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DCL n° 107, de 20 de maio de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 40/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 40ª
(QUADRAGÉSIMA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 14 DE MAIO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H05MIN TÉRMINO ÀS 17H09MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Declaro aberta a sessão ordinária desta terça-
feira, 14 de maio de 2024, às 15 horas e 5 minutos.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Daniel Donizet a secretariar os trabalhos da Mesa.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:
– Ata Sucinta da 37ª Sessão Ordinária;
– Ata Sucinta da 17ª Sessão Extraordinária;
– Ata Sucinta da 38ª Sessão Ordinária;
– Ata Sucinta da 39ª Sessão Ordinária.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura das atas.
Indago se algum deputado deseja retificar as atas. (Pausa.)
Não havendo pedido de retificação, como as atas já são de conhecimento de todos os
deputados, esta presidência dá por aprovadas sem observações as atas mencionadas.
Não havendo quórum para dar início aos Comunicados de Líderes, suspendo a sessão até às 15
horas e 30 minutos.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 15h12min, a sessão é reaberta às 15h29min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Declaro reaberta a sessão ordinária de terça-feira,
14 de maio de 2024, às 15 horas e 29 minutos.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de Líderes.
Concedo a palavra ao deputado Iolando.
DEPUTADO IOLANDO (Maioria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, quero, com muita alegria, agradecer a Deus a oportunidade de estar
aqui com todos vocês.
Quero também registrar algo muito importante com relação às mães de autistas que estiveram
comigo, ontem, no gabinete. Na semana passada, eu havia marcado para recebê-las na segunda-feira
e, ontem à tarde, recebi no gabinete uma comissão representando mais de 100 mães de crianças
autistas, inclusive 2 dessas crianças estavam na reunião.
Algo muito triste está acontecendo no Distrito Federal. Não sei se é perseguição, está havendo
outros casos envolvendo servidores públicos identificados com o transtorno do espectro autista,
laudados. Eles foram aprovados em concurso público, mas a Subin e a Subsecretaria da Economia
resolveram não atestar a nomeação deles na secretaria. Eles nos procuraram e, agora, nós
conseguimos acionar o Ministério Público, que, de imediato, tomou providências com relação a esses
servidores públicos que foram aprovados; obtiveram laudos médicos e apresentaram esses laudos nos
órgãos em que também foram aprovados, mas a secretaria não os recebeu.
E, agora, nós estamos vendo outro fato bastante triste. Recentemente, mais de 300 mães
viram os seus planos de saúde serem cortados, serem interrompidos pela Amil. Nós ficamos bastante
tristes, porque essas crianças, esses adolescentes estão em tratamento, estão em acompanhamento
psicológico; psiquiátrico; neurológico; estão em diversos tratamentos. E, agora, esses tratamentos
terão que ser interrompidos.
Isso porque a Amil informou a essas mães que elas seriam cortadas do plano até o dia 30 de
maio. E, naturalmente, que as suas crianças seriam cortadas também. Ontem, eu recebi uma mãe, a
Cláudia – recebi outras mães no nosso gabinete –, e ela me informou que até estava pagando mais
caro pelo plano de saúde, que era tudo que ela queria. Mas, infelizmente, a empresa Amil interrompeu
o plano de saúde dessas crianças.
Então, é algo bastante triste, bastante chato para o Distrito Federal. Estamos vendo que a
capital do país, que deveria ser exemplo de boas práticas na atenção às pessoas com transtorno do
espectro autista, está dando uma resposta contrária. Nós estamos dando uma resposta totalmente
contrária, e isso está entristecendo muito as mães e também as crianças que estão sendo atingidas.
O Ministério Público foi acionado e está cobrando as providências da Amil e também da Agência
Nacional de Saúde com relação ao descredenciamento das mães e das crianças autistas dos planos de
saúde.
Presidente, eu gostaria que esta casa se manifestasse de forma bastante veemente, forte
mesmo, para que tenhamos uma resposta, porque já não é o primeiro caso; são vários os casos que
estão acontecendo no Distrito Federal, que está sendo um mau exemplo para o cuidado das pessoas
com transtorno do espectro autista. Eu já determinei a toda a nossa equipe, todo o nosso gabinete que
tomasse providências para acompanharmos tudo o que será feito em prol dessas crianças com
transtorno do espectro autista.
Quero me colocar à disposição mais uma vez. Peço a todos os deputados, deputada Paula
Belmonte, deputado Ricardo Vale e demais deputados presentes, que juntemos as nossas forças e não
deixemos que as nossas crianças com transtorno do espectro autista sejam excluídas, abandonadas no
auge dos seus tratamentos.
Muitas delas possuem os laudos e, agora, elas vão ser abandonadas por esse plano de saúde.
Eu acredito que, se lutarmos e colocarmos as nossas forças nessa causa, nós não deixaremos isso
acontecer.
Muito obrigado a todos. Que Deus nos abençoe!
Mamães, papais, pais que apoiam suas crianças, vocês não estão sozinhos, nós estamos ao seu
lado. Nós nos uniremos em prol da vida e dos filhos de vocês.
Muito obrigado a todos.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Iolando.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, boa tarde; boa tarde a todos e todas neste plenário, hoje, terça-feira; boa tarde para quem
nos acompanha.
Saúdo as pessoas presentes na galeria por uma manifestação superlegítima: a isonomia das
gratificações dos diretores de escola. Hoje há uma divergência entre o diretor da escola classe, do CEF
e do centro de ensino médio. Aqui no Distrito Federal, nós já avançamos em um debate sobre a
carreira única do magistério. Entre os diretores de escola, a maioria dos eleitos são da carreira
magistério – professores – ou da carreira assistência, que também tem seus regramentos. A isonomia
das gratificações é fundamental. Precisamos corrigir uma distorção. No ano passado, esta casa votou o
reajuste das gratificações de vários servidores comissionados do governo, mas ficou faltando uma: a
dos diretores e diretoras de escola. Eles têm uma natureza diferente do cargo comissionado, porque
são eleitos. Isso até foi anunciado e acordado diversas vezes nesta casa, mas o projeto de lei dos 25%
para os diretores de escola ainda não chegou aqui.
Senhor presidente, 3 assuntos – infelizmente muito graves – me trazem hoje aqui.
O primeiro é o anúncio feito ontem pela secretária de Educação de que, dentro de 40 dias,
abrirá uma licitação para contratar uma empresa que instalará nas escolas detectores de metais e um
aplicativo de reconhecimento facial dos estudantes. Senhor presidente, eu lamento isso
profundamente.
Eu até quero saber – deixo aqui esse questionamento – se a secretária combinou isso com o
governador. A secretária faz e anuncia muitas coisas que não estão combinadas com o governo. Aliás,
ultimamente, parece que os secretários não têm combinado as coisas com o governador. De acordo
com ele, o Anderson Torres não combinou nem as férias que tirou no ano passado, na véspera dos
atos golpistas do dia 8 de janeiro. Eu quero saber se o governador concorda com essa tese.
Presidente, essa fala da secretária é a confissão da incompetência, é a falência da política
educacional no Distrito Federal. Esse é o recado que a secretária de Educação dá para a sociedade: nós
não damos conta de organizar uma rede de educação. Isso está absolutamente errado, de todos os
matizes e vieses – do viés político, pedagógico.
Qual é o papel da escola? Caros colegas, O papel da escola é o de educar, inclusive de
combater a desigualdade e as violências. Não é papel da escola naturalizar e fazer mais repressão. É
óbvio, presidente – eu quero deixar bem nítido aqui –, que todos nós sabemos dos problemas graves
da segurança no Distrito Federal. As escolas não estão alheias a isso, mas não é essa a solução. Essa –
desculpem-me – é a solução rasa! É a solução que não resolve o problema, é populista, para jogar
para a galera.
Onde está o investimento nas escolas? Onde está a nomeação dos porteiros, cuja existência,
na Secretaria de Educação, acabou? Onde está a nomeação de psicólogos, de assistentes sociais, de
mais professores? Onde está o investimento no PDAF? As escolas estão superlotadas! Não há nem
uniforme escolar, que é um instrumento de segurança e que a secretária prometeu entregar em março.
Cadê o uniforme escolar? Não havia merenda nas escolas até um dia desses, agora surgiu dinheiro.
Para contratar empresa, há dinheiro; para fortalecer a educação, não há.
Denúncia desta semana: mais 9 milhões que a Secretaria de Educação usa para contratar uma
empresa sem licitação, para ofertar um curso que a Egov oferta.
O que está acontecendo na Secretaria de Educação hoje é um desastre. É a falência da política
educacional. Eu lamento profundamente, presidente, o que a secretária de Educação está fazendo com
as nossas escolas. E eu vou dizer para a secretária de Educação, para o governador e para a vice-
governadora: nessa rede há muitos profissionais qualificados que infelizmente não são reconhecidos e
valorizados por esse governo. Há muita gente boa. Há muita gente trabalhando todo dia, além da
conta e do horário, para garantir que as nossas escolas sejam espaço de cidadania, de democracia, de
liberdade e, fundamentalmente, espaços seguros.
Eu chamo aqui todos os meus colegas, com todas as divergências políticas e ideológicas que
nós temos, para fazermos um profundo debate, presidente, sobre a necessária agenda que nós temos
que colocar no centro de proteção das nossas escolas, proteção das nossas crianças, adolescentes,
profissionais. Não é tratando estudantes da rede com pré-julgamento que resolveremos o problema da
violência. É como se todos que entram na escola, agora obrigados a fazer revista, já fossem pré-
julgados e culpados. O problema da violência é sério, mas tratar a educação com esse descaso é
criminoso. Eu quero saber quanto vai custar, qual é o valor dessa licitação anunciada.
Para encerrar, presidente, quero anunciar que nós estamos entrando com uma ação no
Tribunal de Contas para questionar o Governo do Distrito Federal sobre a política de prevenção de
desastres – desastres que nós temos acompanhado no Brasil todo e agora infelizmente no Rio Grande
do Sul. Fizemos um levantamento e, por isso, estamos questionando o Tribunal de Contas: desde
2019, quando olhamos o orçamento do Distrito Federal, está lá o programa de trabalho Prevenção e
Respostas às Emergências e Desastres Ambientais, para o qual foi autorizado, por esta casa, o valor de
427 mil reais apenas, desde 2019, dos quais foram liquidados somente 68 mil reais. Desde 2019, o
Governo do Distrito Federal só gastou 68 mil reais nesse programa de trabalho, e é o único que existe
sobre prevenção e respostas a emergências e desastres na LOA e na LDO.
Nós estamos vivendo o caos no Rio Grande do Sul de uma tragédia anunciada. A deputada
Paula Belmonte realizou uma importante comissão geral sobre o rio Melchior. Nós vivenciamos, neste
semestre, as chuvas de março e fevereiro.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Vou concluir, presidente. As chuvas de março e fevereiro
inundaram a Asa Norte, o Sol Nascente e várias outras cidades. Estamos entrando no período da seca,
e qual é a resposta que o Governo do Distrito Federal dará para a sociedade?
Volto ao debate da educação que foi lido agora, porque dissemos, quando foi votada a
alteração da LDO, que o governo fez um acordo e aumentou o número de contratações de professores
e professoras para 3.104. Inclusive, foi por meio de uma emenda do presidente, deputado Wellington
Luiz. Depois, o governo mandou uma outra proposta de LDO que diminuía para 710. Nós fizemos uma
emenda para corrigi-la, e o governador Ibaneis vetou a emenda. Agora, o governo mandou a esta casa
novamente o projeto de lei que corrige esse número para 3.104. Isso foi lido hoje.
É fundamental que votemos isso o mais rápido possível, para que, pelo menos, essa parte do
acordo que foi feito com os professores...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – ... a Secretaria de Educação possa cumprir e nomear,
imediatamente, professores e professoras aprovadas no concurso público.
Obrigado, presidente. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Concedo a palavra ao deputado João Cardoso. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,
presidente desta sessão, deputado Ricardo Vale, e todos que nos acompanham no plenário e na TV
Câmara Distrital do Distrito Federal.
Na última quinta-feira, encerramos a semana com uma comissão geral para debater a situação
do rio Melchior. A deputada Paula Belmonte estava presente também. O que nos chamou a atenção
nessa comissão geral, entre tantos problemas que já identificamos em relação ao rio Melchior que se
junta a Taguatinga, a Samambaia e a Ceilândia, é que ele foi escolhido para ser morto. Houve uma
estratégia de Estado para matar o rio Melchior, que está em estágio 4.
A fala de um professor da Universidade de Brasília chamou-me a atenção quando apontou um
estudo que diz que, nos próximos 50 anos, o DF poderá ficar com menos de 50% de água. Nós já
tínhamos essa informação antes, porque já passamos por uma crise hídrica no Distrito Federal em
2014/2015. Essa crise hídrica é um dado concreto de que pode voltar. Por enquanto, estamos tendo
algo que, na natureza, chamamos de sorte. Sorte que as barragens estão vertendo, sorte que elas não
estão reduzindo a volumes drásticos. Por que digo sorte? Porque, se nós permitirmos o
desenvolvimento de cidades na forma como está se estabelecendo, hoje, com as leis de ocupação do
solo, com PDOT, enfim, com o próprio crescimento, faltará água para o Distrito Federal. Não temos
grandes mananciais e estamos praticamente dentro do Cerrado, que é a caixa d'água do mundo.
Nós estamos desmatando em mais de 80%. Inclusive o crescimento de áreas do Cerrado vêm
sendo reduzidas por causa do agronegócio não só no Centro-Oeste, mas também no Distrito Federal. É
só se observar a situação de Águas Emendadas. Já foi alertado, por analistas, o grave problema com
edificações e pavimentações próximas. Vejam a Flona, na área de Brazlândia, onde recentemente foi
identificado um grupo que estava desmatando. Brasília precisa escolher a cidade que ela quer ser para
o futuro. E pode faltar água nesse futuro.
O debate climático está em voga com seriedade. Precisamos chamar a atenção desta casa para
fazermos logo nossos corredores ecológicos e plantarmos água. Este é o termo correto: plantar água.
Primeiro, é preciso rediscutir a cidade, fazer uma nova repaginação, debater limites para que cada
imóvel de cada RA consiga ter 10% da sua área verde. Eu não estou falando só de um espaço com
grama, eu estou falando de cultivar árvore frutífera baixa – não precisa ser aquela alta ou gigante –,
com a Novacap fazendo esse controle e distribuindo mudas próprias para o Cerrado. Um dos grandes
problemas que vemos recentemente na área do Plano Piloto são árvores que foram plantadas há
alguns anos, que não tinham nada a ver com o Cerrado e que agora geram problemas. De fato, é
preciso fazer a poda e a extinção delas. Isso gera um grande impacto na comunidade, porque cada
árvore é uma vida sendo abatida, com a qual a população se solidariza muito.
Nós temos um desejo para a cidade. Além de o Plano piloto ser a cidade mais arborizada, é
possível ter todas as cidades do Distrito Federal bem arborizadas. Para isso, é preciso de um plano de
conscientização, de manejo, de aprendizagem com a própria natureza para essa absorção. Olhem as
tecnologias que nós estamos pegando. A Holanda fez grandes bolsões de absorção de águas, que faz,
por exemplo, com que não aconteça o que aconteceu no Rio Grande do Sul. Orleans, nos Estados
Unidos, que passou por um grande desastre, teve que instalar bombas para antecipar o processo de
inundação, a fim de evitar que aquela área fosse alagada. O Distrito Federal ainda tem saída, mas essa
saída precisa ser sincera, permanente e usual.
O Partido Socialismo e Liberdade tem compromisso com o Distrito Federal sustentável. Para
isso, é preciso preservar as nossas áreas ambientais e ecológicas, manter o nosso adensamento urbano
controlado, fazer um bom manancial e preservar os nossos rios. O SOS Ribeirão está lutando pelo
Ribeirão do Sobradinho. Nós temos o rio São Bartolomeu em São Sebastião e, obviamente, precisamos
salvar o nosso rio Melchior.
A comissão geral foi fundamental, porque chamou a atenção de toda a população para esse
fato – vai ficar registrado nos anais desta casa. Está na hora de o Distrito Federal plantar água para
gerações futuras para que não passemos por uma crise pior do que nós passamos há 10 anos.
Para encerrar, presidente, o deputado Gabriel Magno bem pontuou essa relação que
acompanhamos com a Secretaria de Educação.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL – Talvez, com a medida extrema de tentar resolver o problema da
violência nas escolas.
Eu tive a oportunidade de, em 2007 a 2010, realizar uma pesquisa, durante 3 anos, que
mapeou todas as gangues no Distrito Federal. Eu fiquei, durante 3 anos, mapeando todas as gangues,
reunindo-me com elas e ouvindo-as. Eu já mostrei a todos como elas se organizavam. Inclusive, essa
publicação gerou mais de 400 páginas. Hoje em dia, essa mudança de gangues se desconfigurou, mas,
entre os relatos e os estudos, nós tínhamos os manuais, inclusive, da Unesco, que faziam um estudo
sobre violência na escola. A violência na escola gerou, se não me engano, 4 manuais da Unesco, que
fez estudo com um grupo focal e determinante. Inclusive, na minha formação em pedagogia, eu me
debrucei sobre isso e consegui fazer o texto “Outra Pedagogia é Possível”, um artigo que foi publicado,
à época, na Revista Caros Amigos, que mostrava que educação era para além da sala de aula. A escola
não é um depósito de criança, mas um espaço múltiplo de aprendizagem constante.
Quando Paulo Freire dizia que o professor não é o saber absoluto, ele estava certo, porque
somos apenas mediadores de conhecimento. Sabemos que, dentro da sala de aula, existem vários
conhecimentos que precisam ser mediados; inclusive, as violências, porque, além da violência física,
que é aquela que fere o corpo, existem várias outras: a violência moral, a financeira, a dos
preconceitos, a dos bullyings. Isso tudo gera impacto.
Eu gostaria de indicar um filme para cada um dos senhores e cada uma das senhoras, caso não
tenham assistido a ele, baseado numa peça americana chamada Bang, Bang! Você Morreu! É uma peça
que depois virou filme, que se baseou no Tiros em Colombine e que estudava a relação de Colombine.
Para quem não sabe, Colombine foi onde houve o primeiro grande massacre de dezenas de jovens
numa escola nos Estados Unidos. O filme Bang, Bang! Você Morreu! narra que, antes de sofrer ou de
cometer uma violência...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL – ...o jovem, deputado Ricardo Vale, na escola, dá todos os sinais,
porque ele se isola dos amigos, fica mais irritado, o que é identificado, caso haja um corpo técnico, por
um orientador educacional, por um psicólogo, por um professor que tenha condições de atender.
Hoje as salas de aula estão lotadas, sem monitores, sem suporte. Há um abandono completo,
deputado Fábio Félix, da educação brasileira. Não podemos achar que a única saída é colocar um
detector de metal nas escolas.
Eu queria dizer para a secretária de Educação que a minha filha estuda em escola pública – por
segurança, não direi qual –, e eu me recuso que a minha filha seja revistada. Imaginem mil alunos
serem revistados, um por um, para entrar na escola. Até o último entrar, já acabou o horário de aula,
porque existe tesoura, brinco, um monte de coisas para entrar. Ou a secretaria vai criar um perfil
padrão de abordagem? Identificar aquele potencial aluno que pode causar risco para outros alunos?
Secretária, se essa escola tivesse salas adequadas, reduzidas ao padrão adequado, com
professores e monitores, com psicólogos, com orientadores educacionais, com debates do outro lado
do muro, com a comunidade, assim como já aconteceu em outros países e no Brasil, em São Paulo,
onde tive o prazer de conhecer a experiência de uma escola aprendiz, com tudo isso, reduziríamos a
violência na escola.
A violência na escola não é a violência da escola – a escola não bate em ninguém –, mas é a
violência que está do lado de fora do muro e entra na escola. Eu já estudei em escola pública.
Sabemos que entra de tudo pelo muro e por outros lugares. Vamos fazer o quê? Vamos colocar uma
tela? Faremos da escola um espaço prisional em vez de um espaço de educação?
É óbvio que dizer que haverá um kit de proteção, isso, para os pais, é maravilhoso. “Olhe, o
meu filho vai se sentir mais seguro”. Eu lhes digo que não, pois, quando ele for para fora da escola,
como é que ficará? Será a barbárie? Da escola para dentro, tudo ok, e, da escola para fora, é cada um
por si?
Nós temos que trabalhar isso de forma séria, que significa trabalhar com os pais, com os
responsáveis, com a comunidade e, também, com o espaço educacional.
Registro o nosso repúdio a uma decisão tão acelerada, sem dados, sem diagnóstico, de se
colocar reconhecimento facial e detector de metais nas escolas da rede pública do Distrito Federal em
que estudam crianças.
Eu pergunto: isso vai para todas as escolas? Com certeza, não. Vai para as escolas em
determinados territórios que já dizemos que são violentos ou em que há aquela pessoa violenta. Eu me
recuso a acreditar que essa seja a melhor política de educação que a capital do país possa ter.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Max Maciel.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, eu creio que todos nós brasileiros e parte do mundo estamos
acompanhando de perto o que está acontecendo no Rio Grande do Sul. No entanto, o que nos assusta
é o comportamento de determinados indivíduos que não sei se dá para serem chamados de seres
humanos.
Como, em uma tragédia tão grande e tão terrível, as pessoas têm coragem de
plantar fake news, de mentir descaradamente! É um grupo de extrema direita do Brasil que está
fazendo isso.
Foi muito importante o posicionamento do comandante do Exército Brasileiro, general Tomás,
que fez uma entrevista coletiva para mostrar à nação brasileira o quanto as fake news estavam
atrapalhando o trabalho que está sendo feito, de maneira muito correta, pelas Forças Armadas do
Brasil.
Eu creio que tem sido exemplar o comportamento do presidente Lula quanto à liberação de
recursos. Foram 2 idas e, agora, ele está voltando novamente pela terceira vez. Ainda há o
compromisso de ele visitar todas as cidades inundadas. Vi também que a ex-presidente Dilma Rousseff,
que hoje preside o Banco dos Brics, está liberando 5 bilhões e 700 milhões de reais daquele banco para
ajudar a amenizar aquela tragédia. Portanto, essa é uma posição efetiva, importante e fundamental de
um governo que tem preocupação com a população, inclusive com a reconstrução daquele estado, que
é cara a todos nós brasileiros.
Há de ser repudiado efetivamente o posicionamento de extremistas que usam uma tragédia
para fazer politicagem da pior espécie.
Dito isso, eu quero abordar um ponto muito próximo de nós. Eu tenho falado constantemente a
respeito do transporte coletivo do Distrito Federal. Eu recebi um relato de um vigilante que mora no
Itapoã. Ele me disse que sai de casa todo dia às 5 horas da manhã e pega, naquela cidade, um ônibus
que está destinado a transportar no máximo 60 passageiros. Ele me disse que nesse ônibus vêm 120
passageiros. Ele disse: “Chico, está pior do que transporte de gado. No caminhão boiadeiro, ainda há
um espaço para o boi se movimentar ali dentro.” Falou: “Para nós, passageiros, não sobra espaço
nenhum”. Ele dizia ainda que quem mais sofre nessa situação desses ônibus abarrotados são as
mulheres, porque sempre há um cabra safado, sem-vergonha, para aproveitar os ônibus lotados e ficar
se encostando nas mulheres. Até no metrô existe um vagão exclusivo para mulheres, mas não há
ônibus exclusivos para as mulheres.
Eu acho que é fundamental que a Secretaria de Transporte do Distrito Federal verifique – eu
faço este apelo ao secretário Zeno – as linhas que estão sobrecarregadas, superlotadas, para que
possamos aliviar o sofrimento desses trabalhadores e dessas trabalhadoras, dada a gravidade que
esses trabalhadores e essas trabalhadoras estão enfrentando no transporte público do Distrito Federal.
Eu tenho levantado essa questão aqui constantemente, vou continuar levantando essa
realidade para que mudemos, efetivamente, a situação do transporte público do Distrito Federal.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Dando continuidade aos Comunicados de Líderes, concedo a palavra ao deputado Thiago
Manzoni. Antes, porém, quero registar a presença dos estudantes e professores da Escola Classe 416
Sul, participantes do programa Conhecendo o Parlamento, sob a coordenação da Escola do Legislativo.
Parabéns, sejam bem-vindos todos e todas. Vocês estão aparecendo na TV Câmara Distrital.
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Como líder. Sem revisão do orador.) – Presidente, boa
tarde. Desejo boa tarde a todos que nos acompanham do plenário, a você que nos acompanha pela TV
Câmara, no YouTube, boa tarde especialmente aos nossos alunos que estão aqui. Obrigado pela
presença de vocês.
Eu inicio hoje, presidente, lamentando a morte da deputada federal Amália Barros e
externando os meus sentimentos ao seu esposo, Thiago, à sua mãe, à sua família, aos seus amigos.
Além de excelente parlamentar, a Amália era uma grande pessoa também. Era uma lutadora, uma
vencedora, uma pessoa de bom caráter, que, por onde andava, fazia com que todos ao seu redor se
sentissem melhor. Então, fica aqui o meu abraço à família e aos amigos da Amália. Desejo que o
Espírito Santo conforte a todos que estão sofrendo com a perda dela.
Presidente, vou mudar um pouco de assunto – por mais que eu tente escapar, não consegui. O
deputado que me antecedeu falou do Rio Grande do Sul e mencionou a expressão fake news. Fake
news hoje é tudo o que se diz e tudo o que se mostra dos fatos que divergem das mentiras plantadas
pelo governo e pela assessoria do governo federal. Se há alguém que está mentindo hoje no Brasil, é o
governo federal, do presidente Lula, e a sua assessoria de imprensa, a oficial e a não oficial. Isso hoje
foi denunciado por uma jornalista chamada Michele Prado, que está denunciando a existência de um
gabinete do ódio. São as palavras da jornalista na rede social dela, capitaneada por jornalistas da
assessoria de imprensa não oficial do governo, infelizmente o maior veículo de comunicação do Brasil,
mas que hoje influencia o pensamento de muito pouca gente.
Quando alguém fala que o que está sendo filmado e registrado é fake news, é mais ou menos
o seguinte: “Não acredite nos seus olhos, não acredite no que você vê, acredite no que eu estou
dizendo, que é a verdade”. É isso que, lamentavelmente, faz o senhor Paulo Pimenta e os
representantes do governo federal, que abandonou o Rio Grande do Sul.
Eu só precisava desmentir isso que foi dito aqui e dizer para a população do Rio Grande do Sul
que, graças a vocês, cidadãos que se uniram e que estão lutando bravamente, é que a situação, essa
tragédia, não está pior.
Parabenizo toda a iniciativa privada e todas as pessoas que se reuniram, inclusive aqui no
Distrito Federal, para ajudar. Saem daqui de Brasília todos os dias centenas de carretas com
suprimento para o Rio Grande do Sul, saem daqui de Brasília todos os dias doações em dinheiro para
institutos e organizações não governamentais, para abastecer o Rio Grande do Sul com aquilo de que
eles precisam.
Em relação a isso, era o que eu tinha a dizer.
Eu estou só conferindo para saber se eu disse o nome da jornalista corretamente. É ela
mesmo, o nome da jornalista é Michele Prado.
Dando continuidade, eu recebi a notícia ontem de que foi colocado em liberdade provisória o
coronel Naime, da Polícia Militar do Distrito Federal, depois de 461 dias. O Coronel Naime ficou preso
461 dias sem ter contra ele sentença, muito menos sentença transitada em julgado. É um coronel da
Polícia Militar que foi ferido em combate no dia 8 de janeiro e que permaneceu preso durante 461 dias
– a meu ver, uma prisão injusta e injustificável. Agora ele foi colocado em liberdade e eu desejo a ele
boa recuperação física e psicológica depois de tanto tempo preso.
Ao mencionar o coronel Naime, eu faço menção também a todos os oficiais da nossa Polícia
Militar que continuam presos e digo às famílias desses policiais que nós estamos com vocês e que nós
esperamos que eles também sejam colocados em liberdade o quanto antes.
Em relação ao coronel Naime, eu me uno à sua esposa Mariana e aos seus filhos na alegria e
no regozijo de vê-lo em liberdade novamente. Desejo a vocês, coronel Naime e família, tudo de bom!
Que Deus abençoe vocês! Que Deus abençoe o Distrito Federal!
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado.
Falta alguém falar, mas eu vou suspender a sessão porque há um acordo aqui, há uma
solicitação, que já estava acertada com o presidente deputado Wellington Luiz, de o Coral do Sindical
fazer uma homenagem às mães. Ele se preparou e nós vamos suspender a sessão rapidinho. Após a
apresentação, voltamos.
A presidência vai suspender os trabalhos para a apresentação do Coral do Sindical.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 16h08min, a sessão é reaberta às 16h21min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Reabro a presente sessão.
Parabéns! Muito bonito! Vocês estão de parabéns! Nós agradecemos a vocês.
Eu estava ouvindo vocês cantarem, lembrando das mães que estão passando aquele sufoco no
Rio Grande do Sul. Fiquei muito comovido, ouvindo e lembrando das mães que estão naquela situação
difícil.
Quero agradecer a vocês e dedicar essas canções lindas que vocês apresentaram para as
mães, nossas irmãs, no Rio Grande do Sul.
Obrigado. (Palmas.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
quero parabenizar o coral e pedir a permissão de vossa excelência para entregar, em nome da Câmara
Legislativa, uma pequena e singela lembrança para as mães do coral. O senhor permite?
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Claro!
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Obrigado.
Recebam um presente da Câmara Legislativa, uma singela lembrança pelo Dia das Mães.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Dando continuidade aos Comunicados de Líderes,
concedo a palavra ao deputado Rogério Morro da Cruz. (Pausa.)
Passa-se aos
Comunicados de Parlamentares.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) –
Presidente, deputados, deputadas, quem assiste a esta sessão pela TV Câmara Distrital, servidores e
servidoras desta casa, visitantes, quero parabenizar inicialmente o Coral do Sindical, o coral de
servidores e servidoras da Câmara. Parabéns pelo trabalho, pela apresentação! Agradecemos muito a
vocês.
Eu queria iniciar falando de um tema que já foi tratado por alguns parlamentares: a educação.
Nós levamos muito a sério o tema da educação no nosso mandato. Nós temos visitado as escolas do
Distrito Federal, temos analisado a política pública a partir do olhar e da escuta de quem entende.
Não sei se os parlamentares e os colegas que estão nos escutando têm essa sensação ou se só
eu tenho a sensação de que, às vezes, o governo toma certas medidas como se elas fossem solucionar
todos os problemas, quando, na verdade, elas não passaram por um crivo técnico, por uma análise e
por uma discussão, realmente, baseada em evidências.
Isso eu já vi em outras áreas desse governo e de outros governos, mas isso gera uma
preocupação muito grande. Deputado Ricardo Vale, nosso presidente da Câmara Legislativa em
exercício ao longo desta semana; deputados de diferentes posições políticas e ideológicas; deputado
Pastor Daniel de Castro; eu juro que eu escutei com muita generosidade a entrevista da secretária de
Educação, Hélvia. Eu sei que há um interesse de toda a sociedade em resolver o problema da violência
na escola.
Os pais e as mães também querem, na escola, um espaço de segurança. Nós somos oposição,
mas o nosso coração está aberto, porque queremos que a educação melhore, queremos que as
políticas públicas melhorem, mas a secretária anunciou 2 medidas centralmente: a primeira delas é
detector de metal na porta das escolas; e câmera de reconhecimento facial.
Isso me gerou uma frustração muito grande, porque já há uma série de pesquisas científicas
neste país sobre a questão da violência. Uma delas, que eu queria mencionar, é chamada de Ataques
de violência extrema em escolas no Brasil: causas e caminhos, que foi elaborada por 10 pesquisadores
do Grupo de Ética, Diversidade e Democracia na Escola Pública do Instituto de Estudos Avançados da
Unicamp e do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Moral. Eles contabilizaram 36 episódios de
violência extrema em escolas brasileiras, desde agosto de 2001 até outubro do ano passado.
Eles trazem um pouco o perfil da análise desses atos de violência extrema, que são movidos
por vingança, ódio, ressentimento, frustração, preconceito, discriminação, racismo e misoginia. Eles
mapearam os agressores que agiram nesses atos e, também, a dimensão desses atos de violência.
Para combater a violência extrema, temos que olhar as evidências, os dados.
Para vocês terem noção, a maioria dos agressores das escolas-alvo – 83,78% – tem o perfil
socioeconômico familiar médio, médio alto e alto, o que indica que não se trata das escolas que se
encontram em regiões de vulnerabilidade social. Essa é uma pesquisa que traz dados para nós.
Sabemos que a violência nas escolas ou os contextos de violência estão relacionados
ao bullying, à discriminação, à desigualdade – às profundas desigualdades. Não há fórmula mágica.
Não adianta e não vai adiantar pôr detector de metal; não vai adiantar pôr câmera de reconhecimento
facial, porque a violência tem motivações que são, do ponto de vista técnico e humano, de outra
ordem.
É preciso tratar as causas. É preciso que haja psicólogo nas escolas; é preciso projeto político
pedagógico; é preciso diálogo; é preciso mediação de conflito; é preciso capacitação e formação
permanente dos professores e dos gestores. Às vezes, eu tenho a impressão de que a Secretaria de
Educação quer se desincumbir do problema: “Olha, coloquei detector de metais, agora o problema da
segurança...”
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – “... nas escolas está resolvido. Eu estou me desincumbindo do
problema”.
É uma frustração enorme, porque sabemos que a faca vai entrar pelo muro, que há estratégias
para burlar quando há planejamento e os casos mais graves de violência são planejados. As pessoas
planejam por meses; o jovem planeja, infelizmente. Não será um detector de metais que vai resolver o
problema, que vai conseguir criar a barreira necessária de proteção para a criança e para o
adolescente. O que cria a proteção é o ambiente, é o contexto, é a valorização, é o investimento, é
uma mudança de cultura na escola.
Isso teria que ser evidente. Para mim, essa é uma medida cosmética. Deputado Ricardo Vale,
no Sistema Socioeducativo, o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente colocou detector de
metal em todas as unidades de internação. Lá é necessário, porque as famílias passam por revista. Os
detectores de metal passaram, deputado Gabriel Magno, anos sem manutenção, parados. Imaginem:
são 680 escolas públicas. Eu queria perguntar aos colegas por quanto tempo esses detectores de metal
vão funcionar. Quando vão fazer a manutenção desses detectores de metal?
Hoje, no Novo Ensino Médio, nem o sistema do diário escolar está funcionando ainda e já
estamos em maio. Os professores não conseguem lançar falta, presença ou nota, deputado Pastor
Daniel de Castro. Não está funcionando o sistema do Novo Ensino Médio. Imaginem se vai funcionar
detector de metal e reconhecimento facial!
Desculpem-me trazer esse nível de senso de realidade, mas essa é uma discussão que nós
temos que fazer. Por quantos dias vão funcionar esses detectores de metal, que receberão um
investimento altíssimo de dinheiro? Por quanto tempo eles vão funcionar? Isso está longe de ser a
solução que se busca para a escola pública. Do meu ponto de vista, é uma proposta simplista, limitada,
que não ouviu pesquisadores, pesquisadoras, educadores, educadoras.
Nós temos vontade de resolver o problema de violência nas escolas, mas está muito claro que
a proposta apresentada pela Secretaria de Educação nem de perto dará conta desses problemas.
Há hoje 1 psicóloga para cada 4.538 alunos na Secretaria de Educação. Há 2 assistentes sociais
para toda a rede pública de educação. Esses são os dados, enquanto o GDF descumpre a lei do
assistente social e do psicólogo na escola, aprovada nesta casa.
Nós temos hoje uma maioria de professores em contrato temporário, que não são efetivos.
Isso muda a cultura institucional da educação. Quem conhece a máquina...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – ... não é quem entrou agora. Esse é o contexto de que nós estamos
falando. A proposta é ruim e precisa ser reavaliada. O governo, neste momento, tem que retirar a
proposta da compra e fazer uma ampla discussão com a sociedade, com quem entende de violência
nas escolas, e não apresentar uma proposta como essa, que é apressada, simplista e que nem de
longe vai trazer solução para os problemas de violência nas escolas.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Fábio Félix. Ainda pelo
comunicado de parlamentares, pergunto se algum deputado quer fazer uso da palavra.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) –
Presidente, eu pedi para falar só para responder a mais uma mentira dita aqui, hoje. Lamento
profundamente como a extrema direita tem agido, neste país, diante do sofrimento e da tragédia no
Rio Grande do Sul.
Obviamente, estamos vendo, de novo, um processo de grande e intensa mobilização social de
solidariedade neste país. Há grupos organizados e redes no Brasil inteiro para juntar água, doações e
depósitos via Pix. Há uma série de ações – às vezes, coordenadas; muitas vezes, voluntaristas – do
povo brasileiro, que olha muito triste para o Rio Grande do Sul e quer ajudar de alguma maneira. Isso
tem sido uma resposta muito importante.
Estão tentando fazer disputa política com a tragédia de um estado. Inclusive, aqueles que hoje
tentam fazer isso com mentiras foram os mesmos que defenderam, na pandemia – no governo do ex-
presidente Bolsonaro, genocida e inelegível –, que tinham que aproveitar a pandemia para passar
boiada na legislação ambiental e afrouxá-la. O resultado desse afrouxamento são os desastres
ambientais.
Vou trazer números para esses parlamentares. O presidente Lula anunciou um pacote de
investimentos no Rio Grande do Sul, para emergência e reconstrução, de mais de 50 bilhões de reais. A
presidenta do Banco do Brics, a ex-presidenta Dilma Rousseff, anunciou mais de 5,7 bilhões de reais do
Banco do Brics, para ajudar a reconstrução do Rio Grande do Sul. A FAB e os Correios, empresa pública
que tentaram privatizar, estão fazendo o transporte de todas as doações do Brasil inteiro até o Rio
Grande do Sul.
Presidente, eu pergunto: se os Correios tivessem sido privatizados, haveria alguma empresa
privada de transporte, de logística, neste país, que colocaria à disposição a sua estrutura no Brasil
todo, desde o Amapá, para levar as doações dessa rede enorme de solidariedade? Não. Quem está
fazendo isso são os Correios, a FAB, o Exército brasileiro, a Aeronáutica brasileira, o Estado brasileiro,
que é muito necessário neste processo.
O mercado tentou fazer um anúncio e esconder o estoque e a colheita de arroz do Brasil para
praticar o sobrepreço. Foi só o Lula anunciar que ia importar arroz para não permitir o
desabastecimento que o arroz apareceu.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Então, quero dizer que o governo federal e o Estado brasileiro
têm respondido de maneira rápida e muito séria. Diferentemente do ex-presidente, que, durante a
pandemia, falava que não era coveiro e que não se importava com a vida do povo brasileiro, o
presidente de hoje já disse que a prioridade é salvar vidas e reconstruir o estado do Rio Grande do Sul.
O jornal O Globo acabou de publicar um levantamento dos políticos que estão amplificando,
nas redes, fake news, mentiras sobre o Rio Grande do Sul. Vou ler alguns: Eduardo Bolsonaro, do PL
de São Paulo; Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais; Gustavo Gayer, do PL de Goiás; Jorginho Mello,
governador de Santa Catarina, do PL de Santa Catarina, obviamente; Filipe Martins, do PL de
Tocantins; Gilvan da Federal, do PL do Espírito Santo e outros vários que, infelizmente, neste momento
de grande sofrimento em que o Estado brasileiro tem agido – inclusive, o governo Lula tem agido de
maneira muito eficiente –, preferem ficar espalhando mentiras, espalhando inverdades nas redes
sociais.
Inclusive, presidente, para encerrar, eu quero aproveitar para informar aqui que até o Governo
do Distrito Federal anunciou ontem que estava suspenso o transporte de doações pela FAB, pelos
Correios. Eu não sei por que motivo, mas saiu nas redes sociais.
É importante dizer para quem viu essa desinformação do Governo do Distrito Federal que o
transporte não está suspenso. A FAB continua recebendo as doações. Quem está se mobilizando pode
ir lá, porque as doações vão chegar ao Rio Grande do Sul, e os Correios, essa empresa pública tão
importante que agora está sendo fortalecida de novo no Governo Lula, está encaminhando todas as
doações dos brasilienses para o Rio Grande do Sul.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Eu estou inscrito agora.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Eu te agradeço, presidente. O
único deputado que falou aqui que não era de esquerda fui eu, e todo mundo que não é de esquerda,
e que fala, é rotulado como se fosse de extrema direita.
Extrema direita é o rótulo que o socialismo radical do Brasil impõe a todos aqueles que não se
dobram a essa ideologia maligna. Eu sou um desses que não se dobram a isso. Fake news é tudo o
que se diz contrariamente a essa ideologia maligna, ao partido que está no poder e aos seus
puxadinhos. É por isso que todos os deputados rotulados aí como propagadores de fake news não são
do PT. Isso é lógico, porque fake news é um conceito abstrato onde eles encaixam aqueles que deles
divergem. É só isso.
Então, eu vou desmentir o que foi dito aqui:
“O presidente Lula destinou 50 bilhões para o Rio Grande do Sul”. Mentira. O governador
Eduardo Leite foi a público dizer que isso é mentira.
“Só os Correios estão fazendo transporte no Brasil inteiro”. Mentira. Centenas de empresas
privadas estão fazendo transporte. Se você for ali na Maria Amélia Doces agora, verá que há
caminhões saindo de lá. Caminhões privados, da iniciativa privada. Não são dos Correios, não.
Aliás, esse pessoal rotula, como se fosse criminoso, quem é milionário e bilionário. Temos que
agradecer ao Neymar; temos que agradecer ao Luciano Hang, o “Véio da Havan”; temos que agradecer
a quem tirou dinheiro do bolso e disponibilizou os seus helicópteros, os seus jatinhos, como o Pablo
Marçal. Temos que agradecer a eles, porque eles estão fazendo o que o governo não consegue fazer.
Essa crítica que eu faço aqui não é só ao governo PT. É ao Estado. O Estado é lento, pesado,
burocrático. Não consegue atender na velocidade em que é preciso atender. Quem atende? Os ricos.
Graças a Deus que existem os ricos.
Está lá o helicóptero do Neymar que todo mundo critica. Criticam porque ele é Bolsonaro.
Porque, se ele tivesse feito o L na época da campanha, ele seria o deus do futebol. Criticam o Pablo
Marçal, porque não dobrou o joelho a essa ideologia. Criticam o “Véio da Havan”, porque o “Véio da
Havan” é Bolsonaro.
Mas são essas pessoas que estão resolvendo o problema lá do Rio Grande do Sul. É esse
pessoal que está fazendo o que precisa ser feito, colocando o próprio patrimônio à disposição da
população, porque, se for depender do Estado, que é lento, é burocrático, não chega.
Presidente, obrigado pela concessão da palavra. Eu precisava só desmentir isso e dizer que
nem todo mundo que discorda é de extrema direita. Talvez sejam só as pessoas que consigam pensar
no Brasil. As pessoas que conseguem pensar são rotuladas de extrema direita. Se pensar, manter um
raciocínio lógico e coerente, é ser rotulado como sendo de extrema direita; então, eu o sou.
Obrigado, presidente.
(Assume a Presidência o deputado Iolando.)
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Assumo a presidência.
Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Dando continuidade aos Comunicados de Parlamentares, concedo a palavra ao deputado Pastor
Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Para breve comunicação. Sem revisão do
orador.) – Obrigado, presidente.
Senhoras e senhores deputados, amigos e servidores profissionais da imprensa, demais
cidadãos que nos acompanham pela TV e pelas redes sociais.
Obrigado, deputado Ricardo Vale, por me deixar falar agora, até porque seguramente lhe darei
o direito da contradita, visto que também vou fazer minhas ponderações, até porque, ao ver o nobre
deputado Gabriel Magno falar da maneira que ele falou, vou ter que fazer o L, então, porque o governo
dele é perfeito. Acho que o governo dele é perfeito. Deixe-me falar uma coisa: um governo perfeito em
que 55% da população do Brasil acabou de falar, na Quaest, que Lula não merece outro mandato? A
aprovação dele bate recordes negativos de 37%.
Antes de abordar o tema principal desta minha fala, manifesto mais uma vez a minha
solidariedade ao povo gaúcho. Todo o Brasil tem se unido em torno dessa causa que transcende a
política. Lamento quando se politiza algo que é humano, que tem que sair do coração. É muito ruim
fazer isso porque os gaúchos são nossos irmãos e isso transcende a questão partidária, ideológica e
por aí vai.
A tragédia que se abate sobre o Rio Grande Sul deve ser um ponto de inflexão para todos os
brasileiros. Por um lado, testemunhamos a força do povo gaúcho e a solidariedade da população do
Brasil, da nossa gente. Há imagens de civis improvisando pontes, resgatando vidas, doando água e
alimentos, mas, por outro lado, percebemos que o Estado não estava preparado para um desafio dessa
dimensão, o que é extremamente preocupante.
Mais preocupante é porque a esquerda – nem vou chamar de extrema esquerda, deputado
Thiago Manzoni, porque somos rotulados de extrema direita – e o governo dizem toda hora: é culpa do
Bolsonaro. Então, saia da presidência e entregue-a para o Bolsonaro, para que ele possa tomar conta
do Brasil, porque acho que, se ele voltar, ele vai dar conta disso.
Se esse fato já não fosse suficiente, grave em si mesmo, houve ministro do atual governo
fazendo postagem sobre vencimento de prazos eleitorais; houve ministras afirmando que ainda não era
o momento de enviar ajuda para o Rio Grande do Sul e até mesmo uma tentativa vergonhosa de
associar o resgate de um cavalo a alguma intervenção do governo federal. Essa é uma clara
manifestação de insensibilidade face à gravidade da situação em que estamos vivendo.
E, se tudo isso já não for suficientemente constrangedor, o governo Lula, ao invés de envidar
esforços no resgate de vidas, na proteção de crianças e de mulheres, optou por priorizar a perseguição
a qualquer pessoa que denuncie o seu despreparo e a sua incompetência, o que é lastimável e
desumano.
Tudo o que a direita faz é fake news.
Que Deus fortaleça os corações dos nossos irmãos gaúchos. E que a força, que caracteriza o
povo brasileiro, seja o pilar de reconstrução do Rio Grande do Sul.
Feito este necessário registro, também precisamos falar sobre o Distrito Federal e algumas
ações do governo Ibaneis em favor dos moradores de Vicente Pires.
Semana passada, o governador Ibaneis esteve na cidade de Vicente Pires e anunciou um
pacote de obras que chega a 58 milhões de reais. Anunciou a construção de 2 escolas em Vicente
Pires; 2 escolas em Águas Claras e 2 escolas na 26 de Setembro. Anunciou a construção da UBS em
Águas Claras e da Cepi em Vicente Pires.
Recentemente, o Governo do Distrito Federal anunciou mais de 58 milhões na Colônia Agrícola
Vicente Pires. Desde o início do governo Ibaneis, aquela região foi praticamente reconstruída. Eu tive o
privilégio de participar desse projeto quando fui administrador regional. Naquela ocasião, nós tínhamos
uma cidade praticamente sem infraestrutura: buraco por toda parte, avenidas estreitas e canteiros de
obras completamente abandonados. É claro que ainda precisa ser feita muita coisa naquela região, mas
não há dúvida de que Vicente Pires foi completamente transformada na primeira gestão do governo
Ibaneis. Muito me orgulho de ter sido um dos participantes daquele processo à frente da Administração
Regional.
Aliás, no próximo dia 26, a cidade completará 35 anos de existência. É uma sensação
extraordinária saber que aquela antiga colônia agrícola agora abriga praticamente 100 mil habitantes,
dentre os quais me incluo. Ela se transformou em uma importante e robusta região administrativa para
o Distrito Federal.
Já que estamos falando do dia 26 e de Vicente Pires, certamente, também precisamos falar da
querida 26 de Setembro.
(Soa a campainha.)
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Senhor presidente, peço um minuto
a vossa excelência.
O processo de regularização encontra-se em estágio muito avançado. Diversas secretarias e
agências do Governo do Distrito Federal estão trabalhando forte para a conclusão do projeto. Além
disso, há poucos dias, conseguimos a confirmação de que, no prazo máximo de 2 meses, será lançado
o edital referente à implantação definitiva da iluminação da 26 de Setembro.
Especificamente para essa obra, eu destinei 2 milhões de reais de emenda, e a Secretaria de
Obras completou o montante necessário com mais 1 milhão e 600 mil reais. Precisávamos fazer essa
prestação de contas, porque assumi um compromisso com os moradores de Vicente Pires, de Águas
Claras e da 26 de Setembro. E honrarei minha palavra, mesmo porque, e graças a Deus, temos um
governador que tem se mostrado sensível aos problemas tanto de Brasília quanto daquela região.
Então, quero deixar registrado o meu agradecimento e deixar também registrados os meus
parabéns, porque Águas Claras está aniversariando, Riacho Fundo II também, Vicente Pires também e
a 26 de Setembro fará aniversário no dia 26 de setembro.
Obrigado, senhor presidente, pela bondade de me conceder mais um tempo. Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor Presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, esse debate
sobre as mentiras, que eu não vou chamar de fake news... Isso é mentira pura distribuída pela
extrema direita. Está comprovado. Todo mundo sabe. Ministro do Supremo do Tribunal Federal tem
afirmado, todos têm afirmado. Eu lerei 10 aqui, só 10, porque são milhares.
É mentira que o Brasil impede que Portugal envie doações para o Rio Grande do Sul. Conteúdo
falso. Está em vídeo gravado por parlamentares de extrema direita de Portugal. Dois: é mentira que a
prefeitura de Canoas tenha publicado documento permitindo que a defesa civil possa tomar as doações
de qualquer centro que esteja lá estabelecido. Três: é mentira que as atuais enchentes do Rio Grande
do Sul tenham sido causadas por abertura de comportas. Quatro: é mentira que o Exército só mandou
3 helicópteros para o resgate das vítimas. A Marinha, o Exército e a Aeronáutica mandaram centenas
de helicópteros, de carro anfíbio, de tanques. O maior navio da Marinha está exatamente lá, fundeado
no porto de Rio Grande, buscando o atendimento daquela população. Cinco: é mentira que o Ibama
tenha apreendido retroescavadeiras que estavam lá a serviço da população. Seis: é mentira que a
Anvisa tenha barrado o envio de remédios para o Rio Grande do Sul. Sete: é mentira que foram
encontrados 2 mil corpos. Essa mentira também foi espalhada pela extrema direita. Oito: é mentira que
o Governo do Rio Grande do Sul esteja exigindo que voluntários apresentem documentos de habilitação
para pilotar barcos. Nove: é mentira que uma boiada tenha sido carregada pelas águas. Dez: é mentira
que caminhões com doações para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul tenham sido retidos nas
estradas. Essa fake news varia de acordo com o criminoso de extrema direita. Alguns disseram que a
culpa era da Polícia Rodoviária Federal; outros, que era da Receita Federal.
É lamentável que a extrema direita brasileira use uma tragédia da maneira que estão usando,
de maneira descarada, de maneira covarde. Essa é exatamente a postura da extrema direita, que não
tem que ser discutida, tem que ser combatida pelo mal que expressa na nação brasileira.
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Concedo a palavra ao deputado Ricardo Vale.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, eu fico ouvindo este debate sobre fake news e fico me
perguntando: por que a extrema direita brasileira, os deputados do PL principalmente, se utilizam
de fake news num momento como este, de tragédia no Rio Grande do Sul, onde os nossos irmãos
gaúchos estão sofrendo muito? É impressionante como eles insistem na mentira. Fico imaginando o
porquê disso. Eu acho que isso foi em função de eles terem conseguido eleger o Bolsonaro presidente
do Brasil; e elegeram Bolsonaro com a mentira. O Bolsonaro é uma fake news que as redes sociais
criaram e que infelizmente virou presidente do Brasil.
Então, esse elemento que foi usado – o Bolsonaro – para disputar as eleições, que foi fruto
das fake news, das redes sociais, enfim, acabou dando certo naquele momento. Mas já era. A
sociedade já não aguenta mais tanta mentira, quanto mais num momento como esse. Passou, acabou.
Parem de insistir com fake news, com mentira, quanto mais em situações como essa!
Então, eu quero deixar um recado, inclusive alguns bolsonaristas já estão de saco cheio de
tanta mentira proferida pelos deputados, pelos do PL, principalmente, que naquele momento
conseguiram vencer as eleições com Bolsonaro, que é uma fake news, que é uma invenção das redes
sociais. O Bolsonaro não é nada daquilo que as redes sociais falam, que os bolsonaristas falam; ele é o
contrário de tudo aquilo que é dito. Fica aqui o meu repúdio, e lamento muito essa questão.
Falando de verdades, eu quero elogiar as torcidas organizadas do Distrito Federal. Vocês
sabem que a Câmara Legislativa virou um ponto para recolher alimentos, roupas, enfim, entramos
nessa campanha de solidariedade humanitária com o povo do Rio Grande do Sul. Hoje, as torcidas
organizadas do Distrito Federal, Mancha Verde, Gaviões da Fiel, a torcida do Grêmio, a torcida do
Internacional, vieram aqui, deputado Fabio Félix, e trouxeram uma quantidade enorme de água, de
alimentos, de roupa, dando uma demonstração do que essas torcidas organizadas realmente são.
Ouvimos muito preconceito contra as torcidas organizadas no Brasil, eu conheço algumas
delas, ajudei a fundar a Mancha Verde nos anos 90 no Distrito Federal e sei a importância do papel que
elas têm do ponto de vista social, de projetos de inclusão social, projetos de cultura, de esporte,
principalmente para os jovens; e hoje elas deram mais uma vez a demonstração de que são entidades
da sociedade importantes nesse processo de formação, principalmente no da nossa juventude. Fizeram
esse gesto humanitário, e fiquei muito impressionado com o que eu vi hoje. Do lado de fora vocês
poderão ver a quantidade de água, de alimentos, de roupa que eles trouxeram.
Então, eu quero agradecer, em nome da Câmara Legislativa, às torcidas organizadas do Distrito
Federal. Eles falaram que essa campanha será permanente. Então, nós queremos chamar as outras
torcidas que não vieram hoje para que entrem nessa campanha, porque sabemos que a situação lá
está muito difícil, deputado Max Maciel. Mas, quando essas águas começarem a baixar, quando as
pessoas quiserem retornar a suas casas é que verão a situação: não terão roupas, não terão televisão,
não terão sofá, não terão mais nada. Aliás, algumas nem casa terão mais, porque a enxurrada irá levá-
las.
Então, essa campanha tem de ser permanente! Estão de parabéns as torcidas organizadas do
Distrito Federal. Quero chamar as outras torcidas para que participem juntamente com toda a
sociedade, com os servidores e os gabinetes. Deputado Max Maciel, eu queria, inclusive, parabenizar a
atuação dos servidores do seu gabinete. Há muita gente participando. Eu tenho visto isso lá fora e
tenho ido acompanhar esse processo. Parabenizo o seu gabinete e outros gabinetes também cujo
pessoal está acompanhando e ajudando...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO RICARDO VALE – Para concluir. Peço que todo mundo, de fato, entre nessa
campanha.
Para finalizar, lamento essa questão dos uniformes no Distrito Federal. Nós estamos indo para
o meio do ano. As aulas do ano letivo estão encerrando, e os materiais não chegaram. Há muitos
alunos sem uniforme. Já havia atrasado no ano passado, e agora, de novo, estamos vendo nossos
alunos sem uniforme e os pais desesperados porque não têm dinheiro para comprar. A Secretaria de
Educação está completamente perdida nesse quesito.
Lamento isso profundamente, porque, inclusive, fizemos uma audiência pública no ano passado
e levamos a associação das malharias do Distrito Federal e Entorno ao Palácio do Buriti. Houve uma
reunião com a vice-governadora, Celina Leão, e foi apresentado a ela que tinha de se rever esse
modelo de compra de uniformes em outros estados, para que não ocorresse isso. Isso ocorreu no ano
passado. Eles falaram que o problema não iria persistir; mas persistiu e o governo não fez nada! O
problema está aí de novo.
Então, eu gostaria de fazer um apelo: que a Secretaria de Educação mudasse esse sistema e
que acatasse a proposta construída pelas malharias daqui, porque se voltamos a fazer esses uniformes
aqui geraremos rendas e emprego. Há muitas malharias que fecharam as portas porque esses
materiais estão sendo feitos em outro lugar.
Deixo o meu apelo para que se mude isso. Inclusive, há um projeto de lei tramitando nesta
casa que cria o cartão uniforme escolar. Já existe o Cartão Material Escolar, agora o cartão uniforme
escolar está tramitando. Esse foi um projeto que apresentei a pedido de alguns pais e do próprio setor,
para que os pais possam comprar o material o mais próximo da casa deles. Não precisam ficar
esperando vir de Santa Catarina ou sei lá de onde. Eles mostraram, inclusive, do ponto de vista
econômico, que é muito mais barato fazer aqui que fazer em outro estado.
Então, não estou entendendo por que isso permanece ainda. Lamento profundamente, em
nome de todas as famílias e dos alunos das nossas escolas públicas, dos professores, enfim, de todo
mundo, essa situação ainda no Distrito Federal com relação aos uniformes.
Era isso, senhor presidente. Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Obrigado, deputado Ricardo Vale.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, em primeiro
lugar, eu gostaria de agradecer a concessão da palavra.
Eu queria fazer um registro de preocupação com relação a uma situação em Santa Maria, que
estamos acompanhando com o mandato, que tem a ver com o direito à moradia.
Um grupo de pessoas ocupa uma área da quadra 404 de Santa Maria desde aproximadamente
2007. Há cerca de 15 anos, 115 famílias ocupam uma área que pertence à Codhab, que seria utilizada
para a implantação de equipamentos públicos na infraestrutura urbana. Esses equipamentos públicos
nunca foram instalados, essas famílias em situação de vulnerabilidade social estão lá, têm feito pedido
de negociação e de diálogo com o Governo do Distrito Federal e há um processo administrativo sobre a
regularização e a possibilidade de inclusão em um programa habitacional. Eles conseguiram,
anteriormente, uma liminar para que não fossem despejados e a remoção não fosse feita. Essa liminar
foi cassada e agora há uma preocupação e uma tensão enorme dessas famílias que estão nessa região.
Eu queria fazer um apelo ao Governo do Distrito Federal. Trata-se de uma situação de
vulnerabilidade social e eu não sei quais são as causas, eu não conheço em detalhes a história, mas eu
sei que hoje lá moram mães, pais de família, crianças, adolescentes, muitas dessas famílias estão em
situação de vulnerabilidade e precisam de um atendimento e de uma atenção social por parte do
governo. Que a Seduh viabilize a regularização e que haja um diálogo com a Codhab para a
implantação de moradia.
Primeiro, eu queria deixar a minha solidariedade. Segundo, uma exigência para que o Governo
do Distrito Federal abra o diálogo, não com o trator ligado, mas realmente levando em consideração o
necessário direito à moradia da população do DF.
Segundo, presidente, eu queria fazer um registro sobre o tema das fake news. Eu queria
restaurar a verdade, porque eu acho que a verdade é muito importante no diálogo político. Eu estou no
segundo mandato e a verdade não é patrimônio de nenhuma bandeira ideológica. Há gente de direita
que fala a verdade, há gente de esquerda que fala a verdade como há gente que mente, que inventa,
que fantasia em todos os campos políticos.
É possível, durante uma tragédia, criticar o governo federal, o governo estadual e a prefeitura
municipal de forma legítima, pelas ausências, pelas dificuldades no atendimento, pelo que não foi feito
e pelo que tem sido feito de forma lenta. É legítimo que as oposições façam isso no processo político e
no processo democrático. Mas não é isso o que está sendo denunciado aqui. O que está sendo
denunciado não é a voz da direita, é um grupo de 10, 15 parlamentares – esses sim, da extrema direita
–, não é o PL inteiro, não é o PP inteiro, não são partidos inteiros, mas é um grupo de extremistas que
se instalou na política institucional brasileira mentindo.
As fake news são um fenômeno industrial de difusão da mentira para gerar pânico social e
moral e para desqualificar pessoas. Quem hoje não denuncia as fake news pode ser a vítima de
amanhã. Não importa a bandeira ideológica de um parlamentar. Essas mentiras que estão sendo
difundidas estão atrapalhando os resgates e descredenciando instituições que estão tentando atuar.
É muito bom que pessoas ricas e empresários estejam ajudando de forma voluntária, mas isso
não isenta o poder público e o papel importante que ele tem. Quem tem enraizamento, quem está nos
territórios é o poder público, são as instituições do poder público e são elas que podem executar o
trabalho da melhor forma possível. Descredenciá-las dessa forma com mentira! Imaginem!
Eu comentava agora com o deputado Chico Vigilante que um batalhão do Exército se deslocou
para um lugar porque eles difundiram que naquele lugar havia ataques a um abrigo e, quando eles
chegam ao local, não há ataque nenhum, porque eles mentem compulsivamente. Não é um caso, não
são 10 casos, são centenas de casos de mentiras. E o pior dessas mentiras, dessas fake news da
extrema direita, é que são, geralmente, para autopromoção eleitoreira desses vagabundos, cretinos
que fazem esse tipo de prática na internet, porque foi assim que a extrema direita cresceu.
Então, não se trata de criticar a direita ou a esquerda, se trata aqui de compromisso com a
verdade. Intolerável. Eu espero que haja prisão para esses mentirosos que estão brincando com uma
questão humanitária, nesse contexto que estamos vivendo.
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Deputado Iolando, aproveitando a
fala do deputado Ricardo Vale, quero mandar um salve a toda Gaviões da Fiel e à Mancha Verde, que
deixaram a rivalidade de lado em prol da solidariedade. É muito bonito quando vemos equipes que têm
o futebol como paixão, que mobilizam bastantes pessoas, se juntando em prol de uma causa tão
importante como a que estão passando os companheiros e companheiras do Rio Grande do Sul.
Então, aqui eu mando um salve a toda Gaviões da Fiel e à Mancha Verde por esse ato realizado
na Câmara Legislativa no dia de hoje com a entrega de muitos materiais para os irmãos e as irmãs do
sul.
Era isso, senhor presidente.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, estou
verificando aqui numa matéria do Metrópoles que dá conta que 51 dos chamados patriotas – alguns
foram condenados, foram presos e estavam com tornozeleira eletrônica por uma bondade do Ministro
Alexandre de Moraes, porque, na verdade, essa cambada de vagabundos deveria estar na cadeia
mesmo – fugiram do Brasil. Eles romperam as tornozeleiras e foram embora do Brasil. Estão no
Uruguai, estão no Paraguai, estão na Argentina.
Eu penso que está na hora de o Ministro Alexandre de Moraes determinar que essa cambada
volte novamente à prisão, porque são golpistas da pior espécie. São seres das trevas que queriam
implementar uma ditadura neste país e que agora fogem, covardemente, do nosso país. Romperem a
tornozeleira eletrônica e foram embora..
Portanto, é preciso que seja determinado que sejam colocados na lista vermelha da Interpol,
para que sejam capturados onde estiveram e devolvidos aos porões das prisões brasileiras para
cumprirem a sentença pelas quais foram condenados. Eles não fizeram pouca coisa. Foram condenados
pelo atentado que fizeram à democracia brasileira.
Acho muito importante que o Metrópoles tenha trazido essa notícia. Tenho certeza de que o
Ministro Alexandre de Morais irá determinar medidas urgentes de colocar o nome dessa raça de gente
ruim na lista vermelha da Interpol para que eles sejam capturados onde estiverem para que sejam
devolvidos às prisões brasileiras para pagarem pelos crimes aqui cometidos.
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – Encerrados os Comunicados de Parlamentares.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO IOLANDO) – O expediente lido vai a publicação.
Esta presidência informa que, em razão da aprovação do Requerimento nº 1.299/2024, de
autoria da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, a sessão ordinária de quarta-feira, amanhã, dia 15
de maio, será transformada em comissão geral para discussão do Projeto de Lei Complementar nº
41/2024, que aprova o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, PPCUB, e dá outras
providências.
Informo ainda que, em razão da aprovação do Requerimento nº 1.323/2024, de autoria do
deputado Pepa, a sessão ordinária de quinta-feira, dia 16 de maio, será transformada em comissão
geral para discussão do planejamento estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre
Aftosa.
Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
Não há quórum regimental.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente sessão. Desejo a todos uma boa
tarde.
(Levanta-se a sessão às 17h09min.)
Siglas com ocorrência neste evento:
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Brics – grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
CEF – Centro de Ensino Fundamental
Cepi – Centro de Educação da Primeira Infância
Codhab – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal
Egov – Escola de Governo
FAB – Força Aérea Brasileira
Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira
PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial
PPCUB – Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília
RA – Região Administrativa
Seduh-DF – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal
Sindical – Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas do Distrito Federal
Subin – Secretaria de Educação Inclusiva e Integral
UBS – Unidade Básica de Saúde
Unesco – em português, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura
Unicamp – Universidade Estadual de Campinas
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 15/05/2024, às 14:03, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1667289 Código CRC: 1CB01AE3.
DCL n° 108, de 21 de maio de 2024
Portarias 242/2024
Gabinete da Mesa Diretora
PORTARIA-GMD Nº 242, DE 17 DE MAIO DE 2024
O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em
conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de
2017, considerando o Despacho (1672856) e as demais razões apresentadas no Processo SEI 00001-
00017737/2024-19, RESOLVE:
Art. 1º Autorizar a utilização do Foyer do Plenário da CLDF, sem ônus, para a realização da
exposição Desenvolvimento da Cadeia de Produção Apícola na Comunidade Quilombola África em
Abaetetuba-PA, da Embaixada da Eslovênia, no período de 17 de junho a 19 de julho de 2024, das 8h
as 19h.
Parágrafo único. O evento será coordenado pela servidora Jane Mary Marrocos
Malaquias, matrícula nº 18.428, que será responsável por entregar o espaço nas mesmas condições
que o recebeu.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Portaria-GMD nº 238, de 15 de
maio de 2024.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
JOÃO TORRACCA JUNIOR EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR
Secretário-Executivo/Vice-Presidência Secretário-Executivo/Primeira-Secretaria
ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA
Secretário-Executivo/Segunda-Secretaria Secretário-Executivo/Terceira-Secretaria
Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-
Executivo(a), em 17/05/2024, às 17:24, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-
Executivo(a), em 17/05/2024, às 17:38, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr.
21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 17/05/2024, às 18:52, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR - Matr.
23836, Secretário(a)-Executivo(a), em 20/05/2024, às 11:32, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 20/05/2024, às 15:45, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1672979 Código CRC: 2E2A9F5C.
DCL n° 107, de 20 de maio de 2024
Portarias 231/2024
Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA-DGP Nº 231, DE 17 DE MAIO DE 2024
A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo subitem 7.3 do Anexo V da Lei distrital nº 4.342/2009, e
nos termos dos arts. 12, 13 e 14 da mesma Lei, combinado com o Parecer nº 207/2009-PG, ratificado
pelo Despacho nº 20/2009, do Procurador‑Geral, aprovado pelo Gabinete da Mesa Diretora em sua 25ª
Reunião, realizada em 11/9/2009, item 4 e Ato da Mesa Diretora nº 41, de 2014, RESOLVE:
I – CONCEDER ADICIONAL DE QUALIFICAÇÃO – AQ à servidora, abaixo citado, resultante
da avaliação de títulos efetuada pela Comissão instituída pela Portaria-GMD nº 124, de 20 de março de
2024, nos percentuais obtidos no processo indicado, em razão da qualificação adicional decorrente da
participação em eventos de capacitação, desenvolvimento e educação continuada:
PERCENTUAL
DATA DE
MAT. SERVIDOR PROCESSO APRESENTAÇÃO DOS ACUMULADO
TÍTULOS
(*)
25/03/2024 10,00%
03/04/2024 11,00%
DANIELA REIS DO 00001- 10/04/2024 12,00%
24.566
NASCIMENTO 00011054/2024-58 15/04/2024 13,00%
19/04/2024 14,00%
25/04/2024 15,00%
(*) Percentual máximo: 15% (Lei nº 4.342, de 2009, art. 13).
II – DETERMINAR que os efeitos financeiros decorrentes do Adicional de Qualificação incidam
a partir da data de entrega dos títulos.
III – INDEFERIR o título constante no documento 1607678 do referido processo.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Gestão de Pessoas
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão
de Pessoas, em 17/05/2024, às 14:25, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1672124 Código CRC: 5ABA1B14.
DCL n° 107, de 20 de maio de 2024
Portarias 123/2024
Secretário-Geral
PORTARIA DO SECRETÁRIO-GERAL Nº 123, DE 17 DE MAIO DE 2024
O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO
FEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1º, do
Ato do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023, R E S O L V E:
Art. 1º ALTERAR a Comissão de Fiscalização do CONTRATO-PG Nº 52/2021-NPLC, firmado entre a
Câmara Legislativa do Distrito Federal e a EMPRESA PROQUEST LATIN AMERICA SERVIÇOS E
PRODUTOS PARA ACESSO À INFORMAÇÃO LTDA., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 05.775.256/0001-94.
Objeto: Prestação de serviço para fornecimento de licença do protocolo de comunicação SIP2 (Standard
Interface Protocol versão 2) para integração dos equipamentos do sistema de autoatendimento com
identificação por radiofrequência – RFID e o software de gestão de bibliotecas ALEPH, versão 23 ou
superior, da Biblioteca Paulo Bertran da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), bem como a
realização de serviços de manutenção, suporte técnico e atualização. Processo 00001-00041541/2020-
11.
Art. 2º A Comissão composta por esta Portaria passará a ser integrada pelos seguintes servidores, aos
quais cabe exercer as atribuições previstas na Lei nº 8.666/93:
NOME FUNÇÃO LOTAÇÃO MATRÍCULA
Marcos Bizerra Costa Gestor SEBIB 16.764
Arlene Cristina Souza Miranda Gestora Substituta SEBIB 13.272
Amanda Martins Moraes Fiscal requisitante SEBIB 23.035
Cleide Cristina Soares Fiscal administrativa SEBIB 13.253
Rayrone Zirtany Nunes Marques Fiscal Técnico DMI 23.025
Art. 3º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 17/05/2024, às 16:27, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1672776 Código CRC: 02609644.