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A privatização da CEB voltou a ser tema de pronunciamentos no plenário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (28). Desta vez, o foco das críticas foi a aprovação, em assembleia do conselho de administração da companhia, de bonificação aos diretores, os mesmos que defenderam a venda da CEB Distribuição. Os bônus somam pouco mais de R$ 1 milhão.

O deputado Chico Vigilante (PT) lembrou que a empresa foi entregue à iniciativa privada com o argumento de que dava prejuízos; contudo, segundo o parlamentar, o balanço contábil aponta lucros de R$ 435 milhões apenas em 2020. Ainda de acordo com ele, com a decisão da assembleia, o presidente da CEB, Edison Antônio Costa Britto Garcia, por exemplo, vai receber bônus de R$ 221 mil, fora o salário. “O governo vai permitir que a diretoria receba esse dinheiro, que é público? É um escárnio, uma vergonha”, reclamou. Além disso, Vigilante informou que a mesma assembleia aprovou o reajuste do salário dos diretores pelo IPCA, ao passo que os servidores seguem sem qualquer aumento. 

A deputada Arlete Sampaio (PT) também criticou a bonificação da diretoria da CEB. “Parte dos lucros vai se perder por propósitos esdrúxulos e será concedida a diretores que se empenharam em privatizar a CEB”, lamentou.

“Isso é muito grave. É preciso chamar a atenção do Ministério Público, e a medida precisa ser profundamente apurada por todas as instituições de fiscalização”, defendeu Leandro Grass (Rede).