Publicador de Conteúdos e Mídias

Audiência pública debate preservação de área próxima à Ponte JK

Publicado em 21/05/2009 16h02
Terminou com sugestão de tombamento da Ponte JK a audiência pública realizada na manhã de hoje (21) para discutir a destinação de lote no Lago Sul para a construção de um shopping. O debate foi uma iniciativa da deputada Erika Kokay (PT) e contou com a participação da deputada Jaqueline Roriz (PSDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, de representantes do GDF e da comunidade local.

O que os moradores querem, e para isso tiveram o apoio das duas parlamentares, é que seja preservada, como parque ecológico, a área que compreende os lotes B da QL-24 e F da QI-25. De acordo com documento da Prefeitura Comunitária do Lago Sul entregue à Comissão por Edilamar Batista, os dois lotes formam uma unidade ambiental, cortada pelos córregos Sagui e Rasgado com respectivas matas ciliares.

A venda do lote B da QL-24 já foi deflagrada pela Terracap, mas a licitação foi suspensa por conta de uma pendência judicial. Para a preservação seria necessária mudança na destinação do lote, tornando-o "área de uso comum do povo". Natanry Osório, da Associação Moradores Lindeiros Amigos Cangerana (Amlac) - do Lago Sul, lembrou que a Ponte JK é o terceiro ponto mais visitado por turistas em Brasília.
 Do lote em questão, lembrou outra moradora, é que se tem a vista mais bonita da ponte, cartão postal premiado internacionalmente.

A arquiteta Tânia Batela, da seção brasiliense do Instituto de Arquitetura do Brasil (IAB), alegou que o GDF descumpre a Lei Orgânica do DF e a legislação federal que determinam a realização de audiências públicas para alterações de uso em área residencial. "É uma área muito nobre para ser usada comercialmente" frisou Carlos Lombardi, da Associação dos Moradores da QI-25 do Lago Sul, que fez coro aos pedidos para que o local seja usado para entretenimento, lazer e contemplação da ponte e da natureza.

A arquiteta Rosemay Pimentel, representante da Terracap, esclareceu que a empresa apenas executa a venda, não sendo responsável pelo planejamento do uso. O coronel Aurélio Mattos Filho, representando o vice-governador Paulo Octávio, prometeu marcar uma reunião do vice com representantes dos moradores do Lago Sul, ganhando adesão da assessora da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do DF, Kelen Cristina Stuckert, garantindo a presença da Secretaria na reunião.

Partiu da deputada Erika Kokay a idéia de se trabalhar com a perspectiva de tombamento da Ponte JK. Acatando sugestão de uma moradora, ela disse que iria solicitar a inclusão não só do tombamento, mas também a criação do pretenso parque ecológico no calendário do 50º aniversário de Brasília, em abril de 2010. "Essa é uma luta supra-partidária", confirmou Jaqueline Roriz.

Mais notícias sobre