA - FDCA (0,3% DA RTL) - APÓS A

45.859.514

DREM

DESPESA TOTAL - FDCA 53.383.584

SUPERÁVIT/DÉFICIT 7.524.070

Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025

Cabe ressaltar que a imposição legal se restringe, na peça orçamentária, à indicação de

recursos para as respectivas dotações. Não é devida, neste momento, qualquer análise sobre a

efetiva execução dos recursos. Sendo assim, reforça-se que os mandamentos da lei foram

devidamente cumpridos, especialmente considerada a EC nº 132/2023 – DREM.

Em relação aos precatórios, observa-se que a dotação para pagamento consta em montante

bem aquém do mínimo legal de 1,5% da RCL, como se nota:

Quadro II.11.3. Dotação destinada a Precatórios

PRECATÓRIOS VALORES (R$)

APLICAÇÃO MÍNIMA – PRECATÓRIOS (1,5% DA RCL) 542.549.265

DESPESA TOTAL - PRECATÓRIOS 80.955.935

PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.120

SUPERÁVIT/DÉFICIT -461.593.330

Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025

II.12 – PROJETOS EM ANDAMENTO

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece o seguinte princípio em relação aos projetos em

andamento:

‘Art. 45. Observado o disposto no § 5° do art. 5°, a lei orçamentária e as de

créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente

atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação

do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes

orçamentárias.’

O relatório dos projetos em andamento, enviado junto ao PLOA/2025 (Quadro XXXIV), mostra

que existem 40 projetos que ultrapassam o exercício de 2024, 36 com andamento normal, 2

com andamento atrasado e 2 outros paralisados.

Observa-se que no PLOA/2024 existiam 47 projetos que ultrapassam o exercício de 2023,

sendo 45 em estágio de progresso classificado como normal e 2 em estágio atrasado.

Por fim, ressalta-se que foi juntado, no Anexo X – Demonstrativo de Obras e Serviços com

Indícios de Irregularidades Graves, o Ofício nº 021/2024 – Segedam (Ref. Processo TCDF nº

00600-00002556/2024-48) do qual consta o que se segue:

“Informo que no âmbito administrativo desta Corte de Contas inexistem

obras ou serviços com indícios de irregularidades graves.”

III – CONCLUSÕES

A análise do PLOA/2025 foi efetuada de modo a verificar se o conteúdo e a forma de

apresentação do projeto atendem plenamente às disposições constitucionais e legais

pertinentes. Deve-se destacar que eventuais análises não compreendidas nesse parecer ficarão

a cargo do relator geral em sua respectiva apreciação do Parecer Geral.

Após este trabalho de avaliação do PLOA/2025, não somente dos aspectos legais, mas

daqueles que dizem respeito ao mérito do projeto, verifica-se a necessidade de que o Poder

Executivo esclareça ou complemente algumas questões sobre o orçamento em análise.

No que tange aos aspectos do PLOA/2025 que suscitaram a necessidade de maiores

informações pelo Poder Executivo, a Lei Orgânica do DF dispõe, no art. 155, dispõe que “ ao

Poder Legislativo é assegurado amplo e irrestrito acesso, de forma direta e rápida, a qualquer

informação, detalhada ou agregada, sobre a administração pública do Distrito Federal ”.

Nesse sentido, visando ao esclarecimento ou complementação sobre os aspectos do projeto de

lei orçamentária para o exercício de 2025, fazemos a seguinte solicitação de informações ao

Poder Executivo.

PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.121

III.1 – INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS COMPLEMENTARES AO PLOA/2025

1) Identifica-se que o PLOA/2025 contempla um crescimento nominal médio de 9,8% em

relação à dotação inicial da LOA/2024 mas projeta um crescimento de 25,7% para o Orçamento

da Seguridade Social e em contrapartida projeta redução de 19,7% para o Orçamento de

Investimentos. Indaga-se:

Quais as justificativas para o crescimento do orçamento da seguridade em níveis muito

superiores ao conjunto do orçamento?

Qual o fenômeno econômico que levou o governo a prever redução do orçamento das

estatais em 19,7%?

2) De acordo com os art. 7º do PLOA/2025 fica autorizada a transposição, o remanejamento e a

transferência de dotações de uma unidade orçamentária para outra já existente ou que venha a

ser instituída. Por sua vez consta do art. 9º que o órgão central do Sistema de Planejamento e

Orçamento do Poder Executivo autorizado a movimentar as dotações atribuídas às unidades

orçamentárias. Pergunta-se:

O conteúdo desses dois dispositivos não fere o deveria ser veiculado por leis específicas

conforme necessidade ao longo do exercício financeiro?

3) O PLOA 2025 não foi instruído com o demonstrativo complementar exigido pelo inciso XVII

do art. 6º da LDO/2025 - “DEMONSTRATIVO DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS” .

Solicita-se a elaboração e encaminhamento deste demonstrativo antes da aprovação dos

pareceres parciais, ou seja, até o dia 12 de novembro do corrente ano.

4) Quais as justificativas para as constatações obtidas da análise de compatibilidade entre o

PPA 2024-2027 e o PLOA/2025 elencadas no item II.2.4.1– Ações Constantes do PPA 2024-

2027 sem Dotação no PLOA/2025 deste parecer?

5) Identifica-se na proposição em comento que as dotações destinadas ao pagamento das

despesas decorrentes do Passe Livre Estudantil, diferentemente da LOA 2024, integram o

orçamento da Secretaria de Estado de Educação do DF – SEDUC e não mais as da Secretaria

de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana do DF - SEMOB. Considerando que a inserção

das despesas com o a concessão do Passe Livre Estudantil no orçamento da SEDUC, e na

função 12 tem o condão de impactar os mínimos constitucionais relativos às despesas com

educação. Questiona-se:

Qual o fundamento técnico e legal para tal modificação?

Há algum mecanismo de controle que permita apurar o custo do PLE a ser imputado aos

limites de aplicação na educação seja exclusivamente aqueles referentes aos custos

decorrentes dos deslocamentos dos estudantes nos trajetos casa-escola e escola-casa

expurgando-se os demais dos limites da educação?

PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.122

6) Consta do PPA 2024-2027 previsão da ordem de R$ 431.555.249,75 para o exercício de

2025, destinada à ação orçamentária “9099 - Revisão Geral da Remuneração dos

Servidores” mas não há correspondente previsão orçamentária na PLOA 2025. Ante ao

exposto questiona-se: não se considera promover recomposição salarial dos servidores do DF?

7) Identifica-se que há previsão de decréscimo de 4,7% no total da arrecadação do IPTU. Qual

a razão do decréscimo previsto?

8) Destacou-se neste parecer que chama a atenção o alto percentual de inadimplência média do

IPTU, do IPVA e da TLP no triênio 2025-2027 (24%, 17% e 16% da estimativa da receita bruta,

respectivamente) em relação aos demais tributos (o ICMS, por exemplo, é de 4%). Na soma dos

três anos, estima-se deixar de receber por inadimplência no pagamento desses três tributos

aproximadamente R$ 2,8 bilhões. Quais as justificativas para se ter previsão de inadimplência

tão elevada para IPTU, IPVA e TLP?

9) Verifica-se que no Quadro XXI - Demonstrativo de Aplicação Mínima FAP, FAC, FDCA,

PRECATÓRIOS E FUNDF não se fez constar o limite mínimo para pagamento de precatórios e

que a dotação alocada para esta despesa é de R$ 88,9 milhões. Identifica-se no RGF do 2º

quadrimestre de 2024, no “Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida Orçamentos

Fiscal e da Seguridade Social” que estão contabilizados R$ 9,5 bilhões relativos a

Precatórios Posteriores a 05/05/2000 (inclusive) - Vencidos e não pagos” . Diante disto

indaga-se:

Qual a razão para não estar explicitado o limite mínimo para pagamento de precatórios

nos demonstrativos da LOA/2025, especialmente em face de que em 2024 para essa

mesma despesa já foi empenhado, até 10/10 R$ 436,21 milhões?

Qual o estoque atual de precatórios pendentes da administração direta e indireta do DF?

Qual a razão de a dotação prevista para 2025 ser significativa menor do que o montante

pago em 2024?

Qual montante de recursos depositados junto ao TJDFT para fins de pagamento de

precatórios?

10) Identifica-se, ainda com relação às dotações de custeio do PLE que foram criados diversos

programas de trabalho para cada nível de ensino e tipo de beneficiário. Pergunta-se:

Foi criado um programa de trabalho denominado “Concessão de Passe Livre - PLE -

Outros – Distrito-Federal” , com dotação prevista de R$ 132 milhões. A quais

beneficiários se destina a despesa contemplada no referido subtítulo?

Não previsão de pagamento de passe livre estudantil para alunos do ensino superior?

Caso haja indaga-se o valor previsto para 2025 bem como o programa de trabalho a ser

utilização para fazer face a tal despesa.

PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.123

11) No tocante às Despesas com Pessoal e Encargos Sociais, evidencia-se que o crescimento

esperado de 2024 para 2025 (+5,4%) é inferior à metade do crescimento verificado de 2021

para 2022 (+12,8%) e do apurado de 2023 para 2024 (+13,1%). Neste sentido questiona-se: o

valor adotado está adequadamente dimensionado?

12) Em relação às “Outras Despesas Correntes”, que representam cerca de 40% da categoria

econômica das Despesas Correntes, observa-se uma redução do valor fixado de 2024 para

2025 (-3,6%). Todavia, nos anos anteriores analisados, a variação foi positiva em, pelo menos,

6,0%. Desta forma indaga-se: não se está adotando valores subestimados para o referido

grupo?

13) Em contraste com a tendência observada nas Despesas Correntes, observa-se um

aumento expressivo de 48,0% nas Despesas de Capital. Considerando a variação demonstrada

nesta categoria econômica entre 2022 e 2023, de 14,3%, questiona-se: esse incremento não

representa um possível superdimensionamento das despesas previstas?

14) A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 (LDO/2025), Lei nº 7.549/2024, contém o Anexo

VI-Margem de Expansão, referente a Margem de Expansão das Despesas de Caráter

Obrigatório, conforme exigido pelo art. 4º, inciso V, da LRF. No citado anexo, são listadas 20

despesas obrigatórias do Distrito Federal, com estimativas para o exercício de 2024 bem como

a previsão para 2025. Analisando-se cada um desses 20 itens da LDO/2025 e comparando-se

os valores constantes PLOA/2025, é possível notar diversas diferenças que chamam atenção.

Por exemplo, no item 2 sobre “Complementação do Programa Bolsa Família” constava R$ 287,9

milhões (coluna G) previstos para 2025 na LDO/2025, mas na PLOA/2025 R$ 125,7 milhões

(coluna L), com uma diferença a menor de R$ 162,2 milhões (coluna M), ficando mesmo abaixo

dos valores empenhados em 2023 (coluna J) e dos estimados para 2024 (coluna K), com base

em valores projetados pró-rata com base na execução orçamentária até set/2024. Caso similar

ocorre com o item 10 de Sentenças Judiciais que na LDO/2025 tinha previsão de R$ 1,0 bilhão

(coluna G), mas na PLOA/2025 tem apenas R$ 238,1 milhões, ficando R$ 813,2 milhões abaixo

do PLOA e R$ 664,8 da estimativa pró-rata para 2024. Por outro lado, o item 12 de Serviço da

Dívida, tinha previsão na LDO/2025 de R$ 286,9 milhões (coluna G) e na PLOA/2025 tem um

valor estimado de R$ 1,3 bilhão (coluna L) ficando R$ 1,0 bilhão acima do inicialmente previsto

na LDO/2025. Então, pergunta-se, quais os motivos para desvios tão grandes para os itens 2, 3,

5, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 17 e 19?

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PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.124

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PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.125

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PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.127

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PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.128

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PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.131

15) Em razão à compatibilização do Anexo de Metas Fiscais (AMF) da LDO 2025 com o PLOA

2025, nota-se que a meta de Resultado Primário estabelecida no AMF da LDO vem sendo

negativa há vários anos. Na comparação entre o PLOA 2025 e a LDO 2025, verifica-se que as

Receitas Primárias Correntes (exceto FONTES RPPS) (I) apresentam um valor superior de

831,7 milhões no PLOA, enquanto as Despesas Primárias (exceto FONTES RPPS) (II) são

inferiores em 96,2 milhões no PLOA. Diante disso, questiona-se se a metodologia utilizada para

a elaboração do AMF da LDO não carece de revisão, dado o descompasso contínuo entre

esses números e os registrados nos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREO).

Caso não seja essa a questão solicita-se sejam detalhados os fatores específicos contribuíram

de forma mais significativa para a discrepância observada para o ano de 2025.

16) Em decorrência da análise da receita, especialmente considerando o contido no Quadro II.

3.8. Renúncia de Receita de ICMS apurou-se que a reestimativa de renúncia tributária prevista

para oito benefícios de ICMS foi de R$ 37,8 milhões (PLOA 2024, para o exercício de 2025)

para R$ 2,75 bilhões (PLOA 2025, para o exercício de 2025), o que representa um aumento de

7.277%. Pergunta-se: a que se deve essa expressiva elevação?

III.2 – PARTE CONCLUSIVA DO VOTO

Por fim, considerando que o Projeto de Lei nº 1.294, de 2024, que “Estima a Receita e fixa a

Despesa do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2025”, tramita regularmente na forma

do Regimento Interno da Câmara Legislativa, voto pela APROVAÇÃO deste Parecer

Preliminar e da solicitação das informações complementares ao Poder Executivo, cujas

respostas espera-se sejam apresentadas a esta CEOF até o dia 06 de novembro, na Audiência

Pública de apreciação da PLOA 2025.

Sala das Comissões, em ___ de ___ ______ de 2024.

DEPUTADO EDUARDO PEDROSA

Relator

Este parecer consta de 3 partes distintas

Parte 3/3

Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 1º Andar, Sala 1.43 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8680

www.cl.df.gov.br - ceof@cl.df.gov.br

Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado

(a) Distrital, em 14/10/2024, às 13:04:53 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº

02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro

de 2020.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site

PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.132

https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade

Código Verificador: 136230 , Código CRC: 3ac4d346

PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.133

...CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERALComissão de Economia Orçamento e FinançasPARECER PRELIMINAR Nº , DE 2024 - CEOFProjeto de Lei nº 1294/2024Da COMISSÃO DE ECONOMIA,ORÇAMENTO E FINANÇAS - CEOFsobre o Projeto de Lei nº 1294/2024,que “Estima a receita e fixa adespesa do Distrito Federal para oexercício financeiro ...
Ver DCL Completo
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 87/2024

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

ATA CIRCUNSTANCIADA DA 87ª

(OCTOGÉSIMA SÉTIMA)

SESSÃO ORDINÁRIA,

TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL

PARA DEBATER AS POLÍTICAS DE PROTEÇÃO

ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES E O

ATENDIMENTO DOS EGRESSOS DOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO,

DE 10 DE OUTUBRO DE 2024.

INÍCIO ÀS 15H04MIN TÉRMINO ÀS 19H17MIN

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Declaro aberta a presente sessão ordinária.

Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Convido o deputado Pastor Daniel de Castro a secretariar os trabalhos da mesa.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Boa tarde, presidente, boa tarde a todos que

assistem a nós pela TV Câmara Distrital, nossos assessores.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Dá-se início aos

Comunicados da Mesa.

Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.

(Leitura do expediente.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – O expediente lido vai a publicação.

Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:

– Ata Sucinta da 85ª Sessão Ordinária;

– Ata Sucinta da 36ª Sessão Extraordinária.

Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovadas sem

observações as atas mencionadas.

Em razão da aprovação do Requerimento nº 1.638/2024, de minha autoria, a sessão ordinária

de hoje será transformada em comissão geral para debater as políticas de proteção às crianças e

adolescentes e o atendimento dos egressos dos serviços de acolhimento.

(A sessão transforma-se em comissão geral.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Está suspensa a presente comissão geral.

(Suspensa às 15h08min, a comissão geral é reaberta às 15h26min.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Declaro reaberta a comissão geral para debater

as políticas de proteção às crianças e adolescentes e o atendimento dos egressos dos serviços de

acolhimento no Distrito Federal.

A ideia desta comissão geral surgiu do diálogo junto à Fiocruz e da conversa com os

adolescentes do projeto Territórios da Construção de Si.

Em primeiro lugar, quero agradecer demais à Fiocruz e aos adolescentes que vieram aqui hoje.

Agradeço também às diversas secretarias do GDF que convidamos e estão presentes. Isso é muito

importante.

Eu queria fazer um combinado um pouco fora do roteiro normal com vocês. Toda vez que há

audiência pública ou comissão geral no plenário, o protocolo estabelece que as autoridades se sentem

à mesa e, depois, abrimos a fala aos participantes. Eu queria inverter a ordem e convidar os

adolescentes para compor a mesa para que eles falem sobre as suas experiências, as suas questões; e

a nossa mesa estendida vai ficar aí embaixo com as representações das secretarias, que falarão depois.

Podemos combinar assim? Agradeço pela compreensão.

Acho que será um dia bonito, importante e com muitas emoções. Mas também esperamos sair

daqui com combinados e encaminhamentos, pensando em como podemos construir juntos esse

processo.

Neste momento, convido para fazer parte da nossa mesa os nossos protagonistas de hoje.

Convido o Aleksandro Leandro de Souza; o David Alcides dos Santos... Eles ainda estão lá fora se

preparando? (Pausa.)

Como eles estão se preparando, eu vou chamar, para também dividir a mesa conosco, a

diretora da Fiocruz, Fabiana Damásio. Obrigado, Fabiana. (Palmas.)

A Fabiana coordenou esse projeto tão legal, o Territórios da Construção de Si, que ficamos

muito felizes de conhecer. Gostaria que a senhora falasse um pouco do projeto e da parceria da

Fiocruz.

Nós tentamos passar um vídeo institucional que conta um pouco desse processo, mas hoje é

um dia de dificuldades tecnológicas. O SEI do GDF está fora do ar hoje e não conseguimos mandar

nenhum ofício para o GDF. Parecia um dia de folga, um dia em que não conseguimos encaminhar

ofícios. Está suspenso o barramento do sistema eletrônico. E a internet da Câmara Legislativa também

está meio instável.

Eu e o deputado Fábio Félix, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos,

Cidadania e Legislação Participativa, até realizamos uma audiência pública pela manhã, Fabiana, sobre

a questão do uso celular nas escolas. Fizemos um debate sobre proibir ou não o uso de celular nas

escolas, sobre como organizar isso, sobre a necessidade das tecnologias. E, no dia em que a internet

não funciona bem, vemos como ficamos tão reféns desse negócio. Não conseguimos viver. Ficamos

agoniados. Não funciona nada.

Os adolescentes chegaram. Então, gostaria de convidar para compor a nossa mesa o

Aleksandro Leandro de Souza; o David Alcides dos Santos; a Tainá Elisângela Nascimento Sousa e o

Estênio Eduardo da Silva Santos. (Palmas.)

Neste momento, gostaria de fazer o registro – agradeço mais uma vez – da presença do Diego

Moreno, subsecretário de políticas públicas para crianças e adolescentes, representante da Secretaria

de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal. Muito obrigado, Diego. O Diego tem sido muito

presente nos debates desta casa, ele é sempre muito solicito. A Sejus está presente na presença do

subsecretário. (Palmas.)

Diego, vou pedir para você levantar a mão, para a TV Câmara Distrital conseguir focar em

você, de modo que quem está assistindo a nós saiba quem é você e para que quem está aqui possa

direcionar os questionamentos.

Agradeço a presença da Aline Pereira, da Gerência de Serviço de Acolhimento de Crianças,

Adolescentes e Jovens da Sedes, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social. Aline, muito

obrigado pela sua presença e por representar a nossa Sedes, que tem a tarefa tão importante de

articular e coordenar o nosso Suas. (Palmas.)

Agradeço a presença da Patrícia Souza Melo, diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem,

Direitos Humanos e Diversidade, representando a Secretaria de Estado de Educação do Distrito

Federal. A educação é a minha casa. Tenho muito orgulho de ser servidor da Secretaria de Educação.

(Palmas.)

Convido para compor a mesa o Aleksandro Leandro de Souza e o Estênio Eduardo da Silva

Santos. (Palmas.)

Com todo o respeito aos secretários, às secretárias, hoje a nossa mesa está muito mais bonita,

muito mais legal.

Agradeço a presença da Valdete Andrade, que representa a Companhia de Desenvolvimento

Habitacional do Distrito Federal, a nossa Codhab. (Palmas.) É importante pensarmos juntos sobre

políticas de habitação, inclusive para jovens egressos do sistema, que saem da política pública de

acolhimento. É fundamental que haja uma política habitacional para eles.

Agradeço a presença de uma pessoa muito parceira, que sempre está presente em nossos

debates, Fernanda Falcomer, diretora de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito

Federal, nossa Dissam. (Palmas.) Fernanda, hoje, dia 10 de outubro, é o Dia Mundial da Saúde Mental.

Este é um debate muito presente não só nesta pauta, mas no dia de hoje. É preciso reforçar que,

segunda-feira, estivemos juntos para discutir a política de saúde mental no Distrito Federal; como

podemos superar essa lógica, não só no Distrito Federal, mas também no Brasil e no mundo todo, de

uma agenda muito manicomial quando falamos de saúde mental; e como podemos avançar na

consolidação da reforma psiquiátrica.

Agradeço a presença da Carine de Cássia Souza, diretora de Estratégia Saúde da Família, da

Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. (Palmas.)

O Ministério Público também está presente, na pessoa da Luisa de Marillac, nossa promotora

de justiça de Defesa da Infância e da Juventude do Ministério Público do Distrito Federal. Ela tem sido

uma grande aliada das diversas lutas desta cidade. (Palmas.)

Convidamos para participar desta comissão a promotora Rosana Viegas, da promotoria de

Defesa dos Direitos Individuais, Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude do Ministério Público.

Ela já está a caminho.

A pedido deles e delas, convidamos a Secretaria de Estado do Trabalho. Até agora não chegou

um representante. Peço para a nossa assessoria avisar, assim que ele chegar, para anunciar a

presença dele e o trazermos para a mesa.

Primeiro, vamos ouvir a mesa, nessa inversão. Vamos começar com a Fabiana, que vai

apresentar um pouco do projeto, do programa. Depois, nós vamos passar a palavra para vocês, que

podem ficar à vontade, podem falar daí ou usar a tribuna. Usar a tribuna é bom, porque vamos nos

preparando para um dia estar aqui também, pois precisamos de mais pessoas como nós nesta casa.

Então, já vamos fazer esse exercício como teste. Fiquem à vontade, se quiserem falar daqui sentados,

ou se quiserem falar da tribuna. Depois da fala dos 5, passaremos para as nossas autoridades que

também, gentilmente, entenderam essa composição – e eu lhes agradeço mais uma vez.

Se alguém quiser fazer uma nova manifestação, procurem a nossa turma no plenário. Eu vou

identificar o Magno e a Bia, que estão ali sentados. Quem quiser fazer uso da palavra, ou também se

identificar para anunciarmos a presença, podem chamá-los que eles vão anotar o nome de vocês e

trarão para a nossa mesa.

Concedo a palavra à Fabiana Damásio, da nossa queridíssima Fiocruz.

FABIANA DAMÁSIO – Boa tarde a todas as pessoas presentes.

Fico muito feliz de estar nesta casa hoje, deputado Gabriel Magno, nosso parceiro. Que bom

que você fez essa inversão, trazendo os nossos meninos para a mesa para participarem desta

audiência tão importante, hoje, no Dia Mundial da Saúde Mental. Para mim, esse é um grande exercício

de cidadania e de reconhecimento dos direitos dos jovens.

Em uma legislação tão recente, digamos assim... Se formos pensar, a Política Nacional de

Juventude é de 2013, portanto, o jovem, como sujeito de direitos, ainda tem uma caminhada para

conseguir realmente sustentar e garantir esses direitos.

Quero saudar todas as autoridades, as representações institucionais presentes e dizer o quanto

é importante vocês estarem nesta casa hoje para a promoção desse diálogo com os jovens.

Faço uma saudação especial a todos os nossos jovens que vêm trabalhando conosco como

pesquisadores e que têm feito um trabalho brilhante no exercício de cidadania, ocupando as

conferências, ocupando vários espaços como este.

Contando um pouco da história, eu não poderia começar sem registrar que as palavras aqui por

mim ditas hoje, deputado, representam o nosso coletivo. Registro a Fernanda Severo, a Lorena Padilha

e o André Guerreiro, que são do Núcleo de Saúde Mental Álcool e Outras Drogas, que vêm fazendo

esse trabalho, por meio da Fiocruz, no território do Distrito Federal, por uma provocação do Ministério

Público do Distrito Federal e Territórios – não é, doutora Luisa? Hoje, vemos o quanto é importante

realizarmos essa atividade intersetorial em parceria com o ministério. Então, eu diria que as palavras

aqui ditas me representam e sinto-me à vontade de dizer isso com a nossa equipe, que representa o

nosso coletivo.

Hoje, dia 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental, convergindo também com essa

perspectiva, o Ministério da Saúde está realizando, por esses 2 dias, uma defesa da saúde mental dos

jovens, organizada pela doutora Sônia Barros. E, aí, quero destacar um ponto que foi discutido hoje de

manhã, que é algo sobre o qual precisamos refletir, aproveitando que estamos em uma mesa com

jovens. Todos os anos há um tema e, neste ano, é Saúde Mental e Trabalho.

Então, em uma mesa de jovens, farei 2 comentários. Um é que chega de trabalho infantil! Que

nenhum trabalho infantil seja permitido, porque sabemos o quanto isso é adoecedor. O outro diz

respeito à condição que precisamos dar aos jovens para que eles tenham uma inserção digna no

mundo do trabalho e, a partir daí, possam construir um futuro promissor, um futuro realmente digno,

como eles merecem.

Então, hoje, relativo ao tema Saúde Mental e Trabalho, a primeira questão que eu deixo

registrada é esta: que possamos ter esse olhar atento, para que, realmente, possamos criar condições

possíveis para os nossos jovens se inserirem no mundo do trabalho e poderem ter direito a um futuro.

Vejo que, se nós estamos falando de direito, de exercício de cidadania, que eles tenham o direito de ter

futuro.

Eu vou falar rapidamente aqui, pois acho que o que nos interessa é ouvirmos os jovens. A

pesquisa Territórios da Construção de Si, construída com o Ministério Público do Distrito Federal e

Territórios, permitiu-nos aprofundar na compreensão das experiências e desafios enfrentados pelos

jovens no DF. Para nós, ela representa um marco importante na saúde mental em situações de

vulnerabilidade social. Com isso, conseguimos ampliar as nossas perspectivas sobre a participação e o

controle social junto com os jovens.

Eles estão aqui com a camisa laranja, estavam todos na 17ª Conferência Nacional de Saúde,

marcando presença, colocando seus direitos e se afirmando como sujeitos de direitos que fazem

escolhas e que precisam estar inseridos em todos os debates que lhes dizem respeito. A pesquisa foi

realizada exatamente para sustentarmos o protagonismo juvenil. Essa é a perspectiva com a qual a

Fiocruz vem trabalhando, por meio da agenda Jovem Fiocruz, em nível nacional. Esse trabalho se soma

a um conjunto de trabalhos realizados em nível nacional, com essa direcionalidade da pesquisa. Eu

gostaria de reforçar esse ponto.

O que observamos, o que construímos com os jovens nos permite dizer que pensamos da

mesma forma como o deputado Gabriel Magno se posicionou, colocando todos os jovens aqui

sentados. Esta foi a nossa perspectiva, como instituição de ciência e tecnologia: como poderíamos

também legitimar o lugar dos jovens como de jovens pesquisadores. Então, foi a partir daí que não só

uma pesquisa foi realizada, mas também uma formação de toda a turma jovem que está aqui como

jovens pesquisadores que conseguem construir perguntas e que são instigados e provocados para

construir estratégias de investigação.

Nós íamos passar um vídeo, mas, como o deputado Gabriel Magno disse, houve um problema.

Eles desenvolveram entrevistas com profissionais de saúde mental, com outros jovens, e, a

partir daí, foram construindo essa agenda, seja na 17ª, seja na 5ª Conferência Nacional de Saúde

Mental, que também foi uma grande conquista para todos nós. Nós reconhecemos que, a partir dos

resultados da pesquisa, estabeleceu-se um cenário de complexidade em torno da experiência de

desinstitucionalização.

Quando há todas essas representações presentes, é fundamental que consigamos expandir os

serviços de apoio para uma transição para a vida adulta, fortalecendo as redes intersetoriais, investindo

em moradia assistida, em oficinas de profissionalização, acesso ao trabalho assistido e tantas outras

modalidades de inserção social nas quais podemos pensar juntos, com acompanhamento social e

psicológico, para que consigamos trabalhar nos jovens a questão da autonomia.

Hoje eles estão participando desse espaço de cidadania, e vou, portanto, finalizar a minha fala

me dirigindo a vocês, jovens. Em nome da Fiocruz, quero dizer que somos nós que aprendemos com

vocês, todos os dias, fazendo esse exercício. Vocês são protagonistas de uma transformação

significativa não só da vida de vocês, mas das nossas. Nós também estamos aprendendo.

Eu vejo que este momento é histórico. Muitos jovens, ou todos – não vou saber dizer –, talvez

nunca tenham tido essa oportunidade de estar nesse espaço, conversando com autoridades e sendo

legitimados na Câmara Legislativa. Vejo que só o fato de estarmos aqui, conversando e construindo

uma agenda, já é um grande passo.

Agradeço a vocês, que depositaram confiança em nós, e seguimos construindo um

conhecimento sobre o território a partir das experiências pessoais. Nós sabemos que conseguimos, a

partir dessa interação com vocês, valorizar também o saber local e que podemos seguir adiante,

encarando de forma coletiva as dificuldades e os desafios presentes, para que vocês possam ser

sujeitos de direitos e exercer plenamente a cidadania.

Eu me lembrei de uma música do Milton Nascimento que diz: “Porque se chamavam homens,

também se chamavam sonhos, e os sonhos não envelhecem”. Que esse espaço seja usado,

principalmente, para reforçar o direito dos jovens de sonhar!

Muito obrigada. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Fabiana.

Concedo a palavra ao Estênio Eduardo da Silva Santos.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Boa tarde, pessoal. Boa tarde a todos os que estão

aqui. Boa tarde, adolescentes presentes nesta plenária.

Meu nome é Estênio Eduardo, como o deputado disse. Eu tenho 18 anos. Ainda estou em

acolhimento. Tenho 2 irmãos em situação de acolhimento, o Rian Eduardo e o Kailan Eduardo, que

também estão presentes aqui.

Viemos aqui hoje para mostrar para vocês a realidade, mostrar um pouquinho do que

queremos, do que precisamos e do que temos sede.

É isso. Obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Estênio.

Concedo a palavra para a Tainá Elisângela.

TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Boa tarde a todos.

Meu nome é Tainá Elisângela. Tenho 17 anos. Não estou mais em serviço de acolhimento, pois

fui adotada. Sou mãe. O meu filho tem 2 anos e 3 dias, está comigo e foi adotado junto comigo.

É isso. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Tainá.

Concedo a palavra ao David.

DAVID ALCIDES DOS SANTOS CUNHA – Boa tarde.

Meu nome é David Alcides dos Santos Cunha. Eu tenho 18 anos. Sou morador do DF mesmo,

venho do Itapoã. Tenho 9 irmãs, mulheres. Sou o décimo filho homem da minha família.

Como o meu companheiro Edu disse, estamos aqui hoje para conversar um pouco sobre as

coisas que queremos. Queremos ser ouvidos para que se tome um rumo na mudança.

É isso. Obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Concedo a palavra ao Aleksandro Leandro de

Souza.

ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Olá a todos.

Vejo que aqui há poucos jovens, mas já é de grande importância a presença deles, apesar de

eu achar que deveria haver mais presentes.

Como o deputado falou, sou Aleksandro Leandro de Souza. Sou paulista, nasci em Mauá, São

Paulo, mas moro atualmente aqui – sinceramente, moro mais aqui, pois só nasci lá. Eu tenho 18 anos.

Já fui de serviço de acolhimento – já estive em 2 deles, um que se localizava em Goiás, Anápolis, e o

outro que se localiza aqui em Brasília, que é a Casa de Ismael. Eu tenho morado em serviço de

acolhimento quase a minha vida toda, mais de 10 anos.

Viemos aqui e esperamos que não seja a primeira e única vez. Que esta oportunidade ocorra

mais vezes não somente para nós, mas para mais jovens.

Hoje temos a oportunidade de representar pessoas e trazer realidades de quem, muitas vezes,

não tem o direito de fala. Hoje temos esse direito e é isso que queremos. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aleksandro.

Agora que se apresentaram, devolverei a bola para que vocês comecem a expor as suas

demandas. Vou tentar dividir a abordagem em 2 eixos mais gerais.

O primeiro deles é quanto aos desafios do serviço do acolhimento, enquanto eles estão lá. Há

desafios e dificuldades deste momento do acolhimento, propriamente dito, quanto à relação, à

sociabilização, à saída da casa para a escola, para as dinâmicas, para as oportunidades; quanto à

autonomia, porque estar sob cuidados de uma entidade que presta um serviço complementar, no caso,

do Estado, não significa perder a identidade, perder a autonomia, perder a própria dinâmica de

construção da sua vida e perder o acesso aos serviços públicos a que todos têm direito, seja a

educação, seja o direito à cidade, o direito de ir e vir, de se locomover, seja o direito à alegria, à

felicidade, à cultura, à festa, à sociabilização. Então, o primeiro eixo diz respeito aos desafios, quando

os adolescentes estão sob este cuidado, ao chegar às entidades, enfim, nos serviços que o Estado

oferece, sejam conveniados ou não, mas no serviço de acolhimento.

Talvez, também nesse mesmo eixo, abordar o desafio de como atender toda a demanda. Esse

é um problema e um desafio. Sabemos que é preciso expandir este serviço. Nunca podemos tratar

direito como favor. Quando um jovem, um adolescente, uma criança estão acolhidos numa dessas

casas, a relação não é de favor. Não devemos pensar: “Agora que você está aqui, agradeça por isso”.

Não! Eles têm o direito de estar ali e têm outros direitos a serem garantidos, os quais são

potencializados nesse processo.

O segundo eixo dos nossos desafios é quanto à saída. Alguns aqui já são egressos do sistema.

São os desafios depois que saem do sistema – o Estênio Eduardo estava contando sobre a sua

situação, ele está neste processo de saída. As pessoas continuam existindo, mesmo depois que passam

por algum serviço do Estado, e este tem responsabilidade sobre elas. Sair do serviço de acolhimento é

algo que acontece, geralmente, do dia para a noite. Amanhã, acabou o prazo. Abre-se a porta e vem a

pergunta: “O que eu vou fazer?” A pessoa continua existindo, com suas demandas e necessidades.

Como pensamos isso?

Agradeço a presença de todos e todas vocês aqui, porque vamos precisar pensar uma política

intersetorial neste caso. É preciso conectar uma série de áreas. Como o SUS pode garantir o

acompanhamento deste processo? Muitos vão precisar, Fernanda, de um Caps, de um

acompanhamento mais específico. Como podemos garantir, na política do Suas, no caso sob o âmbito

da Secretaria de Desenvolvimento Social, também um processo de acompanhamento, não só pela

garantia de benefícios continuados mesmo após estarem fora das unidades, como também da

segurança alimentar e nutricional? Como conseguimos garantir que essas pessoas tenham acesso ao

conjunto dos direitos plenos para a manutenção da sua vida?

Como pensamos, juntamente com a Codhab, sobre moradia? Nós estamos falando, inclusive,

sobre isso nesse processo: você tem uma casa e, de repente, não a tem mais. Como esses processos

se relacionam? Há a possibilidade de, por exemplo, se pensar em residências coletivas de jovens. Há

instrumentos e experiências para isso. Podemos pensar e articular um programa habitacional de

moradia específico com esse recorte. Recentemente, nós vimos o Minha Casa Minha Vida, por exemplo,

isentando das prestações quem está no Cadastro Único. Por que nós não podemos pensar em algo

nesse sentido também, aqui no Distrito Federal, para esses jovens acessarem uma unidade

habitacional com essas condições?

Na área de educação, como podemos pensar que o sistema educacional continue

acompanhando e acolhendo, mesmo que na educação básica? Se você terminar o ensino médio, quais

são as condições para continuar os estudos, para entrar, seja no ensino superior, seja numa

preparação técnica ou de qualificação profissional para o mundo do trabalho? Além disso, como

podemos pensar em uma política de geração de emprego e renda? Uma política com esse recorte

específico precisa ser pensada para essa turma. É possível o Estado pensar em uma política voltada às

crianças e adolescentes que saem do sistema de acolhimento e o Estado acolhê-los com um programa

de geração de emprego e renda, com estágios remunerados ou com bolsas remuneradas para também

desenvolverem a sua própria autonomia, pensando-se até em reservas de vagas, se necessário for, no

mercado de trabalho ou de parceiras?

Eu tenho questionado muito nesta casa, meninas e meninos, ao olhar para o orçamento público

do Distrito Federal, o tanto que nós estamos gastando o nosso orçamento – que é nosso, é dinheiro do

conjunto da sociedade – com benefício fiscal, por exemplo, para os empresários da cidade, o chamado

setor produtivo da cidade. Este ano foram 9 bilhões de reais de renúncia fiscal que o Estado colocou no

orçamento para essas empresas. Qual é a contrapartida desses 9 bilhões de reais? Não é a geração de

emprego e renda? Nós não podemos, então, cobrar e ter uma política específica, já que o Estado está

gastando tanto? Nove bilhões de reais são quase o orçamento inteiro da saúde, são quase todo o

orçamento da educação. Talvez seja maior que o orçamento de várias secretarias presentes, hoje. Não

é possível, então, que pensemos numa contrapartida devido a esses 9 bilhões que nós estamos

deixando de arrecadar das empresas, que essas empresas tenham que ser obrigadas a contratar esses

jovens, por exemplo? Podemos pensar em instrumentos como esses, que são, obviamente, possíveis;

diante da realidade do cenário atual, eu acho que são, inclusive, contrapartidas necessárias.

Eu quero abrir a discussão com essas questões, para pensarmos, talvez, em uma maneira de

organizá-las e devolver para vocês. Podemos debater essas questões até de maneira menos

organizada, pode ser na mesma ordem, para abordar essas realidades e esses desafios que vocês

viveram e estão vivendo. Depois, devolveremos a bola para as nossas secretarias.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Entendi. Nós nos organizamos para termos um bate-

papo, para conversar com vocês de uma maneira menos formal, e levar para vocês quais são as nossas

demandas.

Nós iremos começar com assuntos importantes, abordados em conferências, reuniões. Em

todos os assuntos que falarmos aqui, não estaremos representando somente a nós aqui da frente, mas

estaremos representando os adolescentes de todas as casas de acolhimento do Distrito Federal. Aqui,

eu não vou representar só o Estênio, minha fala não vai ser só para o Estênio, mas para todos os

adolescentes que estão presentes e todos os adolescentes que não estão presentes.

Agora eu passo a fala para o meu colega Aleksandro, para começarmos um bate-papo.

ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Como o Estênio acabou de falar, trabalhamos muito

nesses tópicos. São assuntos bem importantes. Trabalhamos em reuniões. Na verdade, estamos juntos

aqui nesse grupo há quase 2 anos. São reuniões que podem ter ocorrido neste ano, podem ter ocorrido

no ano passado. Houve também reuniões importantes, principalmente com jovens, em conferências,

em lugares importantes que, muitas vezes, não tínhamos acesso, mas tivemos. Foram assuntos

estudados com cuidado e debatidos. O que trazemos podem ser problemas, mas podem ser soluções

também. Foram assuntos também disponibilizados pela Fiocruz, juntamente com o Ministério Público.

Então é isso. Vamos debater e queremos a solução.

TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Agora eu vou ler o primeiro tópico que

escolhemos.

Condições de vida dos egressos e das unidades de acolhimento, moradia, trabalho e renda.

1. Despreparo para a vida financeira.

Mesmo que não seja com todos os acolhidos, muitos adolescentes não acessam parte do

dinheiro dos seus estágios. Unidades dizem que é para juntar dinheiro e ser gasto na saída do

acolhimento. Porém, adolescentes não conseguem ter independência para comprar itens básicos: tênis,

roupa, ir ao cinema etc. Muitos dizem da autonomia do adolescente, mas não dão meios para ele se

sentir independente.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Sobre esse tópico que trouxemos, a maioria de nós

adolescentes que estamos dentro do acolhimento fazemos parte do programa Jovem Aprendiz. Trago,

de novo, que essas falas aqui não são exatamente sobre mim, podem ser sobre outra pessoa que está

aqui, podem ser sobre outro adolescente... Adolescentes trouxeram pontos que vamos discutir.

O adolescente recebe seu dinheiro e não está sendo passado para ele. Ok, eu entendo. Está

sendo guardado. Mas o adolescente, enquanto trabalhador, enquanto jovem aprendiz, vai querer fazer

o quê? Ele vai querer, no final de semana, usar o seu dinheiro para ir ao shopping, para comprar uma

coisa de que ele precisa, como uma roupa, vai querer sair, se divertir. Afinal, querendo ou não, somos

adolescentes. E nós adolescentes gostamos de lazer – nós temos direito ao nosso lazer! É isso o que

quero dizer. Agora vou passar a palavra para o meu colega Aleksandro.

ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Existem, sim, meios nos serviços de acolhimento, mas

acho que não são todos que têm aquela proteção. Muitas vezes, os egressos começam a trabalhar com

14, 15 ou 16 anos, quando têm oportunidade. No entanto, em alguns casos, o acolhimento não nos dá

essa oportunidade. Existem regras: quando o acolhido começa a trabalhar, ele pode, sim, gastar o seu

dinheiro; mas, muitas vezes, ele é estimulado a guardar para ter uma proteção, principalmente quando

sair do acolhimento.

Nós trabalhamos e nossos contratos geralmente vão de 1 a 2 anos com as empresas. Nós

ganhamos o nosso dinheiro ali, o que é bem legal. Mas, quando recebemos o nosso dinheiro do mês,

como funciona? Nós podemos pegar 30%, ou até uma quantia maior, mas, na maioria das vezes,

somos privados de pegar o dinheiro. Existem essas regras do acolhimento, que prioriza que esse

dinheiro seja guardado para que, quando sairmos, tenhamos uma quantia para nos ajudar.

Mas há adolescentes que pensam assim, gente: “Nossa, é a primeira vez que tenho dinheiro,

cara! Eu comecei a trabalhar e recebi o dinheirinho que trabalhei suado para ganhar.” Nós trabalhamos

e ficamos felizes de receber aquele dinheiro. Nós queremos ter um momento de lazer. Então, nós

recebemos o dinheiro e queremos gastá-lo! Quem não gasta dinheiro é porque é besta – ou é muito

rico. Não querem emprestar um pouquinho para nós? (Risos.)

Então, muitas vezes nós não temos acesso a esse dinheiro, o que nos deixa muito triste. Isso

pode causar estresse nos adolescentes, pode causar até um desprezo pelo acolhimento. Nós queremos

gastar o nosso dinheiro! Pode existir a proteção, o desejo de que tenhamos autonomia, mas muitas

vezes não temos acesso a como gastar. Quem vai explicar um pouco melhor isso é meu amigo David.

DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Esse tópico, para mim, é importante hoje em dia, porque eu já

saí da guia de acolhimento. Como meus companheiros de equipe disseram, gastar é maravilhoso, todo

mundo gosta. O problema é que nos falta a coisa mais importante, que é o dinheiro. (Risos.)

Quando eu era mais novo, meu técnico da guia de acolhimento ficava no meu pé: “Tem que

guardar para quando você precisar, ao sair”. Só que, como eles disseram, somos fissurados no gosto

de gastar! Nós adoramos a sensação de gastar, de luxar, de ter o celular que desejamos, a roupa que

desejamos, o tênis de que precisamos no momento e tal.

É importante guardar uma porcentagem? É. Só que falar para um adolescente que ele tem de

guardar uma coisa que, na mão dele, some que nem água, em questão de milésimos, é um pouco

complicado. Para aquele jovem que começou a trabalhar com 14 anos, não entra muito fácil na cabeça

algo assim: “Guarde isso, que você vai precisar quando fizer 18”. Não entra! Falar é fácil; difícil é ele

conseguir isso. Alguns conseguem? Sim. Há os que saem da guia de acolhimento com uma renda alta e

conseguem se sustentar por um tempo até arrumar outro emprego e tudo mais. Só que outros não

conseguem, gostam realmente de extrapolar.

Na minha opinião, como eles disseram, seria ótimo, seria maravilhoso se fosse ensinado, nos

acolhimentos, sobre a vida financeira, a como gastar o dinheiro, para que isso seja aprendido lá. Já

que estamos temporariamente naquele lugar, eles deveriam nos ensinar a como gastar, no que gastar,

como guardar uma porcentagem, como investir uma porcentagem, enquanto estivéssemos passando o

tempo lá. Daí, quando saíssemos, nós teríamos uma renda acima do que a aprendizagem nos dá, já

que o jovem aprendiz não recebe muito. Eu recebo menos do que 1 salário-mínimo. Então, as contas

não batem.

Do meu ponto de vista, seria uma ótima oportunidade se, na guia de acolhimento, fosse

ensinado aos jovens condição financeira, a como lidar com o dinheiro. Isso seria muito importante para

nós.

É isso.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Muito bem.

Vou sugerir uma dinâmica. Vamos combinar isso juntos.

Vi que eles estão organizados, com tópicos. Há o tópico 1, o tópico 2... Pelo que entendi, vocês

chamaram o tópico 1 de “Despreparo para a vida financeira”. Sugiro que a apresentação fosse feita

tópico por tópico. Daí, se alguma secretaria quiser, já pode responder, para que não se apresente tudo

de uma vez, para evitar o acúmulo de respostas importantes. Podemos fazer assim? Acho que, dessa

forma, vamos dialogar com a turma ali. Sei que propus isso de última hora, mas...

Com relação a esse tópico da questão financeira, da bolsa que vocês recebem, que uma parte

dela fica, e a outra não fica; com relação a esses desafios, sugiro dialogarmos esse tema. Vamos fazer

um bate-bola. A secretaria que tiver mais capacidade para dar uma resposta poderá falar. Há um

botãozinho aí na frente. É só apertar o botão. Pode ser assim? Podemos combinar assim a dinâmica?

Acho que fica interativo.

Para vocês aqui da mesa, o microfone ficará sempre aberto.

ALINE PEREIRA – Eles estão tentando organizar a dinâmica, mas, assim que puder, posso

começar a responder.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Já pode.

Concedo a palavra à Aline Pereira, da Sedes, só para deixar registrado.

ALINE PEREIRA – Primeiramente, boa tarde a todas as pessoas presentes. Saúdo essa mesa

maravilhosa. Eu sou também especialista em adolescência e juventude, e algo que sempre debatíamos

era a importância do protagonismo.

Esse primeiro tema que trazido é algo que já discutimos dentro do acolhimento. Estamos sendo

provocados pelo MP, inclusive, sobre como conduzir isso. É superimportante provocar e dialogar isso

com os próprios adolescentes e jovens, no caso.

Como é meu primeiro momento também, é importante falar que estou representando a

gerência de acolhimento da Sedes.

Hoje, está havendo um evento muito importante para nós, que é a construção do PIA, que é o

Plano Individual de Atendimento. A ideia é que consigamos, em nível do DF, ter um PIA estruturado.

Todos os órgãos de proteção estão neste momento lá na vara da infância discutindo isso. A minha

chefe, que é a gerente mesmo, a diretora e o próprio subsecretário Coracy estão nesse evento, porque

é um evento que já vinha sendo construído.

Fico grata de poder estar presente, porque estou, de fato, na ponta. Até julho, eu era gerente

de uma unidade de acolhimento. E vou dizer que sofri bastante com esse negócio de cuidar de

dinheiro, até que cheguei um dia, quase que um combinado com a minha psiquiatra, e falei: “Eu vou

dar o dinheiro desses meninos, porque eu não aguento mais”. Isso é muito importante.

A fala da Tainá me provocou muito, porque ela colocou a questão: “Vocês querem falar de

autonomia e independência sem permitir que exerçamos isso ainda”.

Em termo de gestão, o que é importante colocar? Temos hoje mais de 41 unidades de

acolhimento vinculadas à Sedes. Isso de maneira de execução direta e indireta. A maior parte é de

execução indireta, ou seja, OSCs, como a citada por eles: a Casa de Ismael; o Irmão Áureo, que esteve

também presente no projeto especificamente. Hoje só temos uma unidade de execução direta, que é

com os servidores da Sedes. Todas as outras são parceiras.

Cada unidade tem o seu próprio projeto político pedagógico e autonomia para definir como vai

gerenciar, junto com os acolhidos, a questão financeira. Não há uma regra básica de como lidar com

isso. Depende muito da unidade e depende muito do adolescente também, porque, a partir dessa

construção do projeto de atendimento, vão sendo trabalhadas as questões educacionais, vão sendo

trabalhadas as questões de saúde e as questões, também, voltadas à autonomia financeira.

E não há como estabelecermos isso. Há adolescentes, como um dos meninos colocou, que já

vêm de uma trajetória de vários anos de acolhimento. Apesar de o acolhimento ser uma medida

protetiva excepcional, e que tem de ter uma durabilidade máxima de 2 anos, como diz o ECA, há

jovens que passam a vida inteira lá. Ele possui uma dinâmica com o acolhimento de muito

estreitamento. São possíveis diversos acordos. No entanto, há adolescentes que chegam com 14, 15

anos e nunca passaram por isso. Eles já vêm de famílias desestruturadas. Quando têm a opção de

receber o dinheiro, milésimos de segundo podem virar problema para eles e para o acolhimento.

É muito interessante estarmos numa mesa tratando sobre saúde mental. Infelizmente, a

autonomia financeira está estritamente vinculada ao uso abusivo de drogas. Já cansei de combinar com

o acolhido a compra de tênis, e esse tênis nunca chega. O tênis sempre viram alguma coisa. O menino

some por 3 dias e, na segunda-feira, é trazido pelo conselho tutelar. Ele evadiu da medida, usou o

dinheiro para outras coisas etc.

Então, de fato, é um desafio no qual precisamos pensar.

Nós adultos ficamos muito preocupados com a instituição e em como protegê-la da entrada da

droga, que pode ser pela maneira como o menino vai usar o dinheiro. Mas, muitas vezes, eles estão

corretos quando falam que confiamos pouco na autonomia, por conta desse histórico. Acho importante

registrar essas 2 coisas.

É fato: sempre que os meninos saem, ficamos muito preocupados. A partir do momento que

eles são desligados do acolhimento, não somos mais nós da alta complexidade que os acompanhamos.

Quando eles se tornam adultos, passam a ser responsabilidade da média complexidade. Os Creas e os

Cras passam a acompanhá-los. E sabemos a demanda gigantesca dessas instituições e, muitas vezes,

os nossos meninos não têm prioridade. Até o Creas da região onde o menino vai morar conseguir

acompanhá-lo, já houve um lapso. Pensamos em como foram usados aqueles 100 reais.

Um menino quase me bateu, literalmente, porque queria uma corrente. Queria porque queria

uma corrente de prata. Sabemos o que isso representa na dinâmica dos adolescentes. Pensamos:

“Querendo ou não, isso é um botijão de gás de cozinha, quando ele fizer 18 anos, e não estaremos lá

para comprar”. Então, muitas vezes, esse cuidado é proteção. São dinâmicas pelas quais, imagino, as

famílias passam. É a mesma coisa entre mim, meus sobrinhos e minha irmã. Falamos: “Você tem que

poupar e não gastar agora”. É uma dinâmica pela qual as famílias brasileiras passam.

Vou encerrar para não monopolizar muito o tempo.

O deputado Gabriel Magno também faz parte de uma iniciativa que acompanha o

superendividamento de servidores do GDF. Vocês não se preocupem, porque servidor adulto também

gosta muito de gastar e gasta mais do que tem. Esse é um desafio para todo mundo. Estamos todos

endividados, porque também adoramos gastar, mas chega um momento em que temos que fazer

opções de proteção. Muitas vezes, tomamos atitudes pensando na proteção mesmo.

Vou levar para a nossa diretoria o desafio de inserir educação financeira no PPP para que,

assim que os meninos entrarem, sejam iniciados nisso.

É importante um detalhe: não temos nenhuma bolsa específica para jovens de acolhimento. As

bolsas são somente para aqueles que estão inseridos em estágio ou alguma coisa. Geralmente, são

meninos que já estão estudando. É cobrado que eles estudem e isso é utilizado. Se o menino não está

querendo estudar, está querendo faltar, nós dizemos: “Olha, se você faltar, você vai receber menos na

sua mesada do mês”. Existe todo um jogo educativo e pedagógico para que ele faça o

acompanhamento no Caps, para que ele faça o acompanhamento escolar, para que ele conduza a vida

dele no acolhimento de forma que seja realmente produtiva, para que ele possa superar essa situação

de vulnerabilidade.

Obrigada.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aline.

Eu vou deixar aberto o microfone. Eu só pedi ao Aleksandro para fazer um comentário.

A Rosana, a nossa promotora do Ministério Público, já chegou. Obrigado pela presença,

Rosana.

Vou deixar o microfone aberto para vocês 2. Tanto a Rosana quanto a Luisa também podem

participar.

Nós transformamos uma comissão geral em uma roda de conversa, em um bate-papo.

Portanto, o microfone ficará aberto também para responderem e dar sugestões.

Vou passar a palavra para o Aleksandro. Depois, para a Fernanda.

Agora vamos fazer as inscrições.

ROSANA VIEGAS E CARVALHO – Eu gostaria de falar sobre esse ponto bem rapidamente.

Boa tarde a todas as pessoas presentes, a esses meninos lindos e meninas lindas.

Eu achei interessante nesta discussão que nós estamos falando sobre autonomia, sobre os

jovens aprenderem a lidar com o próprio dinheiro e o papel do serviço nesse apoio e no trabalho de

autonomia.

Porém, neste momento, na Vara da Infância, está acontecendo um evento grande para a

construção daquele PIA, Plano Individual de Atendimento, que se constrói logo depois da guia. Vocês o

conhecem. Vocês são ouvidos no PIA. Pelo menos, era para serem ouvidos, porque as orientações

técnicas ainda de 2009 já dizem que o PIA deve ser construído em conjunto com os adolescentes e em

conjunto com as famílias.

Neste momento, está havendo um evento na Vara da Infância, e eu não tenho notícia de que

haja adolescentes e jovens lá para serem ouvidos sobre a construção do PIA.

Eu sugiro que vocês, que estão dando um show de autonomia, de capacidade de se expressar,

de levar as necessidades de vocês, já façam algo a respeito disso e peçam para encaminhar isto para o

juiz: que vocês gostariam de estar presentes na construção do PIA.

Era essa a ponderação que eu queria fazer.

Vamos continuar.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado.

ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Eu peço desculpa, mas você falou que nós conhecemos

esse PIA? Gente, eu não sei nem o que é isso. Não sei do que se trata. Estão vendo, gente, o que é

desinformação? Às vezes, existem direitos que nós nem sabemos que poderíamos ter e só ficamos

sabendo agora, graças à Fiocruz que está nos dando a oportunidade de saber. Cara, ela falou sobre

isso e eu pensei: “Que coisa é essa? Como é que funciona isso que eu não estava sabendo?” Estão

vendo? Muitas vezes, o jovem não sabe nem onde ele pode falar. Eu acho isso um absurdo.

Com relação ao que a Aline estava falando, muitas vezes, é isso o que nós estávamos

querendo dizer. Sim, existem acolhidos que, se receberem dinheiro, não têm um pingo de capacidade

de lidar com ele e acolhidos que usam drogas e entorpecentes. Isso não é desculpa. Por exemplo, eu

cheguei ao acolhimento com 6 anos, e não aprendi nada. Onde eu morava, em Anápolis, Goiás, eles

não me ensinaram quase nada sobre como eu deveria usar o meu dinheiro. Não importa a idade que o

adolescente chega ao acolhimento. Desde a hora em que ele entra no acolhimento, isso tem que ser

trabalhado. No começo vai ser sempre chato. O adolescente vai dizer: “Eu quero gastar meu dinheiro”.

Porém, você precisa explicar para ele por que ele deve guardar o dinheiro. Se ele falar que vai comprar

entorpecente ou drogas, você tem que explicar para ele por que ele não pode fazer isso. Às vezes, não

é bom falar “não” ou “sim”, mas, primeiramente, explicar para ele. É preciso explicar desde quando o

acolhido chega, mesmo que seja com 1 ano de idade, desde que ele possa aprender – com 1 ano de

idade não dá para aprender. Ele pode começar a trabalhar aos 14 anos. Quando começamos a

trabalhar, falamos: “Vou trabalhar e conseguir comprar meu celular” ou “Vou conseguir comprar minha

droga”. Ele quer gastar o dinheiro dele, não importa com o quê, mas você precisa explicar isso para

ele. Queremos sempre ensiná-lo, criando projetos em escolas, ou até mesmo no serviço de

acolhimento. Técnicos profissionais podem ensiná-lo quando ele começar a trabalhar: “Você pode

guardar dinheiro, pode criar um plano para conseguir ter seu lazer e ainda proteger o seu futuro”.

Sinceramente, eu não colocaria 1 real na mão de alguns acolhidos, porque eles iriam fazer merda. Eles

não têm conhecimento nem cabeça para isso. Se dermos dinheiro para eles, eles vão fazer merda.

Temos de ensinar isso a eles. Isso não é desculpa.

Podemos criar projetos e colocar na cabeça do acolhido que ele tem capacidade de usar o

dinheiro de forma certa, mesmo que ele não tenha cabeça para nada. Somos jovens, aprendemos as

coisas. Isso pode ser difícil. Há pessoas que odeiam matemática, mas, em algum momento, elas vão

aprender. Em algum momento também vamos aprender a usar nosso dinheiro. Esse processo leva

tempo. Quero que isso seja trabalhado.

DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Só quero complementar o que o Aleksandro e a Aline

acabaram de falar. Há casos e casos, há acolhidos e acolhidos, há casas e casas. Se eu colocar o

dinheiro na mão de um acolhido x, ele vai usar o dinheiro para alguma coisa boa ou ruim,

independentemente de como ele vai gastar o dinheiro.

Ela citou um acolhido que quase a agrediu por causa de uma corrente. Na guia de acolhimento

onde eu estava, o meu técnico queria me dar 150 reais para eu comprar 1 tênis, 1 calça e 1 blusa. Eu

não sei em qual mundo ele vivia, em que 150 reais dariam para comprar isso tudo. Na minha opinião,

com 150 reais, hoje em dia, no Itapoã, não é possível comprar um tênis dos mais vagabundos.

Sinto muito por falar assim, mas a realidade é essa. Eu falei assim: “não há como eu fazer a

compra. Eu preciso pelo menos de uma quantia mais alta para comprar o tênis” – e ele não queria me

dá-la.

Então, eu tive a brilhante ideia de sequestrar o meu próprio cartão de dinheiro, e gastei o meu

dinheiro todinho em roupa, em sapato, em coisas de que eu estava precisando. Eu estava precisando

de roupa íntima, e não tinha condições de comprá-la. Ele não queria liberar o próprio dinheiro para eu

comprar coisas pessoais, coisas íntimas.

Então, há casos e casos. É claro que uma parte do dinheiro foi gasta em besteira. Mas a

maioria do dinheiro foi gasta em coisas de que, realmente, eu estava precisando, coisas que realmente

estavam fazendo falta, que eram necessidade de qualquer ser humano.

Então, é isso. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Gente, estão inscritas para usar da palavra a

Fernanda e a Luisa. Então, quero combinar de tentarmos fechar os tópicos. Na verdade, daria para

fazer uma audiência para cada tópico. Há muito assunto só com 1 tópico, mas há os outros tópicos

também. Então, vamos avançar e, depois, podemos voltar no final dos encaminhamentos.

Então, passarei a palavra para a Fernanda e, logo após a sua fala, usará da palavra a Luisa,

para já fecharmos esse primeiro tópico e irmos para o segundo. Mas eu queria fazer uma proposta

para os encaminhamos no final.

Há uma demanda que foi apresentada aqui, e já houve, Luisa, uma lei no Distrito Federal, que

instituiu o programa DF Sem Miséria. Agora, a lei foi revogada e apresentado o novo programa. Nesse

caso das bolsas para os jovens na situação de acolhimento, havia uma divisão delas. Iam 200 reais

diretamente para o jovem na hora e 100 reais iam para a poupança. Houve alteração da lei, do

programa e do projeto, que colocou os 200 reais para a poupança e não mais para serem repassados

diretamente ao jovem.

Então, nessa construção, que é uma reivindicação que foi apresentada, eu queria já sugerir

como encaminhamento para repensarmos o limite, uma atualização da lei a partir de uma experiência

de correção disso – como já ocorreu –, mas com a possibilidade, novamente, de haver essa divisão do

valor. Uma parte iria para a conta direta desses adolescentes, para o bolso, para fazerem aquilo que

têm que fazer, e uma parte seria guardada.

Óbvio, depois, haveria outras dinâmicas de capacitação, de organização. Mas acho que já dá

para pularmos os tópicos, mas tentarei amarrá-los um pouco com alguns encaminhamentos e ideias.

Neste momento, concedo a palavra à Fernanda. Logo após a sua fala, usará da palavra a Luisa.

FERNANDA FALCOMER – Boa tarde a todas as pessoas. Eu gostaria de agradecer a

oportunidade e o convite de estar aqui ouvindo vocês. Eu achei uma lindeza a fala dos 2, o meu

coração ficou até tranquilo.

A minha contribuição é bem rapidinha. Na verdade, eu queria propor para nós da mesa, que

estamos do lado de cá, que pudéssemos atender o pedido dos meninos, que é trazer soluções.

Sabemos que os problemas existem, mas eu acho que, se formos justificar os problemas, iremos

perder bastante tempo, deputado.

Eu acho que poderíamos tentar falar assim: vamos escutar o problema e já pensar nele. Então,

a solução para o problema é essa.

Eu estou até com 2 folhas aqui. Em uma eu anoto o problema e, na outra, eu estou com a

solução, para tentar ajudá-los e para sairmos daqui com muitas tarefas.

O entendimento que há da nossa parte sobre o pedido de vocês é que nós precisamos de

educação financeira para trabalharmos a autonomia econômica. Precisamos de recursos e de saber

como gerir os gastos. Isso pode estar no PIA e no PTS, para quem frequenta o Caps nessas condições.

Talvez possa haver algo estruturado como política pública. Se falta norma, vamos criar uma para todos

os lugares onde haja adolescente, que incluamos isso nos programas, nas escolas, em tudo. Eu sei que

nas escolas há alguns programas de educação financeira, mas precisamos sair da educação financeira

e trabalhar na perspectiva da autonomia econômica, que envolve a gestão da renda que se recebe.

Essa era e a minha contribuição.

Eu sou da área de saúde mental, mas seria uma boa solução realizarmos essa construção

coletiva.

Do que eu mais gostei da fala de vocês foi a garantia do direito à autonomia e de poder

escolher com o que gastar o dinheiro. Esperamos desenvolver com vocês autonomia e protagonismo

nas políticas. Isso está anotado aqui. Vou passar para os Caps, onde há adolescentes, incluindo os PTS,

a tarefa sobre a geração e a autonomia econômica.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Fernanda.

A ministra Nísia – quando falamos disso também estamos em um debate –, anunciou nesta

semana que os Caps ficarão à disposição para os problemas com as apostas, com as bets, que também

viraram outro grande problema no Brasil. É obvio que haverá demandas, como a Carine lembrou aqui:

há necessidade de pessoal, de estrutura, de articular essas políticas.

Concedo a palavra à Luisa.

LUISA DE MARILLAC XAVIER DOS PASSOS – Em primeiro lugar, eu quero falar da felicidade e

da alegria de estar nesta comissão geral, com esta mesa lindíssima, com as meninas e com os meninos

participando, tendo voz, fala e reivindicações, exercendo, de fato, a sua cidadania. Esse primeiro ponto

trazido por eles é extremamente importante.

Deputado Gabriel Magno, quero agradecer-lhe pela disponibilidade e pela oportunidade de abrir

esta casa, mais uma vez, para que essas meninas e esses meninos possam estar, entrar nela e, de

fato, construírem a sua história como sujeitos.

A questão da educação financeira trazida passa pelo consumismo, não é só uma educação

financeira, mas uma ampla educação que questione a sociedade consumista, a demanda consumista. É

preciso que tudo isso seja trabalhado com os adolescentes. Na verdade, temos dado soluções muito

simplistas para isso. Qual é a solução simplista? O serviço de acolhimento restringe uma parte do

dinheiro – isso causa conflitos homéricos. O deputado trouxe a ideia de o salário ter uma parte

destinada para a poupança e outra para o adolescente. Isso tira a intermediação do serviço de

acolhimento, já resolve e alivia um monte de problema para o serviço, que se sente na obrigação de

fazer o controle e a gestão econômica desses valores.

Eu queria trazer uma sugestão também concreta para adicionar aqui: que o próprio programa

Jovem Aprendiz tenha, dentro do seu programa, essa responsabilidade de construir com os

adolescentes essa educação financeira com base nesses pressupostos mesmo, de um consumo

consciente, ajudando os meninos a fazerem essa gestão com o consumo consciente, e que possamos,

a partir do programa resolver isso. O que acontece no Distrito Federal? Grande parte dos meninos

acolhidos ingressam no mercado, fazem a profissionalização por meio desse programa Jovem Aprendiz,

que tem sido o programa que tem o maior número de vagas atendido com esses adolescentes.

Eu acho que o próprio programa deveria ter, na sua matriz de execução, essa educação

financeira, esse auxílio para a gestão. Se pensarmos, há uma lei, que era a antiga Conexão Cidadã, que

depois foi modificada, mas me parece que ainda não foi implementado o dispositivo que destina uma

bolsa para todos os adolescentes acolhidos. Isso não é uma bolsa de profissionalização, é uma bolsa

devida à vulnerabilidade, uma contribuição por essa situação de vulnerabilidade. Essa lei existe, mas

ainda não está implementada. Ela precisa ser implementada com relação a isso. Então, deixo aqui

esses 2 pontos pragmaticamente.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Luisa.

Vou passar a palavra novamente para o Estênio Eduardo.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Estou amando isso, vamos continuar.

Então, vamos ao segundo tópico, sobre a precarização do trabalho. Adolescentes, quando saem

do abrigo, ainda estão vinculados ou não vinculados a programas como o Jovem Aprendiz. Vocês

acham que dá para viver com um valor desses? Pagar todas as contas? Para sobreviver, nós aceitamos

o emprego que aparece. São empregos ruins, de certa forma, onde não conseguimos continuar com os

estudos por conta da sobrecarga do horário de trabalho. Largamos os estudos para poder pagar as

contas.

Como eu falei, eu ainda não saí do acolhimento, estou trabalhando isso ainda e tenho colegas

aqui que já saíram. Foram esses colegas que me passaram um pouco de como está sendo tudo isso.

Esses colegas me trouxeram esse dado, que a destituição está sendo muito difícil. Realmente é muito

difícil sair do abrigo. Permanecer no Jovem Aprendiz não dá, porque o salário não dá para fazer uma

compra do mês!

Vou passar a palavra para os meus colegas que já saíram do acolhimento.

ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – É uma situação precária, não é, gente? O tópico que

acabou de sair, trabalhamos com ele. O acolhimento trabalha com o objetivo de guardar o nosso

dinheiro e dar aquela juntada! Mas é como o que falei: há empresas que dão o contrato de até 2 anos.

Nunca vi uma empresa que dê o contrato de 3 anos, quando começamos a trabalhar como menor

aprendiz. Às vezes, começamos com 14 anos. O Banco do Brasil dá a oportunidade com 15 anos, só

que precisam estar em um grau mais alto na escola. Acho que eu já havia comentado: para trabalhar

de menor aprendiz, a própria empresa cobra que o adolescente esteja estudando. Mas isso não vem ao

caso.

Vou falar sobre mim. Eu saí do acolhimento no dia 18 de julho e consegui juntar uma quantia

muito boa. Eu tive que comprar os móveis de casa e procurar um local onde morar. Sobradinho é o

local onde estou morando sozinho. Vocês não vão achar, mesmo que seja uma quitinete, acessível!

Posso achar um barraco em um lugar onde não há nenhuma proteção, mas eu não vou querer morar lá

e ninguém vai querer morar lá! Se temos a oportunidade e o direito à moradia, não vamos querer uma

moradia dessa. Não é necessário que a moradia seja um luxo. Queremos um lugar onde haja proteção.

Eu o achei em Sobradinho, mas quero dizer que não vai dar, porque o único menor aprendiz que ganha

1 salário mínimo é o que trabalha no Banco do Brasil. Os outros ganham 500 reais, 600 e poucos, 700

reais e vai só descendo. Esse é o Menor Aprendiz. Há também a carga horária de 4 horas, que é a

menor. Por isso, não deveria receber um valor a mais, porque está com tudo aquilo vinculado.

Mas é isso, gente. Eu consegui juntar uma quantia boa, mas tive que comprar móveis da casa

e fazer compras, mesmo morando sozinho, e dizem: “Não, você vai morar sozinho e não precisa juntar

esse dinheiro”. Eu vou falar o valor que eu juntei: consegui juntar 15 mil reais. Eu tive que sair e

comprar tudo: móveis de casa... Vocês já sabem, porque dá para fazer a conta de cabeça! Mesmo

sendo usados, são caros: geladeira, fogão, cama e talheres. O meu dinheiro foi embora como água. Eu

ainda tenho dinheiro, mas achei impressionante como o dinheiro voou. Estou morando lá há 3 meses e

ainda tenho que pagar o aluguel. Graças a Deus, eu consegui, pelo Creas, o benefício de receber

auxílio-aluguel. Isso me ajudou demais. Não é o valor que eu pago, mas está me ajudando. Eu, por

exemplo, consegui, mas há casos que eu conheço em que não tiveram a oportunidade de receber esse

auxílio. É uma situação muito difícil. Eu estou com problemas de saúde mental e tenho de ter paciência

para conseguir o meu emprego. São casos e casos. Pode haver casos piores que o meu, em que o

acolhido não conseguiu juntar nada, nem 5 mil reais. O que ele vai fazer? Eu saí com uma quantia um

pouco melhor, mas o dinheiro já está acabando. Não tenho mais o que falar. É uma situação crítica.

DAVID ALCIDES DOS SANTOS – No meu caso, depois que eu fiz a maluquice de gastar todo o

meu dinheiro dentro do abrigo, eu ainda consegui juntar uma certa quantia antes de sair de lá, mas

não foi 15 mil reais.

Antes de sairmos da guia de acolhimento, nós temos, literalmente, outra visão, porque nós

passamos a nossa infância e a adolescência naquele mundinho, naquele quadrado. Quando saímos, é

totalmente um novo campo de visão, parece que renascemos. É uma experiência totalmente nova.

Porém, depois nos deparamos realmente com a realidade que, infelizmente, estamos vivendo. Depois

de um certo tempo – experiência própria –, refletimos no sofá da sua sala, à noite, e dizemos: “Não vai

dar. Não há como”. Há momentos em que o calo aperta, e choramos. No meu caso, eu recebo 614

reais da Renapsi, onde eu sou jovem aprendiz, mas meu contrato já está quase acabando. O aluguel

da minha casa custa 800 reais. Eu recebo 614 reais, e dá para ver que as contas não batem, e falta

ainda um monte de coisa. Eu moro com a minha irmã, e dá para dividirmos as contas. Mas às vezes

aperta de um jeito que só nós e Deus sabemos o momento por que estamos passando.

Eu já saí do abrigo e, na minha opinião, quando o jovem sai do abrigo, ele não quer morar

numa casa chique de 2 andares e receber um salário de 40 mil reais. Ele não quer isso. Nós queremos

um canto onde possamos encostar a nossa cabeça à noite e saber que não precisamos nos preocupar

que os problemas de fora entrem na nossa casa. Não vou generalizar. Nós queremos um lugar bacana,

um espaço para podermos convidar alguém, e a pessoa não ter de sentar na sua sala olhando para o

banheiro, ou que não tenha um espaço entre a cozinha e o banheiro, ou um espaço entre a pia de

cozinha, onde se faz comida, e a área de lavar roupa. Nós só queremos um espaço adequado. Acho

que todo ser humano necessita de um espaço bom. Precisamos de um salário, ou pelo menos uma

renda, que sustente as despesas do mês. Às vezes, quando chega metade do mês, a sua geladeira está

mais vazia do que estava do início do mês. O mês já está virando, mas nós jovens – porque eu só

tenho 18 anos e vou fazer 19 agora – vamos viver nessa situação de olhar a geladeira na metade do

mês e pensar: “Não vou comer hoje, porque eu já jantei. Mesmo com fome, eu já jantei. Então, eu vou

deixar para o café da manhã. Se eu como agora, mais tarde não haverá algo para eu comer”.

Entendem? Até quando os jovens, adolescentes que saíram ou que ainda estão dentro do abrigo vão

ficar se preocupando com isso? Isso já está chato e muito inconveniente.

Saúde mental já está difícil mesmo para aqueles que estão numa vida mais ou menos boa,

imagina para aqueles que precisam matar a cada dia 5 leões. Eu não estou falando que ninguém tem

problema. Todos têm os seus problemas, as suas dificuldades e sabem onde o calo aperta. Mas eu vejo

muita gente brigando, falando dos jovens. Porém, eu não vejo muitas pessoas escutando os jovens ou

tomando atitudes por eles. Eu acho que já deu a hora de começar a tomarem uma reação e uma

atitude por nós. Isso seria bacana.

É isso, gente. (Palmas.)

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Então, antes de completarmos 18 anos, é como se

estivéssemos dormindo e alguém nos acordasse e falasse: “Vai lá. Faz isso” – e não sabermos fazer.

Para mim, é essa mesma vibe, porque passamos esse período no acolhimento e, nisso, estamos lá.

Porém, quando completamos os 18 anos – falo isso com relação à lei, porque diante da lei, quando

completamos 18 anos, devemos sair do abrigo, porque não podemos mais ficar mais institucionalizados

– é como se nós tivéssemos, do dia para a noite, essa capacidade de se virar, ir lá, fazer tal coisa.

Graças a Deus que existem adolescentes que já saíram para fazer estágio, porque há

adolescente que sai que nem trabalhando está. Assim, ele vai fazer o quê? Ele vai para o mundo das

drogas, vai fazer coisa errada, vai roubar. Depois, quando ele faz coisa errada e vai roubar, as pessoas

o criticam e não sabem o porquê de tudo. Então, o que temos de começar a fazer? Temos de começar

a pensar sobre isso, porque é muito desesperador para nós não termos para onde ir, sem uma renda

para, ao final do mês, pagarmos aluguel, comprarmos um sofá, comprarmos as coisas da casa. É muito

desesperador. E, para nós que estamos saindo do acolhimento, é desesperador. Falo sinceramente

isso.

O meu colega estava falando ali, e eu estava me emocionando aqui, porque nós queremos,

realmente, um lugar para ficarmos, um lugar em que possamos morar com dignidade e um emprego

bom para trabalharmos.

Nós somente queremos o nosso lugarzinho e sermos felizes.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Eu só vou pedir um favor para todos ajudarem

a taquigrafia, mesmo que seja repetitivamente. Quando for falar, pode falar o nome, porque ajuda

muito a taquigrafia. Como nós viramos essa audiência de cabeça para baixo – e é legal que seja assim

mesmo –, por exemplo, quando o Aleksandro falar agora, ele fala: “Aleksandro” e começa seu discurso.

A Aline fala: “Aline” e começa seu discurso. Assim, peço que, antes da sua fala, diga o nome, porque

acho que ajuda aí embaixo, não ajuda?

A mesa estendida, se quiser dialogar, eu vou só apertar o botão.

Concedo a palavra ao Aleksandro Leandro de Souza.

ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Aleksandro.

Eu quero trazer um exemplo de um acolhido que eu conheço que teve uma situação bem ruim.

Mas eu quero trazer a questão até vocês, eu acho que até para o adulto tem este fato de naquele dia

se sentar no sofá e falar: “O que eu vou fazer? Eu tenho conta para pagar.” Vocês que trabalham, mas

há adulto que não trabalha. É feio, mas há gente que trabalha e recebe um salário mínimo: “Olha, ele

recebe um salário mínimo.” Eu acho que o salário mínimo hoje em dia é de R$1.400,00 e alguma coisa.

Ainda há os julhos do Cris, que tem 2 trabalhos, ajuda também, mas até vocês e até eles, há dia que:

“Nossa, eu tenho uma dívida. Eu tenho que pagar neste mês.” – e ainda fica devendo. “Nossa, eu

tenho esta quantia. Eu tenho que pagar o meu aluguel.” Eu acho que há muita gente que mora de

aluguel, há muita gente que não teve aquela oportunidade ainda de ter sua casa própria, eu acho que

é o sonho de todo mundo até hoje em dia. Ter a própria casa já ajudaria demais.

Como eu falei, uma quitinete não se vai achar por menos de 500 reais. Uma quitinete é um

quarto com banheiro, talvez uma sala de serviço e cozinha americana, que falam quando a cozinha é

junto com a sala. Ainda é uma quitinete boa, de luxo. (Risos.) A sala junto com a cozinha, e, às vezes,

é um cômodo que eu acho que é menor que este espaço aqui. Eu acho que é menos que a metade

daqui, para vocês terem uma ideia.

Assim, o adulto que às vezes vai ter uma família, ter uma esposa, tem que ter uma casa um

pouco maior. Gente, eu tenho contato com alguns familiares que têm uma casa, e não é aquela casa

toda, e o aluguel é de 2 mil reais. Ao juntar com água e luz... É como eu falo: há o valor da quitinete e

há água e luz. Mesmo morando sozinho, eu fico aliviado que isso é mais barato, mas imaginem vocês,

trazendo o exemplo de vocês também, para vocês pegarem um pouquinho da nossa ideia. Vocês

recebem uma quantia boa e mesmo assim ficam: “Nossa, o que eu vou fazer?” É isso.

Eu vou trazer o exemplo de um jovem – eu acho que há muitos ainda – que sai, tem que

comprar os móveis e... acabou o dinheiro. O jovem não está trabalhando ainda, ele não saiu. Eu saí,

estava trabalhando no Banco do Brasil, e não tenho trabalho. Como ele falou, ele ainda trabalha,

mesmo assim a quantia é pouca. Ele saiu, não tinha nem uma capacidade, no caso ele usava drogas,

há uns que saem e usam drogas, e têm muito problema com isso. Isso atrapalha muito, porque, às

vezes, pode sair, e sair com uma quantia como eu, e se ele não tem cabeça, ele vai gastar tudo,

mesmo tendo um acompanhamento. “Ah, comprei esses móveis.”, “Ah, ele achou tudinho.”, às vezes

nem acha. O acolhimento nem dá a oportunidade de o acolhido achar o lugar e comprar seus móveis.

Às vezes, ele dá os móveis de mão beijada e pronto. São casos e casos.

O acolhido saiu e comprou os móveis, tudo certinho. Naquele momento, ele estava

estabilizado. Chegou um momento, gente, que ele teve que vender os móveis dele, ele teve que sair.

Hoje em dia ele mora na rua. Ele teve que vender todos os móveis dele, gente – todos os móveis. Eu

não vou dizer o que ele teve que vender ou quanto dinheiro ele tinha. Para vocês verem, ele teve que

morar na rua.

Eu acho que existem muitos casos assim. Eu estou citando 1. Eu estou citando 1, gente. Se

vocês pesquisarem, vão achar. O que há de jovens que, às vezes, nem tiveram a oportunidade de

entrar num abrigo e estão morando na rua... É uma situação de arrepiar, de chorar, porque é uma

situação que...

Nós sabemos que eles têm direito, mas é isso. Cadê o direito? O direito é só uma fala: “Você

tem direito.” E aí? Qual é o meu direito? Eu posso estar ali, buscando... E posso chegar à Câmara

Legislativa, sei lá, a um local e falar: “Eu quero isso” ou “Eu vou ter aquilo”. É o direito que falam que

nós temos, não é? Mas, e aí? Temos mesmo?

Existem casos e casos, gente. Isso é só um dos que eu tenho para falar, só para vocês

pensarem.

É isso.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aleksandro.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Posso?

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Pode.

A Aline está inscrita para, depois, responder.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Com tudo isso, automaticamente nós passamos para

o outro tópico do qual vamos falar: dificuldades, logística e moradia, de que estávamos falando.

Voltando à precarização do trabalho, pode haver programas governamentais e leis que

estimulem as empresas a contratarem os que estão saindo dessa instituição. Eu acho que seria uma

boa ideia para resolvermos isso.

Falando sobre dificuldades, logística e moradia, nós já discutimos isso junto com outro tópico,

mas temos que falar sobre as repúblicas.

Primeiro, não há república suficiente. Segundo, já passamos anos dentro do acolhimento, anos

depois do acolhimento, anos dentro do acolhimento, e nós não queremos isso. O que nós queremos?

Queremos o nosso lugar, queremos viver fora de tudo isso por que passamos por anos. Queremos ter

nossa independência, e eu acho que a república não é o caso para nós. Eu acho que um aluguel social

seria legal. Um aluguel social seria uma boa ideia para resolver tal fato.

Agora, nós vamos passar para o outro tópico.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Deixem a Aline responder. Pode ser? Apenas

para sistematizar. O David também quer fazer um comentário.

Só para organizarmos os encaminhamentos, eu vou juntar esses 2, trabalho e moradia.

Acho que poderíamos pensar, com o Poder Executivo, com o Ministério Público, com outras

entidades do poder público, em programas, em projetos de lei nesta casa, que reservem, por exemplo,

vagas de contratação nesses órgãos para egressos do sistema. Sabemos que, quando o poder público

também atua nessa contratação, muitas vezes, o valor é melhor e há benefício que é acumulado. Às

vezes o salário, como é estágio, não é tão alto, mas há outro benefício, um auxílio que é acumulado. O

poder público tem capacidade para fazer isso.

Falamos inicialmente sobre a possibilidade de usar instrumentos como os benefícios fiscais para

essas empresas que recebem os egressos. Aqui está o Athayde, representando a Fecomércio. Esse

setor dialoga com o setor produtivo e empresarial da cidade. Talvez essas empresas, Athayde, que

recebem benefícios fiscais do governo – justos muitas vezes para a geração de emprego e renda –,

possam, como contrapartida, contratar um percentual específico dos jovens egressos dos sistemas.

Acho que podemos articular esse processo.

Sobre o aluguel, é o que o Estênio acabou de falar. Pode-se pensar com a Sedes se fazemos

programa de aluguel social para os egressos, se conseguimos conectar o atendimento do Cras e do

Creas direto nas unidades de acolhimento. Aqui foi dito várias vezes que a pessoa sai da casa e às

vezes tem dificuldade na fila. Sabemos que a fila dos Suas é enorme. Não se trata de passar na frente,

não é nada disso. Mas, para esse recorte, existe a capacidade de já identificar o público e otimizar esse

processo de relação com o assistente social para fazer essa transição. Acho que essas são ideias em

que podemos pensar.

Eu sou um entusiasta. Eu acho que o debate da educação financeira para jovens e

adolescentes é correto, mas eu tenho a tese de que a melhor educação financeira que existe é salário

digno. Não há educação financeira que sustente o que foi dito aqui: uma bolsa de 600 reais para pagar

um aluguel de 800. Não existe educação financeira que dê conta dessa matemática. A conta não fecha.

(Palmas.) Não adianta eu saber poupar se as minhas despesas básicas são maiores do que aquilo que

eu recebo. Eu não acho que haja dicotomia entre as 2 coisas. Foi dito aqui várias vezes que a educação

financeira é importante. Nós estamos vendo essa questão das bets, das apostas, do descontrole, do

superendividamento, mas, para mim, a melhor resposta para isso é pagarmos salários decentes para as

pessoas poderem ter acesso a todos os bens, direitos e serviços. Acho que podemos pensar um pouco

nesses encaminhamentos.

Concedo a palavra à Aline.

ALINE PEREIRA – Vou tentar sistematizar aqui.

Vou começar dando a boa notícia a respeito do Conexão Cidadã. Consultando a chefia, fui

informada de que ele foi alterado para Incentiva DF. O que foi dito é que ele já está todo pronto para

ser implementado, só falta a metodologia. Ele está no planejamento para o ano que vem. Então,

respondendo a promotora Luisa e o deputado, a perspectiva é que o Incentiva DF seja implementado

no ano que vem, no âmbito do acolhimento. Essa bolsa é para todos os acolhidos. Uma colega

perguntou sobre isso. Muito do que os meninos estão relatando são experiências em que eles

trabalham, têm recursos próprios, mas esses recursos são geridos pelas instituições de acolhimento.

Nesse caso, quem não trabalha não tem, como muitos deles disseram. Porém, nem todos conseguem

ser inseridos no mercado de trabalho, porque não há vaga para todo mundo, porque há exigência de

determinados perfis etc.

Recentemente, nós nos deparamos com uma política da Renapsi. Nós encaminhamos alguns

jovens para lá, mas eles não aceitam jovens que já cumpriram medida socioeducativa. Boa parte dos

meninos de acolhimento já cumpriram medida socioeducativa. Nós achamos isso um absurdo. Deixo

aqui uma provocação: como podemos discutir essa questão, especialmente no que diz respeito aos

programas de jovem aprendiz que criam esses mecanismos? Isso vai além da política de assistência, já

que nosso papel é apenas encaminhar o adolescente. Essa decisão da Renapsi nos causou muito

espanto, porque exclui muitos dos nossos jovens.

Quando os meninos falaram de empregabilidade e moradia, eu fiquei aguardando, porque isso

também está além da nossa atuação. Fiquei imaginando se haveria alguém da Secretaria do Trabalho

ou da Codhab nesta audiência, porque acho que eles seriam os melhores para responder isso. Nós, da

assistência, muitas vezes nos debruçamos sobre essa questão para entender qual é o limite da

assistência e qual é o papel da Codhab – não só para crianças e adolescentes, mas para o público em

geral. Nós discutimos muito isso com relação à população de rua. A população de rua tem acessado

muito o benefício comumente chamado de Auxílio Aluguel, mas que originalmente não tinha essa

perspectiva. O que se debate é que temos que garantir moradia digna. Esse benefício dura no máximo

6 meses e tem um limite de 600 reais. Então, ele não vai resolver o problema de moradia. Em alguns

casos, como o do jovem que falou anteriormente, principalmente para quem é egresso de acolhimento,

ele acaba sendo um suporte, mas não é suficiente. Nós entendemos que a assistência social não tem

que garantir moradia, porque isso concerne à política habitacional.

Com relação à república, é importante registrar que existe, hoje, uma república dentro da

execução direta, mas ela é somente para meninas. Existe uma demanda muito grande de república

para meninos, mas nos falta estrutura. Então, deixo registrada essa provocação. Não estou querendo

me justificar, como foi dito, mas entendo que estamos em uma roda de conversa, uma audiência

pública para a construção de políticas. Então, como o Poder Legislativo e o Poder Judiciário podem

atuar conosco para a construção disso? Uma vez que se faz essa provocação e que a construção de

repúblicas masculinas foi demandada em audiência pública, isso se torna prioridade dentro da gestão.

Nós temos total interesse em executar o serviço, mas isso tem que ser prioridade da gestão. Para

tanto, é preciso haver recursos. É neste momento que devem atuar o Judiciário e o Legislativo.

Outro aspecto é a alimentação. Existe o restaurante comunitário, o programa Cartão Prato

Cheio e outros programas voltados à segurança alimentar, os quais esses jovens podem acessar.

Então, é importante deixar isso registrado nesta audiência pública, porque isso está sendo transmitido,

que esses jovens egressos podem solicitar o programa Prato Cheio no Saica. Geralmente, quando o

menino é desligado, já fazemos essa solicitação, justamente para que ele não dependa de outros

equipamentos. Então, ele já sai com a solicitação de inclusão no Prato Cheio. São 9 parcelas de 230

reais que eles podem utilizar em ambientes de alimentação. Além disso, em último caso, eles podem

acessar gratuitamente os restaurantes comunitários. É só procurar um equipamento da assistência que

isso é articulado.

Há algo que registrei e acho que podemos trabalhar em conjunto nisto: o aluguel social para

egressos. Isso entraria como uma política afirmativa, uma política específica. Acho que podemos

trabalhar na construção disso. Fico com o dever de casa de levar para a Diretoria de Acolhimento e

para a Subsecretaria de Assistência essa tarefa. Vamos construir isso juntamente com o Legislativo,

que é de onde saem os recursos. Acho que isso seria fundamental, porque deixaríamos de depender de

outros equipamentos. A própria alta poderia solicitar isso, a partir do momento em que o menino

estiver saindo dela e enquanto ele estiver sendo inserido na média complexidade.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aline. Isso é importante. Vamos só

deixar isso bem registrado: o Incentiva DF deixa esse compromisso para ser construído; o pagamento

para toda a rede vai começar no ano que vem; a articulação com o atendimento específico e com o

Prato Cheio. Depois, vamos constituindo o grupo de trabalho para acompanhar esse processo.

Concedo a palavra para o Diego Moreno, da Sejus.

Depois, vou passar a palavra para a promotora Rosana. Em seguida, voltamos para cá, para o

tópico da escola.

DIEGO MORENO – Boa tarde, deputado.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Diego, desculpe-me.

DIEGO MORENO – Claro. Fique à vontade.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Quero só registrar que a deputada federal Erika

Kokay chegou. Deputada, fique completamente à vontade. Sei que vossa excelência gosta de ficar no

plenário, mas se quiser compor a mesa, fique à vontade. (Palmas.)

A nossa audiência está um pouco diferente. Estamos fazendo um bate-bola.

Obrigado, Diego.

DIEGO MORENO – Sem problemas, deputado. Quero saudar o senhor. Quero saudar também a

deputada federal Erika Kokay – nós estivemos juntos em outra audiência na semana passada. Quero

saudar os presentes na mesa.

Vou me apresentar. Sou Diego Moreno. Estou subsecretário de políticas para crianças e

adolescentes do DF. É um nome grande, não é? Vou tentar não só ser objetivo, mas também não

represar a minha fala nas siglas.

A secretaria a que estamos ligados é a Sejus, Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do

Distrito Federal. Considerando a última fala, eu gostaria de trazer como encaminhamento essa questão

da empregabilidade. Quero deixar, deputado, até para que os nossos colegas possam nos auxiliar neste

debate, 2 propostas bem interessantes que fizemos, no âmbito na Secretaria de Justiça.

No primeiro momento, apresento o Decreto nº 40.910/2020. Tivemos a oportunidade de fazer

o desenho desse decreto e levá-lo à outra gestão para a aprovação e, posteriormente, publicação. O

decreto reserva vagas de estágios para jovens negros e negras. Nessa construção, conseguimos

colocar também aquele público chamado de PcD, que é um público que sabemos que tem a

necessidade de buscar ações afirmativas para se encaixar no ambiente de trabalho. Nesse caso

específico do decreto, o nosso desejo é trazer esses estágios para dentro da administração pública. A

ideia é que os interessados e as interessadas ingressem dentro das secretarias do DF como um todo,

para que entendam que, futuramente, poderão ocupar aquele espaço.

Talvez, nesse primeiro momento, o nosso compromisso seria tentar revisitar esse decreto e

ampliar a faixa de atuação, não só para negros, negras e adolescentes que são PcDs, mas também

trazer esse grau de vulnerabilidade como um dos fatores a serem apresentados. Que as secretarias e a

administração pública distrital direta, indireta e autarquias pudessem entrar nessa caminhada e

contribuir, assim como os outros entes do DF.

Num outro momento, já pensando após os 18 anos – nesta ocasião, temos a oportunidade de

ouvir vocês e também entender o grande desafio que é não só se pensar que, completada a

maioridade civil, ou seja, feitos os 18 anos, a situação está resolvida, mas pelo contrário –, poderíamos

tentar uma reserva legal de vagas.

Trago uma iniciativa nossa, que é o Decreto nº 43.182/2022, que reserva vagas das empresas

que participam de contratos e licitações no Distrito Federal, para que reservem um percentual de vagas

para a população em situação de rua.

Fica a minha observação, justamente para que possamos internamente entender um pouco

melhor essa situação e como conseguimos amadurecer essa proposta, permitindo que esses jovens,

que uma vez que saiam desses equipamentos, possam também ingressar nessas vagas de empregos

formais, com carteira assinada, com a garantia dos direitos trabalhistas e com outros benefícios que

essas empresas possam ofertar. Gosto de algumas iniciativas que, como Executivo, temos.

Por fim, quero deixar aberto o próprio conselho, que é o famoso CDCA-DF, que é o Conselho

dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal. Hoje, estamos com o edital em curso para

que 15 outras instituições possam ser escolhidas a fim de que tenham assento nesse conselho.

Também deixo à disposição de vocês as comissões que há dentro do conselho, para que possam

participar delas, possam ter voz, não somente nas conferências, mas também em todas as reuniões,

embates; que possam, dentro dessa perspectiva, inclusive financeira, entender um pouco como

funciona o conselho e como podem ser aplicados esses recursos para parte do que está sendo pensado

e discutido hoje.

Basicamente são esses encaminhamentos. Eu tentei ser muito breve para não ficar me

apegando ao juridiquês e a essa fala mais institucional. Trago para vocês 2 iniciativas: uma, de fato,

para se revisitar o decreto de estágios para jovens, incluindo-se essa questão da vulnerabilidade social;

e a outra também para essa questão dos que já estão com a maioridade atingida possam entrar nessa

reserva de vagas para as empresas que fazem contratação direta com o GDF.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Excelente. Obrigado, Diego.

Também quero mandar a nossa saudação para a secretária Marcela. Muito bom. Saímos daqui

com a disposição de ajudar na composição na construção desse processo.

Registro a presença de Athayde, representante da Fecomércio – agradeço a presença; o

Athayde já colocou a Fecomércio à disposição para podermos pensar junto com o conjunto do setor

produtivo processos para fortalecer e ampliar esses direitos –; Maria da Penha, coordenadora da

entidade Aconchego; Elizete, diretora do Instituto Epuranios; Ana Paula, presidenta do Instituto

Epuranios; Jéssica Alves, articuladora institucional do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente

Ameaçados de Morte, do Ministério de Direitos Humanos; Mônica Geovanini, coordenadora de

assessoria parlamentar da Fiocruz; Fernanda Severo, pesquisadora e coordenadora do projeto

Territórios da Construção de Si; Márcia Caldas, assessora da Promotoria de Infância e Juventude do

Ministério Público – obrigado, Márcia, pela presença –; Carine, do Conselho Regional de Serviço Social

e do Movimento de Saúde Mental; Cleidson, do Movimento Nacional da População em Situação de Rua,

e Rosângela Camapun, da Fiocruz.

A Rosângela era minha assessora neste mandato. Nós a perdemos para a Fiocruz. Faço este

protesto. (Risos.)

A Rosângela é grande parceira e está contribuindo muito na Fiocruz.

Rosângela, é sempre um prazer tê-la aqui. Obrigado. Não a perdemos, nós a ganhamos.

Concedo a palavra à Rosana Viegas.

ROSANA VIEGAS E CARVALHO – Ainda sobre a autonomia desses meninos, infelizmente, temos

que reconhecer a incapacidade do Estado brasileiro em garantir direitos. Muitas vezes, o próprio Estado

é o perpetuador das violências e injustiças.

Essa bolsa foi criada pelo Programa Conexão Cidadã, em 2011, mas mudou de nome, virou

outra coisa e, até hoje, não foi implementada. O mesmo ocorre com as creches, que não temos até

hoje. Temos uma ação civil pública desde 1993 – estou me lembrando desse fato, porque estávamos

tratando disso no edifício sede do Ministério Público. Então, está em curso uma ação civil pública desde

a década de 1990, para implantar uma política pública de saúde mental para adolescentes, e os nossos

governantes não fazem nada. Temos muitas dificuldades, mesmo.

A riqueza da pesquisa A Sentença de Saúde Mental é de 2006 e, até hoje, estamos na luta para

implementar uma política mínima de saúde mental para crianças e adolescentes.

Com as creches, é a mesma coisa.

O benefício existe desde 2011 e, até hoje, não foi implementado.

Por outro lado, estamos tendo uma grande oportunidade, que é essa pesquisa, com uma

grande parceria que temos com a Fiocruz, que está dando voz a esses meninos, porque eles são

pesquisadores sociais.

Houve um período em que eles ganharam uma bolsa da própria pesquisa, do próprio projeto.

No momento, o projeto está sem condições de dar essa bolsa.

Eu gostaria, então, de fazer um apelo aqui para as urgências, porque nós estamos falando de

política pública e eu fiz essa digressão para mostrar a dificuldade que é a implantação de uma política

pública a longo prazo. Mas os meninos estão aqui trabalhando.

Eu queria, neste momento, sensibilizar o deputado Gabriel Magno. Quem sabe se o deputado

agora, com o protagonismo que o Poder Legislativo tem tido com as emendas, não pode destinar

algum recurso ao projeto, para que os jovens continuem sua pesquisa e possam ser pesquisadores.

Eles têm uma importância muito grande. Nós os estamos ouvindo aqui. Eles é que sabem dos

problemas deles. Nós não sabemos. Nós ficamos aqui falando sobre eles.

Queremos parabenizar o deputado por esta grande iniciativa de colocá-los no protagonismo

aqui, para que nós possamos ouvi-los. Mas, para que possam estar aqui, eles precisam comer, pagar o

aluguel.

Era esse o apelo que eu gostaria de fazer neste momento. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Rosana.

Já fica aqui um compromisso. Nós anotaremos todos os encaminhamentos.

Nós não temos a competência de encaminhar o recurso diretamente à Fiocruz, via emenda

parlamentar, por causa do pacto federativo brasileiro, da distribuição e separação dos poderes,

também, das unidades federativas.

Nós nos organizamos com as emendas parlamentares no orçamento do DF, mas há

mecanismos para pensarmos em parcerias ou em algumas das secretarias que podem se conveniar a

esses processos, ou com a própria FAP, que é o Fundo de Apoio à Pesquisa no Distrito Federal.

Enfim, saímos daqui com esse compromisso de tentar constituir esses mecanismos, para que

possamos também utilizar da nossa cota – vou chamar assim – das emendas parlamentares individuais

a que todos os deputados têm direito.

Fazemos esse compromisso, no nosso mandato, de continuar o projeto e pensar depois no

formato mais adequado para executá-lo.

Esse é mais um encaminhamento importante, Rosana.

Está atendido o pedido, que é fundamental.

Quero parabenizar também o Ministério Público pela brilhante atuação.

Concedo a palavra à promotora Liz-Elainne.

LIZ-ELAINNE MENDES – Boa tarde a todas e todos.

Agradeço ao deputado Gabriel Magno a oportunidade de um diálogo tão profícuo e franco com

os jovens, que são as pessoas mais importantes do nosso trabalho lá na promotoria de justiça, na área

cível.

Nós observamos que há a reprodução de um discurso um pouco ambivalente na nossa

sociedade porque os jovens, muitas vezes, são olhados sob a perspectiva de que são muito

autônomos, podem responder pelos atos infracionais, podem receber medidas socioeducativas muito

duras que têm pouca reeducação e mais disciplina e, ao mesmo tempo, eles não são vistos como

capazes de exercer um poder de agência, de escolher como vão gastar o seu dinheiro ou como vão

guardá-lo. Então, precisamos refletir como pessoas adultas, gestoras, em todos os nossos espaços de

trabalho, a respeito dessa ambivalência porque, com 18 anos, eles estão sujeitos aos benefícios e às

agruras da maioridade. É nosso compromisso prepará-los para a vida adulta.

Pelo que foi falado aqui, há uma dificuldade muito grande com a fragmentação das políticas e a

falta de diálogo. Acho que seria um bom encaminhamento dialogar de forma mais próxima com as

secretarias de governo.

Foi falado muito do projeto Jovem Aprendiz, que está em outra secretaria de Estado, a da

Família e Juventude. Esse já é um complicador porque a política de acolhimento é executada pela

Sedes e, ao mesmo tempo, a Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes está na Sejus.

Precisamos azeitar esse diálogo, senão não vai haver audiência pública suficiente para soluções breves

e eficazes.

Eu queria chamar a atenção para o Renova DF, que, como foi falado pelo doutor Diego

Moreno, tem privilegiado vários públicos vulneráveis. Acredito que poderíamos também lançar mão

desse programa para os jovens acolhidos como prioridade porque criança e adolescente é prioridade

absoluta. Isso está previsto na Constituição federal, não somos nós que estamos dizendo.

Além de educação em finanças, também precisamos falar de educação em direitos. A Aline

trouxe vários benefícios sociais e o deputado Gabriel Magno não fazia ideia de que poderia pleitear o...

(Falha na gravação.) Precisamos prepará-los para os direitos, não só para a educação financeira. Que o

Cras vá aos acolhimentos, que os profissionais dialoguem com esses jovens, que eles tenham a

oportunidade de entender de qual carta de benefício eles podem usufruir na saída do acolhimento.

Nosso encaminhamento para o Ministério Público e para a Sedes é que há uma reclamação

muito grande das unidades de acolhimento sobre a falta de incentivo financeiro para que eles possam

fazer o acompanhamento dos egressos, como está estabelecido no art. 94 do ECA. Depois que o jovem

sai do acolhimento, a instituição não recebe mais por ele. Como ela vai saber como que ele está se

alimentando, onde ele está morando, como ele está se vestindo, onde ele estuda, se ele trabalha ou

não? Como esse é o trabalho do acompanhamento de egressos, se ele fez 18 anos, não basta chamar

o conselho tutelar, porque ele já tem 18 anos e o conselho tutelar não vai atuar nesse caso. A

instituição deveria acompanhá-lo por um prazo razoável, pelo menos de 6 meses a 1 ano, para saber

como ele está se desenvolvendo como um jovem adulto que o Estado retirou da família de origem, por

estar sofrendo violência, e depois, com 18 anos, o jogou de novo na sociedade sem qualquer

acompanhamento.

Então, eu acho que esse é um trabalho nosso, do Ministério Público também, em diálogo com a

Sedes, para que haja um maior incentivo para as unidades de acolhimento, para elas fazerem um

trabalho de acompanhamento dos egressos realmente mais efetivo.

Era só isso que eu gostaria de pontuar.

Obrigada. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Liz.

Eu vou devolver a palavra à nossa mesa. Já são 17 horas e 30 minutos. Acho que podemos

debater até 18 horas e 30 minutos. Pode ser? Podemos tentar? Seria mais 1 hora de debate. Sei que

há muito assunto, mas podemos tentar fazer o debate nesse tempo.

Vamos falar agora de escola e preconceito. Já vou dar um spoiler. Falaremos sobre

adolescentes grávidas, regras nas unidades, lazer, sistema de justiça, saúde integral e cidadania.

Vamos tentar organizar isso nesta última hora, para haver o máximo de encaminhamentos

possível. Obviamente, já há o encaminhamento de que a discussão não termina hoje. Saímos daqui

com muita tarefa para continuarmos nesse processo.

Então, neste momento, concedo a palavra ao Estênio. Logo após, usará da palavra a Tainá.

Eles estão organizando a nossa pauta.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Vamos para o próximo tópico, que é escola e

preconceito.

Nós sabemos que existe muito preconceito conosco por sermos de instituições e isso tem

aumentado – bullying, transtorno de imagem, entre outros. Podemos perceber que a maioria dos

meninos da escola que fazem esse tipo de bullying com as crianças e adolescentes de instituição não

conhecem o que é uma instituição de acolhimento. Vemos e afirmamos isso. Esses dias, na instituição

de acolhimento onde estou, houve a visita de alunos de uma escola para conhecerem como é o

acolhimento. Viram onde dormimos, onde moramos, como é o nosso quarto, como é nossa casa e

saíram de lá com uma visão totalmente diferente daquela com que entraram.

Então, eu acho que está faltando isto: as pessoas conhecerem o que é o acolhimento. Está na

hora de as pessoas conhecerem o que é isso. Dentro da escola, tem como ser evitado o preconceito.

Podemos perceber que dentro da escola não há muito acolhimento para essas pessoas que sofrem

esse tipo de preconceito tampouco para aquelas que agem com esse tipo de preconceito – porque

acho que tem que se tratar um lado e o outro.

Nós sofremos preconceito não só nas escolas, mas também onde moramos. Houve até abaixo-

assinado para a instituição de acolhimento sair de onde ela está. Os vizinhos fizeram um abaixo-

assinado para a instituição sair de onde ela está. Vejam o problema e a amplitude disso tudo.

As pessoas não conhecem o que realmente é uma instituição de acolhimento.

Automaticamente, há um preconceito por trás disso, há o preconceito de procurar, de ir atrás, de doar.

Enquanto essas pessoas perdem tempo fazendo críticas, tacando coisas no acolhimento, se eles

usassem esse tempo para nos ajudar, o mundo seria bem melhor e estaria bem mais à frente.

Precisamos trazer essas questões para as escolas, precisamos, sim, falar sobre acolhimento nas

escolas, precisamos mostrar para eles que o acolhimento existe. Estamos nele não porque queremos,

não porque fizemos algo errado, estamos lá para sermos acolhidos. Nós precisamos de acolhimento,

precisamos ser acolhidos.

Muito obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Passo a palavra à Tainá.

TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Eu vou falar do tópico adolescentes grávidas.

Sendo bem sincera, esse é um tópico muito sensível para algumas adolescentes que são mães. A

primeira coisa em que pensamos quando descobrimos que estamos grávidas é como cuidaremos dessa

criança. Não dá para julgar essa pessoa por ela ter engravidado, por não ter se cuidado.

Muitas adolescentes que são mães têm depressão pós-parto, algumas não têm condições de

cuidar da criança e a deixa jogada. Nem todas as adolescentes têm um lugar onde possam ser

escutadas, ouvidas e receber ajuda. Isso é muito forte. Muitos adultos não acreditam no potencial de

uma mãe adolescente. Se não confiarem nela, ela nunca terá como cuidar do filho e mostrar que

realmente pode fazer isso. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Tainá.

Passarei a palavra à Patrícia, representante da Secretaria de Educação.

Patrícia, sugiro que a secretaria pense num programa de educação sexual, de proteção de

crianças e adolescentes contra a violência, inclusive para cumprir uma decisão do Supremo Tribunal

Federal, que determina que a educação sexual nas escolas não só deve acontecer, mas é uma

obrigação. Não só pode, como deve acontecer. É preciso pensar nesse processo que dialoga não só

com quem está nas unidades, mas com uma política institucional mais geral.

Fernanda, eu sei que a sua área é saúde mental. Convido também a Secretaria de Saúde a

atuar nesse processo de direitos sexuais e reprodutivos dessas jovens mulheres.

PATRÍCIA SOUZA MELO – Boa tarde a todos e a todas.

Primeiramente, eu vou me apresentar. Eu me chamo Patrícia Melo. Estou à frente da Diretoria

de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade, que fica na Subsecretaria de

Educação Inclusiva Integral, na Secretaria de Estado de Educação.

Já conheço alguns dos meninos da mesa, por meio do CDCA, da conferência nacional. Nós

estivemos juntos.

Antes de iniciar a minha fala e responder as perguntas que os meninos fizeram, eu queria

parabenizá-lo, de coração, deputado. Às vezes, temos a oportunidade de estar em alguns espaços que

nos modificam como pessoas. Por trás de cada servidor aqui, representando as suas subsecretarias, há

pessoas muito envolvidas – conheço algumas delas aqui – com essa causa. Tenho certeza disso.

Da parte da Secretaria de Educação, por trás desta servidora, há uma mãe de uma menina de

15 anos de idade. Na fala de vocês, muitas vezes eu me emocionei bastante, porque vocês têm

sonhos, têm direitos – toda criança e todo adolescente têm por garantia –, mas, infelizmente e

diariamente, o Estado viola os direitos de muitas dessas crianças e adolescentes.

Com relação à Secretaria de Estado de Educação, eu vou começar pela questão que o Estênio

levantou: sobre o bullying e sobre saúde mental. Essa tem sido uma discussão muito forte na

Secretaria de Estado de Educação. A Diretoria de Direitos Humanos fez uma publicação, no final do ano

passado, de um guia de valorização da vida que traz orientações sobre prevenção ao bullying, à

automutilação e ao suicídio. Trabalhamos ao longo de todo este ano em cima da divulgação desse guia

e da formação continuada dos nossos profissionais.

Esse guia de valorização da vida aborda as várias causas do adoecimento mental dentro das

unidades escolares, não só dos estudantes, mas também dos profissionais. Esse guia é um diálogo, é

uma conversa com os profissionais de educação, que perpassam essas questões voltadas às

desigualdades sociais, ao enfrentamento de violências, às questões de gênero, de raça, de cor.

Portanto, é um guia que foi amplamente trabalhado com as unidades escolares. Muitas questões que

os meninos trouxeram aqui foram debatidas com os profissionais; também temos feito a formação

continuada, bem como levado essa discussão para dentro das escolas.

Na Diretoria de Direitos Humanos, nós trabalhamos com vários eixos e vimos todas essas

interseccionalidades que estão representadas na mesa. Nós temos que trabalhar para que os nossos

profissionais estejam cada vez mais atentos e sensibilizados a essas questões.

Fizemos este ano o mapeamento dos projetos pedagógicos dentro da rede, e eu acho

importante ressaltar a quantidade de projetos na área de direitos humanos. Quando nós falamos de

educação, nós precisamos realmente falar desses eixos de educação em/para os direitos humanos,

educação para a cidadania. Muitas das questões que os meninos trouxeram e tivemos a oportunidade

de ouvir perpassam esses 2 eixos.

A Secretaria de Educação, no ano passado, fez um levantamento: nas 850 escolas, contando

com as instituições educacionais parceiras, há apenas 290 projetos voltados para os direitos humanos.

Esse dado nos chocou. Trabalhamos na Diretoria de Direitos Humanos por todo este ano, para

melhorar, incentivar, fomentar isso, para que todas as escolas tenham, no seu PPP, pelo menos 1

projeto voltado a um dos eixos dos direitos humanos e diversidade. Esse dado aumentou

consideravelmente e, hoje, nós temos mais de 890 projetos de direitos humanos. Em 1 ano,

aumentamos...

Finalizando, eu me comprometo com 2 encaminhamentos que podemos fazer na educação. Um

deles diz respeito a vários cadernos pedagógicos, na nossa diretoria, voltados ao enfrentamento à

violência contra meninas e mulheres. Há também um caderno que foi produzido no agosto lilás. Nós

temos também para a população indígena e para a população migrante. Mas, de fato, não tínhamos...

Um de vocês – não sei se foi o Aleksandro ou se foi o Davi – falou que precisamos falar de acolhimento

institucional dentro das unidades escolares, exatamente para evitar questões de preconceito e

de bullying. Essa é uma realidade que muitos estudantes não conhecem. Por isso, é muito importante

levarmos esse conhecimento aos profissionais e aos estudantes.

Então, a minha diretoria se compromete a produzir um caderno voltado a essa orientação. Há

na secretaria uma legislação sobre isso e há também a Portaria nº 46, que fala de toda a instituição do

acolhimento a vocês. Nós iremos levar um caderno com os dados de quantos estudantes estão nessa

situação e onde eles estão por regional de ensino, com dados que falem sobre esse acolhimento,

levando essa informação a todos. Com isso nós nos comprometemos e também com a formação dos

nossos profissionais.

Nós fazemos parte de várias redes de proteção da criança e do adolescente, ao PPCAM e ao

CDCA. Nós estamos sempre em parceria com a Sejus e com o Ministério Público.

Estamos à disposição para auxiliá-los. Podem contar conosco!

Obrigada, deputado.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Patrícia. Agradeço demais o

encaminhamento desse caderno dentro de 1 mês. Sairemos com esse compromisso e ficaremos à

disposição para pensarmos juntos. Depois teremos que trocar alguns contatos.

A Aline se inscreveu, mas antes de passar a palavra a ela, concedo a palavra ao Aleksandro,

que também quer fazer um comentário sobre o bullying. Depois devolveremos a palavra para a Sedes.

Posso combinar com vocês sobre as regras também das casas, porque já é direcionado muito à Sedes.

Deputada Erika Kokay, quando quiser fazer o uso da palavra, fique à vontade.

Concedo a palavra ao Aleksandro.

ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Eu gostaria de fazer um complemento. Como o Estênio

falou, conheço gente que não sabe nem o que é um serviço de acolhimento. Às vezes, digo que preciso

de alguma coisa e que moro em um serviço de acolhimento. As pessoas perguntam: “O que é isso?”

Tenho que explicar tudo.

A Aline comentou sobre o fato de a Enap ter aquele assunto de não contratar egressos do

centro de acolhimento. Então, não há somente escolas, mas há empresas que não contratam quem

está em serviço de acolhimento. Não sei se é por preconceito, não sei se é porque eles ouvem que os

acolhidos têm um grau de estresse maior e, por isso, é mais difícil de lidar com eles e não querem

contratá-los.

Quero ressaltar que não são só as escolas. Às vezes é difícil conseguirmos um emprego

justamente porque estamos num abrigo.

É só isso.

DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Muito bullying e preconceito acontecem com os jovens dentro

do ambiente de trabalho. Eu já vi jovem sendo vaiado e humilhado por ele vir de guia de acolhimento.

Muitos não aguentam e pedem demissão.

ALEXSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Outra coisa que irrita é quando falam que os acolhidos

são coitadinhos. Acho irritante quando falam: “É um coitadinho, ele não tem família, ele não tem pai e

mãe, a mãe o excluiu e o jogou lá”, como se fôssemos objeto ou um lixo que está no abrigo. Nem sei o

que falar porque é um assunto estressante.

Às vezes comparam o abrigo com o programa das Chiquititas. Não tem nada a ver. Quem dera

se o abrigo fosse igual às Chiquititas. Quem dera. Não tem nada a ver. É um assunto engraçado, mas

estressante, principalmente para mim, que já fui um acolhido. Eu tive que escutar isso ao pensarem

que era um lugar de diversão ou onde só há jovens com problemas psicológicos. Nós temos problemas,

mas não é assim que se fala. É preciso estar lá dentro para saber. É só isso.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Vou fazer um combinado desses tópicos para

pensarmos juntos sobre a questão da gravidez na adolescência, porque há uma questão que é de

nossa responsabilidade como poder público – como o parlamento ajuda e como o Poder Executivo e o

Ministério Público atuam.

Ao se falar em gravidez na adolescência, há um recorte importante nisso, porque, muitas

vezes, isso acontece com meninas de 14 anos, o que configura em crime, em estupro de vulnerável, de

acordo com a legislação penal brasileira. Tem que haver responsabilidades, inclusive pactuadas: como

o Estado cobra das unidades de acolhimento e das instituições. É preciso construir um pacto desse

processo porque não podemos naturalizar isso. Eu gostaria de pontuar isso, chamando à

responsabilidade coletiva o poder público para evitar que esse tipo de coisa aconteça.

Então, há uma dimensão anterior que acho fundamental e não podemos deixar de comentar

sobre isso.

Deputada Federal Erika Kokay, mais uma vez, obrigado pela presença em todas as lutas da

cidade.

Concedo a palavra à deputada federal Erika Kokay.

ERIKA KOKAY – Há um poeta que diz que o correr da vida às vezes embrulha tudo, e a vida

exige de nós coragem. E essa vida que, às vezes, embrulha tudo – vemos muitas coisas que não

queríamos ter visto e vivemos muitas coisas que não queríamos ter vivido – possibilitou a mim

conhecer vocês num seminário sobre orfandade, aqui na Câmara Legislativa. Eu acho que o seminário

foi de iniciativa do deputado Fábio Félix, se não me falha a memória.

A partir dali, alertou a mim que nós precisamos falar da situação das pessoas, dos jovens, das

crianças e dos adolescentes que estão em situação de abrigamento institucional, mas,

fundamentalmente, escutá-los. Precisamos escutar o que vocês trazem das suas vivências, porque,

quando se escuta, estabelecemos espaços de escuta, construímos as soluções a partir de vocês

mesmos, porque vocês têm e carregam a vivência de um abrigamento institucional.

Será lançado agora o Plano Nacional de Promoção e Defesa do Direito de Crianças e

Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária. É fundamental que nós possamos trazer a

discussão sobre os egressos do abrigamento institucional no plano.

E, para além disso, devemos trabalhar, sempre, na intersetorialidade, porque as políticas são

fragmentadas. São muito fragmentadas. As políticas, muitas vezes, não dialogam umas com as outras.

Não há diálogo da saúde com a educação. Não há diálogo com a assistência e vamos fragmentando as

políticas e elas perdem o seu próprio potencial.

Eu penso que nós temos direitos. Direitos são enganchados uns nos outros. Não podemos

separar os direitos. O direito de falar, o direito de alimentação, de educação são enganchados. E se os

direitos são enganchados, as políticas públicas que asseguram os direitos também precisam ser

enganchadas. Se não forem enganchadas ou se não forem articuladas, elas perdem a sua

potencialidade de transformação, de consecução, de assegurar o direito e de reparar o direito violado.

Portanto, nós precisamos de uma multissetorialidade para executarmos políticas que deixem de

lado a fragmentação. Às vezes, nós temos fragmentação de políticas dentro da própria escola. Dentro

da própria escola há várias atividades que também são fragmentadas. Então, uma única política pública

e um único espaço carregam uma fragmentação muito grande na implementação dessas políticas.

Então, penso ser importante fazermos a implementação dessas políticas a partir das

necessidades que vocês estão trazendo. Vocês estão trazendo a necessidade de moradia, de educação,

de educação sem bullying, porque a escola não pode ser um local de sofrimento. E, muitas vezes, a

escola é um local de sofrimento. Vocês estão trazendo necessidade de moradia, de trabalho, de justiça

e cidadania.

Vocês estão pontuando, também, a discussão da gravidez na adolescência. O Brasil tem muita

gravidez na adolescência e isso precisa ser enfrentado de várias formas a se assegurar, inclusive, o

direito das adolescentes a terem filhos se assim o quiserem. E é óbvio que nós estamos aqui falando

do recorte que foi dado pelo deputado Gabriel Magno.

Uma das coisas que mais me provocou indignação foi Cavalcante. Cavalcante registrou várias

denúncias de violência sexual contra meninas quilombolas. Meninas calungas saíam do seu canto, iam

trabalhar em casas de família e eram vítimas de violência sexual. Eu fico me perguntando, doutora

Luisa de Marillac, como é que há meninas grávidas de 12 anos, de 13 anos, e nada é feito? Porque ali a

violência é presumida, ou seja, é estupro de vulnerável e deveria haver uma ação do próprio poder

público, do Ministério Público, dos poderes constituídos para que fosse rompido esse processo de

violência sexual.

É necessário assegurar às meninas que são mães adolescentes o direito à escola. É importante

elas terem espaços para deixar o seu próprio menino, a sua menina, para que a sua vida não seja

modificada a partir da gravidez. Portanto, são diversos os temas que vocês trazem. Isso nós temos que

transformar em uma política pública.

Eu penso, deputado Gabriel Magno, que tínhamos que fazer na Câmara Legislativa e na

Câmara dos Deputados uma política para assegurar os direitos da juventude que está em situação de

abrigamento. Aí nós vamos falar de trabalho, mas não o trabalho precarizado ou o trabalho em que se

busca fazer arremedos.

Eu sei que há políticas para toda a sociedade. Aqui já foi falado do Prato Cheio e de outras

políticas, mas precisa haver recorte a partir do lugar em que vocês estão, do espaço de fala e de

escuta. Não é só dizer: “Ah, nós temos políticas que estão postas”. Políticas que muitas vezes não

atendem como deveriam atender o conjunto da população, e nós as ofertamos como se fosse um

cardápio. Não! Nós temos que pensar políticas a partir da fala, da vivência, políticas que possam ser

enganchadas umas nas outras.

Nós temos que falar de educação, nós temos que falar de saúde, moradia. Aqui há a situação

dos egressos que queremos colocar na discussão da política nacional de convivência familiar e

comunitária. Temos que falar dos egressos, porque parece que aos 18 anos... Há experiências de

Portugal, Fernanda contava, em que se ampliou a idade para 25 anos, porque há fases de transição

para se construir a autonomia, para que a pessoa possa trabalhar com repúblicas e de outras formas

em fases de transição, para que ela possa, enfim, fazer a construção da verdadeira autonomia.

Por isso penso que deveríamos apresentar esta proposição e discuti-la com vocês, mas a partir

do que vocês trouxeram hoje.

Acho muito legal este formato que o deputado Gabriel Magno está dando a esta comissão

geral. Falamos aqui, vocês falam daí, vocês fazem a discussão e temos as respostas. Isso é

protagonismo. Se trabalharmos a partir desses elementos e dos vários tópicos que vocês trouxeram,

trabalharemos uma proposição legislativa para levar para a Câmara dos Deputados e para a Câmara

Legislativa.

Este projeto da Fiocruz, que é uma emenda de nossa autoria... Eu costumo dizer que a Fiocruz

é fio de luz. Eu também tenho mania de querer fazer rap, essas coisas, de vez em quando. Não sou

muito boa nisso, não, mas enfim. O Brasil tem um fio de luz que é a Fiocruz, cujo projeto está

interrompido agora porque estão questionando as emendas em conjunto, as emendas impositivas.

Esse projeto vai desenrolar. Significa fazer uma pesquisa que não é a pesquisa que os

acadêmicos ou a instituição faz com os dados que vocês têm, porque não há dados no país. O Brasil

viveu um apagão de dados. É preciso recompor os dados. É necessário, eu diria, uma pesquisa-ação,

não é nem uma pesquisa, mas uma pesquisa-ação, porque é uma pesquisa em ação, construindo os

caminhos para o protagonismo, para a condição de sujeito.

A nossa legislação, o ECA, diz: são sujeitos e sujeitos de direitos. Não são objetos. São sujeitos

de direitos, com um número imenso de direitos que precisam ser assegurados.

A emenda vai deslanchar. Eu acho que é importante essa pesquisa-ação, porque nós

precisamos de dados. Para fazer políticas públicas de qualidade, temos que saber dos dados.

Ao mesmo tempo, nós vamos renovar, no próximo ano, a emenda da Fiocruz, para que

possamos ampliar o número de bolsas, usando essa pesquisa-ação. Vocês estão fazendo uma pesquisa

que diz respeito ao que vocês acham e a como vocês estão. A partir daí vocês constroem os

instrumentos para superar o que é doído e para reafirmar o que é alegria, o que é riso.

Eu costumo repetir uma fala que eu escutei de um jovem numa conferência livre da saúde,

preparando a Conferência Distrital de Saúde. Ele dizia o seguinte: “A gente não quer mais falar pelas

nossas cicatrizes”. Como eu sou um pouco ousada e gosto, também, de poetar, eu disse que nós

queremos falar pelos nossos risos; nós queremos falar pelo que colocamos, na nossa pele, de adorno;

nós queremos falar com a pele preta como traje de gala, com a tinta do urucum e do jenipapo, que

ornamenta o corpo das mulheres e dos homens indígenas que lutam por seus direitos. É assim que nós

queremos falar.

Encerro dizendo que nós vamos renovar a emenda no próximo ano e, ao mesmo tempo, vamos

tentar ampliá-la para conseguirmos mais bolsas. Vamos apresentar essa proposição.

Na audiência que faremos na Câmara dos Deputados para discutir o plano nacional, nós

queremos a presença de vocês. Eu já falei com a Fernanda para que vocês estejam à mesa para

fazermos a discussão do plano a partir do que vocês vivenciam. É convivência comunitária e familiar, e

nada substitui os laços e as tranças que nós fazemos. Vocês estão cheios de tranças, tranças uns com

os outros, para construírem um mundo diferente.

Por isso, sigamos adiante nas nossas tranças, nas nossas alegrias, nos nossos fios de luz, na

nossa construção de uma sociedade em que caibam todos, todas as pessoas da forma como nós

somos. Nós somos diversos e temos histórias diferenciadas. O que aconteceu nas nossas vidas nós não

mudamos, mas mudamos a forma como vemos o que aconteceu conosco.

Já dizia Sartre, um grande filósofo, que o que resta não é apenas constatarmos o que

aconteceu nas nossas vidas, na vida de todas as pessoas que aqui estão, mas o que nós vamos fazer

com o que fizeram conosco.

Nós vamos fazer muito porque nós somos fios de luz. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Muito bem, Erika. Obrigado.

Há mais alguns encaminhamentos. Fica a tarefa de desenharmos essa política, de pensarmos

numa proposição legislativa que contemple as várias dimensões.

Vocês vão ao Congresso Nacional, ao plenário do Congresso Nacional, vamos ganhando

espaço.

Quero dar uma resposta para a Rosana, que fez esse pedido de emenda para ajudá-los. A

deputada federal Erika Kokay reforçou esse ponto, ano que vem vai haver e nos comprometemos a

pensar em como ajudar com mais recursos.

Faltam esses 4 últimos eixos. Eu queria que apresentássemos todos em bloco. Eu acho que é

possível em 10 ou 15 minutos apresentá-los, e haverá uns 10 ou 15 minutos para as respostas. Pode

ser esse encaminhamento? Então, serão: regras nas unidades, lazer, sistema de justiça e saúde.

Passo a palavra para a nossa turma, para a Tainá, para o Estênio e para o Aleksandro.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Agora o nosso tópico é regras nas unidades de

acolhimento. Então, vamos começar a falar sobre isso.

Há uma regra na unidade. Como eu falei, nós estudamos e pesquisamos, fizemos conferências,

reuniões com outros acolhidos que participam também da nossa pesquisa com a Fiocruz. Esses dados

de que vamos falar agora são de pessoas, acolhidos que passam por essa situação.

Se não chegarmos em casa no horário do jantar, ficamos sem comida. Se não chegar no

horário, fica sem comida, fica sem comer, fica com fome. É uma coisa muito triste de se falar: se não

chegarmos no horário, ficamos sem comida. É uma situação que foi passada para nós e estamos aqui

para discutir sobre ela. Não pode existir isto: se não chegar no horário, fica sem comida. Não pode

existir.

Há outra: se não chegarmos em casa no horário estipulado, corremos o risco de dormir na rua,

se não procurarmos o conselho tutelar. Na minha opinião, o conselho tutelar acha que nós, em

acolhimento, já não precisamos mais dele, mas precisamos, sim, precisamos de todo o apoio possível.

Como assim: se não chegar no horário, fica na rua? Esse ambiente é a casa dele, é a casa onde ele

tem que ser acolhido. Não é um local a que ele tem que chegar até um certo horário senão vai dormir

na rua.

Você quer falar sobre esse ponto ou eu posso continuar? Se, meninos, quiserem falar sobre

isso, eu passo a fala para vocês, está bem? Podem ficar à vontade.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Vamos combinar de apresentarem todos em

conjunto. Mas podem ir comentando. Ele comenta, depois volta e vai passando.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Entendi.

Para terminar o terceiro, quando um descumpre a regra, acaba sobrando para todos. Eu acho

que eles estavam querendo que isso fosse falado aqui. Se alguém chegar atrasado até um certo

momento, no dia seguinte, outro não pode sair por conta daquele que chegou atrasado. Temos que

mediar isso, de maneira que funcione para as 2 partes, sem ferir direitos, como foi falado.

Uma ideia que apresentamos é que em cada unidade haja um grupo de adolescentes

representantes. Esses adolescentes terão acesso, periodicamente, à direção do acolhimento para

conversar sobre as diversas situações e para tentar mediar fatos, conflitos e outras coisas que venham

a acontecer mais à frente.

Agora vamos ao próximo tópico. Nós já falamos sobre regras nas unidades de acolhimento. Há

várias outras. Nós trouxemos algumas que ferem nossos direitos e que ferem aquilo que deve ser feito

para apresentar para vocês.

Vou passar a palavra para a minha colega Tainá.

TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Agora vamos falar sobre lazer. Muitos acolhidos

têm dificuldade de acessar momentos de lazer quando estão no acolhimento por questões financeiras,

como a retenção da renda dos estágios. Quando saímos do acolhimento, o lazer é inexistente, só há

tempo para trabalhar e tentar pagar as contas. Quase não se estuda e pior ainda é o lazer.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – O próximo tópico que queremos tratar é o sistema de

justiça e cidadania. Nós não conhecemos o juiz, o promotor nem o defensor dos nossos processos. Nós

só fomos conhecer algumas dessas pessoas por causa da pesquisa. Existem instituições de acolhimento

em que os acolhidos simplesmente não conhecem as pessoas que estão por trás de seus processos,

como o juiz e os servidores da vara da infância. Pode ser que a instituição já tenha visitado a vara da

infância, como é o meu caso. Eu já visitei a vara da infância, mas só fui conhecer melhor os

promotores quando comecei a participar dos projetos da Fiocruz. Foi só então que os conheci melhor,

que falei melhor com eles. Falta isso. Eu não conheço o juiz que ficou responsável pelo meu caso, não

sei quem é, não sei nem o nome. Assim fica difícil!

Os acolhimentos fazem eventos com as autoridades, mas nós nunca conseguimos falar com

elas. Trazemos nessa pesquisa, nessa informação que adquirimos com o tempo, que os acolhidos não

conseguem falar com as autoridades quando elas visitam a casa de acolhimento. Fica uma coisa muito

complicada, não é? Por que o acolhido não pode conversar com o juiz, não pode conhecer o juiz, não

pode conhecer um pouco do juiz? Trouxemos isso baseados na fala de uma pessoa: passamos a vida

acolhidos, e não conhecemos quem cuida dos nossos processos.

Então, a ideia que queremos deixar aqui é a seguinte: quando houver visitas nas unidades de

acolhimento, seja de juiz, seja de promotor, que elas sejam acompanhadas por um grupo de

adolescentes – aquele grupo que mencionamos lá atrás. Na escola, existe um grupo responsável por

representar os alunos. Por que não um grupo responsável por representar os acolhidos? Esse grupo

pode levar ao juiz, ao promotor a demanda de um acolhido. Esse grupo pode existir. Esse grupo tem

que existir. Essa é uma forma de o juiz estar mais perto, é uma forma de o promotor estar mais perto.

Querendo ou não, nós reconhecemos que existem muitos acolhimentos que o juiz e o promotor têm

que acompanhar. Há várias demandas. Acho que esse grupo traria representatividade para o

acolhimento. Acho que, se esse grupo chegasse mais perto dos promotores e dos juízes, essa seria

uma maneira de fazermos acontecer, de fazermos brilhar. (Palmas.)

TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Vamos ao último tópico: saúde integral e

cidadania.

Unidades de acolhimento precisam receber prioridade de atendimentos nos locais de saúde.

Precisamos entender mais sobre os medicamentos que estamos tomando. Alguns deles não nos fazem

bem.

Sobre o programa de acompanhamento para egressos, quem estiver prestes a sair do

acolhimento precisa ter acompanhamento diferente. Quando completamos 15 anos, começamos a ficar

ansiosos, porque, aos 18 anos, precisamos sair do acolhimento. E o que vamos fazer da vida?

(Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Tainá e Estênio.

Eu vou passar a palavra para o David e para o Aleksandro, a fim de que eles possam comentar

esse tópico – esse é o nosso objetivo. Depois, passaremos a palavra para vocês dos equipamentos

públicos para fecharmos os nossos encaminhamentos.

ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Eu quase chorei quando ela estava falando.

Isso, para nós, é uma grande realização. Nós estamos nesse processo, tentando buscar os

direitos que sabemos que temos. Estamos ocupando os espaços de pouquinho em pouquinho, mas os

estamos ocupando.

Quando falamos de jovens, pensam que é só diversão e tal. Nós estamos tendo essa

oportunidade e vemos que está valendo a pena. Estamos vendo que está igual ao que falei, pois acho

que em muitas reuniões em que eu estive, com muita gente importante, eu falo e repito: “Queremos

ação, gente!” Estamos falando aqui, vocês estão falando, mas vejo que vocês falaram e trouxeram a

solução. Muitas vezes temos só a fala: “Ah, eu vou resolver”. Igual ao que a promotora de justiça

falou, que há assuntos, que há coisas... Sobre a data que ela falou, eu não era nem nascido, gente.

(Risos.)

Coisas que falaram que iam resolver. Ela falava: “Mil novecentos e bolinha”, porque isso não

importa, o que quero falar é que só falaram. E estamos vendo essa realização que está tendo.

Podemos estar falando, mas está havendo ação, entendeu? Estão tomando providências, estão

trazendo ideias, estão falando de ideias. Mesmo falando de ideias, acho que mesmo assim não tem

ação, não é? Porque falam: “Ah, vou fazer uma ideia”. Não é uma ação, não é? Não tomaram

providências, não os vimos fazendo o que queríamos que fizessem.

E agora vou comentar do sistema de justiça. Eu acho que ele comentou também: gente, há

gente que mora em abrigo, aí falam assim: “É, às vezes, alguns juízes vão lá para visitar a casa”. Eu

fico impressionado, porque é como se fossem reis, não é? Só faltam jogar o tapete vermelho para eles.

Às vezes, não os conhecemos. Até tomamos algumas broncas pelo fato de ele ir lá e o nosso quarto

estar bagunçado. É o que acontece, não é? Somos jovens e, às vezes, somos molambentos,

desorganizados. Faz parte, gente, pois, às vezes, temos preguiça, mas isso não vem ao caso.

Só queria falar que, às vezes, não os conhecemos. Eu estou tendo a oportunidade de conhecer

bastante gente que achava que nunca ia conhecer. Às vezes, não conhecemos o juiz. Quando vamos

mudar de abrigo – às vezes, pedimos para mudar de abrigo; já ocorreu comigo de eu querer mudar –,

eles falam: “Tem que passar por um certo juiz para autorizar você a ir” ou: “Tem que falar com o dono

do acolhimento que tem a coordenação”. Só que nunca nem vimos o cara. A nossa vida está sendo

decidida por uma pessoa que nunca vimos.

São coisas sem noção. Não que temos a obrigação de conhecer. Não sei, mas acho que deveria

haver a obrigação de conhecer, porque, querendo ou não, são demandas que estão sendo tomadas por

ele e que não temos nenhuma opção de falar não ou sim.

Sobre o lazer, eu só queria comentar... É só uma ideia, pois no acolhimento onde eu estava,

havia algumas coisas que faziam para tentar agradar os acolhidos. Eu não sei o que aconteceu, mas

depois de um tempo foi desligado. Eu acho que eles recebiam uma renda para tentar dar uma alegria

aos adolescentes. Não aconteceu. Este é só um comentário.

Sobre as regras de acolhimento. Como o Estênio falou, acho que, antes de criarem qualquer

regra de acolhimento, deveriam passá-la para a supervisão de um adolescente, ou de um grupo.

Algumas regras são tomadas sem ao menos o técnico ou mãe social saberem. Fazem as regras, e elas

não passam pelo acolhido. Isso nos chateia muito. Aí, queremos bagunçar mesmo. Criam uma regra

sem o nosso consentimento e sem um debate. Deveriam ter uma conversa conosco, antes de criarem a

regra. Isso é muito bagunçado. Peço que trabalhem nisso também.

Era só isso. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Concedo a palavra ao David.

DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Eu queria só falar um pouquinho sobre as regras no

acolhimento.

Eles nos retiram de um lugar. Na visão deles, a nossa situação, integridade, saúde mental e o

nosso cuidado estão num lugar precário. Se tiraram a criança ou o adolescente da sua família de

sangue, é porque o ambiente não estava agradável para eles.

Vamos supor que o adolescente atrase uns 10 minutinhos para chegar à sua guia de

acolhimento. O funcionário tem a capacidade de falar: “Hoje, você não entra porque chegou atrasado”.

Se fosse para eu ficar na rua, eu ficaria com a minha família. Se fosse para eu ficar sem alimentação

porque eu cheguei atrasado à guia de acolhimento, eu continuaria com a minha família. Assim, não

existe por que eu ir para um lugar que, para eles, é bom.

Eles nos tiraram de um lugar ruim que, na opinião de alguns, é bom. Só o jovem ou a criança

sabe o que acontece em casa. Quem está sentado numa cadeirinha de couro, na sua casa, faz um

evento e dá um presente, uma vez na vida, outra na morte, não vê realmente o que está acontecendo

física e mentalmente com o jovem. As pessoas não sabem o que passamos psicológica e

emocionalmente.

São coisas simples e fáceis de se resolver. Tenho certeza de que cada um aqui, com o poder

que tem, pode melhorar muito, muito, muito a guia de acolhimento e a vida daqueles que saírem dela.

Sobre o lazer, eu gostaria de reforçar uma coisa. Se todos estes jovens estivessem pedindo

coisas impossíveis para vocês, eu até entenderia e falaria: “vocês estão querendo demais, é palhaçada,

é patifaria!”, mas nós não queremos nada demais. Nós só queremos um lugar digno para morar. Nós

só queremos uma renda fixa e sustentável para vivermos e um lugar em que estejamos bem, sem

precisarmos nos preocupar com o dia de amanhã ou com coisas tão simples como tomar o café da

manhã, almoçar ou ter pelo menos uma sandália para usar.

Era isso, gente.

Obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, David.

Eu vou pedir um pouquinho de paciência a vocês.

Agradeço muito vocês terem topado estar aqui até agora, escutando e tentando responder aos

questionamentos.

Pergunto se alguma das meninas ainda quer falar. Se não quiserem, não há problema; mas, se

alguém quiser, por favor, sinalize, porque o espaço hoje é de vocês. Estamos aqui para ouvi-las.

Se alguém quiser falar, é só apertar o botão aí na frente.

Peço 5 minutos a mais de paciência dos presentes para ouvi-las.

Por favor, diga o seu nome antes de começar.

REGIANE – Meu nome é Regiane. Sou da instituição Casa de Ismael. Mais uma vez, eu queria

falar sobre a nossa realidade lá.

Como eles falaram, há várias ocasiões em que ficamos para o lado de fora de casa. O que

adianta nos tirarem das nossas famílias e nos colocarem em um lugar onde vamos ficar fora de casa,

num lugar onde ficamos sem comida se chegamos depois do horário? O que adianta nos tirarem das

nossas famílias, dizendo que vão trazer algo melhor para nós e termos de passar por tudo isso?

Aliás, sem poder conversar com ninguém, porque ninguém nos dá ouvido. Tentamos conversar

com uma pessoa, ela fala, promete que vai nos ajudar e nunca ajuda.

Se tentamos por outros meios buscar ajuda de outras pessoas, simplesmente podemos ser

transferidos de local, podem colocar coisas que não são verdades sobre nós em nossos relatórios sem

que tenhamos acesso a eles.

Quem já passou pelo serviço de acolhimento sabe que o que estou falando é verdade. Eu moro

lá faz 1 ano e sempre passei por isso.

Eles querem porque querem nos obrigar a fazer coisas que não queremos. Eu moro lá por

escolha minha. Eles querem me obrigar a morar com o meu pai, mas eu não quero. Eu nunca tive um

pingo de convivência com ele. Não há motivo para eu morar com uma pessoa com quem só converso

por telefone. Seria a mesma coisa de eu morar em um vizinho.

Eles têm pouca empatia por nós. Eles fazem pouco caso de nós. Eles só estão lá pelo dinheiro e

pelo trabalho. Não por nós. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Regiane.

Eu vou devolver a palavra para as nossas secretarias e para o Ministério Público.

Peço para apertarem o botão para que eu identifique quem vai falar.

Vamos sistematizar alguns combinados.

Pensarmos, junto com a Sedes, que tem uma relação direta com as entidades, essa questão de

haver uma representação dos adolescentes em cada unidade para mediar essa relação na definição das

regras e dos conflitos. Aqui surgiram apenas alguns, mas sabemos que há outros, e é preciso combinar

essa mediação.

No debate do lazer e do direito à cidade, podemos pensar como poder público, governo e

Legislativo na expansão do passe-livre. Acessar os equipamentos da cidade é muito importante.

Podemos pensar nas entradas em eventos e em agendas culturais. Hoje há meia-entrada na educação,

mas podemos pensar em mecanismos de incentivo e acesso a esses espaços. Podemos oficiar a

Secretaria de Cultura sobre editais de fomento à cultura, do FAC, porque eles querem acessar e

também porque há pessoas que produzem cultura. Como garantir esse acesso a eles? Isso pode ser,

inclusive, fonte de renda, trabalho e emprego por meio do setor cultural.

Quanto à questão do sistema de justiça, o Ministério Público pode ajudar muito nesse processo

e nessa mediação. Hoje vocês reclamaram que não conhecem os promotores e os juízes; as

promotoras vocês conheceram hoje. Vamos ajudá-los nesses processos. Se há uma visita institucional

do sistema de justiça, do Ministério Público, dos órgãos de controle, vamos escutá-los, visitá-los, ouvir

a demanda de quem está ali. Esse é um bom e possível encaminhamento.

Do ponto de vista da saúde integral, Fernanda, trago esse desafio porque há muita coisa com

relação à saúde mental e aos medicamentos: como isso é tratado, como isso é ofertado, quais as

condições. Isso é fundamental porque sabemos que essa lógica insiste e perdura. Vamos mediar esses

problemas e fazer esse acompanhamento na entrada e na saída. Sabemos da dinâmica do SUS, das

regulações e dos desafios existentes. Como podemos pensar em linhas de cuidado e protocolos

específicos para esses processos?

Eu queria minimamente combinar alguns encaminhamentos desses eixos ouvindo vocês.

Agradeço demais a presença de todos.

Vou passar a palavra à Luisa e, em seguida, à Rosana.

LUISA DE MARILLAC XAVIER DOS PASSOS – Primeiro eu queria falar com o Estênio e com a

Regiane que o Ministério Público vem, há muito tempo, tentando um canal de escuta com as crianças e

os adolescentes, sempre mediados pelos próprios serviços. Percebemos que não adianta só fazer a

visita, estar lá, ser mediado pelos próprios serviços, para construir uma confiança que permita a vocês

realmente se expressarem e trazerem os problemas reais que vivem no cotidiano.

Então, não é só a existência de um canal para que vocês possam reivindicar os seus direitos,

mas também de uma metodologia, porque, quando falamos de adolescentes, especialmente de

adolescentes afastados de suas famílias, que estão acolhidos dentro de instituições, o canal não basta.

Precisamos ter a metodologia.

Eu queria agradecer muito a essa equipe de pesquisa da Fiocruz, que tem possibilitado essa

construção de uma fala autônoma, independente e com essa confiança que permite que questões tão

graves sejam trazidas por vocês. As questões que vocês estão trazendo não são questões, não são

meras limitações, são violações. São violações gravíssimas de direitos.

Eu acho que o Ministério Público – queria aqui falar por mim, pela Rosana, pela Liz, mas

também por Leslie, também por Brenda, também por Renato – estamos comprometidos com vocês a

apurar essas responsabilidades. Nós precisamos apurar essas responsabilidades. E precisamos estar

comprometidos com vocês. E vem uma delicadeza... E eu peço muita confiança da Sedes, da Secretaria

de Justiça e dos outros serviços, porque precisamos trabalhar com isso, protegendo os adolescentes

que estão no serviço.

Em relação a Estênio, o Estênio trouxe uma vocalização de fatos que ele ouviu de vários

acolhidos do projeto. A Regiane trouxe uma situação que ela está vivendo. E me preocupa que ela

possa ser retaliada por isso.

Então, eu acho que todos nós precisamos estar comprometidos em protegê-la, em proteger

esses meninos que estão trazendo essas situações tão graves para nós, como autoridades. E nós

precisamos nos comprometer em protegê-los. Nós precisamos nos comprometer para que nunca mais

esses meninos passem por violação de direitos, porque não chegar no horário pode gerar uma punição

disciplinar dentro de um serviço de acolhimento, mas essa punição disciplinar nunca pode ser a

privação de um direito fundamental, nunca pode ser a privação de um direito fundamental. Nunca pode

haver privação de alimento, privação de casa, privação de lugar para dormir, privação do seu direito

fundamental. Isso não pode!

Nós precisamos estar aqui juntos e comprometidos para que isso se modifique. Só para ser

mais pontual, eu queria que pudéssemos nos comprometer, nessa construção, porque as orientações

técnicas para o serviço de acolhimento já falam das assembleias de acolhidos desde 2009. A nossa

fiscalização do Ministério Público cobra essas assembleias de acolhidos. No entanto, as nossas

fiscalizações não são suficientes, por quê? Claro, quando o promotor chega no serviço de acolhimento,

ele está o tempo todo mediado pelos próprios profissionais de serviço. Então, os meninos não têm um

canal de conversa direta e, mesmo que tivessem, que essa conversa fosse pontual, não adiantaria,

realmente essa metodologia de construção de confiança teria de existir para que essas coisas

pudessem vir à tona.

Agradeço à Fiocruz. Nessa política junto aos acolhidos, nós precisamos pensar em ouvidorias e

em instâncias mediadoras. Que eles não passem só pelos serviços que executam o programa. Essa é a

execução de uma política muito delicada, ela precisa de um controle diferenciado. Nós precisamos

encontrar uma sistemática eficaz para isso.

Vocês nos trouxeram fatos graves, como a questão da medicalização, sem saber o porquê, sem

saber que remédios são esses que tomamos. Aqui há uma dinâmica de controle de comportamento, de

controle de subjetividades, que é intolerável numa democracia.

Era o que eu tinha a dizer.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, doutora promotora Luisa de Marillac.

Contamos com o Ministério Público. Sairemos daqui com alguns pactos feitos para melhor

desenharmos esse processo. Mais uma vez parabenizo o papel do Ministério Público.

Passo a palavra Rosana Viegas, promotora dos direitos da criança e adolescente.

ROSANA VIEGAS E CARVALHO – Em sua fala, a Luisa já nos representou. Nós temos que nos

comprometer em criar essa metodologia, essa forma de atuação.

Eu gostaria de dizer que nós fiscalizamos os abrigos devido a uma resolução do CNMP. Essa

resolução passou por uma transformação e trouxe agora a obrigação da escuta dos adolescentes e das

crianças. Nós estamos pensando na criação de uma metodologia de escuta onde eles possam se

manifestar livremente.

Eu quero trazer uma outra questão, a qual eu acredito que conseguiremos resolver. Se não for

possível resolvê-la, pelo menos olhar para ela: a questão do direito à saúde. Em razão das dificuldades

do SUS, há filas de regulação, assim como há fila para creche. Do início do ano para cá nós fizemos um

belíssimo trabalho. Colocamos pontuações de vulnerabilidades no manual de ingresso às creches para

que houvesse equidade nessa fila. Eu acho que nós precisamos construir esse mesmo processo junto à

Secretaria de Saúde, para garantir não só a fila já existente, mas a sua equidade. Os jovens e as

crianças do acolhimento encontram-se numa enorme situação de desigualdade. Nós precisamos trazer

instrumentos para nivelar e trazer equidade a ela.

Neste momento eu me comprometo... Não sei em que hora, mas precisamos arranjar um

tempo para trabalharmos nessas filas de regulação. Não é possível que um menino que precisa entrar

no Adolescentro entre numa fila comum e fique sem atendimento, acabando por ser atendido por um

profissional voluntário, que lhe receita um monte de medicamento, sem ninguém saber que

medicamento é esse, deixando os meninos desatendidos. Então, também precisamos nos comprometer

a criar essa pontuação na regulação e dar o atendimento prioritário para quem mais precisa. É isso.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Rosana.

Concedo a palavra à Aline, da Sedes.

ALINE PEREIRA – Oi, gente, eu teria muitas coisas para falar, mas já passamos do tempo.

Então, quero encaminhar uma sugestão para o pessoal da Fiocruz. Eu posso falar de algo que

talvez a minha chefia já saiba, já faça, mas eu não tenho conhecimento de nenhuma agenda da Sedes,

principalmente da Diretoria de Acolhimento, com a Fiocruz. Seria interessante realizarmos um encontro,

mesmo que apenas uma oficina, para ouvirmos com calma isso que os meninos estão trazendo. Aqui

há diversas políticas, há coisas que nós podemos responder, mas há coisas para as quais precisamos

encontrar soluções mesmo e eu acho que num outro espaço conseguiríamos fazer isso melhor. Deixo

aqui a proposta para que tenhamos um momento específico de diálogo com os meninos.

Aproveito também para responder algo que foi trazido mais cedo sobre a construção do PIA. O

que me foi passado é que os cronogramas estão sendo pensados. O que está acontecendo agora é

uma discussão teórica, então, não caberia o que foi pedido. Amanhã ainda haverá uma atividade e

todos estão convidados – apesar de a inscrição já ter passado – a participar de uma parte do evento.

Caso haja interesse de alguma instituição específica em participar, podemos reabrir as inscrições para

participar da construção do PIA. Na própria construção do Plano de Acompanhamento Individual, virão

muitas das soluções que os meninos trouxeram.

Sobre propostas quanto à questão da empregabilidade, acho que nenhum colega do trabalho

se manifestou, mas na Sedes há reserva de vagas do Renova. Acho que a promotora falou sobre o

Renova. Nós encaminhamos pessoas em situação de rua, por meio da cota do Renova, para

qualificação profissional. Eu acho que podemos fazer a provocação para que haja reserva de vagas

para os egressos, porque isso já existe para a população de rua. Então, nessa cota incluiríamos

oficialmente os meninos. Não poderiam ser tantos meninos assim, mas acho que é algo que poderia

ser ajustado na política. Nós não podemos interferir em outra política pública, mas podemos sair daqui

com uma recomendação para o Renova. Isso nos ajudaria muito, porque para nós também é um

desafio inserir esses meninos no mercado de trabalho após os 18 anos. Lembro que o Renova só

atende pessoas após elas completarem 18 anos.

Por fim, eu queria abrir um diálogo com a Secretaria de Educação. Os meninos trouxeram a

questão do bullying, mas há muita dificuldade em conseguir fazer os meninos assumirem a vaga na

escola. A vaga é estabelecida, mas às vezes, quando vem o processo sobre menino de acolhimento,

uma vaga que conseguiríamos em uma semana, demora 1 mês para ser garantida. Depois,

conseguimos a vaga na escola, só que vamos para a permanência. E eu vou dizer: estamos com muita

dificuldade, muita dificuldade, principalmente com os adolescentes da execução direta. Isso acontece

porque eles acabam fazendo a indicação de reserva e não priorizam o local mais próximo, priorizam a

faixa etária. Então, começamos a enfrentar o problema do transporte para os meninos. Nem todos os

acolhimentos têm meios para garantir o transporte e, até conseguirmos o passe livre, os meninos já

perderam 3 meses de aula.

Os meninos trouxeram um assunto sobre o qual devemos fazer um debate depois. Eu até

gostaria de saber a visão das promotoras sobre isso. O fato de o menino estar no acolhimento,

teoricamente, não pode ser publicizado. Então, estranhei o que falaram sobre os alunos terem visitado

a unidade de acolhimento. Isso, até onde eu sei, é algo que não pode acontecer. Isso estigmatiza o

acolhido. Nós trabalhamos para que ele seja tratado como qualquer outro educando na escola e, não,

como menino do acolhimento. Há vários relatos de estudantes que vão para a escola regular e voltam

dizendo que já ouviram de professores que meninos como eles não eram para estar naquela escola,

que a escola não era do nível deles, que meninos de abrigo são Chiquititas. Muitas vezes fazem

confusão e os chamam de infratores, confundem o Suas com o Sinase. Então, percebemos que a

educação não compreende mesmo o papel da assistência e acaba confundindo os meninos com

aqueles que estão cumprindo medidas socioeducativas. São 2 públicos diferentes. Os meninos sofrem

muito preconceito na escola.

Precisamos reforçar o que a promotora trouxe agora no final. Não conseguimos fazer

acompanhamento nos Caps com os meninos de acolhimento, porque é muito difícil! Todos eles vêm

com algum processo de transtorno, de ansiedade, de TDAH e de outras coisas da própria família.

Fazemos o acolhimento de porta aberta e o menino só conseguirá vaga para 6 meses ou 7 meses

depois. Muitas vezes esse menino se evadiu do acolhimento e não conseguimos garantir o acesso à

saúde. Então, nós do acolhimento temos muita dificuldade com a inserção dos meninos na política de

saúde. Eu acho importante essa proposta da promotora de que haja na regulação um sistema

prioritário para que consigamos fazer o acompanhamento desses jovens do acolhimento. Afeta muito a

saúde mental deles dentro do acolhimento o fato de não conseguirmos vaga no COMPP, no

Adolescentro e no Capsi.

Fico à disposição para que possamos, em outro momento, responder às dúvidas e abordar

outras questões, como as que a Rejane trouxe. Eu acho que são temas sensíveis de que podemos

tratar em outro espaço, mas já está registrado.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aline.

Iremos ouvir quem quiser fazer a sua manifestação. Depois voltaremos à mesa para as últimas

considerações e para encerrar esta sessão.

Concedo a palavra à Patrícia.

PATRÍCIA SOUZA MELO – Imagina, nós que agradecemos a oportunidade de estar aqui.

Sobre o acesso à escolarização, além das leis que já assistem a esses estudantes, como a Lei

nº 12.010/2009, além do ECA, além da Constituição federal e além de toda a legislação que já os

assiste, como eu falei na minha primeira intervenção, há uma portaria específica dentro da Secretaria

de Educação, que é a Portaria nº 46, de 7 de março de 2013. Essa portaria institui, no âmbito da

Secretaria de Educação, a política de inclusão educacional e o acompanhamento de escolarização de

crianças e adolescentes em acompanhamento institucional, com igualdade de condições e

oportunidades para o acesso e a permanência nas unidades escolares.

Essa portaria regula todo o atendimento dentro da secretaria e aborda nos artigos todos os

direitos do estudante, com igualdade de condições a acesso e permanência na unidade escolar. Se

houver algum fato que esteja fugindo dessa portaria, se houver um descumprimento da lei, das

normativas legais federais e da própria instituição, isso precisa ser levado à Diretoria de Direitos

Humanos. Podem entrar em contato conosco para apurarmos a situação.

Como eu disse também na minha primeira fala, nós nos comprometemos a dar maior

visibilidade a esse caderno pedagógico para que os profissionais estejam reiteradamente discutindo e

trazendo acolhimento a esses estudantes de forma mais clara. Esse papel pedagógico é nossa função,

nossa obrigação, e nos comprometemos a reforçar essa portaria que já existe, mas entendemos que os

profissionais da educação precisam ter conhecimento dela e fazer cumprir o que está na portaria.

Aproveito este momento para encerrar a minha fala e agradecer mais uma vez a oportunidade

de estar nesta casa. Para mim, foi uma aula de educação e de cidadania. Meninos, eu dirijo a minha

fala final a cada um de vocês. Aleksandro, David, Estênio, Tainá e Regiane, que falou por último, vocês

são brilhantes. Eu já havia tido a oportunidade de escutar o Aleksandro e o Estênio na conferência.

Quanto potencial vocês têm! Como vocês são inteligentes, como vocês têm futuro pela frente!

Nós estamos aqui, como poder público, para garantir os direitos de vocês. Eu tenho certeza de

que todo mundo sairá daqui com a cabecinha fervendo de ideias e de possibilidades para que

trabalhemos ainda mais, inclusive, intersetorialmente. Eu estava comentando com a promotora que nós

já trabalhamos intersetorialmente e somos muito próximos da Sejus; do MPDFT, na pessoa da doutora

Liz Elainne; da Secretaria da Mulher e de outras secretarias com as quais estamos sempre nos falando

e articulando, numa proximidade maior.

Que possamos sair daqui, realmente, com essas tarefas de casa e esses encaminhamentos que

foram apontados. Você colocou muito bem, Aleksandro: que não fique apenas nas ideias, mas que

realmente aconteça algo. Acreditem no potencial de vocês e não deixem que ninguém diga que vocês

não têm o talento e a possibilidade que mostraram para nós. O que vocês viveram até hoje já foi

superado. Isso é realmente uma lição de vida para cada um de nós.

Eu encerro a minha fala dizendo que aprendi muito no CDCA, no Comitê Consultivo de

Adolescentes. Há uma frase deles que diz que eles não precisam que nós, adultos, demos voz a eles,

porque eles já a têm; eles precisam ser ouvidos por nós. Essa iniciativa hoje do deputado, de colocar

vocês à frente dessa questão, reforça esse protagonismo de vocês.

Parabéns pela audiência.

Esse momento foi importante para que voltemos para as nossas secretarias com mais afinco e

determinação para cuidar de vocês da melhor forma possível.

Obrigada. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Patrícia.

SIMONE RODRIGUES TORRES – Eu só quero agradecer. Esta audiência foi, realmente, como a

Patrícia falou, uma aprendizagem. Eu sou a professora Simone. Estou fazendo parte da equipe de

socioeducação na Diretoria de Modalidades Especiais.

Eu ouvi todos e estou um tanto quanto chocada, porque estive à frente da seção de direitos

humanos e diversidade. Trabalhei durante 12 anos com todo o público infanto-juvenil. Eu sei que

existem essas ilegalidades, vamos chamar assim, mas o que eu ouvi hoje de vocês é tortura. Como

comentamos, é um crime sério.

Eu agradeço a oportunidade de ter ouvido isso. O que estiver ao nosso alcance, como

secretaria, podem ter certeza de que será feito.

Dentro da socioeducação, já era algo que vinha sendo pensado, porque nós estamos

atualizando as diretrizes. Há um caderno orientador também, que vai fortalecer esse trabalho.

Ser acolhido, por qualquer que seja o problema, não desmerece a figura de ser um cidadão, de

ter direitos e ser respeitado. O que está acontecendo? Um ser não pode ser privado, como bem

disseram as nossas colegas, de direitos básicos. Isso é crime, gente! Eu não estou nem raciocinando

direito, mas parabenizo todos vocês, adolescentes e jovens que aqui estão.

Tenho certeza de que tudo o que foi colocado vai ter realmente uma solução e bem rápida.

Agradeço a oportunidade de estar pela primeira vez nesta casa, participando com vocês. É um

aprendizado. Levo cada colocação dentro do coração e vou tentar articular algo com a Patrícia para

resolvermos da melhor forma possível.

Em resposta a você, Aline, na Secretaria de Educação temos projetos dentro das escolas que

dizem respeito à sexualidade. Isso é lei. Nós esbarramos numas situações que fogem à compreensão.

Devem ser trabalhados tanto sexualidade, como doenças DSTs, como bullying, como preconceito. Há

uma gama enorme de direitos humanos previstos em lei, e eles têm que ser cumpridos. Inclusive, isso

consta dentro de alguns projetos políticos pedagógicos. Se não são desenvolvidos, então é preto no

branco.

Quanto ao trabalho desenvolvido, é um trabalho em rede, porque, sozinha, a educação não dá

conta; não temos pernas para isso.

Eu agradeço esta oportunidade, que, para mim, está sendo fantástica.

Obrigada, deputado Gabriel Magno. Agradeço a nossa secretária o fato de, por ela não ter

podido comparecer, nós termos vindo no lugar dela. E, aos meninos, obrigada por conhecê-los.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Simone.

Concedo a palavra à Fernanda Falcomer, da Dissam, Diretoria de Saúde Mental, Secretaria de

Saúde.

Obrigado, Fernanda, pela presença.

FERNANDA FALCOMER – Obrigada.

Eu vou ser breve. Repito a fala das colegas sobre a importância desta oportunidade de ouvir

cada um de vocês, que são porta-vozes de tantos outros.

Quero agradecer a coragem. Ao vê-la falar ao meu lado, eu pensei: “Que menina corajosa de

falar de forma tão firme em relação a isso!” É ouvindo que podemos ajudar a proteger e a rever,

mesmo, os nossos processos, porque, de fato, temos processos que precisam ser melhorados.

Então, agradeço-lhes muito a coragem, parabenizo-os por isso e coloco-me à disposição.

Eu fiz uma anotação – eu prometi –, são 3 folhas de anotações. Vou levá-la para a equipe, a

fim de entendermos onde está havendo barreiras de acesso. Temos nos aproximado muito da Sedes no

processo de desinstitucionalização que a política de saúde mental está fazendo aqui no Distrito Federal,

em um primeiro momento com adultos que saem de hospitais psiquiátricos, e temos discutido a

questão com as equipes de acolhimento de adultos. Eu levo isso para a comissão de desinche, a fim de

aprimorarmos os processos e de estarmos mais junto dessas unidades de acolhimento e, assim,

verificarmos qual é a barreira.

Relativamente à ideia do índice de vulnerabilidade, a secretaria aprovou e publicou

recentemente uma nota técnica da atenção primária, para trabalhar com tal índice. A Carine, que

estava aqui, é uma das responsáveis, e eu acabei de falar com ela para incluirmos um índice que possa

garantir prioridade. Nós trabalhamos, no âmbito da gestão das filas, com um processo de sofrimento

psíquico. Estamos lançando agora a nova nota técnica e fazendo uma gestão na ação civil do COMPP,

do Adolescentro, para tentar diminuir isso e garantir o atendimento. Mas, desta informação dos

voluntários, realmente nós não tínhamos conhecimento. Eu vou verificar e acionar os conselhos de

classe para, junto com a Sedes, Aline, termos acesso à lista desses profissionais de saúde e fazermos

um trabalho integrado e protetivo.

A nossa posição é contra a institucionalização, contra a medicalização excessiva. Então,

precisamos atuar juntos para garantirmos o acesso.

Sobre os direitos sexuais e reprodutivos, isso é um direito no âmbito do SUS. Há uma atuação

ativa para proteção e ação em relação à violação de direitos sexuais. Essas notificações das gravidezes

são um indicador. Sobre a gravidez na adolescência, também anotei aqui, para levar para as meninas e

trabalhar isso do ponto de vista do gênero – também trabalhar com os meninos. Os meninos também

têm responsabilidade neste processo de compreender um pouco mais sobre os direitos sexuais e

reprodutivos. Muitas vezes isso fica só em cima das meninas. As meninas é que têm que se proteger e

não engravidar. Tentaremos ampliar isso um pouco mais e fazer esse debate.

Unidades de saúde. Meninos e adolescentes, todas as unidades de saúde da SES, diante de

uma situação de violação de direito, de violência, mesmo violência institucional, devem notificar os

órgãos competentes. Nos atendimentos, não existe sigilo para violação de direito no âmbito do SUS.

Então, sintam-se à vontade nas consultas que vocês conseguirem, nos Caps ou onde vocês estiverem.

Se for no âmbito do SUS, qualquer tipo de violação, nós também somos porta aberta para acionar a

rede de proteção e para viabilizar a proteção integral. Nós nos colocamos à disposição.

Acho que hoje é só um momento mesmo. Nós estamos com vocês, com um plano para

desenvolver essa política tão importante.

Muito obrigada.

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Muito obrigado, Fernanda. (Palmas.)

Você tem sido muito parceira. Nós sairemos daqui com um monte de tarefas.

O Edson pediu para usar a palavra.

Edson, eu vou pedir que o faça por 2 minutinhos, porque nós já estamos muito atrasados. Eu

vou liberar, mas peço para ficarmos nos 2 minutos, para encerrarmos a nossa comissão geral.

EDSON FERREIRA CAMPOS – Eu sou Edson Ferreira Campos. Sou diretor das obras sociais do

Centro Espírita Irmão Áureo. Nós mantemos 2 unidades de acolhimento, uma em Brazlândia e a outra

em Taguatinga.

Primeiro, quero agradecer a esses adolescentes que vieram tocar nesses pontos. Às vezes, nós

temos dificuldade de enxergar tudo isso, mas eles vêm e abrem os nossos olhos.

Outra coisa – bem rapidinho – é com relação aos egressos. O maior sofrimento da direção de

uma casa de acolhimento é não poder acompanhá-los após os 18 anos.

Nós já tomamos algumas iniciativas para melhorar isso lá na nossa casa. Só queremos

acrescentar uma sugestão, para que fique anotada: que se faça algum projeto para que o jovem da

casa de acolhimento, a partir dos 17 anos, seja recebido, em um estágio, por uma empresa que possa,

depois desse estágio, dar-lhe um emprego quando ele sair do acolhimento, casando essas coisas.

Eu queria me manifestar com relação à gravidez na adolescência e fazer um alerta quanto a 2

posições que são muito importantes: que haja a prevenção, que se possa discutir, botar as cartas na

mesa, para que não aconteça. É uma obrigação nossa garantir esses direitos.

Depois que a adolescente está grávida, a visão tem que ser outra. Tem que haver carinho,

orientação e acolhimento, para que não ocorra mais um trauma. Aí, é viver a maternidade, é construir

o seu futuro.

Nós agradecemos a todos que estão aqui a oportunidade...

(Soa a campainha.)

EDSON FERREIRA CAMPOS – ... lembrando que, toda vez que falarmos de acolhimento, vamos

lembrar, também, que a instituição de acolhimento é uma garantidora dos direitos da criança. Aqui,

todos estamos do mesmo lado.

Muito obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Edson.

Eu devolvo a palavra para os meninos, para a Tainá, para, se quiserem, fazerem as últimas

considerações antes de encerrarmos esta reunião.

ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Vamos lá.

Foi muito bom estarmos aqui, foi muito bom discutir com vocês sobre essas demandas e foi

muito bom trazer demandas dos nossos colegas que não puderam estar aqui.

Estamos representando vários colegas nossos, mas quero pontuar uma questão: quando

acontecer esse tipo de reunião envolvendo adolescentes de instituição, acho que todos os adolescentes

da instituição têm que estar presentes.

Eu vejo, se eu não me engano, 2 instituições presentes: Casa de Ismael e Lar de Eurípedes.

Está faltando mais adolescente aqui. Está faltando mais ocupação neste ambiente. Tem que haver

divulgação e apoio, porque é muito importante mostrar para os adolescentes os seus direitos, mostrar

que eles podem vir aqui, à frente, falar daquilo que está ferindo seus direitos.

Primeiramente, a próxima comissão que houver, tem que estar cheia. Os adolescentes têm que

estar presentes e as instituições têm que estar presentes, têm que trazer os seus acolhidos. É muito

triste ver que só há 2 instituições presentes neste ambiente.

Eu quero falar sobre a questão de as escolas não poderem visitar o acolhimento. Se queremos

combater o bullying, como podemos fazer isso? Mostrando o que realmente é. Por que queremos

esconder isso? Acho errado, sim, não poder haver visitação. Se queremos combater o preconceito, não

podemos nos esconder.

Muito obrigado, gente. Muito obrigado por terem nos ouvido e vindo até esta plenária. Muito

obrigado por tudo.

Antes de passar a palavra aos meus amigos, quero falar um pouco sobre saúde mental, porque

hoje é o Dia Internacional da Saúde Mental. A saúde mental, infelizmente, está precária em todos os

locais: no ambiente escolar, dentro do lar, em todos os ambientes que envolvem a adolescência.

Nós adolescentes estamos aqui também para lutar pela saúde mental, pois tudo que discutimos

hoje envolve saúde mental. Se nada aqui acontecer, isso vai ferir nossa saúde mental. Sair do abrigo e

faltar emprego, por exemplo, querendo ou não, vai afetar a nossa saúde mental.

O pensamento que quero trazer hoje é: como está a saúde mental dos adolescentes em

situação de acolhimento? Como está sendo o cuidado da saúde mental desses adolescentes e como

eles estão sendo acompanhados?

Muito obrigado, gente. Tenham uma boa noite. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Estênio.

Eu queria só observar uma coisa: vocês viram como eles terminaram suas falas? Começaram

todos tímidos, e estão terminando encaminhando tudo. Nem preciso mais ficar aqui, porque eles

resolvem os encaminhamentos. É um negócio impressionante. Parabéns!

Concedo a palavra à Tainá.

TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Quero agradecer a oportunidade que vocês estão

nos dando para sermos ouvidos e podermos realmente melhorar o futuro próximo.

O que estamos tentando fazer é não deixar aqueles que estão vindo passar pelo que nós

passamos.

Muito obrigada. Agradeço muito a vocês. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Tainá.

Concedo a palavra ao David.

DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Boa noite. Eu queria agradecer este momento tão digno e tão

importante. É gratificante a presença de todos vocês. É uma honra estar na Câmara Legislativa. Nem

todos imaginam estar sentados em um lugar tão importante, ao lado de pessoas tão importantes, com

pessoas tão importantes os ouvindo. Agora temos – não vou falar um pingo – um pouco de expectativa

de mudança.

Um tempo atrás, quando começou o projeto com a Fiocruz, eu não imaginava que hoje, depois

de completar 18 anos, eu estaria aqui. Muito tempo atrás, eu pensava que nunca pisaria aqui. A

Fiocruz nos ajudou a chegar a lugares importantes, a ter outros campos de visão, a ter uma

mentalidade diferente. Ela não nos ajuda somente a desenvolver diálogos, mas também a desenvolver

nosso autoconhecimento e pensamento crítico.

A Fiocruz nos ajudou muito. Para todos os jovens que estão no projeto – não só os que estão

vestindo a camisa laranja hoje, mas todos aqueles que já participaram e que estão participando do

projeto –, a Fiocruz é muito importante, porque nos ajudou bastante em todos os pontos, até na saúde

mental. Às vezes ela nos ajuda a conversar assuntos que não conversamos com amigos nem mesmo

com psicólogos. Lá, nós nos sentimos livres para falar, sentimos liberdade para chegar às pessoas e

conversar assuntos que não conversamos com qualquer um. Quero agradecer este momento e,

principalmente, agradecer à Fiocruz. Obrigado, gente! (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, David.

Concedo a palavra ao Aleksandro.

ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Boa noite. Quero fazer um comentário sobre saúde

mental. Acho este um assunto bem importante, até porque essa é uma das coisas com as quais tenho

mais problema.

Eu acho que a base de tudo é a mente. Tudo depende da nossa mente, gente! Isso é uma

coisa tão profunda, não é? Como o David falou, há coisas que não falamos para ninguém, que ficam se

debatendo em nossa cabeça. Até com vocês pode ter acontecido isso – com certeza aconteceu. E

aconteceu ainda mais conosco, que passamos por muita coisa. Agora que estamos saindo do

acolhimento, a saúde mental é superimportante para nós.

Agradeço por estar aqui e espero estar novamente, com mais jovens. Fiquei um pouco

decepcionado, porque estávamos sob grande pressão lá fora, imaginando que este lugar estaria lotado,

pensando o que falaríamos. Sério, eu pensei que aqui estaria cheio de gente, pensei até que o plenário

era maior. Umas pessoas me falaram que aqui era grande, mas eu achei meio pequeno. Não

apareceram tantos jovens, como eu esperava. Eu pensava que haveria até pessoas de escolas. É que

são assuntos que nos dizem respeito. A presença dos jovens é importante.

É importante também a presença de vocês que estão nos ouvindo, mas, como falei, não é só a

fala que eu quero; não é só a fala que nós queremos. Estávamos comentando que parece que, do

pouquinho do que falamos, algumas coisas vão acontecer. É isso o que queremos.

Ficamos felizes. Nós agradecemos. É isso. Agradeço demais a oportunidade; demais, demais

mesmo.

Gente, se vocês me conhecessem há 5 anos, vocês nunca imaginariam que eu me

transformaria na pessoa que sou hoje. Sou totalmente diferente!

Eu queria agradecer a uma pessoa específica: a Lorena. (Palmas.)

Agradeço não só a ela. É que ela é a cabeça do nosso grupo. Agradeço a essas 2 aqui também.

Elas merecem uma salva de palmas também. (Palmas.)

Agradeço ao Janjão. Ele é o nosso fiel escudeiro nas gravações. Se vocês virem qualquer

gravação do nosso grupo, é aquele cara lá que faz. Aquele cara é foda! Ele é foda demais! (Palmas.)

Agradeço a vocês também. Uma salva de palmas para vocês. Esperamos que vocês tragam

soluções de verdade para nós.

É isso. Agradeço. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aleksandro.

Concedo a palavra à Fabiana Damásio.

FABIANA DAMÁSIO – Estamos aqui às 19 horas e 10 minutos. Continuamos aqui porque

sabemos o tamanho da responsabilidade que temos com todos esses jovens, com o futuro dos jovens

que estão aqui, com o futuro dos jovens, como eles falaram.

Para mim, o maior aprendizado é saber que eles podem falar aqui por eles e falar pelo coletivo.

Eu também, aqui, hoje, sou só agradecimento. Agradeço ao deputado Gabriel Magno, que,

desde o primeiro momento em que conversamos com ele, foi não só sensível, mas também

comprometido e dedicado. O deputado assumiu toda a agenda.

Como Fiocruz, sempre falamos de ciência cidadã. O que, hoje, vivemos aqui no plenário é um

exemplo de ciência cidadã, de ciência construída com vocês, de ciência construída para que realmente

uma realidade seja modificada.

Hoje, eu saio daqui emocionada. Saio daqui com muita esperança.

Eu também sou mãe de adolescente. Essa escuta ativa que foi feita hoje aqui, para mim, é o

que precisamos fazer todos os dias. Todo o tempo é pouco para conseguirmos mudar uma realidade.

Então, que sigamos fazendo, cada vez mais, uma escuta ativa! Ver vocês aqui e ver essa possibilidade

de poder trabalhar em conjunto é gratificante.

Contem com a Fiocruz, porque o nosso compromisso é fazer com que a ciência, a tecnologia e

a educação estejam a serviço da comunidade e possam estar ao lado dela.

Muito obrigada. Que bom termos feito isso no Dia da Saúde Mental, porque é um dia de luta,

um dia de afirmação. E é um dia em que, cada vez mais, precisamos fazer com que esses jovens

tenham o direito de existir.

Então, é isso. Gente, muito obrigada! Muito obrigada, deputado Gabriel Magno, pela parceria,

por tudo. (Palmas.)

PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Para encerrarmos, eu queria só reforçar alguns

pontos. Obviamente, nós saímos daqui muito emocionados, acho que nós esperávamos isso. Todas as

vezes que conversamos, nós escutávamos.

Aqui, nós já aprovamos leis; já concedemos títulos de cidadãos honorários de Brasília para

presidentes de tribunais superiores; já fizemos eventos nesta casa em que compareceram 1.500

pessoas.

Se alguém me perguntasse hoje, na minha trajetória parlamentar, qual foi a atividade que mais

me marcou como parlamentar, eu, sem dúvida nenhuma, diria que foi esta comissão geral do dia de

hoje. Mas eu quero também registrar, Fabiana, meninos, meninas e todo mundo que aqui compareceu,

que nós temos muitos compromissos que foram firmados aqui e muita responsabilidade. Houve não só

denúncias, que nós vamos precisar encaminhar. Precisamos conversar, apurar, tomar ações

importantes e precisamos também tirar do papel muitas das coisas com as quais nos comprometemos

e que nos foram pedidas.

Os meninos falaram isso, a Tainá falou isso, a Regiane falou isso. Às vezes, cansa, se alguém

fala conosco e cria uma esperança, mas não vemos as coisas acontecerem. Então, acho que nós

saímos daqui com o compromisso de tentar devolver o mais rápido possível o conjunto dos

encaminhamentos que – eu não vou relê-los – nós fomos firmando ao longo da audiência.

Nós nos comprometemos a encaminhar para cada secretaria, para o próprio Ministério Público,

não só o documento que eles produziram – produziu-se isso com esse roteirozinho, porque fomos

combinando, mudando, passando tudo no improviso –, como também o conjunto das propostas, o

conjunto do que nós falamos aqui. Precisamos fazer isso para podermos acompanhar cada item

pactuado aqui.

E precisamos de um calendário. Acho que um calendário, daqui para a frente, sobre novas

questões que forem aparecendo, sobre o que não conseguimos dizer aqui hoje por diversas razões –

devido ao tempo... Enfim, há coisas que também vão precisar que possamos acompanhar muito de

perto.

Eu quero agradecer demais a presença de todos vocês, de todas vocês. Quero agradecer aos

servidores desta casa: a Maria, do cerimonial, que ficou nos ajudando; a Mayara; o Felipe e o Matheus,

da Copol, a polícia legislativa; a Sarah e a Rose, da copa, que nos serviram; o Marinho e o Eduardo, do

Serviço de Apoio ao Plenário; o Carlos Roberto, o Murilo, o Wanderson, o Sancler, o Valdir, o José Vítor

e o Aricelio, da TV Câmara Distrital, que permitiram a transmissão desta audiência hoje.

Esta audiência ficará gravada e está no YouTube. Então, depois, quem quiser procurar,

revisitar, ela estará lá.

Agradeço a toda a turma da Taquigrafia, que se revezou e está trabalhando no plenário e lá em

cima, para deixar registrado também nas notas taquigráficas tudo o que foi dito. Agradeço ao nosso

mandato; a toda a equipe da Fiocruz e das secretarias. Agradeço demais a presença de vocês.

Declaro encerrada a sessão ordinária que originou esta comissão geral às 19 horas e 17

minutos.

(Levanta-se a sessão às 19h17min.)

Observação: Nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos de acordo

com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização de

cada evento; os nomes não disponibilizados são grafados conforme padrão ortográfico do português brasileiro.

Siglas com ocorrência neste evento:

Caps – Centro de Atenção Psicossocial

Capsi – Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil

CDCA – Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente

CDCA-DF – Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal

CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público

Codhab – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal

Codhab-DF – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal

COMPP – Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica

Copol – Coordenadoria de Polícia Legislativa

Cras – Centro de Referência de Assistência Social

Creas – Centro de Referência Especializado de Assistência Social

Dissam – Diretoria de Serviços de Saúde Mental

DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente

Enap – Escola Nacional de Administração Pública

FAC – Fundo de Apoio à Cultura

FAP-DF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal

Fecomércio-DF – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal

Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz

GDF – Governo do Distrito Federal

MPDFT – Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

OSC – Organização da Sociedade Civil

PcD – Pessoa com Deficiência

PIA – Plano Individual de Atendimento

PPCAM – Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte

PPP – Projeto Político-Pedagógico

PTS – Projeto Terapêutico Singular

Renapsi – Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração

Saica – Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes

Sedes – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social

Sedes-DF – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social do Distrito Federal

SEI – Sistema Eletrônico de Informações

Sejus – Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania

Sejus-DF – Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal

SES – Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal

Sinase – Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo

Suas – Sistema Único de Assistência Social

SUS – Sistema Único de Saúde

TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.

Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do

Setor de Registro e Redação Legislativa, em 14/10/2024, às 14:40, conforme Art. 22, do Ato do Vice-

Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de

outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1861503 Código CRC: B9634EBF.

...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA 87ª(OCTOGÉSIMA SÉTIMA)SESSÃO ORDINÁRIA,TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERALPARA DEBATER AS POLÍTICAS DE PROTEÇÃOÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES E OATENDIMENTO DOS EGRESSOS DOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO,DE 10 DE OUTUBRO DE 2024.INÍCIO ÀS 15H04MIN...
Ver DCL Completo
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 86/2024

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

ATA CIRCUNSTANCIADA DA 86ª

(OCTOGÉSIMA SEXTA)

SESSÃO ORDINÁRIA,

DE 9 DE OUTUBRO DE 2024.

INÍCIO ÀS 15H01MIN TÉRMINO ÀS 17H21MIN

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Convido o deputado Pepa a secretariar os trabalhos da mesa.

Dá-se início aos

Comunicados da Mesa.

Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.

(Leitura do expediente.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.

A presidência vai suspender os trabalhos por alguns minutos.

Está suspensa a sessão.

(Suspensa às 15h06min, a sessão é reaberta às 15h17min.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro reaberta a presente sessão ordinária.

Dá-se início ao

PEQUENO EXPEDIENTE.

Passa-se aos

Comunicados de Líderes.

Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante e aproveito para parabenizar sua excelência

pela Semana do Idoso. O deputado Chico Vigilante está dando um show. Parabéns, deputado Chico

Vigilante, vossa excelência nos enche de orgulho. Eu tive a felicidade de estar na abertura do evento e

tenho a felicidade de ver a Câmara Legislativa lotada todos os dias. É uma pauta extremamente

importante para todos nós.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,

senhoras e senhores deputados, boa tarde.

Presidente, a Semana do Idoso realmente está sendo um sucesso absoluto. Eu quero convidar

vossa excelência para o encerramento amanhã à tarde, quando nós teremos novamente um grande

número de idosos do Distrito Federal presentes aqui nesta atividade.

Nós temos atividades culturais; atividades de saúde; serviços prestados pela Defensoria Pública

do Distrito Federal; serviços prestados pela Polícia Civil do Distrito Federal, com a renovação das

identidades das pessoas idosas. Também está aí o pessoal da Codhab, prestando informações; o

pessoal do BRB; o pessoal da Secretaria de Saúde. Nós montamos uma verdadeira UBS ali no foyer do

auditório, onde as pessoas estão completando as suas vacinas.

Portanto, está sendo realmente um momento muito interessante, um momento muito

importante para esta casa e para os idosos de todos os cantos do Distrito Federal.

Vossa excelência foi fundamental, presidente, no apoio à realização dessa atividade. Eu só

tenho a agradecê-lo por isso. Nós vamos prosseguir amanhã.

Já despontaram algumas reivindicações que nós estamos encampando e pelas quais

certamente lutaremos para que sejam implementadas.

A principal reivindicação que surgiu até agora foi a criação das academias de saúde nas UBS do

Distrito Federal, para que os idosos tenham acesso a elas e possam efetivamente ser atendidos,

porque hoje o atendimento, muitas vezes, é feito com toda a boa vontade, com todo profissionalismo,

com toda a coragem dos profissionais de saúde, mas não há estrutura necessária. As tendas são velhas

e já estão rasgando. As pessoas precisam de locais decentes. Vamos lutar para que essas academias

de saúde sejam implementadas e para que a população idosa possa ser bem-atendida no Distrito

Federal. É considerado idoso o cidadão a partir dos 60 anos. A cada dia cresce mais o número de

idosos no Distrito Federal. Vamos buscar o Governo do Distrito Federal para que ele atenda essa que é

a principal reivindicação, fruto da Semana do Idoso que estamos realizando na Câmara Legislativa do

Distrito Federal.

Presidente, encerrada essa fala, quero fazer um apelo à vossa excelência. O senhor acredita

que essa empresinha que presta serviço a esta casa atrasou o pagamento das copeiras de novo? As

meninas que servem café e água para nós, em todos os andares, estão de novo sem pagamento, e a

empresa não dá nenhuma explicação a respeito do pagamento delas! Portanto, sugiro a vossa

excelência que tome providências imediatas. Se esta empresa não tem condição de continuar

prestando serviço e pagando o salário dessas trabalhadoras e desses trabalhadores – há garçons

também –, vamos chamar outra empresa que será obrigada a contratar as copeiras e os garçons para

tirá-los do sufoco que eles estão vivendo.

É esse o apelo que faço à vossa excelência.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.

Já estou conversando com os deputados da Mesa Diretora – deputado Pastor Daniel de Castro

e deputado Roosevelt. O deputado Roosevelt é o responsável por isso e vai tomar providências. Não

vamos admitir este tipo de situação na Câmara Legislativa. A Câmara Legislativa precisa ser exemplo e

referência. Vamos reagir. Da mesma maneira que, se atrasar o pagamento dos nossos salários, nós

pulamos, não podemos permitir que isso seja feito. Então, já fica o nosso compromisso público, com

esses servidores que tão bem nos servem, de que vamos tomar providências.

Concedo a palavra ao deputado Roosevelt.

DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Deputado Chico Vigilante, nobres

colegas, infelizmente, tenho que dar boas-vindas à burocracia do Estado.

Não é a primeira vez, deputado Chico Vigilante, que esta empresa descumpre obrigações com

seus colaboradores, o que não tem ocorrido por parte da Câmara Legislativa com a empresa. A Câmara

Legislativa sempre tem cumprido com suas obrigações, ou seja, seus pagamentos e repasses. Já foram

tomadas todas as providências no sentido de rescindir o contrato com essa empresa. Porém, é como

falei: sejam bem-vindos à burocracia do Estado. Isso não é feito de um dia para o outro, é preciso

seguir um rito. Paralelamente ao rompimento do contrato e às inevitáveis multas e sanções à empresa,

estamos contratando uma nova empresa.

Já que estamos falando de questões internas à Câmara Legislativa, informo que também

finalizamos o contrato de reforma, ampliação e modernização dos elevadores. Assim que a Câmara

Legislativa entrar de recesso, será iniciada a obra dos elevadores. Todos os elevadores serão trocados,

modernizados, aumentando a sua capacidade de velocidade, para que possamos receber a população

do DF de uma forma mais digna nesta casa. E, em fevereiro, quando retornarmos do recesso, esses

elevadores principais já estarão operando, e será iniciada a obra daqueles outros elevadores do final do

corredor também.

Então, essas questões estão sendo verificadas.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Agradeço ao nobre deputado Roosevelt. Acho

extremamente importante que haja esse gesto por parte da Câmara Legislativa. Nós temos que ter

muito orgulho dos nossos funcionários que se dedicam ao trabalho, mas nem tanto da empresa. Então,

é uma pena que isso aconteça.

Deputado Chico Vigilante, mais uma vez, nós agradecemos esse cuidado que vossa excelência

tem com os funcionários. O deputado Chico Vigilante é o primeiro a levantar a voz em favor deles, mas

todos nós o acompanhamos.

Muito obrigado.

Concedo a palavra ao deputado Iolando. (Pausa.)

Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte. (Pausa.)

Concedo a palavra deputado Pastor Daniel de Castro. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado João Cardoso. (Pausa.)

DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu vi o

deputado Max Maciel entrando no plenário, eu não sei se ele ainda está presente. Há um projeto de

concessão de título de cidadão honorário de Brasília ao Endrick, que foi proposto por ele. Eu pedi ao

deputado Max Maciel que eu pudesse assinar o projeto junto com ele, e ele permitiu.

Nós precisamos muito que esse título seja apreciado hoje, porque o Endrick estará em Brasília

na semana que vem, por ocasião do jogo da Seleção Brasileira.

Há 11 deputados em plenário, com o deputado Max Maciel, que está aqui fora, há 12

deputados presentes. Eu gostaria de pedir a vossa excelência que, se em algum momento da tarde de

hoje nós chegarmos a 13 deputados presentes, possamos inverter a ordem da pauta de votação e

abrirmos a votação só desse PDL para que possamos fazer a entrega do título na próxima semana.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Thiago Manzoni, com a presença de

12 deputados não é possível?

DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, eu acho que são necessários 13

deputados... São 12 deputados mais 1 deputado.

Então, se pudermos, em havendo quórum, invertermos a ordem, eu agradeço muito.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está ouvindo, deputado Thiago Manzoni, o

deputado Gabriel Magno está dizendo que o senhor quer só se for com 13 deputados.

DEPUTADO THIAGO MANZONI – Não, eu não tenho nada em especial com o número 13. É um

número que está quase esquecido pelo Brasil inteiro. Não sou eu que vou ficar me lembrando dele.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Thiago Manzoni, o senhor é mal-

educado, não é? (Risos.)

DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, eu fui provocado. (Risos.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Thiago Manzoni, o senhor não

rezou um Pai Nosso antes de entrar na sessão?

(Intervenção fora do microfone.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Ricardo Vale, o senhor levantou a

bola, começou o Lula contra o Bolsonaro. Agora, é o deputado Ricardo Vale.

DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu só gostaria

de dizer que eu apoio essa iniciativa. O Endrick foi jogador do Palmeiras, do meu Palmeiras. Inclusive,

ele fez aquela virada com o seu Botafogo.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Eu me lembro daquela palhaçada.

DEPUTADO RICARDO VALE – Então, nada mais justo. O Endrick e o Palmeiras merecem.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – E ainda mais com 13 votos, não é? (Risos.)

DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, já que

estamos nesse clima amistoso, vamos apreciar a concessão do título ao Xandão.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Eu concordo.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Ele mostrou para o mundo que este país não é uma

republiqueta de bananas.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Tanto o Alexandre de Moraes quanto o

Nikolas terão o meu voto.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE – O Xandão mostrou que o Elon Musk teve que se render à

legislação brasileira.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra ao deputado João Cardoso.

DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Como líder. Sem revisão do orador.) – Presidente,

cumprimento todos os parlamentares presentes, a assessoria e todos aqueles que nos acompanham

pela TV Câmara Distrital.

Hoje, dia 9 de outubro, estou aqui para falar com o pessoal da carreira PPGE da Secretaria de

Educação. Eu estive agora numa reunião com a associação deles, na qual vários assuntos de interesse

dessa carreira foram tratados. Já dei encaminhamento a várias situações.

Uma das pautas bastante pedida pelo pessoal dessa carreira foi em relação às matrículas na

rede pública do Distrito Federal. Ela estava prevista para iniciar no dia 2 de janeiro de 2025, o que

atrapalharia o recesso do Natal e do Ano Novo. Eu entrei em contato com o secretário Isaías – mais

uma vez agradeço à secretária Hélvia, ao secretário Isaías e à Ana Paula, da Sugep, por sempre nos

atenderem –, e eles me disseram que o calendário estava pronto. Explicamos para eles que o dia 2

será numa quinta-feira e que não haveria problema se prolongássemos um pouquinho a data para o

dia 6, segunda-feira. O secretário Isaías conversou com o pessoal da Suplav, e eles resolveram fazer

essa alteração. As matrículas serão feitas a partir do dia 6 de janeiro no Distrito Federal. Essa data não

atrapalhará o recesso do Natal nem do Ano Novo dos servidores da PPGE, carreira de assistência à

educação do Distrito Federal.

Mais uma vez, muito obrigado à secretária Hélvia, ao secretário Isaías, à Ana Paula e a todos

que fazem parte da gestão da Secretaria de Educação. Agradeço também ao pessoal da carreira PPGE

por nos trazer essa situação.

Muito obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.

(Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna. (Pausa.)

Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor

presidente, boa tarde. Espero que o seu Botafogo tenha êxito nas próximas semanas.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – É de coração esse desejo?

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – É de coração, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Se é de coração, eu recebo.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Nós queremos enfrentar o Botafogo na final da Libertadores.

Temos muito carinho.

Presidente, boa tarde a todas as pessoas. Eu só quero dizer que o meu tempo já começou com

2 minutos. Então, vai se tocar a campainha de maneira equivocada; por conta do Botafogo, o meu

tempo caiu e precisa ser restabelecido no painel.

Presidente, o que me traz aqui são alguns assuntos. O primeiro é que amanhã, dia 10 de

outubro, comemoraremos o Dia Mundial da Saúde Mental. Essa é uma data importante, deputado João

Cardoso, porque é preciso também se pensar em políticas públicas para a saúde mental no Distrito

Federal e no Brasil.

Apresentamos, nessa segunda-feira, presidente, um relatório feito a partir de uma fiscalização

do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Fiscalizaram o Hospital São Vicente de

Paulo, aqui no Distrito Federal, e a comunidade terapêutica Salve a Si, e identificaram, nessa inspeção,

denúncias, vestígios e provas de tortura, de violação dos direitos humanos, de restrição e privação de

liberdade dos pacientes, o que é completamente ilegal, sob todos os pontos de vista, dos direitos

humanos, da legislação.

Há hoje uma legislação que proíbe e diz...

(Intervenção fora do microfone.)

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Se quiserem votar, depois eu falo.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Eu acho que dá para concluir.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Ok.

Então, presidente, eu quero fazer esse registro. É preciso, urgentemente, que avancemos em

uma política antimanicomial no Distrito Federal, fechemos o São Vicente de Paulo e não permitamos

mais que recursos públicos financiem as comunidades terapêuticas que praticam esse tipo de abuso, de

crimes e de violências. É preciso fortalecer a Raps, a Rede de Apoio Psicossocial; construir mais Caps;

nomear servidores públicos.

Faço esse registro em função do dia 10 de outubro, amanhã, Dia Mundial da Saúde Mental.

Presidente, lamentavelmente, ontem nós vimos nesta tribuna alguns parlamentares da extrema

direita que, corriqueiramente, utilizam-se do mecanismo da mentira, das fake news, para tentar fazer

disputa política. Primeiro que nós não vimos aqui, ontem, ninguém acusar a urna eletrônica. Parece

que, na eleição municipal, eles descobriram e acharam o código-fonte. Tiveram acesso a ele e a urna

eletrônica agora é uma coisa maravilhosa, que funciona muito bem. Disseram que o Lula perdeu as

eleições. Eu acho que falta entender que, na última eleição de que o Lula participou, em 2022, ele

ganhou, e, aí, eles disseram que a urna não funcionou.

Para concluir, eu quero desmentir a mentira. Foi dito nesta tribuna... Aliás, tem sido dito pelo

ex-presidente inelegível Bolsonaro, bem como por outras lideranças e parlamentares da extrema

direita... Aquele episódio, que não aconteceu, mas que eles insistem em trazer para tentar fazer uma

demarcação, de que o Lula disse que as pessoas, ou algumas pessoas, roubam o celular para tomar

uma cerveja. Vou desmentir, porque isso, presidente, já é público.

O que houve foi uma entrevista que o presidente Lula deu, ao vivo, no Facebook, no dia 25 de

agosto de 2017. E esse trecho, essa fala diz respeito a um vídeo editado, em que pegam 2 falas do

presidente Lula para transformá-las em fake news e na mentira que foi dita ontem. Eu vou ler os 2

trechos, para deixar nítida a verdade e não prevalecer a mentira como a prática política de alguns

setores.

A primeira resposta do Lula diz respeito a uma pergunta sobre as causas de violência. Ele fala:

“É uma coisa que está intimamente ligada à violência, aos casos de violência e também à questão

social. Ou seja, o cidadão teve acesso a um bem material, a uma casinha, a um emprego e de repente

perde tudo. Então, vira uma indústria de roubar celular. Para que roubam o celular? Para vender, para

ganhar um dinheiro. Eu penso que essa violência que está em Pernambuco é causada pela

desesperança.”

Logo após, ele comenta sobre o ódio que tomou o país e faz uma comparação com time de

futebol: “É preciso distensionar para a sociedade perceber que a torcida do Santa Cruz e do Sport não

são inimigas, são adversárias durante o jogo. Depois vão para o bar tomar cerveja juntos... e ainda

deixa o pessoal do Náutico batendo palmas de lado”. Essa é a verdadeira fala, na entrevista do

presidente Lula, que a extrema direita pegou, editou, falsificou e continua divulgando a mentira para

tentar colocar na boca do presidente da República uma frase que ele nunca disse.

Essa tem sido a prática, deputado Ricardo Vale, dessa turma, que não respeita a democracia,

que perdeu as eleições em 2022. Aliás, no Entorno... Comemoraram aqui ontem, mas perderam no

Entorno, perderam nas principais cidades. Em Valparaíso, por exemplo, houve até carreata com a

presença da ex-primeira-dama, da turma toda...

(Soa a campainha.)

DEPUTADO GABRIEL MAGNO – E perderam.

Então, fica aqui registrada a verdade, presidente, da fala do presidente Lula, a verdade sobre o

processo político-eleitoral. Nós saímos das urnas municipais, nesse final de semana, de fato, com

grandes questões para o Brasil, com grandes desafios, mas com a democracia e o sistema eleitoral

brasileiro funcionando, inclusive com a integridade das urnas eletrônicas, que elegeram também todos

nós e o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Obrigado, presidente.

DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, agradeço. É só para,

aproveitando que há quórum, votarmos os 3 projetos de decreto legislativo que eu havia pedido. O

projeto de decreto legislativo de título de cidadão benemérito do Endrick e do Kaká, respectivamente

os Projetos de Decreto Legislativo nºs 202 e 204/2024; e também do Robert Renan, de nº 138/2024.

São esses 3 projetos de decreto legislativo. Agradeço muito se pudermos votá-los.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Da minha parte, concordo e manifesto acordo.

Indago se todos os deputados estão de acordo. (Pausa.)

Todos estão de acordo. Vamos encerrar os Comunicados de Líderes e iniciar a Ordem do Dia.

Antes, porém, concederei a palavra ao deputado João Cardoso, para falar a respeito de uma

matéria do nosso interesse. Depois passaremos ao processo de votação.

DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, vou falar

aqui sobre a Lei nº 1.332/2024, aprovada na Câmara Legislativa, de autoria do Executivo, que altera a

Lei nº 6.448, de 23 de dezembro de 2019, que “dispõe sobre a carreira Planejamento Urbano e

Infraestrutura do Distrito Federal”, e altera a Lei nº 5.195, de 26 de setembro de 2013, que “dispõe

sobre a carreira Planejamento e Gestão Urbana e Regional do Distrito Federal e dá outras

providências”.

Essa lei veio para a Câmara Legislativa e recebeu uma emenda parlamentar, de autoria de

vossa excelência. O art. 4º dispôs que a carreira Planejamento Urbano e Infraestrutura do Distrito

Federal exerce o poder de polícia administrativa no Distrito Federal. Rapidamente, as pessoas notaram

que essa emenda está totalmente contrária àquilo que já existia no Distrito Federal, porque a polícia

administrativa, pelo conceito, atua de forma preventiva, buscando evitar situações que possam

comprometer o interesse coletivo.

Alguns exemplos de atuação da polícia administrativa seriam a fiscalização do trânsito, com os

auditores fiscais de atividades urbanas, fiscalização de transporte; o controle sanitário, com a carreira

de especialidade de auditores de vigilância sanitária. Sobre a questão dos estabelecimentos comerciais,

no DF Legal, há a especialidade de atividades econômicas, que já fiscaliza isso; a regulação do uso do

solo urbano, os auditores de obras fazem fiscalização, assim como aqueles da inspeção, da carreira de

auditor fiscal de atividades de resíduos sólidos, da qual o deputado Pepa faz parte. Há, ainda, a

proteção ambiental, que, no caso, é feita pela fiscalização dos auditores de controle ambiental.

Ou seja, a Emenda nº 4 diz que a polícia administrativa pode aplicar medidas repressivas,

como multas, apreensão de mercadoria e interdição de estabelecimentos nas sanções que estão

sempre relacionadas a infrações de natureza administrativa.

O que estou querendo dizer é que o art. 4º é totalmente contrário, porque já há a carreira de

atividades urbanas, que já exerce todas essas atribuições.

A lei já foi votada, já há redação final, mas vai para o Buriti. Conversamos com o secretário

Mangueira, com a Chris, presidente do Sindafis, e com o presidente deputado Wellington Luiz, autor da

emenda. Ficou acertado solicitar ao governador Ibaneis Rocha que o art. 4º seja vetado, com o acordo

de futuramente não derrubarmos esse veto para não haver uma sobreposição de atividades. Já temos

uma carreira muito bem estruturada, que é a carreira de atividades urbanas da auditoria fiscal.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado João Cardoso. Ratifico

publicamente a minha posição de apoio ao encaminhamento de vossa excelência para que não haja

qualquer tipo de questionamento. Vou me reunir com as carreiras interessadas e informá-las da

situação. Se houver alguma outra saída que não seja essa da sobreposição, como bem colocou vossa

excelência, nós estaremos à disposição.

DEPUTADO JOÃO CARDOSO – Presidente, aproveito para agradecer ao senhor, que, além de

comandar esta casa muito bem durante esses primeiros 2 anos – ainda haverá mais 2 anos pela frente

–, tem sido muito parceiro de todos os parlamentares, entendendo a questão legal e a questão das

carreiras, que muito agradecem a sua intervenção na casa, e ajudando todos os servidores públicos do

Distrito Federal.

Muito obrigado.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado João Cardoso. O pleito é

extremamente justo, mas vou ser sincero: estou fazendo isso por medo de vossa excelência, que botou

uma pressão muito grande. Os senhores não conhecem o Joãozinho bravo, não. (Risos.)

Brincadeiras à parte, o que o deputado João Cardoso traz é extremamente coerente, justo. A

nossa tentativa é sempre a de atender às carreiras; mas, quando há um equívoco – e foi o caso,

reconhecidamente –, nós recuamos para que haja, de fato, um entendimento melhor. O deputado João

Cardoso, com o cuidado e o respeito de sempre, trouxe-me isso e não tenho dificuldade alguma em

apoiá-lo na sua decisão, que passa a ser nossa.

Obrigado, deputado João Cardoso.

Dá-se início à

ORDEM DO DIA.

(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela

Secretaria Legislativa/CLDF.)

DEPUTADA JAQUELINE SILVA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADA JAQUELINE SILVA (MDB. Sem revisão da oradora.) – Obrigada, presidente. Eu

quero somente pedir a inclusão do item nº 217, um projeto de decreto legislativo que diz respeito à

senhora Meire e que já está com a tramitação concluída.

Para quem não a conhece, a doutora Meire Mota é presidente da Associação Brasileira das

Mulheres Advogadas.

Peço essa inclusão e o apoio de todos os deputados.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – A Meire possui uma história muito bacana.

Parabéns pela escolha, deputada Jaqueline Silva.

Nós estamos pedindo, deputado Thiago Manzoni, para apreciarmos os itens que são

consensuais em bloco. Não há problema votarmos os 3 itens. O da deputada Jaqueline Silva já foi

acolhido.

Os meninos já estão preparando os itens para a votação.

O deputado Ricardo Vale está pedindo... pelo Nikolas ou é pelo Xandão?

DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Não, presidente. Só pedi a palavra

para mandar um recado aos trabalhadores do Eixão do Lazer, ao pessoal da cultura, aos moradores da

Asa Sul e da Asa Norte.

Muitas pessoas estão me ligando para cobrar aquele plano de ocupação e uso do Eixão do

Lazer, questão que tenho acompanhado. Vossa excelência, inclusive, me ajudou quando eu e o

deputado Chico Vigilante propusemos uma audiência pública para discutirmos a questão do Eixão.

Desde então, temos acompanhado e discutido com o DER – o Fauzi tem conversado muito comigo – e

com a Secretaria de Governo, na pessoa do doutor José Humberto. Hoje mais cedo, conversei com o

secretário Gustavo Rocha, da Casa Civil. Portanto, quero dar uma posição para as pessoas que lá

trabalham, principalmente aos ambulantes e ao pessoal dos food trucks.

O DER já cumpriu a parte dele no projeto, que já foi para a Secretaria de Governo, a qual fez

observações. Agora o projeto está na Casa Civil, onde serão analisadas questões jurídicas. O secretário

Gustavo Rocha falou que o projeto requer certo cuidado e paciência. A parte jurídica pede esse

cuidado.

Felizmente, o projeto está caminhando muito bem pelas informações que eu obtive. Então,

aproveito este momento para dizer à comunidade, aos usuários, aos ambulantes, aos trabalhadores da

cultura, que a coisa está andando bem, graças a Deus.

Esta casa teve uma importância muito grande no processo de resistência. Eu quero parabenizar

o deputado Fábio Félix, o deputado Gabriel Magno, o deputado Max Maciel, o deputado Chico Vigilante,

a deputada Dayse Amarilio, que foram solidários principalmente com os trabalhadores e agiram de

forma rápida, no sentido de evitar que o Eixão do Lazer fosse interrompido. Aliás, com o trabalho que

temos feito, a tendência é que as coisas melhorem por ali. É este o nosso desejo.

Fica o registro. Quero dizer aos trabalhadores que as coisas estão andando bem. Como me

parece que isso ainda não será resolvido esta semana, o processo continua o mesmo. Então, os

trabalhadores podem continuar trabalhando lá aos finais de semana. O plano que o governo está

elaborando ainda não está finalizado. Mas eu quero fazer este registro e agradecer aos secretários por

terem passado estas informações importantes sobre o Eixão do Lazer.

Era isso, presidente. Muito obrigado.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Ricardo Vale. Parabéns

pelo encaminhamento, a matéria é muito cara para todos nós. Esta casa, como bem colocou o

deputado, assumiu o protagonismo novamente para resolver um problema importante para nós. Quero

publicamente parabenizar o deputado Ricardo Vale, que tem cuidado tão bem disso. Obrigado.

DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,

primeiramente, boa tarde a todos, eu preciso fazer um pronunciamento.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado, faça-o no Grande Expediente. Eu

consultei os deputados e todos concordaram, deputado Rogério Morro da Cruz, que nós iríamos votar

somente os títulos de cidadão honorários, aqueles mais tranquilos: Alexandre de Moraes, Nikolas,

Bolsonaro, Michelle... uma coisa mais tranquila. O primeiro a usar a palavra depois será vossa

excelência.

Prestem atenção aos itens consensuais.

Pergunto aos líderes se há acordo para superarmos o sobrestamento decorrente dos 126 vetos

e apreciarmos as demais matérias constantes na Ordem do Dia e os itens da extrapauta. (Pausa.)

Não houve manifestação em contrário.

Apreciação, em bloco, dos seguintes itens:

Item nº 208:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de

autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador

Robert Renan Alves Barbosa”.

Item nº 209:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 155/2024, de

autoria do deputado Jorge Vianna, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora

Luiza Helena Trajano”.

Item nº 210:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 59/2023, de autoria

do deputado Wellington Luiz, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao Arcebispo

Ordinário Militar do Brasil Dom Marcony Vinícius Ferreira”.

Item nº 211:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 178/2024, de

autoria da deputada Paula Belmonte, que “Concede o Título de Cidadã Benemérita de Brasília à

Senhora Ana Cláudia Badra Cotait”.

Item nº 212:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 112/2024, de

autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao

senhor Ney Ferraz Júnior”.

Item nº 213:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024, de

autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à

senhora Maria Angela Marini Vieira Ferreira”.

Item nº 214:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 125/2024, de

autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à

Senhora Maria Teresinha de Oliveira Cardoso”.

Item nº 215:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024, de

autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor

Edson Alfredo Martins Smaniotto”.

Item nº 216:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024, de

autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao

Desembargador Sérgio Xavier de Souza Rocha”.

Item nº 217:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 266/2022, de

autoria do ex-deputado Agaciel Maia, que “Concede Título de Cidadã Honorária de Brasília a senhora

Meire Lúcia Gomes Monteiro Mota Coelho”.

Item nº 218:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024, de

autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Hélio Camilo

Marra”.

Item nº 219:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024, de

autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador

Endrick Felipe Moreira de Sousa”.

Item nº 220:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 204/2024, de

autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao

senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite – Kaká”.

Item nº 221:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024, de

autoria do deputado Iolando, que “Concede o título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora

Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio”.

Item nº 222:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 205/2024, de

autoria do deputado Iolando, que “Fica concedido o título de Cidadã Honorária de Brasília à Pastora

Ezenete Rodrigues”.

Item extrapauta:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 186/2024, de

autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Benemérito de Brasília ao Senhor Diego

Marques Araújo”.

DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, de todos os que

foram lidos, há apenas 1 que não estava no acordo, acho que foi por engano. É o item nº 209 da

pauta. Esse eu preciso votar contra. Poderia destacá-lo?

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – De quem é esse? Luiza Helena Trajano. De

quem é esse item?

DEPUTADO THIAGO MANZONI – É do deputado Jorge Vianna. Eu só preciso votar contrário. Se

quiser votar hoje, não há problema.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Então, vamos destacar esse item? Vamos

destacá-lo. Está retirado.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, há um

entendimento nesta casa, e vossa excelência é testemunha disso, de que só votamos proposição de

deputados que estão presentes. O deputado Jorge Vianna não está presente. Então, tem que retirar da

pauta.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Reforço a retirada, deputado Chico Vigilante.

Eu já havia retirado. Como o deputado não se encontra, vossa excelência tem razão.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Retira da pauta sem necessidade de destacar.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está retirado.

O deputado Max Maciel ainda quer falar? (Pausa.)

Vou passar a presidência ao deputado João Cardoso e a relatoria dos itens para a deputada

Dayse Amarilio.

(Assume a presidência o deputado João Cardoso.)

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Pergunto aos líderes se há acordo para votação

em bloco dos projetos de decreto legislativo não polêmicos. (Pausa.)

Não havendo manifestação em contrário, faremos a votação dos projetos lidos. Se algum

deputado desejar votar em separado, que solicite o destaque.

Procederemos à apreciação em bloco dos pareceres da CAS e da CCJ.

A Presidência designa a deputada Dayse Amarilio para emitir parecer sobre as matérias.

Solicita à relatora, deputada Dayse Amarilio, que emita parecer da Comissão de Assuntos

Sociais sobre os itens nºs 208, 210, 211, 213, 214, 215, 216, 218, 219, 220, 221, 222, e o item

extrapauta, o Projeto Decreto Legislativo nº 186/2024, de autoria do deputado Pepa.

A palavra está com a relatora deputada Dayse Amarilio.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu

sei que fizemos acordo para não votarmos projetos de decreto legislativo de deputado ausente, mas há

um aqui que é importante, porque é de uma pessoa muito querida que compôs esta casa, o ex-

deputado Agaciel Maia. Ele já não é mais deputado, mas foi ele que apresentou o item nº 217,

presidente. Eu gostaria de ver a possibilidade de esta casa aproveitar para incluir esse projeto, que não

é polêmico, na votação.

(Intervenção fora do microfone.)

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Não leu, não, o item nº 217.

(Intervenção fora do microfone.)

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Acabou de pular ali agora, então. Precisa ratificar,

então, porque não leu agora. Obrigado.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Deputado Pastor Daniel de Castro, isso

aconteceu porque este projeto já tem parecer da CAS. Mas o item nº 217 já foi chamado, sim.

Solicito à relatora, deputada Dayse Amarilio, que emita parecer da Comissão de Assuntos

Sociais sobre a matéria.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para emitir parecer. Sem revisão da oradora.) – Senhor

presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Assuntos Sociais às seguintes

proposições:

– Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de autoria do deputado Max Maciel, que

“Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador Robert Renan Alves Barbosa”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 59/2023, de autoria do deputado Wellington Luiz, que

“Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao Arcebispo Ordinário Militar do Brasil Dom

Marcony Vinícius Ferreira”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 178/2024, de autoria da deputada Paula Belmonte, que

“Concede o Título de Cidadã Benemérita de Brasília à Senhora Ana Cláudia Badra Cotait”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024, de autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que

“Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à senhora Maria Angela Marini Vieira Ferreira”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 125/2024, de autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que

“Concede o Título de Cidadã Honorária De Brasília à Senhora Maria Teresinha de Oliveira Cardoso”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024, de autoria do deputado Wellington Luiz, que

“Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Edson Alfredo Martins Smaniotto”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024, de autoria do deputado Wellington Luiz, que

“Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Desembargador Sérgio Xavier de Souza Rocha”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024, de autoria do deputado Pepa, que “Concede

título de cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Hélio Camilo Marra”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024, de autoria do deputado Max Maciel, que

“Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador Endrick Felipe Moreira de Sousa”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 204/2024, de autoria do deputado Thiago Manzoni, que

“Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite –

Kaká”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024, de autoria do deputado Iolando, que “Concede o

título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 205/2024, de autoria do deputado Iolando, que “Fica

concedido o título de Cidadã Honorária de Brasília à Pastora Ezenete Rodrigues”;

– Projeto de Decreto Legislativo nº 186/2024, de autoria do deputado Pepa, que “Concede

título de cidadão Benemérito de Brasília ao Senhor Diego Marques Araújo”.

Verifica-se que os homenageados preenchem os requisitos da Resolução nº 334/2023, razão

pela qual manifestamos voto pela aprovação dos seguintes projetos: Projeto de Decreto Legislativo nº

138/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 59/2023, com a emenda da CCJ; Projeto de Decreto

Legislativo nº 178/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº

125/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024;

Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024; Projeto de

Decreto Legislativo nº 204/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024; Projeto de Decreto

Legislativo nº 205/2024; e Projeto de Decreto Legislativo nº 186/2024.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam os pareceres permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

Os pareceres estão aprovados com a presença de 17 deputados.

Solicito ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Thiago Manzoni, que

designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.

DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, na medida em que sou proponente de um

dos títulos, designo o deputado Chico Vigilante, vice-presidente da CCJ.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Solicito ao relator, deputado Chico Vigilante, que

emita parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre os itens nºs 208, 211, 213, 214, 215, 216,

218, 219, 220, 221, 222 e o item extrapauta.

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Concedo a palavra a vossa excelência.

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, é só para

avisar ao deputado Rogério Morro da Cruz que, tão logo se encerre a votação desse bloco de projetos

de decreto legislativo, daremos prosseguimento à votação do projeto do deputado. Houve o pedido,

mas, como ele foi intempestivo, poderia prejudicar os demais. Mas não vamos deixar de votá-lo hoje.

Falo isso para o conhecimento do deputado.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Solicito ao relator, deputado Chico Vigilante, que

emita parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre a matéria.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor

presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Constituição e Justiça aos

projetos de decreto legislativo constantes dos itens que vou enumerar a partir de agora:

– Item nº 208:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de

autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador

Robert Renan Alves Barbosa”;

– Item nº 210:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 59/2023, de autoria

do deputado Wellington Luiz, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao Arcebispo

Ordinário Militar do Brasil Dom Marcony Vinícius Ferreira” – com emenda na CCJ;

– Item nº 211:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 178/2024, de

autoria da deputada Paula Belmonte, que “Concede o Título de Cidadã Benemérita de Brasília à

Senhora Ana Cláudia Badra Cotait”;

– Item º 213:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024, de

autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à

senhora Maria Angela Marini Vieira Ferreira”;

– Item nº 214:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 125/2024, de

autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária De Brasília à

Senhora Maria Teresinha de Oliveira Cardoso”;

– Item nº 215:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024, de

autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor

Edson Alfredo Martins Smaniotto”;

– Item nº 216:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024, de

autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao

Desembargador Sérgio Xavier de Souza Rocha”;

– Item nº 218:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024, de

autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Hélio Camilo

Marra”;

– Item nº 219:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024, de

autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador

Endrick Felipe Moreira de Sousa”;

– Item nº 220:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 204/2024, de

autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao

senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite – Kaká”;

– Item nº 221:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024, de

autoria do deputado Iolando, que “Concede o título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora

Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio”;

– Item nº 222:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 205/2024, de

autoria do deputado Iolando, que “Fica concedido o título de Cidadã Honorária de Brasília à Pastora

Ezenete Rodrigues”;

– Item nº 207:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 158/2024, de

autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao

senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite – Kaká”;

– Item nº 208:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de

autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador

Robert Renan Alves Barbosa”;

– Item nº 209:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 155/2024, de

autoria do deputado Jorge Vianna, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora

Luiza Helena Trajano”.

Senhor presidente, retifico o parecer da Comissão de Constituição e Justiça.

Parecer da Comissão de Constituição e Justiça aos projetos de decreto legislativo constantes

dos itens que vou enumerar a partir de agora:

– Item nº 208:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de

autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador

Robert Renan Alves Barbosa”;

– Item nº 211:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 178/2024, de

autoria da deputada Paula Belmonte, que “Concede o Título de Cidadã Benemérita de Brasília à

Senhora Ana Cláudia Badra Cotait”;

– Item º 213:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024, de

autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à

senhora Maria Angela Marini Vieira Ferreira”;

– Item nº 214:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 125/2024, de

autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária De Brasília à

Senhora Maria Teresinha de Oliveira Cardoso”;

– Item nº 215:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024, de

autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor

Edson Alfredo Martins Smaniotto”;

– Item nº 216:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024, de

autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao

Desembargador Sérgio Xavier de Souza Rocha”;

– Item nº 218:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024, de

autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Hélio Camilo

Marra”;

– Item nº 219:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024, de

autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador

Endrick Felipe Moreira de Sousa”;

– Item nº 220:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 204/2024, de

autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao

senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite – Kaká”;

– Item nº 221:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024, de

autoria do deputado Iolando, que “Concede o título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora

Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio”;

– Item nº 222:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 205/2024, de

autoria do deputado Iolando, que “Fica concedido o título de Cidadã Honorária de Brasília à Pastora

Ezenete Rodrigues”;

– Item extrapauta:

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 186/2024, de

autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Benemérito de Brasília ao Senhor Diego

Marques Araújo”.

O parecer da Comissão de Constituição e Justiça é para considerar admissíveis todos os

projetos de decreto legislativo que foram mencionados aqui. Se alguém aparecer com alguma coisa

que não tiver sido lida, isso não constará na votação seguinte.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

O parecer está aprovado com a presença de 14 deputados.

Em discussão os projetos de decreto legislativo, em turno único. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.

Em votação.

Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando os projetos; os que votarem “não” estarão

rejeitando-os.

Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.

Votação aberta.

(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Votação encerrada.

A presidência vai anunciar o resultado da votação: os Projetos de Decreto Legislativo nºs

138/2024, 178/2024, 123/2024, 125/2024, 129/2024, 59/2023, 130/2024, 135/2024, 202/2024,

204/2024, 198/2024, 205/2024 e 186/2024 receberam 15 votos favoráveis. Houve 9 ausências.

Estão aprovados.

Devolvo a presidência ao nobre deputado Wellington Luiz.

(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Incluo na pauta o Projeto de Decreto

Legislativo nº 75/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz.

Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 75/2024, de autoria

do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao senhor

Fernando Antônio Rodriguez”.

A proposição não recebeu parecer das comissões.

A presidência designa o deputado João Cardoso para emitir parecer sobre a matéria.

Solicito ao relator, deputado João Cardoso, que emita parecer da Comissão de Assuntos Sociais

sobre a matéria.

DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor

presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Assuntos Sociais ao Projeto de

Decreto Legislativo nº 75/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Concede o Título

de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Fernando Antônio Rodriguez”.

O parecer é pela admissibilidade do Projeto de Decreto Legislativo nº 75/2024.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado João Cardoso.

Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

O parecer está aprovado com a presença de 13 deputados.

A presidência designa o deputado Thiago Manzoni para emitir parecer sobre a matéria.

Solicito ao relator, deputado Thiago Manzoni, que emita parecer da Comissão de Constituição e

Justiça sobre a matéria.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor

presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Constituição e Justiça ao Projeto

de Decreto Legislativo nº 75/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Concede o

Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Fernando Antônio Rodriguez”.

O parecer é pela admissibilidade do Projeto de Decreto Legislativo nº 75/2024.

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.

Em discussão. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Em votação.

Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários

queiram manifestar-se. (Pausa.)

O parecer está aprovado com a presença de 13 deputados.

Em discussão o Projeto de Decreto Legislativo nº 75/2024, em turno único. (Pausa.)

Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.

Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.

Em votação.

Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando o projeto; os que votarem “não” estarão

rejeitando-o.

Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.

Votação aberta.

(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)

PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Votação encerrada.

A presidência vai anunciar o resultado da votação: 13 votos favoráveis.

Está aprovado.

Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovadas as redações finais de todos

os projetos de decretos legislativos.

Os projetos de decreto legislativo vão a promulgação.

Acolho a solicitação do deputado Martins Machado e incluo na pauta os projetos de decreto

legislativo de concessão de títulos de cidadã honorária de Brasília a Damares e de cidadão honorário de

Brasília a Bolsonaro, Alexandre de Moraes, embaixador do Líbano, embaixador da Palestina e

embaixador de Israel. (Pausa.)

Está encerrada a Ordem do Dia.

Passa-se ao

GRANDE EXPEDIENTE.

Concedo a palavra ao deputado Rogério Morro da Cruz.

DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,

presidente, senhoras e senhores deputados.

Todos nós parlamentares desta casa chegamos aqui depois de enfrentarmos uma forte batalha

eleitoral no pleito passado, tanto os de primeiro mandato quanto os outros, que enfrentaram pelejas

difíceis não só em 2022 mas também em pleitos anteriores.

O exercício dos nossos mandatos não é oriundo da escolha ou da indicação do governador,

desse ou daquele padrinho político. Aqui nos encontramos por vontade do nosso patrão maior, a quem

devemos satisfação de nossas atividades neste parlamento, qual seja, o povo do Distrito Federal, que,

democraticamente, nos elegeu para representá-lo nesta Câmara Legislativa.

Há nesta casa um conjunto de parlamentares que integra a base do governo Ibaneis Rocha,

entre os quais eu me incluo, e outro conjunto que atua na oposição a esse mesmo governo, o que é

legítimo e democrático. Somos adversários políticos. Jamais inimigos, pois compreendemos nossas

diferenças ideológicas e as bandeiras delas originárias.

O nosso confronto – quando há – é de ideias e nunca em razão de causas pessoais ou de

interesses ilegítimos. Cada um de nós, abraçados aos seus ideais, sabe o caminho que deve seguir sem

jamais deixar de respeitar quem nos escolheu nas urnas de 2022.

Os nossos mandatos não podem nos ser tirados por meio de uma assinatura eletrônica no SEI.

Temos a legitimidade do voto. Isso fica claro, porque somente o voto popular pode nos reconduzir ou

não ao exercício de um novo mandato a partir do 1º de janeiro de 2027.

Faço essas considerações para afirmar que os membros que compõem a estrutura de gestão

de governo, embora sejam de grande relevância para a administração pública, não possuem a

legitimidade pelo voto. Não foram eleitos para ser secretário; diretor de estatal, de autarquia;

administrador regional e assim por diante. Não foram escolhidos nas urnas como os deputados

distritais, que formam o colegiado democrático da Câmara Legislativa.

Entretanto, senhor presidente, alguns deles se acham no direito de tratar os membros deste

parlamento de forma menor, como se eles tivessem o poder conferido pelas urnas para escolher quem

devem ou não atender.

Nós, que somos legitimados pelo voto popular, recebemos e tratamos todos aqueles que nos

procuram com respeito e atenção. Por que, então, os que se acham “eleitos pela assinatura eletrônica”

não adotam a mesma postura? Executivo e Legislativo deve caminhar juntos, não submissos um ao

outro, em defesa de interesses maiores da população do Distrito Federal.

Digo isso, senhoras e senhores deputados, para esclarecer que, no período chuvoso, São

Sebastião, devido a sua topografia, é impiedosamente castigada pelas chuvas. Ruas são alagadas,

casas são tomadas pelas águas, o trânsito fica caótico, o acesso ao serviço público se torna

praticamente impossível e assim por diante.

Tenho, ao longo do mandato, solicitado ao Poder Executivo a realização de obras definitivas

que levem solução para esses problemas, mas sabem o que foi feito nesses quase 2 anos? Nada.

Membros do governo vão ao local, fazem cara de surpresa, mas nada fazem a não ser promessas que

nunca são cumpridas. Isso é revoltante. As obras que têm sido realizadas em São Sebastião, nesses

quase 2 anos, devem-se ao aporte de recursos oriundos de emendas de nossa autoria.

(Soa a campainha.)

DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Destinei 38 milhões para esse fim, embora a Agência

Brasília, quando da divulgação das realizações do governo na cidade, desconheça esse fato e,

diferentemente do que faz com outras cidades, credita os feitos exclusivamente ao Poder Executivo, o

que não é verdade.

As obras realizadas não estavam previstas no decreto de orçamento encaminhado pelo GDF a

esta casa. Emendas de nossa autoria é o que garantiu os recursos para que elas fossem feitas. Ser

base do governo apenas para levar pancadas ou, muitas vezes, defender propostas espinhosas neste

parlamento não é ser base. Isso pode ser qualquer outra coisa, mas base não é.

(Soa a campainha.)

DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Fui eleito para defender os interesses da sociedade.

Tive mais de 15 mil votos apenas em São Sebastião e não vou trair a minha cidade em razão de

interesse deste ou de qualquer outro governo. Estou aqui para somar e ajudar o governo no que for

possível.

Tenho feito isso com a máxima lealdade no curso do meu mandato, mas exijo que este mesmo

governo trate de encaminhar as demandas de São Sebastião. Não sei como ficará a cidade com as

próximas chuvas. Rogo a Deus que nos proteja visto que nada foi feito pelo governo para prevenir as

possíveis tragédias. Que elas não aconteçam!

Entretanto, senhor presidente, é incompreensível que este ou aquele auxiliar do governador

escolha quem ele quer ou não atender, qual pauta ele deve levar em conta e quando recebe aqueles

que lhe solicitam espaço na agenda.

(Soa a campainha.)

DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Nós parlamentares legitimados pelo voto – faço

questão de frisar esse fato – estamos todos os dias nas ruas ouvindo a população, ou seja, sabemos

quais são as reivindicações oriundas das ruas, e muitas delas devem ser levadas ao Poder Executivo,

mas para isso necessitamos ser atendidos.

É inaceitável que auxiliares do governador levem mais de 1 mês para responder a um pedido

de agenda e, quando o fazem, exigem que informemos quais os assuntos que deverão ser tratados.

Vejam a que ponto chegamos.

Há uns dias, a minha assessoria encaminhou a um diretor de uma estatal assuntos que eu

pretendia tratar com a companhia, e ele simplesmente respondeu as pautas de forma totalmente

equivocada pelo WhatsApp. E o pior foi que deu por encerrada a solicitação de agenda. Logicamente

que eu não aceitei esse absurdo, esse desrespeito, e me dirigi à empresa para ser atendido. Como não

havia outro jeito, mesmo a contragosto, eles me atenderam.

É óbvio que não podemos generalizar. Alguns auxiliares do governo, quando solicitamos uma

reunião, nos respondem com celeridade e nos atendem com a maior atenção possível. Até quando não

podem atender uma outra demanda, eles nos justificam de maneira fundamentada tecnicamente e

educada, o que é atitude louvável.

Rogo ao nosso presidente, deputado Wellington Luiz, e ao líder de governo nesta casa,

deputado Robério Negreiros, que intercedam junto ao Poder Executivo para que isso não continue

acontecendo, ou seja, para que os auxiliares que sempre colocaram dificuldade em nos atender

possam mudar de postura e tenham em mente que os temas que levamos até eles são oriundos dos

mais legítimos anseios da população.

Finalizo dizendo que todos sabem que sou de origem humilde, sou um piauiense que veio para

o Distrito Federal para escapar das dificuldades com as quais estava obrigado a conviver dia após dia

no Nordeste. Moro com a minha família em São Sebastião, cidade amada que necessita que

trabalhemos muito para que ela tenha dias melhores.

Porém, esclareço àqueles não sabem do fato que fui porteiro e não idiota; que fui vigilante e

não idiota; que fui frentista e não idiota; que fui líder comunitário e não idiota. Sou deputado distrital e

cheguei aqui como todos os senhores e as senhoras e não sou idiota.

Portanto, respeitem as nossas demandas e as tratem com a atenção que elas merecem. São

Sebastião não é uma cidade qualquer e, sim, um polo de desenvolvimento econômico e social. É

habitada por pessoas de bem, ordeiras e trabalhadoras.

Quando as águas chegarem, e se elas levarem destruição a São Sebastião, não tenha dúvida,

senhor presidente, que virei a esta tribuna quantas vezes for preciso para dizer quem realmente são os

culpados.

Muito obrigado.

(Assume a presidência o deputado João Cardoso.)

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Deputado Rogério Morro da Cruz, eu imagino

que não seja fácil para vossa excelência ser o representante de São Sebastião e passar por toda essa

dificuldade. Normalmente as pessoas depositam no parlamentar da sua região a solução para tudo.

Mas a solução não é o Legislativo, e, sim, o Executivo. Vossa excelência tem todo o meu apoio em suas

solicitações. Se as providências não forem tomadas, quem sofrerá realmente será a grande população

de São Sebastião.

Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.

DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente desta sessão,

deputado João Cardoso; nobres pares presentes no plenário; pessoal que nos acompanha pela TV

Câmara Distrital; infelizmente no dia de ontem novamente aconteceu uma situação já pontuada aqui

por nós no mês de setembro, o qual elencamos como o mês da mobilidade.

Há pouco mais de 1 mês, a Polícia Civil prendeu um agressor, um violentador de mulheres,

deputado Fábio Félix, na região que atende a EPNB e o Riacho Fundo I. Ontem, mais uma vez, uma

jovem moradora do Sol Nascente, uma adolescente, sofreu violência sexual ao descer uma passarela,

só que dessa vez isso aconteceu na EPTG.

Nós já elencamos que esse é um problema da sociedade, um problema da violência, sim; mas

é também um problema causado pelo modelo que nós escolhemos para tratarmos a mobilidade de

uma maneira geral. Muita gente acha que discutir mobilidade urbana – pode ser 20 anos, 30 anos, se

elegendo ou não – é apenas tratar sobre a renovação dos ônibus, se os trabalhadores estão sendo

pagos e se a linha chega ou não.

A mobilidade é muito maior que isso. Passam pela questão da mobilidade urbana os trilhos e os

pneus, mas também a compreensão do pedestre, presidente. É inadmissível que as mulheres e o

pedestre tenham receio e medo de andar por esta cidade porque não há um pensamento adequado!

Eu quero utilizar esta fala para trazer dados, terríveis dados, mas reais: 97% das mulheres

brasileiras têm medo de sofrer algum tipo de violência quando se deslocam pela cidade; 80% dessas

mulheres sentem medo de sofrer estupro, importunação sexual, agressão física, preconceito ou

discriminação por qualquer característica sua – e esse medo dobra quando falamos de andar pela

cidade, ainda mais se essa pessoa for PCD. Além disso, 71% das mulheres brasileiras já sofreram

algum tipo de violência durante o deslocamento pela cidade, ou seja, 7 em cada 10 mulheres já

vivenciaram uma situação de violência transitando pelas cidades. Quando falamos de mulheres negras,

LBTs, esse número sobe para 82 e 24, respectivamente.

As falhas no transporte, a falta de iluminação pública, ruas vazias, espaços públicos

abandonados, ausência de policiamento em horário de deslocamento aumentam a sensação de

insegurança durante o trajeto dessas pessoas pela cidade.

A maioria das mulheres sai de casa pelo menos 5 vezes por semana. É importante dizer que a

maneira como elas se locomovem é diferente de como os homens se locomovem pela cidade. Na sua

maioria, os homens cumprem um destino com início e fim: vão para o trabalho e vão para casa; vão

para um determinado local e voltam. Com as mulheres é diferente, já existe pesquisa que constata

isso. As mulheres deixam o filho na creche, na escola; vão para o hospital; procuram um serviço de

saúde; vão a outros serviços; vão para o trabalho e vêm para casa: utilizam a cidade de forma

diferente. Essas são as mulheres que estão expostas às violências nas nossas cidades, inclusive no

Distrito Federal.

E, quando nós pegamos um recorte de raça, as mulheres negras e pobres utilizam cada vez

mais os ônibus e andam a pé, em detrimento das outras que têm a oportunidade de ter o transporte

individual. Então, nós sabemos quais são as mulheres que sofrem mais violência quando há um recorte

sobre raça no desenho da cidade: 73% das mulheres que sofreram violência estavam a pé; destas,

76% receberam olhares insistentes ou cantadas inconvenientes e 69% sofreram violência sexual; 45%

das mulheres que sofreram violência estavam nos ônibus, 59% sofreram importunação sexual e 47%

sofrem racismo.

A maioria das mulheres mudou os hábitos depois de sofrer a violência. Mais da metade se

sentiu abalada psicologicamente, e apenas 23% receberam algum tipo de ajuda quando procuraram.

Apenas 31% das mulheres entrevistadas se sentem verdadeiramente seguras perto de casa. Como

média de segurança individual, 97% evitam passar em locais desertos escuros, 90% escolhem lugares

em que vão se sentar no transporte coletivo, 89% evitam sair à noite, 82% escolhem caminhos mais

longos e demorados quando se sentem mais seguras. Ou seja, tudo o que nós pensamos sobre

mobilidade as pessoas acham que se restringe apenas a um veículo novo com ar-condicionado, mas

não ao desenho da cidade toda. Pensamos na onda verde do carro, para que o carro siga direto, mas

não pensamos na onda do pedestre.

As paradas não são iluminadas, não são seguras; essas passarelas não fazem sentido nenhum

quando a travessia poderia ser em nível; e, quando acontece uma violência, nós vamos buscar um

culpado. Colocam a culpa de forma geral: “Não vai haver polícia para todo mundo” – nós não estamos

pedindo polícia para todo mundo. Estamos pedindo segurança no trajeto dessas pessoas para viver a

cidade.

Como é que existem paradas de ônibus em que ainda não há pontos iluminados? Como há

passarelas onde o mato em volta está alto? Estivemos no Itapoã Parque e vimos que colocaram as

paradas novas – atrás das paradas há um matagal com quase 1 metro e meio de altura. Qualquer

pessoa no Itapoã Parque, por exemplo, não fica em uma parada de ônibus daquela.

Mais uma vez, com dados, nós estamos mostrando que as mulheres é que sofrem mais. Vamos

repudiar todo tipo de violência contra a mulher, ainda mais quando essa mulher está saindo da sua

casa para cumprir sua função de trabalho, atravessa uma passarela e sofre uma violência. Passarelas

que – já pontuamos aqui – cadeirante não sobe, quem anda de bicicleta não sobe; e essa pessoa que

se sente insegura em andar numa passarela dessa vai arriscar passar pela pista, concorrendo com os

carros que estão a 80 quilômetros por hora.

Eu não sei que tesão é esse que nós temos em colocar via a 80 quilômetros por hora para o

carro se sentir o máximo nesta cidade – uma cidade pensada por rodoviaristas, projetada por

rodoviaristas, onde todos os empreiteiros se sentem confortáveis, que você pode sair desfilando por

qualquer via. Mas se você for mulher e andar a pé, você correrá o risco de sofrer sérias violências: seja

no Eixão, onde você precisa passar por baixo ou correr por cima; seja em qualquer outro lugar. Somos

obrigados, por causa do vandalismo, a trocar ponto de ônibus na Ceilândia por concreto mesmo

sabendo que a parada de vidro é muito mais segura para as mulheres, porque elas conseguem saber

quem está se aproximando dali ou não.

Agora a TCB vai assumir o CSO; e nós não conseguimos ainda – é uma luta nossa e da

comissão –, com a plena tecnologia na palma da mão das pessoas, saber a que horas o meu ônibus

está chegando para eu ter menos exposição a uma parada de ônibus, deputado Fábio Félix; para eu

conseguir fazer a travessia na passarela e calcular o tempo para eu atingir o final dela no momento de

eu embarcar no meu transporte.

As pessoas acham que isso é milagre, mas não é! Isso é possível com inteligência. Provamos

isso quando fomos à cidade de São Caetano do Sul e vimos que toda inteligência de trânsito é possível

de ser feita. Mas, para isso, presidente, deputado João Cardoso, sabe do que iremos precisar? De uma

secretaria de mobilidade que cumpra o papel de ser gestora da mobilidade.

Nós ligamos a televisão, e o secretário de Obras falará como é o BRT. O secretário de Obras

tem de cumprir o papel de fazer a obra, mas quem dirá como o BRT funcionará e por onde ele passará

é a Secretaria de Transporte e Mobilidade. Se haverá uma intercorrência numa via para algum tipo de

obra, quem tem de definir a prioridade da mobilidade é a Secretaria de Transporte e Mobilidade, e não

o órgão que está fazendo a obra.

Aqui, o DER fecha o corredor de ônibus exclusivo e avisa para a imprensa, e o secretário quase

não sabe. Aprovamos um crédito de 2 milhões de reais para pontos de ônibus para o Zoológico, e o

secretário não sabia de nada. A secretaria é apenas uma autarquia que, enfim, está ali tentando

cumprir o seu papel. A nossa crítica é que a Secretaria de Transporte e Mobilidade tem de gestar a

mobilidade, pensar a mobilidade e gerir a mobilidade, inclusive o tráfego das pessoas e dos veículos

pela cidade. É assim que as cidades do primeiro mundo fazem e é assim que as cidades estão se

desenvolvendo como cidades inteligentes.

Votamos ontem a nossa emenda do EIV, porque nós estamos tentando inovar todas as políticas

do Governo do Distrito Federal que não incluem a atualização do Estatuto do Pedestre, da nossa

mobilidade a pé, e também a Política Nacional de Mobilidade.

Nós apresentamos uma emenda para que houvesse um estudo de impacto de trânsito e

mobilidade nos lugares que estão se desenvolvendo. Precisamos pedir para colocar isso? Sim, porque,

senão, acontece o que aconteceu lá no Crixá, em São Sebastião, e no próprio Itapoã Parque, onde há

15 mil pessoas e não há ônibus.

Daqui a pouco teremos de criar “meu helicóptero, minha vida” ou “meu drone, minha vida” ou

qualquer coisa para as pessoas se locomoverem nesta cidade. A escolha das cidades serem afastadas e

a escolha das cidades se desenvolverem como são não é da população, é a escolha do governo.

Nós não temos um projeto de governo que pense a mobilidade como prioridade. Fazer corredor

de ônibus sem pensar convergência da população gera esse monte de caos que estamos vendo

historicamente. Quando acontece um engarrafamento, quem gere o sistema semafórico? Quem fará

com que o semáforo fique mais de 10 minutos, 5 segundos a mais ou 10 segundos a mais? Não temos

isso, porque na capital do país inovada não há um sistema semafórico inteligente em que há um

gráfico pelo qual que conseguimos pontuar, deputado Fábio Félix, qual semáforo que está mudando e

qual não está. E quando pedimos isso, deputado, dizem que quanto mais tecnologia, se houver algum

problema, queimará tudo. É. Teremos de pensar num sistema eficiente mesmo, com caixa

estabelecida.

(Intervenção fora do microfone.)

DEPUTADO MAX MACIEL – É, pode ser, deputado Thiago Manzoni, ficar atrasado e, com isso,

haverá um custo, pois os carros estão cada vez mais...

Para encerrar, senhoras e senhores, estamos debatendo um sentido de futuro que não vai

bater...

Quero reforçar que falar sobre mobilidade não é falar sobre ônibus ou sobre trilhos. Falar sobre

mobilidade é falar sobre as pessoas conseguirem chegar a seu destino, deputado Gabriel Magno.

Em Samambaia, deputado Fábio Félix, há quadras com grande incidência de pessoas com

deficiência que usam cadeira de rodas. Por quê? Porque houve uma campanha habitacional, há época,

que priorizou as pessoas com deficiência que usam cadeira de rodas para que ganhassem uma unidade

habitacional naquele lugar. Mas não fizeram calçada para a pessoa chegar até a parada. As paradas

sequer são niveladas com o ônibus, que baixa o elevador para a cadeira.

Nós fizemos uma indicação – não sei se vocês sabem – para que a Secretaria de Mobilidade

inclua na ordem de serviço das garagens – seu pai foi rodoviário, deputado João Cardoso – a lavagem,

o abastecimento e a manutenção da parte hidráulica do elevador dos ônibus, se não ela estraga. Mas,

infelizmente, ninguém usa o elevador; e, quando alguém precisa usar, o hidráulico estraga, a porta fica

aberta, e tem de descer todo mundo do ônibus para ele ser recolhido para a garagem, porque não

fizeram o básico: testar o elevador na garagem todos os dias ou uma vez por semana.

Por que existe o elevador? Porque nós escolhemos uma carroceria alta e não um ônibus de piso

baixo, nivelado com plataforma de terminais. Se não houvesse esse problema, o motorista não

precisaria descer do ônibus para baixar o elevador, as pessoas não ficariam agoniadas pelo atraso

gerado por isso, não haveria caos. As pessoas não se atrasariam e haveria mais sensibilidade com a

pessoa com deficiência ou com o idoso ao entrarem no ônibus.

Isso é uma escolha, deputado João Cardoso, de uma cidade de 64 anos, que vai completar 12

anos com esse sistema pelo qual optamos num chamamento de transporte e que tem exposto as

mulheres à violência.

Encerro dizendo que 86% das mulheres acreditam em iniciativas de reparação de instituições

públicas ou privadas, como protocolo de atendimento para assédio e apoio psicológico para as vítimas

de violências.

Todos esses dados que nós apresentamos são do Instituto Patrícia Galvão e do Locomotiva

Instituto de Pesquisa, que encararam quão violento é o Estado brasileiro para as mulheres. É

importante fortalecer e implementar, de fato, políticas públicas que já existem para intensificar a

proteção integral das mulheres.

Eu tenho uma filha de 10 anos de idade e outra de 22 anos. Quando elas precisam sair para

algum lugar, nós ficamos em dúvida se confiamos ou não no uso de um sistema desse. Ela vai para a

parada e não sabemos se o ônibus vai passar ou se já passou. Ao desembarcar, não sabemos se o

trajeto da parada para casa é caminhável e seguro. Toda a iluminação da cidade – nós estamos com a

Neoenergia – é de rodovia, com aquele suporte alto. Sabem onde há iluminação de pedestre? Na

Esplanada, mas nas nossas cidades, não. O pedestre que se vire. Se estiver escuro, ligue a lanterna do

celular ou aproveite a luz de um carro que estiver passando.

Quando propusemos isso, as pessoas falaram: “Para que fazer iluminação para pedestre em

toda cidade?” Porque nós somos uma cidade que privilegia o carro.

O carro é mais importante que um cidadão que paga imposto. Carro tem todos os benefícios:

ele para onde quiser; estaciona aqui e, se quiser, pode retirar daqui a 1 mês. Eu quero ver o que

acontece se, em qualquer lugar do mundo, alguém parar um carro num lugar e voltar para pegar

depois de 1 mês.

O carro tem isenção de imposto e é o maior poluente desta cidade e do mundo. Não adianta

falar de eletrificação de automóveis se também não pensarmos em infraestrutura para isso. Estamos

eletrificando-os, e vai ser feito o quê com esses carros elétricos?

Daqui a 10 anos vamos renovar a frota de ônibus. Há um debate que ocorreu ontem e será o

debate da COP30: transição energética. Todo mundo sabe disso. O governo Lula votou, inclusive, mais

uma vez, o combustível de renovação para transição energética. E nós estamos fazendo um corredor, e

ninguém está pensando na transição energética. Vocês sabem o que vai acontecer daqui a 10 anos?

Vamos incluir ônibus elétrico e eu pergunto: como é que vamos carregar esses ônibus? “Ah, o ônibus

roda 200 quilômetros com bateria”. Mas você já viu como são as distâncias aqui em Brasília?

Nós não fizemos a preparação dessas malhas para carregamento por indução. Sabe o que vai

ter que acontecer, deputado Thiago Manzoni, deputado Gabriel Magno e deputado Fábio Félix? Vamos

ter que rasgar tudo de novo para fazer isso. Sabem de onde vai sair o dinheiro? Do povo, que, mais

uma vez, ficará para depois.

Não crescemos 1 quilômetro do metrô! A estação do HRAN era para estar pronta e o metrô

chegar até lá, mas não fizeram. O projeto em Samambaia está aí, a empresa assumiu em janeiro,

contudo o projeto não saiu.

E não adianta pegar crédito de financiamento. Não adianta aprovar empréstimo com o BNDES

se isso não for prioridade de governo e de Estado quando falamos sobre transporte público.

Cada um pensa do seu jeito. Se todos nós ou todos os governos que passaram aqui

priorizassem o metrô, hoje ele iria até o final da Asa Norte, e a etapa de Samambaia e de Ceilândia já

estariam concluídas.

Mas hoje em dia vai ser difícil. Esse governo não conseguirá entregar mais nada, porque faltam

2 anos para ele acabar. Só para sair o processo de licença foi 1 ano e meio. E não adianta comprar

trem novo se não mudarmos a nossa matriz de energia.

O sistema metroviário não suporta a energia que nós compramos. É deficitário. Você vai ter

ônibus novo, metrô novo, mas não vai ter capacidade de botar os trens rodando simultaneamente,

porque o sistema não dará conta, deputado João Cardoso. Cai energia como caía o disjuntor de casa

antiga quando ligávamos 2 chuveiros ao mesmo tempo. É simples. A matemática funciona assim. Se

você não colocar disjuntor, que no nosso caso chama-se subestação e criar uma estação central para

comprar direto de Furnas – que eu posso subestabelecer para o meu sistema –, você pode botar 15

trens novos, zero bala, zerados e com ar-condicionado que o sistema não dará conta.

Então, nós não podemos fazer só propagandismo. Nós estamos apontando a solução.

E eu encerro repudiando e me solidarizando com a vítima, triste esse caso. Mais uma vez são

as mulheres sofrendo com esta cidade que, mais uma vez, não pensa nas pessoas.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Max Maciel.

Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Boa tarde, presidente João

Cardoso. Cumprimento os deputados que ainda estão aqui presentes, as equipes de assessoria e você

que assiste a nós pelo YouTube e pela TV Câmara Distrital.

Algumas vezes, eu fico feliz por ouvir alguns discursos que apontam para os problemas que o

Estado gera na vida das pessoas. E falo isso, deputado Max Maciel, sem nenhuma ironia. Não é o

primeiro discurso que vossa excelência faz aqui com o qual eu concordo com alguma parte. E esses

problemas que o Estado causa no dia a dia das pessoas se repetem em quase todas as unidades da

Federação. No final das contas, o que se percebe é que o cidadão sofre as agruras de um Estado que é

ineficiente e que fica com grande parte do dinheiro que a população produziu.

O trabalhador médio brasileiro fica com aproximadamente 50% do que ganha, o resto vai para

o Estado, que causa esses problemas à vida das pessoas, esses problemas que acabaram de ser

narrados aqui detalhadamente. Ou nós mudamos a forma de pensar e entendemos que o Estado não

vai solucionar tudo ou então vamos estar sempre repetindo os mesmos problemas, com pouca

expectativa de solução.

Eu digo sempre que eu não tenho compromisso com o erro, Arthur, servidor desta casa, e não

tenho mesmo. E havia trazido, antes do deputado do PT que me antecedeu, as aspas do atual

presidente da República a respeito daquela história de roubar um celular: “Então vira uma indústria de

roubar celular. Para que rouba celular? Para vender, para ganhar um dinheirinho.”

A pessoa que pensa isso não pode ser a mesma que ocupa hoje a presidência da República.

Mas não é só. Ele em outra ocasião havia dito que fica triste ao ver um jovem de 14, 15 anos

assaltando e sendo violentado, assassinado pela polícia – “as vezes inocente, ou às vezes porque

roubou um celular”. Essa frase tem a típica distorção cognitiva e a inversão de valores que faz o eleitor

votar na direita hoje. Ele ao mesmo tempo inocenta o assaltante e criminaliza o policial. Na mesma

frase, ele inocentou o assaltante, tratou o policial como bandido e falou que não aguenta mais ver isso.

Acontece que o pai de família sai todo dia para trabalhar pedindo a Deus para a polícia

protegê-lo. As mulheres, então, nem se fala! O deputado Max Maciel acabou de mencionar o caso da

menina que foi violentada, coitada. O cara que fez isso é que é o vagabundo, não é o policial que o

prende. O policial que o prende tinha que ser aplaudido.

As nossas forças de segurança, a nossa polícia são heroicas, porque seus agentes saem de

casa todos os dias para colocarem sua própria vida em risco e oferecerem segurança para uma

sociedade cujos valores estão completamente deturpados e na qual alguém acha que pode tomar o

celular de outro alguém que trabalhou o tempo que tenha sido para ter um celular. O cara acha que,

só porque ele não tem dinheiro, ele pode roubar o celular, porque ele precisa ter um dinheirinho. Esse

tipo de mentalidade não é mais tolerada pela população brasileira. Esse tempo acabou. A população

não aguenta mais viver refém de criminoso.

Então, realmente, o sujeito que hoje ocupa a presidência da República não falou que o roubo

do celular era para tomar uma cervejinha, era para ter um dinheirinho. E eu faço a correção. Isso

muda o que ele pensa? Não. Isso muda o fato de que a esquerda detesta a polícia? Não, não muda.

Isso muda o fato de que na campanha ele estava no Complexo do Alemão com um boné CPX? Não.

Isso muda o fato de que, apesar de tentarem reescrever a história, o Partido dos Trabalhadores

entregou para o Brasil e para o mundo o maior escândalo de corrupção do mundo ocidental chamado

Petrolão? Não.

Pode anular as provas, fingir que não aconteceu, devolver o dinheiro de quem roubou. É isso

que está acontecendo. O pessoal devolveu o dinheiro roubado nas delações premiadas, nos acordos de

leniência, nos acordos de delação etc. Agora, por meio da anulação das provas, o dinheiro vai ser

devolvido para quem o tinha roubado.

O fato de anular as provas faz com que não tenham acontecido os fatos? É óbvio que não. O

suposto erro de CEP no julgamento do senhor Luiz Inácio faz com que tudo o que existia nos processos

relacionados ao Petrolão deixe de existir? Não. Pode ter anulado tudo, pode, depois, ter dito que

prescreveu, não tem problema. Nós sabemos que aconteceu. Aconteceu.

Reescrever a história é algo impossível hoje, porque há a internet, que mostra para todo

mundo tudo o que aconteceu. Aliás, é por isso que se quer tanto acabar com a internet e com a

liberdade das redes sociais, porque as redes sociais rememoram à população aquilo que aconteceu.

Tendo dito isso, eu gostaria de agradecer aos professores de Samambaia, que me receberam

hoje de manhã. Professores de diferentes escolas me receberam, hoje pela manhã, para conversar

sobre a educação do Distrito Federal. As escolas do Distrito Federal precisam de atenção

urgentemente. Dói-me o coração.

O pessoal está perguntando se voltou o X. Voltou o X. E não sei se devemos celebrar. Está

tudo em paz. O X nunca deveria ter saído do ar. O direito de 21 milhões de brasileiros que utilizavam

aquela rede social foi cerceado, mas isso eu discuto em outro dia.

O fato é que a educação do Distrito Federal precisa de atenção urgentemente. As salas de aula

são precárias. Faz um calor enorme na cidade, e os professores e os alunos não têm ar-condicionado,

porque, na maioria das escolas, a rede de energia não suporta ar-condicionado, deputado João

Cardoso. Se ligam o ar-condicionado, cai a energia da escola. A situação é precária em quase todas as

escolas. Da merenda não precisamos falar, nós sabemos como é. Quanto aos uniformes, nós sabemos

da dificuldade que existe.

Agora há mais uma dificuldade, que é a recomendação do Ministério Público, deputado Gabriel

Magno, a respeito do PDAF. Muitos deputados – eu, inclusive – ajudamos as escolas por meio do PDAF

para fazerem pequenas obras e, agora, isso sofre uma limitação também.

Hoje eu estive lá em Samambaia, e uma das demandas da escola era: “Nós precisamos de uma

obra para fazer a cobertura da quadra. Os professores de educação física não querem nem mais dar

aula no sol porque é insalubre para eles e para os alunos.” Eu falei: “Olha, dificilmente essa emenda

vai ser executada. Eu posso até destiná-la, mas, dificilmente, ela vai ser executada, porque há uma

recomendação do Ministério Público para que não se utilize a emenda de PDAF para fazer esse tipo de

obra.” Isso dificulta demais o trabalho, e esse trabalho é o trabalho que vai marcar a próxima geração.

Eu estava numa palestra semana passada, deputado João Cardoso, e um ex-ministro da

Educação falou que 82% dos estudantes brasileiros – 82% dos estudantes brasileiros! – terminam o

ensino médio sem conseguir ler e interpretar um texto. São 82%, ou seja, dentro de muito pouco

tempo, teremos um país de analfabetos funcionais.

A situação é mais grave quando a disciplina analisada é matemática. Esse número chega a

mais de 85%. Os nossos alunos não têm conhecimento nem de português nem de matemática.

Português e matemática são as 2 disciplinas que possibilitam ao aluno aprender todas as demais. Onde

vamos acabar? Como um país desse se desenvolve? Como um país desse vai produzir? Como um país

desse vai se encaixar num mundo que é cada vez mais tecnológico, mais digital? Se os nossos alunos

não sabem português, como vão saber programar? Se eles não sabem matemática, como vão saber

programar? É impossível! É impossível!

Parece que caminhamos a passos largos para sermos, cada vez mais, um país subdesenvolvido.

Se conseguíssemos reverter isso hoje, talvez em 2 décadas, 3 décadas, vivêssemos num país melhor –

é o exemplo da Coreia do Sul. Para isso, é necessário que comecemos agora e é necessário que as

nossas escolas voltem a escolarizar e respeitem os pais. Há de haver uma conexão entre as famílias e

as escolas. As famílias ensinam ética, moral, religião. É o que prescreve o Pacto de São José da Costa

Rica, que diz que é dos pais o direito e o dever de ensinar ética, moral e religião para os filhos, ou seja,

quem forma o caráter é o pai e a mãe. A escola deve escolarizar as crianças para que elas possam, ao

se tornar jovens, produzir, ter emprego, ter sustento. Isso é tudo o que não acontece hoje em Brasília

e no Brasil, infelizmente.

Então, eu me volto aos professores que me receberam hoje e reafirmo aqui o compromisso que

fiz com vocês de Samambaia, estendendo esse compromisso para todos os professores do Distrito

Federal. Eu tenho o compromisso de lutar pela valorização de vocês, não só pela valorização salarial,

mas pelo respeito que se deve aos professores, que são aqueles que formam todas as outras

profissões, professor deputado João Cardoso. Todas as outras profissões passam pelas salas de aula e

têm, nos professores, aqueles que possibilitam o exercício de uma profissão no futuro.

Vocês, professores, sempre terão todo o meu apoio, o meu respeito e a minha luta para

valorizar o trabalho de vocês e para que seu trabalho seja respeitado, não só pela classe política, mas

pelos alunos e pelos pais de alunos.

Faço também um compromisso com os alunos do Distrito Federal. Nós não pararemos de

trabalhar para que vocês tenham condições melhores de aprendizagem, para que a sala de aula seja

melhor, para que o conteúdo a que estão expostos seja um conteúdo melhor, para que tenham meios

de aprender mais e melhor, para que tenham lazer, para que as aulas de educação física sejam

melhores, para que aprendam disciplinas que façam sentido no futuro, para que aprendam a

programar, para que aprendam sobre inteligência artificial e sobre tudo aquilo que precisam para se

inserir no mercado de trabalho.

Eu me dirijo também aos diretores das escolas. Eu continuarei enviando, destinando emendas

parlamentares para vocês. Eu me dirijo novamente aos diretores das escolas: eu continuarei

destinando emendas parlamentares para que vocês tenham dignidade e possibilidade de trabalhar. A

educação talvez seja a única ferramenta que temos para mudar a realidade de Brasília e do Brasil, e eu

estou imbuído do propósito de trabalhar nesse sentido. Era o que eu tinha a dizer, senhor presidente.

Agradeço-lhe e agradeço aos parlamentares que estão no plenário até o final da sessão.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.

Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, senhores

deputados, obrigado.

Primeiro, quero parabenizar o deputado Thiago Manzoni pelo pronunciamento e por não ter

compromisso com o erro. Todos nós estamos sujeitos a isso, e o reconhecimento do erro é importante.

Saúdo o deputado Thiago Manzoni e parabenizo-o pela fala, apesar das divergências ideológicas e

políticas que vamos manter. Quero tratar um pouco disso, senhor presidente, e falar desse assunto.

A tragédia social que nós estamos vivendo no país, principalmente no Distrito Federal, se dá

justamente pela ausência do Estado, pela ausência da política pública, e não pelo Estado em si. O

deputado Thiago Manzoni deu vários exemplos que comprovam essa tese. O problema do atendimento

em educação hoje é o subfinanciamento. O problema elencado da alimentação escolar, por exemplo,

está condicionado à opção que o Estado, o GDF, fez de terceirizar a alimentação escolar. O problema

das denúncias de corrupção no uniforme escolar é fruto da ausência do Estado, da opção política deste

governo de terceirizar o fornecimento do uniforme escolar. O problema não é o Estado, o Estado está

pagando uma empresa – e é a empresa que não entrega.

A tragédia social que nós vivemos hoje no DF é devida à ausência do Estado. Presidente, o

Estado não repassou recursos para as entidades da assistência social. Agora elas estão com dificuldade

de pagar salário por um serviço de atendimento que o Estado não dá conta de fazer, e ele precisa das

entidades da sociedade civil.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios acabou de ajuizar uma ação pública contra

o GDF sobre a questão da saúde. Nela, alega-se que hoje há um colapso no sistema de saúde do

Distrito Federal e recomenda-se contratação de servidores públicos.

Na ação, deputado João Cardoso, o MP ressalta que hoje há um déficit de 929 servidores

enfermeiros, 1.278 servidores técnicos de enfermagem, 470 servidores médicos, 247 servidores

pediatras e solicita que se abram urgentemente leitos – o déficit de leitos é de 1.660; 584 da clínica

geral e 357 da pediatria. O MP requer, ainda, que se aumente, urgentemente, a estrutura física da

rede.

Está faltando Estado, está faltando mais Estado. E qual é a opção do Governo do Distrito

Federal? Iges. Está aqui no PLOA: mais quase 500 milhões de reais. Esta é a tragédia social que nós

vivemos: a opção de alguns governos de abrirem mão de governar, de oferecerem serviços públicos de

qualidade, que precisam ser feitos com servidores públicos.

O deputado Max Maciel nos trouxe uma questão fundamental da nossa cidade. Infelizmente,

deputado Max Maciel, o Distrito Federal, hoje, não é para todas as pessoas. Nem todas as pessoas têm

o direito à cidade, aos equipamentos públicos, às infraestruturas importantes de saúde, educação,

cultura. Elas não têm direito à segurança, não têm direito à mobilidade, não têm direito à alegria, não

têm direito à participação, não têm direito à democracia.

Para alguns setores, esse direito é ainda mais negado: para as mulheres; para os negros e

negras; para a população LGBTQIA+, que sofrem mais ainda com essa tragédia e com a ausência do

Estado para garantir algo fundamental: direitos que o deputado que me antecedeu citou.

A convenção de São José é um documento importante. A convenção de São José é o acordo e

o tratado para a garantia dos direitos humanos das américas. Falo disso, porque usam esta tribuna o

tempo inteiro para atacar os direitos humanos, para atacar os direitos sociais.

Não se pode usar os direitos humanos e os direitos sociais picados, parcelados, só para se

justificar um discurso. É preciso que eles sejam garantidos na íntegra. É isso que a Constituição de

1988 preconiza.

Precisamos, deputado João Cardoso, de mais Estado, de mais governo para quem precisa. O

DF vive uma tragédia, porque o governo Ibaneis e o governo Celina não têm compromisso com o

serviço público, com as pessoas. Nós estamos vivenciando isso há 6 anos. Este governo tem

compromisso com o negócio. Há mais um agora: concessão da Rodoviária.

O governo publicou, há 1 mês mais ou menos, o edital e o resultado da concessão. Ganhou um

consórcio de empresas. A justificativa foi a de que as outras 2 empresas que concorreram não tinham a

menor condição de ofertar, de oferecer o serviço e gerir a Rodoviária. Pois bem, essa semana

mudaram de ideia. Agora, não é mais a primeira; é a segunda. O que mudou de uma semana para cá?

Não há transparência nos processos que este governo faz. Isso, obviamente, levanta dúvidas.

Qual é a motivação? É preciso apresentar isso para a sociedade, é preciso haver transparência ou é

preciso atender o interesse privado, mais uma vez?

O cronograma foi mantido. Neste ano, vão começar a cobrar estacionamento no centro da

cidade. Isto foi publicado: 5 reais por hora. Aqueles que não têm direito à cidade, à mobilidade, ao

acesso aos bens públicos, agora, também vão precisar pagar para acessar o centro da cidade.

Não sou contra a política de mobilidade que cobra estacionamento, mas ela precisa estar

articulada, ela precisa ser pensada com outros meios de locomoção na cidade. Isso o governo não está

fazendo. É negócio, é enriquecer alguém, é ganhar ainda mais dinheiro.

Voltando para o orçamento, é isso que o orçamento do ano que vem e os orçamentos do

governo Ibaneis têm mostrado. Quem tem ganhado a grande fatia do bolo do orçamento do Distrito

Federal, que é dinheiro público, como alguns gostam de dizer, dos pagadores de impostos? São os

empresários, alguns pequenos grupos ou grandes grupos econômicos.

Deputado João Cardoso, em 2019, o primeiro ano do desastroso governo Ibaneis, o orçamento

de renúncia fiscal para empresário foi de R$1.800.000.000,00. Sabem quanto foi o deste ano? O deste

ano foi de 9 bilhões de reais. Só no governo Ibaneis, os empresários saíram de um benefício fiscal de

R$1.800.000.000,00 para 9 bilhões de reais! É o maior aumento do orçamento! Foi mais de 4 vezes,

mais de 400% de aumento. Essa é a prioridade do governador Ibaneis e da vice-governadora Celina. O

orçamento é importante por isso. No discurso, cabe tudo.

A educação é prioridade na época da eleição, a saúde é prioridade na época da eleição, mas é

no orçamento que nós vemos qual é a prioridade, e a prioridade deste governo não é com a educação,

não é com a saúde, não é com a assistência social, não é com a segurança das pessoas. A prioridade

deste governo é com interesses privados, é com negócio. É isso que o governador Ibaneis gosta de

fazer e muito. Aliás, nisso ele é bom. Isso, nós precisamos admitir. O governador sabe fazer negócio.

Eu quero encerrar, presidente, trazendo 2 questões.

Primeiro, é preciso, de novo, dizer a verdade. O PT foi o governo e o partido que mais valorizou

as forças de segurança. O governo Lula e o governo Dilma foram aqueles responsáveis pelos maiores

reajustes, por contratações, estrutura física e garantia de autonomia da Polícia Federal e da Polícia

Rodoviária Federal, diferentemente do governo passado, do inelegível, que capturou a PRF para fazer

política. Inclusive, foi nos governos do PT que elas tiveram autonomia, salário e reconhecimento. Aliás,

foi nos governos do PT que as forças de segurança do Distrito Federal, que são financiadas também

pelo Fundo Constitucional, tiveram os maiores reajustes e os maiores investimentos.

Então, não adianta virem aqui com mentira, dizendo que o PT, que a esquerda não gosta da

polícia. Não é esse o debate da segurança pública que queremos fazer.

É preciso mudar a concepção, porque fato é fato. De fato, a polícia no Brasil tem matado muita

gente, e tem morrido, também, muito policial. É por isso que é fundamental mudar a lógica, mas é

importante esclarecer as coisas.

Quero aqui, presidente, denunciar o que aconteceu na CCJ, no Congresso Nacional, nesta

semana. A CCJ foi capturada pela extrema-direita. Foi feita uma manobra para se colocar uma agenda

que é de interesse da extrema-direita, que é votar anistia para golpista, anistia para aqueles e para

aquelas que tentaram um golpe contra a democracia.

Alguns da extrema-direita, nesta semana, estão celebrando, dizendo que está tudo bem. Com

manobra regimental, eles passaram 2 meses tentando impedir que processos da CCJ fossem votados.

Agora estão lá, em um acordo e em uma manobra, tentando aprovar anistia para golpista. Isso é de se

repudiar. Isso é rir da cara do povo brasileiro.

A CCJ é uma comissão de fundamental importância no Congresso Nacional e não pode estar

atrelada e vinculada aos interesses daqueles que atacam a democracia.

Eu encerro, presidente, lembrando que, nesta semana, o dia 7 de outubro marcou 1 ano do

genocídio contra o povo palestino que vivia na Faixa de Gaza. Marca-se 1 ano dos ataques

completamente absurdos, sem nenhuma justificativa, organizados e capitaneados pelo Estado terrorista

de Israel. Há 1 ano, no dia 7 de outubro, o mundo assistiu, arrepiado, ao ataque promovido pelo

senhor Netanyahu contra o povo palestino, atacando inocentes e matando mulheres e crianças.

Famílias que estavam na fila de ajuda humanitária para pegar comida foram bombardeadas pelo

Estado de Israel.

Infelizmente, a ONU e os organismos internacionais, que deveriam coibir essa prática, não o

fizeram, e nós estamos pagando um preço muito caro. Agora, Israel está atacando o Líbano e outros

países da região. É preciso, urgentemente, que a ONU assuma o seu papel institucional em defesa não

só do povo palestino, mas da paz naquela região. É preciso parar o sanguinário Netanyahu, que

continua promovendo um genocídio naquela região.

Então, quero rememorar o último ano para que o que aconteceu não seja esquecido e nunca

mais se repita. É fundamental que o mundo se mobilize e se organize para parar o genocídio que,

infelizmente, ainda está em curso naquela região.

Presidente, muito obrigado pela paciência e pelo tempo.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Gabriel Magno. Vossa

excelência ainda tinha 3 minutos.

Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix, por 20 minutos.

DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, senhores

deputados, obrigado.

Boa tarde, deputado João Cardoso, deputado Max Maciel e deputado Gabriel Magno, que ainda

estão no plenário da Câmara Legislativa, servidores e servidoras da casa e quem nos acompanha pela

TV Câmara Distrital.

Eu resolvi subir à tribuna neste grande expediente, que raramente acontece e que é o

momento dos grandes pronunciamentos, para fazer um pequeno comentário com relação à fala

acertada do deputado Max Maciel sobre a mobilidade urbana e, especialmente, sobre as mulheres.

Deputado Max Maciel, em 2019, nesta casa, fizemos uma luta – que vossa excelência

acompanhou – pela CPI do Feminicídio. Essa luta teve 2 personagens muito tristes. Duas histórias

muito tristes nesta cidade pautaram a luta pela CPI do Feminicídio. Uma delas foi a de Letícia Curado, e

a outra foi a de Pedrolina Silva.

A Letícia Curado foi assassinada em um transporte pirata em Planaltina, depois de não

conseguir acessar o sistema de transporte público. A Pedrolina Silva foi abordada em uma parada de

ônibus sem proteção, sem iluminação e sem condições mínimas de segurança para as mulheres, no

início da L2 Sul. Ela estava indo com amigos para um clube, para se divertir. A Pedrolina foi aluna

minha na Universidade Católica, quando eu era professor naquela instituição. Inclusive, o TCC dela foi

sobre violência contra a mulher.

Então, foi uma história muito, muito triste, que mexeu muito conosco, à época, na luta por

uma CPI para investigar um fenômeno tão trágico como é o fenômeno do feminicídio e da violência

contra a mulher.

Agora, surge esse caso horroroso na passarela. Repudio esse caso e peço que a Polícia Civil

atue nele. Mais do que isso: que pensemos o sistema de transporte público de mobilidade ativa,

mesmo que seja ela a pé, na perspectiva do enfrentamento à violência contra a mulher e o machismo.

Então, venho a esta tribuna para que o poder público, especialmente o Governo do Distrito

Federal, retome as 80 recomendações que esta casa fez com relação à CPI do Feminicídio. Que ele

retome uma série de legislações que foram aprovadas nesta casa e que não foram sequer

regulamentadas, para que elas sejam aplicadas no enfrentamento da violência contra a mulher de

forma preventiva. Isso é muito importante.

Uma tragédia como essa não pode acontecer, e nós nos silenciarmos, não entendermos a

gravidade do que é as mulheres não se sentirem seguras nos espaços públicos da cidade.

Isso não cabe a um deputado do partido x ou y. Cabe a todos nós que estamos aqui entender

que cidade é esta em que se comete esse tipo de violência contra as mulheres. Nós não podemos

naturalizar isso.

É muito importante que falemos isso hoje. Eu queria me somar, inicialmente, à fala do

deputado Max Maciel, que é o presidente da nossa Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana.

Presidente, antes de encerrar minha fala, quero dizer que muitos balanços da campanha

eleitoral de 2024 foram feitos nesta casa ontem, hoje, e estamos elaborando um pensamento sobre as

discussões. Ontem, tive oportunidade de falar um pouco sobre isso.

Eu queria só fazer uma segmentação, elogiar as nossas candidaturas LGBTs nas eleições

municipais. Houve um crescimento de 400% de pessoas LGBTs eleitas nas câmaras municipais do país.

Essa representatividade para nós é uma novidade, porque, até poucos anos atrás, não

tínhamos coragem de falar sobre a nossa vida, sobre o nosso afeto, sobre o nosso amor. Não era

porque não tínhamos coragem ou porque não queríamos, mas porque infelizmente nós sofríamos muito

mais violência.

Nós justamente estamos ocupando as instituições públicas e os espaços legislativos para dizer:

nós existimos, nós estamos aqui e nós queremos ser respeitados, respeitadas. Queremos a nossa

cidadania respeitada. Queremos que o Estado e o poder público olhem para políticas públicas

direcionadas à população LGBT. Queremos que haja delegacias especializadas para combater a

violência contra a população LGBT. Queremos empregabilidade para a população trans, direito a

emprego, que é o básico.

Eu não sei se os parlamentares sabem, mas há hoje 90% das mulheres travestis e transexuais

na prostituição compulsória, obrigatória, porque não há alternativa. Ninguém as emprega. Elas estão

na prostituição. Esses são os dados da Antra.

Então, é preciso que haja políticas públicas para que essas pessoas sejam incluídas no seu

direito a emprego, a trabalho, a renda, a dignidade. Isso é algo importante.

É preciso que haja acesso à saúde pública, para que as pessoas tenham tratamento e

acolhimento; acesso à saúde mental, para que as pessoas tenham acolhimento e tratamento. Esses são

temas fundamentais para nós. Portanto, haver mais LGBTs nos espaços de poder é muito significativo

para nós.

Quero elogiar todas as candidaturas que foram eleitas e fazer esse balanço. A nossa

representatividade veio para ficar na política institucional.

Entre todos os balanços feitos, lembrem-se de que, a partir do ano que vem, haverá 400% a

mais de pessoas LGBTs assumidas, fora do armário, orgulhosas da sua orientação sexual e que lutam

por dignidade da população LGBT nas câmaras municipais deste país.

Estou muito feliz com esse resultado, e vamos avançar ainda mais.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Fábio Félix.

Esta presidência informa que, em razão da aprovação do Requerimento nº 1.638/2024, de

autoria do deputado Gabriel Magno, do Partido dos Trabalhadores, a sessão ordinária de amanhã,

quinta-feira, dia 10 de outubro de 2024, será transformada em comissão geral para debater as políticas

de proteção às crianças e aos adolescentes e o atendimento dos egressos dos serviços de acolhimento.

Encerrado o Grande Expediente.

Obrigado.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a sessão ordinária, às 17 horas e 21 minutos.

(Levanta-se a sessão às 17h21min.)

Observação: Nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos de acordo

com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização de

cada evento; os nomes não disponibilizados são grafados conforme padrão ortográfico do português brasileiro.

Siglas com ocorrência neste evento:

Antra – Associação Nacional de Travestis e Transexuais

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

Caps – Centro de Atenção Psicossocial

CAS – Comissão de Assuntos Sociais

CCJ – Comissão de Constituição e Justiça

Codhab – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal

COP30 – 30ª Conferência da Organizaçã das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas

CPX – Complexo

CSO – Centro de Supervisão Operacional

DER-DF – Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal

EIV – Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança

EPNB – Estrada Parque Núcleo Bandeirante

EPTG – Estrada Parque Taguatinga

GDF – Governo do Distrito Federal

HRAN – Hospital da Asa Norte

Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal

MP – Ministério Público

ONU – Organização das Nações Unidas

PCD – Pessoa com Deficiência

PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira

PDL – Projeto de Decreto Legislativo

PLOA – Projeto de Lei Orçamentária Anual

PPGE – Políticas Públicas e Gestão Educacional

PRF – Polícia Rodoviária Federal

Raps – Rede de Apoio Psicossocial

SEI – Sistema Eletrônico de Informações

Sindafis-DF – Sindicato dos Servidores Integrantes da Carreira de Fiscalização de Atividades Urbanas do Distrito Federal

Sugep – Subsecretaria de Gestão de Pessoas

Suplav – Subsecretaria de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação

TCB – Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília Ltda.

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

UBS – Unidade Básica de Saúde

As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.

Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do

Setor de Registro e Redação Legislativa, em 10/10/2024, às 23:06, conforme Art. 22, do Ato do Vice-

Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de

outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1858434 Código CRC: 7D6186E5.

...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA 86ª(OCTOGÉSIMA SEXTA)SESSÃO ORDINÁRIA,DE 9 DE OUTUBRO DE 2024.INÍCIO ÀS 15H01MIN TÉRMINO ÀS 17H21MINPRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.Convido o deputad...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Atos 530/2024

Presidente

ATO DO PRESIDENTE Nº 530, DE 2024

O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições

regimentais e nos termos da Lei distrital nº 4.342/2009, RESOLVE:

1. EXONERAR, a pedido, GUILHERME DE VASCONCELOS DE MORAIS, matrícula nº

24.222, do Cargo de Natureza Especial, CNE-01, do gabinete parlamentar do deputado Wellington Luiz.

(LP).

2. NOMEAR LUCIANO CHAVES PEREIRA para exercer o Cargo Especial de Gabinete, CL-12,

no gabinete parlamentar da deputada Dayse Amarilio. (LP).

3. EXONERAR JAIR JUNIOR LOPES DIAS, matrícula nº 24.488, do Cargo Especial de

Gabinete, CL-01, do gabinete parlamentar do deputado Roosevelt, bem como NOMEÁ-LO para exercer

o Cargo Especial de Gabinete, CL-13, no referido gabinete. (LP).

Brasília, 15 de outubro de 2024.

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.

00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 15/10/2024, às 18:39, conforme Art.

22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº

214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1866502 Código CRC: 3495A24F.

...ATO DO PRESIDENTE Nº 530, DE 2024O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuiçõesregimentais e nos termos da Lei distrital nº 4.342/2009, RESOLVE:1. EXONERAR, a pedido, GUILHERME DE VASCONCELOS DE MORAIS, matrícula nº24.222, do Cargo de Natureza Especial, CNE-01, do gabinete parlam...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 85a/2024

Relatório de Presenças por Reunião

Reunião : 85ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 9ª Legislatura Dia : 08/10/2024

__________________________________________________________________________________________________

Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo

01 CHICO VIGILANTE PT 15:41:06 Biometria

02 DANIEL DONIZET PL 16:36:26 Biometria

03 DAYSE AMARILIO PSB 16:16:30 Biometria

04 DOUTORA JANE MDB 16:27:40 Biometria

05 EDUARDO PEDROSA UNIÃO 15:02:15 Biometria

06 FÁBIO FELIX PSOL 15:29:27 Biometria

07 GABRIEL MAGNO PT 15:52:44 Biometria

08 HERMETO MDB 17:08:28 Biometria

09 IOLANDO MDB 16:41:40 Biometria

10 JAQUELINE SILVA MDB 16:41:40 Biometria

11 JOÃO CARDOSO AVANTE 15:16:50 Biometria

12 JOAQUIM RORIZ NETO PL 15:44:23 Biometria

13 JORGE VIANNA PSD 15:58:32 Biometria

14 MARTINS MACHADO REPUBLI 16:50:41 Biometria

15 MAX MACIEL PSOL 15:03:38 Biometria

16 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP 15:02:01 Biometria

17 PAULA BELMONTE CIDADAN 15:36:03 Biometria

18 PEPA PP 15:33:41 Biometria

19 RICARDO VALE PT 15:37:06 Biometria

20 ROBÉRIO NEGREIROS PSD 15:00:17 Biometria

21 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD 15:35:45 Biometria

22 ROOSEVELT PL 17:23:24 Biometria

23 THIAGO MANZONI PL 15:14:50 Biometria

24 WELLINGTON LUIZ MDB 15:01:51 Biometria

Ausências :

Nome Parlamentar Partido

Justificados :

Nome Parlamentar Partido Texto

Totalização

Presentes : 24 Ausentes : 0 Justificativas : 0

_____________________________

Presidente

08/10/2024 18:19 1 Administrador

...Relatório de Presenças por ReuniãoReunião : 85ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 9ª Legislatura Dia : 08/10/2024__________________________________________________________________________________________________Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo01 CHICO VIGILANTE PT 15:41:06 Biometria02 DAN...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Convocações 3/2024

CFGTC

CONVOCAÇÃO - CFGTC

De ordem da Presidente da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle,

Deputada Paula Belmonte, convoco as Senhoras e os Senhores deputados membros desta Comissão

para a 3ª Reunião Ordinária, a realizar-se no dia 17 de outubro de 2024 (quinta-feira), às

11h, na Sala de Reuniões das Comissões.

Solicita ainda a Presidente que, na impossibilidade de comparecimento do(a) titular, seja

providenciada a presença do(a) respectivo(a) suplente.

Brasília, 14 de outubro de 2024.

MARCELO HERBERT DE LIMA

Secretário da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle

Documento assinado eletronicamente por MARCELO HERBERT DE LIMA - Matr. 22527, Secretário(a) de

Comissão, em 15/10/2024, às 16:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1732656 Código CRC: 98BC0439.

...CONVOCAÇÃO - CFGTCDe ordem da Presidente da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle,Deputada Paula Belmonte, convoco as Senhoras e os Senhores deputados membros desta Comissãopara a 3ª Reunião Ordinária, a realizar-se no dia 17 de outubro de 2024 (quinta-feira), às11h, na Sala de Reuniões das...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Extratos - CLDF - Saúde 5/2024

EXTRATO DE TERMO ADITIVO

Brasília, 11 de outubro de 2024.

Processo nº SEI 00001-00000145/2023-87. Segundo Termo Aditivo ao Termo de Credenciamento

nº 08/2023, firmado entre o Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores da Câmara

Legislativa do Distrito Federal – FASCAL e o HOSPITAL PACINI LTDA. Objeto: Pacote de Terapia

Antiangiogênica com uso de EYLIA por Olho/Aplicação, no rol de procedimentos dos serviços prestados pela

Credenciada. Vigência: a partir da publicação deste extrato de Termo Aditivo no Diário Oficial do Distrito

Federal - DODF. Legislação: art. 124, II, da Lei n° 14.133/2021. Partes: pelo FASCAL, Sr. Geovane de

Freitas Oliveira e pela Credenciada, Sra. Natália Pacini Lycurgo Leite.

Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)

do Fascal, em 15/10/2024, às 11:17, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1861640 Código CRC: 75D73E9D.

...EXTRATO DE TERMO ADITIVOBrasília, 11 de outubro de 2024.Processo nº SEI 00001-00000145/2023-87. Segundo Termo Aditivo ao Termo de Credenciamentonº 08/2023, firmado entre o Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores da CâmaraLegislativa do Distrito Federal – FASCAL e o HOSPITAL PACINI LTDA. O...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 85d/2024

LIDO

ATA SUCINTA DA 85ª (OCTOGÉSIMA QUINTA) SESSÃO ORDINÁRIA

Ata considerada lida e aprovada na 87ª (OCTOGÉSIMA SÉTIMA) Sessão Ordinária, em 10 de OUTUBRO

de 2024.

Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)

Especial, em 10/10/2024, às 15:10, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no

Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1859740 Código CRC: 2C5581B9.

...LIDOATA SUCINTA DA 85ª (OCTOGÉSIMA QUINTA) SESSÃO ORDINÁRIAAta considerada lida e aprovada na 87ª (OCTOGÉSIMA SÉTIMA) Sessão Ordinária, em 10 de OUTUBROde 2024.Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)Especial, em 10/10/2024, às 15:10, conforme Art. 22, do Ato do V...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 85/2024

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

ATA SUCINTA DA 85ª (OCTOGÉSIMA QUINTA)

SESSÃO ORDINÁRIA,

EM 8 DE OUTUBRO DE 2024

SÚMULA

PRESIDÊNCIA: Deputados Wellington Luiz, Eduardo Pedrosa, João Cardoso, Robério Negreiros e

Ricardo Vale

SECRETARIA: Deputados Robério Negreiros e Ricardo Vale

LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal

INÍCIO: 15 horas e 1 minuto

TÉRMINO: 17 horas e 57 minutos

Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.

1 ABERTURA

Presidente (Deputado Wellington Luiz)

– Declara aberta a sessão.

1.1 LEITURA DE EXPEDIENTE

– Os Deputados Robério Negreiros e Ricardo Vale procedem à leitura do expediente sobre a mesa.

1.2 LEITURA DE ATA

– Dispensada a leitura, o presidente da sessão considera aprovadas, sem observações, as Atas das 83ª

e 84ª Sessões Ordinárias.

2 PEQUENO EXPEDIENTE

2.1 COMUNICADOS DE LÍDERES

Deputado Max Maciel

– Acusa prestadora terceirizada de serviços ao Metrô-DF de desrespeitar leis trabalhistas e informa que

intimou o órgão para esclarecer se a empresa está cumprindo o contrato.

– Discorre sobre a estiagem que assolou o Distrito Federal em 2024 e estudo da Universidade de Brasília

– UnB que alertou sobre as mudanças climáticas na região, bem como seu impacto em áreas de

vulnerabilidade e risco ambiental.

– Comunica ter solicitado à Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – NOVACAP informações

sobre as providências adotadas pelo Governo para mitigar possíveis danos ambientais nas áreas

passíveis de alagamento.

– Enfatiza a necessidade de alteração da matriz de nossas cidades e de adoção de política ambiental que

garanta o crescimento sustentável do Distrito Federal.

– Cita medidas necessárias para evitar nova proliferação da dengue.

Deputado Eduardo Pedrosa

– Reconhece o valor do trabalho dos profissionais da enfermagem.

– Refere-se a diligências junto às Secretarias de Economia e de Planejamento em defesa dos pleitos dos

servidores do Departamento de Trânsito – DETRAN-DF e da Polícia Penal e acrescenta que foi discutida

a criação de centros de referência de atendimento às pessoas com autismo.

– Divulga que foi aprovado na CEOF convênio para a isenção dos custos de medicamentos para o

tratamento das pessoas com câncer e menciona a proposta de construção de hospital oncológico no DF.

Deputado Gabriel Magno

– Alude à visita da CESC à UPA do Gama e elenca irregularidades, bem como a ausência de profissionais

e de material básico.

– Reprova o envolvimento do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal – IGESDF em

esquemas de corrupção, noticiado pelos meios de comunicação.

– Reclama da demora na entrega de escolas públicas no Jardim Mangueiral e critica o GDF por firmar

contratos milionários para expandir o número de salas de aula em vez de construir escolas e nomear

servidores da educação.

– Denuncia esquema de venda de posição nas filas de atendimento do Sistema Único de Assistência

Social – SUAS.

Deputado Iolando

– Parabeniza o Governador Ibaneis Rocha por atender as demandas dos servidores desde 2019.

– Propõe que os empregados do Metrô-DF e outras categorias de trabalhadores do GDF sejam inseridos

no Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal – INAS.

Deputado Pastor Daniel de Castro

– Avalia o resultado do 1º turno das eleições municipais deste ano e afirma que o avanço da direita foi

demonstração clara da insatisfação popular com o Governo Lula, especialmente com a condução das

contas públicas.

– Critica os governos de esquerda no mundo e cita ações que praticam em detrimento da população de

seus países.

Deputado João Cardoso

– Salienta que não houve regulamentação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília –

PPCUB, de modo que o GDF enfrenta dificuldade para emitir a viabilidade de localização e a licença de

funcionamento, em prejuízo aos empreendedores, e comunica que solicitou ao Governo a iniciativa de

lei complementar para sanar a lacuna.

– Apoia a reestruturação das carreiras de auditor fiscal e da Procuradoria-Geral do Distrito Federal.

– Convida todos para sessão solene em homenagem à padroeira do Brasil, dia 10 de outubro, às 9

horas.

– Agradece à CAF a aprovação do projeto de lei de sua autoria que cria o Polo Gastronômico da Vila

Planalto.

– Enaltece a importância da carreira Gestão e Assistência Pública à Saúde, cujos profissionais são

fundamentais para o funcionamento dos serviços de saúde, e defende a negociações do GDF com a

categoria.

Deputado Jorge Vianna

– Manifesta gratidão aos pares e ao Governador pelo apoio ao projeto que trata da reestruturação

salarial dos técnicos de enfermagem, que será votado na presente sessão.

– Realça que outras categorias de nível médio também devem ter seu pleito atendido.

– Parabeniza o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem no Distrito Federal

– SINDATE-DF pela força de mobilização e de articulação nas negociações.

Deputado Thiago Manzoni

– Anuncia mudança de mentalidade da população brasileira ao declarar a vitória da maioria de

candidatos de orientação ideológica de direita nas eleições municipais, o que considera uma nova

tendência do País.

– Congratula o povo brasileiro pelo voto que elegeu esses ideais.

Deputado Chico Vigilante

– Convida todos para o I Seminário em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara Legislativa do

Distrito Federal e parabeniza as entidades que trouxeram participantes ao evento.

– Opina que os reajustes salariais de órgãos devem contemplar todos os servidores, não apenas o alto

escalão, e advoga a necessidade de mesa permanente de negociação entre servidores públicos e

Governo.

– Sublinha as vitórias eleitorais do Partido dos Trabalhadores nas eleições municipais.

2.2 COMUNICADOS DE PARLAMENTARES

Deputado Rogério Morro da Cruz

– Alegra-se com a inauguração de base da Neoenergia para atender São Sebastião e Jardim Botânico e

espera a instalação de novos equipamentos para contemplar os bairros próximos, carentes de

infraestrutura.

– Reconhece o bom trabalho do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal – SLU e informa que

destinou recursos para a instalação de 800 lixeiras em São Sebastião e no Jardim Botânico.

– Noticia que destinou verba para a construção de posto da Defensoria Pública em São Sebastião.

Deputado Pepa

– Destaca que, nesta tarde, será votada a proposição dos técnicos de enfermagem e discorre sobre a

necessidade de atenção às demais carreiras.

– Divulga que hoje é comemorado o Dia do Nordestino.

Deputada Dayse Amarilio

– Celebra sucesso do projeto que oferece oportunidades de emprego para enfermeiros e técnicos de

enfermagem, bem como a conquista da reestruturação para a categoria.

– Agradece ao GDF pelas negociações e sugere aos deputados a criação da bancada da saúde em

defesa do Sistema Único de Saúde – SUS.

Deputada Doutora Jane

– Reconhece a luta dos aprovados no concurso da Polícia Civil, e rememora seu empenho e do

Deputado Wellington Luiz para garantir as nomeações.

– Felicita o Governador por seu compromisso com a segurança pública do Distrito Federal.

– Expressa voto favorável ao projeto de lei que reestrutura a carreira dos técnicos de enfermagem do

Distrito Federal e relata sua atuação e de seus familiares na área.

3 ORDEM DO DIA

Observação: As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia

disponibilizada pela Secretaria Legislativa/CLDF.

(1º) ITEM 142: Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 1.347, de 2024, de autoria

do Poder Executivo, que “dispõe sobre a reestruturação da carreira Técnica em Enfermagem do Distrito

Federal e dá outras providências”.

– Parecer do relator da CESC, Deputado Jorge Vianna, favorável à proposição. APROVADO por votação

em processo simbólico (22 deputados presentes).

– Parecer do relator da CAS, Deputada Dayse Amarilio, favorável à proposição. APROVADO por votação

em processo simbólico (20 deputados presentes).

– Parecer do relator da CEOF, Deputado Jorge Vianna, favorável à proposição. APROVADO por votação

em processo simbólico (20 deputados presentes).

– Parecer do relator da CCJ, Deputado Thiago Manzoni, favorável à proposição. APROVADO por

votação em processo simbólico (20 deputados presentes).

– Votação da proposição em 1º turno. APROVADA por votação em processo nominal, com 22 votos

favoráveis. Houve 2 ausências.

(2º) ITEM 127: Apreciação do Parecer da Comissão de Desenvolvimento, Econômico

Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo sobre a indicação do nome do

Senhor Fernando Martins de Freitas para ocupar o cargo de Ouvidor da Agência Reguladora de Águas,

Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal – ADASA, com mandato de três anos (Processo nº

24/24- Mens. nº 235/24 – GAG).

– Parecer do relator da CDESCTMAT, Deputado Daniel Donizet, favorável à indicação do Senhor

Fernando Martins de Freitas para ocupar o cargo de Ouvidor da Agência Reguladora de Águas, Energia e

Saneamento Básico do Distrito Federal – ADASA. APROVADO por votação em processo nominal, com

23 votos favoráveis. Houve 1 ausência.

(3º) ITEM 139: Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 1.239, de 2024, de autoria

do Poder Executivo, que “altera a Lei nº 6.744, de 7 de dezembro de 2020, que ‘dispõe sobre a

aplicação do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV no Distrito Federal e dá outras providências’”.

– Parecer do relator da CAF, Deputado Hermeto, acatando as Emendas nos 4, 5, 9 e 11, e rejeitando as

os os

Emendas n 7, 8 e 10. Informa que as Emendas n 2 e 6 foram canceladas. APROVADO por votação

em processo simbólico (24 deputados presentes). Houve 5 votos contrários.

– Parecer do relator da CDESCTMAT, Deputado Daniel Donizet, favorável à proposição, acatando as

os os os

Emendas n 1, 3, 4, 5, 9 e 11, e rejeitando as Emendas n 7, 8 e 10. Informa que as Emendas n 2 e

6 foram canceladas. APROVADO por votação em processo simbólico (24 deputados presentes). Houve

5 votos contrários.

– Parecer do relator da CEOF, Deputado Eduardo Pedrosa, favorável à proposição, acatando as Emendas

os os

n 1, 3, 4, 5, 9 e 11, e rejeitando as Emendas n 7, 8 e 10. APROVADO por votação em processo

simbólico (24 deputados presentes). Houve 5 votos contrários.

– Parecer do relator da CCJ, Deputado Thiago Manzoni, favorável à proposição, acatando as Emendas

os os

n 1, 3, 4, 5, 9 e 11, e rejeitando as Emendas n 7 e 8. Informa que a Emenda nº 10 foi destacada

os

para votação em separado e as Emendas n 2 e 6 foram canceladas. APROVADO por votação em

processo simbólico (24 deputados presentes). Houve 5 votos contrários.

– Votação da proposição em 1º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (24 deputados

presentes). Houve 5 votos contrários.

– Destaque para votação em separado da Emenda nº 10. EMENDA REJEITADA por votação em

processo nominal, com 17 votos contrários, 6 votos favoráveis. Houve 1 ausência.

(4º) Apreciação, em bloco, dos seguintes itens:

ITEM 225: Discussão e votação, em bloco, em turno único, das seguintes moções:

Moção nº 1.006, de 2024, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que “parabeniza e manifesta

votos de louvor aos cidadãos que especifica, pelos relevantes serviços prestados no desenvolvimento

sustentável do Distrito Federal”.

Moção nº 1.007, de 2024, de autoria da Deputada Doutora Jane, que concede “moção de Louvor em

homenagem e reconhecimento ao Agente da Policial Civil do Distrito Federal por ter recebido o prêmio

de Melhor Dissertação de Mestrado no 19º Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento - KM Brasil

2024, o qual especifica”.

Moção nº 1.008, de 2024, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que “parabeniza e manifesta

votos de louvor ao Primeiro Sargento da Reserva Remunerada da Polícia Militar do Distrito Federal, Sgt.

Wellington Thomas Sant'ana, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal”.

Moção nº 1.009, de 2024, de autoria do Deputado Chico Vigilante, que concede “moção de Louvor

pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal junto ao Mestre Woo, aos agraciados

abaixo descritos, a serem entregues durante a solenidade em reconhecimento ao meio século do

movimento Being Tao no DF”.

Moção nº 1.010, de 2024, de autoria do Deputado Gabriel Magno, que “manifesta Votos de Louvor e

Aplausos às pessoas que especifica”.

Moção nº 1.011, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de Louvor

e homenageia professores de atividades desenvolvidas para os idosos do Varjão, que especifica, em

razão do Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade”.

Moção nº 1.012, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de Louvor

e homenageia colaboradores de atividades desenvolvidas para os idosos do Varjão, que especifica, em

razão do Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade”.

Moção nº 1.013, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de Louvor

e homenageia misses simpatia da 3ª idade do Varjão, que especifica, em razão do Dia Nacional do Idoso

e Dia Internacional da Terceira Idade”.

Moção nº 1.014, de 2024, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta votos

de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal

em ocasião da Sessão Solene em Homenagem ao Dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional”.

Moção nº 1.015, de 2024, de autoria dos Deputados Doutora Jane, João Cardoso, Ricardo Vale e

Eduardo Pedrosa, que concede “moção de Louvor em Sessão Solene em comemoração ao aniversário da

Região Administrativa de Sobradinho II, a realizar-se no dia 9 de outubro de 2024, às 19h, na Quadra

Coberta do Centro de Ensino Fundamental – CEF 08 de Sobradinho II – RA XXVI, às pessoas que

especifica”.

ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em turno único, das seguintes moções:

Moção nº 1.016, de 2024, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta votos

de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal

em ocasião da Sessão Solene em Homenagem ao Dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional”.

Moção nº 1.017, de 2024, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que “parabeniza e manifesta

votos de louvor aos cidadãos que especifica, pelos relevantes serviços prestados à Engenharia

Agronômica do Distrito Federal”.

Moção nº 1.018, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de Louvor

e homenageia parceiros do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, em Comemoração ao seu 46º

Aniversário”.

Moção nº 1.019, de 2024, de autoria dos Deputados Doutora Jane, Eduardo Pedrosa, João Cardoso e

Ricardo Vale, que apresenta “moção de Louvor em Sessão Solene em comemoração ao aniversário da

Região Administrativa de Sobradinho II, a realizar-se no dia 9 de outubro de 2024, às 19h, na Quadra

Coberta do Centro de Ensino Fundamental – CEF 08 de Sobradinho II – RA XXVI, às pessoas que

especifica. (COMPLEMENTO”).

Moção nº 1.020, de 2024, de autoria do Deputado Eduardo Pedrosa, que “manifesta votos de louvor

e parabeniza o 3º Sargento da Polícia Militar do Distrito Federal, Mário Junio da Silva Mangueira,

matrícula nº 732641/6, lotado no Grupo Tático Operacional do 9º Batalhão (GTOP 29), pelo Ato de

Bravura ao capturar assaltantes, mesmo estando de folga no momento da ocorrência”.

Moção nº 1.021, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de louvor

e homenageia parceiros do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, em Comemoração ao seu 46º

Aniversário”.

Moção nº 1.022, de 2024, de autoria dos Deputados Ricardo Vale, Eduardo Pedrosa, Doutora Jane e

João Cardoso, que “manifesta louvor às pessoas adiante nominadas a ser entregue na sessão solene do

aniversário de Sobradinho II”.

Moção nº 1.023, de 2024, de autoria do Deputado Hermeto, que “reconhece e apresenta Votos de

Louvor aos Policiais Militares do 9º BPM, pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação

demostrados em atendimento de ocorrência, quando prenderam em flagrante um homem por agressão

a sua companheira”.

Moção nº 1.024, de 2024, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “parabeniza e

manifesta votos de louvor as pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do

Distrito Federal”.

ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em turno único, do Requerimento nº 1.667, de 2024,

de autoria dos Deputados Fábio Félix, que “requer a transformação da Sessão Ordinária do dia 17 de

outubro de 2024 em Comissão Geral para debater a ‘Utilização das câmeras corporais pela Polícia Militar

do Distrito Federal (PMDF)’”.

– Votação das proposições em turno único. APROVADAS por votação em processo simbólico (24

deputados presentes).

4 COMUNICADOS DA PRESIDÊNCIA

Presidente (Deputado Wellington Luiz)

– Cumprimenta o Sr. Daniel Rito, Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Desenvolvimento

Urbano e Habitação do DF – SEDUH-DF e presidente do Conselho de Habitação do DF.

– Registra e agradece a presença do Sr. Marcelo Vaz, Secretário da SEDUH-DF, e do Sr. Wallison Couto

de Oliveira, diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília.

5 ENCERRAMENTO

Presidente (Deputado Ricardo Vale)

– Convoca os deputados para sessão extraordinária a realizar-se em seguida.

– Declara encerrada a sessão.

Observação: O relatório de presença, o relatório de presença por recomposição de quórum e as folhas

de votação nominal, encaminhados pelo Setor de Apoio ao Plenário e pela Secretaria Legislativa, estão

anexos a esta ata.

Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO

Primeiro-Secretário

Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-

Secretário(a), em 09/10/2024, às 15:51, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1856484 Código CRC: A662BA08.

...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA SUCINTA DA 85ª (OCTOGÉSIMA QUINTA)SESSÃO ORDINÁRIA,EM 8 DE OUTUBRO DE 2024SÚMULAPRESIDÊNCIA: Deputados Wellington Luiz, Eduardo Pedrosa, João Cardoso, Robério Negreiros eRicardo ValeSECRETARIA: Deputados Robério Negreiros e Ricardo ValeLOCAL: Plenário...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Portarias 226/2024

Secretário-Geral

PORTARIA DO SECRETÁRIO-GERAL Nº 226, DE 11 DE OUTUBRO DE 2024

O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO

FEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1º, do

Ato do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023, RESOLVE:

Art. 1º DESIGNAR os Fiscais da Contratação Direta por Inexigibilidade de Licitação nº 26/2024, por

meio das Notas de Empenho 2024NE00700, e 2024NE00701, firmada entre a Câmara Legislativa do

Distrito Federal e a empresa ELITE SOLUCOES EMPRESARIAIS LTDA., CNPJ 37.262.133/0001-46, cujo

objeto Aquisição de suprimentos para impressão de crachás para garantir a manutenção corrente dos

serviços de cadastramento e impressão dos cartões eletromagnéticos de identificação funcional dos

servidores da CLDF. Processo nº 00001-00025659/2024-26.

Art. 2º Os Fiscais indicados por esta Portaria são os seguintes servidores, aos quais cabe exercer as

atribuições previstas na Lei nº 14.133/2021:

NOME FUNÇÃO LOTAÇÃO MATRÍCULA

MARCOS VINICIUS GUEDES DOS REIS Fiscal SPCS 24.545

JONIE CARLO DE OLIVEIRA MAZO Fiscal Substituta SPCS 24.539

Art. 3º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

JOÃO MONTEIRO NETO

Secretário-Geral/Presidência

Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da

Mesa Diretora, em 14/10/2024, às 09:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1863056 Código CRC: 1BED47D2.

...PORTARIA DO SECRETÁRIO-GERAL Nº 226, DE 11 DE OUTUBRO DE 2024O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITOFEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1º, doAto do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023,...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Extratos - CLDF - Saúde 4/2024

EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃO

Brasília, 15 de outubro de 2024.

Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:

Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:

pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratificação: pelo Diretor do FASCAL, conforme

competência delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente nº 255/2024, publicado no

Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 102, em 15 de maio de 2024.

Processo SEI n.º 00001-00040084/2024-71. Contratada: CENTRO MEDICO MATSUMOTO

LTDA, CNPJ: 09.519.464/0001-83 Objeto: prestação de serviços médico hospitalares conforme Laudo

Técnico de Vistoria para Credenciamento nº SEI 1846208 e despacho da perícia médica do FASCAL nº

SEI 1864729.

Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1º de abril de 2021, a inexigibilidade de licitação de que

trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais.

Publique-se para as providências complementares.

GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA

Diretor do FASCAL

Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)

do Fascal, em 15/10/2024, às 11:17, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1865573 Código CRC: 758F4E6E.

...EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃOBrasília, 15 de outubro de 2024.Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:pelo Ordenador de Despesa, Geovane ...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Extratos - CLDF - Saúde 1/2024

EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃO

Brasília, 14 de outubro de 2024.

Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:

Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:

pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratificação: pelo Diretor do FASCAL, conforme

competência delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente nº 255/2024, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 102, em 15 de maio de 2024.

Processo SEI n.º 00001-00039760/2024-64. Contratada: FISIOTERAPIA CORPO ATIVO STYLLUS

LTDA., CNPJ: 54.584.181/0001-70. Objeto: prestação de serviços de fisioterapia conforme Laudo

Técnico de Vistoria para Credenciamento nº SEI 1842493 e despacho da perícia médica do FASCAL nº

SEI 1863874.

Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1º de abril de 2021, a inexigibilidade de licitação de

que trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos

processuais. Publique-se para as providências complementares.

GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA

Diretor do Fascal

Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)

do Fascal, em 14/10/2024, às 14:38, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1864120 Código CRC: 9C39BF4B.

...EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃOBrasília, 14 de outubro de 2024.Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:pelo Ordenador de Despesa, Geovane ...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Atas - Comissões 9/2024

CEOF

ATA DE REUNIÃO

ATA DA 9ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE ECONOMIA, ORÇAMENTO E FINANÇAS,

DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA, DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO

FEDERAL, REALIZADA EM 08/10/2024.

Aos oito dias do mês de outubro de dois mil e vinte e quatro, às catorze horas e trinta minutos, na Sala

de Reunião das Comissões, foi aberta pelo Senhor Presidente da Comissão de Economia, Orçamento e

Finanças, Deputado Eduardo Pedrosa, a nona reunião ordinária da Comissão de Economia, Orçamento e

Finanças, com a presença do Deputado Joaquim Roriz Neto e da Deputada Jaqueline Silva. Item I -

Dos Comunicados - Não havendo comunicados, passa-se ao Item II - Matérias para discussão e

votação: 01) Leitura e aprovação das Atas: - Ata da 8ª Reunião Ordinária, de 06/08/2024

(1769295); - Ata da Reunião Pública de Avaliação do PPA 2020-2023 (Ano Base 2023), de 12/08/2024

(1779023). Resultado: Aprovadas com três votos favoráveis e duas ausências. Para a votação de itens

de sua relatoria, o Deputado Eduardo Pedrosa passa a presidência ao Deputado Joaquim Roriz

Neto. 02) - Parecer do PLC Nº 51/2024 Ementa: Altera a Lei Complementar nº 833, de 27 de maio

de 2011, que dispõe sobre o parcelamento dos créditos de natureza tributária e não tributária de

titularidade do Distrito Federal. Autoria: Poder Executivo Relatoria: Deputado Eduardo

Pedrosa Parecer: Pela admissibilidade e aprovação, com acatamento de emenda aditiva apresentada

por este relator. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas ausências. 03) - Parecer do

PL Nº 1111/2024 Ementa: Dispõe sobre a transformação das parcelas remuneratórias decorrentes

do Plano Bresser (26,06%), Plano Verão/URP-89 (26,05%) e Planos Bresser/Verão (58,90%) em

Vantagem Pessoal Nominalmente Identificável. Autoria: Poder Executivo Relatoria: Deputado Eduardo

Pedrosa Parecer: Pela aprovação e admissibilidade Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e

duas ausências. 04) - Parecer do PROC Nº 19/2024 Ementa: Homologa os Convênios ICMS nº

132/21, nº 101/2023 e nº 146/2023. Autoria: Poder Executivo Relatoria: Deputado Eduardo

Pedrosa Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas

ausências. Reassume a presidência o Deputado Eduardo Pedrosa. 05) - Parecer do PL Nº

666/2023 Ementa: Reconhece o Esporte de Surdos (Surdodesporto) como de relevante interesse

desportivo e social, no âmbito Distrito Federal. Autoria: Deputado Rogério Morro da

Cruz Relatoria: Deputada Jaqueline Silva Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Aprovado com

três votos favoráveis e duas ausências. 06) - Parecer do PL Nº 340/2023 Ementa: Altera o Capítulo

IV da Lei nº 5.106, de 3 de maio de 2013, que “Dispõe sobre a carreira Assistência à Educação do

Distrito Federal e dá outras providências”, para incluir o artigo 7º-B, que trata da lotação, exercício e

remanejamento dos servidores da Carreira. Autoria: Deputado João Cardoso Professor

Auditor Relatoria: Deputado Jorge Vianna Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Não foi votado

devido à ausência do Relator. 07) - Parecer do PLC Nº 3/2023 Ementa: Altera o art. 61 da Lei

Complementar nº 840, de 23 de dezembro de 2011, que “Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores

públicos civis do Distrito Federal, das autarquias e das fundações públicas distritais”. Autoria: Deputada

Jaqueline Silva Relatoria: Deputado Jorge Vianna Parecer: Pela

admissibilidade. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas ausências. 08) - Parecer do

PL Nº 2540/2022 Ementa: Institui o Política Distrital de Educação Preventiva contra a Hanseníase e

de Combate ao Preconceito no Distrito Federal. Autoria: Deputado Robério

Negreiros Relatoria: Deputado Jorge Vianna Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Não foi

votado devido à ausência do Relator. 09) - Parecer do PL Nº 33/2023 Ementa: Dispõe sobre a

determinação do uso de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) neonatais e pediátricas da rede

privada de saúde pela rede pública de saúde do Distrito Federal e dá outras

providências. Autoria: Deputado Pastor Daniel de Castro Relatoria: Deputado Jorge

Vianna Parecer: Pela admissibilidade, com a aprovação das emendas nº 1 e nº 2. Resultado: Não foi

votado devido à ausência do Relator. 10) - Parecer do PL Nº 968/2020 Ementa: Dispõe sobre o

plantio de semente de árvores em virtude dos nascimentos ocorridos nas Unidades de Saúde das redes

pública e privada no Distrito Federal. Autoria: Deputado Jorge Vianna Relatoria: Deputado Joaquim

Roriz Neto Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas

ausências. 11) - Parecer do PL Nº 1460/2020 Ementa: Institui o Programa de Operação e Registro

de Instrumentos Representativos dos Ativos de Natureza Intangível, denominado Tesouro Verde, no

âmbito do Distrito Federal e dá outras providências. Autoria: Ex-Deputado

Delmasso Relatoria: Deputada Paula Belmonte Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Não foi

votado devido à ausência da Relatora. 12) - Parecer do PL Nº 449/2023 Ementa: Estabelece as

diretrizes para a implantação do sistema de jardins filtrantes no Distrito Federal. Autoria: Deputado

Joaquim Roriz Neto Relatoria: Deputada Paula Belmonte Parecer: Pela

admissibilidade. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas ausências. 13) - Parecer do

PL Nº 1317/2020 Ementa: Dispõe sobre a divulgação de dados de contribuintes na dívida ativa do

Distrito Federal, e dá outras providências. Autoria: Deputado Chico Vigilante Relatoria: Deputada

Paula Belmonte Parecer: Pela admissibilidade e aprovação. Resultado: Não foi votado devido à

ausência da Relatora. 14) - Parecer do PL Nº 44/2023 Ementa: Altera a Lei nº 4.462, de 13 de

janeiro de 2010, que dispõe sobre o Passe Livre Estudantil nas modalidades de transporte público

coletivo. Autoria: Deputado Ricardo Vale Relatoria: Deputada Paula Belmonte Parecer: Pela

admissibilidade. Resultado: Não foi votado devido à ausência da Relatora. Tendo cumprido a pauta e

nada mais havendo a tratar, o Presidente agradece a presença, a participação e o empenho dos

deputados e, às catorze horas e quarenta e cinco minutos declara encerrada a nona reunião ordinária da

Comissão de Economia, Orçamento e Finanças. Eu, Paulo Eloi Nappo, Secretário desta Comissão, lavro a

presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e demais parlamentares

participantes e enviada à publicação.

Documento assinado eletronicamente por PAULO ELOI NAPPO - Matr. 12118, Secretário(a) de

Comissão, em 08/10/2024, às 15:02, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por JOAQUIM DOMINGOS RORIZ NETO - Matr.

00167, Deputado(a) Distrital, em 08/10/2024, às 15:15, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n°

08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. 00158, Deputado(a)

Distrital, em 08/10/2024, às 15:59, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no

Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. 00145, Deputado(a)

Distrital, em 09/10/2024, às 08:55, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no

Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

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...ATA DE REUNIÃOATA DA 9ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE ECONOMIA, ORÇAMENTO E FINANÇAS,DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA, DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITOFEDERAL, REALIZADA EM 08/10/2024.Aos oito dias do mês de outubro de dois mil e vinte e quatro, às catorze horas e trinta minutos, na Salade Reunião das...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Extraordinária 36/2024

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

ATA SUCINTA DA 36ª (TRIGÉSIMA SEXTA)

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,

EM 8 DE OUTUBRO DE 2024

SÚMULA

PRESIDÊNCIA: Deputados Ricardo Vale e Wellington Luiz

SECRETARIA: Deputados Robério Negreiros e Ricardo Vale

LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal

INÍCIO: 17 horas e 58 minutos

TÉRMINO: 18 horas e 38 minutos

Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.

1 ABERTURA

Presidente (Deputado Ricardo Vale)

– Declara aberta a sessão.

2 ORDEM DO DIA

Observação: As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia

disponibilizada pela Secretaria Legislativa/CLDF.

(1º) ITEM 1: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.347, de 2024, de autoria do

Poder Executivo, que “dispõe sobre a reestruturação da carreira Técnica em Enfermagem do Distrito

Federal e dá outras providências”.

– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (23 deputados

presentes).

– Apreciação da redação final. APROVADA.

(2º) ITEM 139: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.239, de 2024, de autoria

do Poder Executivo, que “altera a Lei nº 6.744, de 07 de dezembro de 2020, que dispõe sobre a

aplicação do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV no Distrito Federal e dá outras providências”.

– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (23 deputados

presentes). Houve 6 votos contrários.

– Apreciação da redação final. APROVADA.

3 ENCERRAMENTO

Presidente (Deputado Wellington Luiz)

– Declara encerrada a sessão.

Observação: O relatório de presença e o relatório de presença por recomposição de quórum,

encaminhados pelo Setor de Apoio ao Plenário e pela Secretaria Legislativa, estão anexos a esta ata.

Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO

Primeiro-Secretário

Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-

Secretário(a), em 09/10/2024, às 15:51, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

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...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA SUCINTA DA 36ª (TRIGÉSIMA SEXTA)SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,EM 8 DE OUTUBRO DE 2024SÚMULAPRESIDÊNCIA: Deputados Ricardo Vale e Wellington LuizSECRETARIA: Deputados Robério Negreiros e Ricardo ValeLOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito FederalINÍC...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Extratos - CLDF - Saúde 2/2024

EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃO

Brasília, 15 de outubro de 2024.

Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:

Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:

pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratificação: pelo Diretor do FASCAL, conforme

competência delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente nº 255/2024, publicado no

Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 102, em 15 de maio de 2024.

Processo SEI n.º 00001-00042113/2024-30 Contratada: OTOCENTRO - CLÍNICA DE

OTORRINOLARINGOLOGIA LTDA, CNPJ: 12.306.840/0001-66 Objeto: prestação de serviços

de Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia conforme Laudo Técnico de Vistoria para Credenciamento nº

SEI 1861957 e despacho da perícia médica do FASCAL nº SEI 1865988

Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1º de abril de 2021, a inexigibilidade de licitação de que

trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais.

Publique-se para as providências complementares.

GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA

Diretor do FASCAL

Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)

do Fascal, em 15/10/2024, às 15:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

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...EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃOBrasília, 15 de outubro de 2024.Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:pelo Ordenador de Despesa, Geovane ...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Extraordinária 36a/2024

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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Atos 531/2024

Presidente

ATO DO PRESIDENTE Nº 531, DE 2024

O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições

regimentais e do que dispõe o art. 44 da Lei Complementar nº 840/2011 e o art. 9º da Resolução nº

232/2007, RESOLVE:

1. DISPENSAR CARLA MARIA MARTINS GOMES, matrícula nº 13.098, dos encargos de

substituta do cargo de Chefe de Núcleo, CL-03, do Núcleo de Processos de Licitação e Contratos - PG.

(CC).

2. DESIGNAR DANIEL AUGUSTO SILVA LANDIM RESENDE, matrícula nº 24.586, ocupante

do cargo efetivo de Procurador Legislativo, para responder pelos encargos de substituto do cargo de

Chefe de Núcleo, CL-03, no Núcleo de Processos de Licitação e Contratos - PG, nas ausências e

impedimentos legais do titular. (CC).

Brasília, 15 de outubro de 2024.

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.

00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 15/10/2024, às 18:39, conforme Art.

22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº

214, de 14 de outubro de 2019.

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...ATO DO PRESIDENTE Nº 531, DE 2024O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuiçõesregimentais e do que dispõe o art. 44 da Lei Complementar nº 840/2011 e o art. 9º da Resolução nº232/2007, RESOLVE:1. DISPENSAR CARLA MARIA MARTINS GOMES, matrícula nº 13.098, dos encargos desubstituta...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Pautas 3a/2024

CFGTC

PAUTA - CFGTC

Anexo I da Pauta da 3ª Reunião Ordinária

da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle

da 2ª Sessão Legislativa da 9ª Legislatura

ENTIDADE/

RELATÓRIOS/DECISÕES/ PROCESSO

EXPEDIENTE/Nº ÓRGÃO OBJETO PERÍODO

REQUERIMENTOS SEI

RESPONSÁVEL

Encaminha o Relatório

do Desempenho da

Estratégia referente ao

exercício de 2023,

diante da aprovação,

Decisão nº 07/2024 -

pelo Conselho de

CONAD; 00111-

Ofício Nº 1115/2024 - Administração da 4º Trimestre

TERRACAP 00005443/2024-

TERRACAP/PRESI/GABIN Companhia Imobiliária de 2023

Relatório do Desempenho da 61

de Brasília, conforme

Estratégia

Decisão 07/2024-

CONAD, para ciência da

Câmara Legislativa do

DF, em atendimento à

Lei 13.303 de 2016.

Apresenta a Prestação

de Contas da

Relatório de Prestação de Companhia do

00097-

Contas da Companhia do Ofício Nº 515/2024 - Metropolitano do Ano-base

METRÔ-DF 00006734/2024-

Metropolitano do Distrito METRO-DF/PRE/GAB Distrito Federal - 2023

65

Federal - METRÔ-DF METRÔ-DF, ano-base

2023, em atendimento

à Lei 13.303/2016.

Encaminha o Relatório

de Atendimento de

Metas e Resultados do

Plano de Negócios

2023-2027 (exercício

2023), da CEB Lajeado

S.A. e informa que o

Conselho de

Decisão n.º 4/2024 - CEB- Administração analisou

L/CA Ofício Nº 1/2024 - CEB - o referido Relatório e

L/CA concluiu que os 00117-

CEB Lajeado Exercício

Relatório de Cumprimento resultados estão 00000034/2024-

S.A. 2023

de Metas e Resultados do Ofício Nº 180/2024 - compatíveis com as 17

Plano de Negócios 2023- CEB-H/PR metas de gestão,

2027, da CEB Lajeado S.A. regulatória, comercial e

econômico-financeiras

da CEB Lajeado S.A.,

aprovando-o por

unanimidade, conforme

registros da Ata de sua

25ª Reunião

Extraordinária, de

10.05.2024.

Encaminha o Relatório

Quadrimestral - OS 1º

Quadrimestre 2024,

referente ao contrato

de gestão firmado entre

Secretaria de

Relatório das Organizações o Governo do Distrito 1º 04044-

Ofício Nº 3994/2024 - Estado de

Sociais - Contratos de Federal e a Organização Quadrimestre 00012329/2024-

SEEC/GAB Economia do

Gestão Social: Instituto do de 2024 25

Distrito Federal

Câncer Infantil e

Pediatria Especializada

(ICIPE), único vigente

nesta categoria.

Encaminha os autos

para ciência do

Relatório Consolidado

dos Resultados da

Avaliação de

Desempenho - Exercício

Relatório Consolidado dos 00111-

Ofício Nº 1507/2024 - 2023, bem como da Exercício

Resultados de Avaliação de TERRACAP 00006733/2024-

TERRACAP/PRESI/GABIN Apresentação do 2023

Desempenho 21

Relatório da Avaliação

de Desempenho,

conforme preconiza o

art. 23, § 2º, da lei

13.303, de 30 de junho

de 2016.

Comunica que o

Tribunal exarou a

Decisão nº 19/2024, na

Sessão Administrativa

nº 1181, realizada em

06/03/2024, ao apreciar

o Processo nº 00600-

00013344/2023-13-e,

que disciplina o controle 00001-

Ofício-Circular nº

Decisão nº 19/2024 TCDF e a fiscalização da 00028517/2024-

5/2024-GP

etapa de planejamento 11

dos projetos de

Concessões Comuns,

das Parcerias Público-

Privadas - PPPs e das

Privatizações, a serem

exercidos pelo TCDF,

em substituição à

Resolução nº 290/2016.

Comunica que o

TCDF proferiu a Decisão

nº 2557/2024, na

Sessão Ordinária nº

5386, realizada em

10/07/2024, quando

apreciou o Processo nº

00600-00005005/2022-

74-e, que teve por

objeto a Auditoria de

00600-

Regularidade realizada

Decisão nº 2557/2024 Ofício nº 5482/2024-GP TCDF 00008479/2024-

no âmbito da Sociedade

30

de Transportes

Coletivos de Brasília

(TCB), no período de

agosto de 2022 a julho

de 2023, com o objetivo

de examinar a

regularidade dos

contratos de transporte

escolar celebrados pela

empresa.

Comunica que o TCDF

proferiu a Decisão nº

2575/2024, na Sessão

Ordinária nº 5386,

realizada em

10/07/2024, quando

apreciou o Processo nº

00600-00012892/2023-

18-e, que trata do 00600-

Decisão nº 2575/2024 Ofício nº 5541/2024-GP TCDF Relatório de Ação de 00008482/2024-

Fiscalização e Controle 53

n.º 1/2023,

apresentado pela

Comissão de

Fiscalização,

Governança,

Transparência e

Controle - CFGTC

da CLDF.

Comunica que o TCDF

proferiu a Decisão nº

2447/2024, na Sessão

Ordinária nº 5386,

realizada em

10/07/2024, quando

apreciou o Processo nº

00600-00008864/2023-

04-e, com o objetivo de

promover a realização

de levantamento,

modalidade de 00600-

Decisão nº 2447/2024 Ofício nº 5378/2024-GP TCDF fiscalização prevista no 00008397/2024-

art. 231 do RITCDF, 95

visando colher

informações acerca das

iniciativas contempladas

no Plano de Governo,

documento apresentado

como requisito para

registro de candidatura

às eleições de 2022,

pelo então candidato

Sr. Ibaneis Rocha

Barros Júnior.

Comunica que o TCDF

proferiu a Decisão nº

70/2024, na Sessão

Administrativa nº 1198,

realizada em

07/08/2024, quando

apreciou o Processo nº

00600-00004804/2024-

Decisão Nº 70/2024 95-e, que teve como

objeto o Relatório de

Atividades do Tribunal 00600-

2º Trimestre

Relatório de Atividades do Ofício nº 6382/2024-GP TCDF de Contas do DF, 00009487/2024-

de 2024

Tribunal de Contas do referente ao 2º 01

Distrito Federal - 2º trimestre de 2024, a ser

Trimestre de 2024 remetido à Câmara

Legislativa do Distrito

Federal - CLDF, em

cumprimento ao § 3º

do art. 78 da Lei

Orgânica do Distrito

Federal, c/c o art. 82 da

Lei Complementar nº

1/94.

Encaminha o Relatório

de Atendimento de

Metas e Resultados do

Plano de Negócios

2023-2027 (exercício

2023) da Companhia

Energética de Brasília -

CEB e Informa que

o Conselho de

Decisão n.º 5/2024 - CEB-

Administração da

H/CA

Companhia deliberou

Ofício Nº 4/2024 - CEB-

sobre as conclusões do

Relatório de Atendimento de H/CA 00093-

CEB S.A. - colegiado em relação ao Exercício

Metas e Resultados do Plano 00000516/2024-

Holding referido Relatório em 2023

de Negócios 2023-2027 Ofício Nº 259/2024 - 20

sua 642ª Reunião

(exercício 2023) da CEB-H/PR

Ordinária, realizada no

Companhia Energética de

dia 27 de junho 2024,

Brasília - CEB.

conforme Decisão n.º

5/2024 -CEB-H/CA.

Informa também que

o Relatório foi

endereçado ao Tribunal

de Contas do Distrito

Federal - TCDF por

meio da Ofício n.º

5/2023 - CEB/CA.

Comunica que o TCDF

proferiu a Decisão nº

3126/2024, na Sessão

Ordinária nº 5392,

realizada em

21/08/2024, quando

apreciou o Processo nº

00600- 00011159/2023-

86-e, que teve como

objeto o Requerimento

n.º 693/2023, oriundo

da Câmara Legislativa

do Distrito Federal –

CLDF, de autoria da

Comissão de

00600-

Fiscalização,

Decisão nº 3126/2024 Ofício nº 7073/2024-GP TCDF 00010330/2024-

Governança,

11

Transparência e

Controle, solicitando

que o Tribunal realize

auditoria para verificar

inconsistências na

apresentação do

“Relatório Detalhado:

Acompanhamento do

Contrato de Gestão,

Ações e

Atividades/2022” pelo

Instituto de Gestão

Estratégica de Saúde do

Distrito Federal –

IGESDF.

Comunica que o TCDF

proferiu a Decisão nº

3359/2024, na Sessão

Ordinária nº 5394,

realizada em

04/09/2024, quando

apreciou o Processo nº

00600-00001463/2023-

15-e, que teve como

objeto o Relatório Final

da Auditoria

Operacional realizada

com o objetivo de

avaliar a implementação

do Plano Distrital de

Educação (PDE), com

ênfase na educação

básica obrigatória, no

período de janeiro de

2020 a abril de 2023,

em que se verificou os

aspectos da

universalização do 00600-

Decisão nº 3359/2024 Ofício nº 7507/2024-GP TCDF ensino e de 00010832/2024-

infraestrutura, o 41

monitoramento e a

avaliação do PDE pelas

instâncias responsáveis,

a meta de ampliação do

investimento na

educação pública

distrital e a adoção de

políticas educacionais

relevantes, identificadas

em análise de risco.

Na Decisão, foi

determinado que a

Câmara tomasse

conhecimento do

Relatório Final de

Auditoria, do

Relatório/Voto e da

Matriz de Achados, e

também foram

realizadas sugestões e

recomendações a esta

Casa de Leis.

Comunica que o TCDF,

na Sessão Ordinária nº

5394, realizada em

04/09/2024, exarou a

Decisão nº 3360/2024,

ao apreciar o Processo

nº 00600-

00012588/2023-71-e,

que trata de

representação

formulada pelo

MPjTCDF acerca de

suposto

descumprimento, por

00600-

Ofício-Circular nº diversos órgãos do

Decisão nº 3360/2024 TCDF 00011457/2024-

7/2024-GP Governo do Distrito

57

Federal - GDF, das

exigências de

publicidade e

transparência previstas

na Lei Federal nº

13.019/2014 (Marco

Regulatório das

Organizações da

Sociedade

Civil – MROSC) e no

Decreto Distrital nº

37.843/2016, que a

regulamentou no

âmbito distrital.

Comunica que o TCDF

proferiu a Decisão nº

3588/2024, na Sessão

Ordinária nº 5396,

realizada em

18/09/2024, quando

apreciou o Processo nº

00600-00004779/2023-

69-e, que tem por

objeto o Relatório Final

de Auditoria

Operacional, realizada

no âmbito do Serviço de

Limpeza Urbana do

Distrito Federal - SLU,

00600-

da Secretaria de Estado

Decisão nº 3588/2024 Ofício nº 8094/2024-GP TCDF 00011790/2024-

de Proteção da Ordem

66

Urbanística do Distrito

Federal - DF Legal e da

Secretaria de Estado do

Meio Ambiente e

Proteção Animal do

Distrito Federal -

SEMA/DF, em

cumprimento ao Plano

de Ação para o

exercício de 2023,

aprovado pela Decisão

nº 85/2022, e ao Plano

Geral de Fiscalização,

aprovado pela Decisão

nº 36/2023.

Encaminha o Relatório

Quadrimestral - OS 2°

Quadrimestre 2024,

referente ao contrato

Secretaria de de gestão firmado entre

Relatório das Organizações 2º 04044-

Ofício Nº 7254/2024 - Estado de o Governo do Distrito

Sociais - Contratos de Quadrimestre 00012329/2024-

SEEC/GAB Economia do Federal e a Organização

Gestão de 2024 25

Distrito Federal Social: Instituto do

Câncer Infantil e

Pediatria Especializada,

único vigente nesta

categoria.

Brasília, 14 de outubro de 2024.

MARCELO HERBERT DE LIMA

Secretário da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle

Documento assinado eletronicamente por MARCELO HERBERT DE LIMA - Matr. 22527, Secretário(a) de

Comissão, em 15/10/2024, às 16:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1732658 Código CRC: 95F644F2.

...PAUTA - CFGTCAnexo I da Pauta da 3ª Reunião Ordináriada Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controleda 2ª Sessão Legislativa da 9ª LegislaturaENTIDADE/RELATÓRIOS/DECISÕES/ PROCESSOEXPEDIENTE/Nº ÓRGÃO OBJETO PERÍODOREQUERIMENTOS SEIRESPONSÁVELEncaminha o Relatóriodo Desempenho daEstratégia referent...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Atos 147/2024

Mesa Diretora

ATO DA MESA DIRETORA Nº 147, DE 2024 (*)

Autoriza a participação de parlamentar em

evento externo.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas

atribuições regimentais, nos termos do Ato da Mesa Diretora nº 73, de 2024, considerando o

Memorando 86 (1803164) e as demais razões apresentadas no Processo SEI nº 00001-

00034536/2024-86, RESOLVE:

Art. 1º Conceder licença ao Deputado Joaquim Roriz Neto a fim de que participe dos

eventos International Conference on Environment, Biotechnology and Bioengineering

Applications e International Conference on Distance Education and Educational Technology, nos dias 21

e 22 de novembro, e 25 e 26 de novembro, na cidade de Las Vegas / Estados Unidos da América, sem

prejuízo de seu subsídio.

Art. 2º A participação será com custeio pela CLDF de 3 diárias e meia e do seguro

internacional de viagem.

Art. 3º Fica autorizado o ressarcimento do pagamento das inscrições dos eventos, nos termos

dos Despachos do Núcleo de Assessoramento à Mesa Diretora (1847957) e do Setor de Execução

Orçamentária (1852813).

Art. 4º Fica autorizada a alteração do período do afastamento para efeito de concessão de

diárias, licença parlamentar, e emissão de passagens para o primeiro dia anterior ao início ou para o

subsequente ao término do evento, em caso de indisponibilidade de passagem ou quando os horários

disponíveis se demonstrarem inconvenientes em função tanto da saída na origem, em horário anterior

às 7 horas, quanto da chegada ao destino, após às 22 horas, conforme § 1º, art. 6º do Ato da Mesa nº

73, de 2024.

Art. 5º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

Sala de Reuniões, 9 de outubro de 2024.

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

DEPUTADO RICARDO VALE DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO

Vice-Presidente Primeiro-Secretário

DEPUTADO ROOSEVELT DEPUTADO MARTINS MACHADO

Segundo-Secretário Terceiro-Secretário

__________

(*) Republicado por conter, no texto publicado no DCL nº 223, de 11/10/2024, p. 36-37, incorreção no art. 2º.

Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-

Secretário(a), em 14/10/2024, às 16:36, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.

00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 14/10/2024, às 18:45, conforme Art.

22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº

214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Secretário(a)-

Executivo(a), em 15/10/2024, às 08:40, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-

Secretário(a), em 15/10/2024, às 13:29, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Vice-Presidente da

Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 15/10/2024, às 17:11, conforme Art. 22, do Ato do Vice-

Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de

outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

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...ATO DA MESA DIRETORA Nº 147, DE 2024 (*)Autoriza a participação de parlamentar emevento externo.A MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suasatribuições regimentais, nos termos do Ato da Mesa Diretora nº 73, de 2024, considerando oMemorando 86 (1803164) e as demais razões apresentadas no...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Avisos - Contratos 1/2024

APOSTILAMENTO

Brasília, 12 de outubro de 2024.

AVISO DE APOSTILAMENTO

O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO

FEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XI, do art. 1º, do Ato

do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023, torna público que, de acordo

com a CLÁUSULA SÉTIMA do Contrato-PG nº 26/2023-NPLC, celebrado entre a Câmara Legislativa do

Distrito Federal e a empresa MAZIMU'S SERVICOS ESPECIALIZADOS LTDA., inscrita no CNPJ/MF sob o

nº 21.416.819/0001-04., e com o art. 25, §7º, c/c art. 92, V, da Lei 14.133/2021, o valor do contrato

fica reajustado para R$ 9.300,32 (nove mil e trezentos reais e trinta e dois centavos). O valor majorado

passa a produzir efeitos financeiros a partir de 09 de agosto de 2024. JOÃO MONTEIRO NETO –

Secretário-Geral / Ordenador de Despesa.

Valor total anual sem reajuste R$ 8.900,00

Percentual acumulado IPCA - AGO/23 a JUL/24 4,498250%

Demonstrativo dos Valores Atual e Reajustado

Valor total anual reajustado R$ 9.300,32

Valor majorado R$ 400,32

JOÃO MONTEIRO NETO

Secretário-Geral/Ordenador de Despesa

Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da

Mesa Diretora, em 14/10/2024, às 09:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1863327 Código CRC: 03A9B353.

...APOSTILAMENTOBrasília, 12 de outubro de 2024.AVISO DE APOSTILAMENTOO SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITOFEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XI, do art. 1º, do Atodo Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Extratos - CLDF - Saúde 3/2024

EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃO

Brasília, 15 de outubro de 2024.

Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:

Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:

pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratificação: pelo Diretor do FASCAL, conforme

competência delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente nº 255/2024, publicado no

Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 102, em 15 de maio de 2024.

Processo SEI n.º 00001-00042091/2024-16. Contratada: VIVA MULTICLINICA E TREINAMENTOS

LTDA, CNPJ: 31.358.298/0001-11 Objeto: prestação de serviços de Psicologia conforme Laudo Técnico de

Vistoria para Credenciamento nº SEI 1861691 e despacho da perícia médica do FASCAL nº SEI 1864756.

Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1º de abril de 2021, a inexigibilidade de licitação de que

trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais.

Publique-se para as providências complementares.

GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA

Diretor do FASCAL

Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)

do Fascal, em 15/10/2024, às 15:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1865737 Código CRC: D8157FB2.

...EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃOBrasília, 15 de outubro de 2024.Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:pelo Ordenador de Despesa, Geovane ...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Resultado de Pautas 3/2024

CS

RESULTADO DE PAUTA - CS

RESULTADO DE PAUTA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE SEGURANÇA DA 2ª

SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

Local: Sala de Reunião das Comissões

Data: Realizada em 15 de outubro de 2024, (terça-feira) às 14h.

I – EXPEDIENTES

1. Leitura e votação da Ata da 2ª Reunião Ordinária, realizada em: 11/06/2024.

Resultado: Aprovada

III- MATÉRIAS PARA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

1. PROJETO DE LEI Nº 347/2019, de autoria do Deputado Iolando, que “Altera o art. 5º da Lei nº

1.732. de 27 de outubro de 1997, que ‘institui a taxa de segurança para eventos’.”

Relator (a): Deputado Hermeto

Parecer: Favorável à Aprovação do Projeto.

Resultado: Retirado de Pauta

2. PROJETO DE LEI Nº 498/2019, de autoria do Deputado Roosevelt Vilela, que, “Denomina ‘Enseada

Rachel de Queiroz’, a área adjacente à Unidade de Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, da Marinha

do Brasil.”

Relator (a): Deputado Iolando

Parecer: Pela Aprovação do Projeto.

Resultado: Aprovado

3. PROJETO DE LEI Nº 301/2023, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que, “Altera a Lei nº

6.418, de 9 de dezembro de 2019, que estabelece a aplicação de multa administrativa pelo acionamento

indevido dos serviços telefônicos de atendimento a emergência e combate a incêndios ou ocorrências

policiais, e dá outras providências.”

Relator (a): Deputado Iolando

Parecer: Pela Aprovação do Projeto.

Resultado: Aprovado

4. PROJETO DE LEI Nº 551/2023, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que, “Dispõe sobre a

garantia de prioridade de tramitação dos procedimentos investigatórios que visem à apuração e

responsabilização de crimes dolosos e culposos que tenham como vítimas crianças e adolescentes, no âmbito

do Distrito Federal.”

Relator (a): Deputado Iolando

Parecer: Pela Aprovação do Projeto, na forma do Substitutivo anexo.

Resultado: Aprovado

5. PROJETO DE LEI Nº 1453/2020, de autoria do Deputado Roosevelt Vilela, que, inclui o §3º ao art.

9º da Lei n° 41, de 13 de setembro de 1989, que “dispõe sobre a Política Ambiental o Distrito Federal, e dá

outras providências.”

Relator (a): Deputado Pastor Daniel de Castro

Parecer: Pela Admissibilidade do Projeto.

Resultado: Aprovado

6. PROJETO DE LEI Nº 209/2023, de autoria do Deputado Rogério Morro da Cruz, que, “Introduz

alterações na Lei nº 3.212, de 30 de outubro de 2003, que ‘Torna obrigatória a afixação de avisos nas portas

externas dos elevadores instalados nas edificações públicas e particulares do Distrito Federal e dá outras

providências.”

Relator (a): Deputado Pastor Daniel de Castro

Parecer: Pela Aprovação do Projeto, na forma do Substitutivo 02 apresentado na CCJ.

Resultado: Aprovado

7. PROJETO DE LEI Nº 346/2023, de autoria do Deputado Ricardo Vale, que, “Institui mecanismo

tributário de estímulo ao desarmamento no Distrito Federal, e dá outras providências.”

Relator (a): Deputado Pastor Daniel de Castro

Parecer: Pela Rejeição do Projeto.

Resultado: Retirado de Pauta

8. PROJETO DE LEI Nº 2947/2022, de autoria do Deputado Roosevelt, que, “Altera a Lei nº 4.087, de

28 de janeiro de 2008, que “Institui seguro de vida e de acidentes pessoais para os integrantes da Polícia

Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.”

Relator (a): Deputado Hermeto

Parecer: Pela Aprovação do Projeto.

Resultado: Aprovado

9. PROJETO DE LEI Nº 672/2023, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “Altera a Lei

nº 6.381, de 23 de setembro de 2019, que dispõe sobre a possibilidade de os órgãos de segurança pública

alienarem, por venda direta a seus integrantes, as armas de fogo de porte por eles utilizadas quando em

serviço ativo, por ocasião de sua aposentadoria ou transferência para a inatividade.”

Relator (a): Deputado Hermeto

Parecer: Pela Aprovação do Projeto.

Resultado: Aprovado

10. PROJETO DE LEI Nº 863/2024, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “Assegura

às vítimas de violência doméstica e familiar o direito à comunicação prévia quando do relaxamento de medida

de privação de liberdade ou de medida protetiva de urgência aplicada contra quem deu causa à violência e dá

outras providências.”

Relator (a): Deputado Hermeto

Parecer: Pela Aprovação do Projeto.

Resultado: Aprovado

11. PROJETO DE LEI Nº 1037/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Dispõe sobre

o aproveitamento do excesso de contingente do serviço militar obrigatório na prestação de serviço para as

forças de segurança pública do Distrito Federal.”

Relator (a): Deputado Hermeto

Parecer: Pela Aprovação do Projeto.

Resultado: Aprovado

12. PROJETO DE LEI Nº 1044/2024, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “Dispõe

sobre a gratificação dos servidores de segurança pública do Distrito Federal que efetuarem prisões em

flagrante, intervirem contra ações criminosas ou em favor de terceiros, durante seus dias de folga, e dá

outras providências.”

Relator (a): Deputado Hermeto

Parecer: Pela Aprovação do Projeto.

Resultado: Aprovado

13. Indicação nº 5209/2024, de autoria do Deputado Iolando, que “Sugere ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Distrito Federal a transformação do Posto Policial do Núcleo Urbano INCRA-8 em uma Base

Integrada de Segurança Pública Comunitária.”

Resultado: Aprovada

14. Indicação nº 5317/2024, de autoria do Deputado Iolando, que “Sugere ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Distrito Federal, a reforma geral e ampliação do Posto Policial do Rodeador para abrigar a

Base do Policiamento Rural Oeste, na região de Brazlândia.”

Resultado: Aprovada

15. Indicação nº 5319/2024, de autoria do Deputado Iolando, que “Sugere ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Distrito Federal, a reforma geral e ampliação do Posto Policial do Rodeador para abrigar a

Base do Policiamento Rural Oeste e a extensão do Centro de treinamento e especialização da PM e da Força

de Segurança do DF, na região de Brazlândia.”

Resultado: Aprovada

16. Indicação nº 5618/2024, de autoria da Deputada Doutora Jane, que “Sugere ao Governo do

Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública, bem como do Comando Geral

da Polícia Militar – PMDF, o estudo para a instituição de um Grupamento Tático de Combate à Violência

Doméstica e Familiar.”

Resultado: Aprovada

17. Indicação nº 5650/2024, de autoria da Deputada Doutora Jane, que “Sugere ao Governo do

Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública, a realização de um estudo de

viabilidade para a instalação de câmeras de monitoramento em todo o complexo da Feira de Artesanato da

Torre de TV, Região Administrativa do Plano Piloto.”

Resultado: Aprovada

18. Indicação nº 5925/2024, de autoria do Deputado Hermeto, que “Sugere ao Poder Executivo a

construção de uma pista de cooper no 10º Batalhão da Policia Militar, localizado em Ceilândia.”

Resultado: Aprovada

19. Indicação nº 5274/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o

aumento do policiamento nas quadras QNL e QNJ, na Região Administrativa de Taguatinga – RA III.”

Resultado: Aprovada

20. Indicação nº 5277/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o

aumento do policiamento no Paranoá Parque, quadra 3, conjunto E, na Região Administrativa do Paranoá –

RA VII.”

Resultado: Aprovada

21. Indicação nº 5309/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o

aumento do policiamento na Quadra 303, conjunto 09, na Região Administrativa do Recanto das Emas – RA

XV.”

Resultado: Aprovada

22. Indicação nº 5581/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o

aumento do policiamento na Quadra 518/517, na Região Administrativa de Santa Maria – RA XIII.”

Resultado: Aprovada

23. Indicação nº 5583/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

que, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública – SSP/DF promova a implantação de um

Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar no Setor Tororó, na Região Administrativa do Jardim Botânico – RA-

XXVII.”

Resultado: Aprovada

24. Indicação nº 5587/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o

aumento do policiamento na Quadra 201, na Região Administrativa de Santa Maria – RA XIII.”

Resultado: Aprovada

25. Indicação nº 5612/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o

aumento do policiamento na QC 2, na Região Administrativa de Santa Maria – RA XIII.”

Resultado: Aprovada

26. Indicação nº 5784/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

que, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública – SSP/DF promova a implantação de uma

Delegacia de Polícia no Setor Tororó, na Região administrativa do Jardim Botânico – RA-XXVII.”

Resultado: Aprovada

27. Indicação nº 6014/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o

aumento do policiamento nas imediações do Centro de Ensino Médio 404, na Região Administrativa de Santa

Maria – RA XIII.”

Resultado: Aprovada

28. Indicação nº 6015/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo

que, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova a instalação de

câmeras de monitoramento próximo ao Centro de Ensino Médio 404, na Região Administrativa de Santa Maria

– RA XIII.”

Resultado: Aprovada

29. Indicação nº 5323/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo o aprimoramento da segurança pública no Centros de Educação da Primeira Infância - CEPI Onça

Pintada, na QR 309 de Samambaia.”

Resultado: Aprovada

30. Indicação nº 5454/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo que promova melhorias na segurança pública, com policiamento ostensivo e incremento de rondas,

em Taguatinga.”

Resultado: Aprovada

31. Indicação nº 5509/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo que promova a implantação de posto policial na Água Quente.”

Resultado: Aprovada

32. Indicação nº 5527/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo que promova mais policiamento, em especial no período noturno, nas imediações das estações do

metrô em Samambaia.”

Resultado: Aprovada

33. Indicação nº 5556/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo que promova mais policiamento nas CNBs e QNBs, em Taguatinga.”

Resultado: Aprovada

34. Indicação nº 5634/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo que promova melhorias na segurança pública, com aprimoramento do policiamento na QR 833,

especialmente nas imediações do novo restaurante comunitário, em Samambaia.”

Resultado: Aprovada

35. Indicação nº 5649/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo o aprimoramento da segurança pública nas paradas de ônibus de Samambaia.”

Resultado: Aprovada

36. Indicação nº 5665/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo o aprimoramento da segurança pública nas QRs 501 e 503, em Samambaia.”

Resultado: Aprovada

37. Indicação nº 5749/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo a implantação de sistema para aparelhar as viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal com

telefone celular funcional, para receber diretamente as ocorrências da população.”

Resultado: Aprovada

38. Indicação nº 6036/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo a instalação de câmeras de monitoramento em toda a orla do Lago Veredinha, em Brazlândia.”

Resultado: Aprovada

39. Indicação nº 6055/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo que promova mais policiamento em Taguatinga, em especial na CSB 03.”

Resultado: Aprovada

40. Indicação nº 6280/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo que promova melhorias na segurança pública, com policiamento ostensivo e incremento de rondas,

no Gama.”

Resultado: Aprovada

41. Indicação nº 6291/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder

Executivo que promova melhorias na segurança pública, com aprimoramento do policiamento no Parque Sul,

na Rua Arariba, em Águas Claras.”

Resultado: Aprovada

42. Indicação nº 6263/2024, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que “Sugere ao Poder

Executivo a instalação de câmeras de vigilância na região das entrequadras da QR 508 e QR 510 de

Samambaia.”

Resultado: Aprovada

43. Indicação nº 6318/2024, de autoria do Deputado Rogério Morro da Cruz, “Sugere providências à

Excelentíssima Senhora Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, no sentido de encaminhar as

medidas tendentes à implantação de posto do Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPV) nas imediações da

rodovia DF-463, mais precisamente na localidade que especifica.”

Resultado: Aprovada

Brasília, 15 de outubro de 2024.

ELAINE CRISTINA ALVES DA SILVA

Secretária da Comissão de Segurança

Documento assinado eletronicamente por ELAINE CRISTINA ALVES DA SILVA - Matr.

22652, Secretário(a) de Comissão, em 15/10/2024, às 16:39, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente

n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de

2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1866492 Código CRC: BE8FAB25.

...RESULTADO DE PAUTA - CSRESULTADO DE PAUTA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE SEGURANÇA DA 2ªSESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERALLocal: Sala de Reunião das ComissõesData: Realizada em 15 de outubro de 2024, (terça-feira) às 14h.I – EXPEDIENTES1. Leitura e votação da Ata ...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Pautas 3/2024

CFGTC

PAUTA - CFGTC

PAUTA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA

DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

Local: Sala de Reuniões das Comissões

Data: a ser realizada no dia 17 de outubro de 2024, às 11h

I – COMUNICADOS

1. Da Presidente da Comissão;

2. De Membros da Comissão.

II – MATÉRIAS PARA CONHECIMENTO

Comunicamos o recebimento, nesta Comissão, de ofícios informando da celebração de

convênios pelo GDF, assim como liberações de recursos federais ao Distrito Federal.

Esses comunicados são encaminhados à CLDF, em conformidade com o que prevê o art. 116

da Lei nº 8.666/1993 e o art. 1º da Lei Federal nº 9.452/1997 e distribuídos à CFGTC, nos termos do

art. 69-C, I, f, do Regimento Interno da CLDF, e serão agrupados e publicados no DCL.

Comunicamos, ainda, o recebimento de expedientes, relatórios, decisões e outros documentos

na Comissão, conforme apresentado no anexo I desta pauta (SEI - 1732658).

III – EXPEDIENTES

1. Leitura e aprovação da Ata da 2ª Reunião Ordinária, realizada em 20/06/2024;

IV – MATÉRIAS PARA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

1. Projeto de Lei nº 766/2023, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que "Altera a Lei nº

6.242, de 20 de dezembro de 2018, que “Cria o Fundo de Segurança Pública do Distrito Federal -

FUSPDF e dá outras providências”, e dá outras providências.”.

Relator: Deputado Ricardo Vale

Parecer: Pela Aprovação

2. Requerimento nº 1684/2024, de autoria da Comissão de Fiscalização, Governança,

Transparência e Controle, que "Requer a realização de Audiência Pública, no âmbito da

Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle, com a finalidade de apresentar o

relatório de diagnóstico da situação computacional do Governo do Distrito Federal (GDF).";

3. Requerimento nº 1685/2024, de autoria da Comissão de Fiscalização, Governança,

Transparência e Controle, que "Requer a realização de Audiência Pública, no âmbito da

Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle, com a finalidade de apresentar o

relatório de diagnóstico da situação do Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-

DF).";

Brasília, 15 de outubro de 2024.

MARCELO HERBERT DE LIMA

Secretário da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle

Documento assinado eletronicamente por MARCELO HERBERT DE LIMA - Matr. 22527, Secretário(a) de

Comissão, em 15/10/2024, às 16:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1732657 Código CRC: 66B212D7.

...PAUTA - CFGTCPAUTA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIADA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURADA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERALLocal: Sala de Reuniões das ComissõesData: a ser realizada no dia 17 de outubro de 2024, às 11hI – COMUNICADOS1. Da Presidente da Comissão;2. De Membros da Comissão.II – MATÉRIAS PARA CONHECI...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Portarias 509/2024

Diretoria de Gestão de Pessoas

PORTARIA-DGP Nº 509, DE 15 DE OUTUBRO DE 2024

A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no

uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da

Mesa Diretora; com base nos artigos 166, inciso I, e 167 da Lei Complementar nº 840/2011; no art.

101 da Lei Complementar nº 769/2008; e no que consta no Processo nº 00001-00038470/2024-01,

RESOLVE:

AVERBAR o tempo de serviço/contribuição, não concomitante com o período laborado nesta

Casa e averbações anteriores, prestado pelo servidor LUIZ MARINO KULLER, matrícula nº 23.932-14,

ocupante do cargo efetivo de Consultor Técnico-legislativo, categoria Arquiteto, da seguinte forma: 419

dias, de 16/11/2021 a 8/1/2023, à ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL, para efeitos

de aposentadoria e disponibilidade, correspondentes a 1 (um) ano, 1 (um) mês e 23 (vinte e três) dias,

conforme certidão emitida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

EDILAIR DA SILVA SENA

Diretora de Gestão de Pessoas

Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão

de Pessoas, em 15/10/2024, às 11:31, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado

no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1865533 Código CRC: DA9E712C.

...PORTARIA-DGP Nº 509, DE 15 DE OUTUBRO DE 2024A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, nouso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete daMesa Diretora; com base nos artigos 166, inciso I, e 167 da Lei Complementar nº 840/2011; n...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 85b/2024

Relatório de Presença por Recomposição : 85ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legis

Data: 08/10/2024

__________________________________________________________________________________________________

Quando da Recomposição Parcial de Quorum às 17:05:40

Estavam Presentes

1 ROBÉRIO NEGREIROS PSD

2 WELLINGTON LUIZ MDB

3 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP

4 EDUARDO PEDROSA UNIÃO

5 MAX MACIEL PSOL

6 THIAGO MANZONI PL

7 JOÃO CARDOSO AVANTE

8 FÁBIO FELIX PSOL

9 PEPA PP

10 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD

11 PAULA BELMONTE CIDADANIA

12 RICARDO VALE PT

13 CHICO VIGILANTE PT

14 JOAQUIM RORIZ NETO PL

15 GABRIEL MAGNO PT

16 JORGE VIANNA PSD

17 DAYSE AMARILIO PSB

18 DOUTORA JANE MDB

19 DANIEL DONIZET MDB

20 JAQUELINE SILVA MDB

21 IOLANDO MDB

22 MARTINS MACHADO REPUBLICAN

Estavam Ausentes

1 HERMETO MDB

2 ROOSEVELT PL

08/10/2024 18:20 1 Administrador

Quando da Recomposição Parcial de Quorum às 17:10:17

Estavam Presentes

1 ROBÉRIO NEGREIROS PSD

2 WELLINGTON LUIZ MDB

3 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP

4 EDUARDO PEDROSA UNIÃO

5 MAX MACIEL PSOL

6 THIAGO MANZONI PL

7 JOÃO CARDOSO AVANTE

8 FÁBIO FELIX PSOL

9 PEPA PP

10 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD

11 PAULA BELMONTE CIDADANIA

12 RICARDO VALE PT

13 CHICO VIGILANTE PT

14 JOAQUIM RORIZ NETO PL

15 GABRIEL MAGNO PT

16 JORGE VIANNA PSD

17 DAYSE AMARILIO PSB

18 DOUTORA JANE MDB

19 DANIEL DONIZET MDB

20 JAQUELINE SILVA MDB

21 IOLANDO MDB

22 MARTINS MACHADO REPUBLICAN

23 HERMETO MDB

Estavam Ausentes

1 ROOSEVELT PL

08/10/2024 18:20 2 Administrador

Quando da Recomposição Parcial de Quorum às 17:44:21

Estavam Presentes

1 ROBÉRIO NEGREIROS PSD

2 WELLINGTON LUIZ MDB

3 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP

4 EDUARDO PEDROSA UNIÃO

5 MAX MACIEL PSOL

6 THIAGO MANZONI PL

7 JOÃO CARDOSO AVANTE

8 FÁBIO FELIX PSOL

9 PEPA PP

10 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD

11 PAULA BELMONTE CIDADANIA

12 RICARDO VALE PT

13 CHICO VIGILANTE PT

14 JOAQUIM RORIZ NETO PL

15 GABRIEL MAGNO PT

16 JORGE VIANNA PSD

17 DAYSE AMARILIO PSB

18 DOUTORA JANE MDB

19 DANIEL DONIZET MDB

20 JAQUELINE SILVA MDB

21 IOLANDO MDB

22 MARTINS MACHADO REPUBLICAN

23 HERMETO MDB

24 ROOSEVELT PL

08/10/2024 18:20 3 Administrador

Término da Reunião às 17:57:52

Estavam Presentes

1 ROBÉRIO NEGREIROS PSD

2 WELLINGTON LUIZ MDB

3 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP

4 EDUARDO PEDROSA UNIÃO

5 MAX MACIEL PSOL

6 THIAGO MANZONI PL

7 JOÃO CARDOSO AVANTE

8 FÁBIO FELIX PSOL

9 PEPA PP

10 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD

11 PAULA BELMONTE CIDADANIA

12 RICARDO VALE PT

13 CHICO VIGILANTE PT

14 JOAQUIM RORIZ NETO PL

15 GABRIEL MAGNO PT

16 JORGE VIANNA PSD

17 DAYSE AMARILIO PSB

18 DOUTORA JANE MDB

19 DANIEL DONIZET MDB

20 JAQUELINE SILVA MDB

21 IOLANDO MDB

22 MARTINS MACHADO REPUBLICAN

23 HERMETO MDB

24 ROOSEVELT PL

_____________________________

Presidente

08/10/2024 18:20 4 Administrador

...Relatório de Presença por Recomposição : 85ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão LegisData: 08/10/2024__________________________________________________________________________________________________Quando da Recomposição Parcial de Quorum às 17:05:40Estavam Presentes1 ROBÉRIO NEGREIROS PSD2 WELLINGTON LUIZ MDB3 PASTOR...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Extratos - Contratos 1/2024

EXTRATO DE TERMO ADITIVO

Brasília, 11 de outubro de 2024.

EXTRATO DE CONTRATO (5º TERMO ADITIVO)

Processo n.º 00001-00021190/2020-22. CONTRATO-PG Nº 46/2020-NPLC, firmado entre a Câmara

Legislativa do Distrito Federal e a empresa GESTEMAQ COMÉRCIO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA LTDA.,

CNPJ nº 03.624.962/0001-00. Objeto do Contrato: Prestação de serviços de manutenção corretiva e

preventiva, com fornecimento de peças aos equipamentos gráficos situados na Seção de Produção

Gráfica. Objeto do Termo Aditivo: prorrogação do período de vigência do Contrato nº 46/2020-PG/CLDF,

firmado entre as partes, pelo período de 12 (doze) meses, o qual passa a ter vigência de 15 de

dezembro de 2024 a 14 de dezembro de 2025, nos termos da Lei nº 8.666/93 e suas atualizações. Valor

total após acréscimo: R$ 79.796,70. Programa de trabalho: 01.126.8204.2557; Subtítulo: 2627;

Natureza da Despesa: 3390-40; Nota de Empenho: 2024NE00613, com valor de R$ 15.030,89, emitida

em 02/09/2024. Legislação: Lei nº 8.666/93 e suas alterações. Partes: Pela Contratante, JOÃO

MONTEIRO NETO - Secretário-Geral, em 11/10/2024, e, pela Contratada, SALOMÃO ASSIS DA ROCHA

CAVALCANTE - Representante legal, em 10/10/2024.

Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da

Mesa Diretora, em 14/10/2024, às 09:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1863150 Código CRC: C5CC2290.

...EXTRATO DE TERMO ADITIVOBrasília, 11 de outubro de 2024.EXTRATO DE CONTRATO (5º TERMO ADITIVO)Processo n.º 00001-00021190/2020-22. CONTRATO-PG Nº 46/2020-NPLC, firmado entre a CâmaraLegislativa do Distrito Federal e a empresa GESTEMAQ COMÉRCIO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA LTDA.,CNPJ nº 03.624.962/0001-00. Objeto do Contra...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Atas - Comissões 2/2024

CS

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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Atas de Reuniões 14/2024

Fascal

ATA DA 14ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO ANO DE 2024 DO COMITÊ DE GOVERNANÇA E

GESTÃO ESTRATÉGICA DO FUNDO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS DEPUTADOS DISTRITAIS

E DOS SERVIDORES DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL - CLDF SAÚDE

(FASCAL)

No dia onze de outubro do ano de dois mil e vinte e quatro, às dez horas, reuniram-se os senhores

servidores membros do Comitê de Governança e Gestão Estratégica do CLDF Saúde (Fascal): Geovane

de Freitas Oliveira - Diretor do Fascal, Gina Rúbia de Oliveira Alves - Chefe do SECREF, Lauro Musumeci

Alves Velho - Chefe do SECRE, Leonardo Teixeira Rodrigues Lira - Chefe do SACPRO Substituto, Mário

Noleto Oliveira do Carmo - Chefe do SOFC e Ricardo Ribeiro de Queiroz - Chefe do SAM. Aberta a

reunião, os membros do Comitê discutiram sobre os seguintes itens:

Item 1) Processo SEI - 00001-00020320/2024-33 - Melhoria do plano de credenciada.

- Deliberação: Aprovada. Os membros sugeriram encaminhar o tema para ciência do CAF. Item

2) Processo SEI - 00001-00039226/2024-58 - Requerimento de Associado. - Deliberação: Os

membros decidiram pela elaboração de minuta de Ato Normativo para regulamentar o § 2º do Art. 4º da

Resolução nº 347 de 2024. Item 3) Processo SEI - 00001-00042090/2024-63 - Requerimento de

Associado. - Deliberação: Aprovado.

Documento assinado eletronicamente por GINA RUBIA DE OLIVEIRA ALVES - Matr. 12043, Membro do

Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores, em

11/10/2024, às 12:36, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da

Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por MARIO NOLETO OLIVEIRA DO CARMO - Matr.

11439, Membro do Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados

Distritais e Servidores, em 11/10/2024, às 17:16, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de

2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por RICARDO RIBEIRO DE QUEIROZ - Matr. 12069, Membro do

Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores, em

11/10/2024, às 17:22, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da

Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por LEONARDO TEIXEIRA RODRIGUES LIRA - Matr.

23980, Membro do Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados

Distritais e Servidores, em 11/10/2024, às 17:33, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de

2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por LAURO MUSUMECI ALVES VELHO - Matr. 23582, Membro do

Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores, em

14/10/2024, às 14:01, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da

Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Membro do

Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores, em

14/10/2024, às 14:19, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da

Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1859897 Código CRC: 21DF10E0.

...ATA DA 14ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO ANO DE 2024 DO COMITÊ DE GOVERNANÇA EGESTÃO ESTRATÉGICA DO FUNDO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS DEPUTADOS DISTRITAISE DOS SERVIDORES DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL - CLDF SAÚDE(FASCAL)No dia onze de outubro do ano de dois mil e vinte e quatro, às dez horas, reuniram-se os...
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024

Portarias 225/2024

Secretário-Geral

PORTARIA DO SECRETÁRIO-GERAL Nº 225, DE 12 DE OUTUBRO DE 2024

O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO

FEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1º, do

Ato do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023, RESOLVE:

Art. 1º DESIGNAR os Fiscais da Ata de Registro de Preços nº 06/2024, bem como dos contratos dela

decorrentes, firmada entre a Câmara Legislativa do Distrito Federal e a empresa SHV INDUSTRIA E

COMERCIO DE MOVEIS LTDA, CNPJ: 01.002.812/0001-39, cujo objeto é o fornecimento de mobiliário

padrão para a Câmara Legislativa do Distrito Federal. Processo nº 00001-00012449/2023- 97.

Art. 2º Os gestores indicados por esta Portaria são os seguintes servidores, aos quais cabe exercer as

atribuições previstas na Lei nº 14.133/2021:

NOME FUNÇÃO LOTAÇÃO MATRÍCULA

Rodrigo Bernardino Loiola Gestor NUPLAC 23.408

Marcus Vinícius de Oliveira Gestor Substituto SEMAP 23.402

Art. 3º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

JOÃO MONTEIRO NETO

Secretário-Geral/Presidência

Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da

Mesa Diretora, em 14/10/2024, às 09:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,

publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0

Código Verificador: 1863322 Código CRC: 9EA03D73.

...PORTARIA DO SECRETÁRIO-GERAL Nº 225, DE 12 DE OUTUBRO DE 2024O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITOFEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1º, doAto do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023,...

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