CLDF recebe mostra que conscientiza sobre câncer de mama
CLDF recebe mostra que conscientiza sobre câncer de mama
Casos no DF chegam a 1.030 ao ano
Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF

A mostra foi inaugurada neste quinta-feira (2)
Em adesão à campanha outubro rosa, a Câmara Legislativa recebe a exposição A jornada, com fotos de pessoas anônimas e famosas diagnosticadas com o câncer de mama. Realizada pela Associação Recomeçar, a iniciativa divulga informações e fortalece as recomendações do Ministério da Saúde para o diagnóstico precoce e a prevenção. A mostra, que conta com o apoio do Conselho Curador de Cultura da Casa e dos distritais Wellington Luiz (MDB) e Gabriel Magno (PT), foi inaugurada neste quinta-feira (2) e segue disponível para visitações no Foyeur do Plenário até 31 de outubro, das 9h às 19h.
Esta edição rememora todas as exposições anteriores, que se sucederam entre 2013 e 2022. As imagens e os depoimentos refletem as jornadas de 14 mulheres e de um homem diagnosticados com o câncer de mama. Embora a incidência esmagadora seja de casos feminino, homens representam 1% das vítimas.

A fundadora da Recomeçar, Joana Jeker, defendeu o diagnóstico precoce como política de estado e de governo para potencializar as chances de cura, que chegam a 95% quando a descoberta ocorre no início. “É importante que a mulher se cuide, se toque e faça seus exames regularmente, como a mamografia, preconizada a partir dos 40 anos”, orientou.
Paciente oncológica metastática aos 31 anos, Talita do Monte destacou como “muito importante” a interação com pessoas que passaram pelos mesmos processos que ela no enfrentamento à doença. Já a presidente do Conselho Curador, Jane Marrocos, salientou que políticas públicas efetivas voltadas para questões de saúde salvam vidas. Outro aliado no combate, segundo a subsecretária de Transformação Tecnológica e Inovação Feminina da Secretaria da Mulher do DF, Sandra Faraj, é o acesso à informação por dispositivos tecnológicos.
Um espaço de luta e acolhimento
A Recomeçar é uma associação sem fins lucrativos de mulheres mastectomizadas de Brasília, que atua principalmente na articulação de políticas públicas e promoção do controle social para garantir a celeridade em processos reabilitadores de pessoas afetadas pelo câncer de mama e tratadas no Sistema Único de Saúde (SUS).

Oncologia no DF
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, com 23% dos novos diagnósticos identificados dentre todos os tipos da doença. No Brasil, estima-se a ocorrência de 704 mil novos casos oncológicos no período de 2023 a 2025. Desses, para cada ano, cerca de 74 mil são de câncer de mama.
Tramita na Câmara Legislativa o projeto de lei 1124/2024, de autoria da deputada Jaqueline Silva (MDB), que propõe dispensar o pedido médico para mamografia de rastreamento do câncer nas mulheres, no âmbito do Distrito Federal.
Ao todo, 36 leis distritais concentram-se em demandas da oncologia. Alguns destaques são a Lei nº 4.761/2012, que trata da obrigatoriedade da cirurgia plástica reparadora da mama para mutilação decorrente de tratamento de câncer; a Lei nº 2.801/2001, que garante a distribuição gratuita de medicamentos para pacientes oncológicos. Outras normas que versam sobre o tema são a Lei nº 5.865/2017, que estabelece o fornecimento de peruca às pessoas com alopecia provocada pela aplicação de quimioterapia ou por outro problema de saúde; e a Lei nº 3.078/2002, que concede o direito a uma folga anual às trabalhadoras para realização de exame do controle do câncer.
Daniela Reis (Agência CLDF)