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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Portarias 360/2025

Gabinete da Mesa Diretora

 

Portaria-GMD Nº 360, DE 25 DE agosto DE 2025

O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de 2017, considerando o Despacho (2291265) e as demais razões apresentadas no Processo SEI 00001-00033913/2025-41, RESOLVE:

Art. 1º Autorizar a utilização do auditório da CLDF, sem ônus, para a realização da Sessão Solene em Homenagem ao Dia do Técnico Industrial, no dia 23 de setembro de 2025, das 19h às 22h.

Parágrafo único. O evento será coordenado pela servidora Karinna Karlla Queiroz Santos, matrícula 22.770, que será responsável por entregar o espaço nas mesmas condições que o recebeu.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

 

 

JOÃO MONTEIRO NETO

Secretário-Geral/Presidência

 

 

JOÃO TORRACCA JUNIOR

Secretário-Executivo/1ª Vice-Presidência

JEAN DE MORAES MACHADO

Secretário-Executivo/2ª Vice-Presidência

 

 

BRYAN ROGGER ALVES DE SOUSA

Secretário-Executivo/1ª Secretaria

ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES

Secretário-Executivo/2ª Secretaria

 

 

RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA

Secretário-Executivo/3ª Secretaria

GUILHERME CALHAO MOTTA

Secretário-Executivo/4ª Secretaria


logotipo

Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr. 21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 25/08/2025, às 19:24, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por JEAN DE MORAES MACHADO - Matr. 15315, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 09:37, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por GUILHERME CALHAO MOTTA - Matr. 24816, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 12:14, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por BRYAN ROGGER ALVES DE SOUSA - Matr. 23698, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 13:58, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 14:25, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 14:35, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da Mesa Diretora, em 26/08/2025, às 18:13, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Portarias 362/2025

Gabinete da Mesa Diretora

 

Portaria-GMD Nº 362, DE 25 DE agosto DE 2025

O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de 2017, considerando o Despacho (2291327) e as demais razões apresentadas no Processo SEI 00001-00034041/2025-38, RESOLVE:

Art. 1º Autorizar a utilização do auditório da CLDF, sem ônus, para a realização de Entrega da Medalha do Mérito Comunitário da Secretaria de Atendimento à Comunidade do GDF, no dia 30 de outubro de 2025, das 8h às 13h.

Parágrafo único. O evento será coordenado pela servidora Tatiana Rodrigues Drumond, matrícula 22.156, que será responsável por entregar o espaço nas mesmas condições que o recebeu.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

 

JOÃO MONTEIRO NETO

Secretário-Geral/Presidência

 

 

JOÃO TORRACCA JUNIOR

Secretário-Executivo/1ª Vice-Presidência

JEAN DE MORAES MACHADO

Secretário-Executivo/2ª Vice-Presidência

 

 

BRYAN ROGGER ALVES DE SOUSA

Secretário-Executivo/1ª Secretaria

ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES

Secretário-Executivo/2ª Secretaria

 

 

RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA

Secretário-Executivo/3ª Secretaria

GUILHERME CALHAO MOTTA

Secretário-Executivo/4ª Secretaria


logotipo

Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr. 21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 25/08/2025, às 19:24, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por JEAN DE MORAES MACHADO - Matr. 15315, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 09:37, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por GUILHERME CALHAO MOTTA - Matr. 24816, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 12:14, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por BRYAN ROGGER ALVES DE SOUSA - Matr. 23698, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 13:58, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 14:25, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 14:35, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da Mesa Diretora, em 26/08/2025, às 18:13, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Portaria-GMD Nº 362, DE 25 DE agosto DE 2025 O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de 2017, considerando o Despacho (2291327) e as demais razões apresentadas no Processo SEI 00001-000340...
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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Portarias 363/2025

Gabinete da Mesa Diretora

 

Portaria-GMD N.º 363, de 26 de agosto de 2025

O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições regimentais e nos termos do Ato da Mesa Diretora n.º 182/2025, RESOLVE:

 

Art. 1º Aprovar o(s) seguinte(s) Requerimento(s) de Sessão Solene:

 

Requerimento

Autoria 

                                       Assunto

2.217/2025

Dep. Eduardo Pedrosa

Requer a realização de Sessão Solene em homenagem aos 50 anos de fundação da Sociedade Esportiva do Gama.

2.219/2025

Dep. Gabriel Magno

Requer a realização de Sessão Solene para entrega do 3° Prêmio Paulo Freire de Educação da Câmara Legislativa do Distrito Federal. 

2.220/2025

Dep. João Cardoso

Requer a realização de Sessão Solene para homenagear as Equipes de Nossa Senhora.

 

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

 

 

joão monteiro neto

Secretário-Geral/Presidência

 

JOÃO TORRACCA JUNIOR

Secretário Executivo/Primeira Vice-Presidência

JEAN DE MORAES MACHADO

Secretário Executivo/Segunda Vice-Presidência

bryan rogger alves de sousa

Secretário Executivo/Primeira Secretaria

ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES

Secretário Executivo/Segunda Secretaria

RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA

Secretário Executivo/Terceira Secretaria

GUILHERME CALHAO MOTTA

Secretário Executivo/Quarta Secretaria


logotipo

Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr. 21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 11:46, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por BRYAN ROGGER ALVES DE SOUSA - Matr. 23698, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 13:59, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 14:26, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 14:35, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por GUILHERME CALHAO MOTTA - Matr. 24816, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 17:04, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por JEAN DE MORAES MACHADO - Matr. 15315, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 18:47, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da Mesa Diretora, em 26/08/2025, às 19:45, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Portarias 353/2025

Diretoria de Gestão de Pessoas

 

Portaria-Dgp Nº 353, de 26 DE agosto DE 2025

A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 5º da Portaria nº 381/2024 do Gabinete da Mesa Diretora, tendo em vista o que estabelecem os artigos nº 139 e 140 da Lei Complementar nº 840/2011, alterados pela Lei Complementar nº 952/2019, e o que consta no Processo nº 00033981/2025-18, RESOLVE:

 CONCEDER à servidora RAFAELA SPOSITO MOLETTA, matrícula nº 22.843-50, ocupante do cargo efetivo de Analista Legislativo, categoria Analista Legislativo, 3 (três) meses de licença-servidor, referentes ao período aquisitivo de 3/2/2020 a 3/2/2025 a serem usufruídos até 8/7/2029.

 

EDILAIR DA SILVA SENA

Diretora de Gestão de Pessoas


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Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão de Pessoas, em 26/08/2025, às 17:07, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Portaria-Dgp Nº 353, de 26 DE agosto DE 2025 A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 5º da Portaria nº 381/2024 do Gabinete da Mesa Diretora, tendo em vista o que estabelecem os artigos nº 139 e 140 da Lei Complementar nº 840/...
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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Portarias 356/2025

Diretoria de Gestão de Pessoas

 

Portaria-DGP Nº 356, de 26 de agosto DE 2025

A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo inciso III do art. 1º da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da Mesa Diretora; tendo em vista o Laudo da Junta Médica Oficial da CLDF (2262826); e o que consta no Processo nº 00001-00026416/2025-96, RESOLVE:

CONCEDER, a partir de 23 de abril de 2025, a isenção do Imposto de Renda dos proventos do servidor inativo IVALDO FONTENELE MAGALHÃES, matrícula 11.180, com fundamento no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/1988 c/c o art. 35, inciso II, alínea "b" Decreto nº 9.580/2018.

 

edilair da silva sena

Diretora de Gestão de Pessoas


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Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão de Pessoas, em 26/08/2025, às 18:33, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Portaria-DGP Nº 356, de 26 de agosto DE 2025 A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo inciso III do art. 1º da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da Mesa Diretora; tendo em vista o Laudo da Junta Médica Oficial da CLDF (2262826); e o q...
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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 65/2025

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA
65ª SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 19 DE AGOSTO DE 2025.
INÍCIO ÀS 15H52 TÉRMINO ÀS 18H51

PRESIDENTE DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD) – Sob a proteção de Deus, iniciamos os
nossos trabalhos.
Sobre a mesa, expediente que será lido por mim.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD) – Suspendo os trabalhos por 20
minutos.
(Os trabalhos são suspensos.)
PRESIDENTE DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD) – Reabro os trabalhos.
Suspendo os trabalhos por mais 25 minutos.
(Os trabalhos são suspensos.)
(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Reinicio os trabalhos. Está aberta a
sessão.
Boa tarde a todas e a todos. Sejam bem-vindos à Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Conforme deliberado na reunião com todos os deputados, teremos um único item de pauta, em
princípio.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Presidente, sei que acabamos de chegar a uma deliberação.
Aproveitando que o doutor Márcio Wanderley se faz presente neste plenário, solicito inversão de pauta
para já votarmos a indicação dele à Procuradoria-Geral do Distrito Federal. Ele está aqui aguardando.
Solicito que essa votação não fique para a semana que vem. Não garantimos a que horas vai terminar
esta sessão. Ele precisa seguir os trabalhos com a Procuradoria.
Solicito que façamos inversão de pauta e votemos logo a indicação do doutor Márcio Wanderley
à Procuradoria-Geral do Distrito Federal. Depois, faremos seguir os trabalhos.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Deputado Max Maciel, isso já foi
discutido. Eu preciso da orientação do líder do governo com relação a isso. São 2 itens de interesse do
governo. Solicito que o líder do governo se manifeste com relação a isso.
Conforme foi deliberado, faremos o comunicado de líderes. Na sequência, passaremos à ordem
do dia. São 2 itens. Só precisamos definir a ordem deles.
Eu gostaria de saber a posição do líder do governo. (Pausa.)
Fui informado de que devemos manter a pauta da maneira como ela está. O primeiro item será
o extrapauta, referente à aquisição do Banco Master. O segundo item de pauta será a indicação do
procurador Márcio Wanderley, que votarei com o maior gosto.
Márcio, quero manifestar e registrar toda a minha alegria e a minha felicidade. Se Deus quiser,
sairemos daqui ainda hoje com a aprovação da sua indicação. Não tenho dúvida nenhuma de que a
Procuradoria tem servidores, procuradores e analistas preparadíssimos. Se a Procuradoria for gerida
por você, sem dúvida nenhuma, haverá um grande ganho.
Fica o nosso registro de agradecimento por todo o trabalho que você fez à frente da
consultoria. Parabéns! Temos orgulho de contar com servidores da sua capacidade. Agora, você irá
servir exatamente seus colegas, seus pares. Estou vendo amigos, como o Neto, o Helder. Cumprimento
o Valenza – é um prazer em tê-lo conosco – e todos os nossos amigos procuradores presentes.
Desculpem-me, não consigo enxergar todos, mas deixo, mais uma vez, o nosso registro.
Conforme orientação do líder do governo, a pauta está mantida. Vamos iniciar o comunicado
de líderes.
Peço a colaboração de todos os colegas deputados. Não existe a possibilidade – ao menos na
minha gestão – de qualquer colega ser atropelado em seu direito de falar. Porém, eu gostaria que
houvesse também a contribuição. Da mesma maneira que respeito todos os colegas, eu gostaria de
que a presidência também fosse respeitada com o cumprimento do tempo.
Já fui deputado de oposição com muito prazer, num governo que acabou com Brasília – eu era
o líder do governo. Tenho muito prazer em registrar isso. Sempre respeito a oposição e hoje não será
diferente. Apenas pedimos a colaboração quanto ao tempo regimental de cada colega.
Dá-se início ao comunicado de líderes.
Concedo a palavra ao deputado Iolando.
DEPUTADO IOLANDO (MDB. Como líder.) – Presidente, quero apenas destacar a importância
da reunião de hoje. Pela manhã, realizamos uma audiência pública, na qual sabatinamos o doutor
Márcio Wanderley, indicação que foi aprovada. Logo após, houve a reunião da Comissão de
Constituição e Justiça, que aprovou o nome do novo procurador-geral do Distrito Federal, doutor
Márcio Wanderley.
Quero parabenizá-lo e cumprimentar todos os procuradores do Distrito Federal, pela
importância que eles têm para o Distrito Federal na arrecadação e em todo o trabalho realizado.
Também quero destacar a atuação e a presença do presidente do BRB, doutor Paulo Henrique,
que tem trabalhado de forma exemplar para o Distrito Federal. Em 2019, recebemos uma indicação
sobre a possível extinção do Banco Regional de Brasília, que depois se tornou Banco de Brasília.
Na época, durante o nosso primeiro mandato – a primeira gestão de vários colegas
parlamentares também –, recebemos essa proposta de extinção do então Banco Regional de Brasília.
Analisamos com muito cuidado a possibilidade de não extinguir o banco. O Paulo Henrique, atual
presidente do BRB, apresentou uma proposta para salvar o banco, que estava sucateado, endividado,
entre outros problemas. O Paulo Henrique, com toda a sua equipe, apresentou uma proposta de
recuperação. Hoje, há várias agências espalhadas por todo o Distrito Federal e por todo o país, que
fazem uma representação gigantesca.
Há um pedido a ser feito ao Paulo Henrique e até mesmo ao Governo do Distrito Federal para a
possível anistia àqueles que realmente têm as suas complicações.
Mais uma vez, o Paulo Henrique veio a esta casa apresentar resposta a todos sobre a
possibilidade da compra desse novo Banco Master, que trará para o Distrito Federal uma marca
nacional.
Ficamos bastante felizes com o que ele apresentou a todos os deputados. Os deputados
fizeram ao Paulo Henrique 5, 10, 20 perguntas, e ele, com muita sabedoria, inteligência e
conhecimento da causa econômica do Distrito Federal, apresentou todas as possíveis condições de que
o banco realmente fará muito bem a todos os brasilienses.
Quero deixar claro, presidente, o quanto significa para nós, nesta casa, votarmos hoje um
projeto de suma importância como esse.
Essa é a minha participação, presidente.
Obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Iolando.
Concedo a palavra ao deputado Rogério Morro da Cruz. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder.) – Presidente, daqui a pouco será discutido e
debatido esse projeto que trata da aquisição do Banco Master. Nós sustentamos, desde o primeiro
momento, que o projeto tinha que passar pela Câmara Legislativa.
Nós acionamos a consultoria desta casa, que deu um parecer memorável, sobre a necessidade
de o projeto passar por aqui. O governo não quis atender àquela determinação. Houve outro parecer
da Procuradoria da Câmara Legislativa dizendo que o projeto não deveria passar pela casa, mas nós
sustentamos que deveria passar. O Ministério Público foi à justiça. Agora há a garantia de que o
projeto tem que passar por aqui. Se ele não passasse por esta casa, deputado Wellington Luiz, a
Câmara Legislativa estaria abrindo mão de direitos, de poder.
O projeto chegou a esta casa – como dizemos lá no interior do Maranhão – pior do que a
encomenda. O projeto, da maneira como estavam redigidos o primeiro e o segundo artigo,
transformava o BRB em um grande bazar, sem precisar de autorização de ninguém. Inclusive, ativos no
exterior poderiam ser comprados sem passar pela avaliação do Poder Legislativo. Que ativos seriam
comprados no exterior?
Eu, o deputado Ricardo Vale e o deputado Gabriel Magno – da bancada do Partido dos
Trabalhadores – acionamos o que temos de melhor na Câmara Legislativa, que é o nosso assessor
Willemann. Ele não gosta que digamos isso, mas ele é altamente respeitado. Preparamos uma emenda,
suprimindo o art. 1º e o art. 2º, deixando o atual projeto limitado a essa única aquisição do Banco
Master por parte do BRB.
Conversamos com o líder do governo e com o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, que está
aqui, e a nossa emenda foi acatada. Acabou o bazar. Volta a ser o BRB. A emenda está acatada e será
aprovada, mas, com a honestidade que me é peculiar, deputado Ricardo Vale, eu disse para o
secretário Gustavo Rocha: “Muito bem. Vocês acataram a emenda, mas, mesmo assim, nós vamos
contra”. É questão de princípio votar contra essa aquisição que está sendo feita. Portanto, a nossa
posição é no sentido de votar contra o projeto. Vamos provar, lá na frente, que nós estávamos corretos
na votação que faremos hoje, daqui a pouco.
O presidente Paulo Henrique me falava: “O banco está crescendo, vai crescer mais, estamos
dando até uma boa participação nos lucros para os servidores”. Ele disse que alguns vão receber até
R$20 mil de participação nos lucros. E isso demonstra a importância que tem um ente público, à
diferença do ente privado. Enquanto o BRB vai dar essa participação nos lucros, porque o pessoal
trabalha bastante e merece, verifiquem o que os bancos privados estão fazendo com os funcionários.
Vejam o Itaú, o BMG e outros bancos que estão por aí, vejam a exploração a que os bancários são
submetidos.
Presidente deputado Wellington Luiz, que bom que o governo acatou nossas emendas e limitou
o projeto! Mas, mesmo assim, a orientação é para que a nossa bancada vote contra.
Obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Chico Vigilante, que
cumpriu rigorosamente o tempo previsto.
Concedo a palavra ao deputado Roosevelt. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (Bloco PSOL-PSB. Como líder.) – Presidente, deputados, eu estou há
pouco tempo no Legislativo – há 6 anos e 8 meses, 7 anos em dezembro. Não é novidade que os
projetos chegam com uma gordura, para serem limpados aqui. Os projetos de lei já chegam com essa
gordura para depois o governo dizer que está resolvendo o problema. É um fato, é uma estratégia
política. O projeto chegou muito ruim, para ser votada uma coisa horrorosa, mas foi tirada uma
coisinha ou outra. Isso não resolve o problema do projeto.
Eu queria dizer para vocês que, na Câmara Legislativa, eu nunca votei em um escândalo e uma
lambança desse tamanho. O que nós estamos votando hoje é um projeto sobre o qual nós não temos
qualquer informação. Qualquer deputado que disser que vai votar com documentos comprobatórios,
com tabelas, com números não está falando a verdade, porque isso não foi juntado no processo.
Não foram passados para a Câmara Legislativa todos os documentos e toda a transparência em
relação a essa operação financeira. O que nós sabemos é aquilo que saiu na imprensa, o que nós
sabemos é o que vimos no PowerPoint do presidente Paulo Henrique, que ele apresentou ali agora
para os deputados. São as informações. Por mais credibilidade que o PowerPoint do presidente tenha,
por mais credibilidade que a fala de um secretário tenha, o Legislativo não pode funcionar dessa forma.
A função do Legislativo não é carimbar aquilo que o Executivo quer. Pensem comigo,
deputados, cada deputado e deputada que está aqui foi eleito pela população do Distrito Federal, para
olhar com precisão, seriedade os processos legislativos. Nós não estamos nesta casa para votar aquilo
que o governo quer, nós temos que votar com dados, com transparência.
Isso tem um impacto enorme para a população do Distrito Federal. Esses, deputados, são os
nossos chefes. O nosso chefe não é o governador; por melhor que seja, o nosso chefe não é o
presidente da Câmara Legislativa; o nosso chefe é o povo do Distrito Federal. Esse é o nosso chefe.
Não há como votar um projeto como este, às cegas, sem informação, sem dados, de um banco – eu
não preciso dizer isso – que não tem credibilidade. Não há quem defenda o Banco Master, em razão da
agressividade e da falta de transparência com que ele atuou no mercado. Todo mundo fala dos ativos
podres, do capital fictício que esse banco apresenta. Agora o BRB está trazendo isso para a nossa
Brasília, para a nossa cidade.
Se essa operação der errado, quem vai pagar a conta não é o Ibaneis, não é a Celina, não é o
presidente Paulo Henrique. Se essa operação der errado, quem vai pagar a conta é a população.
Nós temos que saber disso! O nosso banco é público e tem que atender ao interesse público,
que é o interesse do povo do Distrito Federal.
Eu estou verdadeiramente envergonhado por votar essa matéria hoje. Para vocês terem noção,
esse projeto foi protocolado na Câmara Legislativa na quinta-feira. A decisão judicial para que ele
tramitasse nesta casa não tinha sido sequer publicada. Ela foi publicada no domingo. O projeto foi
protocolado na Câmara Legislativa, e hoje nós vamos deliberar sobre esse tema sem saber o que
estamos votando!
Os deputados vão subir e vão dizer que o BRB é lindo, que o BRB dá crédito para as pessoas,
que o BRB está em tal e tal cidades. Isso é palavra – palavra! Não há documento comprobatório de
que essa operação é boa para o interesse público e para a população do Distrito Federal. Isso é
inaceitável!
Nós precisamos nos levantar como parlamentares, como órgão de fiscalização, como órgão que
realmente trabalha pelo interesse da população desta cidade. Obviamente isso é complexo, mas não
temos condição sequer de avaliar o mérito da matéria, porque todos os números que nós conhecemos
são os números falados pelos gestores e representantes do GDF. Nada foi comprovado.
Eu realmente tenho vergonha, nesses 7 anos de Câmara Legislativa, de votar uma matéria
como essa a toque de caixa, sem transparência, sem informação. Eu não voto!
Essa estratégia de tirar os artigos que já vieram para cair, para votar o projeto, dizendo que
assim é melhor, não cola! Não a essa operação! (Palmas.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Fábio Félix, que,
mais uma vez, cumpre rigorosamente o tempo.
Concedo a palavra ao deputado João Cardoso.
DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE) – Presidente, tenho a honra de passar a palavra ao
deputado Pepa e parabenizar o deputado como nosso líder na cidade.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra ao deputado Pepa.
DEPUTADO PEPA (Bloco A Força da Família. Como líder.) – Boa tarde a todos e a todas.
Presidente, eu gostaria de registrar que hoje a cidade-mãe do Distrito Federal faz 166 anos:
“Planaltina, cidade pioneira, velho berço de um novo porvir, foi em ti que a nação brasileira viu Brasília
nascer a sorrir”.
É lá que está a Pedra Fundamental, o centro do Brasil, o primeiro patrimônio do Distrito
Federal. É lá que está o Morro da Capelinha, onde a fé é demonstrada. É lá que está o Vale do
Amanhecer, com toda a sua espiritualidade. É lá que acontece a Festa do Divino Espírito Santo e a
Cruzada Evangelística.
Planaltina é uma cidade acolhedora, com seus casarios do tempo colonial. Hoje buscamos o
melhor para o seu dia a dia: melhor saúde, melhor saneamento e melhor estrutura para sua população.
Essa é a Planaltina que completa 166 anos, a região norte em expansão. Parabéns, Planaltina, pelos
seus 166 anos!
É com muita honra que, desde que cheguei ao Distrito Federal, moro no mesmo bairro, Vila
Vicentina, o segundo bairro mais antigo de Planaltina. Parabéns à cidade que me acolheu e sempre me
respeitou!
Obrigado a todos.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Pepa. Parabéns! Na
sua pessoa, parabenizo todos os moradores de Planaltina, cidade realmente maravilhosa, cuja história
se confunde com a história do Distrito Federal.
Quero agradecer as palavras proferidas a mim pelo apoio à Polícia Penal. Obrigado. Parabéns!
Precisamos muito de vocês. Conheço o sistema penitenciário como poucos. A chegada de vocês será
um alento. Não é tudo, porque precisamos contratar pelo menos 600 servidores. Mas serão 150 neste
ano, e lutaremos, conforme acordado ontem, em reunião, pelos demais. Isso é importante para
garantir segurança tanto ao sistema prisional quanto à população do Distrito Federal. Muito obrigado
pela presença de cada um de vocês.
Vamos trabalhar também para que os aprovados no concurso do BRB sejam chamados. Vocês
merecem. Muito obrigado pela lembrança.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder.) – Boa tarde, presidente. Que Deus
nos abençoe!
Acredito que este plenário, desde que iniciamos as votações do segundo semestre, nunca
esteve tão cheio. Quero parabenizar todos os presentes, as pessoas que estão defendendo, sim, o BRB,
que é um banco nosso, de Brasília e do Brasil. Precisamos garantir transparência nesse projeto.
Presidente, vossa excelência falou da Polícia Penal, e quero também ressaltar a importância
desses profissionais. Gostaríamos que não houvesse necessidade desse trabalho para termos uma
sociedade mais segura, mas vocês são fundamentais para manter a segurança de todos nós.
Há pessoas presentes pedindo também a nomeação para o Iprev, um instituto que cuida dos
servidores aposentados do nosso Distrito Federal. Infelizmente, como presidente da Comissão de
Fiscalização e Transparência, nós verificamos que, na gestão do Iprev, houve prejuízos aos servidores
do Distrito Federal por falta de transparência e de boas opções para os investimentos dos servidores
aposentados, que contribuíram para o Distrito Federal.
A compra do BRB, que pretendem realizar agora – digo a todos os servidores públicos e para
os aposentados –, trará um impacto. O Iprev detém 16% das ações do BRB. Então, se essa compra
não der certo, quem vai pagar a conta serão os servidores e os aposentados. Não tivemos tempo hábil
para conversar e entender esse projeto.
Eu fiz mais de 70 perguntas, deputada Dayse Amarilio, ao presidente do BRB, quando ele
esteve aqui, e não obtivemos respostas. Agora o projeto chega à casa por determinação da justiça, não
por iniciativa do governo, para que houvesse participação popular. A participação popular, de fato, não
ocorreu. Trata-se de uma imposição judicial. Este projeto não está aqui porque entenderam que nós
deveríamos participar, mas porque a justiça determinou. E, quando chega o momento de participarmos
– nós, população –, o que acontece é uma tentativa de aprovação “goela abaixo”.
Eu tinha várias perguntas para fazer, mas cada parlamentar teve apenas 10 minutos para se
manifestar, pois não haveria tempo hábil antes da votação. Nós não podemos aceitar isso! Está em
risco, sim, o direito dos servidores, mas está em risco, principalmente, o banco que traz benefícios para
o Distrito Federal e que é a cara de Brasília.
Registro minha indignação por ter que votar um projeto no escuro. Mesmo que meu voto seja
contrário, não estará correto deliberarmos sem o devido debate, sem transparência e sem os
esclarecimentos necessários. Deixo registrado, presidente, que não estou confortável em votar um
projeto que não foi amplamente discutido nas comissões competentes desta casa.
Aproveito os minutos que me restam, presidente, para trazer outro assunto importantíssimo.
Há algumas semanas, foi falado aqui sobre a adultização das nossas crianças, mas quero abordar a
questão da sexualização infantil. Não podemos permitir que isso aconteça, principalmente quando
vemos que quem promove essa sexualização e lucra com ela são, muitas vezes, os próprios pais. Não
há justificativa para isso.
Na semana passada, houve um evento da Procuradoria Especial da Mulher sobre feminicídio.
Neste ano, 13 mulheres foram assassinadas no Distrito Federal. Muitas crianças e muitos jovens
relataram casos de sexualização dentro da própria família. Esse é um tema que a Câmara Legislativa
precisa debater e enfrentar. Adultização é sinônimo de sexualização, e nós somos contra qualquer tipo
de mecanismo que traga vulnerabilidade às nossas crianças. Criança tem que ser criança.
Obrigada, presidente. (Palmas.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.
Agradeço o cumprimento de seu tempo de fala, assim como as suas palavras, principalmente no que
diz respeito às nossas crianças.
Obrigado, deputada. Parabéns.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder.) – Presidente, boa tarde. Boa tarde a todos
os presentes neste plenário, hoje cheio. Boa tarde a quem está nas galerias, em luta por um DF mais
justo, por um DF mais democrático. (Palmas.)
Nós vamos viver agora, presidente, uma página triste e lamentável da história política da
capital da República. Vamos viver um misto de arrogância, um misto de desprezo ao debate
democrático e um misto de entrega do patrimônio público desta cidade.
Eu inicio lamentando e repudiando profundamente a fala de agora há pouco do governador
Ibaneis no ato da federação União Brasil e PP. Quero saudar os parlamentares que fazem parte dessa
federação, mas repudiar profundamente a fala do governador Ibaneis.
Vou abrir aspas para a fala do governador Ibaneis. “Nós não estamos vivendo uma plena
democracia no Brasil. O que nós estamos vivendo tem um pouco de ditadura do judiciário.” Fecho
aspas.
É um absurdo o governador da capital do país, que tirou uma soneca no dia 8 de janeiro e
permitiu a tentativa de golpe de Estado, dizer agora que nós não vivemos uma democracia. Quem não
gosta de democracia é o governador Ibaneis. Não gosta! Tentou atacar a democracia várias vezes,
tenta fazer acordo político com os golpistas, tenta se aliar aos entreguistas que estão querendo vender
o Brasil aos Estados Unidos.
Agora, ele desrespeita esta casa legislativa, que aprovou com uma proposta de emenda à lei
orgânica com os votos dos parlamentares, num processo absurdo de tentar salvar o amigo do
governador, que é sócio do Banco Master. Este que é o debate central hoje.
O governador Ibaneis utiliza seu cargo e sua influência para colocar o BRB – patrimônio desta
cidade, cuja Lei Orgânica diz estar a serviço do desenvolvimento econômico, social e ambiental do DF –
a serviço de salvar um amigo, sócio de um banco todo enrolado. Trata-se de um banco falido, que
recorre a mecanismos de alavancagem no mercado, a empréstimos cuja garantia é feita por terrenos e
a processos duvidosos e que está sendo investigado criminalmente pela Polícia Federal e pelo Ministério
Público Federal.
O que será votado hoje, meus caros colegas e quem está assistindo a esta sessão, é a
autorização desta casa para um processo conduzido sem nenhum estudo, sem o cumprimento da lei
por parte do governo, sem dados técnicos e sem mudanças na lei orçamentária, como prevê a
legislação, mas sim explicado por um slide, por um arquivo de Powerpoint do presidente do BRB.
Eu quero até saudar o Paulo Henrique por ter vindo a esta casa, mas a portas fechadas. Eu
queria que o presidente do BRB estivesse aqui numa audiência pública para também prestar
esclarecimentos para a sociedade. Nós estamos falando de um banco cujo maior acionista é o povo do
Distrito Federal.
Nós estamos confiando em um arquivo de Powerpoint. Não temos informações, pelo contrário:
o que nós temos de informação concreta é que o Banco Master está envolvido com os piores tipos de
negócio no mercado financeiro e está sendo investigado agora criminalmente pela Polícia Federal.
É desta democracia que parece que o governo Ibaneis gosta: a democracia do trator, da falta
de diálogo, de usar um banco público para salvar os interesses privados dos amigos. Parece que é essa
a democracia.
Eu lamento e repudio profundamente a declaração do governador e a sua intransigência de
querer aprovar isso sem nenhuma explicação para a sociedade do Distrito Federal. Nós pedimos 1
semana a mais, para termos acesso aos dados, às informações, e dialogar com a cidade. Este é um
Distrito Federal que está vivendo o caos da saúde, o caos da educação, o caos da segurança, o caos da
assistência social. Nós vamos votar contra o projeto e vamos continuar defendendo esta cidade, o BRB,
os seus servidores e o povo do Distrito Federal.
O PT, hoje, presidente, vota contra essa vergonha e esse absurdo de entregar o BRB para
salvar um amigo enrolado do governador.
Obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado.
Quero, publicamente, agradecer a presença ao nosso secretário-chefe da Casa Civil, doutor
Gustavo Rocha, reconhecido, inclusive pela oposição, como o mais importante interlocutor do Palácio
do Buriti. Obrigado, Gustavo! Você tem desempenhado um papel importantíssimo nesta casa. Da
mesma maneira, agradeço ao presidente do BRB, doutor Paulo Henrique. Obrigado pela presença. Eu
me senti contemplado com as suas respostas.
Então, na sua pessoa, agradeço a todos os membros do Banco de Brasília presentes para
ajudar na construção de uma solução para esse projeto. Obrigado.
Concedo a palavra ao deputado Hermeto. (Pausa.)
Encerramos o comunicado de líderes.
Dá-se início ao comunicado de parlamentares.
Conforme acordado, passaremos à ordem do dia.
Dá-se início à ordem do dia.
(As ementas das proposições são reproduzidas conforme ordem do dia disponibilizada pela Secretaria
Legislativa; as dos itens extrapauta, conforme PLe.)
Consulto os líderes sobre existência de acordo para superarmos o sobrestamento decorrente
dos vetos e apreciarmos as demais matérias das sessões ordinária e extraordinária. (Pausa.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, não há acordo para o sobrestamento. Eu
gostaria que vossa excelência consultasse todos os líderes sobre o tema, por favor.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD) – Presidente, reforço o pedido para a inclusão
extrapauta do Projeto de Lei nº 1.882/2025, que diz respeito ao BRB.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB) – Presidente, como temos esse cuidado de que não seja
gerada uma judicialização, quero apenas deixar registrado que estou com a consultoria legislativa desta
casa, feita pela Patricia Duboc e pelo Alexandre Lopes. Nela consta que é preciso se observar a Lei de
Diretrizes Orçamentárias para 2025, que estabelece exigências para a deliberação de projetos dessa
natureza. “Os projetos que solicitam autorização para que as empresas públicas e sociedades de
economia mista do Distrito Federal participem de capital de outras empresas somente podem ser
deliberados se acompanhados de estudos que comprovem a viabilidade técnica, econômica e financeira
da parte.”
Já que recebemos alguns dados oficiais às 16 horas e 30 minutos, os quais têm mais de 30
páginas, venho solicitar novamente, com base nesse artigo, que retiremos esse projeto de pauta, para
que possamos apreciá-lo, presidente. Seria essa a minha solicitação.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputada.
Conforme acordado, há pouco, na reunião dos deputados, pela maioria e não por unanimidade,
ficou deliberada a análise do projeto que trata da questão do BRB. Portanto, o projeto está mantido
como item extrapauta.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Presidente, não sei se vossa excelência quer deliberar sobre
o encaminhamento do deputado Fábio Félix, referente à consulta aos líderes sobre o sobrestamento
dos vetos.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Sim, mas vossa excelência pode falar.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Presidente, baseio-me no art. 146, § 3º, combinado com o
art. 163 do nosso Regimento Interno. O projeto chegou na quinta-feira e foi distribuído às comissões
no mesmo dia. Foi aberto o processo de emenda antes mesmo de ter sido publicado o prazo de
emendas, mas o projeto só foi lido hoje, presidente. Houve o acordo no Colégio de Líderes – nós
votamos contrariamente à apreciação da matéria –, mas estamos alertando que o projeto não seguiu o
rito regimental. O projeto foi apresentado na quinta-feira e distribuído para as comissões no mesmo
dia, o que é contrário ao que versa o nosso Regimento Interno, com base no art. 146, § 3º, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado.
Diversas vezes ocorreram situações semelhantes, em que houve a discussão e a deliberação
por parte dos deputados e em que, por se tratar de um projeto de regime de urgência, nos foi
permitido fazer a discussão e a votação do projeto.
O deputado Fábio Félix pediu que consultássemos os líderes com relação ao sobrestamento.
Consulto os líderes sobre existência de acordo para superarmos o sobrestamento decorrente
dos vetos e apreciarmos as demais matérias.
Consulto o líder do MDB, deputado Iolando, se há acordo para sobrestar os 151 vetos.
DEPUTADO IOLANDO (MDB. Como líder.) – Presidente, de acordo.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Iolando, que está de
acordo, com 6 deputados.
Consulto o deputado Rogério Morro da Cruz.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (Bloco União Democrático. Como líder.) – De acordo.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Consulto o deputado Chico Vigilante,
líder do Partido dos Trabalhadores.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder.) – Presidente, havia 13 pessoas assistindo a
nós por meio da TV Câmara Distrital. Agora há 40 pessoas, mas acho que há muito mais, além do
pessoal que está na galeria.
É importante falar como funciona esta casa. Se a maioria delibera pela apreciação de um
projeto, ele vai à votação. Nós da oposição somos 6 deputados. Portanto, só conseguimos barrar
alguma coisa aqui quando conseguimos o apoio da maioria. É assim que funcionam as coisas e isso
nunca foi diferente.
Vossa excelência sabe que eu não tenho por prática expor deputados. Já estou na casa há
muito tempo. Mas vou pedir que a nossa bancada siga no sentido de derrubar todos os vetos para
poder votar o projeto.
É importante que fique claro que não tiramos qualquer gordurinha do projeto. Nós tiramos,
presidente deputado Wellington Luiz, algo fundamental, que estava disposto no art. 1º e no art. 2º do
projeto. Se isso fosse mantido na lei – e o governo tem maioria para mantê-lo –, nunca mais passaria
por esta casa nada com relação ao BRB. Portanto, só foi possível tirá-lo do projeto em função da
credibilidade das negociações que fazemos, deputado Ricardo Vale. Por isso que o tiramos.
Nós vamos seguir no sentido da derrubada de todos os vetos para, depois, votarmos os
projetos.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Chico Vigilante. Sua
excelência não está de acordo com o sobrestamento.
Consulto o deputado Roosevelt, líder do PL.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Como líder.) – De acordo.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – O deputado Roosevelt está de acordo
com o sobrestamento dos vetos.
Consulto o deputado Fábio Félix sobre existência de acordo para superarmos o sobrestamento
decorrente dos vetos e apreciarmos as demais matérias.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (Bloco PSOL-PSB. Como líder.) – Presidente, se esta fosse somente
uma casa de maioria estabelecidas, não haveria um regimento interno. Há o Regimento Interno da
Câmara Legislativa do Distrito Federal, o qual precisa ser seguido. Por isso, nestes momentos, nós
também somos ouvidos. É importante que todos os líderes sejam ouvidos, inclusive os das minorias
nesse processo. Hoje eu sou líder – estou líder – do bloco PSOL-PSB, representado por mim, pelo
deputado Max Maciel e pela deputada Dayse Amarilio.
Eu acho que temos que deliberar sobre os vetos. Em seguida, nós deliberaremos sobre a
matéria – até porque ela chegou na quinta-feira à Câmara Legislativa. Nenhum documento
comprobatório sobre o tema foi enviado ao Poder Legislativo. Então, podemos deliberar sobre ela
posteriormente.
Nós não estamos de acordo para superar o sobrestamento decorrente dos vetos para
deliberarmos neste momento. Também estamos respeitando o Regimento Interno da Câmara
Legislativa. Ainda bem que o Legislativo possui esse instrumento.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado.
O deputado Fábio Félix declarou que não há acordo.
Consulto o deputado João Cardoso, líder do bloco A Força da Família, sobre existência de
acordo para superarmos o sobrestamento decorrente dos 151 vetos e apreciarmos as demais matérias
da ordem do dia.
DEPUTADO JOÃO CARDOSO (Bloco A Força da Família. Como líder.) – Há acordo.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – O deputado João Cardoso informa que
há acordo.
Consulto a deputada Paula Belmonte sobre existência do referido acordo.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder.) – Senhor presidente, acredito que há
oposição e há independência. Eu não estou defendendo o governo ou a oposição. Acho que precisamos
manter a transparência e cumprir o Regimento Interno da Câmara Legislativa. Por isso, não há acordo
para superarmos o sobrestamento decorrente dos vetos para votarmos o projeto. Antes de votarmos o
projeto, é necessário derrubarmos os vetos.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputada.
A deputada Paula Belmonte declarou que não há acordo.
Consulto o deputado Hermeto sobre existência do referido acordo.
DEPUTADO HERMETO (Governo. Como líder.) – A liderança do governo já está sabendo, está
ciente.
Presidente, eu queria falar rapidamente sobre algo. Quando o PT foi governo – eu lembro que
foi de 2011 a 2014 –, ele tinha maioria na Câmara Legislativa. O deputado Chico Vigilante era líder do
governo, do PT. Eles também faziam dessa forma. Quando vinha um projeto interessante, cuja votação
interessava ao Agnelo, ele fazia isso. Eu acho que o governo do PT foi o que teve a grande maioria
nesta casa. Deputado Fábio Félix, por favor, dê uma olhadinha para mim. Ele fazia da mesma forma
que estamos fazendo agora.
Eu tenho um sonho, deputado Fábio Félix. Um dia o PSOL vai governar o DF – o que vai
demorar uns 50 anos, se Deus quiser – e o senhor vai estar aqui, porque é jovem, defendendo a
mesma situação como nós estamos fazendo agora.
Obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado.
O deputado Fábio Félix foi citado.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, como eu fui citado, eu tenho o direito
regimental de falar por 1 minuto. Eu aproveito esse tempo, porque estou nesta casa com um objetivo:
discutir política pública e os problemas da cidade.
Toda vez que o deputado Hermeto – ou qualquer deputado que me citar – me der um presente
regimental como este, que é o direito a falar por 1 minuto, eu vou usá-lo, porque hoje nós estamos
num dia de alerta.
Eu queria aproveitar para dizer algo àquelas 40, 50, 13 – ou quantas forem – pessoas que
estão assistindo a esta sessão: nós estamos nesta casa para alertar a população sobre a gravidade da
matéria em deliberação neste momento. Nós não estamos aqui hoje de brincadeira.
Não se trata de esquerda, direita, base, oposição, governo futuro ou governo presente. O
governador, independentemente do partido, não é proprietário do Legislativo ou do nosso patrimônio
público, do BRB.
Nós precisamos votar com responsabilidade sobre esse tema. Não importa qual é o governo de
plantão ou a bandeira. Não podemos achar natural o tratoraço. Os projetos chegam da noite para o dia
e os parlamentares os votam às cegas, sem um documento, sem uma planilha, sem uma comprovação
sobre o tema. Isso não é natural, presidente.
Aproveito esta oportunidade de fala para contraditar o argumento do deputado Hermeto.
Esperamos governar muito em breve e fazer um governo muito melhor do que o atual, que está
destruindo a saúde pública do Distrito Federal: o governo do Ibaneis Rocha.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Consulto o deputado Gabriel Magno sobre existência do referido acordo.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder.) – Presidente, como líder da Minoria, líder
da oposição nesta casa, informo que não há acordo para superar o sobrestamento dos vetos.
Quero dizer algo ao nobre líder do governo. Muito em breve, deputado Hermeto – e concedo-
lhe o direito de resposta se vossa excelência o quiser –, o PT, o PSOL, o PSB, o PCdoB, o PV, a Rede e
o Cidadania voltarão a governar esta cidade para salvar o Distrito Federal do caos instituído pelo
governo Ibaneis-Celina, que promove uma destruição completa dos serviços públicos da nossa cidade.
Portanto, a Minoria é contrária à superação do sobrestamento dos vetos.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Pela contagem, houve 7 votos contrários
e 14 votos favoráveis ao sobrestamento. Portanto, vamos dar continuidade ao processo de votação.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Primeiramente apreciaremos um item
extrapauta.
Item extrapauta.
Discussão e votação, em primeiro turno, do Projeto de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder
Executivo, que “Autoriza o BRB – Banco de Brasília a adquirir participação em instituições financeiras
sediadas no Brasil e no exterior, empresas com atividades próprias ou complementares às do setor
financeiro, inclusive no ramo de tecnologia da informação (TI) e empresas com objetos sociais
relacionados às atividades previstas no artigo 144, § 1º da Lei Orgânica do DF”.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, solicito o uso da palavra para questão de ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para questão de ordem.) – Tenho 2 questões de ordem
preliminares, com base no Regimento Interno, para que vossa excelência delibere antes de iniciarmos a
discussão da matéria.
A primeira delas se refere ao art. 295 do Regimento Interno, que trata da publicação no DCL. O
art. 295 dispõe: “Até que entre em vigor o ato da Mesa disciplinando o funcionamento do Sistema de
Publicações Legislativas, o dever de publicação previsto neste Regimento Interno deve ser cumprido
integralmente por meio do Diário da Câmara Legislativa”.
No caso do Projeto de Lei nº 1.882/2025, não houve publicação integral do texto no Diário da
Câmara Legislativa, o que configura violação direta ao comando regimental. Sem a publicação da
proposição principal, não é possível garantir a devida publicidade e transparência do processo
legislativo.
Diante disso, presidente, requeiro, como questão de ordem, que a presidência determine a
retirada do Projeto de Lei nº 1.882/2025 da pauta, até que seja feita a publicação integral da
proposição, em estrita observância ao art. 295 do Regimento Interno, porque, neste caso, a
formalidade não foi cumprida quanto às publicações e ao processo administrativo.
Não há consenso nesta casa sobre esta matéria, então, o Regimento existe, nesses momentos,
para a defesa das minorias.
A segunda questão, já mencionada pelo deputado Max Maciel – e a presidência também não
deliberou sobre ela –, refere-se ao art. 163, § 1º, do Regimento Interno, que trata da supressão do
prazo de emendas. Tanto o art. 163, § 1º, quanto o art. 158, § 1º, do Regimento Interno da Câmara
Legislativa tratam da questão do prazo de emendas e da distribuição. É importante que vossa
excelência leve isso em consideração.
O art. 158, § 1º, estabelece: “Não são dispensáveis, na tramitação em regime de urgência, as
seguintes exigências:
I – publicação da proposição principal;
II – pareceres das comissões ou de relator designado, exceto na hipótese do art. 189, § 1º;
III – quórum para deliberação;
IV – cumprimento dos interstícios e prazos definidos neste Regimento Interno para matéria
urgente, inclusive o prazo de emendas a que se refere o art. 163”.
Diante disso, presidente, requeiro, como questão de ordem, que o Projeto de Lei nº
1.882/2025 seja retirado de pauta até que se complete integralmente o prazo regimental para a
apresentação de emendas. Caso contrário, presidente, o ato legislativo que estamos consignando e
finalizando hoje poderá ser considerado ilegal futuramente.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Esta não é uma situação nova, já foi tratada diversas vezes. Respeito e agradeço a
manifestação do nobre deputado Fábio Félix, mas indefiro as 2 questões de ordem. Reitero o meu
respeito ao posicionamento do deputado. Obviamente existem instrumentos – os quais jamais
cassaremos – que podem ser utilizados pelos deputados.
Obrigado, deputado.
A proposição não recebeu parecer das comissões. Foram apresentadas emendas de plenário. A
CDESCTMAT, a CEOF e a CCJ deverão se manifestar sobre o projeto e as emendas.
Solicito à vice-presidente da CDESCTMAT, deputada Paula Belmonte, que designe relator ou
avoque a relatoria.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Designo o deputado Rogério Morro da Cruz.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT) – Presidente, quero submeter uma solicitação à deliberação
da mesa: nós apresentamos um requerimento para que a matéria tramite também pela Comissão de
Assuntos Sociais, que, pelo Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal, dá pareceres
sobre o processo de funcionamento do serviço público e das estatais. Peço que a CAS seja mais uma
das comissões de mérito que aprecie a matéria. Peço a vossa excelência, antes da leitura do parecer da
CDESCTMAT, que permita que a CAS também apresente parecer para apreciação em plenário.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Consultarei a assessoria. Enquanto isso,
daremos continuidade ao processo, já que não haverá prejuízo, uma vez que a CAS poderá se
manifestar depois, se assim for o entendimento.
Solicito ao relator, deputado Rogério Morro da Cruz, que apresente parecer sobre a matéria.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD. Para apresentar parecer.) – Parecer da
CDESCTMAT ao Projeto de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o BRB –
Banco de Brasília a adquirir participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no exterior,
empresas com atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de
tecnologia da informação (TI) e empresas com objetos sociais relacionados às atividades previstas no
artigo 144, § 1º da Lei Orgânica do DF”.
Tendo em vista que a proposição observa as exigências formais e materiais, no âmbito desta
comissão, somos pela aprovação do Projeto de Lei nº 1.882/2025, com a Emenda nº 1, substitutiva, e
na forma do substitutivo apresentado por meio da Emenda nº 5. As Emendas nºs 2, 3 e 4 foram
canceladas.
É o parecer.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Rogério Morro da
Cruz.
Respondendo à consulta feita pelo deputado Gabriel Magno, fui informado pela assessoria de
que não há previsão regimental para acolher a solicitação. Portanto, indefiro a tramitação na CAS.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Presidente, eu preciso que as emendas sejam lidas para
que eu verifique se estão como apresentamos.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Acolho a solicitação do deputado Chico
Vigilante. Solicito que as emendas sejam lidas.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD) – Emenda nº 5, substitutivo, de autoria do
deputado Hermeto, ao Projeto de Lei nº 1.882/2025, que “Autoriza o BRB – Banco de Brasília a adquirir
participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no exterior, empresas com atividades
próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de Tecnologia da Informação
(TI) e empresas com objetos sociais relacionados às atividades previstas no artigo 144, § 1º da Lei
Orgânica do DF”.
Dá-se ao projeto de lei a seguinte redação:
Autoriza a aquisição pelo Banco de Brasília S.A. de 49% das ações ordinárias e 100% das ações
preferenciais do capital social do Banco Master S.A.
A Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta:
Art. 1º Fica autorizada a aquisição pelo Banco de Brasília S.A. de 49% das ações ordinárias e
100% das ações preferenciais do capital social do Banco Master S.A.
§ 1º Para a aquisição, o BRB – Banco de Brasília contratará empresa especializada para
avaliação da participação que será objeto de aquisição, observada a Lei nº 13.303/2016.
§ 2º O percentual do preço a ser desembolsado na operação de aquisição de participação
societária poderá ser apartado para depósito em conta aberta no BRB – Banco de Brasília, para fazer
frente a eventuais passivos contingentes, ficando o Banco de Brasília, conforme o caso, autorizado a
debitar a referida conta sempre que identificado algum passivo dessa ordem, nos termos fixados no
contrato de aquisição.
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação:
O principal objetivo da presente emenda é a supressão dos arts. 1º e 2º do Projeto de Lei nº
1.882/2025 e dar nova redação. Desta forma, com a nova redação, acrescidos os §§ 1º e 2º, fica
garantida a segurança jurídica da operação apresentada pelo BRB, ficando assim o projeto restrito à
aquisição do Banco Master, como descrito no art. 1º. O presente substitutivo contempla a Emenda nº
1.
Presidente, peço autorização para ler a Emenda nº 1, substitutiva.
Autoria: bancada do Partido dos Trabalhadores.
Emenda ao Projeto de Lei nº 1.882/2025, que “Autoriza o BRB – Banco de Brasília a adquirir
participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no exterior, empresas com atividades
próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de tecnologia da informação (TI)
e empresas com objetos sociais relacionados às atividades previstas no artigo 144, § 1º da Lei
Orgânica do DF”.
Suprimam-se do Projeto de Lei nº 1.882/2025 os arts. 1º e 2º.
Em consequência, dê-se à ementa do projeto a seguinte redação:
Autoriza a aquisição pelo Banco de Brasília S.A. de 49% das ações ordinárias e 100% das ações
preferenciais do capital social do Banco Master S.A.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Solicito ao presidente da CEOF,
deputado Eduardo Pedrosa, que designe relator ou avoque a relatoria.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (UNIÃO) – Avoco a relatoria.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Solicito ao relator, deputado Eduardo
Pedrosa, que apresente parecer sobre a matéria.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (UNIÃO. Para apresentar parecer.) – Parecer da CEOF ao
Projeto de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o BRB – Banco de Brasília a
adquirir participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no exterior, empresas com
atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de tecnologia da
informação (TI) e empresas com objetos sociais relacionados às atividades previstas no artigo 144, §
1º da Lei Orgânica do DF”.
O parecer é pela admissibilidade do Projeto de Lei nº 1.882/2025, com a Emenda nº 1,
substitutiva, e na forma do substitutivo apresentado na Emenda nº 5. As Emendas nºs 2, 3 e 4 foram
canceladas. É o parecer.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Eduardo Pedrosa.
Solicito ao presidente da CCJ, deputado Thiago Manzoni, que designe relator ou avoque a
relatoria.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL) – Designo o deputado Robério Negreiros.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Solicito ao relator, deputado Robério
Negreiros, que apresente parecer sobre a matéria.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Para apresentar parecer.) – Parecer da CCJ ao Projeto
de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o BRB – Banco de Brasília a
adquirir participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no exterior, empresas com
atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de tecnologia da
informação (TI) e empresas com objetos sociais relacionados às atividades previstas no artigo 144, §
1º da Lei Orgânica do DF”.
Votamos pela admissibilidade do Projeto de Lei nº 1.882/2025, com acatamento da Emenda nº
1, na forma do substitutivo apresentado na Emenda nº 5. As Emendas nºs 2, 3 e 4 foram canceladas.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Robério Negreiros.
Iniciaremos a discussão dos pareceres. Vou conceder a cada deputado 3 minutos para discutir.
Em discussão os pareceres.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para discutir.) – Presidente, não compreendo por que vossa
excelência está sendo tão rígido com o tempo hoje. Há dias em que há muito mais matérias para votar
e vossa excelência nos dá 5, 6 minutos. Hoje há 1 matéria para votação. Os deputados estão felizes
porque poderão ficar aqui até mais tarde, não há problema nenhum! Vossa excelência está sempre
aqui. Segure aqui alguns que às vezes ficam pouco tempo conosco. Seria bom que eles ficassem mais
tempo. Vossa excelência normalmente dá 5, 7, 8 minutos para discutirmos.
Quanto aos pareceres apresentados, a Câmara Legislativa do Distrito Federal ofereceu a esta
casa 3 estudos para analisarmos. Cabe ao deputado levar ou não em consideração aquilo que os
estudos técnicos da consultoria da casa falam. Mas eles são conhecidos por todos os deputados. Eles
estão assinados pelo consultor Alexandre e pela consultora Patricia Duboc.
Eles analisam diferentes aspectos. O primeiro deles, o qual já mencionei e quero reforçar, é a
falta de transparência nos dados. Nós fizemos um requerimento de informação com 10 perguntas ao
BRB. Sabe como o BRB respondeu a esta casa? “Não! Temos sigilo bancário!” Respondeu de forma
genérica, não analítica. Isso é uma inversão de valores, como se o órgão fiscalizado pudesse dizer para
a casa fiscalizadora qual parte ele quer que seja fiscalizada. Isso não pode acontecer. (Palmas.) Quem
tem de dizer qual parte vai ser fiscalizada é o Poder Legislativo.
Se há sigilo bancário, se há algum tipo de sigilo, o banco precisa justificar, sustentar dentro da
lei aquilo que está falando. Senão, esta casa pode fechar; pode fechar, porque, se nós não temos
condição de receber uma resposta de um requerimento de informação com dados que subsidiem a
votação dessa matéria, pode fechar a casa legislativa.
Nós não temos informações. Eu vou reiterar isso, porque não é qualquer coisa. Nós estamos
votando hoje... População que está assistindo à nossa sessão, eu estou nesta casa em respeito aos
meus eleitores, porque o meu chefe – apesar de o presidente ser um bom presidente na condução dos
trabalhos conosco – é o meu eleitor. Eu estou presente em respeito a ele. Eu não tenho condição de
votar essa matéria, porque eu não tenho um documento do BRB que comprove que essa operação é
boa para o DF.
Nós não temos sequer um documento do BRB que fale sobre esse assunto. O deputado que
votar essa operação hoje – nós estamos votando uma operação financeira – e disser que ela é boa
para o DF com base em provas e não em palavras estará faltando com a verdade, porque nós não
sabemos de fato se ela é boa para esta cidade.
Esta casa, mais uma vez, presidente, está sendo desrespeitada sem as informações necessárias
para votar a matéria.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado.
A urgência, deputado, deve-se a 2 sessões que teremos daqui a pouco: uma neste plenário e
outra em Planaltina.
É sempre bom ouvir os nobres colegas, até porque, mesmo sendo contrários, sempre
contribuem. E, por diversas vezes, nós vimos a oposição contribuir para aprimorar projetos. Eu sou
sempre favorável a ouvir os nobres colegas.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para discutir.) – Presidente, eu estou completamente
abismada com a situação e desconfortável para votar essa matéria.
Eu volto à questão da pressa, inclusive por razões regimentais, porque nós não tivemos acesso
às informações nem à discussão da assessoria técnica desta casa.
Eu queria deixar registradas para todo mundo que está assistindo à nossa sessão a importância
e a relevância do que nós estamos votando, porque o BRB é um patrimônio do Distrito Federal.
Não adianta falar que nós temos bola de cristal, porque nós não sabemos nem o que estamos
votando mesmo. Se o BRB quebrar, eu tenho a certeza de que vai ter de ser aportado dinheiro, por
exemplo, do Tesouro para que nós salvemos o banco. Precisamos ter consciência do que estamos
fazendo. Nós deputados vamos passar por esta casa; o BRB é um patrimônio do Distrito Federal.
Queria deixar registrado que não se faz aqui uma discussão, pelo menos de minha parte,
ideológica. Eu acho que não há uma questão de ser base ou oposição, mas é o dever desta casa para
que nós tenhamos consciência do que estamos votando.
Eu estou extremamente desconfortável com essa situação. Nunca imaginei nós votarmos um
projeto desse sem saber o que estamos votando e estar tudo bem, estar tudo tranquilo.
Queria dizer, presidente, que, na decisão judicial – falo disso porque nós só estamos aqui pela
decisão judicial –, são definidos 2 pontos importantes, que são uma questão mais jurídica e de técnica
legislativa mesmo: passar pela CLDF e passar pelos acionistas. Depois da autorização deles, nós
teríamos acesso a um relatório. Esse relatório nós não temos, nem os acionistas tiveram ainda esse
prazo de votação. Para deixar claro para quem está assistindo à nossa sessão, nós recebemos apenas
algumas informações técnicas sobre a vantagem às 16 horas e 30 minutos e não tivemos tempo para
analisar nenhuma das 30 páginas, porque nós já estamos debatendo o projeto.
Por último, eu deixo um pensamento para o Distrito Federal: eu queria perguntar o porquê da
pressa de votar esse projeto, porque eu não vejo a mesma pressa para apresentar uma solução ou um
contingenciamento para o colapso da saúde que nós estamos vivendo no Distrito Federal. Para isso,
ninguém tem pressa. As pessoas estão morrendo nas filas sem chance de diagnóstico. Ninguém tem
pressa para mostrar um plano de nomeações, mesmo quando nós temos um colapso. Hoje, muitos
profissionais da enfermagem, adoecidos, têm trabalhado com 5, com 6 vezes mais pacientes do que
comportam, o que coloca até mesmo em risco a vida dessas pessoas. Cadê a pressa? Não precisaria
esperar o contingenciamento em setembro para fazer as nomeações, porque isso, sim, é urgente.
Quanto à urgência, saúde poderia ser uma excepcionalidade. Cadê a urgência para a saúde? Agora,
temos pressa para votarmos algo sem saber o que estamos votando?!
Então, deixo esse pensamento. Todo deputado fala que saúde é importante. Quero ver o
mesmo compromisso desta casa para pensar na saúde do Distrito Federal. Deixo este desafio e esta
inconformidade, nesta tarde. Realmente, estou muito indignada porque não estamos discutindo a coisa
mais importante no Distrito Federal hoje: a saúde.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
(Manifestação na galeria.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir.) – Presidente, estamos deliberando sobre uma
matéria que o governador passou 4 meses dizendo que não precisava passar pela Câmara Legislativa
do Distrito Federal, e dizia isso por entender muito de leis. Isso mostra, como eu já disse, o completo
desprezo que o governador tem pelo Poder Legislativo.
No entanto, ele estava equivocado. Saiu a decisão judicial. A matéria precisa passar por esta
casa. Parece que ele não entende muito de leis ou, na sua arrogância, só entende quando é
conveniente para seus interesses privados.
Quero dizer para quem está assistindo a esta sessão: esta casa quer autorizar o BRB a comprar
um banco todo enrolado e falido que ninguém quer comprar! Não houve proposta dos grandes bancos.
Aliás, até surgiram propostas de R$1 e de R$2. O deputado Chico Vigilante até ofereceu R$2 para
comprar o Banco Master e ia virar banqueiro. Mas ninguém quis o Banco Master! Ninguém quis! O
mercado financeiro não se movimentou.
Em qualquer mecanismo de busca sobre o Banco Master, estão as reportagens de todos os
meios de comunicação da imprensa brasileira. Todos! Todas as reportagens mostram que o Banco
Master é envolvido em negócio fraudulento, é investigado pela Polícia Federal, é metido em rolo, tem
dívidas sem nenhum lastro financeiro, faz alavancagem e até mesmo colocou o Banco Central para
apertar as regras do uso do Fundo Garantidor de Créditos, pois, para ficar rico e bilionário, seu dono
utilizou práticas não justas! Esse é o Banco Master!
Coincidentemente, parece que é amigo do governador! Ele resolveu pegar o que é público para
ajudar um amigo! São R$2 bilhões! O que esta casa vai votar é a autorização para o BRB usar R$2
bilhões para comprar parte de um banco todo enrolado que ninguém quer comprar. O que paira sobre
esse banco é só notícia de mau negócio e de índole, visto que está sendo investigado criminalmente.
Nós estamos discutindo o mérito. Nem o BRB nem o governo conseguiram apresentar um
papel, um documento que diga e prove que o Distrito Federal vai ganhar. É uma operação que custa
R$2 bilhões! É isso que está em jogo e que esta casa quer autorizar. Vão gastar R$2 bilhões em um
banco que ninguém quer, que está todo enrolado e que parece ter relações políticas e pessoais,
infelizmente, com o Palácio do Buriti.
Presidente, por isso, vamos votar contrariamente a essa compra.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
(Manifestação na galeria.)
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Para discutir.) – Presidente deputado Wellington Luiz, em sua
pessoa, quero saudar os pares presentes. Agradeço a condução de vossa excelência em respeito às
nossas falas e às nossas ações. Como sempre dizemos, vossa excelência cumpre acordos. É importante
reforçar isso.
Parece redundante, mas digo que é importante fazermos este debate diante de tudo que
analisamos.
Não está na pauta central da população do Distrito Federal a urgência de autorização, por esta
casa, para que o BRB compre o Master. Isso não é o que o povo do Distrito Federal espera da Câmara
Legislativa diante da conjuntura atual – e eu falei isso mais cedo à imprensa –, em que há um
problema crônico na saúde pública. Faltam médicos na atenção primária. Estamos vendo professores
precarizados na ponta e educadores sociais sendo escravizados dentro das escolas, pois eles acumulam
uma série de tarefas, recebem apenas R$400 por mês de ajuda de custo e cumprem carga horária, às
vezes, de 8 horas por dia. A compra do Banco Master não é a pauta central da população do Distrito
Federal.
Estamos tratando da compra, ou da possibilidade de compra, pelo BRB. É verdade, presidente,
o que muitos vão dizer: o BRB é uma empresa de economia mista, o Governo do Distrito Federal é
acionista majoritário e o banco usa recursos próprios. Porém, é importante destacar que a Lei Orgânica
determina que, quando se trata de investimento – ainda que a instituição seja um banco de economia
mista do qual o Distrito Federal seja acionista majoritário –, ele tem que estar previsto na Lei
Orçamentária Anual, e isso não está previsto na LOA de 2025. Isso precisa estar normatizado. Caso
contrário, abre-se uma série de brechas e de precedentes.
Recebemos o projeto – e falamos sobre isto com o presidente Paulo Henrique –, mas ele não
veio acompanhado do estudo de análise de risco, de uma avaliação. Esse estudo não chegou! Estamos
aqui – os parlamentares que vão votar a proposta – e, presidente, salvo engano, segundo o
Regimento, a votação deve ser por maioria simples. Já deixo registrado o pedido para que a votação
seja nominal.
Veja bem: como posso votar um projeto se não recebi o relatório que deveria balizar a
importância da proposta, deputada Paula Belmonte? Esse relatório vai chegar depois que o projeto
tiver passado por esta casa. E se houver alguma brecha? E se houver algum problema?
Estamos envolvendo a Câmara Legislativa num debate. Porém, lá na frente, quando essa
transação der errado, quem pagará será o povo trabalhador do Distrito Federal. Grande parte dos
serviços passa pelo BRB, e valorizamos esse banco, o qual é um banco nosso, é um banco público, e
queremos que ele tenha força.
O que pedimos foi tempo, prazo para nos sentarmos e debatermos a proposta. Os acionistas
ainda teriam quase 1 ano para fazer a ratificação. Por que não esperarmos os acionistas fazerem essa
ratificação e os relatórios chegarem a esta casa, para conseguirmos fazer uma boa votação? Fica
registrado o que está acontecendo hoje no Distrito Federal: R$2 bilhões, que poderiam, obviamente,
ser investidos pelo próprio banco em outras áreas, estamos entregando a um banco cuja compra
ninguém no sistema financeiro está disputando no Cade – apenas o BRB está.
Ele é um banco tão bom que apenas o BRB está interessado em comprar os seus ativos,
enquanto os outros grandes bancos nem sequer querem participar do processo.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Max Maciel. Acolho
a solicitação de vossa excelência para que a votação seja nominal.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para discutir.) – Presidente, acho importante pontuar para
as pessoas que estão assistindo à sessão que, desde que saiu a notícia de que o BRB estaria
comprando o Master, nós da bancada do Partido dos Trabalhadores e a deputada federal Erika Kokay
buscamos todos os mecanismos para que se realizasse um levantamento, uma investigação sobre essa
compra. Fomos ao Banco Central do Brasil, porque ele tem poder, dispõe de servidores técnicos e de
conhecimento para fazer essa investigação, e pedimos que ele interviesse na situação. O presidente
Galípolo nos informou que escalou o que havia de melhor no Banco Central para investigar esse caso.
Depois, fomos ao Cade e levamos a mesma preocupação em relação a essa compra. Estivemos
também no Ministério da Fazenda, no departamento responsável por essa área. Portanto, a nossa
bancada e a deputada federal Erika Kokay fizeram tudo o que poderia fazer.
Insistimos que o projeto teria de ser submetido à Câmara Legislativa. O projeto chegou a esta
casa. Cada um votará com a sua consciência. Eu mesmo estou de atestado e fiz questão de vir aqui
para votar contra isso. Publicizei que votarei contra. Eu disse para o governo que, mesmo que tenha
sido acatada a emenda, deputado Ricardo Vale – o que eu acho que foi fundamental –, nós votaríamos
contra. É uma questão de princípios.
Se lá na frente ficar comprovado que esse foi um bom negócio mesmo e que o banco cresceu
tanto quanto estão dizendo que vai crescer, nós vamos aplaudir; mas, se der errado, vai ficar
patenteado aqui que nós alertamos para isso.
Esse é o papel do parlamentar. Ninguém é dono da verdade absoluta. Esse é o nosso papel
como deputados, pelo menos em razão do tempo em que estamos aqui e com a experiência que temos
nesta Câmara Legislativa.
Portanto, eu vou votar contra. A nossa bancada vai votar contra.
Nós respeitamos o jogo democrático. Nós respeitamos o Poder Legislativo. Nós não queremos
enfraquecer ainda mais este Poder. Não existe democracia sem Poder Legislativo. Todo mundo tem
que ter isso em mente.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Continua em discussão.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Para discutir.) – Presidente, aqui não existe
oposição e nem posição. Hoje, eu me sinto constrangida, como parlamentar, de virmos votar um
projeto que não foi discutido por esta casa. Esta é a casa do povo, a representação do povo, e nós não
tivemos oportunidade de discutir esse projeto.
Pode ser que esse seja um projeto bom, mas nenhum parlamentar aqui tem convicção disso,
porque não há documento! Nós estamos votando uma coisa sem documento. Quando recebemos uma
carta de alguma entidade, dando apoio a esse projeto, ela está apoiando o quê?
Eu quero saber quais são os números que existem, porque não há números, deputado
Hermeto. Não há!
O presidente passou agora um documento que não traz segurança jurídica e muito menos
financeira! Os parlamentares estão votando no escuro, na confiança.
Nós estamos falando de um banco que atende o Distrito Federal, atende os servidores do
Distrito Federal e atende os aposentados. Uma parte dos acionistas do banco são os aposentados do
Distrito Federal. E, se não der certo, quem vai se dar mal somos nós.
Para termos uma ideia do que estamos votando, há 4 meses, quando o presidente do BRB veio
aqui falar desse projeto, seriam colocados R$2 bilhões. Como foi falado aqui, já haviam sido comprados
R$8 bilhões da carteira de crédito. Nós estamos falando de colocar dinheiro vivo lá no banco. Os
acionistas do banco tiveram que colocar mais R$2 bilhões para que se pudesse dar continuidade a esse
projeto!
É uma vergonha para o Distrito Federal! É uma vergonha para os servidores do Distrito
Federal! Principalmente, isso mancha ainda mais este governo que está aqui, que não cuida da saúde,
que não cuida da educação, que não cuida da mobilidade, e que agora está vendendo o BRB. É uma
vergonha, porque daqui a pouco virá a securitização. Ela virá, sim, e falam em R$42 bilhões de dívida
ativa.
Eu acho muito prudente, presidente, o senhor fazer uma votação nominal, para que cada um
fique com a sua digital, para conhecermos a cara de quem está entregando o BRB, porque não há
nenhum papel que possa respaldar uma votação como esta.
Eu falo isso porque, graças a Deus, foi dito aqui que existem 6 deputados de oposição. Cadê os
outros? Eu não sou de oposição nem da base e falo, com muita tranquilidade: não há dados, não há
informação para votarmos e, principalmente, para que se compre um banco que pode trazer prejuízo
para o Distrito Federal.
O BRB...
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Para concluir, deputada.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Para discutir.) – ... não está aqui para expansão,
para estar presente no Brasil inteiro, ele está aqui para o desenvolvimento econômico das pessoas.
Cadê os investimentos do BRB na microempresa, nas empresas do Distrito Federal, na casa própria das
pessoas? É disso que nós precisamos! Nós precisamos disso do BRB, e não da sua expansão, para que
depois ele possa se tornar privatizado, sem a devida transparência e sem o devido documento legal.
Presidente, quero só registrar mais uma vez: eu fiz a convocação do presidente do BRB na
primeira tentativa; nessa segunda tentativa nós fizemos a convocação e fizemos...
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Para concluir, deputada, por gentileza.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Para discutir.) – ... como combinado com esta
presidência, mais de 70 perguntas técnicas. E nós não recebemos a resposta depois de 4 meses. Por
que nós não recebemos a resposta?
(O microfone é desligado.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputada.
Deputado Max Maciel, gostaria de tirar uma dúvida. Eu acolhi o pedido de vossa excelência
para a votação nominal. Seria para os pareceres ou para o projeto?
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Para o projeto. Ok, obrigado, deputado.
Como não há quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Solicito aos deputados favoráveis aos pareceres que permaneçam como estão e aos contrários
que se manifestem.
Há 22 deputados presentes. Houve 7 manifestações contrárias: deputado Max Maciel, deputado
Chico Vigilante, deputado Gabriel Magno, deputado Fábio Félix, deputada Paula Belmonte, deputado
Ricardo Vale e deputada Dayse Amarilio.
Foram aprovados.
Em discussão, em primeiro turno, o Projeto de Lei nº 1.882/2025.
Conforme solicitado pelo deputado Max Maciel, a votação será nominal.
Cada deputado que quiser discutir terá 3 minutos.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, eu já falei em muitos aspectos sobre esse tema
hoje. É óbvio que a minha ideia, primeiramente, era convencer meus pares. Mas me parece que o jogo
já está jogado com relação a essa matéria. Eu lamento, eu lamento muito. Lamento porque eu acredito
na democracia, eu acredito na posição política das pessoas, eu acredito no Legislativo, que o
Legislativo tem que ser de participação, que tem que votar a partir de ideias, de dados. Eu acredito
nisso. E eu lamento muito que estejamos votando essa matéria dessa forma no dia de hoje.
Eu queria dialogar com os meus colegas parlamentares e com quem está assistindo à nossa
sessão sobre as ilegalidades desse projeto de lei, porque há uma série de ilegalidades também, do
ponto de vista formal. Já foi alertado aqui que o governador tentou comprar o Banco Master sem
passar pela Câmara Legislativa. Perdeu. Perdeu na justiça. Agora ele está tentando comprar o Banco
Master – isso já foi falado mil vezes – em uma operação, uma negociação sem transparência nenhuma,
nesta casa hoje.
Ele está tentando fazer isso sem cumprir a legislação do DF, porque é preciso que haja
previsão no Orçamento de Investimento; e não há previsão. Há uma ausência de dotação específica
desse caso na LOA de 2025. Então, o projeto não cumpre o requisito. É preciso que haja previsão na
LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, para o ano de 2025, Lei nº 7.549/2024. E não há previsão. É
mais uma ilegalidade desse processo. É preciso que haja a declaração do ordenador de despesas
conforme o Decreto nº 43.130/2022. Isso tudo foi levantado pela consultoria da casa. Não há previsão
dos requisitos formais para votação dessa matéria.
Dada a ausência dos documentos comprobatórios e motivadores dessa aquisição, dessa
operação, é impossível o exame da matéria. O que estamos fazendo aqui é um exame biônico. O que
estamos fazendo é uma análise fictícia.
Quero que a população que está assistindo a esta sessão saiba que o que estamos analisando
hoje é ficção. O que esta casa está fazendo, presidente, infelizmente – e eu lamento muito estar
vivendo isso no dia de hoje –, é pura ficção.
É lamentável o projeto de lei que estamos votando. Às vezes, sinto vergonha de participar de
alguns atos nesta casa. Que isso não fique para a história! Que isso não fique para a história!
Não sabemos a consequência do que estamos fazendo aqui hoje. O que está sendo votado
nesta casa, sem informação, sem documento, sem cumprimento dos requisitos legais do Poder
Legislativo rasga a legislação do Distrito Federal e fecha o Poder Legislativo como um instrumento
importante desta cidade.
O nosso voto hoje é contra, em respeito à população do Distrito Federal.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir.) – Presidente, de maneira muito atropelada,
breve, rápida, em 3 minutos apenas, quero dizer que nós tentamos entender esse processo. Algo foi
dito na galeria – sempre digo que é importante escutar a voz na galeria da pretensa casa do povo –, e
nós questionamos formalmente o banco, que quer gastar R$2 bilhões para comprar o Master, mas já
fez negócio com ele na ordem de R$15 bilhões. É o que o BRB fez com o Master, deputada Paula
Belmonte.
O banco hoje apresentou, no PowerPoint para esta casa, a contratação de uma consultoria que
identificou R$50 bilhões dos chamados ativos podres do Banco Master. Isso foi o que deu tempo de
identificar.
Há 5 dias, explodiu mais uma operação da Polícia Federal contra o Banco Master: fraude no
INSS. Não sabemos ainda o tamanho e o impacto dessa operação. Os R$50 bilhões do Banco Master,
que já sabemos que são podres, podem, amanhã, tornarem-se R$60 bilhões, R$70 bilhões, R$80
bilhões. Estamos dando um cheque em branco.
Nós dissemos que esse rito é uma violação à Constituição federal e à Lei Orçamentária, que
esta casa aprovou. Eu vou ler para quem está assistindo a esta sessão o art. 42 da Lei nº 7.549/2024,
a LDO de 2025: “Art. 42. Os projetos de lei que solicitem autorização para que empresas públicas e
sociedades de economia mista do Distrito Federal participem do capital de outras empresas somente
podem ser deliberados se acompanhados de estudos que comprovem a viabilidade técnica, econômica
e financeira das partes”.
Cadê o documento? O que o BRB e o Governo do Distrito Federal estão tentando esconder da
sociedade e desta casa? Por que não apresentam o documento antes de votarmos o projeto? Não
cheira bem esse negócio! É um risco!
Por isso, presidente, nos 15 segundos que me faltam, quero dizer que voto com os professores,
com os trabalhadores da saúde, com os enfermeiros, com os médicos, com os técnicos de
enfermagem, com os servidores da segurança, com os servidores da assistência social, com os
servidores públicos desta cidade, que, aliás, estão superendividados por uma política de desvalorização
dos servidores. Eu voto com os trabalhadores do BRB. Eu voto com o Sindicato dos Bancários. Eu voto
com a população do Distrito Federal contra essa vergonhosa autorização para gastar R$2 bilhões do
nosso dinheiro para comprar o banco todo enrolado do amigo do governador.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Continua em discussão.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Para discutir.) – Deputados, o que nós estamos
comprando é um banco de plástico; mas o que está sendo falado é que se trata de um banco de couro,
bonito, que atende todo mundo. Na verdade, o que está sendo comprado é um banco de plástico que
não vale nada! Essa é a realidade. Não existe, de maneira alguma, um projeto, um documento ou um
dado que nos dê segurança sobre o que estamos comprando! Não há sustentabilidade nessa operação.
É disso que se trata.
Este banco aqui, que vocês estão vendo, é de plástico e frágil. É exatamente isso que nós
estamos comprando por R$2 bilhões. Não preciso dizer mais nada: trata-se da fragilidade dessa
operação para o Distrito Federal.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para discutir.) – Presidente, novamente, venho falar do
meu desconforto em relação à pressa de se votar essa matéria. Muitas vezes, eles dizem que nós
recebemos todos os dados e tivemos acesso a eles há 4 meses. Quero deixar registrado que isso não é
verdade. Há 4 meses, tivemos acesso apenas a um interesse que estava sendo veiculado, inclusive,
pela imprensa.
Naquela ocasião, muito respeitosamente, o presidente Paulo Henrique esteve nesta casa e
deixou claro que algumas questões poderiam mudar naquela apresentação, até porque seria feita uma
auditoria.
Então, o que estamos pedindo é um tempo para avaliarmos essa auditoria e esses dados que
nos foram passados hoje. Portanto, nós não tivemos esses 4 meses para analisar a matéria.
Presidente, a nossa desconfiança do governo e do próprio BRB em relação ao interesse nessa
operação fragiliza muito a imagem desta casa perante a população que representamos. Isso é muito
ruim, porque, inclusive, estamos vendo que, regimentalmente, juridicamente e legislativamente, essa
situação pode resultar em ações judiciais posteriores à votação, o que é muito negativo.
Presidente, ouvimos muito sobre o Banco Master. Além do que os colegas já falaram e das
questões de aquisição de terrenos e outros problemas, como a agressividade e a instabilidade da
instituição, um ponto fundamental no mercado financeiro é a credibilidade. Esse banco está sendo
investigado como caloteiro. Existe uma ação, uma representação, protocolada em 22 de julho, que
afirma que o Banco Master deu calote em uma construtora. Mais ainda: o Banco Master informou a
todos que só terminaria de pagar a dívida – e por um valor muito menor do que o previsto em contrato
– depois que realizasse a fusão com o BRB. Portanto, pretende pagar dívidas com dinheiro do Distrito
Federal. Então, quero que fique claro: o que sabemos sobre o Banco Master é isso.
Espero que essa operação possa ser controlada de alguma forma e que, se for positiva, seja
realmente boa para Brasília, pois é isso que desejamos. Mas não me sinto confortável em votar algo
sem plena consciência e tranquilidade.
Presidente, para concluir meus 20 segundos, reforço: sabem o que realmente tem pressa? A
saúde do Distrito Federal. Que esta casa volte seu olhar para a saúde pública, para os servidores, para
as pessoas que estão peregrinando nas filas das UPAs! É disso que precisamos cuidar.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Continua em discussão.
Como não há quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Solicito aos deputados que aprovam o projeto que votem “sim” e aos que o rejeitam que votem
“não”.
(Realiza-se a votação nominal.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Votação encerrada.
Houve 15 votos favoráveis, 7 votos contrários e 2 ausências justificadas.
Foi aprovado.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Presidente, solicito a palavra para declaração de voto.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Para declaração de voto.) – Presidente, eu vou fazer uma
declaração de voto para deixar marcado que nós votamos “não”.
Obviamente, presidente, ninguém aqui quer determinar o que os nobres pares possam ou não
fazer, mas chama a atenção que nenhum parlamentar da base teve coragem de defender esse projeto
no plenário. Nenhum pediu a palavra para dizer o porquê, o motivo. Ninguém conseguiu dizer a
importância desse projeto, o que o banco ia, de fato, ganhar com isso. Ninguém contrapôs os nossos
argumentos com outros dados. Ninguém! Absolutamente ninguém!
Eu queria deixar consignado que nós fizemos um bom debate e mostramos os dados. Se nós
estamos errados, contraponham. Se estão dizendo que o banco tem lastro, mostrem os lastros. Vamos
fazer o debate.
Então, presidente, nós queremos, nesta declaração de voto, dizer que nós votamos “não”.
Aproveito a concessão da palavra para dizer que nós apresentamos, agora há pouco, um
requerimento – já encaminhado para o PLe –, que solicita, de acordo com o estabelecido
regimentalmente, o interstício de 1 dia entre as votações. Não precisamos votar o projeto em segundo
turno ainda hoje. O interstício não traz prejuízo nenhum ao projeto. Queremos a concessão de 1 dia
para votar o projeto em segundo turno.
O requerimento foi apresentado, presidente, para apreciação.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT) – Presidente, solicito a palavra para declaração de voto.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para declaração de voto.) – Presidente, em consonância com
o art. 200, parágrafo único, do Regimento Interno, nós estamos encaminhando à Mesa Diretora a
declaração de voto por escrito para ser publicada. Já estamos inserindo no sistema e encaminhando
para que ela seja publicada.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado.
Vou submeter ao Plenário a solicitação do deputado Max Maciel da concessão de interstício de
1 dia.
Item extrapauta.
Votação, em turno único, do Requerimento nº 2.208/2025, de autoria do deputado Max Maciel,
que “Requer interstício de 1 (um) dia do Projeto de Lei 1.882, de 2025, que “Autoriza o BRB – Banco
de Brasília a adquirir participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no exterior, empresas
com atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de tecnologia da
informação (TI) e empresas com objetos sociais relacionados às atividades previstas no artigo 144, §
1º da Lei Orgânica do DF”, aprovado na Sessão Ordinária de 19 de agosto de 2025”.
DEPUTADO HERMETO (MDB) – Presidente, solicito o uso da palavra para orientar a bancada.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO HERMETO (Governo. Como líder. Para orientar a bancada.) – A orientação do líder
é contra.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – O líder é contra.
Em votação.
Solicito aos deputados favoráveis ao requerimento que permaneçam como estão e aos
contrários que se manifestem.
(Intervenções fora do microfone.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Há 22 deputados presentes. Houve 15
manifestações contrárias.
Foi rejeitado.
Não há mais assunto a tratar. Nos termos do Regimento Interno, convoco sessão
extraordinária, com início imediato após o encerramento desta sessão, para apreciação dos seguintes
itens:
– Projeto de Lei nº 1.822/2025, em segundo turno;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 346/2025.
Está encerrada a sessão.

Observação: nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos conforme
informados pelos organizadores dos eventos.
Todos os discursos são registrados sem a revisão dos oradores, exceto quando indicado, nos termos do Regimento Interno da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Siglas com ocorrência neste evento:

Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica
CAS – Comissão de Assuntos Sociais
CDESCTMAT – Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo
CLDF – Câmara Legislativa do Distrito Federal
DCL – Diário da Câmara Legislativa
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
PLe – Processo Legislativo Eletrônico
UPA – Unidade de Pronto Atendimento

As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 22/08/2025, às 14:10, conforme Art. 30, do Ato da Mesa
Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março
de 2025.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 2287366 Código CRC: 81140828.



...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA65ª SESSÃO ORDINÁRIA,DE 19 DE AGOSTO DE 2025.INÍCIO ÀS 15H52 TÉRMINO ÀS 18H51 PRESIDENTE DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD) – Sob a proteção de Deus, iniciamos osnossos trabalhos.Sobre a mesa, expediente que será lido por mim.(Leitur...
Ver DCL Completo
DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Extraordinária 18/2025

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA
18ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,
DE 19 DE AGOSTO DE 2025.
INÍCIO ÀS 18H52 TÉRMINO ÀS 19H39

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Está aberta a sessão extraordinária.
Solicito que os deputados registrem a presença nos terminais.
(Realiza-se a verificação de presença.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Convido o deputado Roosevelt a
secretariar os trabalhos da mesa.
Dá-se início à ordem do dia.
(As ementas das proposições são reproduzidas conforme ordem do dia disponibilizada pela Secretaria
Legislativa; as dos itens extrapauta, conforme PLe.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Item da ordem do dia.
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder
Executivo, que “Autoriza o BRB – Banco de Brasília a adquirir participação em instituições financeiras
sediadas no Brasil e no exterior, empresas com atividades próprias ou complementares às do setor
financeiro, inclusive no ramo de tecnologia da informação (TI) e empresas com objetos sociais
relacionados às atividades previstas no artigo 144, § 1º da Lei Orgânica do DF”.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – O projeto foi aprovado em primeiro
turno. Foram apresentadas 2 emendas de plenário.
Designo o deputado Rogério Morro da Cruz como relator pela CDESCTMAT.
Solicito ao relator, deputado Rogério Morro da Cruz, que apresente parecer sobre a matéria.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD. Para apresentar parecer.) – Parecer da
CDESCTMAT ao Projeto de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o BRB –
Banco de Brasília a adquirir participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no exterior,
empresas com atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de
tecnologia da informação (TI) e empresas com objetos sociais relacionados às atividades previstas no
artigo 144, § 1º da Lei Orgânica do DF”.
No âmbito desta comissão, manifestamo-nos pela rejeição das Emendas nºs 8 e 9.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Solicito a leitura das emendas.
(Pausa.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, antes de o deputado Rogério Morro da Cruz
fazer a leitura das emendas, eu gostaria de fazer uma solicitação.
Com base no art. 208 do Regimento Interno, que trata da redação final, o § 1º diz que o
deputado distrital pode, antes do término da votação em segundo turno ou turno único, requerer que a
redação final, após sua elaboração e publicação, seja submetida à deliberação do plenário, para que
ela seja publicada e só em seguida deliberada no plenário da Câmara Legislativa novamente. Peço a
vossa excelência que proceda à deliberação sobre essa questão de ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Submeto ao plenário o requerimento de
autoria do deputado Fábio Félix.
Diz o § 2º que, na hipótese do § 1º, inciso I, o requerimento deve ser submetido ao plenário
antes do envio da proposição ao órgão responsável pela elaboração da redação final.
Obrigado, deputado.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Peço a vossa excelência que submeta o requerimento ao
plenário.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Perfeito, deputado. Defiro a questão de
ordem de vossa excelência.
Submeto ao plenário o requerimento do deputado Fábio Félix.
Em votação o requerimento.
Solicito aos deputados favoráveis ao requerimento do deputado Fábio Félix que permaneçam
como estão e aos contrários que se manifestem.
Há 22 deputados presentes. Houve 15 manifestações contrárias.
Foi rejeitado.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT) – Presidente, solicito que votemos essas emendas, porque
os relatórios das comissões também serão passados. Além de serem lidas as emendas apresentadas,
peço que a votação do parecer seja nominal no primeiro e segundo turnos.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Defiro a questão de ordem de vossa
excelência.
Discussão e votação da Emenda nº 8, aditiva, de autoria do bloco PSOL-PSB e outro, ao Projeto
de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o BRB – Banco de Brasília a
adquirir participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no exterior, empresas com
atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de tecnologia da
informação (TI) e empresas com objetos sociais relacionadas às atividades previstas no art. 144, § 1º,
da Lei Orgânica do DF”.
Acrescenta-se ao projeto o seguinte artigo:
“Art. – A operação autorizada por esta lei deverá ser ratificada pela Assembleia Geral de
Acionistas do Banco de Brasília S.A.”
Discussão e votação da Emenda nº 9, aditiva, de autoria do bloco PSOL-PSB e outro, ao Projeto
de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o BRB – Banco de Brasília a
adquirir participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no exterior, empresas com
atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no ramo de tecnologia da
informação (TI) e empresas com objetos sociais relacionadas às atividades previstas no art. 144, § 1º,
da Lei Orgânica do DF”.
Acresça-se ao projeto o seguinte artigo:
“Art. – O conglomerado resultante da operação autorizada por esta lei tem caráter público e
está sujeito à fiscalização da Câmara Legislativa do Distrito Federal, da Controladoria-Geral do Distrito
Federal e do Tribunal de Contas do Distrito Federal.”
Solicito ao presidente da CEOF, deputado Eduardo Pedrosa, que designe relator ou avoque a
relatoria.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (UNIÃO) – Avoco a relatoria.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Solicito ao relator, deputado Eduardo
Pedrosa, que apresente parecer sobre a matéria.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (UNIÃO. Para apresentar parecer.) – Parecer da CEOF às
Emendas nºs 8 e 9 ao Projeto de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o
BRB – Banco de Brasília a adquirir participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no
exterior, empresas com atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no
ramo de tecnologia da informação (TI) e empresas com objetos sociais relacionados às atividades
previstas no artigo 144, § 1º da Lei Orgânica do DF”.
Senhor presidente, o parecer é pela rejeição das emendas apresentadas.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Designo o deputado Robério Negreiros
como relator pela CCJ.
Solicito ao relator, deputado Robério Negreiros, que apresente parecer sobre a matéria.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Para apresentar parecer.) – Parecer da CCJ às
Emendas nºs 8 e 9 ao Projeto de Lei nº 1.882/2025, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o
BRB – Banco de Brasília a adquirir participação em instituições financeiras sediadas no Brasil e no
exterior, empresas com atividades próprias ou complementares às do setor financeiro, inclusive no
ramo de tecnologia da informação (TI) e empresas com objetos sociais relacionados às atividades
previstas no artigo 144, § 1º da Lei Orgânica do DF”.
No âmbito da CCJ, somos pela inadmissibilidade das Emendas nºs 8 e 9, apresentadas em
segundo turno.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Em discussão os pareceres.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para discutir.) – Presidente, muito obrigado pelo prazo para
fazermos a discussão nesta casa. Na verdade, é até um pouco surpreendente discutirmos um projeto
do qual não temos conhecimento.
Já falei que esta discussão é um tanto fictícia – ela é uma ficção. Nós estamos votando,
basicamente, se o BRB pode ou não comprar o Banco Master. Mas ninguém aqui é capaz de dizer se
isso é bom ou ruim para a cidade. Eu desafio um parlamentar favorável ao projeto que venha nos
explicar e nos trazer os dados sobre o quanto isso é bom para o Distrito Federal. Quantos empregos
serão gerados? Quanto do lucro e dos dividendos do BRB vai financiar mais políticas públicas na
cidade? Eu lanço esse desafio, porque, na verdade, como parlamentares, nós representamos a
população do Distrito Federal. Eu faço esse desafio genuíno, porque eu quero ouvir os argumentos.
Eu quero saber o quão bom isso vai ser para o Distrito Federal. Mas ninguém teve coragem de
apresentar algum argumento minimamente positivo. Como não há documento comprobatório, como
nós estamos votando esta matéria às escuras, como nós não sabemos, de fato, aquilo que está
tramitando nesta casa, basicamente, estamos fazendo uma autorização genérica para que haja a
contratação dessa operação financeira.
Isso é muito ruim para a cidade. Eu acredito que a população do Distrito Federal pense o
Legislativo como um espaço de participação popular e transparência das informações, para termos o
mínimo de condição objetiva de deliberar sobre algum tema. Cada deputado recebeu um voto. Aqui há
voto de esquerda, de direita, de centro; há voto de opinião na direita e na esquerda. Mas o silêncio
sobre temas como este não é positivo, porque ele abre a possibilidade de esta casa se desfazer como
casa legislativa, como casa de opinião – como casa que deve se posicionar sobre temas fundamentais
para esta cidade. Eu lembro o quanto os parlamentares lutaram para deliberar sobre a questão da CEB.
Nós lutamos muito.
Apesar de termos sido ouvidos ou de haver uma decisão judicial para que a venda passe por
esta casa, não é possível que a CLDF se comporte como um cartório e não faça a devida discussão de
uma matéria sem qualquer tipo de informação.
Eu estou com alguns dados, os quais acho importantes. A consultoria da casa, em algumas
recomendações objetivas, sugeriu que houvesse alguns documentos para deliberarmos sobre. Alguns
deles são: o plano de negócios formal e atualizado do BRB, o estudo completo de viabilidade
econômica e financeira, os relatórios e conclusões detalhadas do processo de due diligence, a
minuta do acordo de acionistas, a íntegra do acórdão do TJDFT – e nós não os temos.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, são 19 horas. Vossa excelência estava
preocupado com os eventos; então, acho que nós temos que suspender esta sessão, pois há 2 eventos
importantes. Hoje é aniversário de Planaltina e há a previsão de uma sessão solene nesta casa.
Portanto, estou preocupado com a preocupação de vossa excelência. Vamos suspender esta sessão.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Deputado Fábio Félix, essa sessão que
será realizada nesta casa é exatamente para homenagear os prefeitos comunitários do Plano Piloto –
Asa Norte e Asa Sul. Vou submeter sua sugestão à votação. (Risos.)
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir.) – Presidente, isso aqui está lembrando os
programas de auditório da televisão brasileira dos anos 1990, que chamavam as pessoas para decidir
sobre questões, deputado Max Maciel, sem saber o que estava acontecendo, se trocariam R$1 milhão
por um abacaxi. As pessoas diziam: “Sim; não; troco; não troco”. É exatamente o que está
acontecendo aqui. Nós estamos trocando R$2 bilhões por um abacaxi enorme, sem sabermos o que
está acontecendo.
Algumas informações nós trouxemos para o debate. O balanço do Banco Master, do Daniel
Vorcaro – não preciso citar nomes, mas menciono para que possam pesquisar depois –, mostra que o
Banco Master tem R$16 bilhões em passivos que vencem até dezembro deste ano. Esse é o tamanho
do abacaxi em que estamos nos metendo, segundo balanço do Banco Master. Há outros dados que
ninguém soube explicar; talvez, a base do governo venha respondê-los.
O Banco Master funciona de forma diferente dos grandes bancos deste país. Ele concentra 83%
de suas carteiras nas mãos dos 50 maiores devedores. Para efeito de comparação: o Banco Inter, que
também é digital, tem apenas 6,7% de suas carteiras concentradas nos 50 maiores devedores; o
Banco Santander, 19%; o Bradesco, 10%; o Master, 83%. É esse o banco que ninguém quer comprar,
porque há provas de que ele não presta. Há provas de que é um banco ruim, um banco que não serve
a nenhum interesse – parece que apenas ao do BRB.
Aos bancários que estão assistindo a nós, o BRB está dizendo o seguinte para justificar o
negócio: “Não. Nós vamos ampliar nossa rede com a rede do Banco Master.” Porém, o Banco Master
não tem agência. O Banco Master tem Cobans, os correspondentes bancários.
Sabe o que isso significa para os bancários? Demissão. Os Cobans são os responsáveis pelas
grandes demissões de bancários no Brasil. É isso que o BRB está celebrando com a aquisição do
Master: ampliar a rede para terceirizar; ampliar a rede para, mais uma vez, retirar empregos dos
bancários.
Essa compra é um desastre. Nós estamos voltando aos programas de auditório, trocando,
presidente, R$2 bilhões por um abacaxi.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Continua em discussão.
Como não há quem queira discutir, encerro a discussão.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, requeiro destaque, para votação em separado,
das emendas depois da votação dos pareceres.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Defiro o requerimento.
Em votação.
Solicito aos deputados que aprovam os pareceres que votem “sim” e aos que os rejeitam que
votem “não”.
(Realiza-se a votação nominal.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Votação encerrada.
Houve 14 votos favoráveis, 7 votos contrários e 3 ausências.
Foram aprovados.
Sobre a solicitação de destaque feita pelo deputado Fábio Félix, verifico que não é admitido o
destaque de emenda que tenha recebido parecer pela inadmissibilidade, exceto na hipótese em que a
proposição seja votada em plenário durante o prazo recursal e o destaque seja apresentado com o
mesmo quórum do recurso. Assim, como as 2 emendas foram rejeitadas, não é possível realizar o
destaque.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Presidente, esta casa tem a praxe de, quando a análise
pelas comissões for feita em plenário, destacar as emendas inadmitidas, porque não houve o trâmite
nas comissões. Sempre foi conduzido assim: quando o destaque é feito antes da votação dos
pareceres, ele é votado. Até porque, como o trâmite pelas comissões não foi respeitado, a forma
inadmitida foi feita em plenário. Então, o destaque deve ser votado. Ele sempre foi votado. Essa é a
praxe da casa e ela está sendo mudada agora, neste momento, neste contexto. Como não estamos
cumprindo o sentido de votação nas comissões e a forma inadmitida foi feita em plenário, o costume é
fazer o destaque. Vossa excelência sempre submeteu as emendas a destaque. Vossa excelência pode,
neste momento, mudar a praxe. O Marcelo provavelmente se esqueceu disso, mas a praxe é a votação
em plenário.
DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD) – Presidente, na última sessão em que realizamos votação,
apresentei um projeto, amplamente debatido, sobre a segurança privada nos hospitais, diante de
tantos crimes que vêm acontecendo. Peço que o projeto seja colocado em pauta para que façamos a
votação.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Acato a solicitação de vossa excelência.
Tão logo os 2 projetos sejam votados, faremos a inclusão.
Deputado Fábio Félix, precisamos seguir o que diz o regimento. Peço desculpas a vossa
excelência, mas, neste caso específico, mantenho o meu entendimento.
Em discussão o Projeto de Lei nº 1.882/2025, em segundo turno.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir.) – Presidente, vou apresentar mais dados
sobre o famigerado Banco Master, que estamos autorizando o BRB a comprar.
Primeiro, os argumentos do PowerPoint dizem que a compra faz parte da aquisição do Will
Bank, um banco digital associado ao Banco Master, como se isso fosse um grande negócio para o BRB.
O problema – que não dizem – é que os balanços do Will Bank mostram que isso não é um benefício
para o BRB. O Will Bank não tem dado tanto lucro assim, como estão vendendo: “Vamos aumentar
nossa rede de participação nos bancos digitais”. Essas são as informações a que temos acesso,
presidente e que estão publicizadas. Infelizmente, como o BRB e o Governo do Distrito Federal não
trouxeram as informações que subsidiam o negócio, temos acesso apenas ao que está publicizado, e o
Will Bank não é um grande negócio, deputada Jaqueline Silva, o que pode causar muito problema para
o BRB.
O segundo ponto é o aumento de ativos ponderados pelo risco. Vou apresentar informações
das consultorias públicas. O Banco Master aumentou seus ativos, em 2023 e 2024, em 74%. Porém, os
ativos ponderados pelo risco cresceram 162% no mesmo período. Parece que o Banco Master começou
a fazer muitos negócios arriscados nesses últimos 2 anos, inclusive sob suspeitas de ilegalidade, se deu
mal e está atrás de alguém para salvá-lo. Quem ele descobriu e encontrou que pode salvá-lo? O BRB.
É aquela velha história do conto popular, presidente: todo dia sai de casa um esperto e um
otário. Parece que o esperto, nesse caso, é o Banco Master, que saiu de casa e encontrou um otário
para fechar um negócio que é muito ruim para o Distrito Federal.
Eu quero, presidente, mais uma vez, pedir aos nobres colegas desta casa que revejam o voto
dado no primeiro turno, pelo bem do Distrito Federal, pelo bem do BRB, que é um patrimônio desta
cidade. Cabe a cada um e cada uma o compromisso constitucional de defender esse importante
patrimônio para a cidade.
Mais uma vez, presidente, o meu voto é contrário a esse absurdo desse negócio.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para discutir.) – Presidente, eu queria contar uma historinha.
Estamos praticamente encerrando a votação. Essa história é boa para ilustrar o que é o Banco Master.
Era uma vez um terreno na cidade de Santa Cruz Cabrália, na Bahia. Esse terreno foi vendido
por R$900 mil. Em seguida, esse terreno vendido por R$900 mil, deputado João Cardoso, foi avaliado
pelo perito do Banco Master por R$100 milhões, para ser dado como garantia num empréstimo de
R$365 milhões. Essa é a lógica de avaliação de um dos terrenos onde atuou a perícia diligente do
Banco Master. A minha dúvida é: os ativos do Banco Master são avaliados por esse perito? É esse
perito do terreno comprado por R$900 mil, na cidade de Santa Cruz Cabrália, que, conforme nos
informou a Revista Piauí, em seguida, o Banco Master avaliou em R$100 milhões para dar como
garantia num empréstimo de R$365 milhões? Essa é a avaliação de todos os ativos do Banco Master?
Por que tanto desespero do mercado financeiro com relação a esse banco? Por que tanta crítica
na imprensa dizendo que seus ativos são podres e que o capital do banco é fictício, que não existe de
fato? Por que tanta crítica e tanta dúvida? Por que tanta celeridade, por parte do BRB, para que isso
seja votado na Câmara Legislativa? Por que a falta de transparência? Por que nem os deputados da
base têm direito a ver os documentos que comprovam as garantias e a sustentabilidade desta
operação? Por quê? Por quê? Por quê? Esse é o debate.
Por que estamos votando uma matéria que não temos capacidade técnica de votar hoje, já que
nos falta informação? Por que tanta crítica de setores que compreendem e entendem o mercado
financeiro, no país, sobre essa operação? Por que a classe política – governador, senadores, políticos
importantes – e lobistas estão tão envolvidos nessa compra? Será esta uma das operações mais
terríveis recentes da história do Distrito Federal para salvar um banco falido? Será? É o que muitos
estão dizendo. Nós não sabemos, mas com firmeza a história vai mostrar que nós não compactuamos
com este processo hoje.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Continua em discussão.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Para discutir.) – Presidente, a que horas abrimos
esta sessão, o senhor sabe? Às 16 horas e 30 minutos. Agora, são 19 horas e 22 minutos. É este o
tempo que a Câmara Legislativa apresentou à população para analisar a venda do Banco Master e sua
compra pelo BRB. Nenhum deputado que se diz da base teve coragem de vir aqui defender isso.
Nenhum deputado! Eles não falaram absolutamente nada!
A Câmara Legislativa recebeu este projeto na quinta-feira passada. Passaram a quinta-feira, a
sexta-feira, o sábado, o domingo, a segunda-feira e, na terça-feira, em algumas horas, nós estamos
mudando o destino do BRB. Pode ser até para o bem, isso pode até melhorar e expandir o banco,
como se prometeu hoje, mas ninguém tem dado nenhum! Ninguém tem nenhuma informação dessa
operação! E a Câmara Legislativa, com 24 parlamentares, decidiu isso em menos de 3 horas. É uma
vergonha! Eu me sinto constrangida com essa situação!
Brasília, pessoas do bem, servidores, famílias, nós estamos aqui mostrando a realidade: o
governo decidiu, sem nenhuma argumentação plausível. Não há nenhum deputado aqui que possa
defender isso, está todo mundo quietinho. Nós decidimos que, daqui a alguns minutos, o BRB poderá
fazer uma operação de R$2 bilhões. Olhem a responsabilidade disso!
Presidente, eu o respeito e quero dizer ao senhor que o admiro. Sei que o senhor deve estar
constrangido com uma situação como essa. Realmente, é de constranger que, em 2 horas e meia, a
Câmara Legislativa, sem documento nenhum, decida o destino do BRB. É lamentável isso. Daqui a
alguns minutos, haverá a conclusão da votação em segundo turno desse projeto, carregando a
responsabilidade de, sem documentos, sem nenhuma análise, o BRB fazer essa compra de R$2 bilhões,
que pode deixar os servidores e a população do Distrito Federal no prejuízo.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Continua em discussão.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para discutir.) – Presidente, até em consideração à
consultoria legislativa, onde há profissionais tão brilhantes, eu queria ler o parecer da Patricia Duboc e
do Alexandre Lopes.
Isso foi muito falado neste plenário, mas eu queria fazer o registro desse trabalho. Todo
mundo trabalhou no tempo que nós tínhamos, porque recebemos o projeto na quinta-feira.
Infelizmente, nós não conseguimos ler alguns dados que foram encaminhados para o grupo de
deputados às 16 horas e 30 minutos, porque ou nós líamos ou nós debatíamos, inclusive tentando tirar
o projeto de pauta.
Depois de várias descrições do conteúdo, dos documentos que não foram apresentados, no
item nº 3 falam “da conclusão e recomendação à atuação parlamentar”. Dizem que essa autorização
permite a aquisição pelo BRB de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do capital
social do Banco Master S.A.
No que tange à análise da proposta quanto à adequação orçamentária e financeira, ao objeto
da presente consulta deve-se registrar os seguintes aspectos que nos levam a concluir pela
inadmissibilidade da proposição: a ausência de dotação orçamentária específica na Lei Orçamentária de
2025; a ausência de declaração de ordenador de despesas que a proposta tenha adequação
orçamentária e financeira na Lei Orçamentária Anual; a ausência de estudos que comprovem a
viabilidade técnica, econômica e financeira das partes, conforme exigência expressa do art. 42 da LDO
para os projetos que solicitem autorização; a ausência de documentos exigidos no § 7º do art. 1º da
Lei nº 13.303/2016, Lei das Estatais.
Diante do exposto, diante dos argumentos, conclui-se pela inadequação da proposta do ponto
de vista orçamentário e financeiro. Eles terminam dizendo que a ausência desses requisitos
supracitados pode gerar novos questionamentos judiciais quanto à constitucionalidade e legalidade da
lei aprovada em inobservância das normas financeiras públicas. Recomenda-se, portanto, a suspensão
de qualquer ato de deliberação da matéria pelos parlamentares.
Eu queria deixar registrado que, infelizmente, nós terminamos esta tarde, início da noite... Que
bom que o plenário está cheio! Muitas vezes, não conseguimos votar projeto nosso, de iniciativa desta
casa, por falta de quórum. Agora, estamos com quórum até as 19 horas e 30 minutos. Parabéns à
mobilização do governo.
Infelizmente, nós podemos dizer que saímos convictos e, pelo menos, com a cabeça tranquila,
de que nós votamos “não” a algo que nós não temos conhecimento. Saímos de cabeça tranquila.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Continua em discussão.
Como não há quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Solicito aos deputados que aprovam o projeto que votem “sim” e aos que o rejeitam que votem
“não”.
(Realiza-se a votação nominal.)
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Votação encerrada.
Houve 14 votos favoráveis, 7 votos contrários e 3 ausências.
Foi aprovado.
Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Presidente, solicito a palavra para declaração de voto.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para declaração de voto.) – Presidente, para as pessoas
que estão assistindo a esta sessão pela TV Câmara Distrital temos de falar algumas coisas. Nesse
sentido vai a minha declaração de voto.
Para tramitar e ser aprovado nesta casa, este projeto precisava de maioria simples. Com 13
deputados em plenário e 7 votos a favor, o projeto estaria aprovado. O governo tinha e tem base para
isso, porque 14 deputados votaram a favor do projeto.
Entretanto, nós encaminhamos a negociação com o governo – está presente o Gustavo Rocha,
com quem tratamos diretamente – e conseguimos tirar o que havia de pior no projeto. Se o projeto
fosse aprovado do jeito que foi encaminhado a esta casa, nunca mais o governo precisaria de
autorização desta casa, com relação ao BRB. O BRB poderia fazer, deputado Wellington Luiz, o que
quisesse e não necessitaria mais de autorização da Câmara Legislativa do Distrito Federal, porque a
casa já teria autorizado tudo.
Com emenda parlamentar de nossa autoria, conseguimos barrar isso. Quero agradecer ao
deputado Wellington Luiz, que ajudou na aprovação da emenda.
Portanto, isso não era uma gordurinha. Isso era o que havia de fundamental no projeto, e nós
tiramos. É isso que tem de ser dito para a população do Distrito Federal.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Chico Vigilante. Sem
dúvida nenhuma, essa emenda aprimorou bastante o projeto. Ficamos extremamente felizes com a
oportunidade.
Item da ordem do dia.
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 346/2025, de
autoria da Comissão de Constituição e Justiça, que “Aprova a indicação do doutor Márcio Wanderley de
Azevedo para o cargo de Procurador-Geral do Distrito Federal”.
Foi aprovado o parecer favorável da CCJ sobre a indicação do doutor Márcio Wanderley de
Azevedo para o cargo de procurador-geral do Distrito Federal.
Em discussão o Projeto de Decreto Legislativo nº 346/2025, em turno único. (Pausa.)
Como não há quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Solicito aos deputados que aprovam o projeto que votem “sim” e aos que o rejeitam que votem
“não”.
(Realiza-se a votação nominal.)
DEPUTADO HERMETO (MDB) – Presidente, solicito a palavra para declaração de voto.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO HERMETO (MDB. Para declaração de voto.) – Presidente, hoje, estive na Comissão
de Constituição e Justiça. Com muita honra, voto para que o doutor Márcio Wanderley passe a ser
procurador-geral do Distrito Federal. Parabéns, meu procurador-geral! O senhor sabe que tenho muito
carinho por vossa excelência. Um abraço! Deus o abençoe.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Obrigado, deputado Hermeto. Faço
minhas as suas palavras também.
Manifesto a minha alegria e desejo ao doutor Márcio Wanderley toda a sorte. Parabéns! Tenho
certeza de que essa será uma gestão profícua, com muitos resultados positivos para o Distrito Federal.
Muito obrigado. (Palmas.)
DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE) – Presidente, pela ordem.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Concedo a palavra.
DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE) – Presidente, eu também gostaria de parabenizar o
nosso grande agora procurador-geral, Márcio Wanderley. Agradeço também à doutora Ludmilla, que
prestou um excelente serviço na Procuradoria. Digo ao doutor Márcio que aquele órgão possui
servidores concursados e que a casa precisa de mais servidores. Tenho certeza de que o senhor,
doutor Márcio, dará uma atenção especial aos servidores de carreira da Procuradoria-Geral. Parabéns!
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Votação encerrada.
Houve 20 votos favoráveis e 4 ausências.
O Projeto de Decreto Legislativo nº 346/2025 foi aprovado.
Retificação: retorno o Projeto de Lei nº 1.576/2025 ao plenário, tendo em vista que, após a sua
aprovação, a Comissão de Segurança não se manifestou sobre o projeto.
Na ausência do relator, designo o deputado Hermeto como relator pela Comissão de Segurança
e solicito que apresente o parecer.
DEPUTADO HERMETO (MDB. Para apresentar parecer.) – Parecer da CS ao Projeto de Lei nº
1.576/2025, de autoria do deputado Jorge Vianna, que “Dispõe sobre o emprego de serviços
especializados de vigilância na rede pública de saúde do Distrito Federal com o objetivo de proteger a
incolumidade física e moral dos profissionais de saúde”.
Presidente, na Comissão de Segurança, somos pela aprovação desse magnífico projeto do
deputado Jorge Vianna.
PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Em discussão o parecer.
Como não há quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Solicito aos deputados favoráveis ao parecer que permaneçam como estão e aos contrários que
se manifestem.
Há 20 deputados presentes. Não houve manifestações contrárias.
Foi aprovado.
Ratifico a votação do Projeto de Lei nº 1.576/2025, em primeiro turno, com 16 votos
favoráveis, 2 contrários e 2 abstenções; e, em segundo turno, com 17 votos favoráveis e 2 contrários.
Mais uma vez, parabenizo todos os deputados e lhes agradeço. Parabenizo o presidente do
Banco de Brasília, Paulo Henrique. Parabéns a você e a toda a sua equipe. Parabéns ao Leo. Da mesma
forma, agradeço ao nosso secretário-chefe da Casa Civil.
Transmito aqui os agradecimentos do governador Ibaneis Rocha a todos os deputados. Ele me
ligou há pouco para agradecer e reafirmou o compromisso de continuar trabalhando pelo Distrito
Federal. Muito obrigado, governador.
Agradeço a presença das senhoras e dos senhores parlamentares, dos assessores, das
assessoras e da imprensa. Muito obrigado e até amanhã, se Deus o quiser.
Como não há mais assunto a tratar, declaro encerrada a sessão.

Observação: nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos conforme
informados pelos organizadores dos eventos.
Todos os discursos são registrados sem a revisão dos oradores, exceto quando indicado, nos termos do Regimento Interno da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Siglas com ocorrência neste evento:

CCJ – Comissão de Constituição e Justiça
CDESCTMAT – Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo
CEB – Companhia Energética de Brasília
CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
CLDF – Câmara Legislativa do Distrito Federal
Coban – Correspondente Bancário
CS – Comissão de Segurança
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
TJDFT – Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 22/08/2025, às 14:11, conforme Art. 30, do Ato da Mesa
Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março
de 2025.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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Código Verificador: 2287959 Código CRC: 2801EFE8.



...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA18ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,DE 19 DE AGOSTO DE 2025.INÍCIO ÀS 18H52 TÉRMINO ÀS 19H39 PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) – Está aberta a sessão extraordinária.Solicito que os deputados registrem a presença nos terminais.(Realiz...
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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Portarias 361/2025

Gabinete da Mesa Diretora

 

Portaria-GMD Nº 361, DE 25 DE agosto DE 2025

O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de 2017, considerando o Despacho 2291334, e as demais razões apresentadas no Processo SEI 00001-00033778/2024-52, RESOLVE:

Art. 1º Autorizar a utilização do auditório da CLDF, sem ônus, para a realização do Conhecendo o Parlamento, nas datas e horários que constam no anexo I, abaixo relacionado.

Parágrafo único. O evento será coordenado pela servidora Marília Magalhães Teixeira, matrícula Nº 23.403, que será responsável por entregar o espaço nas mesmas condições que o recebeu.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

 

 

JOÃO MONTEIRO NETO

Secretário-Geral/Presidência

 

 

JOÃO TORRACCA JUNIOR

Secretário-Executivo/1ª Vice-Presidência

JEAN DE MORAES MACHADO

Secretário-Executivo/2ª Vice-Presidência

 

 

BRYAN ROGGER ALVES DE SOUSA

Secretário-Executivo/1ª Secretaria

ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES

Secretário-Executivo/2ª Secretaria

 

 

RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA

Secretário-Executivo/3ª Secretaria

GUILHERME CALHAO MOTTA

Secretário-Executivo/4ª Secretaria

 

ANEXO ÚNICO

DATAS E HORÁRIOS DO EVENTO

Data

Horário

15/9/2025

09h às 13h

02/10/2025

09h às 13h

03/10/2025

14h às 18h

10/10/2025

14h às 18h

23/10/2025

09h às 13h

 

 


logotipo

Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr. 21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 25/08/2025, às 19:24, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por JEAN DE MORAES MACHADO - Matr. 15315, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 09:37, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por GUILHERME CALHAO MOTTA - Matr. 24816, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 12:14, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por BRYAN ROGGER ALVES DE SOUSA - Matr. 23698, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 13:58, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 14:25, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-Executivo(a), em 26/08/2025, às 14:35, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da Mesa Diretora, em 26/08/2025, às 18:13, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Portaria-GMD Nº 361, DE 25 DE agosto DE 2025 O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de 2017, considerando o Despacho 2291334, e as demais razões apresentadas no Processo SEI 00001-0003377...
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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Portarias 354/2025

Diretoria de Gestão de Pessoas

 

Portaria-Dgp Nº 354, de 26 DE agosto DE 2025

A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 5º da Portaria nº 381/2024 do Gabinete da Mesa Diretora, tendo em vista o que estabelecem os artigos nº 139 e 140 da Lei Complementar nº 840/2011, alterados pela Lei Complementar nº 952/2019, e o que consta no Processo nº 00000268/2022-37, RESOLVE:

 CONCEDER ao servidor PAULO REGIS SOUZA SANTOS, matrícula nº 23.293, ocupante do cargo efetivo de Consultor Técnico-Legislativo, categoria Médico, 3 (três) meses de licença-servidor, referentes ao período aquisitivo de 22/7/2020 a 20/7/2025 a serem usufruídos até 22/12/2029.

 

EDILAIR DA SILVA SENA

Diretora de Gestão de Pessoas


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Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão de Pessoas, em 26/08/2025, às 17:06, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Portaria-Dgp Nº 354, de 26 DE agosto DE 2025 A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 5º da Portaria nº 381/2024 do Gabinete da Mesa Diretora, tendo em vista o que estabelecem os artigos nº 139 e 140 da Lei Complementar nº 840/...
Ver DCL Completo
DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Portarias 355/2025

Diretoria de Gestão de Pessoas

 

Portaria-DGP Nº 355, de 26 de agosto DE 2025

A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo inciso III do art. 1º da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da Mesa Diretora; tendo em vista o Laudo da Junta Médica Oficial da CLDF (2263016); e o que consta no Processo nº 00001-00028487/2025-23, RESOLVE:

CONCEDER, a partir de 13 de outubro de 2010, a isenção do Imposto de Renda dos proventos da servidora inativa mARIA eUGENIA GRUBER, matrícula 12.550, com fundamento no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/1988 c/c o art. 35, inciso II, alínea "b" Decreto nº 9.580/2018, observada a prescrição quinquenal.

 

edilair da silva sena

Diretora de Gestão de Pessoas


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Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão de Pessoas, em 26/08/2025, às 17:17, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Portaria-DGP Nº 355, de 26 de agosto DE 2025 A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo inciso III do art. 1º da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da Mesa Diretora; tendo em vista o Laudo da Junta Médica Oficial da CLDF (2263016); e o q...
Ver DCL Completo
DCL n° 183, de 28 de agosto de 2025

Resultado de Pautas 4/2025

CSA

 

Resultado de Pauta - CSA

 

RESULTADO DE PAUTA DA 4ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

 

Local: Sala de Reunião das Comissões Dep. Juarezão

Data: 26 de agosto de 2025, às 10h

 

I – Comunicados:

1. Da Presidente da Comissão;

2. Dos membros da Comissão.

 

II – Matérias para discussão e votação:

 

1. Parecer ao Projeto de Lei nº 1132/2024, de autoria do Deputado Robério Negreiros, que “Institui a Campanha Distrital de Conscientização sobre a Depressão da Pessoa Idosa no Distrito Federal e dá outras providências”.

Relatoria: Deputada Dayse Amarilio

Parecer: Pela aprovação da matéria, na forma do substitutivo.

Resultado: Aprovado na forma do substitutivo com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

2. Parecer ao Projeto de Lei nº 1204/2024, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que “Institui a campanha permanente de conscientização e prevenção da sepse neonatal no Distrito Federal.”

Relatoria: Deputada Dayse Amarilio

Parecer: Pela aprovação da matéria.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

3. Parecer ao Projeto de Lei nº 1655/2025, de autoria do Deputado Fábio Felix, que “Institui e inclui no Calendário Oficial de Eventos do Distrito Federal o Dia dos Cuidados Paliativos.”

Relatoria: Deputada Dayse Amarilio

Parecer: Pela aprovação da matéria.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

4. Parecer ao Projeto de Lei nº 1193/2024, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que “Institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental e estabelece os requisitos para a concessão da certificação.”

Relatoria: Deputado Gabriel Magno

Parecer: Pela aprovação da matéria, com acolhimento da Emenda Modificativa nº 1 da CDESCTMAT.

Resultado: Aprovado com acolhimento da Emenda Modificativa nº 1 da CDESCTMAT com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

5. Parecer ao Projeto de Lei nº 839/2023, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que “Estabelece diretrizes para a transparência dos dados relacionados aos serviços de saúde no âmbito do Distrito Federal.”

Relatoria: Deputado Martins Machado

Parecer: Pela aprovação da matéria.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

6. Parecer ao Projeto de Lei nº 655/2023, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “Estabelece prioridade para a tramitação de processos onde o interessado é pessoa com doença rara.”

Relatoria: Deputado Martins Machado

Parecer: Pela aprovação da matéria.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

7. Parecer ao Projeto de Lei nº 1369/2024, de autoria da Deputada Paula Belmonte, que “Institui a Política de Estímulo para Inserção de Jovens Aprendizes Autistas no Mercado de Trabalho no âmbito do Distrito Federal e dá outras providências.”

Relatoria: Deputado Martins Machado

Parecer: Pela aprovação da matéria.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

8. Parecer ao Projeto de Lei nº 1437/2024, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “Dispõe sobre o Programa Servidor Distrital Amigo do Autista – PSDAA, que trata da capacitação técnica de todos os servidores públicos distritais no atendimento às pessoas com o Transtorno do Espectro Autista – TEA”.

Relatoria: Deputado Martins Machado

Parecer: Pela aprovação da matéria.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

9. Parecer ao Projeto de Lei nº 810/2023, de autoria do Deputado João Cardoso, que “Institui o Disque Autismo, para recebimento de denúncias de maus-tratos e de violação dos direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no âmbito do Distrito Federal”.

Relatoria: Deputado Pastor Daniel de Castro

Parecer: Pela aprovação da matéria.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

10. Parecer ao Projeto de Lei nº 1102/2024, de autoria do Deputado Gabriel Magno, que “Altera a Lei nº 6.316, de 04 e julho de 2019, que ‘Dispõe sobre a obrigatoriedade do fornecimento ao consumidor de informações e documentos por parte de operadoras de plano ou seguro privado de assistência à saúde no caso de negativa de cobertura e dá outras providências’, para incluir direito à informação nos casos de suspensão, exclusão e rescisão unilateral dos usuários”.

Relatoria: Deputado Pastor Daniel de Castro

Parecer: Pela aprovação da matéria, na forma do substitutivo apresentado na CDC.

Resultado: Aprovado na forma do substitutivo apresentado na CDC com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

11. Parecer ao Projeto de Lei nº 1536/2025, de autoria do Deputado Eduardo Pedrosa, que “Institui a campanha de conscientização acerca do Vírus Sincicial Respiratório - VSR no âmbito do Distrito Federal e dá outras providências”.

Relatoria: Deputado Pastor Daniel de Castro

Parecer: Pela aprovação da matéria.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

12. Parecer ao Projeto de Lei nº 1549/2025, de autoria do Deputado Iolando, que “Dispõe sobre a criação da política distrital de atenção integrada ao transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e dá outras providências”.

Relatoria: Deputado Pastor Daniel de Castro

Parecer: Pela aprovação da matéria.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

13. Indicação n° 8163/2025, de autoria da Deputada Dayse Amarilio que “Sugere ao Poder Executivo a regulamentação da Lei nº 3.976, de 29 de março de 2007, que“dispõe sobre a assistência às pessoas portadoras das doenças celíaca e dermatite herpetiforme”.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

14. Indicação n° 8389/2025, de autoria do Deputado Fábio Felix que “Sugere ao Excelentíssimo Senhor Governador do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal - SES-DF, providências relacionadas a falta de médicos nas UBS e no HRBZ – Brazlândia-DF”.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

15. Indicação n° 8331/2025, de autoria do Deputado Gabriel Magno que “Sugere ao Poder Executivo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, a aquisição de mobiliário e equipamentos de informática para a Unidade Básica de Saúde 01 do Paranoá.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

16. Indicação n° 8332/2025, de autoria do Deputado Gabriel Magno que “Sugere ao Poder Executivo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, a aquisição de veículo adaptados para a equipe do Consultório na Rua da Região de Saúde Leste.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

17. Indicação n° 8333/2025, de autoria do Deputado Gabriel Magno que “Sugere ao Poder Executivo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, alocação de profissionais de saúde para a equipe do Consultório na Rua da Região de Saúde Leste.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

18. Indicação n° 8334/2025, de autoria do Deputado Gabriel Magno que “Sugere ao Poder Executivo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, a melhoria das estruturas físicas da Unidade de Saúde Básica 01 do Paranoá.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

19. Indicação n° 8718/2025, de autoria do Deputado Gabriel Magno que “Sugere ao Poder Executivo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, a implementação de campanhas de conscientização sobre diabetes e controle glicêmico, com atenção prioritária aos trabalhadores de obras públicas que utilizam botas de segurança.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

20. Indicação n° 8232/2025, de autoria da Deputada Jaqueline Silva que “Sugere-se ao Poder Executivo, por intermédio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, a apresentação de Projeto de Lei que determina o fornecimento de alimentação especial para pessoas com doença celíaca internadas nos estabelecimentos de saúde do Distrito Federal.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

21. Indicação n° 8725/2025, de autoria da Deputada Jaqueline Silva que “Sugere ao Poder Executivo do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal - SES, que promova a revitalização da Clínica da Família, localizada na QS 05 do Areal, na Região Administrativa de Arniqueira - RA XXXIII”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

22. Indicação n° 8112/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo que sejam realizadas melhorias na infraestrutura da UBS 03, no Riacho Fundo II.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

23. Indicação n° 8354/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo a implantação de Unidade de Pronto Atendimento - UPA em Águas Claras.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

24. Indicação n° 8353/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo a implantação de Unidade de Pronto Atendimento - UPA no Guará.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

25. Indicação n° 8352/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo a implantação de Unidade de Pronto Atendimento - UPA em Taguatinga Sul.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

26. Indicação n° 8351/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo a implantação de Unidade de Pronto Atendimento - UPA no Sol Nascente.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

27. Indicação n° 8510/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo a implantação de um Centro de Atenção Psicossocial - CAPS na Estrutural.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

28. Indicação n° 8472/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo a implantação de mais uma Unidade Básica de Saúde - UBS no Itapoã.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

29. Indicação n° 8450/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo que implemente fiscalização e contratação de profissionais de saúde para a UBS 13, em Samambaia.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

30. Indicação n° 8401/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo que promova a construção de um hospital público no Arapoanga.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

31. Indicação n° 8706/2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “Sugere ao Poder Executivo que implemente fiscalização e contratação de profissionais de saúde para a UBS 03 de Samambaia.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

32. Indicação n° 8102/2025, de autoria do Deputado Max Maciel que “Sugere ao Poder Executivo do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Saúde, a implementação de Centros de Atenção Psicossocial – CAPS I, II e III em São Sebastião - RA XIV.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

33. Indicação n° 8059/2025, de autoria do Deputado Max Maciel que “Sugere ao Poder Executivo do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Saúde, a designação de médico para compor a equipe vermelha da Unidade Básica de Saúde - UBS 03 de Ceilândia – RA IX.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

34. Indicação n° 8280/2025, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro que “Sugere ao Poder Executivo, por meio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o aumento do quadro de pediatras no Hospital Regional de Brazlândia e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brazlândia.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

35. Indicação n° 8176/2025, de autoria do Deputado Pepa que “Sugere ao Poder Executivo do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Estado de Saúde, a implantação de uma unidade da Farmácia de alto custo na Região Administrativa de Sobradinho - RA V.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

36. Indicação n° 8752/2025, de autoria do Deputado Pepa que “Sugere ao Poder Executivo que, por intermédio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal - SES, promova a construção de um Hospital do Amor na Região Administrativa de Planaltina - RA VI.”

     Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

            

37. Indicação n° 8104/2025, de autoria do Deputado Robério Negreiros que “Sugere ao Poder Executivo do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, a regularização dos estoques e da distribuição de medicamentos essenciais em falta nas Farmácias de Alto Custo, aqui apontados.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

38. Indicação n° 8077/2025, de autoria do Deputado Robério Negreiros que “Sugere ao Poder Executivo do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, que providencie mutirão de consultas e exames oftalmológicos na rede pública de saúde do Distrito Federal.

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

39. Indicação n° 8224/2025, de autoria do Deputado Robério Negreiros que “Sugere ao Poder Executivo, por intermédio da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, que providencie a implantação de um Centro de Atendimento Especializado para as Pessoas com Deficiências na Região Norte do Distrito Federal.”

Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

40. Indicação n° 8682/2025, de autoria do Deputado Robério Negreiros que “Sugere ao Poder Executivo, que providencie a instalação de uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA, na Região Administrativa da Fercal.”

     Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência.

 

Brasília, 27 de agosto de 2025.

 

NATALIA DOS aNJOS MARQUES

Secretária da CSA


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Documento assinado eletronicamente por NATALIA DOS ANJOS MARQUES - Matr. 23815, Secretário(a) de Comissão, em 27/08/2025, às 16:51, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Resultado de Pauta - CSA   RESULTADO DE PAUTA DA 4ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL   Local: Sala de Reunião das Comissões Dep. Juarezão Data: 26 de agosto de 2025, às 10h   I – Comunicados: 1. Da Presidente da Comissão; 2. Dos membros da Comi...
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DCL n° 183, de 28 de agosto de 2025

Atas - Comissões 3/2025

CDESCTMAT

 

Ata de Reunião 


ATA DA 3ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA VIRTUAL DA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL, CIÊNCIA, TECNOLOGIA, MEIO AMBIENTE E TURISMO, DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, REALIZADA ENTRE 00:00 DE 25/08/2025 E 15:31 DE 27/08/2025.   


À meia-noite do dia vinte e cinco de agosto de dois mil e vinte e cinco teve início a terceira reunião extraordinária virtual da Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo – CDESCTMAT, realizada por meio do sistema Processo Legislativo Eletrônico - PLE. Participaram da reunião o(a)s Deputado(a)s Daniel Donizet, Paula Belmonte, Joaquim Roriz Neto, Doutora Jane e Rogério Morro da Cruz. A pauta foi composta por 342 indicações, todas de 2025, número: 8437/2025; 8629/2025; 8306/2025; 8307/2025; 8308/2025; 8309/2025; 8310/2025; 8325/2025; 8326/2025; 8327/2025; 8328/2025; 8330/2025; 8321/2025; 8322/2025; 8323/2025; 8324/2025; 8347/2025; 8348/2025; 8349/2025; 8350/2025; 8359/2025; 8360/2025; 8363/2025; 8361/2025; 8362/2025; 8478/2025; 8479/2025; 8482/2025; 8484/2025; 8487/2025; 8488/2025; 8489/2025; 8503/2025; 8491/2025; 8493/2025; 8504/2025; 8495/2025; 8505/2025; 8496/2025; 8506/2025; 8507/2025; 8562/2025; 8563/2025; 8567/2025; 8568/2025; 8569/2025; 8497/2025; 8499/2025; 8570/2025; 8571/2025; 8572/2025; 8573/2025; 8577/2025; 8578/2025; 8395/2025; 8579/2025; 8580/2025; 8567/2025; 8581/2025; 8582/2025; 8583/2025; 8584/2025; 8585/2025; 8586/2025; 8587/2025; 8588/2025; 8589/2025; 8590/2025; 8591/2025; 8592/2025; 8593/2025; 8594/2025; 8595/2025; 8599/2025; 8500/2025; 8501/2025; 8600/2025; 8601/2025; 8602/2025; 8603/2025; 8604/2025; 8606/2025; 8608/2025; 8445/2025; 8446/2025; 8447/2025; 8448/2025; 8451/2025; 8452/2025; 8453/2025; 8454/2025; 8460/2025; 8461/2025; 8508/2025; 8463/2025; 8430/2025; 8509/2025; 8464/2025; 8431/2025; 8511/2025; 8467/2025; 8432/2025; 8512/2025; 8468/2025; 8433/2025; 8473/2025; 8469/2025; 8474/2025; 8475/2025; 8477/2025; 8513/2025; 8514/2025; 8515/2025; 8516/2025; 8517/2025; 8518/2025; 8519/2025; 8521/2025; 8522/2025; 8523/2025; 8524/2025; 8527/2025; 8530/2025; 8531/2025; 8533/2025; 8534/2025; 8535/2025; 8536/2025; 8537/2025; 8538/2025; 8540/2025; 8541/2025; 8542/2025; 8543/2025; 8544/2025; 8545/2025; 8546/2025; 8547/2025; 8548/2025; 8549/2025; 8550/2025; 8551/2025; 8552/2025; 8470/2025; 8471/2025; 8372/2025; 8374/2025; 8375/2025; 8376/2025; 8379/2025; 8396/2025; 8380/2025; 8400/2025; 8381/2025; 8402/2025; 8383/2025; 8392/2025; 8393/2025; 8394/2025; 8403/2025; 8434/2025; 8408/2025; 8409/2025; 8410/2025; 8411/2025; 8412/2025; 8618/2025; 8619/2025; 8620/2025; 8621/2025; 8622/2025; 8613/2025; 8639/2025; 8615/2025; 8640/2025; 8641/2025; 8642/2025; 8617/2025; 8616/2025; 8716/2025; 8714/2025; 8713/2025; 8712/2025; 8710/2025; 8708/2025; 8707/2025; 8702/2025; 8700/2025; 8698/2025; 8697/2025; 8696/2025; 8695/2025; 8694/2025; 8687/2025; 8686/2025; 8685/2025; 8683/2025; 8678/2025; 8677/2025; 8676/2025; 8675/2025; 8674/2025; 8645/2025; 8719/2025; 8721/2025; 8722/2025; 8723/2025; 8736/2025; 8737/2025; 8738/2025; 8739/2025; 8747/2025; 8748/2025; 8749/2025; 8750/2025; 8751/2025; 8763/2025; 8764/2025; 8766/2025; 8767/2025; 8404/2025; 8457/2025; 8398/2025; 8377/2025; 8378/2025; 8625/2025; 8691/2025; 8689/2025; 8690/2025; 8668/2025; 8669/2025; 8671/2025; 8646/2025; 8623/2025; 8624/2025; 8726/2025; 8313/2025; 8314/2025; 8315/2025; 8316/2025; 8705/2025; 8745/2025; 8355/2025; 8356/2025; 8357/2025; 8368/2025; 8369/2025; 8753/2025; 8769/2025; 8770/2025; 8771/2025; 8772/2025; 8773/2025; 8774/2025; 8775/2025; 8776/2025; 8367/2025; 8343/2025; 8342/2025; 8365/2025; 8364/2025; 8366/2025; 8341/2025; 8558/2025; 8609/2025; 8610/2025; 8557/2025; 8370/2025; 8371/2025; 8418/2025; 8419/2025; 8420/2025; 8421/2025; 8422/2025; 8423/2025; 8424/2025; 8425/2025; 8426/2025; 8427/2025; 8429/2025; 8428/2025; 8612/2025; 8611/2025; 8741/2025; 8742/2025; 8743/2025; 8744/2025; 8597/2025; 8455/2025; 8443/2025; 8435/2025; 8436/2025; 8554/2025; 8555/2025; 8730/2025; 8732/2025; 8733/2025; 8734/2025; 8561/2025; 8405/2025; 8407/2025; 8406/2025; 8711/2025; 8415/2025; 8416/2025; 8417/2025; 8665/2025; 8664/2025; 8663/2025; 8662/2025; 8661/2025; 8660/2025; 8659/2025; 8658/2025; 8657/2025; 8656/2025; 8655/2025; 8654/2025; 8653/2025; 8652/2025; 8666/2025; 8648/2025; 8755/2025; 8758/2025; 8762/2025; 8759/2025; 8761/2025; 8760/2025; 8458/2025; 8459/2025; 8384/2025; 8631/2025; 8630/2025; 8636/2025; 8635/2025; 8634/2025; 8633/2025; 8632/2025; 8414/2025; 8681/2025; 8679/2025; 8754/2025. Todos os itens foram aprovados com 5 votos favoráveis. Tendo sido deliberadas todas as proposições, a reunião foi encerrada, nos termos do Art. 100, VII do Regimento Interno, dia vinte e sete de agosto de dois mil e vinte e cinco, às quinze horas e trinta e um minutos. Eu, Alisson Dias de Lima, Secretário desta Comissão, lavro a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Presidente da Comissão, Deputado Daniel Donizet, e encaminhada para publicação.

 

 

 

DEPUTADO DANIEL DONIZET

Presidente da CDESCTMAT

 


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Documento assinado eletronicamente por DANIEL XAVIER DONIZET - Matr. 00144, Presidente, em 27/08/2025, às 15:59, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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DCL n° 183, de 28 de agosto de 2025

Atas - Comissões 4/2025

CSA

 

Ata de Reunião 

 

ATA DA 4ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

 

Aos vinte e seis de agosto de dois mil e vinte e cinco, às 10 horas e 12 minutos, na sala de Reunião das Comissões Dep. Juarezão, a Presidente da Comissão, Deputada Dayse Amarilio, abriu a Quarta Reunião Ordinária da Comissão de Saúde – CSA. Presentes os Deputados Gabriel Magno, Martins Machado e Pastor Daniel de Castro. Aberta a reunião, a Presidente informou aos membros sobre a existência de 40 matérias pendentes de deliberação e passou aos comunicados iniciais. Em seguida, transferiu a presidência dos trabalhos ao Deputado Pastor Daniel de Castro e iniciou-se a apreciação dos itens da pauta, sendo 12 pareceres de Projetos de Lei e 28 Indicações. Item 1Parecer ao Projeto de Lei nº 1132/2024, de autoria do Deputado Robério Negreiros, que “Institui a Campanha Distrital de Conscientização sobre a Depressão da Pessoa Idosa no Distrito Federal e dá outras providências”, com relatoria da Deputada Dayse Amarilio. O parecer foi pela aprovação da matéria, na forma do substitutivo. A relatora destacou a relevância do tema diante do aumento de casos de depressão entre idosos, especialmente após a pandemia. Apontou a ausência de dispositivos específicos sobre saúde mental nas leis vigentes e propôs substitutivo para incluir o tema nas legislações existentes. O Deputado Martins Machado relatou visita ao Centro Olímpico de Samambaia, onde observou o impacto positivo das atividades físicas e sociais na saúde mental dos idosos. A Deputada Dayse reforçou a importância da atenção primária e da presença de psicólogos e NASFs nas UBSs para diagnóstico precoce. Resultado: Aprovado na forma do substitutivo com 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 2 – Parecer ao Projeto de Lei nº 1204/2024, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que “Institui a campanha permanente de conscientização e prevenção da sepse neonatal no Distrito Federal”, com relatoria da Deputada Dayse Amarilio. O parecer foi pela aprovação da matéria. O parecer foi aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 3 – Parecer ao Projeto de Lei nº 1655/2025, de autoria do Deputado Fábio Felix, que “Institui e inclui no Calendário Oficial de Eventos do Distrito Federal o Dia dos Cuidados Paliativos”, de relatoria da Deputada Dayse Amarilio. O parecer foi pela aprovação da matéria. A relatora ressaltou a importância da data para sensibilização e formação de profissionais, destacando o Hospital de Apoio como referência e a necessidade de ampliar recursos e capacitação. Resultado: Aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 4 – Parecer ao Projeto de Lei nº 1193/2024, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que “Institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental e estabelece os requisitos para a concessão da certificação”, de relatoria do Deputado Gabriel Magno. O parecer foi pela aprovação da matéria, com acolhimento da Emenda Modificativa nº 1 da CDESCTMAT. A Deputada Dayse agradeceu o parecer do relator e defendeu o projeto como forma de incentivar boas práticas nas empresas e combater o absenteísmo. Apontou o déficit de servidores na saúde e os impactos na assistência. Na sequência o Deputado Martins Machado enfatizou o papel das empresas na prevenção e o impacto positivo na saúde emocional dos trabalhadores e suas famílias. Resultado: o parecer da matéria foi aprovado 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 5 – Parecer ao Projeto de Lei nº 839/2023, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que “Estabelece diretrizes para a transparência dos dados relacionados aos serviços de saúde no âmbito do Distrito Federal”, com relatoria do Deputado Martins Machado. O parecer foi pela aprovação da matéria. A Deputada Dayse explicou como elaborou a ideia do projeto de lei e criticou a falta de acesso à informação por parte dos usuários do SUS, como localização de medicamentos e posição em filas de exames e cirurgias. Defendeu a informatização e transparência como forma de reduzir ansiedade e melhorar a gestão. Resultado: o parecer foi pela aprovação da matéria, com 4 votos favoráveis e 1 ausência. A Deputada Dayse retoma a Presidência. Item 6 – Parecer ao Projeto de Lei nº 655/2023, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “Estabelece prioridade para a tramitação de processos em que o interessado é pessoa com doença rara”, que teve como relator o Deputado Martins Machado. O parecer foi pela aprovação da matéria. Não houve discussão. Resultado: o parecer da matéria foi aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 7 – Parecer ao Projeto de Lei nº 1369/2024, de autoria da Deputada Paula Belmonte, que “Institui a Política de Estímulo para Inserção de Jovens Aprendizes Autistas no Mercado de Trabalho no âmbito do Distrito Federal e dá outras providências”, com relatoria do Deputado Martins Machado. O parecer foi pela aprovação da matéria. Não houve discussão e o parecer da matéria foi aprovado com 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 8 – Parecer ao Projeto de Lei nº 1437/2024, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “Dispõe sobre o Programa Servidor Distrital Amigo do Autista – PSDAA, que trata da capacitação técnica de todos os servidores públicos distritais no atendimento às pessoas com o Transtorno do Espectro Autista – TEA”, com relatoria do Deputado Martins Machado. O parecer foi pela aprovação da matéria. Não houve discussão. Resultado: o parecer da matéria foi aprovado 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 9 – Parecer ao Projeto de Lei nº 810/2023, de autoria do Deputado João Cardoso, que “Institui o Disque Autismo, para recebimento de denúncias de maus-tratos e de violação dos direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no âmbito do Distrito Federal”, com relatoria do Deputado Pastor Daniel de Castro. O parecer foi pela aprovação da matéria. Não houve discussão. Resultado: o parecer da matéria foi aprovado 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 10 – Parecer ao Projeto de Lei nº 1102/2024, de autoria do Deputado Gabriel Magno, que “Altera a Lei nº 6.316, de 04 e julho de 2019, que ‘Dispõe sobre a obrigatoriedade do fornecimento ao consumidor de informações e documentos por parte de operadoras de plano ou seguro privado de assistência à saúde no caso de negativa de cobertura e dá outras providências’, para incluir direito à informação nos casos de suspensão, exclusão e rescisão unilateral dos usuários”, com relatoria do Deputado Pastor Daniel de Castro. O parecer foi pela aprovação da matéria, na forma do substitutivo apresentado na CDC. O Deputado Gabriel Magno detalhou sobre a elaboração do projeto de lei explicando que foi baseado em denúncias de descredenciamento de usuários com TEA por planos de saúde. O Parlamentar defendeu o projeto como resposta à violação de direitos. O Deputado Pastor Daniel de Castro complementou a fala e compartilhou o relato de uma mãe afetada por cancelamento de plano. O Deputado disse estar trabalhando em um projeto de lei nessa mesma temática. Diante disso, o Deputado Gabriel Magno sugeriu uma tramitação conjunta, que foi acatada pelo Deputado Pastor Daniel de Castro. A deputada Dayse defendeu a regulamentação do ofício de cuidador. Resultado: o parecer da matéria foi aprovado 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 11 – Parecer ao Projeto de Lei nº 1536/2025, de autoria do Deputado Eduardo Pedrosa, que “Institui a campanha de conscientização acerca do Vírus Sincicial Respiratório - VSR no âmbito do Distrito Federal e dá outras providências”, com relatoria do Deputado Pastor Daniel de Castro. O parecer foi pela aprovação da matéria. Não houve discussão. Resultado: o parecer da matéria foi aprovado 4 votos favoráveis e 1 ausência. Item 12 – Parecer ao Projeto de Lei nº 1549/2025, de autoria do Deputado Iolando, que “Dispõe sobre a criação da política distrital de atenção integrada ao transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e dá outras providências”, com relatoria do Deputado Pastor Daniel de Castro. O parecer foi pela aprovação da matéria. Não houve discussão. Resultado: o parecer da matéria foi aprovado 4 votos favoráveis e 1 ausência. A Deputada Dayse sugeriu que as 28 Indicações, correspondentes aos Itens 13 a 40 da pauta, fossem votadas em bloco, proposta que foi aprovada por todos os membros da Mesa. Resultado: As Indicações foram aprovadas com 4 votos favoráveis e 1 ausência. Nos pronunciamentos finais, a Deputada Dayse Amarilio convidou os membros da Comissão de Saúde para uma reunião com o Secretário de Economia do Distrito Federal. A Presidente informou que esse convite foi um encaminhamento da última prestação de contas da Secretaria de Saúde, realizada com a presença do Ministério Público, do Conselho de Saúde e do Secretário Dr. Juracy Cavalcante Lacerda Júnior. Na ocasião, foi sugerida a realização de uma reunião institucional com o Secretário de Economia, com o objetivo de apresentar dados reais sobre a situação da saúde pública e discutir medidas como nomeações e reestruturações da Subsaúde. Em seguida, a Presidente convidou os membros da Comissão para a apresentação de um relatório produzido por um instituto especializado, a ser realizada no dia 5 de setembro de 2025, às 9 horas, no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O relatório integra o Observatório da Violência contra Profissionais de Saúde, criado por lei de sua autoria. O Deputado Pastor Daniel de Castro pediu a palavra e mencionou a troca de superintendência na Região Sudoeste, especialmente no Hospital de Taguatinga, e os impactos dessa mudança na rotina dos servidores e usuários. A Deputada Dayse defendeu que os gestores sejam escolhidos com base em critérios técnicos e alinhamento com as diretrizes da Secretaria de Saúde, ressaltando a importância de ouvir os profissionais que atuam na ponta. A Presidente da Comissão agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às 11 horas e 19 minutos, da qual eu, Natalia dos Anjos Marques, na qualidade de Secretária da Comissão de Saúde, lavro a presente ata, que será assinada pela Presidente da Comissão, Deputada Dayse Amarilio, e encaminhada para publicação.

 

Brasília, 27 de agosto de 2025.

 

deputada dayse amarilio

Presidente da CSA


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Documento assinado eletronicamente por DAYSE AMARILIO DONETTS DINIZ - Matr. 00164, Presidente, em 27/08/2025, às 18:06, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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DCL n° 183, de 28 de agosto de 2025

Atos 460/2025

Presidente

 

Ato do Presidente Nº 460, DE 2025


Institui, no âmbito da Câmara Legislativa do Distrito Federal, banco de servidores para atuação, sob demanda e com finalidade específica (ad hoc), em comissões de sindicância e processos administrativos disciplinares.
 

O PRESIDENTE DA CÂMARA  LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, nos termos do art. 44, § 1º, XII, do Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal, e do art. 229, § 2º, da Lei Complementar nº 840/2011, RESOLVE:

Art. 1º Fica instituído, no âmbito da Câmara Legislativa do Distrito Federal, banco de servidores estáveis e ocupantes dos cargos de Assistente Técnico Legislativo, Técnico Administrativo Legislativo, Analista Legislativo, Consultor Técnico-Legislativo, Consultor Legislativo e Procurador Legislativo, para atuação, quando demandados e para finalidade específica (ad hoc), em comissão processante especial designada para apurar sindicâncias e processos administrativos disciplinares, na forma do Anexo Único.

Art. 2º A composição do banco de servidores deverá ser renovada periodicamente.

Art. 3º Fica revogado o Ato do Presidente nº 452, de 2025.

 

ANEXO ÚNICO

 

Unidade

Nome do(a) servidor(a)

Matrícula

Cargo

GPVP

Natani Leal Coriolano

23184

Analista Legislativo

Renivaldo Marques de Souza

14.304

Analista Legislativo

Cristina Rodrigues Campos

23.013

Analista Legislativo

Jéssica Gonçalves da Silva

23204

Consultor Técnico-legislativo

GSVP

Daisy Diniz Lopes Rocha

22752

Analista Legislativo

Lincoln Vítor Santos

22722

Consultor Técnico-Legislativo

GPS

 

Sandra Curado dos Santos

13289

Assistente Técnico Legislativo

Regina Lucia de Morais

11718

Assistente Técnico Legislativo

Jânio de Sousa Macedo

13.295

Assistente Técnico Legislativo

Francisco de Souza Xavier

11229

Técnico Administrativo Legislativo

Edna Alves Nogueira

11452

 Técnico Administrativo Legislativo

Felipe Cesar Stabnow Santos

23443

Analista Legislativo

Rafaela Sposito Moletta

22843

Analista Legislativo

Kelly Cristina Nóbrega Oliveira do Nascimento

23.392

Analista Legislativo

Fernanda Duarte Vieira

23315

Analista Legislativo

Karolina do Nascimento Costa

23.199

Analista Legislativo

Fernanda Vieira Santos Azevedo Borges

16.923

Analista Legislativo

Vítor Nascimento Ferreira

23.005

Analista Legislativo

Eduardo Botelho Silva Mauad

23377

Consultor Técnico-legislativo

GSS

João Batista Carneiro Neto

11.617

Técnico Administrativo Legislativo

Sebastião Bento Tavares

11.778

Assistente Técnico Legislativo

Mário Noleto Oliveira do Carmo

11439

Analista Legislativo

Vanessa Zumpichiatti de Campani Rodrigues

16759

Consultor Técnico-Legislativo

Antônio Carlos Dib de Sousa e Silva

11.343

Procurador Legislativo

GTS

Jeizon Allen Silverio Lopes

18.334

Consultor Legislativo

Josabette Monica Gomes de Souza

23.073

Consultor Legislativo

GQS

Maria do Socorro Ferreira Franco

11.367

Assistente Técnico Legislativo

Manoel Carlos Pereira

11.559

Técnico Administrativo Legislativo

Wanderley Gonçalves Freitas

11.298

Técnico Administrativo Legislativo

Diego Ferreira Garcia

22.708

Consultor Técnico-Legislativo

 

Brasília, 27 de agosto de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ​

Presidente


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 27/08/2025, às 18:10, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Ato do Presidente Nº 460, DE 2025 Institui, no âmbito da Câmara Legislativa do Distrito Federal, banco de servidores para atuação, sob demanda e com finalidade específica (ad hoc), em comissões de sindicância e processos administrativos disciplinares.   O PRESIDENTE DA CÂMARA  LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no...
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DCL n° 183, de 28 de agosto de 2025

Atos 464/2025

Presidente

 

Ato do Presidente Nº 464, DE 2025

O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições regimentais e do que dispõe o art. 44 da Lei Complementar nº 840/2011 e o art. 9º da Resolução nº 232/2007, RESOLVE:

1. DISPENSAR DIEGO ABREU TORMIN, matrícula nº 20.067, dos encargos de Membro Suplente do Cargo em Comissão de Assistência, CL-01, da Comissão de Processo Disciplinar e Tomada de Contas Especial. (CC).

2. DESIGNAR FABIANA YUKA FUJIMOTO, matrícula nº 23.193, ocupante do cargo efetivo de Consultor Técnico-Legislativo, para responder pelos encargos de Membro Suplente da Comissão de Processo Disciplinar e Tomada de Contas Especial, nas ausências e impedimentos legais da titular SAMIA LOTT ZANUTTO, matrícula nº 16.693, ocupante do Cargo em Comissão de Assistência, CL-01. (CC).

 

 

Brasília, 27 de agosto de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 27/08/2025, às 18:43, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Ato do Presidente Nº 464, DE 2025 O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições regimentais e do que dispõe o art. 44 da Lei Complementar nº 840/2011 e o art. 9º da Resolução nº 232/2007, RESOLVE: 1. DISPENSAR DIEGO ABREU TORMIN, matrícula nº 20.067, dos encargos de Membro Sup...
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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Portarias 352/2025

Diretoria de Gestão de Pessoas

 

Portaria-DGP Nº 352, de 26 de agosto de 2025

A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da Mesa Diretora, tendo em vista o que dispõe o art. 114 da Lei Complementar nº 840, de 2011; o art. 40, § 19, da Constituição Federal c/c o art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 2005; e o que consta no Processo nº 00001-00031955/2025-47, RESOLVE:

CONCEDER, a partir de 17 de agosto de 2025, à servidora ANA LUISA QUINTAO VAZ DE MELLO, matrícula nº 12.014-72, ocupante do cargo efetivo de Analista Legislativo, categoria Analista Legislativo, abono de permanência, equivalente ao valor de sua contribuição previdenciária, suspendendo-se o benefício em caso de aposentadoria.

 

edilair da silva sena

Diretora de Gestão de Pessoas


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Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão de Pessoas, em 26/08/2025, às 17:08, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Portaria-DGP Nº 352, de 26 de agosto de 2025 A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da Mesa Diretora, tendo em vista o que dispõe o art. 114 da Lei Complementar nº 840, de 20...
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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025

Despachos 1/2025

Ordenador de Despesas

 

Despacho 

DESPACHO DO ORDENADOR DE DESPESA

 

PROCESSO 00001-00037720/2024-88. CREDOR: ***.087.151-** - LUIZ TADAYUKI ONO. ASSUNTO: Reconhecimento de dívida de exercício anterior do ano de 2024 (11 meses de RRA), decorrente da revisão do adicional por tempo de serviço (ATS) gerada por averbação de tempo de serviço, conforme Portaria-DGP n° 320/2025, publicada no DCL de 12/08/2025 (SEI 2273421), Cálculo ATS (SEI 2281408), Despacho SEPAG (SEI 2281410), Declaração DGP (SEI 2282955), Despacho DGP (SEI 2288298) e Despacho DAF (SEI 2288634). R$ 4.880,44 (Classificação orçamentária: 31.90.92-11). VALOR: R$ 4.880,44 (Quatro Mil e Oitocentos e Oitenta Reais e Quarenta e Quatro Centavos). PROGRAMA DE TRABALHO: 01.122.8204.8502 - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL. ELEMENTO DE DESPESA: 3190-92 - DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES. RECONHECEMOS A DÍVIDA E AUTORIZAMOS A REALIZAÇÃO DA DESPESA, determino a emissão da Nota de Empenho, da Nota de Lançamento e da Ordem Bancária em favor do credor e no valor especificado.

 

JOÃO MONTEIRO NETO

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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da Mesa Diretora, em 26/08/2025, às 18:13, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março de 2025.


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...  Despacho  DESPACHO DO ORDENADOR DE DESPESA   PROCESSO 00001-00037720/2024-88. CREDOR: ***.087.151-** - LUIZ TADAYUKI ONO. ASSUNTO: Reconhecimento de dívida de exercício anterior do ano de 2024 (11 meses de RRA), decorrente da revisão do adicional por tempo de serviço (ATS) gerada por averbação de tempo de servi...
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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Ordinária 67/2025

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA SUCINTA DA 67ª (SEXAGÉSIMA SÉTIMA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
EM 21 DE AGOSTO DE 2025

SÚMULA

PRESIDÊNCIA: Deputada Paula Belmonte
LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal
INÍCIO: 15 horas e 29 minutos
TÉRMINO: 19 horas e 20 minutos

Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.

1 ABERTURA

Presidente (Deputada Paula Belmonte)
–  Declara aberta a sessão.

1.1 LEITURA DE EXPEDIENTE
– A Deputada Paula Belmonte procede à leitura do expediente sobre a mesa.

2 COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA

Presidente (Deputada Paula Belmonte)
– Informa que, de acordo com o Requerimento nº 2.173, de 2025, de autoria da Deputada Paula
Belmonte, a sessão ordinária será transformada em comissão geral para debater o Fundo dos Direitos da
Criança e do Adolescente do Distrito Federal – FDCA.

3 ENCERRAMENTO

Presidente (Deputada Paula Belmonte)
– Agradece a presença de todos e declara encerradas a presente comissão geral e a sessão que a
originou.

Observação: O registro de presença dos parlamentares está dispensado, conforme o disposto no art. 131,
§ 4º, do Regimento Interno da CLDF, e no art. 1º, § 2º, II, do Ato da Mesa Diretora nº 49, de 2025.


Nos termos do art. 135, I, do Regimento Interno, lavro a presente ata.


PEDRO HENRIQUE VASCONCELOS E VALADARES
Chefe do Setor de Ata e Súmula – Substituto
Documento assinado eletronicamente por PEDRO HENRIQUE VASCONCELOS E VALADARES - Matr.
24308, Chefe do Setor de Ata e Súmula - Substituto(a), em 23/08/2025, às 11:34, conforme Art. 30, do
Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de
27 de março de 2025.
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...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA SUCINTA DA 67ª (SEXAGÉSIMA SÉTIMA)SESSÃO ORDINÁRIA,EM 21 DE AGOSTO DE 2025 SÚMULA PRESIDÊNCIA: Deputada Paula BelmonteLOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito FederalINÍCIO: 15 horas e 29 minutosTÉRMINO: 19 horas e 20 minutos Observação: A v...
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DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 66/2025

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA
66ª SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 20 DE AGOSTO DE 2025.
INÍCIO ÀS 15H08 TÉRMINO ÀS 16H36

PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos.
Sobre a mesa, expediente que será lido por mim.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Como não se verifica o quórum mínimo de
presença, suspendo os trabalhos até que ele se complete.
(Os trabalhos são suspensos.)
PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Reinicio os trabalhos. Está aberta a sessão.
Estão presentes no plenário a deputada Paula Belmonte, o deputado Thiago Manzoni, a
deputada Jaqueline Silva, o deputado Pepa, o deputado Gabriel Magno e o deputado Pastor Daniel de
Castro.
Dá-se início ao comunicado de líderes.
Concedo a palavra ao deputado Iolando. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Rogério Morro da Cruz. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Como líder.) – Boa tarde, presidente. Boa tarde aos demais
parlamentares, à imprensa que está presente, a você que nos acompanha pelo YouTube, pela TV
Câmara Distrital.
Nos últimos dias, eu tenho recebido sucessivamente mensagens, vídeos, telefonemas – tanto
no meu celular quanto no meu gabinete – de professores da rede pública do Distrito Federal. Eles
agradecem pelo trabalho que desempenhamos nesta casa – pelos projetos de lei que temos
apresentado – e, em especial, pela nossa mobilização constante a favor das escolas cívico-militares.
Os professores têm recebido um feedback muito positivo da comunidade onde essas escolas
funcionam – em especial dos pais dos alunos dessas escolas. Ao longo do tempo, tornou-se comum
receber esses telefonemas e essas mensagens dos professores do Distrito Federal. Durante muito
tempo, uma parte significativa dos nossos professores se viu tolhida até no direito de expor as suas
ideias da forma como gostariam. Ao enxergarem no nosso mandato uma possibilidade de defesa deles,
muitos nos agradecem e dizem que hoje se sentem à vontade para falar e exercer a sua atividade
profissional de acordo com aquilo que gostariam.
Então, eu deixo esse registro. Agradeço a cada um desses professores que manda mensagem,
que vem ao meu gabinete, que telefona e que compartilha conosco o projeto e o desejo de uma
educação que não sirva para a formação de militância ideológica, de militância partidária, mas que
forme os nossos alunos – as nossas crianças e nossos adolescentes – para o mercado de trabalho.
Todos nós queremos uma geração de alunos que saiba falar, ler e entender a língua portuguesa, que
tenha aptidão matemática e os conhecimentos necessários para, ao chegar na idade adulta, se inserir
no mercado de trabalho e se tornar produtiva. Nós queremos uma geração produtiva.
Eu gostaria de deixar esse agradecimento para a classe dos professores do Distrito Federal.
Vocês podem contar comigo e com o meu mandato. Desde o início deste mandato, nós temos lutado
por uma escolarização livre de ideologia, livre de doutrinação. Nós temos aportado emendas
parlamentares para as escolas do Distrito Federal, o que tem melhorado tanto a qualidade de vida dos
professores quanto a possibilidade de aprendizagem dos alunos, que, no final das contas, são os
destinatários desse serviço público chamado educação. É muito bom ver que isso tem produzido efeito.
Professores do Distrito Federal, a minha mensagem a vocês é muito clara: podem continuar
contando comigo, porque eu continuo contando com vocês.
Ressalto o meu muito obrigado a todos aqueles que: querem disciplina; acreditam na formação
dessas crianças e desses adolescentes com valores e conteúdos corretos, com conteúdo programático
adequado; dedicam-se à firmeza de caráter; acreditam em uma escolarização que vai melhorar a vida
das pessoas, o Distrito Federal e a nossa nação; dedicam-se como se fosse um sacerdócio, pois todos
os dias abrem mão de um monte de coisas para tornar as nossas crianças e os nossos adolescentes
estudantes com bons resultados de aprendizagem.
A todos vocês, ressalto o meu muito obrigado e o meu compromisso de que na Câmara
Legislativa nós continuaremos lutando por vocês e apresentando, além das emendas parlamentares
que entregamos, projetos de lei que facilitem e valorizem o trabalho de vocês. Vocês merecem essa
valorização, que é salarial também, mas perpassa por um monte de outros aspectos, como o respeito
em sala de aula e a forma como vocês são vistos pela sociedade e tratados pelos pais dos alunos. Para
tudo isso, vocês podem contar conosco. Nós estaremos sempre ao lado de vocês. Contem com o nosso
mandato. Nós continuamos contando com vocês também.
Tenho certeza de que haverá, no Distrito Federal e no Brasil, uma geração que está sendo
formada agora que será muito produtiva e terá muito a entregar à nossa nação.
Fiquem com Deus. Que Deus abençoe o trabalho de vocês.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Registro a presença do deputado Fábio Félix e da deputada Dayse Amarilio.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder.) – Presidente deputado Max Maciel, boa
tarde. Boa tarde a todas as pessoas que nos acompanham nesta quarta-feira.
Este plenário hoje tem ares de uma quarta-feira de ressaca, diante do escândalo e da vergonha
do que aconteceu ontem. Hoje pela manhã, a notícia com a qual todos nós acordamos dava conta de
mais um esquema de fraude que envolve o Banco Master – mais um esquema que começa a ser
investigado, no valor de R$300 milhões. Ali, o que haverá é isto: fraude, corrupção, desvio, práticas
ilegais, e nós começaremos a descobrir tudo isso.
O que me chama atenção, deputado Max Maciel – e vossa excelência, ao assumir a
presidência, já viu –, é que chegou hoje a sanção do projeto de lei que trata da autorização. Ele já foi
sancionado, em menos de 24 horas! O governador Ibaneis estava com uma pressa danada. Para os
amigos, para salvar interesses de amigo, o governador não pensa duas vezes. Não existe soneca. Ele
não estava viajando, não estava estudando um pouco mais. É tudo muito rápido. Num piscar de olhos,
estão sancionados R$2 bilhões para fraudes, para negociatas, para o amigo banqueiro, para um
negócio que vai acontecer. Em menos de 24 horas! Talvez a sanção desse projeto tenha sido a mais
rápida da história da Câmara Legislativa.
No entanto, para os professores, por exemplo, para encaminhar um projeto de lei que melhore
a carreira deles, foi necessária uma greve de mais de 20 dias, foi preciso o apelo de vários
parlamentares desta casa – da oposição e da base. Preciso reconhecer, inclusive, a atuação do
deputado Pastor Daniel de Castro, que fez esse apelo diversas vezes ao governo. E até hoje, esse
projeto de lei para reestruturar a carreira dos professores não chegou a esta casa!
Esta é a prioridade do governo Ibaneis: para os amigos e para os negócios, ele é muito
eficiente; para a cidade, para os interesses dos servidores públicos, para os interesses da população do
Distrito Federal, sempre há um porém, deputada Paula Belmonte, sempre há uma desculpa.
É importante lembrar, inclusive, que o decreto de contingenciamento de R$1 bilhão continua
vigente, com a justificativa de que houve frustração de receitas, frustação na arrecadação. Mas, nesse
mesmo período, nós já votamos nesta casa 2 créditos milionários para a Novacap, com o argumento de
que não houve frustração de receita, mas, sim, aumento na arrecadação.
Portanto, este é o governo dos interesses dos amigos. É uma vergonha o que nós estamos
presenciando hoje no Distrito Federal, presidente. Estamos vendo um governo que está a serviço dos
interesses privados, dos negócios que realiza na cidade. A população do Distrito Federal está
completamente abandonada.
O governador – eu disse isso aqui ontem –, mais uma vez, fez uma declaração lamentável. O
governador da capital do país disse e reproduziu o pensamento de que estamos vivendo uma ditadura,
que não estamos vivendo uma democracia. É uma vergonha o governador do Distrito Federal, que
tirou soneca no dia 8 de janeiro, que fez um governo inteiro de favores para os amigos e para as
negociatas que ele organizou, abandonar a cidade como está fazendo.
A cidade está abandonada na saúde, é só bater numa UPA, é só bater num hospital, é só bater
numa UBS. As escolas da cidade estão abandonadas. O deputado Thiago Manzoni muito bem lembrou
aqui na tribuna: as escolas estão sobrevivendo com as emendas parlamentares, porque não recebem
investimento do Estado, porque a Secretaria de Estado de Educação abandonou a rede. Parabenizo,
deputado Thiago Manzoni, todos os parlamentares que destinaram emendas para as escolas. Eu tenho
o maior respeito por essa ação. Sou, neste ano, o parlamentar que mais destinou recursos: R$21
milhões, deputado Pastor Daniel de Castro, só neste ano. Mas acho que as escolas do Distrito Federal
não deveriam funcionar por meio de emendas.
A minha crítica não é essa. A minha crítica é que o Estado abandonou as escolas, como
abandonou, deputado Fábio Félix, a assistência social; deputado Max Maciel, o Estado abandonou o
sistema de transporte e mobilidade. Nós estamos vendo agora mais uma vergonhosa intervenção no
centro da cidade com a implantação das bolotas, que atrapalham a população, para garantir o
interesse privado de uma empresa explorar estacionamento. Ocupa-se o espaço público para garantir o
interesse privado de uma empresa! Nós estamos entrando, deputado Max Maciel, com uma
representação no Iphan, para pedir explicações ao Governo do Distrito Federal sobre a utilização do
espaço público para uma intervenção que tira o direito de mobilidade da população do Distrito Federal
com vistas a garantir a exploração comercial por uma empresa. Esse é o Governo do Distrito Federal: o
governo do bilionário Ibaneis para os ricos dessa cidade, o governo que abandonou completamente o
Distrito Federal e a população.
Eu lamento, deputado Max Maciel, que tenhamos iniciado a sessão hoje nesse clima de
ressaca, com o plenário vazio, com quase nenhum parlamentar da base para fazer o debate acerca dos
interesses do Distrito Federal. O povo do DF quer respostas para o caos da saúde, da educação, para a
desvalorização dos servidores públicos – que inclusive estão superendividados com o BRB –, para o
problema da segurança, da falta de moradia. Qual é a resposta que nós, a classe política dessa cidade,
e o governador vamos dar para o fato de o DF ter o dobro do desemprego da média nacional?
Infelizmente, a resposta, hoje, da base do governo e do governo é que o que está em jogo não são os
interesses da população, mas os negócios particulares dos amigos do governador.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – (Bloco A Força da Família. Como líder.) –
Presidente, muito obrigado.
Cumprimento os nobres parlamentares presentes, aqueles que assistem à sessão e os
servidores.
Eu não sinto esse clima de ressaca de que o deputado que me antecedeu falou. Nós somos
avaliados pelo que fazemos e falamos, até porque a comunidade assiste às sessões. É por isso que o
PT está longe do governo no Distrito Federal e não vai voltar: a população pode ter um carinho por um
espectro ou por outro, mas se há algo de que ela gosta é da palavra verdadeira e real. Ele vende o
Governo do Distrito Federal como se fosse um caos e não consegue analisar o governo federal dele. É
por isso que hoje tomaram uma taca, tentarem assaltar a CPI e perderam a votação da CPMI lá no
Congresso Nacional. Nem a base que sustenta o governo aguenta mais o governo. Falam tudo, mas
não têm a ombridade de falar que as ações do BRB, de ontem para hoje, subiram 20%.
Brasília, você está assistindo a nós. Eu sei o que você faz. É natural. O deputado que me
antecedeu – não vou citar o nome para não dar direito de resposta – fala para a base dele, mas não é
justo não reconhecer o que está sendo feito no Distrito Federal. Essa gestão é tão competente que está
no segundo mandato e vai eleger a Celina para um terceiro mandato. É a força do trabalho, porque a
comunidade não julga pela fala, ela julga pelo que faz. Entre falar e fazer, há uma distância
extraordinária. É muito fácil você trabalhar as palavras para chegar aqui e falar para denegrir a imagem
de um governo. Mas nós estamos falando do maior assalto da história do Brasil, e nunca a esquerda
deu uma palavra aqui sobre o roubo do INSS. Disso aqui eles não falam. Falar do desgoverno do
descondenado, eles não têm a capacidade de falar, mas eles têm de vir aqui e bater no governador
Ibaneis. É tal qual com o Bolsonaro: bate, cresce; bate, cresce.
Eu estou dizendo para Brasília que, de ontem para hoje, as ações do BRB subiram 20%. Essa
casa naturalmente não entrou no debate, porque isto era tudo o que a esquerda queria mesmo:
debater, empurrar com a barriga, não votar. Mas o projeto está votado. Tenho certeza de que, daqui a
uns dias... Aliás, o próximo passo – já passou pelo Cade – vai ser passar pelo Banco Central, que é do
governo deles. Eu quero ver, quando o Galípolo autorizar essa transação, se esses deputados que
vieram aqui falar o que estão falando virão aqui bater palma para o presidente do Banco Central.
Quero deixar isso registrado, deputado Thiago Manzoni. Se o Banco Central não aprovar, tudo bem,
razão a eles assiste; mas, se aprovar, quero ver qual será a fala deles, se continuarão jogando a pecha
que jogam.
Acho até que o Governo do Distrito Federal – imagino que eles assistem a nós também –
deveria mensurar essas palavras, porque há um limite no campo do enfrentamento. Jogar pecha com
acusações pesadas, eu entendo que é crime, que deveriam ter provas e que, se não tiverem, devem
responder. Espero que o governo tenha a possibilidade de analisar essas falas, ver a veracidade ou não
e tomar as providências necessárias, pois estamos falando de um deputado que está fazendo acusação
de corrupção do Governo do Distrito Federal pelo BRB. Isso é extremamente grave e precisa de uma
resposta do Governo do Distrito Federal, até para nós da base ficarmos tranquilos para fazermos os
enfrentamentos e darmos as respostas necessárias.
Eu sei que Brasília assiste a nós e nos ouve. Nós estamos fazendo nosso papel. A base está
aqui. O deputado Thiago Manzoni está aqui, eu estou aqui também, o deputado Pepa passou aqui, e a
deputada Jaqueline Silva está na comissão. Eu cheguei cedo. Faço meu papel. Não falto às sessões e
sempre estarei aqui para trazer os 2 pontos: fazer o enfrentamento e mostrar a verdade para Brasília.
Outrossim, deputado Thiago Manzoni, parabéns pelo seu discurso sobre os professores. O
deputado que me antecedeu é egresso da Secretaria de Educação, mas não sei se ele teve a vivência...
O senhor é servidor da Secretaria de Educação, mas não sei por quanto tempo o senhor exerceu o
cargo, pois acho que, logo, o senhor foi...
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – (Bloco A Força da Família. Como líder.) – Em 2009,
o senhor estava lá, mas acho que, logo, o senhor foi para o sindicato. De 2009 para 2013, foram 4
anos só na educação. O restante foi no sindicato.
Sabemos que existem problemas em muitas coisas, mas a base desta casa tem investido na
educação através das nossas emendas. Seguramente a área onde mais indiquei emendas no meu
mandato foi a educação. Fui até, muitas vezes, criticado, mas tenho feito esse papel. Na LOA, fiz uma
indicação de R$300 milhões para a Secretaria de Educação, para contratação e aumento de
professores. Nós também temos feito nosso papel.
Presidente, finalizando, quero que fique registrado nesta mesa, deputado Max Maciel, que eu
tenho feito enfrentamentos dentro do limite do equilíbrio e da vivência parcimoniosa entre nós pares.
No último discurso, fui muito duro com o governo do descondenado Lula e vou continuar sendo. E,
parece que, em um ato profético, eu estava falando: “Vocês querem ver?” Vira e mexe, o pessoal da
esquerda, quando é atacado na mídia social, usa a estrutura desta casa – de uma forma correta.
Deputado nenhum nesta casa, de direita ou de esquerda, pode ser atacado no exercício do seu
mandato. Temos que ter a cobertura desta casa, inclusive da Polícia Legislativa.
Eu falei no meu discurso: “Entrem na minha página e vejam o que a esquerda fala de mim”.
Estou notificando esta casa para que faça uma devassa e mande chamar todos aqueles que têm falado
as palavras que têm falado no meu Instagram. Nenhum deles, presidente, ficará sem resposta! Não
sou leviano, não sou corrupto, não sou bandido! Tenho uma história de vida nesta cidade, que meu pai
me ajudou a construir e que é linda! Eu nunca respondi a um processo na minha vida. Não aceito
membros da esquerda entrarem no meu Instagram. Eu já visitei o Instagram deles, já sei quem são e
estou pedindo à Câmara Legislativa que os chame. E vou processar todos eles!
Não sou de fazer isso, eu sou do diálogo. Alguns já vieram aqui, a chamado da Copol. No final,
a pessoa foi ao meu gabinete, pediu desculpas, pediu perdão, admitiu que falou besteira, disse que
estava estressada por causa do jogo da política. Mas quero dizer que ninguém que me afronta em
minhas redes sociais ficará sem resposta daqui para a frente – no mundo policial e no mundo judicial.
Intentarei ações contra todos que falarem uma vírgula do meu nome. E quem falar vai ter que provar!
Peço à Copol que pegue o meu Instagram e vá, de um a um, às pessoas que estão falando de
mim quando eu falo do Lula. Eu falo do Lula, o chamo de descondenado, mas nunca imputei uma
acusação criminal a ele que não fossem os processos que transitaram na justiça, que foram julgados e
pelos quais ele foi condenado. Agora, falar que a ou b é ladrão, tem que provar! Se falar que a ou b é
um canalha, tem que comprovar. Trata-se de pessoas que se intitulam da esquerda – eu entrei no
Instagram delas. Eu vi quem são esses que falam conosco nas nossas redes sociais. Não aceito mais
isso! Todos os que falaram vão ter que vir à Copol, nesta casa, e eu mandarei processos para a polícia
e para a justiça. Não aceito isso! Peço que isso fique registrado nos anais desta casa.
Presidente, peço a vossa excelência que tome imediatamente a decisão de comunicar à Copol
que faça a busca dessas pessoas para que elas venham a esta casa prestar esclarecimento e provar o
que estão falando. Se elas não provarem, vão responder a um processo.
PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro. O
senhor tem todo o direito de fazer esse pedido em razão dos ataques. Oficializo à Copol que dê o
devido seguimento.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder.) – Boa tarde a todos.
Ontem, graças a Deus, tivemos uma sessão nesta casa democrática, onde ninguém é obrigado
a concordar com ninguém. Eu defendo que as pessoas tenham a liberdade de discordar umas das
outras. Acredito, verdadeiramente, que hoje há meios criminais para denunciar e judicializar as
interferências vindas de posições contrárias, conforme cada um ache necessário. Defendemos a
liberdade e acreditamos nisso.
Quero registrar minha posição de ontem. Eu não faço parte de um partido de esquerda e não
faço parte do bloco partidário da oposição, mas fui contra o projeto do BRB, baseada em muitos dados
técnicos.
Tenho a grata alegria de dizer que, como deputada federal, participei da votação do projeto de
independência do Banco Central do Brasil, cujo presidente, hoje, é independente. Isso é fundamental
para que o Bacen possa analisar tecnicamente os fatos. O Banco Central autorizar ou não autorizar a
venda do Banco Master leva em consideração apenas a legalidade disso – como já vi a CCJ não
aprovando o mérito de uma determinada questão, mas aprovando a constitucionalidade dela. Então, é
importante dizer que a aprovação do Banco Central não significa que essa operação será boa.
Essa operação não teve documento! Peço a qualquer parlamentar que me mostre a justificativa
plausível, que me mostre que está entendendo o que está sendo feito. Eu duvido que algum
parlamentar tenha visto o projeto. Ninguém votou, em 2 horas e meia, um projeto que não existe. Não
existem dados técnicos e financeiros para comprovar que essa operação será boa ou não. Estou
torcendo agora para que ela seja boa, porque foi aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Tomara que essa operação seja boa, porque, se não for boa, quem vai se dar mal é a população do
Distrito Federal.
A população do Distrito Federal está se dando mal há 8 anos. Deus me livre de ver continuar
um governo desses! Nesse governo, todos os dias, vemos pessoas morrendo nas unidades de saúde.
Deus me livre! Eu acabei de chegar de uma UBS. Lá não há servidor! Deus me livre! Já bastam 8 anos!
Querem mais 4? Meu Deus! Será que não existe humanidade? As pessoas estão morrendo nas filas dos
hospitais! As crianças estão comendo carne moída com sebo! Há escolas sem caixa d’água! Acabei de
ver uma escola em Planaltina sem caixa d’água: o CIL. Há 10 anos, essa escola não tem caixa d’água!
O governo tem 8 anos. Ele teve oportunidade de fazer, em 8 anos, uma caixa d’água, não fez e quer
ficar mais 4? Desculpa. Não seja tão cara-de-pau de não ver o que está acontecendo. Brasília tem
obras, mas há pessoas aqui que não têm dignidade. Só aumentam os programas sociais porque as
pessoas estão morrendo de fome. Elas estão morrendo de fome porque não têm emprego! Elas não
têm prosperidade!
Precisamos de um governo sério. Neste governo, há corrupção, sim, porque já foi encontrado
secretário deste governo com dinheiro na mala! Ou ninguém lembra? Realizamos 2 audiências públicas
sobre o Iprev. Esse instituto deu prejuízo a todos os servidores aposentados do Distrito Federal.
E, nesta casa, nós estamos falando que está tudo às mil maravilhas? Pelo amor de Deus,
vamos ter senso! Estamos numa tribuna, com autoridade constituída por Deus e pelo povo. Temos a
responsabilidade de falar: chega de enganação! Falamos isso para não dizer outra coisa: chega de
Ibaneis! Chega!
Acabei de chegar de uma área rural. As pessoas estão passando fome. As pessoas não têm
dignidade. As UBS estão lotadas, porque elas não tratam as pessoas, não têm condições de receber as
pessoas.
Aí dizem que é problema disso, problema daquilo e que está tudo uma maravilha. Onde está
essa maravilha? Quero vê-la, porque quero começar a falar dela. Do que é bom nós falamos. Muita
coisa boa aconteceu. Agora mesmo, eu estive no projeto NaMoral, que o governo institucionalizou. O
projeto dá dignidade, princípios e valores para as nossas crianças. Vamos elogiá-lo! Agora, falar que
está tudo bem e que não existe corrupção? Onde não existe corrupção? Eu pergunto onde ela não
existe, porque, na saúde, existe; na educação, existe; na segurança, existe. Onde não existe
corrupção?
As pessoas começaram a morrer no Plano Piloto em assaltos! Onde está a segurança toda que
tem Brasília? Foram 4 pessoas decapitadas na capital federal neste ano! E nós estamos falando que
está tudo bem? Não está tudo bem.
Vou começar a falar. E não sou de esquerda. Eu sou de direita! Mas eu acredito no social e na
dignidade. Acredito, sim, em princípios e em valores. Estou aqui para trabalhar para o povo e não para
sistema de corrupção.
Obrigada, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Obrigado.
Convido a deputada Paula Belmonte para presidir os trabalhos desta sessão.
(Assume a presidência a deputada Paula Belmonte.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Assumo a presidência.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder.) – Senhora presidente, senhoras e senhores
deputados, neste domingo, tive a oportunidade de visitar uma comunidade rural no município de Santo
Antônio do Descoberto. Essa comunidade tem aproximadamente 200 anos. Ela está localizada a 11
quilômetros da cidade, passando-se por uma estrada de chão. Conheci um cidadão chamado Seu
Joaquinzim, de 86 anos. Os avós desse senhor estão enterrados no cemitério da comunidade.
Essa comunidade, que está lá há mais de 200 anos, agora está sendo perseguida por parentes
– primos, tias – do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Há uma casa, de boa qualidade, que foi
tomada pelos primos do Caiado com o apoio de pistoleiros. Montaram uma base nessa casa para atacar
a população local.
Foi-nos oferecido um almoço, e estive lá com a deputada federal Erika Kokay e com a
presidente da SR-28, a superintendência do Incra no Distrito Federal e no Entorno, referente à área do
estado de Goiás. Pudemos ver o desespero daquela população. Felizmente, a Fundação Palmares
publicou uma portaria de investigação, pois aquela é uma área quilombola. Houve uma decisão do
ministro Fachin suspendendo a desapropriação, medida determinada por uma juíza de Santo Antônio
do Descoberto. Essa decisão desumana foi cassada, e agora há um processo de investigação para que
a terra possa ser cedida àquelas famílias.
Eu vi o trabalho realizado, o carinho e o amor que aquela população tem pelas casas, pelas
famílias, pelas pessoas. Lá também pude ver o respeito que o jornal Metrópoles conquistou perante a
comunidade. Foi uma matéria do Metrópoles – que mostrava inclusive o cemitério local – que
contribuiu para que o ministro Fachin concedesse a liminar e suspendesse aquelas derrubadas
desumanas que estavam acontecendo.
A deputada federal Erika Kokay, eu e a companheira Cláudia Farinha, do Incra, continuaremos
ao lado daquela comunidade e contra os grileiros agressores daquela terra.
Dito isso, quero abordar outro ponto. Saiu uma ampla matéria hoje, no jornal O Estado de
São Paulo, acerca de uma falcatrua que envolve o Banco Master e uma suposta empresa que, ao que
me parece, é uma empresa fantasma. Trata-se de uma empresa com capital de R$50 mil à qual foram
concedidos R$300 milhões por parte do Banco Master. Esse negócio está fedendo! Essa coisa está
muito feia!
Como líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, protocolei agora um ofício por meio do
qual solicitamos à Comissão de Valores Mobiliários – que foi quem realizou a investigação – toda a
documentação resultante dessa apuração, para que verifiquemos quais providências devemos tomar.
Ontem, perdemos uma votação aqui. Respeito o processo democrático. Perdemos! Cabe-nos
lamentar. Houve votação por maioria, e a maioria decidiu. Então, o caso está decidido. No entanto, isso
não impede que continuemos o trabalho, especialmente no que diz respeito ao pedido de
esclarecimentos.
Por fim, quero falar de algo que o deputado Gabriel Magno já mencionou, algo absolutamente
horroroso: o que está acontecendo no centro de Brasília! Nós alertamos, quando estava sendo
discutida a privatização da rodoviária, que daria errado a privatização dos estacionamentos. Além de
tudo, os estacionamentos estão vazios, porque a população não vai ingressar ali e pagar os preços: são
R$12, cobrados na parte de cima, e R$7, cobrados na parte de baixo. A população não vai pagar isso.
Como se não bastasse a cobrança que está sendo feita, ainda colocaram umas bolotas de
cimento lá que podem propiciar que pessoas pisem nelas e acabem caindo na pista de rolamento dos
carros, sendo atropeladas, na parte de cima da rodoviária. Nós já oficiamos ao Iphan para que tome
providências.
Além de tudo isso, colocaram uma muralha na parte interna do estacionamento da parte de
baixo do Conic que mais parece o Muro de Berlim.
Aquilo não está dentro do planejamento do Distrito Federal. Aquilo não está no desenho feito
por Oscar Neymar e por Lucio Costa. Portanto, aquelas barreiras, aquelas bolotas que foram colocadas
ali têm de ser afastadas para o bem da população do Distrito Federal.
Obrigado, presidente.
(Assume a presidência o deputado Fábio Félix.)
PRESIDENTE DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL) – Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.
Antes disso devolvo a presidência à deputada Paula Belmonte.
(Assume a presidência a deputada Paula Belmonte.)
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (Bloco PSOL-PSB. Como líder.) – Obrigada, nossa presidente,
vice-presidente, procuradora especial da Mulher. Uma mulher que eu admiro demais, deputada Paula
Belmonte.
Já está chegando aqui o nosso presidente que também é sensacional. Ele só tem um defeito,
que é ser botafoguense, mas ninguém é perfeito. Poderia ser pior, poderia ser flamenguista. Não é,
presidente? Vamos olhar por esse lado. Estamos felizes porque o Vasco ganhou...
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (Bloco PSOL-PSB. Como líder.) – O Vasco ganhou de 6 a 0 do
Santos esta semana e fez o Neymar chorar. Não é qualquer time que faz o Neymar chorar.
Presidente, eu queria trazer alguns temas.
Primeiramente, faço 2 convites. Amanhã, na Comissão de Saúde desta casa, haverá a
apresentação do RAG da Secretaria de Estado de Saúde, com a presença do secretário de Saúde. Eu
queria fazer um convite a todos os deputados, aos gestores, aos usuários, aos sindicatos, para estarem
aqui amanhã, a partir das 10 horas.
Eu gostaria muito de ver o empenho que vimos ontem neste plenário, lotado de deputados e
de representantes do governo. Espero que haja o mesmo empenho com a saúde, que hoje passa por
uma situação de calamidade no Distrito Federal. Eu continuo dizendo que não dá mais para aguardar,
não dá mais para esperar. Nós estamos, inclusive, passando por uma situação de recomendação do
tribunal com uma certidão de contingenciamento, da qual sairemos agora em setembro.
Quero deixar bem claro que a saúde é uma excepcionalidade, principalmente em urgência. Eu
venho cobrando isso há muito tempo, há muitos meses. Eu tenho visitado os hospitais. Tenho visitado
inclusive prontos-socorros, onde há apenas um profissional para atender o PS inteiro, com
pouquíssimos técnicos em enfermagem. Há inclusive colegas trabalhando doentes que às vezes param
o atendimento para aplicar soro neles mesmos durante o plantão.
Não vemos essa mesma disposição, essa mesma intensidade de compromisso, como a que
houve ontem para aprovar um projeto que não tinha o mínimo de informações técnicas para ser
votado. Houve uma grande mobilização. Estou com a minha consciência tranquila, porque não existe
nada que o governo possa prometer ou dar para que meu voto tivesse sido diferente. A saúde do
Distrito Federal pede socorro, e é isso que eu tenho pedido, como sindicalista e como parlamentar. Eu
acho que nenhuma promessa de reestruturação ou qualquer promessa que fosse poderia ter sido
votada da maneira como foi votado ontem esse projeto. Como deputada, sinto-me incomodada com a
situação que nós vivemos ontem.
A saúde precisa de ajuda e precisa de ajuda já. Eu peço aos colegas deputados que passem
amanhã na reunião da Comissão de Saúde para que vejam a situação da saúde, para que vejam,
inclusive, que nós estamos, muitas vezes, com problemas em contratos, problemas no contrato de
gestão do IGESDF, que não tem metas repactuadas, problemas de contratos que estão sendo pagos de
maneira emergencial, com verbas indenizatórias.
Nós estamos fazendo um trabalho que começou na Comissão de Fiscalização, Governança,
Transparência e Controle. Na época, a deputada Paula Belmonte, junto comigo, fez um trabalho
brilhante, e muitas coisas melhoraram. Mas melhoraram por causa do olhar desta casa, por meio das
comissões, da fiscalização que nós abrimos aqui, como é nosso dever.
Estão todos convidados para amanhã.
Queria também dizer que, na sexta-feira, nós teremos uma sessão solene em homenagem a
um hospital importantíssimo. Eu tenho prazer em falar que sou egressa da Universidade de Brasília,
sou egressa do Hospital Universitário de Brasília, onde fiz especialização também. Nós estamos
comemorando 53 anos de hospital universitário, hospital que é um marco para o Distrito Federal, para
a Ride, não só em excelência na formação científica, mas também na assistência, porque o HUB é SUS.
E pela primeira vez em 53 anos o hospital está sendo gerido por uma profissional enfermeira,
que traz a sua capacidade e um olhar especial, um olhar de gestora, um olhar de cuidadora, um olhar
holístico, que a enfermagem tem; é a professora Fátima Sousa, que tem uma história com o Distrito
Federal, uma história com a Estratégia Saúde da Família, é uma cientista, uma doutora e tem feito
diferença naquele hospital.
Todos estão convidados também.
Por último, eu queria agradecer – as coisas boas nós agradecemos – o Governo do Distrito
Federal. Como guaraense raiz, temos orgulho de cuidar da cidade, uma cidade em que eu vivo desde
os 2 anos de idade, onde estudei em colégio público, fui enfermeira de Estratégia Saúde da Família,
batia na casa das pessoas, meus vizinhos me conhecem. O Guará é uma cidade maravilhosa.
Nós temos feito muitas coisas, arrumado os centros de saúde, arrumado o repouso do hospital,
a sala vermelha, a pediatria, feito ciclovias, melhorado a iluminação – quando a CEB ainda podia
colocar iluminação, nós colocamos lá, nas áreas que eram mais vulneráveis, que eram escuras, que
tinham violência inclusive. Pedimos muitas coisas e vimos executando, sendo atendidos. Então, acho
que o Guará está sendo bem cuidado, graças a Deus. Guará pode contar com a gente.
E nós fizemos uma indicação para que circulassem mais ônibus naquela região nova, que é
muito difícil – os trabalhadores não tinham como descer para trabalhar nos condomínios –, o mesmo
local em que fizemos a ciclovia, nas quadras novas. Hoje foram entregues vários ônibus, inclusive um
ônibus que é totalmente movido por energia elétrica. Ficamos felizes pelo Guará ter recebido esses
ônibus, que vão fazer tanta diferença, não só para os trabalhadores que moram lá, mas para quem
trabalha naquela região. Eu queria agradecer por a nossa indicação ter sido atendida.
Obrigada, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muita grata, deputada, e grata
pelo seu trabalho na saúde. Eu aprendi muito com a senhora como presidente da CFGTC. Nós fizemos
ali uma dupla muito legal e temos resultados. Tanto o GDF quanto o IGESDF melhoraram alguns
programas – mas ainda precisam melhorar muito – graças a essas audiências; e eu sei que a senhora
está continuando esse trabalho, como presidente da Comissão de Saúde. Parabéns, deputada.
Encerro o comunicado de líderes.
Dá-se início ao comunicado de parlamentares.
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Para comunicado.) – Boa tarde novamente, presidente e
demais presentes.
Um deputado que me antecedeu aqui criticou duramente o governador Ibaneis pela fala dele
em relação à ausência de democracia plena no Brasil. Eu não tinha visto a fala do governador Ibaneis,
e fui pesquisá-la. Assisti ao que o ele disse e não me parece tão passional a afirmação do governador
Ibaneis quanto foi passional a crítica do deputado aqui. Parece-me que as críticas foram feitas só em
razão da política pela política: “Já que eu não gosto do governador, sou oposição ao governador, saio
criticando e adjetivando tudo que ele faz”.
Observei que o governador fez uma análise da realidade do Brasil. Ele falou que o Brasil não é
uma democracia plena. O Brasil, nas palavras dele, é uma ditadura com uma pitada de Judiciário.
Imaginem que, na Suprema Corte, hoje, estão condenando pessoas por crimes políticos. É democracia
isso?
O ex-ministro Aldo Rebelo deu uma entrevista nessa semana e disse que, quando ele era
presidente da Câmara dos Deputados, a esquerda invadiu aquele órgão e quebrou tudo lá dentro. Ele
falou assim: “Eu denunciei quem cometeu o crime. Mas eu denunciei pelo crime que eles cometeram.
Eu não falei que aquilo era tentativa de golpe de Estado.” Ele falou ainda: “Nós estávamos lá. Houve
um atentado com os parlamentares lá dentro. Dá para imaginar atentado contra prédios vazios,
depredação de prédios vazios?” Quem falou isso foi Aldo Rebelo, que era do Partido Comunista. Não
me parece que o governador está falando algo distante da realidade.
Nesta semana, foi preso um traficante que vendia armas para o Comando Vermelho. Vou
repetir: vendia armas para o Comando Vermelho. A sentença foi 6 anos de cadeia – 6 anos. Vender
armas para o Comando Vermelho, 6 anos; a moça escreveu de batom em uma estátua “Perdeu,
mané”: 14 anos. É uma democracia plena isso?
Analisando a fala do governador, trata-se de uma fala desprovida de paixões políticas. Ele está
fazendo uma análise do cenário brasileiro atual. Juntamente com o governador Ibaneis, autoridades
diversas – não só autoridades no Brasil, como autoridades no exterior – fazem a mesma análise: o
Brasil hoje é um regime de exceção.
Os Estados Unidos da América estão sancionando o Brasil. Eu vou repetir o que já falei nesta
tribuna, porque acho que nós brasileiros não temos a dimensão do que está acontecendo no Brasil. Há
essa história de tarifaço, que virou uma guerra política, e o nome disso é embargo econômico. O Brasil
está sendo sancionado porque não é mais uma democracia.
A Lei Magnitsky é aplicada contra violadores de direitos humanos. Infelizmente, há ministro da
Suprema Corte do Brasil que é tido pela maior democracia do mundo como violador de direitos
humanos. Esse ministro expediu mais de 100 mandados de prisão que estão em aberto. A corte
constitucional virou uma vara criminal, gente!
Quem analisa isso sem paixão e sem pensar nos benefícios que o regime traz para o espectro
político, diante da perseguição que a direita sofre pelo regime...
As ditaduras, anteriormente, eram implementadas de outra maneira, mas, de um tempo para
cá, as ditaduras são sempre uma parceria entre Executivo e Judiciário. Quem olha isso de maneira
tranquila, longe de paixões políticas, consegue observar que hoje o Brasil, realmente, não é mais uma
democracia plena. Essa é a opinião do governador Ibaneis.
Eu diria que não é uma democracia, porque hoje, por exemplo, há parlamentares respondendo
criminalmente, deputada Paula Belmonte, pelas palavras que eles proferiram da tribuna. Eles são
investigados criminalmente pelas palavras que proferiram na tribuna.
Senhores, o art. 53 da Constituição federal diz que os parlamentares são invioláveis por
quaisquer de seus votos, opiniões e palavras. Eu posso discordar de tudo o que os meus colegas de
esquerda falam aqui. Eu posso achar que é tudo estupidez, imbecilidade, idiotice, o adjetivo que eu
quiser dar, mas eu vou defender, até o final, o direito deles de falarem o que eles quiserem, porque
uma democracia se faz assim!
Quando você ceifa o direito de parlamentares usarem a tribuna, exercerem a sua atividade de
falar, que democracia resta? Sobra o que mesmo? Quando as pessoas são perseguidas, como vem
acontecendo, em razão da sua ideologia política, sobra o quê?
Então, eu queria elogiar o governador Ibaneis pelo que ele falou e pela coragem, porque quem
fala essas coisas hoje é perseguido. Ele, ao falar, abre espaço para que a perseguição se volte contra
ele. Faço um apelo ao Poder Judiciário brasileiro, em especial à Suprema Corte: o povo brasileiro
precisa que o Supremo Tribunal Federal faça um exercício de autocontenção e que o Poder Judiciário
volte a atuar dentro das suas competências e prerrogativas constitucionalmente estabelecidas. O Brasil
precisa disso, o Brasil precisa de pacificação; e essa pacificação passa necessariamente pela
autocontenção do Poder Judiciário.
Parabenizo o governador Ibaneis pela coragem que teve de dizer o que acontece hoje no Brasil
e peço ao povo brasileiro que analise o que acontece hoje sem paixão política para que possamos
voltar a ter democracia e para que todos possam expressar livremente as suas ideias.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, deputado. Acredito
nessa liberdade que o senhor fala.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Para comunicado.) – Boa tarde, deputada Paula Belmonte,
nossa segunda vice-presidente. Saúdo todos os que estão presentes e também aqueles que nos
acompanham pela TV Câmara Distrital.
Antes de fazer um convite, gostaria apenas de dizer que, depois de ontem, nos resta torcer
para que tudo dê certo; porque, se der errado, nós não esqueceremos, já que avisamos esta casa,
mostramos os resultados. Houve dificuldade, inclusive, de encontrar quem defendesse uma posição
contrária à nossa, deputada Paula Belmonte: se nós estávamos errados, se nossos números não batiam
ou se nossa perspectiva sobre o cenário não fazia sentido.
Vamos torcer para que, de fato, dê tudo certo, pois o banco BRB carrega milhares de pessoas
no Distrito Federal, e a derrota dele terá enorme impacto sobre a população e sobre os cofres do
Distrito Federal. No fim das contas, quem vai socorrer será a própria população do Distrito Federal a
conta dos mais ricos, que são os beneficiados nessa transação.
Dito isso, quero aproveitar para fazer um convite a todos que assistem esta sessão e nos
ouvem na Câmara Legislativa. Amanhã, dia 21, às 9 horas, realizaremos o II Seminário Internacional
sobre Mobilidade Urbana. O foco, deputada Paula Belmonte, será transição energética, eletrificação das
redes, sistema híbrido e modais sobre trilhos. Virão estudiosos de outros países; traremos experiências
do metrô de Fortaleza, de Belo Horizonte, de São Paulo, além de contribuições da Universidade de
Brasília.
O seminário está sendo organizado pela Finatec, com o apoio da Comissão de Transporte e
Mobilidade Urbana; contará com a presença de vários pensadores, gestores de modais e empresas que
investem na eletrificação de frotas, especialmente de modais rodoviários, para discutirmos a mobilidade
do futuro.
A mobilidade do futuro não é apenas tirar o carro das ruas, mas definir qual será o modal
principal de investimento – e ele precisa ser sustentável. Nós acreditamos que o modal sobre trilho, o
VLT, ou até mesmo o próprio metrô sobre trilhos são fundamentais para o desenvolvimento do Distrito
Federal.
O evento será realizado nos dias 21 e 22, 2 dias intensos de debate, troca de experiências,
boas práticas e apresentação de soluções que também estarão em pauta na COP 30. A Câmara
Legislativa sediará o evento, fruto de uma proposta da nossa Comissão de Transporte e Mobilidade
Urbana, da Finatec e da FAP-DF – a quem agradeço por apoiar esse processo, juntamente com a
Finatec, na Universidade de Brasília. Nosso objetivo é, inclusive, produzir uma cartilha orientadora e
reunir os órgãos que debatem o tema para que possamos aprofundar as discussões. Existe, sim, saída
para o conjunto da população do Distrito Federal quando o assunto é mobilidade.
Aproveitando o tema, quero mencionar que a NTU, uma entidade nacional de transportes
urbanos, em um encontro realizado recentemente em Brasília, apresentou, deputada Paula Belmonte,
quando a senhora presidia a CFGTC desta casa, um relatório nacional das cidades que mais subsidiam
o sistema de transporte público no país. É bem verdade que o Distrito Federal vive uma realidade
diferente da dos demais.
Inclusive, a comissão vai convidar a ANTT, a Secretaria de Estado do Entorno do Distrito
Federal e a Secretaria de Estado das Cidades, ambas de Goiás, para uma reunião técnica a fim de
debater como resolver o problema do transporte público na região metropolitana.
A passagem está a ponto de aumentar para R$12,20, deputada Paula Belmonte. Dá mais de
R$24 a ida e a volta. O empregador no Distrito Federal, quando contrata um funcionário, paga somente
a tarifa mais alta do DF, a de R$5,50. O restante do valor da passagem as pessoas têm que
complementar. Elas acabam tirando do próprio salário para virem trabalhar no Distrito Federal. Quando
não, eles fazem a conta, deputada Paula Belmonte: “Eu tenho carro. Cabem 5 pessoas dentro do carro.
A passagem custa R$12. Eu vou cobrar R$10 para dar uma carona até Brasília.” Acabou. Vamos lotar o
Distrito Federal de carro cada vez mais. Nós precisamos resolver isso.
Só há uma saída para resolver isso: o consórcio entre Distrito Federal e Goiás com a
participação do governo federal. Por isso pedimos que o Congresso Nacional vote o Sistema Único de
Mobilidade, pois ele é fundamental para o desenvolvimento das cidades e a não desassistência da
população do Entorno. Eu quero dizer à população do Entorno que nós estamos atentos a essa
questão.
Infelizmente, a ANTT é apenas um órgão regulador, não têm decisão política. Ela é obrigado a
repassar o preço ao empresário. Se o preço do diesel, de uma peça ou do pneu sobe, como não há
subsídio, ela é obrigada a fazer o repasse.
E aí a conta é simples, pessoal. Quanto mais cara é a passagem, mais passageiros saem do
sistema. Quanto mais passageiros saem do sistema, mais ele fica deficitário. Por ser deficitário, eu
tenho que reajustar a passagem para cima. Isso vira um círculo vicioso, e o que está acontecendo? As
empresas do Entorno estão a um passo de abandonar o modal rodoviário e entregar a concessão para
a ANTT, porque não é sustentável para eles. Essa questão é importante.
Nós somos a favor do subsídio, nós não somos contrários a ele. Nós não estamos aqui para
debater a sua retirada. Nós temos é que fazê-lo com qualidade, com lastro, com fundo, sabendo de
onde esse recurso vem. Trata-se de uma decisão expressiva, que pode ser viabilizada por meio de
receitas acessórias para bancá-lo.
Eu quero trazer esses dados da NTU para o Distrito Federal. O Distrito Federal é o número 1 de
subsídio no transporte público no Brasil. Nós bancamos 75% do sistema!
Qual é o nosso debate? Não é tirar os 75%. É sobre como nós vamos arrumar mais 25% – e é
pouco em vista do valor de que nós estamos tratando, de R$1 bilhão. Deputada Paula Belmonte, em
2024, segundo os dados que nós temos, Brasília pagava 75%; Goiânia, que é a segunda, pagava 66%.
Detalhe: nós estamos entre as 10 passagens mais caras do país mesmo bancando o subsídio de 75%.
Em 2023, foram R$1.600.000.000. Em 2024, R$1.400.000.000. Até agora, agosto de 2025, nós
já transferimos R$928 milhões para as empresas de transporte. Até o final do ano, tende-se a manter
R$1.400.000.000 a R$1.500.000.000 nesse sistema.
Nós já apresentamos alternativas ao Governo do Distrito Federal, como a criação de um fundo
de transporte financiado pela receita acessória dos estacionamentos. Em vez de entregar essa gestão a
uma empresa privada, que está fazendo uma besteira na rodoviária, o adequado seria uma autarquia
do Estado assumir esse controle, oferecendo um preço mais barato e destinando esse lastro para um
fundo a fim de bancar o sistema de transporte. Com esses 25% adicionais, seria possível oferecer tarifa
zero para todo mundo no Distrito Federal rodar à vontade, deputada Paula Belmonte.
Para concluir a minha fala, a vice-governadora Celina, nesse evento, apresentou um dado. Nós
estamos oficiando ao governo o pedido para que ela traga esse dado para nós.
É verdade, o Vai de Graça aumentou 69% o número de passageiros no modal de ônibus. Há
uma linha, deputada Paula Belmonte, com um aumento de 500% na quantidade de usuários. E
pasmem, nós não estamos falando de linhas que rodam o Plano Piloto, ou que vêm para o Plano. Essa
linha roda Paranoá, Varjão; roda dentro dessas localidades. As pessoas querem rodar sua própria
cidade, querem ir à feira, querem visitar o irmão. E a vice-governadora disse – o vídeo está no nosso
perfil do Instagram – que o Vai de Graça já está se pagando com a arrecadação dos impostos,
deputada Paula Belmonte.
Nós oficializamos um pedido à Secretaria de Economia sobre o impacto de arrecadação de
ICMS, porque nós já tínhamos estudos sobre isso na nossa comissão de análise. Nós acompanhamos
mais de 137 cidades e sabemos que a renda não fica parada, ela circula. Então, se há aumento na
circulação de renda, há também aumento na arrecadação do Distrito Federal.
Vice-governadora, se o Vai de Graça já está se pagando e nós já arcamos com 75%, então
vamos implantar a tarifa zero todos os dias no Distrito Federal. Sem dúvida nenhuma, é possível fechar
essa conta e mostrar à população que faz sentido investirmos mais de R$1 bilhão nesse modelo.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, deputado Max Maciel,
sempre fazendo um trabalho com muita competência e segurança na presidência da Comissão de
Transporte e Mobilidade Urbana.
Que Deus o abençoe para que possamos alcançar a dignidade na mobilidade das pessoas! O
que o senhor traz é muito importante: a economia gerar riqueza e prosperidade para as pessoas, e a
arrecadação de impostos é mais do que a prosperidade das pessoas, porque as pessoas estão
produzindo. Então, isso é muito bom.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Vossa excelência me concede um aparte?
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Concedo o aparte.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Eu gostaria de registrar a importância desse seminário de
amanhã. Vão estar presentes o Ministério das Cidades; a VLI, que é a empresa que opera o sistema de
trens no Distrito Federal; a ANPTrilhos; o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços; o Ceftru, da Universidade de Brasília. Estão vindo representantes do Ceará, Santa Catarina,
São Paulo e também de Portugal e do Chile para debaterem conosco. O evento será nos dias 21 e 22
de agosto, quinta-feira e sexta-feira, a partir das 9 horas, no auditório da Câmara Legislativa.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – As pessoas interessadas só
precisam chegar e se inscrever?
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Só entrar e se inscrever. Já temos 300 inscritos e haverá
certificado.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Parabéns!
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Concedo a palavra ao deputado
Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para comunicado.) – Presidente, deputada Paula Belmonte,
boa tarde.
O que me traz novamente a esta tribuna são algumas questões do Distrito Federal diante do
caos que estamos vivendo no Governo do Distrito Federal.
Mais uma vez recebemos no gabinete, no mandato – e já estamos oficiando não só o Governo
do Distrito Federal, mas também o Tribunal de Contas e o Ministério Público –, entidades que prestam
atendimento às famílias e às pessoas idosas com contratos com a Sedes, a Secretaria de
Desenvolvimento Social. Elas reclamam do atraso nos repasses.
Mais uma vez, o Governo do Distrito Federal dá o calote nas entidades que prestam um serviço
muito importante para a cidade: o atendimento e o acolhimento às famílias e às pessoas idosas.
Queremos deixar registrado isso, mais uma vez, porque é impressionante. Eu disse isto na primeira vez
e repito: para alguns lugares, o governo Ibaneis nunca deixa altar dinheiro. A liberação de recursos é
muito rápida. Para outros, é muito mais difícil: há calote, há atraso. E, mais uma vez, há o atraso de
repasse às entidades que prestam esse serviço.
Há mais uma denúncia nesta semana. O Ministério Público do Trabalho denunciou a
insalubridade e o perigo na rotina dos agentes de saúde no Distrito Federal. No relatório constam
banheiros precários, fiação elétrica exposta, risco de queda das estruturas das unidades de saúde,
ausência de programas de segurança e de proteção; sem falar que vemos, todas as semanas,
denúncias na galeria do plenário da falta de servidores no atendimento da saúde pública do Distrito
Federal.
Trago essas 2 reclamações e mais 2 denúncias, deputada Paula Belmonte, para responder ao
parlamentar que veio aqui indignado com as denúncias que apresentamos sobre o governo Ibaneis.
Vamos continuar as apresentando!
São muitas as denúncias de corrupção que pairam neste governo. Na saúde, perdemos a
conta. Inclusive, eu gostaria de saber a posição do parlamentar sobre a instalação da CPI da Saúde!
Qual é a opinião dele para a sociedade?
Na saúde investigações estão sendo feitas por Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público
sobre desvio de insumos, desvio de recursos, transferência de materiais e recursos para o Piauí. Houve
um secretário de Saúde preso neste governo. Há o escândalo do IGESDF, as pessoas morrendo nas
filas dos hospitais. Ele deve achar que não é papel do Poder Legislativo fiscalizar, e diz ser advogado.
Ele precisa ler a Lei Orgânica do Distrito Federal.
Sobre o Banco Master, assunto de que disse ter dúvidas, investigação aberta é o que mais há.
Vou citar novamente 2 reportagens. Hoje, O Estadão publicou que a CVM vê indícios de crime em
aporte de R$361 milhões do Banco Master numa clínica em nome de laranja. Cito também uma
reportagem da semana passada que noticiou que a Polícia Federal começou apurações sobre fundo
controlado pelo Master, que teria comprado papéis de liquidez duvidosa e os teria vendido, em
seguida, para o próprio banco por um valor 235% maior do que o valor de face, inclusive com relação
às fraudes do INSS.
Ele pode ser o advogado do Banco Master, pode vir a esta casa defender o banco, mas precisa
explicar à sociedade do Distrito Federal o motivo que levou o governo – que não apresentou explicação
nem números – a pegar R$2 bilhões do BRB e colocá-los nesse banco, que está cheio de escândalos,
no qual ninguém confia. Faço um desafio ao parlamentar: ainda surgirão mais denúncias nas operações
fraudulentas do Banco Master.
Quero, mais uma vez, deputada Paula Belmonte, falar sobre a escola. Vários parlamentares
sobem a esta tribuna. Há um, inclusive, que se denomina professor e que me antecedeu mais cedo.
Não me recordo de que ele tenha licenciatura ou enfrentado uma sala de aula de uma escola pública.
Eu tenho muito orgulho de ser servidor concursado da Secretaria de Educação. Desde 2009,
sou professor de física e matemática da rede pública e conheço profundamente a realidade das nossas
escolas. Convido esse colega a visitar as escolas e a conversar, de fato, sobre os problemas da
educação para ajudar no papel fiscalizador desta casa.
Deputada Paula Belmonte, os professores do ensino médio sofrem há 2 anos com o sistema
eletrônico dos diários, onde os professores devem lançar as notas e presenças, emitir relatórios,
boletins e atestados para os estudantes receberem o Pé-de-Meia. Esse sistema, que foi privatizado, não
funciona na rede.
A Secretaria de Educação mantém um contrato de R$40 milhões com a empresa Caixa
Informática, de São Paulo, mas há 2 anos esse sistema não funciona. É um escândalo. Há diversos
problemas nas escolas: faltam profissionais, estrutura, refeitórios e quadras cobertas. Há 13 mil
contratos temporários. Temos educadores sociais voluntários dentro das salas de aula para atender
nossas crianças e adolescentes que recebem menos de 1 salário mínimo por mês!
Essa é a política de profunda desvalorização da Secretaria de Educação. Eu não vejo essa
turma subir a esta tribuna para cobrar do governo política séria para valorizar os professores e os
profissionais que trabalham nas escolas e aumentar os recursos destinados à estrutura física das
escolas, que reclamam, todos os dias, com gritos de desespero, porque, de fato, a vida em uma escola
e em uma sala de aula superlotada é muito difícil.
Eu estive, neste final de semana, em uma escola em Samambaia. Em uma turma de
alfabetização do segundo ano do ensino fundamental havia 34 estudantes em sala. Pergunto a quem
se diz entendido de educação: como é possível alfabetizar com qualidade, sozinho, uma turma com 34
alunos, sem estrutura e com todas as dificuldades sociais que a escola enfrenta?
Fala-se muito nesta casa do sacerdócio dos profissionais da educação. Eu digo com muita
tranquilidade que os professores e as professoras desta cidade têm muito amor por aquilo que fazem.
Mas amor não paga conta, amor não paga boletos, amor não constrói dignidade nem valorização.
Espero, deputada Paula Belmonte, que o conjunto dos parlamentares, que de vez em quando
gosta de falar sobre educação, some-se à luta verdadeira e real pela valorização dessa categoria tão
importante, a qual o governador prometeu, na campanha, que ganharia igual a juiz, e, por enquanto,
nada.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, deputado. Agradeço o
trabalho de vossa excelência na Comissão de Educação e Cultura. Eu acredito na educação.
O que o senhor traz é uma realidade. Eu acabei de sair de uma escola rural em que alguns
educadores sociais ganham menos do que um salário mínimo e atendem, muitas vezes, as crianças no
período da tarde e da noite.
É necessário valorizarmos não somente a categoria mas também a estrutura das escolas. Como
eu disse, há realidades muito tristes, como escolas que não têm caixa d'água, por exemplo. Realmente,
nós precisamos olhar a educação com uma responsabilidade constitucional.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para comunicado.) – Obrigado, presidente. Eu não iria subir à
tribuna hoje, mas resolvi fazê-lo rapidamente, deputada, porque eu assisti ontem ao discurso do
governador Ibaneis. Eu achei engraçado o discurso dele naquele contexto. Nós que estamos na política
temos que nos respeitar. Nós temos que nos dar ao respeito e falar aquilo em que, de fato,
acreditamos.
O governador ontem fez um gesto totalmente oportunista para uma base social. Todo mundo
sabe que ele é do Judiciário – ele foi presidente da OAB-DF – e que ele transita nesse meio. Nesse
contexto, ele fez aquela fala confusa sobre ditadura.
Até me parece que ele tem talento para atuação. Ele atuou bem, porque ele sabe que a
situação dele não está fácil, a situação eleitoral dele está difícil. Ele fez um gesto no qual ninguém
acredita. A classe política não acredita nele. Há pessoas aqui que o elogiaram.
Pelo amor de Deus, todo mundo sabe que não é naquilo que o governador acredita. Ele abriu a
temporada das eleições de 2026 e abraçou o bolsonarismo raiz: “Agora é ditadura”. Ele deveria
questionar, já que ele tem tanto apreço pela democracia, o fato de ele ter mandado um projeto de lei
para a Câmara Legislativa sem nenhum dado, e a Câmara Legislativa tê-lo aprovado.
Ontem, pareceu-me o seguinte, deputada Paula Belmonte: há, no DF, um Executivo com
pitadas de Legislativo. Nós votamos nesta casa uma matéria sem nenhum dado sobre uma compra que
tem importância para a cidade e para um banco público da cidade. Isso, sim, é algo importante para
ser questionado do ponto de vista da democracia.
Eu acho ainda mais curioso parlamentares eleitos subirem à tribuna da Câmara Legislativa para
dizer que estão em uma ditadura. Se eles estivessem vivendo uma ditadura, eles não teriam a
oportunidade de abrir o bico em uma tribuna. Eles não estariam empossados pelos votos da urna que
os elegeram. Eles não poderiam falar.
Sabe por quê? Quem abria o bico na ditadura militar que eles defendem era preso, torturado
ou exilado; o Congresso Nacional era fechado e os ministros do Supremo, aposentados. Era assim que
funcionava a ditadura militar que esses atores da política também defendem e aplaudem. Eles criticam
a democracia como ela é hoje, chamando-a de ditadura, porque nunca viveram uma ditadura.
Infelizmente, eles ainda têm a coragem de saudar a ditadura militar no Brasil. O que eu posso
fazer hoje é lamentar a fala do governador, lamentar o oportunismo e a forma como ele tratou o
calendário eleitoral no discurso de ontem, com um único objetivo: abraçar e sinalizar para o
bolsonarismo talvez sua pré-candidatura ao Senado Federal. Não sei qual pré-candidatura o governador
escolheu, mas eu espero que ele não recorra ao vale-tudo eleitoral, como ele já sinalizou que tem
disposição para fazê-lo no discurso de ontem.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, deputado Fábio Félix.
Esta presidência informa que, em razão da aprovação do Requerimento nº 2.173/2025, de
autoria da deputada Paula Belmonte, a sessão ordinária de amanhã, quinta-feira, dia 21 de agosto,
será transformada em comissão geral para discutir o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente
do Distrito Federal. Inclusive, deputado Fábio Félix, eu já o havia convidado para a participação dessa
comissão geral.
Eu aguardo todos vocês. Convido os parlamentares desta casa que também defendem essa
pauta para executarmos esse dinheiro mais do que nobre para as nossas crianças. Aproveito esta
oportunidade, em que eu estou no plenário da Câmara Legislativa, para dizer que hoje fui a algumas
escolas em Planaltina, que fez aniversário, e para nós é uma alegria ver as crianças sorrindo, mesmo
em condições muito precárias.
Registro a minha responsabilidade e o meu compromisso pessoal com a dignidade de cada
criança desse nosso país. São gestos assim que nos emocionam: cada abraço e sorriso das crianças
inocentes. Eu peço a Deus que abençoe cada deputado daqui, mesmo que não esteja in loco, e que
sensibilize os deputados desta casa para essa causa tão nobre que é a defesa da educação das nossas
crianças.
Eu encerro o comunicado de parlamentares.
Dá-se início à ordem do dia.
(As ementas das proposições são reproduzidas conforme ordem do dia disponibilizada pela Secretaria
Legislativa; as dos itens extrapauta, conforme PLe.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Não há quórum regimental para
prosseguir com a ordem do dia.
Como não há mais assunto a tratar, declaro encerrada a sessão.

Observação: nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos conforme
informados pelos organizadores dos eventos.
Todos os discursos são registrados sem a revisão dos oradores, exceto quando indicado, nos termos do Regimento Interno da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Siglas com ocorrência neste evento:

ANPTrilhos – Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres
Bacen – Banco Central do Brasil
Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica
CEB – Companhia Energética de Brasília
Ceftru – Cento Interdisciplinar de Estudos em Transportes
CFGTC – Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle
CIL – Centro Interescolar de Línguas
Copol – Coordenadoria de Polícia Legislativa
CPMI – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
FAP-DF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
Finatec – Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos
HUB – Hospital Universitário de Brasília
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
IGESDF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Iprev – Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal
LOA – Lei Orçamentária Anual
NTU – Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos
OAB-DF – Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito Federal
PS – Pronto-Socorro
RAG – Relatório Anual de Gestão
Ride – Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno
SR-28 – Superintendência Regional 28
SUS – Sistema Único de Saúde
UBS – Unidade Básica de Saúde
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
VLT – Veículo Leve sobre Trilhos

As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 22/08/2025, às 16:29, conforme Art. 30, do Ato da Mesa
Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março
de 2025.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 2288112 Código CRC: 7FEBFAC2.



...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA66ª SESSÃO ORDINÁRIA,DE 20 DE AGOSTO DE 2025.INÍCIO ÀS 15H08 TÉRMINO ÀS 16H36 PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) – Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossostrabalhos.Sobre a mesa, expediente que será lido por mim.(Leitura do e...
Ver DCL Completo
DCL n° 182, de 27 de agosto de 2025 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 67/2025

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA
67ª SESSÃO ORDINÁRIA,
TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL
PARA DISCUTIR SOBRE O FUNDO DOS DIREITOS DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DO DISTRITO FEDERAL – FDCA,
DE 21 DE AGOSTO DE 2025.
INÍCIO ÀS 15H29 TÉRMINO ÀS 19H20

PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Sob a proteção de Deus, iniciamos
os nossos trabalhos.
Sobre a mesa, expediente que será lido por mim.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – De acordo com a aprovação do
Requerimento nº 2.173/2025, de autoria da deputada Paula Belmonte, e conforme art. 131, § 4º, está
aberta a sessão ordinária, que se transforma em comissão geral para discutir sobre o Fundo dos
Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal, o FDCA.
Convidamos as senhoras e senhores deputados, bem como todos que desejarem participar,
para o debate em plenário.
Suspendo a comissão geral.
(A comissão geral é suspensa.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – A comissão geral está reaberta.
Declaro abertos os trabalhos desta comissão geral para debater o Fundo dos Direitos da
Criança e do Adolescente do Distrito Federal.
Damos boas-vindas a todos os presentes.
Solicito ao Cerimonial que proceda à composição da mesa dos trabalhos. (Pausa.)
Primeiramente, quero desejar a todos que Deus nos abençoe para que tenhamos uma tarde
muito produtiva. Estão presentes instituições que fazem um trabalho muito importante. O governo não
consegue chegar à ponta, e nós precisamos ter essa sensibilidade. São os senhores que fazem esse
trabalho para nossas crianças e adolescentes e trazem a esperança de a população brasileira ser
tratada com mais dignidade, responsabilidade e, principalmente, com mais oportunidades.
Nossa pergunta, muitas vezes, é sobre política pública e a falta de dinheiro. No caso do Distrito
Federal, o Fundo Constitucional tem dinheiro. O que queremos são respostas. Queremos entender
onde está esse dinheiro, para que as pessoas possam fazer o bem. Esse é o motivo de estarmos
reunidos.
Vamos apresentar um gráfico, daqui a pouco, para mostrar a falta de execução. Sabemos que,
para se executar esse dinheiro, que é da nossa população, é necessário ter responsabilidade. Entendo
também o lado do Executivo, que, às vezes, necessita de uma estruturação. Por isso, quero ter uma
tarde com muitas proposições, para que entendamos como o Poder Legislativo, a sociedade e o Poder
Executivo podem estar unidos para que esse dinheiro seja utilizado com a maior responsabilidade
possível, beneficiando as crianças e adolescentes do Distrito Federal.
Sintam-se todos muito bem-vindos. Vamos abrir os debates para as pessoas que estarão à
mesa conosco, mas também queremos dar oportunidade para cada um falar e se expressar.
Antes de a comissão começar, estive no hall com um representante de um instituto. Como é o
nome do senhor? Senhor Wilson, o senhor é da Estrutural, não é? (Pausa.)
Cadê o Luciano? O Luciano está ali. Ele veio aqui e falou: “Eu quero aprender. Estou aqui para
aprender.” Sejam bem-vindos. Acho importante isso. Numa fala responsável, temos a oportunidade de
aprender e, principalmente, de trazer o empreendedorismo social, fazendo as coisas direito. Esse
dinheiro é da população e tem que ser usado com muita responsabilidade.
Estes são os objetivos da nossa comissão geral: conversar, orientar e trazer oportunidades
para, juntos, cuidarmos das nossas crianças e dos nossos adolescentes como prioridade absoluta,
conforme está na Constituição federal. Nós queremos saber onde está o dinheiro, como e onde ele está
sendo usado.
Convido para compor a mesa: o senhor secretário-executivo da Secretaria de Estado de Justiça
e Cidadania do Distrito Federal, Jaime Santana; o senhor promotor de justiça Renato Bianchini; o
senhor presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal, Eduardo
Chaves da Silva; o senhor presidente da Federação das Organizações da Sociedade Civil do Distrito
Federal e Entorno, Mário Vasconcelos Filho; e a senhora chefe de gabinete e representante, neste ato,
do senhor André Clemente, desembargador do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Jozélia de
Medeiros. (Palmas.)
Senhor Jaime, estou muito grata. A sua presença é fundamental. Tenha certeza de que
estamos aqui para construir. Agradeça, em meu nome, à Secretária Marcela.
Doutor Renato, estou muito grata pela sua presença. Nós já estivemos juntos em outras
oportunidades.
Eu iniciei falando a respeito dessa responsabilidade. Representantes de várias instituições estão
presentes a esta comissão geral. Peço ao nosso Cerimonial que anote o nome dessas instituições para
que possamos divulgá-las. Vejo aqui a dona Daise, o Guilherme, a Paloma, tantas pessoas do bem.
Quero falar o nome das pessoas que estão presentes. Se for possível, vamos anotar os nomes e ter a
participação das pessoas, para que elas possam falar o que estão sentindo.
Quero iniciar a minha fala mostrando um gráfico de estudos que fizemos desde 2011. Em 15
anos, foram executados menos de 40% do Fundo da Criança e do Adolescente. A cada ano, o fundo
tem mais dinheiro. No início de 2010, o fundo tinha menos de R$20 milhões; hoje, ele tem quase
R$120 milhões, e são executados 40% desse valor.
Essa é uma responsabilidade muito grande. Isso é uma missão que Deus me confiou e que eu
assumi para mim. Sou mãe de 6 filhos. Entrei na política porque, infelizmente, perdi um filho com
menos de 2 anos de idade – ele estava prestes a completar 2 anos.
A responsabilidade pela defesa das nossas crianças e dos nossos adolescentes, que não têm
título de eleitor, é fundamental. Ela é fundamental! Quando investimos em um jovem que já tem título
de eleitor, perdemos a chance de forjar um ser humano que disponha de oportunidades.
Eu tenho a honra de dizer que, enquanto era deputada federal, na Câmara dos Deputados,
alguns projetos de lei meus foram aprovados e sancionados pelo presidente da República. Porém,
ainda há projetos meus em tramitação que tratam do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente e
de como destinar mais recursos para esse fundo.
Este mês de agosto é o mês em que comemoramos a primeira infância. Eu participei de várias
solenidades para que possamos desenvolver oportunidades para esses primeiros anos de vida. Uma
das falas que mais me chamou atenção foi sobre como essa criança não está sendo escutada. As
cidades não estão sendo preparadas para atender essa criança. Ela entra e é criada em ambientes que,
muitas vezes, são de adultos. Não quero entrar em polêmica de partido político ou de ideologia política.
Estou falando da sobrevivência da infância, da inocência das nossas crianças. Quando não chegamos
com projetos sociais, com educação de qualidade, com iniciativas que proporcionem oportunidades
para crianças e adolescentes, deixamos essas crianças num mundo, num Brasil que está adulto – e,
muitas vezes, as crianças são criadas em meio à criminalidade. Recentemente, foi preso um traficante
que fazia tráfico com a própria família, com uma criança menor de 6 anos...
Vocês são um grupo de escoteiros? Qual é o grupo de escoteiros?
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Sempre alerta! Fui escoteira a vida
toda. Uma vez escoteira, sempre escoteira! Que Deus abençoe vocês, que também realizam um
trabalho fenomenal!
Esta é a responsabilidade: onde está esse dinheiro e como ele está sendo aplicado? O dinheiro
estava no fundo. Entretanto, onde ele está sendo aplicado?
Quero ressaltar a posição do desembargador de contas André Clemente, que afirmou não mais
poder haver devolução dessa verba. Isso será fundamental para que haja pressão tanto do Poder
Legislativo quanto da sociedade para que os recursos sejam efetivamente aplicados. Essa é a nossa
responsabilidade.
Estamos aqui para escutá-los, para também ouvir o Poder Executivo. Quero dizer que sinto
falta da secretária Marcela Passamani, mas acredito que a presença dos senhores é fundamental para
que juntos consigamos encontrar uma solução.
Esta não é a primeira audiência pública da qual participo sobre o Fundo dos Direitos da Criança
e do Adolescente, mas estamos diante de um marco histórico: a decisão do TCDF, a qual determina
que agora os recursos do fundo não podem mais ser devolvidos. Isso nos traz segurança para aplicá-
los com muito mais responsabilidade. Existe mais responsabilidade na execução, mas também existe na
geração de oportunidades para que o terceiro setor possa, cada vez mais, realizar um trabalho com
seriedade e profissionalismo. O que muitas vezes se diz é que o terceiro setor não se organiza para
executar essas emendas. Nós estamos aqui para mostrar que existe um setor organizado.
Tudo bom, Tatu? Que Deus o abençoe.
Vamos dar início às falas. Peço às pessoas que quiserem falar que levantem a mão, para
anotarmos seus nomes e, na sequência, passarmos-lhes a palavra.
Concedo a palavra ao presidente do Conselho dos Direitos da Criança e Adolescentes do
Distrito Federal, Eduardo Chaves da Silva. Ele exporá as dificuldades existentes, para que possamos
construir uma proposição.
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Boa tarde a todos. Boa tarde, deputada. É uma satisfação
muito grande estar aqui com a senhora novamente.
Houve momentos importantes em que estivemos discutindo a política da infância. Eu também
sou pesquisador da Universidade de Brasília. Em 2020, realizamos um seminário na universidade,
deputada, chamado Infância em Foco. Nosso objetivo era mobilizar a sociedade para entender que as
pesquisas acadêmicas e científicas precisavam chegar à população. Nosso objetivo era mobilizar
lideranças, e tivemos, na plateia, a presença da deputada Paula Belmonte, que se sensibilizou pela
causa. Ela já vinha com o coração aberto e colocou o seu mandato à disposição. Hoje, existem o centro
de pesquisa da Universidade de Brasília e a creche para a comunidade. Eu fico feliz por resgatar essa
história, porque é importante mostrar que coisas vêm sendo feitas.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Eduardo, eu posso interrompê-lo
rapidamente?
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Claro, deputada.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Eu fico muito feliz que você tenha
lembrado disso. Eu acho importante essa recordação, porque aquilo foi um desafio. Naquele momento,
não havia o centro de pesquisa nem a creche. Hoje, conseguimos entregar um complexo da primeira
infância. Nós entregamos também o Hospital Universitário da Criança e do Adolescente, que já estava
parado há quase 20 anos. Hoje há um centro de pesquisa, cujas obras estão sendo concluídas. Eu
estive com a ex-reitora Márcia e com a reitora Rozana. Há uma creche com atendimento à comunidade
e o hospital. Tudo isso envolve a primeira infância.
Muito grata, Eduardo.
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Com relação ao hospital, eu falo em memória também do
professor Dioclécio Campos Júnior, que foi um dos idealizadores desse trabalho e nos deixou no último
dezembro; e do professor Isaac Roitman, que ajudou nessa articulação.
Eu agradeço também, deputada, às minhas parceiras aqui, as conselheiras de direitos do CDCA
e as conselheiras tutelares, que estão atendendo as crianças diretamente e estão precisando do nosso
apoio.
Eu agradeço a participação em nome também do nosso vice-presidente do conselho, João
Henrique Barbosa. Nós temos feito uma dupla desde o ano passado, quando ele era presidente e eu
era vice, e, neste ano, invertemos as funções. É importante mostrar que temos uma articulação
bastante forte com a sociedade civil.
Agradeço também ao deputado Rogério Morro da Cruz, que realizou uma audiência pública em
maio aqui, na qual estivemos e também discutimos. Aquele foi um momento bastante importante.
Agradeço também ao deputado Fábio Félix, ao deputado Max Maciel, ao deputado Gabriel Magno, ao
deputado Thiago Manzoni, que também têm se mostrado relevante nessa pauta. Agradeço à deputada
Doutora Jane, que já foi secretária de Estado de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude.
Essas são pessoas importantes às quais precisamos agradecer também.
Agradeço a todos da mesa, que já são parceiros conhecidos.
Eu fico muito feliz de estar aqui. Sei, deputada, o desafio que existe olhando esse gráfico.
Fiquei muito feliz com o fato de a senhora ter trazido esse gráfico, porque, na última vez que estive
aqui, eu esqueci de mostrá-lo e fiquei pensando: “Eu tinha de ter mostrado o gráfico da história da
execução do fundo”. Então, eu fiquei muito feliz com sua atitude.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Vamos deixá-lo aí um pouco, para
ficar registrado para as pessoas.
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Sim.
Temos o seguinte histórico, deputada: 0% em 2011; 5% em 2012; 11% em 2013; 4% em
2014.
Quando o deputado Fábio Félix foi presidente, executou 29%. Isso foi uma vitória bastante
importante para a política da infância como um todo.
Eu tenho também muito orgulho de falar que, na nossa gestão, conseguimos executar o maior
montante nominal da história do fundo, que foi de R$31 milhões, mas ainda é pouco. Eu acho,
inclusive, que todo recurso que fica parado e não é executado com qualidade é um grande crime que
se comete com a sociedade. Eu fico bastante feliz com a oportunidade de trazer isso ao Poder
Legislativo.
Deputada, eu trouxe para dar de presente à mesa um exemplar do nosso Plano Distrital da
Primeira Infância, porque é muito oportuno falarmos do Fundo da Criança e do Adolescente no mês de
agosto. Nós estamos, em pleno agosto, falando dos direitos da criança. A primeira infância tem sido
esquecida pela sociedade como um todo. Nós precisamos pautar esse tema na Câmara Legislativa
também.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – E agosto é o mês da primeira
infância.
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Agosto é o mês da primeira infância, sim.
Eu vou dividir minha fala em 2 momentos basicamente. Vou falar um pouco do que temos
feito, principalmente nos últimos meses – eu assumi a presidência do CDCA em dezembro de 2024 –, e
também dar algumas sugestões do que podemos fazer e do que precisamos fazer. E vou pedir o apoio
desta casa e da sociedade, porque ainda precisamos mobilizar muitas áreas para que tenhamos
garantidos os direitos da criança.
Eu fiz um breve histórico, deputada, sobre a participação do fundo na implementação das
políticas públicas. Eu falei, na última vez em que estive aqui, que temos uma legislação – a lei do fundo
e do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente são leis de 1992 e 1998 –, ainda da época do
governador Roriz, que usamos até hoje. São leis de muito antes do Marco Legal da Primeira Infância,
por exemplo.
Então, é uma legislação que tem se mostrado ineficaz para implementarmos essa execução de
que precisamos. O CDCA, como esse órgão que precisa deliberar sobre a política, controlar a política,
precisa fazer a gestão do fundo, esse fundo milionário, que todos conhecem, sobre o qual é a nossa
pauta hoje. Mas o conselho também precisa fazer o processo de escolha dos conselheiros tutelares,
fazer a formação dos conselheiros tutelares. A formação está boa, conselheiras?
(Manifestação do público.)
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Nós precisamos fazer o registro das organizações da sociedade
civil. Está bom o trabalho das OSCs? Está bom, mas poderia ser melhor.
Ou seja, o CDCA tem um papel tão grande, mas, muitas vezes, a sociedade não vê a
importância desse órgão; e não podemos reduzi-lo ao fundo, porque, se fizermos isso, não
conseguiremos nem executar o fundo nem fazer o que a sociedade espera de um conselho. É
importante mostrar o que o CDCA precisa fazer, o que o CDCA tem de missão institucional, isso é muito
importante.
Temos feito avanços importantes nessa articulação com a sociedade civil, deputada, e temos
um plano de aplicação para esses recursos que estão parados. Nós temos atualmente disponíveis,
segundo a informação que recebi da Unidade de Gestão de Fundos, R$36.528.133,63 – disponíveis –,
ou seja, o restante daqueles cerca de R$90 milhões está com algum tipo de comprometimento. Já foi
designado, é preciso executar, é precisa chegar, mas já está com alguma disponibilidade. Para esses
R$36 milhões, temos um plano de aplicação. Eu queria que todo mundo tivesse conhecimento das
Resoluções nºs 155 e 156 do CDCA, que falam como vamos aplicar esses recursos, em que áreas
vamos aplicar esses recursos.
As crianças falaram para nós, deputada, as áreas em que elas querem que os recursos sejam
aplicados. Vou citar algumas aqui: elas querem mais saúde; elas querem educação infantil; assistência
social; elas querem que a comunidade delas seja mais segura; querem poder brincar; querem que
demos atenção às crianças atípicas – as crianças de zero a 6 anos falaram isso para nós, deputada,
que temos de dar atenção às crianças atípicas –; falaram que precisamos enfrentar as violências; as
crianças falaram, membros da mesa, que precisamos enfrentar a pressão consumista – nas últimas 2
semanas esse assunto ficou bastante em voga, mas as crianças estão nos falando isso já há alguns
anos; as crianças falaram que precisamos prevenir os acidentes na primeira infância; e que elas
precisam participar de tudo que diz respeito a elas.
Nosso plano de aplicação ouviu as crianças e determinou que vamos organizar a aplicação
desses recursos que estão disponíveis para este ano em 3 editais. Um edital tem o objetivo de
promover o direito da primeira infância à participação. Então, vamos criar, senão o primeiro, um dos
primeiros comitês de participação de crianças nas políticas públicas. Vamos fazer um edital com o
chamamento da sociedade civil para construirmos uma metodologia a fim de que a voz das crianças
chegue em quem toma decisão. Precisamos ter a voz da criança pautando, deputada, o que a senhora
está falando, o que os seus colegas estão falando e, para isso, vamos construir esse comitê de
participação de crianças.
Vamos também construir uma proposta para que o agosto da primeira infância entre
oficialmente no calendário de eventos do CDCA – hoje ainda não está, infelizmente. Queremos, com
esse edital, celebrar a primeira infância de agosto a agosto.
Queremos, também, um edital, deputada e demais presentes, para cuidarmos de quem cuida
das crianças. Estamos esquecendo das famílias que estão cuidando de crianças. A saúde mental,
principalmente das mulheres, está extremamente abalada porque elas estão tendo que dar conta
sozinhas de toda a pressão social. Se estamos entendendo que a criança é importante, negligências
não são mais aceitáveis. Mas as mulheres ainda estão sobrecarregadas e respondendo sozinhas. Então,
queremos que o poder público apoie quem cuida de crianças. Hoje, a maioria das pessoas que cuidam
de crianças são mulheres.
Também é necessário promover a participação de adolescentes. Precisamos falar dos direitos
de crianças e adolescentes para que os adolescentes também sejam agentes de proteção da infância.
Isso será bastante importante.
Outro edital é para a sociedade civil. O valor total dele é de R$41 milhões. Esse edital prevê
linhas de ação que vão desde o acolhimento institucional ao acolhimento familiar. Precisamos falar do
Família Acolhedora, sabe, deputada? Temos de fortalecer esse serviço que é bastante importante e
ainda não tem visibilidade. A sociedade não conhece o serviço Família Acolhedora.
Precisamos falar também de saúde mental. Quando escutamos as crianças, deputada, elas
falam que a política de transporte está ruim. Elas falam que não têm acesso à natureza. Conhecemos,
durante o agosto da primeira infância, um conceito bastante importante chamado déficit de natureza.
As crianças estão crescendo sem contato com a natureza. Elas falam principalmente de saúde mental.
As crianças e os adolescentes estão reivindicando isso. Por isso o edital também tem uma linha para
atendimento de saúde mental.
Além disso, há uma parceria com o Tribunal de Justiça para zerar a fila de preparação para
adoção. Muitas pessoas não têm informação sobre esse processo. Há uma fila grande que precisa de
preparação para habilitação. A adoção de crianças é uma coisa séria, não é só um desejo narcisista e
egoísta, mas vem com muita responsabilidade. Não se pode pensar em adotar uma criança e devolvê-
la. A preparação para a adoção é muito importante. A parceria com o Tribunal de Justiça é muito
importante também.
Para executar esses 3 editais, existem essas resoluções para zerarmos o recurso do fundo
ainda neste ano. Estive fazendo as contas com minha colega, Tanandra. Estamos há quase 9 meses
gestando esses editais. É muito simbólico conseguir finalmente fazer esses editais nascerem enquanto
discutimos a importância de esse recurso chegar à população.
O que podemos fazer juntos? Tenho várias sugestões. Podemos tomar um café ou um açaí na
minha sala para conversar sobre esses assuntos. Aponto 2 sugestões para conversar, deputada:
precisamos estar preparados para quando o recurso que o Tribunal de Contas sinalizou estiver
disponível. O recurso ainda não está disponível na conta. Ele não é um recurso que pode ser utilizado
agora, mas ele terá de chegar em algum momento. Depende da Secretaria de Economia e da Casa Civil
para fazer os ajustes orçamentários e mudar a lei orçamentária. Quando esse dinheiro chegar,
precisamos estar prontos. Estamos fazendo um grande chamamento da sociedade para apresentar
projetos para o CDCA.
Como a sociedade pode apresentar projetos para o CDCA? Hoje, a pasta da infância e da
adolescência está na Secretaria de Justiça e Cidadania, na Subsecretaria de Políticas para Crianças e
Adolescentes, com a nova subsecretária Maria Lucena, bastante comprometida com a pauta. Queremos
que a população procure as secretarias para reivindicar projetos na área da infância em seus
respectivos segmentos. São 15 as secretarias que compõem o Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente. Todas elas têm atuação na área da infância: Secretaria de Cultura, Secretaria de Esporte,
Secretaria de Segurança Pública, Casa Civil, Secretaria de Economia... todas as secretarias podem
receber projetos.
Faço uma convocação para a sociedade civil mobilizar as secretarias e apresentar projetos para
o conselho. A Secretaria de Justiça e Cidadania vai receber os projetos e dar celeridade a eles. Eu me
comprometo pessoalmente a receber esses projetos e encaminhá-los para a Comissão de Políticas
Públicas analisar o mérito a fim de que a execução dos projetos aconteça da forma mais rápida
possível.
Temos de mobilizar a sociedade para que ela entenda que pode, sim, apresentar projetos para
o fundo, mas isso precisa ser mais nítido e mais acessível. Sugiro que vocês conversem com os
secretários, conversem com os deputados com os quais vocês têm contato.
A segunda coisa, deputada, é muito importante. Há um capítulo sobre o papel do Poder
Legislativo. Precisamos urgentemente fazer uma revisão legislativa. Hoje, a burocracia é tanta que, só
no CDCA, existem 75 resoluções normativas vigentes, muitas tratando do mesmo tema, com visões
diferentes, citando legislações diferentes. Isso causa uma confusão tão grande na burocracia que um
servidor que se recusa a assinar um documento está respaldado por alguma legislação. Muitas dessas
legislações são de 30 anos atrás, quando ainda não tínhamos iniciado uma discussão séria no Brasil
sobre o direito da primeira infância, por exemplo. Precisamos urgentemente revisitar essa legislação,
porque existem muitas leis que necessitam ser atualizadas.
Há um esforço do CDCA com a Casa Civil e com a Secretaria de Economia. Estivemos com o
conselheiro André Clemente para conversar sobre essa decisão, a qual nós vemos com muito bons
olhos. É um recurso que nós sempre reivindicamos, ele não poderia ficar no Tesouro, na chamada
fonte 100. Esse recurso tinha que voltar. Nós, assim como a secretária Marcela Passamani, vimos com
muitos bons olhos esse recurso voltando para onde ele não deveria ter saído.
Então, quando esse recurso estiver na conta, nós vamos estar preparados: com a legislação
revisada. Vamos precisar de um mutirão social – com o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder
Judiciário, com a ajuda do Ministério Público – para enxugar a burocracia, que hoje é a principal vilã da
execução do fundo.
No que compete ao CDCA, quero frisar que há esse compromisso. A sociedade civil nunca
esteve tão alinhada e organizada – é até uma redundância dizer “sociedade civil organizada estando
organizada”. Desde que eu assumi o conselho, todas as decisões são tomadas por consenso. Nós
debatemos, nós nos desentendemos, nós divergimos, mas, no final, sempre chegamos a um
entendimento.
Estamos num momento muito oportuno: a sociedade civil e o governo, que juntos compõem o
Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, estão disponíveis para dialogar.
Eu fico bastante feliz em estar aqui. Encerro a minha fala agradecendo, mais uma vez, a
oportunidade. Coloco-me à disposição, depois de ouvir os demais componentes desta mesa e as
pessoas presentes, para continuarmos essa conversa e buscarmos soluções viáveis e objetivas –
sempre numa perspectiva construtiva, pensando na criança e em como tornar o princípio da prioridade
absoluta algo concreto em nossa sociedade.
Muito obrigado. Fico à disposição. Contem comigo. (Palmas.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, Eduardo.
Acho fundamentais esses 3 editais que vocês já estão preparando, a fim de que vocês possam
estar preparados para receber os recursos.
É muito importante, principalmente no primeiro edital, essa questão da atualização da
legislação, para que consigam realizar tanto os projetos como a execução com maior qualidade e,
assim, superar a burocracia. Quando um projeto bem-feito é apresentado, com todas as certificações, o
trabalho de execução também se torna mais fácil. Muitas vezes, vemos pessoas inseguras ao
apresentar os projetos, mas é importante reconhecer que há um CPF por trás. É importante trazer essa
oportunidade para as pessoas muito simples. Muitas instituições começam com o trabalho voluntário.
São pessoas que, talvez, não tenham o conhecimento adequado. O CDCA está preparando essas
pessoas para a execução desses recursos. Isso é fundamental.
Quando o senhor traz à tona essa questão da primeira infância, eu fico muito feliz, porque eu
acredito que a primeira infância... Eu estava dando uma entrevista antes de nós começarmos esta
sessão, e comentei que falam assim: “A deputada que defende a criança e o adolescente”, como se
isso fosse alguma coisa menor. É um absurdo! O que nós estamos defendendo não é o futuro, é o
presente! É o nosso presente!
Muitos de nós tivemos algumas oportunidades, e outros não. Eu até dei o exemplo de que,
ontem, eu fui a uma escola rural e perguntei: “O que vocês querem ser quando crescerem?”
Normalmente, as crianças falam: “Quero ser policial”, “Quero ser bombeiro”. E aí apareceu uma voz lá
atrás, era um menino de mais ou menos 5 ou 6 anos, falando: “Eu quero ser engenheiro”. Olhem que
legal! Meu olho encheu de lágrimas naquela hora, porque, se ele conseguir ser engenheiro, será uma
vitória muito grande. Por muitas vezes, o seu CEP, o local onde você mora destina o seu destino, mas
nós não podemos permitir isso. Em todos os países desenvolvidos, a criança pobre estuda para ser
uma criança rica. É a criança! Não é o jovem nem o adolescente, é a criança! Elas acreditam nisso.
Então, é fundamental que tenhamos isso! Eu sou fruto de escola pública, acredito em escola
pública, participei de vários projetos e sei ela que faz a diferença. Graças a Deus, posso dizer que
minha pessoa física apoia projetos. Vocês trazendo o CDCA, apoiando a sociedade civil, aprimorando
essa qualidade, faz toda a diferença para o Poder Executivo e para o Poder Legislativo.
Coloco-me inteiramente à disposição. Algumas legislações são de âmbito federal, mas sou
amiga pessoal do presidente da Frente Parlamentar da Primeira Infância para fazermos um trabalho
legislativo. Tenho certeza de que o Congresso Nacional, neste momento em especial, está unido!
Então, este é um momento propício para que possamos trazer a priorização da nossa Constituição
federal. Se me deixarem falar de criança, falarei mesmo!
Aproveito a oportunidade para conceder a palavra ao presidente da Federação das
Organizações da Sociedade Civil do Distrito Federal e Entorno, senhor Mário Vasconcelos Filho.
MÁRIO VASCONCELOS FILHO – Boa tarde a todos. Na pessoa da deputada Paula Belmonte,
cumprimento esta mesa e a senhora Daise, um ícone do terceiro setor e do trabalho com crianças e
adolescentes, que está ali sentada e por quem temos um carinho muito grande.
Eu gostaria de abrir um parêntese nessa questão da criança e do adolescente e explicar a razão
pela qual estou fazendo parte desta mesa. Por meio do Requerimento nº 589, que teve seu extrato
publicado no Diário da Câmara Legislativa sob o número 119, página 32, do dia 5 de junho de
2023, nasceu, sob a presidência da deputada Paula Belmonte, numa articulação da Faosc com o
gabinete dela, a Frente Parlamentar do Terceiro Setor, que foi oficialmente instalada numa sessão
solene aqui no dia 22 de junho de 2023.
A Faosc nasceu um pouco antes disso. São 9 instituições que fundaram a federação, e 4 delas
trabalham especificamente com criança e adolescente. Frequentamos essas instituições com muita
regularidade, porque, além de parceiros atuantes do terceiro setor, somos amigos também. Isso que o
Eduardo falou, ouvimos direto crianças falando sobre o que falta, que o transporte não é legal, que
falta contato com a natureza. Entendemos que esse ambiente de criança, como a deputada falou, não
é futuro, é presente! Precisamos trabalhar e cuidar das nossas crianças.
Como federação, temos feito um advocacy muito grande por conhecer as dificuldades que as
instituições que trabalham com crianças enfrentam, principalmente no acesso de recursos, muitas
vezes por conta do problema de excesso de burocracia, excesso de lei. Além de presidir a federação,
faço parte do Confoco nacional e temos trabalhado essa questão de simplificação das parcerias, de
como o recurso chega à ponta para que as instituições possam desenvolver as políticas com as quais
trabalham de uma forma mais simples, e que haja, sim, o controle, mas não a fiscalização.
Há uma diferença de parceria, porque o dinheiro público chega às mãos da OSC por intermédio
de parcerias. Tanto faz se for do Fundo da Criança e do Adolescente, do Fundo do Idoso ou das
emendas parlamentares, o dinheiro vem por intermédio de chamamento público. Existem trabalhos
feitos com crianças cujos recursos, às vezes, não saem do Fundo da Criança. Eles chegam por
intermédio de emenda, de um chamamento extrafundo, e nós percebemos essa dificuldade. Nós temos
trabalhado diuturnamente para que o processo seja simplificado.
No âmbito federal, por intermédio de uma atuação do Confoco, do Ministério da Gestão e da
Inovação em Serviços Públicos, da Secretaria de Parcerias e da Advocacia-Geral da União, foi
estabelecida uma portaria conjunta. Nós tivemos a oportunidade de participar da construção do manual
do marco regulatório que unifica isso tudo.
É muito bom nós trazermos isso também. Pode parecer que não tem a ver com o Fundo da
Criança, mas tem, porque, quanto mais nós simplificarmos as nossas leis, em todos os âmbitos, isso
acaba chegando também às questões do fundo.
Quero encerrar a nossa fala, em primeiro lugar, agradecendo a todos os deputados que
compõem a frente parlamentar: a deputada Paula Belmonte como presidente; o deputado Pepa; o
deputado Iolando; a deputada Dayse Amarilio; o deputado Robério Negreiros; o deputado Thiago
Manzoni; o deputado Joaquim Roriz Neto; e o deputado Eduardo Pedrosa, que assinaram a frente.
Quero dizer às pessoas que estão presentes e que trabalham especificamente com crianças – a
maioria aqui, acredito que quase todos – e à deputada que nós, como federação, estamos aqui. Meu
amigo Eduardo do conselho, nós, da federação, temos especialistas que trabalham conosco tanto na
área jurídica quanto na área contábil – na elaboração, execução e prestação de contas de projetos. Nós
colocamos essa galera que anda conosco à disposição de vocês. Assim, nós podemos ser úteis de
alguma forma e contribuir para que o fundo possa chegar lá de uma forma mais simplificada, a fim de
cuidarmos das nossas crianças.
Deputada, conte conosco. (Palmas.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, eu que lhe agradeço.
Mário, foi muito bom você reforçar que há uma frente parlamentar do terceiro setor. Nós temos essa
responsabilidade. Assumo a responsabilidade também, junto não só com os parlamentares da frente,
mas com todos os outros parlamentares, de fortalecermos essa questão.
O senhor trouxe um ponto muito importante, a fiscalização é diferente de... como o senhor
falou quando fez uma analogia?
MÁRIO VASCONCELOS FILHO – De controle.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Do controle. É muito diferente.
MÁRIO VASCONCELOS FILHO – Trata-se de monitoramento, e monitoramento é outra história.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Eu tenho certeza de que muitos
trabalhos desses, que iniciam com voluntariado, as pessoas não querem fazer coisas erradas...
MÁRIO VASCONCELOS FILHO – Sim.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Elas querem fazer o bem.
MÁRIO VASCONCELOS FILHO – Eu costumo brincar que, no terceiro setor, nós fazemos o
trabalho com amor, mas nós não podemos ser amadores quando nós atuamos no terceiro setor.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Não, de jeito nenhum.
MÁRIO VASCONCELOS FILHO – Com relação a ter a paixão como missão de vida, uma coisa
que eu admiro muito na senhora é exatamente isso. Todas as vezes que nós estivemos lá no gabinete,
que nós nos sentamos, percebemos o brilho nos olhos da senhora ao falar de criança e a forma como
abraça essa causa. Nós temos um grupo de trabalho no gabinete dela, como frente parlamentar, em
parceria com a federação. Inclusive, convidei o nosso amigo que nos coordena para dar um incentivo
em um ponto que é de muita relevância para o Fundo da Criança e do Adolescente.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata. Conte comigo e conte
com o nosso trabalho, com o nosso apoio e com a nossa pressão também, porque o controle e a
fiscalização também funcionam sob pressão.
Vamos continuar.
Passo a palavra para a senhora chefe de gabinete Jozélia de Medeiros, que neste ato
representa o senhor desembargador de contas do Tribunal de Contas do Distrito Federal André
Clemente. Ele deu uma decisão, acho que ainda está relatando o projeto, certo? Já concluiu a relatoria?
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Já.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Já concluiu. Ontem eu conversei
com ele. Ele me falou que gostaria de passar aqui, mas não pôde porque estava numa entrevista. Ele
disse que dá total apoio para esta pauta. Eu tive a grata surpresa de encontrá-lo algumas vezes no
Juizado da Infância e da Juventude, tratando sobre esse assunto. Eu fico muito feliz de o Tribunal de
Contas do Distrito Federal ter tido essa sensibilidade com o tema e essa responsabilização com relação
às nossas crianças.
Muito grata pela sua presença. Está plenamente justificada a ausência do nosso
desembargador.
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Obrigada. Boa tarde a todos e a todas. Eu queria primeiramente
cumprimentar a nossa deputada Paula Belmonte. Peço licença para cumprimentar todos os membros
desta mesa na pessoa da deputada.
Como a senhora falou, realmente o desembargador de contas André Clemente tem imenso
apreço por esta pauta. Ele teria uma grande satisfação de participar deste debate. Com certeza alguns
aqui já estiveram lá no gabinete, como o Eduardo, o Jaime, a dona Daise, alguém com quem também
sempre temos contato no gabinete. Trata-se de uma questão pela qual realmente ele prima muito. Ele
entende que o tribunal pode contribuir para que seja encontrada uma solução. Sabemos que a questão
da criança e do adolescente é um problema grande. Para os grandes problemas só acharemos solução
se existir a participação de várias pessoas e instituições, cada um com a sua expertise voltada para a
solução – a melhor solução para as nossas crianças. Então, tenho certeza de que ele teria imenso
prazer de estar aqui para debater esta questão.
Quando esse processo chegou ao nosso gabinete, a primeira preocupação dele foi exatamente
estudar a situação, estudar em que pé estava essa questão do fundo, por que os recursos não estavam
sendo executados. Nós tivemos uma grande colaboração da Casa Civil e da Sejus, com a qual
mantivemos contato constantemente, até que se chegasse a essa decisão. Acredito que essa decisão
pode contribuir sim para um avanço nessa execução orçamentária.
Uma preocupação do desembargador foi exatamente que a decisão fosse realmente efetiva,
não uma decisão que simplesmente determinasse algo: “Ok, está determinado”. Então, qual a melhor
solução neste momento, considerando todo o levantamento feito do montante que não tinha, digamos
assim, sido executado de 2015 a 2023, que somava mais de R$411 milhões? Porém, também
precisávamos ver isso de acordo com as normas orçamentárias. Como fazer? Como de fato trazer uma
decisão que seja efetiva?
A solução, ou o caminho encontrado, foi uma determinação com modulação, de forma que o
que atrás ficou, infelizmente... Como a própria deputada e os demais aqui mencionaram, há uma baixa
execução dos recursos do fundo. Eu acho que seria em torno de 20% a média do recurso realmente
executado, do que foi disponibilizado ao longo desses anos. Nós vimos que não haveria grande
efetividade dizer que tem que aportar os R$411 milhões. Isso poderia trazer dificuldade inclusive para
o governo, porque sabemos que no orçamento há a questão da anualidade dos recursos, todo ano
você tem o comprometimento do que é arrecadado.
Esta foi a solução encontrada: os recursos disponibilizados a partir de 2025 para o fundo não
podem mais ser retidos. Ainda que não sejam executados, eles têm que retornar no ano seguinte, para
que o fundo faça a execução desses recursos. A execução desses recursos passa, com certeza, por um
planejamento. Fico muito feliz – e tenho certeza de que o desembargador também ficará – ao ver a
carta de projetos que vocês já têm em andamento, em construção.
Sabemos que a definição dos projetos a serem implementados é a primeira etapa. A execução
é algo que requer ainda mais esforços, que exige uma soma de esforços de todos os órgãos
envolvidos. Tenho certeza de que a Secretaria de Justiça, o Conselho e a Câmara Legislativa – que está
muito bem representada pela nossa deputada Paula Belmonte, que tem grande envolvimento e realiza
um grande trabalho voltado às nossas crianças – conseguirão contribuir para que nós alcancemos uma
execução maior. Tenho certeza de que o que todos os presentes e toda a sociedade desejam é que nós
tenhamos realmente esses projetos implementados e, de fato, executados.
Eu acredito que este momento é o início. Este debate é extremamente salutar para que o
governo e a sociedade consigam superar os obstáculos enfrentados ao longo dos anos para a execução
desses projetos, que, com certeza, serão muito bem recebidos pelas crianças, pelos adolescentes e
pela sociedade como um todo. Como a própria deputada falou, a questão da criança e dos
adolescentes deve ser realmente muito bem cuidada, e, com certeza, a soma de esforços do Estado, da
sociedade civil e de todas as organizações é o que permitirá a execução de fato desses projetos,
trazendo benefícios efetivos para as crianças e para os adolescentes do Distrito Federal.
Tenho certeza de que o gabinete do desembargador André Clemente está de portas abertas.
Trago esta mensagem em nome dele, que, infelizmente, por compromissos devidamente justificados à
nossa deputada, não pôde estar presente nesta sessão. O gabinete dele está de portas abertas para o
que pudermos contribuir para a solução, para a evolução e os avanços dessa política. Nós estamos à
disposição.
Eu queria agradecer imensamente a oportunidade de estar aqui, representando o
desembargador André Clemente, o que é uma grande responsabilidade, mas também uma honra poder
tratar desse assunto na casa do povo.
Muito obrigada, deputada Paula Belmonte, pelo convite. Muito obrigada a todos por nos
ouvirem neste momento. (Palmas.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Jozélia, falo com você – e tenho
certeza de que isso será transmitido ao nosso desembargador André Clemente – que eu não tinha feito
essa conta do acumulado, do que nós perdemos. Foram R$400 milhões! Quando você disse isso, todos
pensaram: “Meu Deus, quanto dinheiro deixamos de ganhar!” Mas eu quero olhar para este momento
histórico: nós vamos deixar de perder.
Sinto-me muito honrada por já ter conversado com o André Clemente, quando eu o conheci
ainda como secretário, e por perceber que ele se sensibilizou com a causa. Tenho certeza de que tive
participação nisso.
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Com certeza, deputada.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Para nós, embora tenhamos
deixado de ganhar esses R$400 milhões que pertenciam ao fundo, acredito que uma política, muitas
vezes, não é para que todos fiquem satisfeitos, mas para que fiquem insatisfeitos – e, assim,
alcancemos a convergência.
Acredito que foi uma decisão acertada. A partir de agora, depois dessa decisão, quero propor –
inclusive ao nosso gabinete, como frente parlamentar – que pensemos em tornar essa decisão perene,
como uma política de Estado. Se for necessário apresentar uma proposição, ou mesmo um projeto do
Executivo, nós trabalharemos para isso, para que possamos aprimorar esse processo, porque, agora,
nós não vamos mais perder.
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Exatamente.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Então, é um motivo de
comemoração. Não é olhar para o copo meio vazio, mas, sim, para o copo meio cheio. Eu pelo menos
me sinto dessa maneira. Não sei como vocês pensam isso, mas eu me sinto dessa maneira. É um
marco para o Distrito Federal e agora mesmo se falou nesses R$36 milhões que chegarão ao nosso
caixa, o que permitirá que nos aprimoremos mais. Fica aqui o meu reconhecimento à decisão
prolatada, à conjunção de fatores. Depois, se alguém estiver pensando diferente, fale, para que eu
possa refletir também. Mas eu vejo que é um marco histórico para a criança e para o adolescente do
Distrito Federal.
Desejo que tenhamos, no ano que vem, ao somarmos, uma quantidade razoável para fazer
projetos. E então não haverá justificativa para vermos crianças e jovens em boca de fumo. A
responsabilidade estará conosco. Não quero mais ouvir que um jovem foi aviãozinho, nuvenzinha.
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Eu gostaria de fazer uma ressalva sobre algo que, em minha fala,
esqueci de mencionar. Essa decisão com certeza foi elaborada pelo desembargador André Clemente,
mas mereceu aprovação plenária por unanimidade. Isso mostra a sensibilidade de todo o tribunal com
a causa.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Mostra o tribunal sensível à causa.
Muito grata.
Concedo a palavra ao Renato Bianchini, promotor de justiça com quem já tive a honra de estar
presente em algumas audiências.
RENATO BIANCHINI – A honra foi toda minha, deputada Paula Belmonte.
Eu agradeço mais uma vez a possibilidade de estar aqui. Parabenizo a senhora pela iniciativa
de trazer uma pauta tão importante como esta e dar visibilidade a ela.
Cumprimento todos os presentes.
Começo a minha fala fazendo uma inferência. Acho que o problema da execução do fundo é
histórico, antigo. O gráfico mostra isso muito bem. Para mim, esse problema reflete, na verdade, a
pouca afeição que o Estado brasileiro tem de ser realmente democrático. No fundo, no fundo, o
exercício da democracia é justamente trazer para a execução das políticas públicas e para a correção
das ineficiências estatais o ouvir dos anseios da população e permitir que a sociedade civil atue. O
fundo e o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente têm exatamente essa vocação. Talvez
não por acaso tenhamos essa dificuldade histórica de execução. No nosso Estado, embora nossa
Constituição democrática já tenha mais de 30 anos – quase 40 –, ainda não vivemos de fato, na
essência, na plenitude, uma cultura democrática de ouvir a população, de levar em conta os anseios da
população. Eu queria começar fazendo essa reflexão porque acho que boa parte dos nossos problemas
estariam mais bem encaminhados se nós já tivéssemos amadurecido nesse ponto.
Nós estamos aqui para falar sobre o fundo como um todo, não apenas sobre a questão da
execução. É importante também chamarmos atenção para a captação dos recursos, que se dá
basicamente por 3 fontes – se eu estiver esquecendo alguma, por favor, me corrijam –: incentivos
fiscais para pessoa jurídica e física, multas decorrentes da prática de infrações administrativas e
transferências de receita do Tesouro.
Com relação aos incentivos fiscais, parece-me que também precisamos trabalhar e evoluir no
sentido de não só divulgar melhor essa possibilidade, mas também de fazer campanha para esclarecer
a população especialmente sobre não se tratar de doação. O incentivo fiscal não é desembolso, é
destinação do valor do recurso do imposto de renda que já vai ser pago, que já será desembolsado de
qualquer forma pelo cidadão. O sujeito, ao destinar dinheiro para o fundo, não vai perder dinheiro. É
isso que estou querendo dizer. O patrimônio dele não será diminuído. O que acontecerá é um
desembolso que será posteriormente restituído. Isso, claro, partindo do pressuposto de que a pessoa
seja pessoa física contribuinte do Imposto de Renda e faça declaração pelo formulário completo, o que
não se aplica para as pessoas isentas que, no caso, estariam fazendo realmente uma doação. Os
contribuintes que fizerem a declaração de Imposto de Renda pelo formulário completo terão a
restituição total do que destinarem ao fundo com a correção da Selic do período.
Se isso for feito no ano anterior, a declaração pode ser feita com até 6% do valor total do
Imposto de Renda devido. Se for feito no curso, no próprio programa da entrega da declaração do
Imposto de Renda, será com até 3%. Isso é algo muito simples de ser feito, principalmente nesse caso
em que isso é feito na declaração do Imposto de Renda.
No outro caso, que pode ser com até 6%, talvez até caiba também o CDCA não só fazer
campanhas esclarecedoras mas também facilitar o processo, que é um pouco mais dificultoso. Não é
tão simples quanto o que é feito diretamente na declaração do Imposto de Renda. Esse é um ponto.
Outro ponto que acho muito relevante é justamente as multas decorrentes de infração
administrativa. Por quê? Como promotores, atuamos perante a Vara da Infância e acabamos
assumindo a titularidade dessas ações. Quando chega a notícia da infração administrativa, cabe ao
Ministério Público promover a responsabilização do infrator. Percebemos que, fora algumas notícias que
chegam pelos conselhos tutelares, a esmagadora maioria das situações se dá pela atuação da Vara da
Infância e da Juventude, pelos seus agentes de proteção, que antigamente eram conhecidos como
comissários. Arrisco a dizer que, em 95%, 98% dos casos, se trata de adolescentes presentes em
festas, em shows, consumindo bebida alcoólica, coisas muito simples.
Será que são só essas as infrações administrativas que estão acontecendo no Distrito Federal?
Faço essa provocação. Temos um grande rol de infrações administrativas no ECA e só estão chegando
ao conhecimento do Poder Judiciário esses poucos casos, praticamente todos pela mesma fonte. Se
nós mobilizássemos a sociedade para que ela exercesse esse papel fiscalizatório e denunciasse mais
situações que são infrações, protegeríamos ao mesmo tempo diretamente as crianças que estivessem
sofrendo os efeitos negativos dessas infrações e promoveríamos uma maior captação de recursos pelo
fundo.
Vejam como o sistema é bem construído! Nesse caso, ele trabalha a proteção nas 2 pontas. Ao
mesmo tempo em que essa fiscalização da infração administrativa tende a cessar essa prática e
proteger a criança ou o adolescente que estava sofrendo algum efeito negativo daquela infração, isso
traz recursos para o fundo, para melhorar ainda mais a política pública.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Doutor Renato, vou aproveitar a
oportunidade da nossa audiência – porque há muitas pessoas assistindo a ela esse material vai ficar
disponível aqui – para perguntar como podem ser feitas as denúncias. Ela é feita pelo Ligue 180? Há
um canal direto? É importante explicar esse processo de denúncia às pessoas até mesmo para mais
fiscalizadores.
RENATO BIANCHINI – Deputada Paula Belmonte, pode ser por Ligue 180, Ouvidoria-Geral do
DF, Ouvidoria do MP, Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, Disque 100, conselho tutelar, a própria
Vara da Infância e da Juventude. Há várias portas de entrada. A pessoa pode escolher a que está mais
próxima de si ou a mais fácil para ela.
Então, quando falamos do fundo, é importante falar na captação, principalmente nestas 2
vertentes: incentivos fiscais e multas.
É importante também falar do planejamento e da articulação para a execução dos recursos.
Nesse sentido, vale saudar o CDCA-DF pela edição das Resoluções nºs 155 e 156, que estruturaram o
plano de ação para execução do fundo para os exercícios de 2025 e 2026 – principalmente a Resolução
nº 156, que veio com a antecedência necessária para influenciar, se for o caso, a LDO. Assim, as coisas
podem acontecer com a maturidade necessária e com o tempo de reflexão necessário para que sejam
bem feitas e bem articuladas intersetorialmente.
Nós, enquanto Ministério Público, entendemos que é necessária e urgente a formação de um
GT interinstitucional para enfrentar esse problema. Nós sabemos que está em curso um estudo no
âmbito do CDCA para fazer um diagnóstico dos principais entraves à execução do fundo. O Eduardo me
deu a previsão de que esse estudo ficará pronto em setembro. Nós achamos que, com a finalização
desse estudo, a criação desse GT interinstitucional seria extremamente oportuna. Assim, esse material
que está sendo produzido poderá subsidiar ações, nas diversas instituições, que realmente tendam a
solucionar esse problema.
Por fim, deputada, vou pedir licença para fugir um pouquinho do nosso tema. A senhora falou
de sua visita à escola ontem. Eu sei que a senhora tem o histórico de ter residido no exterior. E isso me
lembrou de outra coisa pela qual não posso deixar de elogiar o Distrito Federal. Trata-se do programa
Pontes para o Mundo, da Secretaria de Educação, que está em curso.
Esse programa está dando a 100 estudantes da rede pública a oportunidade de fazer um
intercâmbio de 3 meses no Reino Unido. A previsão é que eles embarquem na semana que vem. No
Ministério Público recebemos alguns pedidos de autorização de viagem em razão desse programa.
Alguns desses adolescentes não contam com a participação efetiva de seu genitor – não dá nem para
chamar de pai um cidadão que age dessa forma. Então, para viajarem ao exterior, eles precisaram
recorrer ao Judiciário. Foi assim que tomamos conhecimento do programa, que é lindo, algo que vai
trazer uma oportunidade de ouro para esses jovens. Eles poderão vivenciar uma cultura diferente em
um país diferente e poderão sentir valorizado o esforço que fizeram para ter um bom desempenho
escolar.
A sua fala me trouxe essa lembrança, deputada, e me senti na obrigação de fazer esse elogio
ao Governo do Distrito Federal. Muito obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito bom! É importante
elogiarmos essa iniciativa. Eu não sou uma pessoa dada a elogiar o Governo do Distrito Federal, não,
porque tenho mais críticas que elogios, mas acho que é importante pontuarmos algumas coisas que
são fundamentais.
A experiência de viver em outro país é fundamental para os jovens, pois envolve não apenas o
aprendizado de outra língua mas também a troca cultural. No Brasil, não temos isso. O Brasil é um país
continental e isso se reflete um pouco na nossa percepção. O Reino Unido é, vamos dizer assim, uma
capital do mundo, onde há interlocução com várias culturas. Esses estudantes vão ter uma experiência
única. É realmente louvável! Quero aproveitar para elogiar, na pessoa da secretária Hélvia, essa
oportunidade concedida pela secretaria.
Também quero aproveitar isso que você está nos contando para dizer que fui estudante do
CIL, o Centro Interescolar de Línguas. O CIL do Elefante Branco, que foi o primeiro, está fazendo 50
anos. Eu tenho visitado os CILs, institutos que ensinam para as crianças línguas como inglês, espanhol,
francês – no Paranoá, há um CIL que ensina até mandarim! Mas ontem eu conheci o CIL de Planaltina,
que tem mais de 10 anos e, pasmem, não tem caixa d’água. Vejam só! Isso tem um impacto!
É importante valorizarmos a iniciativa da secretaria. No DF há 614 escolas e 300 mil
estudantes. Enviar 100 estudantes é muito pouco, ainda, mas já é alguma coisa. Não vamos falar do
meio copo vazio, vamos falar do meio copo cheio. O CIL é uma grande oportunidade para essas
crianças aprenderem outra língua, o que já é uma forma de profissionalização, doutor Renato.
Eu quis enfatizar esse canal de denúncias, pois elas não é só em relação a bebidas alcoólicas,
mas precisamos melhorar na nossa legislação como deve ser a relação com as distribuidoras de
bebidas. Onde há distribuidoras de bebidas, muitas vezes se encontram crianças de noite. Por isso,
estou achando muito bom os conselhos tutelares estarem presentes, porque eles enxugam gelo nisso.
Nesses dias, eu estive com um delegado que falou o seguinte: “Não é a bebida alcoólica que
faz a violência, mas onde há violência há bebida alcoólica”. É muito sério; eu vejo depoimento de
membro de conselho tutelar que, às vezes, vai atuar dentro da distribuidora de bebida e recebe
pressão política porque aquele empresário é amigo de fulano e beltrano. Isso nós não podemos
permitir.
São vários os canais de denúncia. Hoje nós temos em pauta o termo adultização, mas eu vou
dizer que é sexualização das crianças mesmo. Nós não podemos permitir isso.
O senhor traz um outro ponto, e eu vou falar de um trabalho que eu fiz na Câmara dos
Deputados, que já está no Senado Federal, que é exatamente sobre conseguirmos abastecer o fundo –
isto já vai se tornar uma lei federal – com os servidores públicos. Essa doação – que, na realidade, não
é doação, mas uma contribuição que vai ser descontada – é prévia, pois você faz a doação, pega o
recibo e depois a desconta do seu Imposto de Renda. E nós estamos atuando em uma legislação – foi
feito isso em uma comissão, o projeto é de minha autoria – em que os servidores públicos poderão
falar previamente que o desconto seja feito na folha de pagamento, mensalmente. Assim, esse valor já
estará incorporado no Imposto de Renda. A pessoa não precisa ir lá, entregar e pagar para depois
descontar, porque essa organização, muitas vezes, não é fácil fazer.
O Brasil precisa dar prioridade a esse fundo e, se Deus quiser, como nós temos uma cidade
cheia de servidores públicos, isso vai facilitar um tanto o sucesso do fundo. Então, preparem-se,
porque nós vamos ter um investimento na criança e no adolescente.
Se conseguimos investir na criança, tiramos o menino do socioeducativo. Nós não queremos a
política do socioeducativo; nós queremos a criança e o jovem aprendendo inglês e se profissionalizando
para entrarem no mercado de trabalho.
Conte comigo, doutor Renato; eu sou muito grata pela sua fala.
Concedo a palavra ao secretário-executivo da Secretaria de Justiça e Cidadania, senhor Jaime
Santana. Muito grata pela sua presença.
JAIME SANTANA – Obrigado, deputada.
Primeiramente, cumprimento a senhora, anfitriã deste ato; cumprimento também as
instituições da sociedade civil que estão presentes na pessoa da conselheira Daise; os conselheiros
tutelares na pessoa da conselheira aposentada Alice; servidores da secretaria, demais senhores e
senhoras além de toda essa mesa importante para debater os interesses da criança e do adolescente.
Deputada, eu me coloco como um facilitador dessa execução do Fundo da Criança e
Adolescente, que é uma pauta muito cara para a secretária Marcela e para o Governo do Distrito
Federal.
Quero também cumprimentá-la por sua brilhante decisão de ter como relator do processo o
conselheiro André Clemente, com quem, muitas vezes, debatemos esse tipo de processo, esses casos.
Ele é uma pessoa muito afeita à pauta.
Em sua decisão, ele teve a sabedoria de indicar que essa é uma responsabilidade não só da
Secretaria de Justiça e Cidadania mas de todo o governo e estabeleceu que tivéssemos um plano de
aplicação que respeitasse todos os limites orçamentários e técnicos daquela decisão no prazo de 120
dias.
A Secretaria de Justiça e Cidadania está preparada e estuda a melhor forma de fazer essa
execução, de modo que ela chegue a quem precisa: as crianças e os adolescentes do Distrito Federal.
Eles são pauta prioritária na Constituição federal, no Distrito Federal e em todo o país. Eles são o nosso
futuro.
Estou à disposição para o debate. Que ele seja profícuo!
Muito obrigado pelo tempo dispensado.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata.
Ontem, quando eu estava conversando com o desembargador André Clemente, ele me falou:
“Deputada, agora, nós precisamos fazer a estruturação. Vamos, juntos, estruturar isso.” Também
quero me colocar à disposição para isso.
Acho importante definirmos qual é a estrutura necessária. Esse sempre foi um grande entrave.
Há a questão burocrática e uma série de coisas, mas qual é a estrutura existente para a execução do
fundo?
O senhor pode falar sobre isso?
JAIME SANTANA – Posso.
Eduardo, se eu esquecer alguma coisa, ajude-me.
Há um normativo que estabelece o número mínimo de servidores na Secretaria-Executiva do
Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal. Essa composição é minimamente
de 12 servidores. Hoje, na secretaria, nós cumprimos a legislação. Há 12 servidores trabalhando
diuturnamente na execução do fundo.
É isto que a secretaria tem estudado depois da decisão do desembargador André Clemente: o
aumento dos servidores nessa área e a capacitação dos servidores – algo que acho muito necessário –,
para que eles se sintam confortáveis ao assinar os documentos, até porque são recursos vultosos.
Muito inteligentemente, em sua decisão, o desembargador André Clemente estabelece
responsabilização não só para os servidores que trabalham com os processos mas também para os
conselheiros de direitos.
Então, isso é algo em que precisamos, de fato, mergulhar para trazer mecanismos e, como
bem o Eduardo falou, uma estratégia de legislação. O nosso intuito é facilitar o fim do processo, mas
com o conforto necessário para que durma tranquilo cada servidor que assina o processo.
Não sei se me fiz claro.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Eu pedi que o senhor falasse sobre
isso até mesmo porque o senhor o faz com muito mais propriedade.
O que sempre ouvimos a secretaria dizer é que não há estrutura e que há preocupação em
assinar. Agora, vamos ter que fazer capacitação para isso. Dar estrutura é responsabilidade dos
conselheiros do fundo e, principalmente, da secretaria.
Eu me coloco inteiramente à disposição para fazer o necessário, porque estamos tratando de
recursos vultosos. Como o Eduardo mencionou, mais de R$90 milhões já foram previamente
destinados, empenhados e indicados. Ainda há R$36 milhões. Estamos falando de R$120 milhões. Essa
é uma grande responsabilidade! Precisamos dessa estrutura da secretaria para que tudo aconteça.
Se quiser complementar algo, Eduardo, fique à vontade.
Concedo a palavra ao Eduardo.
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Uma das primeiras decisões que tomamos na presidência do
CDCA foi sugerir aos conselheiros – e prontamente fomos atendidos por todos – a criação de uma
comissão especial para propor uma reforma organizacional e administrativa do CDCA.
Já estamos bastante adiantados nesse trabalho. Pretendemos apresentar o resultado na
plenária de setembro. Inclusive, deixamos aqui, deputada e demais presentes, o convite para que
participem das plenárias do CDCA. Reunimo-nos presencialmente toda última quarta-feira do mês, das
9 horas até o horário necessário para resolver todas as demandas. Todos estão convidados a
participar. O calendário de reuniões do CDCA está disponível em nosso site.
Hoje trabalhamos com uma estrutura de 12 servidores. É importante destacar que, desses 12,
10 são servidores de carreira. Enfrentamos um desafio muito grande para manter esses servidores no
CDCA. Algumas pessoas presentes são servidoras da Secretaria de Justiça e Cidadania e sabem a
dificuldade que é lidar com assuntos administrativos extremamente pesados e tensos. Estão sob muita
pressão.
Na última reestruturação da carreira, aumentou-se a gratificação: antes ela era de 5% para o
servidor trabalhar no CDCA, hoje ela é de 15%. Melhorou, mas essa gratificação ainda é inferior à das
demais áreas.
Agora, precisamos manter esses servidores, capacitá-los e fazê-los compreender a pauta da
infância. Esse é um caminho muito longo. Ainda estamos no início desse percurso para garantir que os
servidores tenham formação adequada e entendam efetivamente a importância da área da infância.
Deputada, com essa decisão do Tribunal de Contas, será necessário alterar a legislação.
Precisaremos, pelo menos, dobrar o número de servidores. A duras penas, conseguimos um
planejamento em que, com 3 editais, zeramos um recurso ainda sem destinação. Porém, para executar
esse recurso, é necessário outro processo, e a população precisa entender isso.
Vamos disponibilizar no site do CDCA um fluxo bem claro de processos: como o projeto entra
no conselho, por quanto tempo tramita, o que significam aquelas siglas – Ungef, Suag –, pois há
muitas siglas e muitos setores envolvidos. Queremos simplificar isso ao máximo e colocar tudo
no site para todo mundo ter ideia do que é o fluxo.
Ainda há um caminho a ser percorrido. Quero parabenizar o empenho das conselheiras de
direitos, que têm sido muito propositivas, com uma perspectiva colaborativa muito grande, assim como
os conselheiros de governo e, principalmente, a sociedade civil, que tem se empenhado bastante.
Vamos fazer isso acontecer.
Precisamos ainda de apoio para que a legislação ajude o próprio Poder Executivo a tomar
decisões. Sabemos que a escassez de servidores está grande em todos os setores. Como vamos
remanejar servidores, por exemplo, da Secretaria da Agricultura ou de qualquer outra se há poucos
servidores?
Uma legislação atualizada, construída em parceria entre a Câmara Legislativa e o Poder
Executivo, que proponha uma estrutura mais robusta para o CDCA, será fundamental para
avançarmos.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Conte conosco!
Agora, passarei a palavra para a sociedade. É importante ouvir todas as pessoas que se
inscreveram. Vamos conceder 3 minutos para cada uma. Se necessário, poderemos estender o tempo
um pouco, mas, se conseguirmos manter o horário, será bom para escutarmos todos. Depois, caso
haja dúvidas, as pessoas responderão.
Farei alguns registros de presença: a senhora Maria Augusta, adulta voluntária escotista do ex-
grupo de escoteiros Jardim Mangueiral; Dafyne Mello, assistente social em saúde da criança; Laila
Braga, conselheira tutelar de Taguatinga; Soralha Oliveira, presidente da Oscip Múltiplas Atividades
Sociais de São Sebastião; Francisco de Assis, conselheiro tutelar do SIA; Josenildo Araújo, analista de
projeto do Instituto Brasília World MDCS; Rosângela Santa Rita, conselheira do CDCA; José Carlos de
Souza Santos, presidente da OSC Movece.
Quero falar da Rita, que está aqui representando as nossas crianças, o nosso presente e o
nosso futuro. A sua presença, Rita, é fundamental para que lembremos de nossas crianças e
adolescentes.
Concedo a palavra ao senhor Dilmar Carvalho, presidente dos projetos sociais Promais. O
senhor, junto com a Rita, tem 3 minutos para sua fala.
DILMAR CARVALHO – Boa tarde a todos. Boa tarde à mesa. É um prazer estar com vocês. A
deputada Paula Belmonte me conhece de uma longa trajetória.
Para quem não me conhece, sou Dilmar Carvalho, presidente do projeto social Promais, Projeto
Mutirão Assistencial e Inclusão Social.
Nós somos uma equipe de 365 policiais militares reformados voluntários. Trabalhamos sem
recurso. Fazemos uma campanha em prol das crianças, por isso minha filha está no plenário. Eu tenho
4 crianças. Como a deputada falou, ela tem as dela. Quem tem filhos que cuide deles.
Na madrugada, resgatamos crianças do tráfico, porque o Estado não dá conta.
Não é a primeira vez que falo neste plenário. Eu amo vir a esta casa. Por ser o primeiro a falar,
peço que Deus nos abençoe.
Não é fácil ser voluntário. Isso tem seu preço. Lá não se pode falar de dinheiro, porque a
criança não sabe o que é isso.
Não acho justo abrirmos um debate e não termos ainda uma solução para as nossas crianças.
Criou-se o programa Pé-de-Meia. A minha filha tem 17 anos e está terminando o segundo ano.
Ela recebe o auxílio. Vamos criar, deputada, outro Pé-de-Meia para as crianças que eu resgato mundo
afora.
É difícil falar em 3 minutos tudo o que eu queria falar. A senhora que me olha – acredite – não
sabe como é difícil fazer o que eu faço. Eu o faço em silêncio, porque a sociedade não sabe que nós
estamos em campo.
Sou um militar treinado para a guerra e, acreditem, se fosse para eu ir à Ucrânia resgatar
aquelas crianças, eu iria. Todavia, eu não posso, pois tenho que cuidar da minha bandeira, que está
aqui.
Eu não venho a esta casa falar por falar. Tiraram a vida do meu bebê com 18 anos,
eletrocutado numa quadra de esporte. O tráfico a tirou. Daqui por diante, vou pegar muito pesado
quando eu vier a este plenário. Não é justo o que aconteceu. Desde 2015 avisávamos à Câmara
Legislativa e às autoridades que a quadra estava dando choque. O jovem inocente que puxou o fio só
queria fumar a maconha dele, só queria usar o entorpecente dele e ficar na penumbra. Tiraram a vida
do meu Gustavo, de 18 anos.
Até hoje não foi feita a reforma da bendita quadra. Portanto, venho me pronunciar em repúdio
a isso. Esse pedido já foi feito a todos os deputados e aos senadores. Vamos fazer a revitalização dessa
quadra, deputada, pelo amor de Deus!
Eu vim a esta comissão geral não para pedir recurso – pois não preciso, sou um servidor
público –, mas, sim, para pedir que nos atentemos para que não ocorra acidente de novo.
Houve outro acidente na vila olímpica. O garoto envolvido já foi homenageado, e o meu
Gustavo ficou para trás. Mas ele não vai ficar para trás, não. Não acho justo isso.
A deputada determinou o tempo de 3 minutos. Como representante de uma instituição, eu teria
direito de falar 5 minutos. Não vou fazê-lo. Todas as minhas falas são curtas e grossas.
Meu bebê está ali. Teve aula de manhã e veio para o plenário. Dia 29, minha menina de 17
anos vai estar com a senadora em um encontro só de mulheres. O convite fica aberto a todos.
Deputada, eu esperei o momento certo e agradeço à senhora por ter me colocado na frente.
Uma instituição séria é o que vocês são aqui.
O Promais não precisa de recurso. O Promais precisa de respostas. Nós temos 2.844
ouvidorias. Se houver outra instituição à altura, que se habilite, porque não é fácil. Eu estou do lado de
um representante. Acabei de escrever para ele no WhatsApp: “Veja quem somos nós. Que Deus nos
abençoe!”
Deputada, o Promais tem que se retirar, tenho que levar a criança de volta, mas deixo o nosso
recado: vamos nos unir, não está fácil, as crianças estão precisando de socorro e não de dinheiro. Nós
temos que criar um projeto que atinja as crianças. Assim elas não vão usar entorpecentes, não.
Duvido.
Faço parte de uma comissão que trata dos direitos dos animais, nós estamos preocupados com
a população de rua.
Deputada, eu estou com muito serviço e, acredite, eu vim dar a minha contribuição neste
plenário. Que Deus nos abençoe!
Muito obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Amém. Muito grata. A Rita tem
que voltar para casa. Agradeço o trabalho de resgate que o senhor faz. Conte conosco.
Registro as seguintes presenças: Paloma da Silva Sousa, pedagoga, da Associação Despertar
Sabedoria e do Instituto AMPB de Solidariedade; Roblêdo Didoff, conselheiro tutelar da Sejus; Tamires
Macedo, advogada do Instituo Inpalgo, Águas Lindas; Cleusa Rodrigues, presidente da Instituição
Universal de Águas Lindas de Goiás; Wilson Borges, presidente das Obras Assistenciais Padre Natale,
no Gama; Tarciane Mara Araújo Bessa, conselheira tutelar de Água Quente; Guilherme Junger,
presidente do Instituto AMPB; Ítalo Xavier, técnico socioeducativo da Sejus; Flávio Fontes, diretor-geral
da Associação de Ginástica Rítmica da Octogonal e Cruzeiro.
Concedo a palavra à Gilcilene Fernandes, adulta voluntária e diretora-administrativa do Grupo
Escoteiro Jardins Mangueiral.
GILCILENE FERNANDES – Olá, boa tarde. Primeiramente agradeço o convite para estar aqui,
deputada Paula Belmonte, demais membros da mesa e todos os presentes no plenário.
Vocês mencionaram a questão da criança na natureza, e nós, no grupo de escoteiros,
trabalhamos com essa parte. Mas a realidade que estamos vendo é a falta de apoio. Agora é que o
escotismo está começando a ter uma frente institucional para falar com os parlamentares.
Nós somos membros dos Escoteiros do Brasil e também somos parte da união dos escoteiros
do DF, onde temos hoje em torno de 4 mil ou 5 mil escoteiros registrados. Há uma previsão de
crescimento, no Brasil, de que se chegue a cerca de 300 mil inscritos em 2027. No entanto, precisamos
de apoio e que essa pauta seja levada às instituições, a fim de que possamos desempenhar o nosso
trabalho.
Trabalhamos com crianças, com adolescentes e com jovens. O escotismo hoje recebe de
crianças a partir de 5 anos a jovens de 22 anos. É um trabalho importante porque é justamente uma
educação não formal. É um trabalho que nós adultos voluntários executamos como doação de tempo
em prol do jovem, da criança da nossa comunidade. O objetivo maior é devolver um cidadão melhor
para a comunidade, para que não tenha que haver projeto socioeducativo.
Hoje eu estou aqui representando o 54º DF. Não sei como fazer esse contato, mas eu queria,
sim, ter contato com o CDCA para começar a estreitar esses laços. Alguns grupos da nossa instituição
têm CNPJ; outros são unidades autônomas, têm CPF. Precisamos de informações para podermos
arrecadar fundos para atendermos melhor.
A minha região é a do Jardim Botânico. Recebemos jovens de toda a redondeza: Paranoá,
Itapoã, Jardim Botânico, Jardins Mangueiral e São Sebastião. Recebemos jovens dessa região toda.
Queríamos ter oportunidade de receber fundos, porque hoje o nosso recurso é uma mensalidade de
R$30 mensais. Isso dá para arcar com a contabilidade e com os materiais da atividade do sábado.
Sabemos que há recurso, mas como podemos ter acesso a ele? Como podemos nos capacitar para
obter esses recursos?
Muito obrigada.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata. Sempre alerta.
Eu fui lobinha, escoteira, guia e pioneira. O escotismo fez parte da minha vida. Eu comecei no
1º DF. Sou uma parlamentar escoteira. Eu costumo falar que sou fruto do escotismo. Procuro fazer o
meu melhor, estar sempre alerta e servir a população.
Vejo que o escotismo realmente precisa, cada vez mais, se capacitar. Houve uma sessão solene
em comemoração aos 100 anos do escotismo aqui e no Senado Federal.
O nosso gabinete está aberto. Nós já recebemos várias presidentes. Recebemos a presidente
Mônica. Conte conosco para auxiliarmos o escotismo a se fortalecer, a ter mais grupos.
Senhor Luciano, o senhor será o próximo a falar, e essa pergunta que a Gilcilene faz é a de
muitas pessoas. Temos que nos capacitar para utilizar o recurso para a população.
GILCILENE FERNANDES – E levar essa informação. Muitas unidades escoteiras poderiam ter
acesso, como terceiro setor, estar próximas. Eu sei que fazemos parte do terceiro setor, porque um
membro do nosso grupo é do terceiro setor. Ele tem um projeto social em São Sebastião. Ele nos
trouxe essa informação, e eu comecei a pesquisar isso. Depois veio a informação que a União
Escoteiros do Brasil criou a diretoria institucional para estreitar esses laços e essas conversas. Mas vejo
que, no Distrito Federal, os grupos ainda têm poucas informações sobre como se capacitar para dar
uma estrutura melhor para o nosso jovem, para acolher mesmo esse jovem.
Atualmente, não podemos receber o jovem sem que ele contribua. O custo do uniforme é caro.
Para quem está usando o seu recurso só para a sobrevivência – e hoje o recurso de muitos só dá para
a alimentação –, participar de um grupo escoteiro é um luxo, porque há o custo, os eventos dos quais
precisam participar. O jovem não pode ser excluído por não ter dinheiro para participar.
Eu vim para cá representando esse grupo, levantando essa bandeira, defendendo o nosso
lenço escoteiro.
Muito obrigada.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito obrigada. Conte comigo.
GILCILENE FERNANDES – Sempre alerta.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Sempre alerta.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Vou ler uma pergunta: “Como ter
acesso de forma menos burocrática ao Fundo da Criança, pois os trâmites são as maiores barreiras
quando fazemos projetos sociais mesmo estando legalmente aptos a executar os recursos? Como
fazer?”
Eu vou deixar as pessoas falarem, porque haverá mais perguntas e, então, nós poderemos
responder tudo de uma só vez.
Quero registrar a presença das seguintes pessoas: tia Nair, pessoa que trabalha com muitas
crianças no Varjão, fundadora do Centro Social Comunitário Tia Angelina; Gilcineide Rodrigues, do
Conselho Tutelar de Sobradinho; David Batista dos Santos, presidente do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente de Águas Lindas de Goiás; Valdeir Tomás, servidor público da
Prefeitura de Águas Lindas de Goiás; Cibele Moraes Borges, secretária da Aginoc; Cristiane Santos de
Oliveira, conselheira tutelar de Sobradinho II; Eugenio Silvia Couto, conselheiro tutelar de Sobradinho
I; Francisca Alves Filha Pereira “Nice”, conselheira tutelar de Sobradinho II; Fátima de Britto,
conselheira tutelar de Brasília I – Asa Sul; Maria Alice Caetano, diretora financeira da ACT-DF,
Associação dos Conselheiros Tutelares do Distrito Federal.
Concedo a palavra à Nathália Vieira.
NATHÁLIA VIEIRA – Boa tarde a todos e todas. Eu me chamo Nathália Vieira, sou conselheira
tutelar da Asa Sul. É um prazer muito grande estar aqui. Saúdo a mesa, na pessoa da deputada Paula
Belmonte.
Deputada, eu vou ser bem sincera: nós, do conselho tutelar, viemos para cá bem desanimados.
Eu queria, antes, falar um pouco da minha história. Eu sou a conselheira tutelar mais votada do
Distrito Federal. Eu não falo isso de forma vaidosa, mas falo porque a última eleição do conselho
tutelar bateu recorde. Foi a maior eleição que já houve na história. Isso é muito simbólico, isso é muito
importante.
Agora, novamente, a sociedade foi chacoalhada com esse vídeo do influencer, que traz só a
ponta do iceberg. Ali, mostrou-se só uma pitada do que nós vemos todos os dias nos nossos
conselhos tutelares.
Deputada, nós estamos adoecendo junto com as famílias! É desesperador o que nós estamos
vendo: o descaso do GDF com a infância e a juventude. É muito triste. Não há outra palavra para
definir isso. Eu sou uma pessoa muito alegre, muito feliz, mas não há como ficar animada perante esse
cenário.
O que nós vemos são jovens e crianças desesperançosas, desamparadas. A minha filha de 8
anos me pergunta, na frente do mercado: “Por que ela não está na escola, mãe?” E eu engulo seco,
mesmo sendo assistente social. Eu tenho que explicar para minha filha essa tamanha desigualdade
social. “Por que, mãe, essa criança não tem o que eu tenho?” Como nós respondemos isso?
O que nós estamos vendo – aproveito a fala do presidente Eduardo para deixar isso muito claro
– é que a saúde mental dos nossos jovens está uma tragédia! A rede de saúde mental do Distrito
Federal é, duplamente, uma tragédia.
Eu não posso me furtar a falar, como mãe e cidadã, que é escandaloso que haja criança há 2
anos num COMPP, enquanto o governo compra um banco. Isso é escandaloso! Isso é um absurdo!
Eu estou assim porque estamos adoecidos. Eu quero ver um conselheiro tutelar que diga que
não está adoecido, que diga que não há um dia em quem ele não vá para casa com um nó da
garganta.
Às vezes, nós temos que falar para o pai ou para a mãe: “Eu vou orar por você” Só recorrendo
a Jesus. Há mães para quem eu falo: “Eu vou colocar a senhora nas minhas orações”. Porque a pior
sensação que temos ao trabalharmos é que estamos enxugando gelo e que nosso trabalho não está
causando impacto. Nós não fazemos nada sozinhos, nós precisamos de uma rede. A infância é bonita,
deputada, porque é como uma flor, ela floresce. Então, quando uma criança bate à sua porta, você não
pergunta se ela é de direita ou de esquerda. Ela é apenas uma criança.
Precisamos desse fundo funcionando. Isso é urgente! Estamos clamando pela infância e pela
juventude do Distrito Federal. Sou filha desta terra, neta de um homem que veio construir esta cidade
e não posso ficar calada perante o descaso com a infância desta cidade. Eu sonho e desejo que esta
cidade seja uma cidade não do viaduto, não do banco, mas de pessoas felizes, de crianças que possam
ter o direito de brincar e estudar e de uma juventude, como o presidente falou, viva e sonhadora.
Muito obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, Nathália. Parabéns
pela fala.
Este não é o motivo desta comissão geral, mas não posso deixar de dizer que também fiquei
escandalizada com o fato de um projeto de compra de um banco ter acontecido em 2 horas e meia. Eu
coloquei até um banco de plástico na tribuna para mostrar o que estávamos comprando. Mas a
responsabilidade que nos cabe, como parlamentares, é fazer com que essa rede de apoio, o Brasil e
Brasília, capital federal, que tem praticamente R$73 milhões de orçamento, entendam que a prioridade
absoluta na Constituição federal é a criança e o adolescente.
Expresso minha gratidão, de verdade, aos senhores pelo trabalho fazem, também à secretaria
e ao Fundo Constitucional. Precisamos realmente dessa rede de apoio.
Você traz um assunto que o Eduardo mencionou rapidamente. As pessoas dizem: “Ah, é a
deputada que defende a criança e o adolescente”. Falam isso como se fosse algo inocente, e é
inocente mesmo, mas é da maior responsabilidade, porque aqui estamos tratando das nossas crianças,
falando do presente e do futuro, porque é agora que estão crescendo os ossinhos, é agora que estão
sendo feitas as conexões neurais. É agora, não é amanhã, é hoje!
É muito bonito falar que a criança é o futuro, mas ela é o presente. É agora que ela está
precisando de política pública.
Vejo que esta audiência terá um grande efeito após essa decisão do Tribunal de Contas, será
um reforço para que a capital do Brasil realmente comece a olhar para a criança e para o adolescente.
Estamos falando da sexualização, mas algo que me chocou muito é que os próprios pais estão
ganhando dinheiro com a sexualização das nossas crianças. Isso nos mostra que nossa sociedade tem
que se estruturar com a família.
O senhor trouxe um dado, doutor Rodrigo, que é uma realidade. Eu estive em uma ação da
Defensoria Pública no Recanto das Emas. Em 2 dias, a Defensoria Pública foi ativamente verificar se
700 crianças matriculadas no ensino fundamental do Distrito Federal conseguiam ter um pai de
reconhecimento, porque elas não têm pai!
E aí, cabe a nós, como mulheres, também nos colocarmos como protagonistas. Falo como
mulher e não tenho medo de falar isso. Muitas vezes, já ouvi algumas mulheres falando: “No meu
corpo, eu faço o que eu quero”. Faça! Porque nós sabemos que, em uma gravidez sem planejamento,
quem fica com a responsabilidade é a mulher. Nathália, como vamos falar de igualdade de
oportunidade se nossas meninas estão ficando grávidas cedo e sem esperança?
Raisa, eu não tinha visto você aqui, eu só tinha visto o seu nome. Há alguns dias, eu estive no
Recanto das Emas. Uma conselheira falou comigo o seguinte: “Uma adolescente está sendo aliciada”.
Quem a está aliciando? “Outro adolescente”. Então, nós precisamos, como sociedade, entender o papel
do cidadão. Não se trata de pauta de direita nem de esquerda; é pauta de dignidade, com uma visão
de futuro. Isso é muito sério.
Eu quero homenagear todos os conselheiros. Eu costumo dizer que o conselheiro é um anjo
sem asas, que tem oportunidade de entrar na casa daquela pessoa e ver as necessidades dela. Mas
tem que haver uma rede de apoio. Eu já fiz a minha reclamação em outras audiências públicas em
relação à Secretaria de Justiça. Mas estamos em outro caminho, se Deus quiser!
Quando fui deputada federal, nós destinamos 14 kits para trazer uma – vamos dizer assim –
estruturação para os conselheiros, porque os eles não dispõem de carro, de telefone – que, se quebra,
são os conselheiros que têm que pagar o conserto dele. Vocês sabem a estrutura. Mas a secretaria
disse que os conselhos estavam todos estruturados.
Precisamos entender que o conselho tutelar tem uma função prioritária. Muitos dos senhores
desta rede de apoio sabem que os encaminhamentos são feitos pelos conselhos. Então, precisamos
estar unidos.
Eu não vou me estender muito no assunto, porque há muitas pessoas para falar.
Registro a presença de Ivete Lima Bandeira, gestora do Instituto e Creche Pingo de Ouro, uma
das primeiras instituições que eu conheci em 2018 e que faz um trabalho lindo. Ela tinha uma bolsa de
colostomia e cuidava das crianças num lugar extremamente carente, que é o Sol Nascente. Muito grata
pelo seu trabalho. Hoje você está bem estruturada, aliás, está se estruturando, vamos dizer assim. Mas
em comparação ao que era, hoje está melhor, graças a Deus.
Registro ainda as seguintes presenças: Wesley Cleiton, mestre Katita, que faz um trabalho lindo
com as crianças e os jovens de Samambaia; Márcia Santana, gestora do Instituto de Desenvolvimento
Janeiro Branco; Ariane Mayara de Oliveira, diretora da Escola Classe 203 de Santa Maria; Mônica
Viveiro, diretora do CEF 306 do Recanto das Emas; Thanandra Pereira Dias, diretora de Atenção e
Assistência à Primeira Infância da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal.
Concedo a palavra ao senhor Nery Júnior.
NERY JÚNIOR – Obrigado a todos os presentes. Na pessoa da deputada Paula Belmonte, eu
quero saudar todos os integrantes da mesa. É muito importante a participação de vocês para trazer luz
a este debate.
Parabenizo a deputada Paula Belmonte pela iniciativa da audiência pública, porque nós estamos
falando do presente e do futuro. Nós precisamos educar a criança para não termos que punir o
homem. Esse processo passa necessariamente pela execução de uma política pública que seja
acessível, em que nós tenhamos um CDCA eficiente. A própria Constituição federal, no seu art. 37, diz
que um dos princípios norteadores da administração pública é justamente a eficiência.
De repente, por uma questão operacional, nós não estamos conseguindo executar uma política
pública para a qual existe recurso. Eu quero render as minhas homenagens ao conselheiro André
Clemente – assim como ao Tribunal de Contas –, que foi muito feliz nessa decisão, a qual sinaliza para
a secretaria e para o Governo do Distrito Federal a necessidade de implementação da execução desses
recursos do fundo. Eu penso que o Ministério Público também deveria atuar nesse sentido, porque
precisamos que a sociedade – e o Ministério Público representa a sociedade – entre nessa arena para
buscar essa atuação intersetorial entre os órgãos e a sociedade civil, para que nós possamos alcançar
os objetivos do fundo. Nosso movimento é composto por 156 entidades, a maioria delas representa
servidores de carreira.
Deputada Paula Belmonte, com relação a esse seu projeto que está no Senado Federal, nós
vamos atrás dos senadores e vamos iniciar um trabalho de sensibilização. No DF, podemos procurar a
senadora Damares, a senadora Leila, o senador Izalci.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Aproveito este momento para
informar que o projeto já foi aprovado na comissão presidida pela senadora Damares e está pronto
para ir ao plenário. Precisamos fazer esse movimento de mobilização para que ele seja votado e
sancionado pelo presidente. Já estamos a um passo de concretizar isso.
NERY JÚNIOR – Maravilha! Parabéns!
É uma grande iniciativa, porque sou servidor de carreira também. Fazer uma indicação prévia
poderá nos ajudar a fortalecer o fundo! Acho que dá para fazermos uma campanha com nossas
entidades. Podemos chamar os policiais, os oficiais de justiça, todas as carreiras que fazem parte do
nosso movimento, para incentivar os servidores a fazerem a indicação. Porém, ao mesmo tempo em
que faremos essa campanha de incentivo à indicação, também vamos cobrar como sociedade.
Penso que deveríamos ter alguma iniciativa, doutor Renato, representante do Ministério
Público, no sentido de garantir maior controle social sobre essa execução. É preciso haver controle
social para assegurar a transparência na aplicação dos recursos e para buscar a eficiência do CDCA.
Temos de buscar uma melhor interlocução com a própria secretaria responsável pela execução desses
recursos.
Quero registrar o meu agradecimento e parabenizá-la por esse projeto. A senhora acaba de
ganhar um aliado para buscar, junto aos senadores, a inclusão da proposta na pauta. Amanhã estarei
com o senador Paulo Paim e apresentarei esse pedido em nome do nosso movimento. Já vou oficializar
todos os senadores, inclusive o senador Davi Alcolumbre, que é meu conterrâneo e, diga-se de
passagem, também meu amigo, para que possamos dar prioridade a essa pauta, principalmente agora,
diante da situação atual, em que foi preciso um youtuber trazer à tona algo que há muito tempo já
deveria ter sido tratado pelos órgãos e representantes da população.
Quero registrar meu reconhecimento pelo seu trabalho, pois sei que a senhora é uma
parlamentar de destaque e comprometida com a primeira infância.
Muito obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Obrigada. Agradeço a você, pois
todo reforço ao Senado Federal é bem-vindo, apesar de o clima estar tenso por conta da CPMI do
INSS. Acredito que essa é uma pauta importante. A relatora do projeto foi a senadora Dorinha, que foi
deputada comigo.
Há outro projeto também, Eduardo, que está para votação no plenário e é de minha autoria,
relacionado à primeira infância, doutor Renato. Ele prevê que 25% do fundo – não sei se todos vão
gostar disso, mas eu acredito que é fundamental – sejam aplicados em políticas voltadas à primeira
infância, doutora Daise. Portanto, precisaremos falar da primeira infância, seremos obrigados a abordar
essa questão.
A sua fala, Nery, é muito importante. Estive em Harvard com alguns parlamentares,
participando de um curso sobre a importância da primeira infância. E o que acontece? Precisamos que
o governo federal abrace essa causa.
O projeto já passou pela Câmara dos Deputados, passou pelo Senado Federal e agora, que ele
está pronto para ir ao plenário, o governo fez algumas ponderações. Enquanto o Brasil continuar
negligenciando a primeira infância, acredito que não conseguiremos mudar a perspectiva dos nossos
adolescentes e jovens. Por isso, peço apoio para esse projeto que está no Senado Federal. É mais uma
política que pode fazer a diferença no Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Vamos dar continuidade aos trabalhos.
Concedo a palavra à Juliana Cândida Pereira, diretora da Escola Classe Aspalha. Eu me sinto
muito grata pela sua presença. Já estive na escola.
JULIANA CÂNDIDA PEREIRA – Já esteve em uma festa junina, em uma bagunça alegre, porque
a escola é uma escola viva.
Vou me apresentar novamente: sou a Juliana, diretora da Escola Classe Aspalha. Já estive
presente em várias audiências públicas, porque a educação rende bastante, graças a Deus.
Perceber aqui a importância do fundo me rememorou a minha infância. Eu fui uma criança de
origem de periférica, estudei no Cantinho do Girassol, cuja representante está aqui. Ali é uma região de
alta periculosidade na Ceilândia. Eu entrei lá com 6 meses de idade, porque minha mãe precisava
trabalhar, e permaneci até os 7 anos, recebendo apoio. De lá eles nos preparavam para ir para a
escola, no caso, a Escola Classe 12, na EQNM 22.
Uma frase que me tocou bastante foi dita pelo representante do terceiro setor: nós gestores
falamos muito do amor, mas não somos amadores, somos artistas. Penso que às vezes somos até
artistas circenses, porque ficamos girando os pratinhos de todos os lados. Estamos aqui, mas pensando
nas demandas da escola e como somos beneficiados por esses fundos.
A Escola Classe Aspalha foi muito beneficiada por esses fundos, porque nós os procuramos.
Nós procuramos na internet, nós procuramos quem pode fornecer ajuda. Sabemos que falta mão de
obra, falta pessoal também na Secretaria de Estado de Educação. Lidamos com uma questão –
principalmente na minha escola, que é uma escola integral, de 10 horas – de vulnerabilidades. Todas
as crianças que estão na escola integral são vulneráveis e, dentro das vulnerabilidades, há um abismo
que separa as mais vulneráveis ainda. Nós dependemos do CDCA, do Cisdeca, da Sejus. Fomos
privilegiados com projetos maravilhosos que vieram do Fundo da Criança, como o Um Salto para O
Futuro e o Travessias, ambos da Ande, Associação Nacional de Equoterapia, presidida pelo Dornelles,
que nos apoiou. Foram 180 crianças atendidas com aquilo que a Secretaria de Estado de Educação não
consegue oferecer.
A Secretaria de Saúde também não consegue oferecer os atendimentos multidisciplinares com
psicólogo, neurologista, dentista. Então, nós precisamos desse fundo. A escola precisa girar. Nós
estamos aqui o tempo todo, passando o pires para os deputados, pedindo emendas parlamentares,
porque sabemos que gerir é muito complicado. Quando ouvimos falar em R$400 milhões e sabemos
que o nosso PDAF ordinário foi de R$14 mil por semestre, em uma escola integral, pensamos no
quanto poderíamos ter feito. Quando recebemos uma emenda de R$10 mil, parece que ficamos como
pintos no lixo, pensando que vamos conseguir uma infraestrutura melhor, porque a nossa criança, na
escola, precisa de conforto e proteção.
A Escola Classe Aspalha – a senhora viu – tem natureza. Então, a criança está apartada daquilo
que há de violento no Itapoã, no Paranoá, no Paranoá Parque, Itapoã Parque. A política nacional de
ampliação da escola integral, para a primeira infância, é primordial. Como a senhora mesmo falou,
percebemos que a mãe solo – o nosso contexto é de mãe solo – é a provedora e precisa trabalhar. A
mãe solo precisa que a criança tenha um espaço acolhedor e, não, institucionalizado. Queremos
diminuir a clientela do sistema prisional. Não queremos que o sistema prisional tenha tantas demandas.
Não queremos que o sistema socioeducativo tenha tantas demandas. Para que isso aconteça,
precisamos que o dinheiro chegue aonde deve chegar, porque o dinheiro não tem partido, não tem
dono, o dinheiro é nosso. As crianças estão lá, mas são representadas por nós. Nós defendemos os
interesses delas. Nós defendemos até mais que os pais, às vezes, por desconhecimento.
Quero encerrar minha fala agradecendo o seu engajamento, o seu apoio, porque nós a vemos,
deputada Paula Belmonte – e isso é muito importante para nós –, como uma representante que
enxerga escolas e enxerga o organismo da educação pública. A senhora enxerga a instituição não só
como um quadrado que armazena 500 mil pessoas.
Muito obrigada. São pautas relevantes, e esperamos usufruir mais desses projetos, porque são
fundamentais. Se não fosse o Cantinho do Girassol, minha mãe não teria oportunidade de emprego e
talvez hoje eu não estivesse ocupando o lugar que estou, que para mim é muito importante, que é
devolver para a sociedade e para as crianças a oportunidade que tive, para que elas sejam muito mais
do que sou hoje.
Muito obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Eu que agradeço, Juliana. Fico
honrada, porque a Ande é uma parceira também. Nós os auxiliamos para fazer esse projeto com
crianças atípicas. É algo muito legal. Eles têm esses projetos que conseguem fazer parceria com a
escola.
Eu tenho a honra de dizer que sou a deputada que mais investe no PDAF, na primeira infância
e no ensino fundamental. Isso é fundamental. Por que estou falando disso? Porque a criança não tem
título de eleitor. É onde fazemos a diferença. Sou muito grata, e contem comigo para continuar
trabalhando.
Concedo a palavra ao Igor Alves, servidor de carreira pública da Assistência Social e
Desenvolvimento Social, diretor do sindicato. Muito grata pela sua presença.
IGOR CHIANCA ALVES – Boa tarde. Tudo bem? Primeiramente, eu gostaria de cumprimentar
todas as pessoas que estão aqui, bem como todos os nossos telespectadores que assistem a nós pelos
meios de comunicação da Câmara Legislativa. É um prazer muito grande poder trabalhar dentro desse
tema e dialogar sobre ele.
Como já foi adiantado, sou servidor da carreira pública de Desenvolvimento e Assistência
Social. Para fins didáticos, eu gostaria primeiramente de fazer uma introdução. A nossa carreira está
em 3 secretarias: a Secretaria de Desenvolvimento Social, a Secretaria da Mulher e a Secretaria de
Justiça, onde está o Fundo da Criança e do Adolescente. É necessário começar o debate falando um
pouco da amplitude.
Se observarmos hoje a Secretaria de Desenvolvimento Social, onde estão aproximadamente
80% dos servidores da nossa carreira, em torno de 1.600, vemos vários problemas acontecendo.
Segundo o relatório técnico do Ministério Público, deveríamos ter o dobro do número de Cras que
temos hoje. Em 2023, tivemos mais de 5 mil reclamações sobre o funcionamento dos Cras, sobre a
falta de atendimento. Foram 5.228 reclamações e, em 2024, 9.423 reclamações. Houve um aumento
de mais de 80%. Ontem saiu em uma matéria, inclusive, na Globo, que já tínhamos atingido mais de 7
mil casos de reclamações na ouvidoria, que é o serviço que hoje tem o maior número de reclamações.
Vocês vão entender um pouco mais por que estou fazendo essa introdução. Nossa carreira, como eu
disse, também está na Secretaria da Mulher. Agora tivemos 4 Centros de Referência da Mulher
Brasileira inaugurados sem nenhum servidor.
Finalmente, para fins didáticos, chegamos à Secretaria da Justiça, que tem hoje
aproximadamente 190 servidores da carreira pública de Desenvolvimento e Assistência Social. Por que
estou falando isso? Por que fiz essa introdução? Porque essa carreira deveria ter 5.500 servidores e,
lamentavelmente, hoje ela tem apenas 2 mil servidores. São 7 anos do atual governo em que essa
carreira vem trabalhando com apenas 35% do seu efetivo.
Eu gostaria, inclusive, em algum momento, deputada Paula Belmonte, que pudéssemos
encontrar a senhora para falar sobre isso, porque essa luta – eu digo que até é a missão da minha vida
– é conseguir fazer um concurso para suprir essa demanda que afeta as 3 secretarias. Logicamente,
vou afunilar daqui a pouco para que possamos falar do Fundo da Criança e do Adolescente.
Eu tive algumas experiências na minha vida em termos de conselho e fui lotado em um.
Inclusive conheço, consigo reconhecer várias pessoas que estão aqui. Eu fui lotado inicialmente no
Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente. Então, peço até licença, porque, até o momento,
nenhum trabalhador foi escutado. Acho que também é preciso escutar as pessoas que estão lá dentro,
quem está lá trabalhando 24 horas nisso. Eu sou diretor, com muito orgulho, do sindicato dos
servidores que representa esta categoria, o Sindsasc. Em 2023, em outubro, eu fiz um discurso em
uma assembleia no qual denunciei que existiam mais de R$100 milhões parados no Fundo da Criança e
do Adolescente. Em menos de 48 horas, eu fui removido do Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente. Aliás, a pessoa que assinou minha remoção ex officio estava aqui, mas já saiu. Então,
este é um problema crônico, um problema que já existe há muito tempo. Naquela época, já havia mais
de R$100 milhões. Depois, falamos que havia R$120 milhões. Depois, R$130 milhões.
O esvaziamento dos conselhos é uma realidade no atual governo. Atualmente, estou lotado no
Conselho dos Direitos do Idoso. Aliás, acabou de sair uma pessoa deste conselho e ela foi para o
conselho da criança. O cobertor é curto. Você puxa para um lado e tira do outro lado.
De igual modo, o Consea hoje só tem 2 pessoas. Falaram aqui que, no Conselho dos Direitos
da Criança e do Adolescente, 12 pessoas vão ter que tocar mais de R$100 milhões. Para quem não
conhece, o conselho é dividido em 3 diretorias: a Diretoria de Cadastro e Registro, na qual está o
registro de todas as instituições – imaginem o volume disso; a Diretoria de Acompanhamentos, Normas
e Comissões, na qual já trabalhei e que, na época, tinha mais de 10 comissões; e, por fim, a Diretoria
de Projetos, que é onde ficam os projetos de vocês. Essa diretoria, para quem não sabe, funciona em
um cubículo sem janela e sem ar-condicionado. Nós precisamos ser muito verdadeiros nesse debate,
gente. E muito objetivos também!
Nós queremos sempre dialogar. Nós já estivemos sentados com o Jaime, que está compondo a
mesa, com a secretária Marcela Passamani, com a secretária Ana Paula Marra, com o gabinete da
secretária Giselle. Nesta semana, eu já estive no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços
Públicos. Ontem, eu estive com a chefe de gabinete da Secretaria de Economia. Hoje, estou aqui.
Vejam que somos tão otimistas que não desistimos nunca, estamos em todos os locais!
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Igor, vou interrompê-lo
rapidamente para que possamos fazer um acordo. Eu quero ouvi-lo, acho importantíssimo ouvi-lo. Você
chega ao ponto da questão: não só o déficit de servidores, mas também todo esse processo por que
vocês estão passando. Eu vou te dar mais tempo para falar, mas há mais 10 pessoas inscritas. Eu
quero ouvi-lo. Não quero cercear, de jeito nenhum, a sua fala, porque acho que ela chega ao ponto.
Mas peço que os próximos também possam falar, para que possamos chegar a um bom resultado
nesta audiência.
Eu me comprometo a nos encontrarmos na semana que vem para que o senhor traga essa
pauta. O nosso compromisso é buscar a estruturação para que possamos executar o fundo. Falar de
flores não adianta, porque nós já sabemos que as crianças e os adolescentes são flores! Do que
precisamos é saber a realidade da situação, para que possamos realmente utilizar esse dinheiro. Não
adianta haver uma decisão histórica, como essa, e não termos a estrutura para a execução. Pode
concluir.
IGOR CHIANCA ALVES – Eu já estive com o Jaime e ele sabe que só o pedido da Sejus é para
mais de 300 servidores. Vejam o déficit só da Secretaria de Justiça e Cidadania! A LDO está aprovada,
mas o governo se nega a fazer esse concurso há muito tempo, assim como se recusa a fazer os
concursos da Secretaria da Mulher e da Secretaria de Desenvolvimento Social. Gente, se não houver
concurso público, me desculpem, no mês que vem estaremos aqui de novo! E no outro mês também. E
no outro, e no outro. Sempre foi assim. Em 2023, eu estava em um caminhão falando disso e me
perseguiram. Em 2024, eu vim à Câmara Legislativa denunciar a mesma coisa. Eram R$120 milhões.
Depois, fui para o Congresso. Eram R$130 milhões. Então, vamos continuar tendo esse problema
crônico da falta de execução do Fundo da Criança e do Adolescente.
Para quem não sabe, temos muitas atribuições, como a eleição do conselho tutelar, que foi a
maior da história do Brasil, realizada pelos servidores. Eu estava lá e ganhei 22 dias de folga pelo
trabalho realizado. Saímos de 150 mil e chegamos a 230 mil, com a maior eleição da história do Brasil.
Trabalhamos muito.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – E isso deve ser elogiado, pois foi
um esforço conjunto do tribunal e da secretaria, que faz a diferença ao envolver as pessoas na pauta
da criança e do adolescente.
IGOR CHIANCA ALVES – Estamos na linha de frente e, também, realizamos a maior conferência
sobre os direitos da criança e do adolescente, com o Eduardo e outros, na Católica, lotando o plenário.
Isso também faz parte do serviço.
A demanda é alta, com muitos processos chegando ao Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente, que necessita de uma estrutura adequada para tocar todas as reuniões e os processos de
registro. Não temos um sistema atualizado que atenda a essa estrutura de projetos. As atribuições dos
conselheiros, às vezes, caem na secretaria-executiva, faltando um fluxo adequado entre a controladoria
e a Ungef. Como foi falado aqui, o processo vai e volta. Existe uma baixa gratificação em relação às
responsabilidades. Por exemplo, um mestrado na carreira hoje adiciona apenas R$140 ao
contracheque. Qual pessoa que se sente estimulada? A GTIT está congelada há 16 anos, causando
evasão. Embora não seja atribuição o atendimento ao público, mas o CDCA atende diariamente as
pessoas por telefone e presencialmente. Gostaria de chamar a atenção para um caso de intimidação
por uma pessoa armada. Os servidores não têm segurança adequada.
Com todo respeito, Eduardo, quando um servidor se recusa a assinar, é porque ele está dentro
da lei, pois o servidor público é para atuar dentro da lei. Há desvios de função no CDCA, com
educadores sociais fazendo pesquisa de preço; e quando ele se recusa a fazer pesquisa de preço é
porque ele está em desvio de função, só podemos fazer, porque senão você paga isso também. São
vários problemas que precisam ser enfrentados. Não estou fazendo oposição, mas trazendo o debate
para construir soluções.
Para finalizar, peço o apoio de todos para que possamos, Jaime, avançar. Ontem, estive na
Secretaria de Economia e o pessoal disse: “A Marcela precisa vir aqui”. A Marcela, naturalmente, é
casada com o Gustavo, que também precisa atuar pelo concurso público. Estamos nessa luta há muitos
anos e precisamos da sensibilidade do governador e da vice-governadora, deputada, porque se não
fizermos isso...
O Sindsasc está à disposição para esse debate. Peço desculpas por me alongar, mas conheço a
realidade de dentro. Fui servidor no conselho e tenho muito a contribuir, se vocês me permitirem.
Muito obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Igor, já fiz algumas audiências
sobre o fundo e do terceiro setor, como foi falado, mas é a primeira vez que me encontro com você.
Então, coloco o nosso gabinete à disposição para essas demandas. É importante construir com
o Poder Legislativo. Não creio e não quero crer que sempre não teremos a execução do fundo. Quero
que tenhamos um marco legal para estruturar e executar o fundo. Esse é o compromisso. Não estou
brincando e espero que ninguém esteja.
IGOR CHIANCA ALVES – Se a senhora quiser, podemos marcar para amanhã ou depois.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Já está marcado.
IGOR CHIANCA ALVES – Minha maior missão é tirar esse concurso do papel.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Semana que vem, pois não é só o
concurso, quero conhecer as demandas e ser uma militante para estruturar tudo.
No próximo ano, independente do governo, quero que o Fundo da Criança e do Adolescente
seja totalmente executado.
IGOR CHIANCA ALVES – Apesar de terem me tirado do conselho, eu saí do conselho, mas o
conselho não sai de mim. Podem contar comigo. O sindicato está à disposição.
Deputada Paula Belmonte, se a assessoria de vossa excelência já quiser marcar a reunião, falo
com quem for preciso.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Minha assessoria já vai encontrá-
lo.
IGOR CHIANCA ALVES – Que possamos somar forças!
Muito obrigado.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito obrigada, Igor.
Concedo a palavra ao senhor David Guiomar, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança de Águas Lindas. (Pausa.)
Concedo a palavra à senhora Kátia Valéria Lourenço Borges, diretora do Centro Educacional
Infantil da Estrutural.
Se Deus quiser, estarei lá, sábado!
KÁTIA VALÉRIA LOURENÇO BORGES DA SILVA VIDAL – Boa noite à mesa e a todos.
Não é a primeira vez que participo de uma ação da deputada Paula Belmonte. É muito
importante ver uma pessoa que debate a educação. Com certeza, sua excelência não só debate, age! A
deputada Paula Belmonte faz leis e vai atrás dos órgãos. Olhem as pessoas que estão aqui. Existem
reflexão, debate e estudo para transformar a educação.
Estou numa escola de periferia, na Estrutural, e é muito triste a realidade das nossas crianças.
Eu acredito que não é entre os muros da escola que vamos resolver os problemas. Durante as 4, 5
horas que as crianças ficam conosco, acolhemos e tentamos ensinar. Mas são tantos traumas, que elas
não conseguem se desenvolver!
Então, eu acredito que, mais que investir nas crianças, precisamos investir nos adultos que
cuidam delas. Muitos pais e muitas mães estão doentes. Eu estava relatando para o rapaz ao meu lado
que hoje tivemos que dar banho numa criança, porque a mãe não dá banho nela! A criança está com
ferida no corpo, de sujeira! A sujeira dá alergia, coça e fere o corpo. Chamamos a mãe e, agora, o caso
vai, realmente, para o Conselho Tutelar. Ontem, a mãe mandou a tia para conversar conosco numa
reunião, em vez de ela mesma ir. Ela está com medo de nós. Chegamos ao nosso limite com essa mãe.
Vamos ver o histórico dessa mãe. É uma adolescente de 17 anos com uma criança de 4 anos.
Como ela foi criada e cuidada pelos pais dela, muito tempo atrás? Existe todo esse contexto.
Eu estava vendo o plano. Ele é maravilhoso! A parte da família é muito pequena! São só 4
folhinhas! Isso me doeu porque precisamos trabalhar com as famílias! Precisamos fazer ações de
conscientização.
Dentro da escola, eu e minhas colegas tentamos fazer conscientização. Eu chamo terapeutas,
eu chamo delegadas para falar sobre violência doméstica. Eu chamo terapeutas para fazer terapia de
grupo com as minhas mãezinhas, uma vez por semana. E elas não querem! Elas não sabem que
podem mudar a história de vida delas! Muitas delas são beneficiadas pelo Bolsa Família e por outros
programas sociais.
Há algo que acho necessário. Já conversei com muita gente sobre isso, mas ainda não vi
acontecer. Acredito que esses programas sociais deveriam ser atrelados a algum tipo de formação para
essas mulheres e para essas famílias. É preciso criar uma estrutura, uma organização.
Estão faltando servidores públicos em todos os setores. Na Secretaria de Educação e em todos
os lugares, está faltando servidor público, há um mundo de dinheiro sobrando, e nós vivemos essa
realidade. Se nós nos organizarmos, podemos usar espaços públicos. Todos – saúde, serviço social e
educação – podem contribuir! Podemos formar uma comissão para, realmente, agir em favor dessas
comunidades.
Por exemplo, na Estrutural, alguns espaços públicos estão subutilizados ou vazios! Não poderia
haver, nesses lugares, todos os dias, formações para essas famílias? Num dia, serviço social; num dia,
saúde; num dia, educação; num dia, atendimento psicológico; num dia, formação sobre qualificação
profissional.
Nós nos preocupamos com as crianças, mas quem está cuidando delas não tem condição de
instruí-las. Muitas crianças e adolescentes da Estrutural não têm conhecimento sobre os programas de
primeiro emprego oferecidos pelas empresas, sobre as cotas que elas devem disponibilizar, sobre os
programas de aprendizes, e sobre o terceiro setor, que oferece formação para esses aprendizes. Eles
não sabem que isso existe.
A minha fala é essa. Concordo com tudo o que foi falado, com todas essas nossas demandas, e
quis acrescentar este ponto: se não agirmos nas famílias, não haverá transformação para o futuro,
porque essas crianças estão sendo atropeladas.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Concordo plenamente contigo.
Vejo que a estrutura familiar – e não estamos falando do tipo de família, mas da estrutura – e o papel
da mulher, de nós mulheres, é fundamental. Precisamos incentivar nossas meninas a sonharem e a
realizarem, porque elas estão sem esperança.
Uma menina de 17 anos, com um filho de 4 anos, teve esse filho com que idade? Esse era o
caso da Géssica. Na semana passada, ocorreu na Câmara Legislativa o debate sobre o combate ao
feminicídio. Géssica, uma mãe de 17 anos, foi baleada na cabeça dentro de uma igreja. Ela era mãe de
uma criança de 6 anos, de outra criança de 2 anos, e estava grávida de 2 meses – com 17 anos!
KÁTIA VALÉRIA LOURENÇO BORGES DA SILVA VIDAL – Para complementar a informação, hoje
recebemos a visita de uma ex-aluna de uma escola de educação infantil inaugurada há 12 anos. Ela já
tem 3 filhos e estava procurando vaga para o primeiro. Informamos que ela só terá direito a partir do
próximo ano, conforme a data de nascimento da criança. Ela já tem 3 filhos e provavelmente ainda não
completou 18 anos.
Essa é uma realidade muito difícil. Não gostamos de falar muito sobre isso, mas nossa
comunidade está um pouco viciada no assistencialismo. Por isso, acredito que precisamos trabalhar a
qualificação desses adultos, a fim de que incentivem nossas crianças e nossos adolescentes a se
qualificarem também profissionalmente, para que sejam ativos.
É tão bom trabalhar!
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Concordo plenamente. Muito
grata!
Passarei agora a palavra para a senhora Daise, que, como já foi ressaltado, realiza um trabalho
muito importante na Casa Azul. Sei que ela passou pela mesma dor que eu. Essas são missões que
Deus nos dá que, apesar do sofrimento, também nos trazem possibilidades.
Enquanto a senhora se prepara, quero dizer à Kátia que também concordo com o que foi dito.
Na Dinamarca, hoje, qualquer programa assistencial está atrelado a um trabalho em prol da
comunidade. Acredito que esse é o futuro.
Concedo a palavra a Daise Lourenço Moisés.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Boa noite a todos. Antes de eu começar a falar sobre o fundo,
quero fazer uma fala para você, Kátia.
O que você está passando é responsabilidade da política pública de assistência social, e é por
meio dela que devemos exigir que o Estado cumpra o seu papel. Trata-se da política de serviço de
convivência e de fortalecimento de vínculos familiares. Isso não está afeto ao fundo da criança. Cabe a
toda a sociedade exigir que o Estado amplie as vagas desse serviço, para que as nossas crianças e os
nossos adolescentes tenham não apenas futuro, mas também presente.
É isso que devemos exigir.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Dona Daise, quero aproveitar a
presença da Kátia, diretora do Centro de Ensino Infantil 1 da Estrutural, e dizer algo, só para que as
pessoas tenham ideia do que a senhora está falando. Hoje há 198 mil famílias, Igor, em situação de
extrema pobreza, cadastradas na Secretaria de Assistência Social. Faço uma pergunta ao doutor
Renato, ao Eduardo, ao Jaime: sabem quantas vagas existem no GDF para acolhimento com
fortalecimento de vínculos?
Se estamos falando de 198 mil famílias, estamos falando, no mínimo, de 200 mil crianças.
Concordam comigo? Há apenas 4 mil vagas! Elas não representam nem 10%.
Eu já conversei sobre isso com o governador, com o Gustavo, com o Ney e com a Ana Paula,
de quem eu gosto muito. Ela falou que ampliaria, mas ainda não...
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Lembro que isso aí está desde 2013 e não mudou. Não houve
aumento.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Essa é uma situação em que o
Ministério Público precisa atuar.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Exatamente. É isso aí.
Bom! Agora eu voltarei à pauta do fundo da criança.
Primeiramente, eu queria perguntar para a Jozélia se esses R$411 milhões serão só papel
orçamentário ou serão depósito em conta. Por quê? Porque, quando o empresário faz a doação para o
fundo, ele deposita no fundo. É físico, é dinheiro. Entra na conta do fundo da criança. Hoje, o que vem
lá daqueles não sei quantos por cento da receita líquida do Distrito Federal é papel. É orçamentário. É
por isso que, em todos esses anos, o que não foi executado voltou para os cofres públicos.
A minha pergunta é: “Vai ser físico? É isso o que o desembargador colocou?” Porque, se for,
considerando os R$130 milhões que já estão dentro do fundo, mais os R$411 milhões que vão chegar,
nós vamos ter meio trilhão de reais para gastar.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Não. O que foi falado é que os
R$400 milhões foram para um fundo perdido, vamos dizer assim.
Por isso é que eu falei que nós não podemos reclamar.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Sim, mas a ideia é que ele volte.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Não.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Não vai voltar tudo?
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Não.
Esse não retorna. Vai retornar de 2025 em diante.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Então, quanto? Porque nós precisamos, como conselho, saber
quanto vai retornar, até para executar um planejamento para a execução desse fundo.
É isso o que precisamos saber, porque, pelo parecer que veio, pelo despacho, eram R$411
milhões.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Hoje, o que eu entendi aqui,
segundo o Eduardo – em termos redondos –, é que já temos em torno de R$90 milhões, que já estão...
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Sim. Eram R$130 milhões, que já estavam empenhados.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – É. E vêm para o fundo mais R$36
milhões. Não é isso?
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Já temos no fundo, mas que não
chegou.
(Intervenção fora do microfone.)
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Já tem.
(Intervenção fora do microfone.)
DAISE LOURENÇO MOISÉS – É isso. É isso o que eu quero saber, Jozélia.
Da decisão do Tribunal de Contas...
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Então, já temos R$120 milhões?
(Intervenção fora do microfone.)
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Dona Daise, o que a decisão do Tribunal de Contas diz em relação
aos R$411 milhões é que o desembargador pediu que fosse levantado todo o recurso que não foi
executado de 2015 a 2023.
Esses R$411 milhões correspondem exatamente a esse valor que não foi executado, e o que
não foi executado, infelizmente, não está na poupança ou no cofre, guardado, para retornar.
O governo, de alguma forma, executou...
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Era papel.
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Isso. Exatamente. Digamos assim. Era papel.
O que está sendo garantido, com a decisão, é que o orçamento, a partir de 2025, seja, de fato,
disponibilizado para que o fundo possa executar. Que ele não tenha qualquer contingenciamento. E o
que não for executado, a partir de 2025, é que retornará no ano seguinte.
Por que foi colocado isso? Porque sabemos da dificuldade de execução que está havendo no
fundo. É isso.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Entendi.
Então, nós vamos continuar com o mesmo orçamento que nós temos. Não vai haver nenhum
depósito ainda, mas garantindo que o orçamento que não for executado não retornará aos cofres
públicos. Ok?
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Exatamente.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Está bom. Pronto.
Aí voltaremos a falar só sobre a parte da estrutura.
Quando foi criada aquela estrutura do CDCA, em 1900 e tanto, quando não havia a quantidade
de instituições que hoje há no Distrito Federal, não havia a quantidade de recursos que há no fundo
hoje. Então, quando se fala de estrutura, Jaime, Eduardo – o Eduardo já está cansado de saber – e
deputada, nós temos que rever realmente a estrutura da execução do conselho, mas não só do
conselho. Na época, também, a secretaria tinha apenas o fundo da criança, hoje ela tem o fundo da
criança, tem o fundo do idoso. Eu acho que é uma das maiores secretarias que nós temos no Distrito
Federal, e temos a Suag e a Ungef.
Não adianta o conselho fazer o seu papel e, na hora de passar para a Ungef, que vai fazer
gestão, não haver profissionais capacitados e em quantidade suficiente para tocar os processos. Esse é
um ponto em que eu acho que temos que pensar. Não só na estrutura do CDCA, mas também na
estrutura das unidades de gestão, que é a Ungef, a Unidade de Gestão de Fundos – ela não tem só o
fundo da criança, ela tem o da criança, o do idoso e mais um que eu não sei qual é, das pessoas com
deficiência, não é?
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Mas, pelo que eu entendi, são 12
só para o fundo da criança, e hoje nós vamos trabalhar... Você responde depois, porque tem a
resposta do Igor, mas entendi isso, e que vamos pegar todos esses dados com o Igor para que
possamos correr atrás. Correr atrás, não, vamos conseguir.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Com relação à mudança na legislação que foi solicitada, minha
proposta é que juntemos as nossas forças, façamos um GT, com conselheiros do CDCA e com a parte
parlamentar. A senhora poderia encabeçar essa mudança na legislação, para que fizéssemos uma
revisão de todos os atos que hoje nós temos e que, muitas vezes, emperram o processo na Ungef –
vou falar do Ítalo porque ele fala que um funcionário só vai fazer as coisas se estiverem previstas na
lei, e eu concordo, mas há leis que estão obsoletas e precisam ser revistas. Então, nós precisamos
fazer um grupo de trabalho para fazer uma revisão, não só da lei que rege o conselho dos direitos, mas
também das leis que direcionam o fluxo da liberação dos recursos – esse é outro ponto.
Outra coisa que eu estava pensando – eu não falarei sobre controle social – é que nós
precisamos informatizar o CDCA. Hoje, se perguntarem no CDCA quantos projetos foram aprovados em
2024 – 2024! Está pertinho –, nós não sabemos dizer. Quantas crianças foram beneficiadas com os
projetos do CDCA? Os próprios conselheiros não sabem responder. Nós não temos uma informatização
para dizer qual foi o impacto dos recursos utilizados pelo fundo da criança.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Isso é fundamental para a política
pública.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Exatamente.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Isso é responsabilidade do
presidente.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Coitado, dele não. (Risos.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Ele dá conta. Eu tenho certeza.
DAISE LOURENÇO MOISÉS – Os pontos em que eu acho que precisamos pensar é o fomento
dessa parte da informatização, essa parte da estrutura e do grupo de trabalho. E eu me coloco à
disposição para fazer parte do grupo de trabalho junto com o pessoal da comissão de legislação do
Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente para que possamos agilizar a liberação dos recursos
do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata pela sua contribuição,
ela é fundamental. A senhora sabe da minha admiração.
Na realidade, o Raimundo está aqui. Eu já peço para que formalizemos aqui na consultoria da
casa um estudo técnico a respeito disso. É importante trazermos outros parlamentares aqui. Eu, como
presidente da frente parlamentar do terceiro setor, acho que podemos encabeçar isso.
Mas é importante também... E eu vou falar isso para a Daise, para o Eduardo, para o Jaime,
para o doutor Renato, para todos que estão aqui: nesse assunto não pode entrar política. Eu posso
dizer que, muitas vezes, nós quisemos dar um passo, e aí entra a política e o passo não continua. Eu
faço esse apelo aqui, Eduardo, eu faço um comprometimento com esse grupo de trabalho.
Eu tenho muita dificuldade, por exemplo, de executar emenda na Secretaria de Justiça. Muita!
As nossas emendas não são executadas, e eu não sei por quê! Já fiz essa reclamação para o Diego
Moreno, que, inclusive, costumo falar que é meu, vamos dizer assim, conterrâneo, meu primo, porque
sou Paula Moreno. Não podemos deixar que a política entre aí! O Tatu está aqui e sabe a dificuldade
para se executar um projeto social que tem mais de 26 anos! Sei que estamos na Câmara Legislativa,
que é um órgão político, mas este é um assunto da maior seriedade. Precisamos fazer esse trabalho.
Você fez o levantamento de tudo isso. Com a maior propriedade, você deve ter conhecimento
desse assunto, a consultoria técnica, mas vou chamar os outros parlamentares para fazermos com que
isso seja um produto nosso.
Se conseguirmos melhorar a legislação do Distrito Federal, que foi um dos focos do terceiro
setor... Espero que a frente parlamentar consiga entregar isso para a sociedade.
Concedo a palavra ao Guilherme Junger, presidente do Instituto AMPB. Muito grata pela sua
presença.
GUILHERME JUNGER – Obrigado.
Boa noite a todos. Boa noite, deputada. Obrigado pelo convite.
Chamou muito a minha atenção, promotor, a sua fala a respeito da reflexão sobre a
democracia. Democracia dá trabalho, não é? Olhem há quanto tempo estamos aqui para discutir um
tema do nosso país inteiro. Mas que bom que ela existe! Ela é o nosso caminho para chegar lá.
O conselho é um ambiente democrático e dá trabalho, não é, Eduardo? Sou recém-chegado.
Antes de me tornar conselheiro da administração do fundo, fui aprender com a dona Daise, para
entender o problema da não-execução.
Fiquei muito feliz com a decisão do TCDF. Na última audiência pública para a qual o deputado
Rogério Morro da Cruz nos convidou, a discussão foi no seguinte sentido: a quem interessa a não-
execução do fundo, já que o dinheiro voltava para o orçamento e era gasto pelas decisões unilaterais e
não pelas decisões trabalhosas de que a democracia do fundo precisa?
Eu entendi e senti o sentimento de que não estamos com a secretaria, não estamos do mesmo
lado da mesa para a execução. Que pena que o doutor Jaime teve que se levantar! Aguardarei o
retorno dele, porque essa é uma conversa de olho no olho.
Eu sentia que não estávamos do mesmo lado da mesa. Agora, a decisão do TCDF, que obriga a
execução desse recurso por meio do fundo, por meio da discussão democrática, abre a possibilidade de
estarmos do mesmo lado da mesa.
O que eu queria registrar, como conselheiro do fundo de administração – acredito que isso se
replica a todos nós – é que nós queremos nos sentar do mesmo lado da mesa, que nós queremos
trabalhar juntos, que queremos unir forças para a execução, para que esse dinheiro seja investido na
criança e no adolescente. Esse é o nosso papel. Do nosso lado, estamos juntos.
Aproveito a oportunidade, doutor Jaime, e vou repetir a minha fala, para que ela seja feita olho
no olho: sou recém-chegado no Conselho de Administração. O que eu senti logo na chegada é que não
estávamos do mesmo lado da mesa. Para o que decidíamos, como conselho, era feito um edital, era
aprovado e executado um projeto, mas, na hora de pagar a parcela, por algum motivo, essa parcela
não era paga, essa parcela emperrava, as coisas não aconteciam na secretaria. O meu sentimento
honesto era o de que não estávamos sentados do mesmo lado da mesa.
O que eu sinto hoje, com a decisão da TCDF, com a obrigação de esse recurso ficar no fundo...
Esse recurso está travado. Vamos ter trabalho para, no movimento democrático, conciliarmos tudo isso
no Conselho da Criança e do Adolescente, a não ser que nós estejamos do mesmo lado da mesa.
Do nosso lado, como conselheiros e conselheiras, registro a nossa disposição e o nosso
compromisso de estarmos do mesmo lado da mesa. Peço que o senhor esteja do mesmo lado da mesa,
para que possamos, enfim, investir esse recurso lá na ponta, lá na criança e no adolescente, para que
as instruções sigam da forma como foram concebidas.
Coloco-nos à disposição. Realmente espero que estejamos juntos nessa jornada de execução,
graças a esse marco do Tribunal de Contas.
Era isso o que eu queria colocar.
Um abraço. Boa noite.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, Guilherme.
Essa estruturação é fundamental para que vocês estejam no mesmo lado da mesa. É
fundamental que nós trabalhemos isso.
Ontem, a conversa com o conselheiro André foi exatamente essa: vamos juntos agora fazer a
estruturação, tanto na secretaria, quanto no CDCA, para que nós possamos executar, dona Daise. Essa
é uma responsabilidade.
Além disso, ampliar as vagas. Doutor Renato, eu acho que o Ministério Público tem que atuar
nisso, porque essa ampliação é fundamental. Eu até conversei com o governador e falei: “Governador,
eu não estou nem pedindo o aumento” – em relação ao aumento, você vê que estão segurando o
dinheiro –, “aumenta o financeiro. Eu estou pedindo ampliação de vaga.” E não existe. Eles fizeram um
reenquadramento. Eu vejo que a Ana Paula realmente precisava soltar um edital para que nós
pudéssemos capacitar mais as pessoas, mas eles tiraram vagas de crianças, por exemplo, na Ceilândia,
de alta vulnerabilidade. Da Estrutural, fecharam institutos.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Samambaia.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Pois é. De alta vulnerabilidade, e
colocaram em outros locais. Isso é de uma disparidade...
O senhor falou da democracia e eu quero fazer um adendo à sua fala. É a política da primeira
infância que fortalece a democracia. Quando há crianças sem igualdade de oportunidade, não há como
um país manter a sua democracia. Como eu vou falar com aquele menino que ontem falou que queria
ser engenheiro para o meu filho que vai ser engenheiro? Qual é a oportunidade? Será que eles estão
nadando na mesma raia?
Então, a responsabilidade aqui, doutor Jaime, é para o fortalecimento da nossa democracia.
Essa questão do fundo não tem condição. É por isso que nós estamos aqui.
Pessoal, uma audiência pública comigo é uma audiência em que eu vou até o final. Eu escuto
as pessoas – tempo nós temos! Eu enfrento e nós vamos dar uma resposta. Eu não tenho medo de
ficar, se for o caso, até 22 horas. Eu sei que a audiência vai se esvaziando, mas aqui nós nos
entregamos às causas em discussão. Isso é importante. O parlamento, para mim, que estou aqui todo
dia, faz parte do meu cotidiano. No entanto, muitas vezes, é a oportunidade de uma pessoa que nunca
veio ao parlamento para falar. Esta casa é a representação do povo. Eu quero até dar essa satisfação
para os senhores. Eu estava com saudade, mas eu já saí daqui de madrugada – a 1 hora, às 2 horas.
Eu acho importante nós ouvirmos as pessoas. Então, eu vou escutar todos. Eu só peço o seguinte: se
nós pudermos falar no tempo definido, seria ideal. Se não puderem, eu estou à disposição para escutá-
los.
Concedo a palavra ao Mário Vasconcelos Filho.
MÁRIO VASCONCELOS FILHO – Eu gosto muito de números. A FAOSC tem feito um trabalho
que extrapolou o quadradinho e o Entorno. Atualmente, ela está no Centro-Oeste. Recentemente, nós
fizemos a terceira edição da Caravana do Terceiro Setor, nas 4 unidades do Centro-Oeste. Em março,
abril, maio, junho; encerramos aqui no Distrito Federal. Numa agenda de 2 dias, há um grupo de
pessoas trabalhando.
Essa questão do conselho não é um problema só do Distrito Federal, deputada. Nós sabemos
que isso acontece nas outras unidades, pelo menos naquelas às quais temos acesso ou contato com
pessoas dos conselhos. Acreditamos que esse problema ainda é um problema crônico em todo o país,
infelizmente.
Contudo, eu quero trazer isso para o Distrito Federal. No Distrito Federal, hoje, nós somos
quase 19 mil CNPJs do terceiro setor. Se nós dividirmos esse número pelas regiões administrativas, há
uma média de 543 instituições por região administrativa. Se nós levarmos em consideração que
metade desse povo trabalha com criança e adolescente... Meu amigo Eduardo, você tem 10 mil
instituições para você cuidar dentro do conselho. Isso é um desafio imenso.
Em parceria com 2 instituições que trabalham com desenvolvimento institucional, estamos
editando um manual de boas práticas para as organizações do terceiro setor. Ele já está passando por
um processo de revisão. Esperamos lançá-lo até o final de novembro. Como não poderia deixar de ser,
há um capítulo especial voltado para as OSCs que trabalham com crianças e adolescentes, em uma
experiência das boas práticas das 4 unidades do Centro-Oeste. Acho que isso nos ajuda de certa
forma.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – É uma parte da estruturação:
informação e capacitação.
Estão inscritos para fazer uso da palavra o Hamilton, a Natalícia, a Rejane Pereira, o Lauro
Lima, a Mônica Viveiro e a Mildredy Lisboa, advogada – não está presente.
Concedo a palavra à Natalícia, conselheira tutelar do Park Way.
NATALÍCIA TANABE – Boa noite a todos.
Primeiramente, quero agradecer à deputada por pautar algo de tão extrema importância.
Que bom que temos na mesa órgãos que trabalham conosco, entre eles, a promotoria e a
Sejus, na qual estão alocados o CDCA e outros conselhos.
Como já está passando do horário, serei direta. Já foi bem explanada a importância do fundo e
do investimento em infância e juventude.
Quero ressaltar que também sou servidora de carreira da Sejus.
O Igor contemplou um pouco o problema central. Vemos a falta de investimento de recursos
humanos no conselho, na execução e na prática da tarefa a ser feita. Claro que não vamos ficar
chorando o leite derramado. Entretanto, na qualidade de conselheira tutelar e zeladora dos direitos da
infância e da juventude, não posso deixar de expressar minha indignação com o tempo em que vem
sendo executado o percentual – não sei dizer qual, mas o gráfico mostrou –, creio, de 20% mais ou
menos do fundo.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Em média, acho que foi isso.
NATALÍCIA TANABE – Em média, 20%?
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Nesses 10 anos, o máximo foram
40%.
NATALÍCIA TANABE – Quando pegamos a média histórica?
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Sim.
NATALÍCIA TANABE – Não podemos considerar que 40% foi um avanço. Não foi. O problema
central está na execução, que, para ser feita, obviamente, precisamos de servidores capacitados. Existe
todo um processo legal e todo um processo burocrático. Inclusive, uma das demandas seria também o
apoio desta casa para vermos essas questões burocráticas, que, de fato, acabam demandando um
tempo maior, um esforço maior para que o fundo seja executado. Mas isso não tira a responsabilidade
da Sejus, na qual está alocado o CDCA, de fazer o investimento em servidores capacitados.
Desculpem-me, mas é inaceitável haver apenas 12 servidores. Eu tinha conhecimento de que
eram 3, mas meu conhecimento era de corredor. Aqui foi dito pela própria pasta que há 12 servidores,
os quais não sei se já são capacitados ou estão se capacitando. É inadmissível que 12 servidores
atendam o Distrito Federal, que tem 3 milhões de habitantes. Só na política de assistência social,
atendemos a mais de 1 milhão de pessoas, a maioria delas crianças.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Crianças em vulnerabilidade.
NATALÍCIA TANABE – Exatamente.
Na qualidade de conselheira tutelar, quero destacar que, quando o Conselho Tutelar aplica uma
medida protetiva, nós acionamos a rede de proteção. Acionamos os serviços públicos – saúde,
educação, segurança pública, entre outros –, mas muitas instituições que poderiam apoiar e integrar
essa rede de proteção não fazem isso hoje porque o projeto delas não foi executado. Não podemos
aceitar isso. É inadmissível que continue assim a partir de hoje, 21 de agosto.
Agradeço a pauta de extrema importância e a oportunidade de fala. Registro que a Sejus cobre
para que isso seja feito. Quem está no Conselho Tutelar no dia a dia sabe o que está passando, sabe o
quanto a rede está enfraquecida, sabe o quanto nós precisamos de investimentos. Sabemos que há
recurso, mas com apenas 40% no máximo executados, não há como satisfazer e atender as
necessidades.
Obrigada.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, Natalícia.
Vou comentar algo que você trouxe, Natalícia. Às vezes, temos o projeto e sua execução, mas
as crianças não comparecem. Por quê? Porque a falta de mobilidade não permite, não há transporte
escolar. A estruturação passa pela mobilidade. A criança não tem passe livre e, muitas vezes, o pai
também não tem. Então, não adianta o conselheiro tutelar conseguir a vaga se a criança não consegue
chegar à escola. Nós sabemos disso. Na sua região do Park Way, costuma-se dizer que não há
vulnerabilidade. Há vulnerabilidade e não há mobilidade, porque as crianças não conseguem chegar.
Portanto, não adianta o projeto existir. Não há creche.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – É isso mesmo e precisamos passar
por essa estruturação, Giselle. Esse é um ponto que acho que o tribunal tem que colocar, doutor
Renato. Não adianta executarmos o projeto e as crianças não comparecem. A mobilidade é
fundamental, porque há vagas em várias instituições, mas, ainda assim, as crianças não conseguem
chegar. Eu sei disso.
Lauro, muito grata pela sua presença.
Concedo a palavra ao Lauro Lima.
LAURO LIMA DE QUEIROZ – Boa noite.
Na pessoa da deputada, cumprimento toda a mesa.
Meu nome é Lauro Lima, sou presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais do Distrito
Federal. O Igor representa os servidores de carreira e nós representamos a outra parcela de mais de 5
mil assistentes sociais que atendem o GDF e diversos órgãos. Realmente, é uma satisfação muito
grande expor alguns pontos importantes. Serei objetivo porque sei que estamos todos cansados.
Estive no GDF, na Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, em 2009.
Assumi a coordenação do sistema socioeducativo e enfrentamos uma série de problemas, à época. Por
intermédio do Ministério Público, diversas vezes recebemos a recomendação de que deveríamos
desativar o Caje. Eu tinha que correr atrás de recurso para saber onde iríamos colocar toda aquela
estrutura. Havia também o Ciago. Na época, consegui do governo federal, por meio do sistema Sinase,
alguns recursos. Mas tivemos um problema sério: o recurso chegou, mas não havia como aplicá-lo –
não por incapacidade dos servidores, mas por falta de estrutura. É exatamente isso que nós estamos
apontando desde o início: faltava estrutura. Passamos por um momento muito difícil naquela época.
Hoje, fico muito feliz ao ver uma iniciativa como esta, deputada, porque vejo que há uma
possibilidade muito grande de as coisas agora entrarem em um processo que vai gerar um retorno
imediato.
Eu moro no Paranoá. Eu e minha esposa somos assistentes sociais. Eu atendo lá e a minha
casa virou um Cras, porque toda hora uma família bate à minha porta precisando de ajuda. Nós
tentamos fazer o que é possível. Existe o CDCA, e vejo como sofre aquele pessoal da ponta, do
conselho tutelar. Não é por nada, são servidores até dedicados, realmente comprometidos, mas falta
um pouco mais de estrutura.
Nós iniciamos uma grande estrutura lá atrás. Assim sendo, Jaime, eu me coloco à disposição
para o que o GDF precisar, para tentarmos ajudar da melhor forma possível, deputada. Eu acho que
chegamos a um ponto em que essa união – esse processo como um todo, estas pessoas que estão
aqui com uma tremenda boa vontade de poder fazer –, tecnicamente falando, pode contribuir em
grande escala para resolvermos esse problema da melhor forma possível.
Agradeço a atenção, deputada.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, o senhor foi o único
que falou no tempo estabelecido. Parabéns! (Palmas.)
LAURO LIMA – Eu não sou o Enéas, mas nós chegamos perto. (Risos.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Falou bem.
LAURO LIMA – Meu nome é Lauro Lima.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – A voz do senhor é muito bonita.
A dona Daise trouxe a sugestão de fazermos um grupo de trabalho. Aqui está o Raimundo, ao
lado do senhor, que trabalha comigo, muito competente. Nós vamos formalizar esse grupo. Vamos
conversar com o Marcelo para fazer esse grupo e vamos entregar esse produto. Eu não vou dizer que
será até o final do ano, porque eu acho que é um tempo pequeno para realizarmos todo esse
levantamento. Mas eu quero entregar esse produto com certeza daqui a 1 ano. Eu não vou falar 1 ano,
pois é um tempo muito longo – tem que ser menos que isso –, mas eu acredito que até março
conseguiremos entregar esse produto para transformá-lo em legislação. Ouviram, Eduardo e Jaime? A
consultoria da casa é muito qualificada e vamos trazer isso. Eu convido o senhor, o Igor e todos que
queiram participar. Muito grata.
Concedo a palavra à Mônica Viveiro, que terá a honra de encerrar a comissão geral.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Vamos conseguir isso. Isso é com
a Ana Paula, mas nós nos falamos.
MÔNICA VIVEIRO DA SILVA – Olá, boa noite. Sei que está todo mundo cansado, vou finalizar
as falas. Eu cumprimento a mesa e a deputada Paula Belmonte, que tem sido assídua com relação às
nossas demandas.
Eu sou Mônica, diretora do CEF 306 do Recanto das Emas. A deputada conhece muito bem as
nossas demandas. Agora vou falar sobre a educação.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Quantos anos tem a sua escola?
MÔNICA VIVEIRO DA SILVA – Ela tem 30 anos e foi uma das primeiras escolas do Recanto das
Emas.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Eu quero que as pessoas
conheçam a escola.
MÔNICA VIVEIRO DA SILVA – Nós ainda estamos em uma estrutura de Caic: em blocos
térreos. Eu vou falar propriamente da educação de forma geral. Aqui estão representantes do jardim
de infância 603 do Recanto das Emas; a Juliana da Escola Classe Aspalha, da nossa escola; a Ariane da
Escola Classe de Santa Maria; a professora Katia, do Centro de Educação Infantil da Estrutural; eu
represento os CEFs do Recanto das Emas.
As demandas são muitas. Isso levaria mais de 3 horas de conversa. Eu queria passar algumas
informações – principalmente ao Ministério Público, aos nossos representantes presentes – das crianças
atípicas. É uma demanda de todas as escolas do Distrito Federal, que têm sofrido com a falta de apoio,
tanto no conselho tutelar, que não possui pessoal suficiente para trabalhar, quanto no Cras, que,
muitas vezes, não atende às nossas crianças em situação de vulnerabilidade, principalmente aquelas
que são autistas, com TEA ou que possuem alguma deficiência ou algum transtorno. Nós não temos
apoio dentro das escolas públicas. Agora, com relação aos projetos e à Sejus junto às escolas, isso não
tem chegado efetivamente dentro das escolas. Não sei se isso acontece por falta de comunicação entre
as secretarias, mas não tem chegado às escolas públicas do DF essa demanda de atendimento às
crianças atípicas.
Há mães que deixaram de trabalhar para viverem a vida dos filhos. Há mães que, muitas vezes,
saem de casa, porque a criança entra em crise, e, dentro das escolas públicas, não há um apoio
psicológico – não há psicólogo, não há terapeuta. Quando encaminhamos a situação para um órgão
responsável, esses pacientes simplesmente entram em uma fila de espera de até 4 anos para serem
atendidos.
Portanto, a demanda do DF não está apenas dentro dos programas institucionais, está
propriamente dentro das escolas. Se vocês querem ver a realidade das outras secretarias... Eu ouvi as
meninas da Sejus, do conselho tutelar. Nesses dias, uma criança entrou em crise dentro da escola, e
não havia ninguém para nos acompanhar. Precisei ligar para o Corpo de Bombeiros, que veio nos
ajudar.
Eu pergunto: para onde foram esses R$400 milhões? Para onde está indo esse dinheiro?
Porque ele não está retornando para nós – o povo, o contribuinte.
Eu preciso, deputada Paula Belmonte, de uma resposta sua como representante do povo, como
alguém que foi eleita para isso, como alguém que tem abraçado nossas causas.
Como representante dos diretores do Distrito Federal, estamos nesta comissão geral para pedir
socorro. Esta é a fala: socorro às nossas demandas.
Eu, particularmente, tenho 921 alunos na nossa escola. Atendemos cerca de 84 alunos com
necessidades especiais; e, muitas vezes, nós não temos a quem recorrer.
Hoje, estamos aqui para recorrer a quem é de direito, a quem realmente pode solucionar as
nossas demandas.
Sabemos que o Governo do Distrito Federal tem falhado. Não adianta construir viadutos se,
dentro das escolas públicas e das famílias, não há estrutura. Fala-se de grandes projetos, mas não
oferecem condições para que as crianças sejam alcançadas por esses projetos.
Precisamos pensar em uma interligação entre essas secretarias, porque, muitas vezes,
ficaremos aqui falando, reclamando, dizendo o que precisamos, mas sem termos uma solução
concreta. Nós precisamos que esse dinheiro chegue a quem é de direito: o povo brasileiro.
Muito obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, Mônica. Você trouxe
uma realidade.
Nós vamos passar para as considerações finais. Você foi a última a falar, a derradeira.
Quero aproveitar a presença do doutor Renato, como representante de um órgão parceiro da
população, para dar um depoimento pessoal e parlamentar. Eu sou fruto da escola pública. Sempre
estudei, por toda a minha vida, em escola pública e fico muito honrada com isso. Muitas vezes a
sociedade vê, por exemplo, uma greve dos professores e se posiciona contra os professores. Eu tenho
visto professores sofrendo pela situação das crianças. Essa situação das crianças atípicas de que a
professora falou aqui é uma realidade. Ela falou que são 84 alunos diagnosticados, fora os que ainda
estão em processo de diagnóstico. As salas estão superlotadas, com 1 professor – que não foi
capacitado –, com um monitor social ganhando R$40 – menos de um salário mínimo – por dia ou
sendo voluntário. Os professores e a direção, nessas condições, têm que cuidar de uma população –
como foi dito aqui – extremamente vulnerável, que precisa de estrutura. Gente, olhem o que foi falado
aqui: uma criança em que a escola teve de dar banho, porque a mãe não estava dando banho.
Estamos falando disso. Essa é a realidade. E essa realidade não é só da Estrutural, não.
É muito importante estarmos atentos. Não há escolas sendo construídas em quantitativo
suficiente. Por isso, o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente é importante! É uma forma de
fazer uma parceria no contraturno! Estamos falando de 198 mil famílias em extrema pobreza – essas
são as catalogadas, sabemos que, na realidade, o número é muito maior – e existem apenas 4 mil
vagas, doutor Renato. A disparidade é muito grande. Fala-se a respeito da assistência – estamos
falando de educação e outros assuntos – e o COMPP está com 3 mil crianças cadastradas na fila. Vai
passar a primeira infância – que nós tanto defendemos, doutor Eduardo – e perderemos a janela de
oportunidade, pois a hora das conexões neurais e da elasticidade já terá passado.
Nós que estamos aqui temos responsabilidade. Aqui estou falando para pessoas que defendem
as nossas crianças, que estão aqui até quase 7 horas da noite, porque as amam. Essa audiência
pública está sendo gravada, vista, registrada. Com a oportunidade que esse dinheiro – que nós
tínhamos, mas não era executado – trará para nós, começaremos a dar uma resposta a essa realidade.
Precisamos, com relação ao fundo, que haja controle social, a atuação do Ministério Público, da
secretaria, dos representantes do terceiro setor, dos assistentes sociais.
Podem ter certeza do meu compromisso. Podem ter certeza do meu compromisso. Eu falo para
todos os diretores de escolas: no mandato, nós conseguimos atender mais de 300 escolas. Não estou
dizendo que fui às 300 escolas, não, mas fui a uma boa quantidade. Conheço a realidade da escola
pública no Distrito Federal. Eu já fui a escola que, para chegar, demora-se 1 hora e meia. Eu falo para
os diretores que hoje, se eles não vierem aqui, passar o pires para os deputados, não haverá estrutura,
mas é necessário haver uma política de Estado.
Aqui se falou sobre quantas crianças são impactadas. Se eu perguntar hoje, para a Secretaria
de Estado de Educação, quantas escolas possuem quadra coberta, ela não saberá dizer; se perguntar
em quantas escolas há ambiente para receber merenda escolar, com refrigeração, para não dar
caruncho, não saberá responder; se perguntar quantas escolas têm 3 computadores – porque há
escolas com 1 computador para a direção, para a secretaria, para tudo –, não saberá responder. Isso é
um trabalho.
Estou como servidora pública e já estou – há muito tempo, desde que entrei para a política,
sendo mãe e mulher – defendendo nossas crianças.
Jozélia, esse trabalho do conselheiro André Clemente, eu não sei se ele tem noção disso, mas,
com certeza, será lembrado como um marco histórico do nosso Distrito Federal. Perdemos R$400
milhões infelizmente, mas acredito que vamos ganhar com essa estruturação. Brasília vai ganhar,
porque vai fazer todo mundo se movimentar.
Eu concluirei a comissão geral depois de passar a palavra para todas as pessoas aqui presentes
na mesa. O assunto já foi muito falado, mas podem falar o que quiserem para que possamos concluir.
Todos serão convidados a participar desse grupo de trabalho que será constituído.
Concedo a palavra a Jozélia de Medeiros, representante do desembargador André Clemente, do
Tribunal de Contas do Distrito Federal, para fazer suas considerações e ponderações sobre todas as
falas que tivemos aqui.
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Muito obrigada, deputada Paula Belmonte.
Acho que saio daqui hoje com a missão de levar um retorno ao desembargador. Eu tenho
certeza de que ele ficará muito satisfeito em saber que a decisão que ele iniciou, encabeçou e levou ao
plenário surtiu um efeito muito grande. Sabemos que é um começo, como abordei nas minhas falas
iniciais, mas são essenciais esse movimento e a participação de todas as instituições envolvidas nas
questões da criança e do adolescente para que possamos avançar na questão. Com certeza, o
desembargador ficará muito satisfeito e fará questão de contribuir ainda mais para os avanços que
ainda teremos de conquistar.
Eu gostaria de agradecer a vossa excelência, deputada Paula Belmonte, e parabenizá-la por
essa iniciativa, que é extremamente importante para toda a nossa sociedade, especialmente para
nossas crianças e adolescentes. Quero agradecer a oportunidade de estar aqui, de poder fazer parte
dessa mesa com todos os pares.
Muito obrigada.
(Intervenção fora do microfone.)
JOZÉLIA DE MEDEIROS – Exatamente. Que haja efeito lá na ponta. Que isso realmente seja só
o início para que, de fato, tenhamos concretizações.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata, Jozélia.
O Tribunal de Contas é um órgão extremamente importante para o Poder Legislativo, é um
órgão auxiliar. Que vocês continuem fazendo essa fiscalização. Nós estaremos juntos na
responsabilidade dessa determinação. A determinação é no papel. Precisamos colocá-la em prática e
vamos acompanhar para que isso aconteça.
Concedo a palavra para o senhor presidente da Federação das Organizações da Sociedade Civil
do Distrito Federal e Entorno, Mário Vasconcelos.
MÁRIO VASCONCELOS FILHO – Em primeiro lugar, quero parabenizar vossa excelência,
deputada Paula Belmonte, por essa iniciativa. Isso faz parte do seu trabalho como deputada, mas eu
parabenizo vossa excelência especificamente por essa audiência.
Estamos saindo daqui e vamos levar para as organizações de que estamos próximos essa boa
notícia dessa resolução. Que realmente consigamos unir nossas forças para que isso não fique apenas
no papel, que seja implementado de verdade. Que possamos arregaçar as mangas, trabalhar com
afinco e fazer com que realmente o dinheiro que chega ao fundo seja utilizado na ponta pelas
instituições que trabalham com nossas crianças e adolescentes.
Muito obrigado. Boa noite a todos.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Eu agradeço a sua presença.
Conto com o senhor para que alcancemos esse resultado, esse grupo de trabalho, que também é uma
prioridade da nossa frente parlamentar. Muito grata.
Concedo a palavra para o senhor presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente do Distrito Federal, Eduardo Chaves da Silva.
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Muito obrigado, deputada Paula Belmonte, pela disponibilidade,
pela iniciativa e pela abertura ao diálogo. É importante, em uma democracia, conversarmos, nos
entendermos e pensarmos no bem maior, que são as nossas crianças. Vou comentar rapidamente
alguns pontos sobre os quais as pessoas falaram.
No que diz respeito à comissão que vai avaliar o impacto e a qualidade do gasto, acho que esta
é uma iniciativa excelente. As conselheiras que estão presentes sabem que eu falo, desde o primeiro
dia em que cheguei ao CDCA, que precisamos avaliar o impacto dos projetos antes de avaliar a
quantidade deles. A qualidade tem que vir antes da quantidade. Mas eu ainda não formei consenso
sobre isso, deputada. Eu não sou voz majoritária quando falo que é preciso avaliar a qualidade dos
projetos. Então, falo publicamente aqui algo que eu falo para as conselheiras em todas as reuniões
plenárias que presidi no CDCA. Sempre disse que precisamos ver a qualidade, que não adianta
executar um recurso se não sabemos se o que foi gasto mudou a vida daquela família, se garantiu o
desenvolvimento daquela criança. Precisamos saber disso, é urgente. Isso não é algo que possa ser
feito posteriormente.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Deixe-me perguntar: vocês têm
um sistema para fazer isso? Foi falado que vocês não têm um meio de avaliação. Vocês têm um
sistema para fazer essa estruturação?
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Sim, a comissão especial que formamos tem a missão de
propor como faremos essa avaliação. Hoje há a avaliação dos gestores. Eles conferem uma espécie
de checklist: “Falou que ia comprar um tatame, falou que ia comprar tantas camisetas e tantas
bolas. Comprou? Comprou.” Certo, mas essa bola, essas camisetas e esse material serviram para quê?
Qual foi o impacto disso? Nós não conseguimos mensurar isso ainda. Então, vai ser de muito valor essa
iniciativa proposta hoje.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Minha pergunta é porque este é
um dado subjetivo, mas ele também tem que ser objetivo. Vocês têm um sistema de computador para
fazer essa avaliação?
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Não temos.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – É importante saber isso, para que
façamos um projeto a esse respeito, para que tenhamos os dados.
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Tudo é feito pelo SEI ainda, mas a senhora tem razão, é
importante.
Mário, você falou sobre 19 mil CNPJs. Você foi muito otimista, falou que são pelo menos
metade. Pasmem: infelizmente, apenas 200 e poucas instituições estão inscritas no conselho. E, para
acessar o recurso do fundo, é preciso ter ao menos 1 ano de registro e 2 anos de CNPJ. Isso é o
básico. Depois, é preciso que tenham expertise em elaboração e monitoramento de projetos. O
Guilherme está chegando agora e está vendo os projetos que nós avaliamos no Conselho de
Administração do fundo. Muitas vezes, a OSC tem o registro, tem o tempo, mas a construção e a
elaboração de um projeto é outra expertise, a qual elas não têm. Vejam, dessas 200, boa parte não
tem expertise para fazer o projeto. Haveria muitas outras organizações que poderiam captar recursos
do fundo, mas que ainda não estão.
Para captar o recurso, a OSC vai ter que ter esse tempo, essa expertise em elaboração de
projeto. Um edital precisa ser construído. Depois, ela vai passar por uma comissão de seleção, pela
fase de habilitação, pela assinatura do termo de fomento e, enfim, pela execução. A burocracia é
excessiva! Há 12 servidores que estão na secretaria executiva. Há mais servidores na gestão de fundo,
servidores da subsecretaria de Administração Geral, servidores do Jurídico. Mas nós estamos lidando
com uma burocracia tão grande que, se triplicarmos os servidores, isso não vai resolver o problema. Se
o governo fizer um esforço e falar para a comunidade que vai tirar recursos de uma área e colocá-lo
para as crianças, mesmo assim não vamos resolver o problema, porque a burocracia é tão grande que
quem entra lá fica imerso nela. É importante revermos isso.
Deputada, eu e a dona Daise temos uma proposta ousada de que, se a primeira infância
representa 1/3 da categoria crianças e adolescentes, ela tem que ter 1/3 do orçamento.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Então, ela vai ter? Ela tem 1/4, por
lei.
EDUARDO CHAVES DA SILVA – É. Isso já é um avanço muito grande. Nós vamos, no CDCA,
nos comprometer a buscar esses 8% a mais para fazer justiça etária.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Concordo.
EDUARDO CHAVES DA SILVA – Como eu dizia, os projetos que chegam passam por essa
burocracia, passam por esses desafios com os quais estamos lidando. Nós temos feito o esforço de
aumentar cada vez mais o diálogo com as secretarias. Uma colega falou hoje que o dinheiro do FDCA
não chega às escolas públicas e, principalmente, não chega às crianças atípicas. Faço um convite. Nós
temos conversado muito com a secretária Hélvia e dito que qualquer secretaria pode mandar projeto
para o CDCA. A doutora Marcela nos deu autonomia para realizarmos esse diálogo com todas as
secretarias. As secretarias têm abertas as portas da Subsecretaria de Políticas para Crianças e
Adolescentes para apresentar ideias e apresentar projetos. Nós fazemos um projeto governamental e o
mandamos para o conselho. Esses projetos não estão chegando para nós. Então, vamos fazer uma
mobilização das secretarias para que nos mandem projetos. Do que a pasta da educação está
precisando, e o que o fundo pode fazer para esse fortalecimento institucional? O fundo não pode
financiar, gente, infelizmente, muitas das coisas que vocês falaram; legalmente, o fundo não pode
fazer algo que deva ser primazia do Estado, que é gasto contínuo, mas o fundo pode trabalhar na
perspectiva de fortalecimento institucional de todas as secretarias. Estamos abertos para isso.
Coloco mais uma vez o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal à
disposição. Convido todas vocês também para participarem do Comitê Gestor Intersetorial da Primeira
Infância, que fez esse plano, que é um plano feito coletivamente. Foram 1.541 crianças, deputada, que
foram ouvidas. A experiência do DF serviu para a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância.
Contamos com todas vocês.
Ficamos à disposição. Colocamos a Secretaria de Justiça e Cidadania à disposição, assim como
a Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes, o CDCA e o nosso Comitê Gestor.
Agradeço, mais uma vez, a oportunidade e contem comigo.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Obrigada, Eduardo. Conte comigo
e eu conto com você, para que façamos esse grupo de trabalho nessa questão da legislação. Vamos
superar isso, se Deus o quiser.
Concedo a palavra para o senhor promotor de Justiça, Renato Bianchini.
RENATO BIANCHINI – Boa noite a todas as pessoas; boa noite, deputada. Em nome do
Ministério Público e da Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e Juventude, eu quero agradecer a
oportunidade de participar dessa tarde tão instrutiva para nós.
Estamos sempre aprendendo. Estamos sempre revendo conceitos, revendo práticas. Eu acho
que saímos bem fortalecidos com essa ideia de que precisamos evoluir.
Para ser bem sintético, o que eu devo dizer é reforçar o compromisso da Promotoria de Justiça
de Defesa da Infância e da Juventude em cumprir a sua função, a sua missão, de ser fiscalizadora da
política pública, de ser fiscal do gestor público, mas sempre com o compromisso de ser parceiro,
sempre com o compromisso de corresponsabilidade.
Essa é a maneira histórica como a Promotoria de Defesa da Infância e da Juventude atua já há
muitos anos e essa é a maneira que entendemos ser mais produtiva. Podem contar conosco sempre,
pois estamos à disposição para trabalhar em conjunto e contribuir com o que for possível para ajudá-
los.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Eu lhe agradeço, e vamos fazer
algumas demandas para vermos como podemos melhorar essa questão desse fluxo, porque eu vejo
que precisamos ser parceiros, principalmente nessa pauta da criança e do adolescente. Não há como
não sermos parceiros.
RENATO BIANCHINI – O Poder Legislativo local tem muito a colaborar, como já foi dito, visto
que há necessidade de reforma de algumas normas, há a possibilidade de instituição de políticas
públicas que ainda não estão bem implementadas e há a possibilidade de destinação de recursos. O
Poder Legislativo tem uma capacidade, uma possibilidade de influenciar demais.
Estaremos juntos na semana que vem para falar da primeira infância, que também é uma
paixão pessoal minha. Eu acho que nessa área especificamente temos muito a evoluir ainda.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Com certeza, e, se Deus o quiser,
vamos evoluir nisso.
Na semana que vem – aproveito a oportunidade que o senhor trouxe –, haverá a conclusão do
mês da comemoração e da conscientização da primeira infância. Eu acho que vou começar a usar a
palavra, porque as pessoas precisam se conscientizar da importância dessa primeira infância, e haverá,
na Câmara Legislativa do Distrito Federal, uma semana institucionalizada pela casa.
Independentemente de eu estar presente ou não, a Câmara Legislativa sempre vai falar todo mês de
agosto a respeito da primeira infância; os parlamentares falam o ano inteiro sobre esse assunto, mas
especificamente este ano esse tema vai ser muito importante.
Eu espero que o CDCA incorpore isso, porque o Brasil inteiro está falando disso. Nós
participamos de algumas solenidades juntos e vimos essa situação. Quero registrar que houve um
decreto do governo federal falando sobre a política da primeira infância. É o segundo ano desde que foi
sancionada essa lei nacionalmente, e já estamos começando a ver a repercussão disso e com certeza
vamos colher frutos.
Concedo a palavra ao senhor secretário-executivo da Secretaria de Estado de Justiça e
Cidadania, Jaime Santana.
JAIME SANTANA – Obrigado, deputada.
Aproveitando o gancho da primeira infância, é importante falar que um desses editais que está
no forno para ser publicado é um edital voltado à primeira infância. É um valor de R$8 milhões? São
R$8 milhões, Eduardo? (Pausa.) Obrigado. É um edital governamental voltado para a primeira infância.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Esse dos 90 ou dos 36?
JAIME SANTANA – Dos 36. Dos 36.
Aproveito também para fazer um esclarecimento.
Na minha primeira manifestação, falei em 12 servidores. Muito gentilmente, o Eduardo
esclareceu que esses servidores estão na secretaria executiva do fundo. Mas o número é muito maior
que esse quando levamos em consideração os gestores de cada parceria. Há pelo menos um servidor-
gestor na fiscalização de cada contrato. Há também um fluxo processual para pagamento que precisa
passar pela Ungef, que tem, pelo menos, 9 servidores. A Suag tem alguma leva de servidores.
Então, existem outros servidores. Quando eu falei 12, referi-me exclusivamente à produção de
cada processo dentro da secretaria executiva.
Faço essa singela correção.
Guilherme, não estamos em lados opostos da mesa. Quem me conhece sabe que trabalho de
portas abertas na secretaria. O gabinete está à disposição para conversar com qualquer entidade da
sociedade civil. A dona Daise tem o meu telefone.
Eduardo, você pode pegar o meu telefone. Ligue-me e vá à secretaria. Nós conversaremos e
tentaremos destravar os processos da forma melhor e mais célere possível.
Deputada Paula Belmonte, faço o compromisso de averiguar as suas emendas na secretaria.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Nós mandamos R$1 milhão para a
secretaria, e esse valor não foi executado. Depois, podemos até saber outros valores. Isso é uma
tristeza, porque se trata de dinheiro nosso! É dinheiro nosso, para nós mesmos, que não conseguimos
executar. Isso é muito triste.
Concedo a palavra à senhora Alice Caetano.
ALICE CAETANO – Sou conselheira tutelar aposentada.
Doutor Jaime, o senhor falou que o edital está no forno. Eu sei que o edital está no forno. Com
toda sinceridade, quando vamos desligar o forno e executar o edital? Eu não aguento mais ver o edital
no forno! Não só eu, mas todos nós, as minhas crianças e os meus adolescentes.
Vou ser muito sincera. Desculpe-me, mas eu já sei desse edital há muito tempo! Eu queria
saber quando ele vai sair do forno.
JAIME SANTANA – No mais tardar, na primeira quinzena de setembro.
ALICE CAETANO – Eu vou marcar na minha agenda! Vou lá!
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Eu vou marcar também!
Não queremos bolo queimado! Queremos bolo fresquinho!
ALICE CAETANO – Queremos bolo gostoso que possa ser servido para as nossas crianças!
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Macio, sem ser batumado!
ALICE CAETANO – Não quero bolo solado!
Obrigada.
PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) – Muito grata pela sua presença.
Estou muito grata. Estamos aqui desde 15 horas. Já são 19 horas e 18 minutos. Eu quero
agradecer ao meu gabinete, que fez esta audiência com muita responsabilidade; ao TCDF, ao Ministério
Público, à sociedade civil e à Secretaria de Justiça.
Foi muito importante a presença dos senhores da Secretaria de Justiça. Esta discussão não
teria sido tão produtiva se o senhor Jaime Santana não estivesse aqui. Quero registrar isso. Estamos
cobrando, mas nos colocando à disposição para que estejamos sempre juntos em prol das crianças e
dos adolescentes.
Agradeço ao Eduardo, que tem feito um trabalho muito legal. Fico muito feliz em ver um
homem jovem com sensibilidade pela primeira infância. Eu já falei isso para o senhor e repito. É muito
bonito ver isso.
Agradeço ao André Clemente.
Estamos juntos em prol das crianças e dos adolescentes do Distrito Federal e do Brasil.
Agradeço aos conselheiros tutelares, aos diretores, aos profissionais da educação, à sociedade
civil, aos assistentes sociais e a todos os presentes, que fazem a diferença no Distrito Federal.
Agradeço às autoridades e aos demais convidados que honraram a Câmara Legislativa do
Distrito Federal com suas presenças.
Como não há mais assunto a tratar, declaro encerrada a presente comissão geral, bem como a
sessão ordinária que lhe deu origem.

Observação: nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos conforme
informados pelos organizadores dos eventos.
Todos os discursos são registrados sem a revisão dos oradores, exceto quando indicado, nos termos do Regimento Interno da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Siglas com ocorrência neste evento:

ACT-DF – Associação dos Conselheiros Tutelares do Distrito Federal
Aginoc – Associação de Ginástica Rítmica da Octogonal e Cruzeiro
Ande – Associação Nacional de Equoterapia
Caic – Centro de Atenção Integral à Infância e ao Adolescente
CDCA-DF – Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal
CEF – Centro de Ensino Fundamental
CIL – Centro Interescolar de Línguas
Cisdeca – Coordenação de Denúncias de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente
COMPP – Centro de Orientação Médico Psicopedagógica
Confoco – Conselho Nacional de Fomento e Colaboração
Consea – Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional
CPMI – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
Cras – Centro de Referência de Assistência Social
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
EQNM – Entrequadra Norte M
Faosc – Federação das Organizações da Sociedade Civil do Distrito Federal e Entorno
FDCA-DF – Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal
GDF – Governo do Distrito Federal
GT – Grupo de Trabalho
GTIT – Gratificação de Titulação
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
Instituto AMPB – Instituto Arthur Moreno Paro Belmonte
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
MP – Ministério Público
OSC – Organização da Sociedade Civil
Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira
Promais – Projeto Mutirão Assistencial e Inclusão Social
SEI – Sistema Eletrônico de Informações
Sejus – Secretaria de Justiça e Cidadania
SIA – Setor de Indústria e Abastecimento
Sindsasc – Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF
Suag – Subsecretaria de Administração Geral
TCDF – Tribunal de Contas do Distrito Federal
TEA – Transtorno do Espectro Autista
Ungef – Unidade de Gestão de Fundos

As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 22/08/2025, às 19:01, conforme Art. 30, do Ato da Mesa
Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de 27 de março
de 2025.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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Código Verificador: 2288114 Código CRC: 2B2DBC70.



...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA67ª SESSÃO ORDINÁRIA,TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERALPARA DISCUTIR SOBRE O FUNDO DOS DIREITOS DACRIANÇA E DO ADOLESCENTE DO DISTRITO FEDERAL – FDCA,DE 21 DE AGOSTO DE 2025.INÍCIO ÀS 15H29 TÉRMINO ÀS 19H20 PRESIDENTE DEPUTADA PAULA BE...
Ver DCL Completo
DCL n° 135, de 02 de julho de 2025 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 57/2025

 

Ata de Sess�o Plen�ria 

 

3� SESS�O LEGISLATIVA DA 9� LEGISLATURA

ATA CIRCUNSTANCIADA DA
57� SESS�O ORDIN�RIA,

DE 25 DE JUNHO DE 2025.

IN�CIO �S 15H21

T�RMINO �S 15H22

 

PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) � Sob a prote��o de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

N�o h� expediente sobre a mesa.

Como n�o se verifica o qu�rum m�nimo de presen�a, declaro encerrados os trabalhos.

 

Observa��o: nas notas taquigr�ficas, os nomes pr�prios ausentes de sites governamentais oficiais s�o reproduzidos conforme informados pelos organizadores dos eventos.

Todos os discursos s�o registrados sem a revis�o dos oradores, exceto quando indicado, nos termos do Regimento Interno da C�mara Legislativa do Distrito Federal.

 

As proposi��es constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do Setor de Registro e Reda��o Legislativa, em 27/06/2025, �s 13:48, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Ata de Sess�o Plen�ria    3� SESS�O LEGISLATIVA DA 9� LEGISLATURA ATA CIRCUNSTANCIADA DA 57� SESS�O ORDIN�RIA, DE 25 DE JUNHO DE 2025. IN�CIO �S 15H21 T�RMINO �S 15H22   PRESIDENTE DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL) � Sob a prote��o de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. N�o h� expediente sobre a mesa. ...
Ver DCL Completo
DCL n° 135, de 02 de julho de 2025 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Extraordinária 14/2025

 

Ata de Sess�o Plen�ria 

3� SESS�O LEGISLATIVA DA 9� LEGISLATURA

ATA SUCINTA DA 14� (D�CIMA QUARTA)

SESS�O EXTRAORDIN�RIA,

EM 24 DE JUNHO DE 2025

 

S�MULA

 

PRESID�NCIA: Deputados Wellington Luiz e Daniel Donizet

SECRETARIA: Deputados Daniel Donizet e Iolando

LOCAL: Plen�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal

IN�CIO: 19 horas e 55 minutos

T�RMINO: 20 horas e 54 minutos

 

Observa��o: A vers�o integral desta sess�o encontra-se na ata circunstanciada.

 

1 ABERTURA

 

Presidente (Deputado Wellington Luiz)

� Declara aberta a sess�o.

 

2 ORDEM DO DIA

Observa��o: As ementas das proposi��es foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela Secretaria Legislativa/CLDF.

 

(1�) ITEM 1: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.788, de 2025, de autoria do Poder Executivo, que �altera a Lei n� 7.549, de 30 de julho de 2024, que disp�e sobre as diretrizes or�ament�rias para o exerc�cio financeiro de 2025 e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(2�) ITEM 2: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n�1.809, de 2025, de autoria dos Deputados Wellington Luiz, Paula Belmonte, Jaqueline Silva, Dayse Amarilio e Doutora Jane, que �institui e inclui no Calend�rio Oficial de Eventos do Distrito Federal o dia da Advocacia Familiarista�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(3�) ITEM 3: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n�1.802, de 2025, de autoria do Poder Executivo, que �abre cr�dito adicional � Lei Or�ament�ria Anual do Distrito Federal no valor de R$ 60.635.000,00�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(4�) ITEM 4: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.449, de 2024, de autoria do Deputado Chico Vigilante, que �institui o sistema de academia distrital da sa�de e envelhecimento saud�vel da terceira idade no �mbito do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(5�) ITEM 5: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.975, de 2021, de autoria do Deputado Daniel Donizet, que �denomina Pra�a Bi�loga Maria Clara a pra�a situada na EQNL 10/12 da Regi�o Administrativa de Taguatinga - RA III�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(6�) ITEM 6: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 575, de 2023, de autoria da Deputada Doutora Jane, que �disp�e sobre o �Programa Educa��o com Movimento� na Primeira Inf�ncia e Anos Iniciais do Ensino Fundamental�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(7�) ITEM 7: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.606, de 2025, de autoria do Deputado Eduardo Pedrosa, que �assegura no �mbito do Distrito Federal, a implementa��o do Programa de Rejuvenescimento �ntimo � PRI, para pacientes em tratamento oncol�gico, e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(8�) ITEM 8: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei Complementar n� 64, de 2025, de autoria do Deputado F�bio F�lix, que �institui a Pol�tica Distrital de Arboriza��o Urbana e de Combate a Desigualdades Ambientais e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo nominal, com 17 votos favor�veis, 1 voto contr�rio e 1 absten��o.

� Reda��o final. APROVADA.

 

(9�) ITEM 9: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei Complementar n� 7, de 2023, de autoria do Deputado Gabriel Magno, que �adequa o Fundo de Defesa dos Direitos do Consumidor, criado pela Lei Complementar n� 50, de 23 de dezembro de 1997, para garantir o m�nimo existencial aos superendividados�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo nominal, com 18 votos favor�veis e 1 absten��o.

� Reda��o final. APROVADA.

 

(10�) ITEM 10: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.048, de 2024, de autoria do Deputado Hermeto, que �cria Est�dios Sociais de Grava��es Gratuitos para M�sicos locais nas Regi�es Administrativas do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(11�) ITEM 11: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 2.747, de 2022, de autoria do Deputado Iolando, que �institui a Medalha do M�rito Crist�o e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(12�) ITEM 12: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.012, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que �altera a Lei n� 6.023, de 18 de dezembro de 2017, que �institui o Programa de Descentraliza��o Administrativa e Financeira � PDAF e disp�e sobre sua aplica��o e execu��o nas unidades escolares e nas regionais de ensino da rede p�blica de ensino do Distrito Federal��.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(13�) ITEM 13: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.138, de 2024, de autoria do Deputado Max Maciel, que �institui a Pol�tica Distrital de Aten��o �s Emerg�ncias Clim�ticas, Preven��o aos Desastres Ambientais e Combate ao Racismo Ambiental�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes). Houve 2 votos contr�rios dos Deputados Thiago Manzoni e Pastor Daniel de Castro.

� Reda��o final. APROVADA.

 

(14�) ITEM 14: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.630, de 2025, de autoria da Deputada Paula Belmonte, que �disp�e sobre a institui��o de quarentena para o ocupante do cargo de Secret�rio de Estado de Sa�de do Distrito Federal e de Diretor-Presidente do Instituto de Gest�o Estrat�gica de Sa�de do Distrito Federal (IGESDF) ao deixar o cargo, na forma que especifica�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(15�) ITEM 15: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.218, de 2024, de autoria do Deputado Pepa, que �disp�e sobre o acesso ao Sistema Eletr�nico de Informa��es (SEI) pelos advogados regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil � Seccional do Distrito Federal (OAB/DF) no �mbito do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(16�) ITEM 16: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 505, de 2023, de autoria do Deputado Ricardo Vale, que �institui o Programa Uniforme Escolar no Distrito Federal, destinado � concess�o de uniformes escolares aos alunos da rede p�blica de ensino do Distrito Federal�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(17�) ITEM 17: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 556, de 2023, de autoria do Deputado Rob�rio Negreiros, que �institui a obrigatoriedade de contrata��o de m�o de obra proveniente do Programa RENOVADF, em contratos administrativos de execu��o de obras do Governo do Distrito Federal�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(18�) ITEM 18: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 139, de 2023, de autoria do Deputado Rog�rio Morro da Cruz, que �pro�be a fabrica��o, a importa��o, a comercializa��o, a distribui��o e a veicula��o de s�mbolos, emblemas, ornamentos, distintivos, imagens, textos, �udios e propagandas que tenham como finalidade a propaga��o de ideologia fascista, nazista e supremacista racial no �mbito do Distrito Federal�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(19�) ITEM 19: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.593, de 2025, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que �altera a Lei 3.830, de 14 de mar�o de 2006, que �disp�e quanto ao Imposto sobre a Transmiss�o Inter Vivos de Bens Im�veis e de Direitos a eles Relativos � ITBI, e d� outras provid�ncias�, para estabelecer o valor de mercado do im�vel como base de c�lculo do Imposto sobre a Transmiss�o Inter Vivos de Bens Im�veis e de Direitos a eles Relativos � ITBI�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(20�) ITEM 20: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.778, de 2025, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que �institui o dia 15 de setembro como o Dia da Mem�ria dos Policiais, e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(21�) ITEM 21: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.696, de 2025, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que �disp�e sobre a orienta��o do posicionamento adequado de rec�m-nascidos e beb�s durante o sono como medida preventiva � S�ndrome da Morte S�bita Infantil e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(22�) ITEM 22: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.576, de 2025, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que �disp�e sobre o emprego de servi�os especializados de vigil�ncia na rede p�blica de sa�de do Distrito Federal com o objetivo de proteger a incolumidade f�sica e moral dos profissionais de sa�de�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes). Houve 2 votos contr�rios dos Deputados Chico Vigilante e Gabriel Magno.

� Reda��o final. APROVADA.

 

(23�) ITEM 23: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 472, de 2019, de autoria do Deputado Jo�o Cardoso, que �disp�e sobre o acompanhamento pedag�gico de crian�as e adolescentes pelos pais ou respons�veis nos estabelecimentos p�blicos e particulares de ensino, no �mbito do Distrito Federal�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(24�) ITEM 24: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 866, de 2024, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que �disp�e sobre a prote��o das mulheres nas universidades do Distrito Federal�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(25�) ITEM 25: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 2.143, de 2021, de autoria do Deputado Roosevelt, que �disp�e sobre a responsabiliza��o material nos acidentes envolvendo viaturas oficiais dos �rg�os civis e militares do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(26�) ITEM 26: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Resolu��o n� 52, de 2024, de autoria dos Deputados Thiago Manzoni e Eduardo Pedrosa, que �cria o Pr�mio Roberto Campos no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes). Houve 4 votos contr�rios dos Deputados Dayse Amarilio, Max Maciel, Gabriel Magno e F�bio F�lix.

� Reda��o final. APROVADA.

 

(27�) ITEM 27: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 2.958, de 2022, de autoria do Poder Executivo, que �altera a Lei n� 6.302, de 16 de maio de 2019, que �disp�e sobre a extin��o da Ag�ncia de Fiscaliza��o do Distrito Federal e a cria��o da Secretaria de Estado de Prote��o da Ordem Urban�stica do Distrito Federal � DF Legal��.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(28�) ITEM 28: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Resolu��o n� 63, de 2025, de autoria da Mesa Diretora, que �altera o Regimento Interno da C�mara Legislativa do Distrito Federal e a Resolu��o n� 337, de 2023, e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(29�) ITEM 29: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Resolu��o n� 61, de 2025, de autoria da Deputada Paula Belmonte que �disp�e sobre a institui��o da Semana Legislativa pela Primeira Inf�ncia no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(30�) ITEM 30: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 532, de 2023, de autoria do Deputado Max Maciel, segundo o qual �fica institu�do o Programa Cozinha Solid�ria, que disp�e sobre a distribui��o de alimenta��o gratuita preferencialmente � popula��o em situa��o de vulnerabilidade e risco social, incluindo a popula��o em situa��o de rua, visando a promo��o de pol�ticas de seguran�a alimentar e nutricional, de assist�ncia social, efetiva��o de direitos sociais, dignidade humana, resgate social e melhoria da qualidade de vida�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(31�) ITEM 31: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.328, de 2024, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que �institui a Pol�tica Distrital Direito de Saber nas institui��es p�blicas de ensino m�dio do Distrito Federal�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes). Houve 3 votos contr�rios, dos Deputados F�bio F�lix e Max Maciel, sendo que o presidente da sess�o, Deputado Wellington Luiz, n�o declarou o nome do terceiro deputado que se manifestou contrariamente � proposi��o.

� Reda��o final. APROVADA.

 

(32�) ITEM EXTRAPAUTA: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.661, de 2025, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que �altera a Lei n� 4.949/12, que estabelece normas gerais para realiza��o de concurso p�blico pela administra��o direta, aut�rquica e fundacional do Distrito Federal�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(33�) ITEM EXTRAPAUTA: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.411, de 2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que �institui a Pol�tica Distrital de Preven��o e Combate � Divulga��o de conte�do �ntimo sem consentimento da mulher, tamb�m conhecida como �revenge porn��.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

(34�) ITEM 32: Discuss�o e vota��o, em 2� turno, do Projeto de Lei n� 1.742, de 2025, de autoria do Poder Executivo, que �disp�e sobre as diretrizes or�ament�rias para o exerc�cio financeiro de 2026 e d� outras provid�ncias�.

� Vota��o da proposi��o em 2� turno. APROVADA por vota��o em processo simb�lico (19 deputados presentes).

� Reda��o final. APROVADA.

 

3 ENCERRAMENTO

 

Presidente (Deputado Wellington Luiz)

� Declara encerrada a sess�o.

 

Observa��o: O relat�rio de presen�a e as folhas de vota��o nominal, encaminhados pela Secretaria Legislativa, est�o anexos a esta ata.

 

 

Nos termos do art. 135, I, do Regimento Interno, lavro a presente ata.

 

 

PEDRO HENRIQUE VASCONCELOS E VALADARES

Chefe do Setor de Ata e S�mula Substituto


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Documento assinado eletronicamente por PEDRO HENRIQUE VASCONCELOS E VALADARES - Matr. 24308, Chefe do Setor de Ata e S�mula - Substituto(a), em 30/06/2025, �s 09:02, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Ata de Sess�o Plen�ria  3� SESS�O LEGISLATIVA DA 9� LEGISLATURA ATA SUCINTA DA 14� (D�CIMA QUARTA) SESS�O EXTRAORDIN�RIA, EM 24 DE JUNHO DE 2025   S�MULA   PRESID�NCIA: Deputados Wellington Luiz e Daniel Donizet SECRETARIA: Deputados Daniel Donizet e Iolando LOCAL: Plen�rio da C�mara Legislativa do Distrito Feder...
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DCL n° 135, de 02 de julho de 2025 - Suplemento

Ata Sucinta Sessão Extraordinária 14a/2025

Lista de Presença

24/06/2025 20:55:18

14ª Sessão Extraordinária da 3ª Sessão Legislativa da 9ª Legislatura

Dia: 24/06/2025 18:00 Local: PLENÁRIO

Início:19:55 Término:20:55 Total Presentes: 19

Presentes

ROGERIO MORRO DA CRUZ (PRD) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

MAX MACIEL (PSOL) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

HERMETO (MDB) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

RICARDO VALE (PT) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

JORGE VIANNA (PSD) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

THIAGO MANZONI (PL) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

PAULA BELMONTE (CIDADANIA) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

PEPA (PP) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

DANIEL DONIZET (MDB) 6/24/25, 7:55PM Biometria

MARTINS MACHADO (REPUBLICANOS) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

EDUARDO PEDROSA (UNIÃO) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

WELLINGTON LUIZ (MDB) 6/24/25, 7:55PM Login Código

JAQUELINE SILVA (MDB) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

GABRIEL MAGNO (PT) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

FÁBIO FELIX (PSOL) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

IOLANDO (MDB) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

DAYSE AMARILIO (PSB) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

CHICO VIGILANTE (PT) 6/24/25, 7:55PM Login Biometria

Ausências

JOAQUIM RORIZ NETO (PL)

ROBÉRIO NEGREIROS (PSD)

Justificativas

JOÃO CARDOSO : Licenciado, conforme AMD nº 85/2025.

ROOSEVELT : Licenciado, conforme o AMD nº 132/2025

DOUTORA JANE : Licenciado conforme AMD nº 141/2025.

Página 1 de 1

...Lista de Presença24/06/2025 20:55:1814ª Sessão Extraordinária da 3ª Sessão Legislativa da 9ª LegislaturaDia: 24/06/2025 18:00 Local: PLENÁRIOInício:19:55 Término:20:55 Total Presentes: 19PresentesROGERIO MORRO DA CRUZ (PRD) 6/24/25, 7:55PM Login BiometriaMAX MACIEL (PSOL) 6/24/25, 7:55PM Login BiometriaHERMETO (MDB...
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Ata Sucinta Sessão Extraordinária 14b/2025

Lista de votação 24/06/2025 20:04:47

14ª Sessão Extraordinária da 3ª Sessão Legislativa da 9ª Legislatura

PLC 64/2025 - 2º Turno

Turno: 2º Turno Início: 24/06/2025 20:01

Modo: Nominal Término: 24/06/2025 20:04

AUTORIA: Fábio Félix

Institui a Política Distrital de Arborização Urbana e de Combate a Desigualdades Ambientais e dá outras

providências.

Parlamentar Voto Hora

CHICO VIGILANTE (PT) Sim 20:02:33

DANIEL DONIZET (MDB) Sim 20:02:29

DAYSE AMARILIO (PSB) Sim 20:02:48

EDUARDO PEDROSA (UNIÃO) Sim 20:03:23

FÁBIO FELIX (PSOL) Sim 20:02:51

GABRIEL MAGNO (PT) Sim 20:02:44

HERMETO (MDB) Sim 20:02:41

IOLANDO (MDB) Sim 20:02:37

JAQUELINE SILVA (MDB) Sim 20:03:14

JORGE VIANNA (PSD) Sim 20:02:31

MARTINS MACHADO (REPUBLICANOS) Sim 20:03:08

MAX MACIEL (PSOL) Sim 20:02:50

PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP) Sim 20:02:43

PAULA BELMONTE (CIDADANIA) Abstenção 20:04:27

PEPA (PP) Sim 20:02:53

RICARDO VALE (PT) Sim 20:02:39

ROGERIO MORRO DA CRUZ (PRD) Sim 20:02:52

THIAGO MANZONI (PL) Não 20:02:28

WELLINGTON LUIZ (MDB) Sim 20:02:27

Totais: Sim: 17 Não: 1 Abstenção: 1

Resultado: APROVADO

Página 1 de 1

Lista de votação 24/06/2025 20:07:01

14ª Sessão Extraordinária da 3ª Sessão Legislativa da 9ª Legislatura

PLC 7/2023 - 2º Turno

Turno: 2º Turno Início: 24/06/2025 20:05

Modo: Nominal Término: 24/06/2025 20:07

AUTORIA: Gabriel Magno

Adequa o Fundo de Defesa dos Direitos do Consumidor, criado pela Lei Complementar nº 50, de 23 de

dezembro de 1997, para garantir o

mínimo existencial aos superendividados.

Parlamentar Voto Hora

CHICO VIGILANTE (PT) Sim 20:05:50

DANIEL DONIZET (MDB) Sim 20:05:53

DAYSE AMARILIO (PSB) Sim 20:05:52

EDUARDO PEDROSA (UNIÃO) Sim 20:06:08

FÁBIO FELIX (PSOL) Sim 20:05:57

GABRIEL MAGNO (PT) Sim 20:05:47

HERMETO (MDB) Sim 20:06:44

IOLANDO (MDB) Sim 20:06:47

JAQUELINE SILVA (MDB) Sim 20:05:53

JORGE VIANNA (PSD) Sim 20:06:37

MARTINS MACHADO (REPUBLICANOS) Sim 20:05:47

MAX MACIEL (PSOL) Sim 20:06:11

PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP) Sim 20:06:00

PAULA BELMONTE (CIDADANIA) Sim 20:06:21

PEPA (PP) Sim 20:05:47

RICARDO VALE (PT) Sim 20:05:51

ROGERIO MORRO DA CRUZ (PRD) Sim 20:05:59

THIAGO MANZONI (PL) Abstenção 20:05:48

WELLINGTON LUIZ (MDB) Sim 20:05:56

Totais: Sim: 18 Não: 0 Abstenção: 1

Resultado: APROVADO

Página 1 de 1

...Lista de votação 24/06/2025 20:04:4714ª Sessão Extraordinária da 3ª Sessão Legislativa da 9ª LegislaturaPLC 64/2025 - 2º TurnoTurno: 2º Turno Início: 24/06/2025 20:01Modo: Nominal Término: 24/06/2025 20:04AUTORIA: Fábio FélixInstitui a Política Distrital de Arborização Urbana e de Combate a Desigualdades Ambientais...
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DCL n° 135, de 02 de julho de 2025 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Extraordinária 14/2025

 

Ata de Sess�o Plen�ria 

 

3� SESS�O LEGISLATIVA DA 9� LEGISLATURA

ATA CIRCUNSTANCIADA DA
14� SESS�O EXTRAORDIN�RIA,

DE 24 DE JUNHO DE 2025.

IN�CIO �S 19H55

T�RMINO �S 20H54

 

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Est� aberta a sess�o extraordin�ria.

Solicito que os deputados registrem a presen�a nos terminais.

(Realiza-se a verifica��o de presen�a.)

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Convido o deputado Daniel Donizet a secretariar os trabalhos da mesa.

D�-se in�cio � ordem do dia.

(As ementas das proposi��es s�o reproduzidas conforme ordem do dia disponibilizada pela Secretaria Legislativa; as dos itens extrapauta, conforme PLe.)

DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB) � Presidente, pela ordem.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Concedo a palavra.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB) � Presidente, eu n�o ouvi a chamada do meu projeto para vota��o em segundo turno. Ele foi lido?

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Ainda n�o. Ser� lido agora. Faltaram 2 projetos.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.788/2025, de autoria do Poder Executivo, que �Altera a Lei n� 7.549, de 30 de julho de 2024, que disp�e sobre as diretrizes or�ament�rias para o exerc�cio financeiro de 2025 e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.788/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.809/2025, de autoria do deputado Wellington Luiz, da deputada Paula Belmonte, da deputada Jaqueline Silva, da deputada Dayse Amarilio e da deputada Doutora Jane, que �Institui e inclui no Calend�rio Oficial de Eventos do Distrito Federal o dia da Advocacia Familiarista�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.809/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.802/2025, de autoria do Poder Executivo, que �Abre cr�dito adicional � Lei Or�ament�ria Anual do Distrito Federal no valor de R$ 60.635.000,00�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.802/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.449/2024, de autoria do deputado Chico Vigilante, que �institui o sistema de academia distrital da sa�de e envelhecimento saud�vel da terceira idade no �mbito do distrito federal e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.449/2024.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.975/2021, de autoria do deputado Daniel Donizet, que �denomina Pra�a Bi�loga Maria Clara a pra�a situada na EQNL 10/12 da Regi�o Administrativa de Taguatinga - RA III�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.975/2021.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 575/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, que �disp�e sobre o �Programa Educa��o com Movimento� na Primeira Inf�ncia e Anos Iniciais do Ensino Fundamental�.

Aprovado em primeiro turno.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 575/2023.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.606/2025, de autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que �Assegura no �mbito do Distrito Federal, a implementa��o do Programa de Rejuvenescimento �ntimo � PRI, para pacientes em tratamento oncol�gico, e d� outras provid�ncias�.

Aprovado em primeiro turno.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.606/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei Complementar n� 64/2025, de autoria do deputado F�bio F�lix, que �Institui a Pol�tica Distrital de Arboriza��o Urbana e de Combate a Desigualdades Ambientais e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei Complementar n� 64/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados que aprovam o projeto que votem �sim� e aos que rejeitam que votem �n�o�.

(Realiza-se a vota��o nominal.)

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Vota��o encerrada.

Houve 17 votos favor�veis, 1 voto contr�rio e 1 absten��o.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei Complementar n� 7/2023, de autoria do deputado Gabriel Magno, que �Adequa o Fundo de Defesa dos Direitos do Consumidor, criado pela Lei Complementar n� 50, de 23 de dezembro de 1997, para garantir o m�nimo existencial aos superendividados�.

Aprovado em primeiro turno.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei Complementar n� 7/2023.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados que aprovam o projeto que votem �sim� e aos que o rejeitam que votem �n�o�.

(Realiza-se a vota��o nominal.)

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Vota��o encerrada.

Houve 18 votos favor�veis e 1 absten��o.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.048/2024, de autoria do deputado Hermeto, que �cria Est�dios Sociais de Grava��es Gratuitos para M�sicos locais nas Regi�es Administrativas do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.048/2024.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 2.747/2022, de autoria do deputado Iolando, que �institui a Medalha do M�rito Crist�o e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 2.747/2022.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.012/2024, de autoria do deputado Martins Machado, que �Altera a Lei n� 6.023, de 18 de dezembro de 2017, que �Institui o Programa de Descentraliza��o Administrativa e Financeira - PDAF e disp�e sobre sua aplica��o e execu��o nas unidades escolares e nas regionais de ensino da rede p�blica de ensino do Distrito Federal�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.012/2024.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.138/2024, de autoria do deputado Max Maciel, que �Institui a Pol�tica Distrital de Aten��o �s Emerg�ncias Clim�ticas, Preven��o aos Desastres Ambientais e Combate ao Racismo Ambiental�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.138/2024.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. Houve 2 manifesta��es contr�rias: do deputado Thiago Manzoni e do deputado Pastor Daniel de Castro.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.630/2025, de autoria da deputada Paula Belmonte, que �Disp�e sobre a institui��o de quarentena para o ocupante do cargo de Secret�rio de Estado de Sa�de do Distrito Federal e de Diretor-Presidente do Instituto de Gest�o Estrat�gica de Sa�de do Distrito Federal (IGESDF) ao deixar o cargo, na forma que especifica�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.630/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.218/2024, de autoria do deputado Pepa, que �Disp�e sobre o acesso ao Sistema Eletr�nico de Informa��es (SEI) pelos advogados regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil � Seccional do Distrito Federal (OAB/DF) no �mbito do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.218/2024.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 505/2023, de autoria do deputado Ricardo Vale, que �Institui o Programa Uniforme Escolar no Distrito Federal, destinado � concess�o de uniformes escolares aos alunos da rede p�blica de ensino do Distrito Federal�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 505/2023.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 556/2023, de autoria do deputado Rob�rio Negreiros, que �institui a obrigatoriedade de contrata��o de m�o de obra proveniente do Programa RENOVADF, em contratos administrativos de execu��o de obras do Governo do Distrito Federal�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 556/2023.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 139/2023, de autoria do deputado Rog�rio Morro da Cruz, que �Pro�be a fabrica��o, a importa��o, a comercializa��o, a distribui��o e a veicula��o de s�mbolos, emblemas, ornamentos, distintivos, imagens, textos, �udios e propagandas que tenham como finalidade a propaga��o de ideologia fascista, nazista e supremacista racial no �mbito do Distrito Federal�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 139/2023.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.593/2025, de autoria do deputado Thiago Manzoni, que �Altera a Lei 3.830, de 14 de mar�o de 2006, que �Disp�e quanto ao Imposto sobre a Transmiss�o �Inter Vivos� de Bens Im�veis e de Direitos a eles Relativos � ITBI, e d� outras provid�ncias�, para estabelecer o valor de mercado do im�vel como base de c�lculo do Imposto sobre a Transmiss�o �Inter Vivos� de Bens Im�veis e de Direitos a eles Relativos � ITBI�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.593/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

O projeto est� aprovado com a presen�a de 19 deputados. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Passo a presid�ncia ao deputado Daniel Donizet.

(Assume a presid�ncia o deputado Daniel Donizet.)

PRESIDENTE DEPUTADO DANIEL DONIZET (MDB) � Assumo a presid�ncia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.778/2025, de autoria do deputado Wellington Luiz, que �Institui o dia 15 de setembro como o Dia da Mem�ria dos Policiais, e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.778/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

O projeto est� aprovado com a presen�a 19 deputados. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

(Assume a presid�ncia o deputado Wellington Luiz.)

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Reassumo a presid�ncia.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.696/2025, de autoria do deputado Joaquim Roriz Neto, que �Disp�e sobre a orienta��o do posicionamento adequado de rec�m-nascidos e beb�s durante o sono como medida preventiva � S�ndrome da Morte S�bita Infantil e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.696/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.576/2025, de autoria do deputado Jorge Vianna, que �Disp�e sobre o emprego de servi�os especializados de vigil�ncia na rede p�blica de sa�de do Distrito Federal com o objetivo de proteger a incolumidade f�sica e moral dos profissionais de sa�de�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.576/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. Houve 2 manifesta��es contr�rias: do deputado Chico Vigilante e do deputado Gabriel Magno.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 472/2019, de autoria do deputado Jo�o Cardoso, que �disp�e sobre o acompanhamento pedag�gico de crian�as e adolescentes pelos pais ou respons�veis nos estabelecimentos p�blicos e particulares de ensino, no �mbito do Distrito Federal�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 472/2019.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 866/2024, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que �disp�e sobre a prote��o das mulheres nas universidades do Distrito Federal�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 866/2024.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 2.143/2021, de autoria do deputado Roosevelt, que �Disp�e sobre a responsabiliza��o material nos acidentes envolvendo viaturas oficiais dos �rg�os civis e militares do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 2.143/2021.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Resolu��o n� 52/2024, de autoria dos deputados Thiago Manzoni e Eduardo Pedrosa, que �Cria o Pr�mio Roberto Campos no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Resolu��o n� 52/2024.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. Houve 4 manifesta��es contr�rias: da deputada Dayse Amarilio, do deputado Max Maciel, do deputado Gabriel Magno e do deputado F�bio F�lix.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 2.958/2022, de autoria do Poder Executivo, que �altera a Lei n� 6.302, de 16 de maio de 2019, que �disp�e sobre a extin��o da Ag�ncia de Fiscaliza��o do Distrito Federal e a cria��o da Secretaria de Estado de Prote��o da Ordem Urban�stica do Distrito Federal � DF Legal��.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 2.958/2022.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Resolu��o n� 63/2025, de autoria da Mesa Diretora, que �Altera o Regimento Interno da C�mara Legislativa do Distrito Federal e a Resolu��o n� 337, de 2023, e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Resolu��o n� 63/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Resolu��o n� 61/2025, de autoria da deputada Paula Belmonte, que �Disp�e sobre a institui��o da Semana Legislativa pela Primeira Inf�ncia no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Resolu��o n� 61/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 532/2023, de autoria do deputado Max Maciel, em que �fica institu�do o Programa Cozinha Solid�ria, que disp�e sobre a distribui��o de alimenta��o gratuita preferencialmente � popula��o em situa��o de vulnerabilidade e risco social, incluindo a popula��o em situa��o de rua, visando a promo��o de pol�ticas de seguran�a alimentar e nutricional, de assist�ncia social, efetiva��o de direitos sociais, dignidade humana, resgate social e melhoria da qualidade de vida�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 532/2023.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.328/2024, de autoria do deputado Thiago Manzoni, que �institui a Pol�tica Distrital Direito de Saber nas institui��es p�blicas de ensino m�dio do Distrito Federal�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.328/2024.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. Houve 3 manifesta��es contr�rias: do deputado F�bio F�lix, do deputado Max Maciel e... (sic)

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item extrapauta.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.661/2025, de autoria da deputada Dayse Amarilio, que �Altera a Lei n� 4.949/12, que estabelece normas gerais para realiza��o de concurso p�blico pela administra��o direta, aut�rquica e fundacional do Distrito Federal�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.661/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item extrapauta.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.411/2024, de autoria da deputada Jaqueline Silva, que �Institui a Pol�tica Distrital de Preven��o e Combate � Divulga��o de conte�do �ntimo sem consentimento da mulher, tamb�m conhecida como �revenge porn�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.411/2024.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

Nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

Item da ordem do dia.

Discuss�o e vota��o, em segundo turno, do Projeto de Lei n� 1.742/2025, de autoria do Poder Executivo, que �disp�e sobre as diretrizes or�ament�rias para o exerc�cio financeiro de 2026 e d� outras provid�ncias�.

Em discuss�o, em segundo turno, o Projeto de Lei n� 1.742/2025.

Como n�o h� quem queira discutir, encerro a discuss�o.

Em vota��o.

Solicito aos deputados favor�veis ao projeto que permane�am como est�o e aos contr�rios que se manifestem.

H� 19 deputados presentes. N�o houve manifesta��es contr�rias.

Foi aprovado.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) � Presidente, pela ordem.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Concedo a palavra.

DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) � Presidente, eu pedi a palavra para um comunicado importante. Vossa excel�ncia � testemunha da luta que travamos aqui com rela��o � remunera��o paga aos chamados educadores sociais volunt�rios que existem nas escolas do Distrito Federal.

Eu tenho dito que essas pessoas vivem um processo de semiescravid�o. Em uma reuni�o que tive com o governador do Distrito Federal, na segunda-feira, �s 11 horas, levei a ele esse problema, dentre outros. Falei que precis�vamos encontrar uma solu��o para a contrata��o legal desses profissionais e criar a carreira do educador social para que sejam contratados com dignidade. Estavam presentes tamb�m a secret�ria H�lvia e o secret�rio de Fazenda, que ficaram de estudar essa possibilidade.

De imediato, h� uma not�cia positiva para os educadores sociais. Hoje eles recebem R$10 por hora de trabalho. Eles n�o t�m t�quete de alimenta��o, n�o t�m nada. Foi determinado � j� v�o implementar � que, enquanto se resolve o problema de maneira definitiva, v�o dobrar o pagamento desses trabalhadores. Em vez de R$10, v�o receber R$20 por hora. � muito pouco ainda, mas j� � uma ajuda para essas trabalhadoras e esses trabalhadores.

Portanto, � uma not�cia positiva que quero transmitir a eles. Isso foi fruto da mobiliza��o, da luta, inclusive com audi�ncias que promovemos nesta casa. Os educadores sociais volunt�rios � que n�o s�o t�o volunt�rios assim �, a partir de agora, por determina��o enviada pelo governo, em vez de R$10, v�o receber R$20 por hora de trabalho.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Obrigado, deputado Chico Vigilante.

Mais uma vez, agrade�o a todos e todas. Muito obrigado.

Lembramos que amanh� haver� sess�o discursiva. Para aqueles deputados que s�o frequentes, � importante amanh� estarem aqui.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT) � Presidente, pela ordem.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Concedo a palavra.

DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT) � Presidente, antes de encerrarmos esta sess�o, gostaria de registrar que ainda estamos vivenciando, no Distrito Federal, uma greve do magist�rio. Essa categoria completa hoje 22 dias de paralisa��o. Amanh� haver� uma assembleia geral. N�o sei qual ser� o resultado dessa assembleia, mas quero, mais uma vez, parabenizar os professores e as professoras, os orientadores e as orientadoras desta cidade, que, ao longo desses 22 dias, deram uma li��o important�ssima, e amanh� v�o deliberar sobre a continuidade ou n�o da greve.

Essa tem sido uma luta pedag�gica, capaz de denunciar descasos que, muitas vezes, n�o estavam na imprensa, na pauta da cidade. Cito, por exemplo, o fato de a pr�pria sede da Secretaria de Educa��o funcionar em um shopping, com aluguel milion�rio. O governo do Distrito Federal investe mais em propaganda do que no PDAF, do que em alimenta��o escolar. A greve exp�s o desmonte das condi��es estruturais da rede p�blica de ensino, o descaso dos �ltimos anos e o n�o cumprimento das metas do Plano Distrital de Educa��o.

Essa greve tem ensinado muito a esta cidade. O governador, presidente, chegou a afirmar, antes de ser decretada a greve, que n�o havia nada a oferecer � educa��o ou aos professores. Disse que era zero e que n�o adiantaria fazer movimento. A categoria n�o se conformou, precisou entrar em greve. E foi com a greve que conseguiu mudar a posi��o do governo e da sociedade.

O governador, que amea�ava a categoria, que chegou a dizer que queria ver quantos dias os servidores aguentariam sem sal�rio, teve que apresentar uma proposta. E apresentou uma proposta ontem. A proposta representa, de certa forma, um avan�o em um ponto relevante da pauta, o da valoriza��o da forma��o daqueles que formam o conjunto das outras profiss�es.

Contudo, � obvio que a proposta n�o tem a dimens�o necess�ria para a valoriza��o da categoria. Ela n�o contempla o conjunto de reivindica��es feitas por professores e professoras. Elas s�o justas, deputado Pastor Daniel de Castro. Eles querem receber o que est� na lei, o que est� na Meta 17 do Plano Distrital de Educa��o � ou seja, querem, no m�nimo, a m�dia salarial das demais carreiras de n�vel superior. O governador n�o respondeu a essa demanda.

� importante e fundamental dizer que a proposta apresentada reflete o grau de desvaloriza��o da escola p�blica e da educa��o promovido por esse governo, ao longo de 7 anos. Trata-se de um governo que mant�m salas de aula superlotadas, condi��es de trabalho prec�rias e professores adoecendo todos os dias.

Reitero que n�o sei o que ser� decidido na assembleia de amanh�, o que a categoria vai decidir, mas quero, mais uma vez, colocar o nosso mandato � disposi��o dessa luta, mesmo em per�odo de recesso. Seja na greve seja com a suspens�o dela, estaremos junto aos professores e orientadores educacionais, porque a luta pela necess�ria e merecida valoriza��o vai continuar, pois a proposta apresentada n�o resolve os dilemas que encontramos nas escolas.

Para encerrar, presidente, quero dizer que tenho muito orgulho de pertencer a essa categoria que, nesses 22 dias, ensinou � cidade, ao governo e a esta casa que � preciso, sim, diante da injusti�a e diante das amea�as, ter coragem, lutar. A categoria de professores e professoras deu aula � e vai continuar dando � de democracia, de cidadania e de justi�a social.

Parab�ns aos professores e �s professoras, aos orientadores e �s orientadoras por aquele que, talvez, presidente, tenha sido o mais belo movimento que esta cidade viu nos �ltimos anos em defesa da sociedade do Distrito Federal, da escola p�blica e da dignidade. Infelizmente, n�s n�o temos um governo � altura dessa brilhante, corajosa e necess�ria categoria. Obrigado, presidente.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Obrigado, deputado Gabriel Magno.

Com rela��o ao Projeto de Lei n� 1.742/2025, nos termos do art. 208, inciso II, do Regimento Interno, declaro aprovada a reda��o final.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB) � Presidente, pela ordem.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Concedo a palavra.

DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB) � Presidente, tamb�m quero parabenizar o movimento dos professores, dos educadores. N�o � f�cil ser professor e orientador em uma escola t�o diversa, com tantos desafios como os que os professores enfrentam. Realmente, eles deram aula. Nosso mandato tamb�m segue � disposi��o.

Presidente, com rela��o �s emendas aditivas da LDO, eu quero fazer alguns destaques. � incontest�vel a import�ncia de garantirmos recurso para a nomea��o de servidores dos concursos vigentes, assim como para a realiza��o de alguns concursos que n�o acontecem h� muitos e muitos anos. Hoje, h� um d�ficit de quase 25 mil profissionais no �mbito da Secretaria de Sa�de do Distrito Federal.

N�s temos desafios cr�nicos, dos quais j� sabemos. H� ainda os desafios residuais da covid. H� filas intermin�veis de cirurgias eletivas, de exames e de leitos de UTI. H� tamb�m o problema da sazonalidade. H� o problema das arboviroses. S� em 2024 houve 440 �bitos por dengue � mortes que poderiam ter sido evitadas.

Presidente, precisamos pensar em uma infraestrutura eficiente para garantir uma retaguarda de leitos nos hospitais, a fim de que as UPAs possam fazer um atendimento de UPA, ou seja, oferecer pronto atendimento.

Tamb�m quero registrar, presidente, a luta que temos feito na Comiss�o de Sa�de para que possamos, de fato, investir na aten��o prim�ria, bem como executar o or�amento nessa �rea, que precisa ser, de maneira realmente exitosa, o eixo norteador e o acesso ao servi�o. Hoje h� mais de 11 mil fam�lias cadastradas por equipe, quando deveria haver s� 3 mil pessoas, considerando as situa��es de mais vulnerabilidade. Hoje, ACS e Avas s�o artigos de luxo.

� imperativo recompormos as equipes de servi�o de toda a rede. Por isso, fizemos emendas relacionadas � nomea��o e � cria��o de cargos que est�o em d�ficit na lei referente a esses cargos. Fizemos isso na carreira de enfermeiro, de t�cnico de enfermagem, de m�dico, de cirurgi�o-dentista, de t�cnico de higiene bucal, de agente comunit�rio de sa�de e tamb�m de agente de vigil�ncia ambiental.

Quero destacar que promover sa�de e prevenir doen�a � intelig�ncia, � priorizar o or�amento e construir, de fato, sa�de integral. Por isso, fizemos a indica��o para que seja efetivada a carreira do profissional sanitarista e propusemos recurso para a incorpora��o dessa carreira, j� que os sanitaristas s�o especialistas em pensar pol�tica p�blica baseada em determinantes sociais.

Por fim, quero dizer que n�s precisamos valorizar quem tem feito muito. Ent�o, tamb�m fizemos emendas para a reestrutura��o da carreira dos enfermeiros, que, historicamente, t�m lutado por um tratamento ison�mico. N�s o fizemos tamb�m para a carreira Gaps e para a carreira dos especialistas em sa�de. Esses investimentos nas pessoas nos fazem entender que a Secretaria de Sa�de � constitu�da de pessoas, de defensores do SUS. Isso � fundamental para que tenhamos a confian�a da popula��o em um sistema que tem deixado as pessoas em desespero, o que tem gerado viol�ncia nos postos de trabalho.

Presidente, quero dizer que a popula��o tem direito a uma sa�de digna; que eu acredito no SUS; que o SUS tem jeito, sim; e que eu sou, aqui dentro, uma defensora do SUS, assim como sou uma profissional de sa�de e uma professora que segue defendendo como prioridade a sa�de e a educa��o.

Obrigada, presidente.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Obrigado, deputada Dayse Amarilio.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP) � Presidente, pela ordem.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Concedo a palavra.

DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP) � Presidente, eu agrade�o a oportunidade e come�o dizendo que a greve � um direito constitucional. Todos t�m direito � greve.

A greve mais demorada da categoria dos professores foi justamente durante o governo do PT, no governo do professor Cristovam Buarque, e os professores deram uma resposta � altura naquela �poca, apesar de aquele ser um governo do PT. Portanto, essa categoria � uma categoria honrada. Eu louvo a Deus por ser professor e louvo a Deus por a minha esposa fazer parte dessa categoria. Por�m, eu n�o posso deixar de reconhecer e de parabenizar a decis�o do governador. Mesmo em um momento, talvez, de enfrentamento, ele recua, abre o di�logo com a categoria e apresenta uma proposta. Pode at� n�o ser aquela desejada, mas ele apresentou uma proposta.

Este n�o � um pedido para que se coloque um fim � greve, mas eu espero muito que amanh�, na assembleia do Sindicato dos Professores, os profissionais tenham a sensibilidade de voltar �s aulas, porque os nossos alunos precisam voltar para as escolas.

Eu quero deixar registrado os meus parab�ns ao governador Ibaneis por ter aberto o di�logo com essa categoria.

Eu ainda sonho, presidente, em ver nossos professores serem os profissionais mais valorizados de todas as profiss�es. Por isso, eu fiz indica��o na LDO, para o aumento dos sal�rios do professor, na monta de R$300 milh�es, para que possa ser analisado o aumento dos professores e para que haja mais valoriza��o para quem dedica a vida � educa��o.

Vamos seguir firmes na luta por justi�a e pelo reconhecimento de todos os professores do Distrito Federal, essa categoria que � t�o importante para que todas as outras funcionem bem.

Espero ainda que, um dia, n�s possamos ver contracheques robustos para os nossos professores, com sal�rios dignos, � altura de quem passa o dia se dedicando a ensinar os nossos filhos e as nossas filhas.

Obrigado, presidente.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL) � Presidente, pela ordem.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Concedo a palavra.

DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL) � Presidente, eu agrade�o a oportunidade. Estamos chegando ao final do semestre. O pol�tico, de 4 em 4 anos, anda pelo Distrito Federal para pedir voto. Alguns fazem promessas, outros fazem compromissos. Eu me comprometi com a popula��o do Distrito Federal a trabalhar para diminuir tributo, em respeito ao dinheiro do trabalhador � que, na minha opini�o, deve ficar com o trabalhador e n�o na m�o de pol�tico, n�o na m�o de governo �, e, tamb�m, a facilitar a vida de quem empreende, de quem gera emprego e renda e de quem precisa de emprego e renda.

Este semestre termina de modo muito satisfat�rio, com um projeto de lei aprovado em que n�s estabelecemos que o ITBI agora ter� como base de c�lculo o valor real da transa��o do im�vel, ou seja, o valor de compra e venda. Isso significa um gesto de confian�a para o cidad�o pagador de imposto que vai declarar, na sua escritura p�blica de compra e venda, o valor do neg�cio que ele celebrou. Significa tamb�m que, certamente, haver� mais dinheiro no bolso da popula��o, na medida em que, na maioria das vezes, os neg�cios s�o feitos por valores menores do que aqueles fixados pelo governo. N�s j� t�nhamos reduzido a al�quota de ITBI de 3% para 2% em outra grande vit�ria do meu mandato � do nosso mandato �, e eu fico muito feliz de poder me manter fiel �s pautas que me trouxeram at� aqui e de alcan�ar essas vit�rias na C�mara Legislativa.

Hoje tamb�m n�s aprovamos o Pr�mio Roberto Campos, de minha autoria e de autoria do deputado Eduardo Pedrosa � que ainda est� aqui. Esse � um pr�mio para valorizar quem empreende no Distrito Federal.

Presidente, quem empreende em um pa�s como o Brasil � her�i. Quem empreende em um pa�s como o nosso, que penaliza o lucro e a atividade comercial, � her�i. Essas pessoas que saem de casa para abrir seu com�rcio � normalmente sua pequena empresa, empresa de pequeno porte � geram emprego e possibilitam aos trabalhadores levarem sustento para suas casas. E, agora, a C�mara Legislativa vai premiar empreendedores, de modo que este semestre termina de maneira satisfat�ria.

Tenho a honra de poder dizer � popula��o do Distrito Federal que permane�o fiel, n�o s� aos valores conservadores no que diz respeito aos costumes que me trouxeram a esta casa, mas tamb�m � pauta econ�mica e liberal, trabalhando � e trabalhando muito � para diminuir tributos, diminuir burocracia e premiar aqueles que exp�em seu capital, exp�em aquilo que acumularam durante a vida, ao risco para empreender, gerar emprego e possibilitar que os pais e as m�es de fam�lia levem comida para suas casas.

Obrigado, presidente, por mais um semestre. Pode contar conosco, continuamos juntos aqui.

Um abra�o a todos, at� o semestre que vem.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Obrigado, deputado Thiago Manzoni.

DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) � Presidente, pela ordem.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Concedo a palavra.

DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA) � Obrigada, senhor presidente. Eu quero falar da tribuna, porque estamos na conclus�o do ciclo do primeiro semestre de 2025, um ciclo que considero produtivo. Houve v�rios temas importantes discutidos nesta casa. Vou ressaltar algumas coisas que s�o importantes e caras para mim.

A primeira � a vida: a vida de cada ser humano, a vida da popula��o brasiliense e, principalmente, a vida das nossas crian�as.

Mais uma vez, encerro o semestre mostrando que nossa atua��o pol�tica veio sim por meio da valoriza��o da educa��o e da transpar�ncia nas contas p�blicas do Distrito Federal.

Atuei, neste primeiro semestre, como procuradora especial da mulher, e tenho feito um trabalho de jun��o das pol�ticas p�blicas para que nossas mulheres se sintam representadas, mas, principalmente, para que nossa legisla��o alcance a mulher comum, de modo que n�s m�es batalhadoras possamos dar dignidade aos nossos filhos.

Por falar nos nossos filhos, na semana passada, houve a derrubada de um veto que, para mim, trata de um tema que � muito caro: a vida das nossas crian�as quando est�o na UTI neonatal. Muitas vezes, essas crian�as precisam do contato materno, paterno ou de outro familiar para que possam melhorar. Conseguimos proporcionar transporte gratuito para uma pequena quantidade de m�es � estamos falando de, no m�ximo, 100 mulheres cujos filhos est�o na UTI neonatal. Este � um passo importante que esta C�mara Legislativa d�, � um passo importante que o Distrito Federal d�, para que essas mulheres e fam�lias possam chegar aos seus filhos e abra��-los, contribuindo para que essas crian�as saiam da UTI neonatal.

Hoje, foi aprovado um projeto que traz transpar�ncia para as contas p�blicas do Distrito Federal. Temos um or�amento de R$73 bilh�es, e a Secretaria de Sa�de pega uma boa parte desse or�amento, tanto do Fundo Constitucional quanto do GDF. Muitas vezes, n�o h� transpar�ncia em como funcionam as coisas na Secretaria de Sa�de e no IGESDF. Eu, como presidente da Comiss�o de Fiscaliza��o, Governan�a, Transpar�ncia e Controle, presenciei muito isso.

Um fato inusitado aconteceu � n�o estou falando da capacidade do gestor, mas da condi��o em que as coisas aconteceram. A pessoa que foi presidente do IGESDF, que tem empresas privadas, se tornou, de um dia para o outro, o secret�rio de Sa�de, que � um contratante. Apresentamos um projeto que obriga esse secret�rio a passar por uma quarentena. Isso significa que, como secret�rio, ele n�o pode atuar como um contratante e como contratado ao mesmo tempo. Isso traz moralidade e transpar�ncia ao dinheiro p�blico. Dinheiro p�blico n�o pode ser tratado sem respeito, n�o se pode tratar o dinheiro p�blico como um homem safado trata uma mulher quando quer passar a m�o na m�o dela sem o seu consentimento. Dinheiro p�blico � de todos n�s, pago com tributo, e precisamos ter transpar�ncia sobre esse dinheiro, que � da popula��o.

Nesta casa, vamos trabalhar sempre a favor das nossas crian�as e da utiliza��o dos bons recursos de um pagador de impostos. Fico muito feliz de ter contribu�do, mais uma vez, para a educa��o do Distrito Federal, para a transpar�ncia com responsabilidade e para a boa gest�o do dinheiro da nossa popula��o. Ent�o, que Deus nos aben�oe.

Quero agradecer o apoio, presidente, de todos os parlamentares que est�o presentes. Estamos aqui para trabalhar, para transformar a vida do ser humano, a vida das nossas crian�as, a vida das pessoas do Distrito Federal, e para ser uma refer�ncia nas pol�ticas p�blicas no Brasil. � isso que n�s queremos.

Obrigada, presidente.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Obrigado, deputada.

DEPUTADO F�BIO F�LIX (PSOL) � Presidente, pela ordem.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Concedo a palavra.

DEPUTADO F�BIO F�LIX (PSOL) � Obrigado, presidente.

Deputados e deputadas, vamos encerrar agora o nosso semestre legislativo. Eu n�o poderia deixar de vir a esta tribuna da C�mara Legislativa falar sobre a greve da educa��o, que foi muito importante neste semestre. Essa greve come�ou por professores e professoras, que s�o uma carreira abandonada historicamente pelo Governo do Distrito Federal, mas ela se tornou, deputado Gabriel Magno, em defesa de todos os servidores e servidoras da cidade. Eu, que sou de outra carreira, estou apoiando a greve dos professores, porque ela ficou sob ataque direto do governador do DF. N�o � um ataque � greve dos professores, � um ataque ao direito � greve leg�tima dos servidores p�blicos desta cidade.

Ent�o, essa greve colocou na rua muito suor, muita mobiliza��o, muita luta. Os professores est�o, com muita for�a, representando todos os servidores e todas as servidoras.

� uma greve que continua, pois amanh� os professores e as professoras t�m assembleia. N�o podemos nos esquecer da pergunta que o governador fez a eles. Se as rela��es e as dificuldades que tivemos nessa greve chegaram a este limite, a responsabilidade � do governador, por causa de discursos e entrevistas dele, os quais esgar�aram a rela��o pol�tica ao longo dessa greve. Precisamos falar sobre isso, porque temos que falar de responsabilidade. H� muitos professores frustrados ainda, mesmo com uma proposta e com a retomada da negocia��o. Eles foram atacados ao longo desse processo no seu direito � greve. Eles foram atacados diretamente pelo pr�prio governador, com os questionamentos que ele fez.

Eu n�o me esque�o de um deles em que o governador falou: �Eu quero ver at� quando eles v�o aguentar�. Nesse momento, infelizmente, o governador n�o agiu como governador, porque ele fez uma provoca��o direcionada aos professores. Mas quem n�o aguentou, sentou-se � mesa e abriu o processo de negocia��o foi o governador do DF. Isso � um triunfo, uma vit�ria da mobiliza��o de professores e professoras desta cidade.

O nosso objetivo, o nosso desafio � que todos os deputados, os secret�rios e o pr�prio governador assumam uma responsabilidade com a educa��o. A greve da educa��o � um grito de socorro. Agora, cabe a n�s, com muita responsabilidade, apresentar concretamente um plano de solu��es que n�o passe somente pela proposta concreta.

N�o sei se a assembleia vai aceitar ou rejeitar a proposta no dia de amanh�. Isso n�o passa somente pela proposta concreta apresentada agora, mas por um plano de a��o que inclua os professores num processo de reestrutura��o, de valoriza��o da educa��o, de concurso p�blico, de nomea��o. Isso � priorizar a educa��o p�blica.

Parab�ns aos nossos professores e parab�ns �s nossas professoras que deram e ainda est�o dando uma grande aula de luta e de conquista nesta cidade.

O nosso mandato esteve com voc�s ao longo desse processo da greve na educa��o e est� com voc�s em defesa da educa��o p�blica, que, infelizmente, segue sob ataque.

PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Deputado F�bio F�lix, obrigado.

Antes que algu�m se anime e fale novamente, agrade�o a presen�a de todos e todas. Agrade�o a todos os nossos assessores, a todas as nossas assessoras, aos nossos colegas, aos deputados, �s deputadas e a todos que estiveram na C�mara Legislativa no dia de hoje e durante este semestre.

Um �timo e aben�oado descanso para todos. Fiquem com Deus.

Como n�o h� mais assunto a tratar, declaro encerrada a sess�o.

 

Observa��o: nas notas taquigr�ficas, os nomes pr�prios ausentes de sites governamentais oficiais s�o reproduzidos conforme informados pelos organizadores dos eventos.

Todos os discursos s�o registrados sem a revis�o dos oradores, exceto quando indicado, nos termos do Regimento Interno da C�mara Legislativa do Distrito Federal.

 

Siglas com ocorr�ncia neste evento:

 

ACS � Agente Comunit�rio de Sa�de

Avas � Agentes de Vigil�ncia Ambiental em Sa�de

EQNL � Entrequadra Norte L

Gaps � Gest�o e Assist�ncia P�blica � Sa�de do Distrito Federal

IGESDF � Instituto de Gest�o Estrat�gica de Sa�de do Distrito Federal

ITBI � Imposto Sobre Transmiss�o de Bens Im�veis

LDO � Lei de Diretrizes Or�ament�rias

PDAF � Programa de Descentraliza��o Administrativa e Financeira

RA � Regi�o Administrativa

SUS � Sistema �nico de Sa�de

UPA � Unidade de Pronto Atendimento

UTI � Unidade de Terapia Intensiva

 

As proposi��es constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.


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Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do Setor de Registro e Reda��o Legislativa, em 27/06/2025, �s 13:48, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Ata de Sess�o Plen�ria    3� SESS�O LEGISLATIVA DA 9� LEGISLATURA ATA CIRCUNSTANCIADA DA 14� SESS�O EXTRAORDIN�RIA, DE 24 DE JUNHO DE 2025. IN�CIO �S 19H55 T�RMINO �S 20H54   PRESIDENTE DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB) � Est� aberta a sess�o extraordin�ria. Solicito que os deputados registrem a pre...
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DCL n° 134, de 01 de julho de 2025 - Extraordinário

Atas de Reuniões 5/2025

Gabinete da Mesa Diretora

 

ATA DA 5� REUNI�O DA MESA DIRETORA DE 2025

 

Aos vinte e seis dias do m�s de junho do ano de dois mil e vinte e cinco, �s dez horas e trinta minutos, na Sala de Reuni�es do Plen�rio, de forma telepresencial, reuniram-se os membros da Mesa Diretora da C�mara Legislativa do Distrito Federal, estando presentes o Senhor Deputado Wellington Luiz, Presidente; Deputado Ricardo Vale, Primeiro Vice-Presidente; Deputada Paula Belmonte, Segunda Vice-Presidente; Deputado Pastor Daniel de Castro, Primeiro-Secret�rio; Deputado Martins Machado, Terceiro-Secret�rio, e Deputado Rob�rio Negreiros, Quarto-Secret�rio, para deliberar sobre os itens a seguir: 1) Projeto de Resolu��o n� 56/2025. Assunto: disp�e sobre a forma��o e a capacita��o dos servidores e parlamentares da C�mara Legislativa do Distrito Federal em rela��o aos direitos da pessoa idosa. Autor: Deputado Wellington Luiz, Presidente, e Deputado Chico Vigilante. Relator: Deputado Ricardo Vale, Primeiro Vice-Presidente. Parecer: pela aprova��o do Projeto de Resolu��o n� 56/2025. Delibera��o: aprovado, por unanimidade, o parecer do Relator pela aprova��o do Projeto de Resolu��o n� 56/2025. 2) Processo SEI n� 00001-00015999/2025-20. Assunto: glosa de verba indenizat�ria. Relatora: Deputada Paula Belmonte, Segunda Vice-Presidente. Delibera��o: aprovado, por unanimidade, o deferimento do pedido de revers�o da glosa de verba indenizat�ria, no valor de R$ 1.907,78. 3) Processo SEI n� 00001-00005567/2025-19. Assunto: glosa de verba indenizat�ria. Relatora: Deputada Paula Belmonte, Segunda Vice-Presidente. Delibera��o: aprovado, por unanimidade, o deferimento do pedido de revers�o da glosa de verba indenizat�ria no valor de R$ 3.800,00. Extrapauta. Processo SEI n� 00001-00015539/2025-00/00001-00015487/2025-63/00001-00011953/2025-31. Assunto: representa��o. Relator: Secret�rio-Geral/Presid�ncia. Delibera��o: conceder vista � Deputada Paula Belmonte, Segunda Vice-Presidente e ao Deputado Pastor Daniel de Castro, Primeiro-Secret�rio. Nada mais havendo a tratar, eu, Jo�o Monteiro Neto, Secret�rio-Geral, Presid�ncia, lavro esta Ata, que ser� assinada pelos Deputados membros da Mesa Diretora presentes � reuni�o.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

   

DEPUTADO RICARDO VALE

1� Vice-Presidente

DEPUTADa paula belmonte

2� Vice-Presidente

   

DEPUTADO pastor daniel de castro

1� Secret�rio

DEPUTADO martins machado

3� Secret�rio

   

DEPUTADO rob�rio negreiros

4� Secret�rio

 


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 30/06/2025, �s 19:40, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. 00169, Segundo(a) Vice-Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 30/06/2025, �s 20:00, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-Secret�rio(a), em 01/07/2025, �s 10:50, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Primeiro(a) Vice-Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 01/07/2025, �s 11:26, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-Secret�rio(a), em 01/07/2025, �s 14:08, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ROBERIO BANDEIRA DE NEGREIROS FILHO - Matr. 00128, Quarto(a)-Secret�rio(a), em 01/07/2025, �s 14:12, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  ATA DA 5� REUNI�O DA MESA DIRETORA DE 2025   Aos vinte e seis dias do m�s de junho do ano de dois mil e vinte e cinco, �s dez horas e trinta minutos, na Sala de Reuni�es do Plen�rio, de forma telepresencial, reuniram-se os membros da Mesa Diretora da C�mara Legislativa do Distrito Federal, estando presentes o Sen...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Designação de Relatorias 1/2025

CAF

 

Designa��o de Relatores - CAF

 

Informo que a Senhora Presidente da Comiss�o de Assuntos Fundi�rios, Deputada Jaqueline Silva, nos termos do Regimento Interno, avocou a relatoria da proposi��o relacionada para proferir parecer em regime de urg�ncia.
 

 

Deputada

Jaqueline Silva

PL 1.787/2025

 

 

SAMUEL ARA�JO DIAS DOS SANTOS

Secret�rio da Comiss�o de Assuntos Fundi�rios � CAF

 

 

 

 


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Documento assinado eletronicamente por SAMUEL ARAUJO DIAS DOS SANTOS - Matr. 24840, Secret�rio(a) de Comiss�o, em 02/07/2025, �s 17:19, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Designa��o de Relatores - CAF   Informo que a Senhora Presidente da Comiss�o de Assuntos Fundi�rios, Deputada Jaqueline Silva, nos termos do Regimento Interno, avocou a relatoria da proposi��o relacionada para proferir parecer em regime de urg�ncia.     Deputada Jaqueline Silva PL 1.787/2025     SAMUE...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Portarias 278/2025

Diretoria de Gestão de Pessoas

 

Portaria-DGP N� 278, de 2 DE julho DE 2025

O DIRETOR DE GEST�O DE PESSOAS DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da compet�ncia que lhe foi delegada pelo art. 1�, inciso III, da Portaria n� 32/2005 do Gabinete da Mesa Diretora; com base nos artigos 166, incisos II, e 167, da Lei Complementar n� 840/2011; no art. 101 da Lei Complementar n� 769/2008; e no que consta no Processo n� 00001-00015839/2024-08, RESOLVE:

AVERBAR o tempo de servi�o/contribui��o, n�o concomitante com o per�odo laborado nesta Casa e averba��es anteriores, prestado pelo servidor ALLAN SILVEIRA DOS SANTOS, matr�cula n� 24.344-25, ocupante do cargo efetivo de Consultor T�cnico-legislativo, categoria Economista, da seguinte forma: 211 dias, de 2/1/2006 a 31/7/2006, � POSTO SANTA CLARA CIA LTDA; 28 dias, de 1�/2/2010 a 28/2/2010, como PER. CONTR. CNIS 3; 31 dias, de 1�/12/2010 a 31/12/2010, como PER. CONTR. CNIS 4; 31 dias, de 1�/12/2012 a 31/12/2012, como PER. CONTR. CNIS 5; 3.837, de 7/1/2013 a 10/7/2023, � COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB, totalizando 4.138 dias para efeitos de aposentadoria e disponibilidade, correspondentes a 11 (onze) anos, 4 (quatro) meses e 3 (tr�s) dias, conforme certid�o emitida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

 

inaldo jose de oliveira

Diretor de Gest�o de Pessoas - Substituto


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Documento assinado eletronicamente por INALDO JOSE DE OLIVEIRA - Matr. 11108, Diretor(a) de Gest�o de Pessoas - Substituto(a), em 02/07/2025, �s 17:40, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Portaria-DGP N� 278, de 2 DE julho DE 2025 O DIRETOR DE GEST�O DE PESSOAS DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da compet�ncia que lhe foi delegada pelo art. 1�, inciso III, da Portaria n� 32/2005 do Gabinete da Mesa Diretora; com base nos artigos 166, incisos II, e 167, da Lei Complementar n� 840/201...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Portarias 188/2025

Secretário-Geral

 

Portaria do Secret�rio-Geral N� 188, de 02 DE Julho DE 2025

 

 

O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/2025, R E S O L V E:

 

Art. 1� DESIGNAR os Fiscais do Contrato-PG N� 26/2025-NPLC, firmado entre a C�mara Legislativa do Distrito Federal e a empresa ROMEIRO ARQUITETURA E CONSTRUCOES LTDA, CNPJ n� 06.107.675/0001-10, cujo objeto � a contrata��o, por DISPENSA DE LICITA��O, de empresa especializada na elabora��o de estudos de viabilidade t�cnico-econ�mica, projetos b�sico e executivo para implanta��o de sistema de capta��o e aproveitamento de �gua da chuva e reuso de �guas servidas (�guas cinzas), conforme condi��es e exig�ncias estabelecidas no Termo de Refer�ncia (SEI 1870963). Processo n� 00001-00040661/2023-44.

 

Art. 2� Os fiscais designados por esta Portaria s�o os seguintes servidores, aos quais cabe exercer as atribui��es previstas na Lei n� 14.133/21:

 

NOME

MATR�CULA

LOTA��O

FUN��O

VINICIUS TEIXEIRA TAMBARA

24.567

ASTEA

FISCAL

MARCELO AUGUSTO FERNANDES

22.712

ASTEA

FISCAL SUBSTITUTO

 

 

Art. 3� Este Ato entra em vigor na data de sua publica��o.

 

Art. 4� Revogam-se as disposi��es em contr�rio.

 

JO�O MONTEIRO NETO

Secret�rio-Geral/Presid�ncia


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secret�rio(a)-Geral da Mesa Diretora, em 02/07/2025, �s 17:26, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Portaria do Secret�rio-Geral N� 188, de 02 DE Julho DE 2025     O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/2...
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Despachos 1/2025

Ordenador de Despesas

 

Despacho 

DESPACHO DO ORDENADOR DE DESPESA

 

PROCESSO 00001-00020650/2024-29. CREDOR: FP0101010 - FOLHA DE PAGAMENTO ATIVO - 010101-CLDF. ASSUNTO: Reconhecimento de d�vida de exerc�cios anteriores (2020, 2022 e 2023), referente ao rec�lculo das parcelas de convers�o em pec�nia dos per�odos de licen�a-pr�mio, incluindo em sua base de c�lculo a proporcionalidade de 1/12 do d�cimo terceiro e de 1/12 do ter�o constitucional de f�rias para cada m�s convertido em pec�nia, para pagamento a servidores ATIVOS, conforme Ato da Mesa Diretora n� 68, de 2024, publicado no DCL n� 108, de 21 de maio de 2024 (SEI 1805442). Tal diferen�a decorre de novo entendimento do per�odo prescricional, determinado pelo Ato da Mesa Diretora n� 3, de 2025, publicado no DCL n� 23, de 30 de janeiro de 2025 (SEI 2024304), que adotou os marcos temporais e demais termos da Decis�o Administrativa TCDF n� 55, de 2023 (SEI 2024318), na forma da Decis�o TCDF n� 4784, de 2024, (SEI 2024317). (Classifica��o or�ament�ria: 31.90.92-11). Conforme C�lculo Planilha Ativos - rec. d�vida - listas 013_014 (SEI 2217545), Despacho Reconhecimento de d�vida - listas 013_014 (SEI 2217548), Despacho DGP (SEI 2217786) e Despacho DAF (SEI 2218261). VALOR: R$ 14.400,14 (Quatorze Mil e Quatrocentos Reais e Quatorze Centavos). PROGRAMA DE TRABALHO: 01.122.8204.8502 - ADMINISTRA��O DE PESSOAL. ELEMENTO DE DESPESA: 3190-92 - DESPESAS DE EXERC�CIOS ANTERIORES. RECONHECEMOS A D�VIDA E AUTORIZAMOS A REALIZA��O DA DESPESA, determino a emiss�o da Nota de Empenho, da Nota de Lan�amento e da Ordem Banc�ria em favor do credor e no valor especificado.
 
Nome CPF 2020 2022 2023 Total geral
ELZA MARIA JORGE FERNANDES ROSA 028.***.***-00 R$ 5.306,66 R$ 4.546,10 R$ 4.547,38 R$ 14.400,14
 
JO�O MONTEIRO NETO

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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secret�rio(a)-Geral da Mesa Diretora, em 02/07/2025, �s 19:04, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Despacho  DESPACHO DO ORDENADOR DE DESPESA   PROCESSO 00001-00020650/2024-29. CREDOR: FP0101010 - FOLHA DE PAGAMENTO ATIVO - 010101-CLDF. ASSUNTO: Reconhecimento de d�vida de exerc�cios anteriores (2020, 2022 e 2023), referente ao rec�lculo das parcelas de convers�o em pec�nia dos per�odos de licen�a-pr�mio, incl...
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Avisos - Licitações 1/2025

 

Aviso de Licita��o 

Bras�lia, 01 de julho de 2025.

C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

 AVISO DE ABERTURA DE LICITA��O

PREG�O ELETR�NICO N� 90015/2025 - SRP

Processo n� 00001-00003135/2025-65. Objeto: Contrata��o de empresa especializada para presta��o de servi�o de ORNAMENTA��O, pelo sistema de registro de pre�os, para fornecimento de arranjos de flores e itens de decora��o correlatos, por ocasi�o de eventos institucionais, cerim�nias oficiais realizadas pela C�mara Legislativa do Distrito Federal e representa��o do Poder Legislativo em solenidade de sepultamento, de acordo com as especifica��es e as exig�ncias constantes no Termo de Refer�ncia � Anexo I do Edital. Valor estimado: R$ 325.922,75. Data/hora da Sess�o P�blica: 18/07/2025, �s 14:00h. Local: Internet, no endere�o www.gov.br/compras. Crit�rio de Julgamento: menor pre�o. O edital encontra-se nos endere�os: www.gov.br/compras (UASG 974004), pncp.gov.br e www.cl.df.gov.br/pregoes. Mais informa��es: (61) 3348-8650 ou cpc@cl.df.gov.br.

MARCELO PEREIRA DA CUNHA

Pregoeiro


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Documento assinado eletronicamente por MARCELO PEREIRA DA CUNHA - Matr. 12034, Membro-Titular da Comiss�o Permanente de Contrata��o, em 01/07/2025, �s 16:50, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Aviso de Licita��o  Bras�lia, 01 de julho de 2025. C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL  AVISO DE ABERTURA DE LICITA��O PREG�O ELETR�NICO N� 90015/2025 - SRP Processo n� 00001-00003135/2025-65. Objeto: Contrata��o de empresa especializada para presta��o de servi�o de ORNAMENTA��O, pelo sistema de registro de pr...
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Designação de Relatorias 1/2025

CFGTC

 

Designa��o de Relatores - CFGTC

De ordem do Senhor Presidente da Comiss�o de Fiscaliza��o, Governan�a, Transpar�ncia e Controle - CFGTC, nos termos dos arts. 89, inciso VI, e 167, � 3�, do Regimento Interno da CLDF, informo que a proposi��o a seguir relacionada foi distribu�da ao membro desta Comiss�o para proferir parecer.

PRAZO PARA PARECER: 16 DIAS �TEIS.

DEPUTADO IOLANDO

PL 1795/2025

 

 

 

 

Bras�lia, 02 de julho de 2025.

 

ELAINE CRISTINA ALVES DA SILVA
Secret�rio da Comiss�o de Fiscaliza��o, Governan�a, Transpar�ncia e Controle


 


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Documento assinado eletronicamente por ELAINE CRISTINA ALVES DA SILVA - Matr. 22652, Secret�rio(a) de Comiss�o, em 02/07/2025, �s 13:35, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Designa��o de Relatores - CFGTC De ordem do Senhor Presidente da Comiss�o de Fiscaliza��o, Governan�a, Transpar�ncia e Controle - CFGTC, nos termos dos arts. 89, inciso VI, e 167, � 3�, do Regimento Interno da CLDF, informo que a proposi��o a seguir relacionada foi distribu�da ao membro desta Comiss�o para profer...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Atos 144/2025

Mesa Diretora

 

Ato da Mesa Diretora N� 144, DE 2025

 

Regulamenta a aplica��o da verba indenizat�ria do exerc�cio parlamentar de que trata o art. 3� do Decreto Legislativo n� 996, de 2002.

 

A MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais e de acordo com o disposto nos arts. 3� e 4� do Decreto Legislativo n� 996, de 2002, RESOLVE:

Art. 1� A aplica��o da verba indenizat�ria do exerc�cio parlamentar deve observar o que estabelece a presente regulamenta��o.

Art. 2� A verba indenizat�ria destina-se a ressarcir os Deputados Distritais, mensalmente, de despesas pagas exclusivamente no exerc�cio da atividade parlamentar, relativas a:

I � loca��o de im�veis para apoio � atividade parlamentar e suas respectivas taxas ordin�rias de condom�nio, Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Taxa de Limpeza P�blica (TLP), contas de telefone fixo e internet, de �gua e de energia el�trica;

II � loca��o de bens m�veis, m�quinas e equipamentos de inform�tica, equipamentos de �udio, v�deo e som;

III � aquisi��o de material de expediente, de inform�tica, de limpeza e higieniza��o;

IV � loca��o de ve�culos para locomo��o e transporte a servi�o da atividade parlamentar;

V � contrata��o de pessoa jur�dica prestadora de servi�os de consultoria e assessoria jur�dica para apoio ao exerc�cio da atividade parlamentar;

VI � contrata��o de pessoa jur�dica prestadora de servi�os de consultoria e assessoria especializadas para apoio ao exerc�cio da atividade parlamentar;

VII � aquisi��o de material de consumo ou contrata��o de servi�os destinados � divulga��o da atividade parlamentar, inclusive a aquisi��o de servi�os e ferramentas de marketing digital, desde que:

a) n�o possam ser obtidos ou executados na pr�pria C�mara Legislativa do Distrito Federal;

b) n�o caracterizem gastos com campanha eleitoral;

c) seja apresentada c�pia do material produzido, em se tratando de servi�o gr�fico;

d) seja apresentado relat�rio de impulsionamento, detalhando o valor depositado e o efetivamente utilizado no m�s, em se tratando de impulsionamento nas redes sociais.

� 1� O valor da verba indenizat�ria � limitado a 60% do subs�dio mensal fixado em lei dos Deputados Distritais.

� 2� Os comprovantes de despesas previstas no inciso I deste artigo podem estar em nome do propriet�rio do im�vel, desde que o endere�o constante no documento coincida com o do im�vel locado.

� 3� Os comprovantes das despesas previstas nos incisos V, VI e VII deste artigo devem estar acompanhados de relat�rios com detalhamento dos servi�os prestados.

� 4� Os comprovantes das despesas previstas nos incisos I, II, IV, V, VI e VII deste artigo, com exce��o do impulsionamento de redes sociais, dever�o estar acompanhados dos respectivos contratos, com firma reconhecida em cart�rio ou assinado digitalmente, quando se tratar de despesa continuada. Nos demais casos, fica dispensada a apresenta��o do contrato. Quando exigido, o contrato dever� ser juntado ao processo de verba indenizat�ria no primeiro m�s de pagamento da despesa, observados os prazos de vig�ncia.

� 5� Os contratos de que trata este artigo devem conter no m�nimo:

I � nome e qualifica��o das partes;

II � objeto do contrato, especificando quais os servi�os a serem prestados;

III � obriga��es das partes;

IV � valor do contrato;

V � prazo de validade do contrato.

� 6� Observado o disposto no � 8�, a validade do contrato � a estabelecida pelas partes em cl�usula espec�fica. Na aus�ncia de marco temporal estabelecido, valer� a data da �ltima assinatura, entre os contratantes, no respectivo termo.

� 7� Para fins de ressarcimento por meio de verba indenizat�ria, as empresas ou entidades contratadas devem comprovar, na apresenta��o do 1� requerimento de verba indenizat�ria relativo � despesa contratada, nos respectivos aditivos, e no requerimento relativo �s despesas de janeiro de cada exerc�cio, a regularidade fiscal e cont�bil mediante a apresenta��o da seguinte documenta��o:

I � prova de inscri��o no cadastro de pessoa f�sica e jur�dica: Cadastro de Pessoa F�sica (CPF) e Cadastro Nacional de Pessoa Jur�dica (CNPJ);

II � prova de inscri��o no cadastro de contribuintes do Imposto sobre Opera��es Relativas � Circula��o de Mercadorias e sobre Presta��o de Servi�os de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunica��o (ICMS) ou do Imposto sobre Servi�os (ISS): inscri��o junto ao ente tributante do domic�lio fiscal da pessoa jur�dica contratada;

III � prova de regularidade com a Fazenda Federal: apresenta��o da Certid�o Negativa de D�bitos de Tributos e Contribui��es Federais emitida pela Receita Federal;

IV � prova de regularidade fiscal: certid�o emitida pelo �rg�o p�blico do ente tributante onde a pessoa jur�dica contratada possui domic�lio;

V � prova de regularidade com a Procuradoria da Fazenda Nacional: apresenta��o da Certid�o quanto � D�vida Ativa da Uni�o emitida pela Procuradoria da Fazenda Nacional;

VI � prova de regularidade com Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS);

VII � certid�o negativa de d�bitos trabalhistas, conforme Lei n� 12.440/11 e Resolu��o TST n� 1.470/11.

� 8� Os contratos de que trata este Ato da Mesa Diretora devem ser assinados dentro do m�s de in�cio de sua vig�ncia ou em per�odo anterior.

� 9� Durante o prazo previsto no caput do art. 10, o N�cleo de Verba Indenizat�ria (NVI) pode solicitar esclarecimentos e/ou complementa��es da documenta��o apresentada pelo gabinete parlamentar para fins de ressarcimento.

� 10 Os esclarecimentos e/ou complementa��es de que trata o � 9� dever�o ser prestados no prazo de 2 (dois) dias �teis, ficando suspenso, nesse per�odo, o prazo previsto no caput do art. 10.

� 11 As despesas superiores a 3% (tr�s por cento) do valor da verba indenizat�ria mensal devem ser comprovadas por meio de boleto banc�rio quitado, comprovante de dep�sito, transfer�ncia eletr�nica, cheque nominal ou PIX.

� 12 As despesas previstas nos incisos I, II, III, IV e V deste artigo s�o limitadas, por inciso, em at� 40% (quarenta por cento) do valor mensal da verba indenizat�ria.

� 13 As despesas previstas nos incisos VI e VII deste artigo s�o limitadas, por inciso, em at� 50% (cinquenta por cento) do valor mensal da verba indenizat�ria.

� 14 A loca��o de ve�culos s� pode ser prestada por pessoa jur�dica que tenha o referido servi�o como atividade principal, nos termos do respectivo contrato social.

� 15 Fica vedada a realiza��o de despesas a que se refere o inciso VII deste artigo nos 90 (noventa) dias anteriores � data de elei��es no Distrito Federal.

� 16 O ressarcimento das despesas com impulsionamento nas redes sociais deve ser feito com base no valor utilizado durante o per�odo.

Art. 3� O Deputado Distrital perde o direito � verba indenizat�ria quando o respectivo Suplente encontrar-se no exerc�cio do mandato.

Par�grafo �nico. No caso de exerc�cio dos parlamentares titular e suplente, no mesmo m�s, a verba � paga proporcionalmente aos dias de efetivo exerc�cio pelo n�mero de dias do m�s em quest�o.

Art. 4� A verba indenizat�ria � concedida, mensalmente e de uma �nica vez, mediante solicita��o de ressarcimento dirigida ao Gabinete da Mesa Diretora, instru�da com a necess�ria documenta��o fiscal comprobat�ria da despesa, devidamente atestada pelo Deputado Distrital.

Par�grafo �nico. A solicita��o de ressarcimento deve ser efetuada mediante requerimento de verba indenizat�ria, que constitui o Anexo I deste Ato, do qual deve constar atestado do Deputado Distrital de que o servi�o foi prestado ou o material recebido e de que assume inteira responsabilidade pela veracidade e autenticidade da documenta��o apresentada.

Art. 5� Somente � objeto de ressarcimento o documento apresentado ao Gabinete da Mesa Diretora do 1� ao 10� dia �til do m�s subsequente ao de compet�ncia da despesa, observados os seguintes requisitos:

I � pago e relacionado no requerimento;

II � no original, quitado e em nome do Deputado Distrital, emitido por quem prestou o servi�o ou forneceu o material, salvo o disposto no art. 2�, � 2�, deste Ato;

III � isento de rasuras, acr�scimos ou entrelinhas;

IV � datado e discriminado por item de servi�o prestado ou material fornecido, n�o se admitindo generaliza��es ou abreviaturas que impossibilitem a identifica��o da despesa.

� 1� O documento entregue ap�s o prazo previsto no caput n�o � objeto de ressarcimento.

� 2� O saldo de verba n�o utilizado se acumula para o m�s seguinte, dentro de cada bimestre de compet�ncia.

3� Em nenhuma hip�tese pode haver antecipa��o de verba indenizat�ria.

� 4� Em casos excepcionais, � aceita a 2� via do documento referido no inciso II deste artigo.

� 5� Os comprovantes de despesas relativos ao �ltimo m�s da �ltima sess�o legislativa de cada legislatura devem ser apresentados at� o dia 15 de dezembro.

� 6� No caso de despesas realizadas com contrato, admite-se que o pagamento seja realizado at� o 10� dia �til do m�s subsequente.

� 7� No caso de despesas realizadas com contrato, deve ser observada a propor��o do servi�o executado no m�s a que se refere o requerimento de ressarcimento, com exce��o de despesas com �gua, luz e telefone.

� 8� No caso de despesas inferiores a 3% (tr�s por cento) do valor da verba indenizat�ria mensal, o cupom fiscal no qual constar discriminado a sua forma de quita��o � aceito como quite, n�o havendo necessidade de carimbo do recebimento.

� 9� Para fins do disposto no � 2�, considera-se bimestre cada per�odo consecutivo de 2 meses, sendo o 1� a partir de janeiro de cada ano civil, constituindo 6 bimestres por ano.

� 10 No caso de acumula��o, nos termos do � 2� deste artigo, a despesa total do bimestre, por grupo de despesa, n�o poder� exceder ao dobro do limite mensal estabelecido nos �� 12 e 13 do art. 2�.

Art. 6� O documento a que se refere o artigo anterior deve ser:

I � nota fiscal h�bil, segundo a natureza da opera��o, emitida dentro de sua validade; ou

II � cupom fiscal ou nota fiscal simplificada, quitados, mesmo que o documento n�o contenha o campo pr�prio destinado ao nome do benefici�rio do produto ou servi�o;

� 1� Somente � admitido recibo ou fatura para a comprova��o de despesa quando o contratado, por for�a de lei, estiver dispensado de emitir nota ou cupom fiscal, devendo discriminar no documento o fundamento legal para a dispensa.

� 2� No caso de emiss�o de recibo, o documento deve estar devidamente assinado pelo benefici�rio do pagamento, contendo nome/raz�o social, endere�o completo, n�mero do CPF e da carteira de identidade, no caso de pessoa f�sica, ou CNPJ, no caso de pessoa jur�dica, bem como discrimina��o da despesa.

Art. 7� N�o s�o objeto de ressarcimento por meio de verba indenizat�ria as despesas referentes a:

I � servi�os t�cnicos profissionais de consultoria, assessoria e pesquisa prestados por servidor ou empregado da administra��o p�blica do Distrito Federal;

II � loca��o de bens im�veis, m�veis e equipamentos e aquisi��o de bens e contrata��o de servi�os de:

a) c�njuge, companheiro ou parente consangu�neo ou afim do Deputado Distrital at� o terceiro grau;

b) empresa em que o Deputado Distrital ou pessoa prevista na al�nea �a� deste inciso seja s�cio-propriet�rio, controlador ou diretor;

c) servidor da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em exerc�cio ou at� um ano ap�s sua exonera��o ou desligamento, independentemente do quadro ou categoria que integre ou que tenha integrado.

III � despesas efetuadas com a aquisi��o de equipamentos ou materiais permanentes classificados na categoria econ�mica de despesa de capital;

IV � multa e juros decorrentes do atraso de pagamento da despesa;

V � loca��o de garagem, quando essa n�o estiver inclusa no contrato de aluguel do im�vel;

VI � lavagem de ve�culo e emplacamento especial;

VII � despesas com notas fiscais cuja veracidade n�o puder ser comprovada por meio do portal da Secretaria de Fazenda do estado.

Art. 8� Fica criado o N�cleo de Verba Indenizat�ria (NVI) do exerc�cio parlamentar, composto de 7 servidores titulares e de 7 suplentes, todos de provimento efetivo, cabendo a cada Secret�rio da Mesa Diretora indicar 1 (um) titular e seu suplente.

� 1� O Gabinete da Mesa Diretora deve encaminhar os processos de verbas indenizat�rias para o NVI.

� 2� Os servidores devem se reunir para propor ao Gabinete da Mesa Diretora uniformiza��o dos procedimentos referentes � an�lise dos documentos destinados � regular aplica��o da verba indenizat�ria.

Art. 9� Compete ao NVI, de acordo com a legisla��o vigente e com o disposto neste Ato:

I � analisar toda a documenta��o comprobat�ria relativa �s despesas constantes no Requerimento;

II � verificar a compatibilidade da documenta��o apresentada com a regulamenta��o vigente;

III � verificar a efetiva quita��o das despesas requeridas;

IV � classificar, por meio do Demonstrativo das Verbas Indenizat�rias, as despesas quanto aos itens dos incisos I a VII do art. 2�;

V� propor glosas, quando aplic�vel;

VI � definir e orientar os gabinetes parlamentares quanto �s regras e � padroniza��o dos procedimentos de instru��o do processo e inclus�o de documentos no Sistema Eletr�nico de Informa��es (SEI).

� 1� O Setor de Contabilidade � respons�vel pela liquida��o das verbas indenizat�rias, conforme a legisla��o vigente de execu��o or�ament�ria, financeira e cont�bil do Distrito Federal.

� 2� Verificada qualquer inconsist�ncia impeditiva de liquida��o nos documentos fiscais, o Setor de Contabilidade deve encaminhar o respectivo processo ao NVI, com a indica��o das corre��es a serem efetuadas, inclusive com a sugest�o de glosa, se for o caso.

� 3� No caso de o NVI n�o concordar com a corre��o sugerida, o processo � devolvido ao Setor de Contabilidade, com a devida fundamenta��o, para fins de liquida��o do ressarcimento da despesa.

� 4� Acatada pelo NVI a corre��o sugerida pelo Setor de Contabilidade, o processo � submetido ao Gabinete da Mesa Diretora para delibera��o.

Art. 10. A partir do 1� dia �til subsequente ao envio do requerimento de Verba Indenizat�ria pelo gabinete parlamentar, o NVI ter� 5 (cinco) dias �teis para efetuar a devida an�lise e propor, ao respectivo Secret�rio do Gabinete da Mesa Diretora, parecer referente � aplica��o da verba indenizat�ria.

� 1� Na an�lise de que trata este artigo � inclu�do o demonstrativo que constitui o Anexo II deste Ato.

� 2� A presta��o de contas referentes � aplica��o da verba indenizat�ria � submetida � aprecia��o do Gabinete da Mesa Diretora.

� 3� Aprovada a presta��o de contas, o pagamento da verba indenizat�ria deve ser feito em conta do Deputado Distrital, aberta especificamente para essa finalidade.

� 4� O Gabinete da Mesa Diretora, ap�s aprovar a presta��o de contas, deve enviar o processo � Diretoria de Administra��o e Finan�as (DAF) para os fins de ressarcimento da verba indenizat�ria ao Deputado Distrital.

� 5� A Diretoria de Administra��o e Finan�as (DAF), ap�s o ressarcimento da verba indenizat�ria, deve encaminhar, no prazo de at� 5 (cinco) dias �teis, c�pia do demonstrativo previsto no � 1� deste artigo ao Setor de Planejamento e Avalia��o Or�ament�ria (Sepla), para fins de consolida��o e divulga��o no Di�rio da C�mara Legislativa e no portal da CLDF na internet, na forma do Anexo III;

� 6� A DAF, no prazo de at� 3 (tr�s) dias �teis, deve disponibilizar, no portal da CLDF na internet, o requerimento de verba indenizat�ria e os comprovantes de despesas que instru�ram o respectivo processo.

Art. 11. Cada gabinete parlamentar deve conferir e disponibilizar, mensalmente, os dados sobre a verba indenizat�ria utilizada no per�odo e efetivamente ressarcida, para fins de publica��o no Portal de Dados Abertos da C�mara Legislativa do Distrito Federal.

� 1� Os dados devem ser disponibilizados por meio do preenchimento de planilha eletr�nica, conforme modelo do Anexo IV, que deve ser inclu�da em pasta da rede exclusiva, criada pela Diretoria de Moderniza��o e Inova��o Digital (DMI).

� 2� Cabe � DMI credenciar e instruir os servidores indicados pelo gabinete parlamentar para preencher a planilha de que trata o � 1�.

� 3� Cabe � DMI disponibilizar os dados constantes da planilha de que trata o � 1� no Portal de Dados Abertos da C�mara Legislativa do Distrito Federal.

Art. 12. Os casos omissos ou controversos ser�o resolvidos pelo Gabinete da Mesa Diretora.

Par�grafo �nico. O reembolso das despesas mencionadas neste Ato n�o implica a manifesta��o da CLDF quanto � observ�ncia de normas eleitorais.

Art. 13. Este Ato entra em vigor na data de sua publica��o.

Art. 14. Revogam-se as disposi��es em contr�rio, em especial o Ato da Mesa Diretora n� 197, de 2024.

 

 

Sala de Reuni�es, 2 de julho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

   

DEPUTADO RICARDO VALE

1� Vice-Presidente

DEPUTADa paula belmonte

2� Vice-Presidente

   

DEPUTADO pastor daniel de castro

1� Secret�rio

DEPUTADO roosevelt

2� Secret�rio

   

DEPUTADO martins machado

3� Secret�rio

DEPUTADO rob�rio negreiros

4� Secret�rio


logotipo

Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 16:08, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. 00169, Segundo(a) Vice-Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 16:22, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por ROBERIO BANDEIRA DE NEGREIROS FILHO - Matr. 00128, Quarto(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 16:23, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Segundo(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 16:59, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Primeiro(a) Vice-Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 17:19, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 18:06, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 18:59, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Ato da Mesa Diretora N� 144, DE 2025   Regulamenta a aplica��o da verba indenizat�ria do exerc�cio parlamentar de que trata o art. 3� do Decreto Legislativo n� 996, de 2002.   A MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais e de acordo com o disposto nos arts. 3� ...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Atos 144a/2025

Mesa Diretora

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

SEGUNDA SECRETARIA

Diretoria de Administração e Finanças

Setor de Contabilidade

ANEXO I

REQUERIMENTO DE VERBA INDENIZATÓRIA

Brasília, de de 2025.

Nome: Gabinete:

CPF: Nº Conta BRB:

Identificação da Despesa Nº Documento Valor

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

Valor Total

Controle de Contratos Vigentes

Contrato Link SEI do contrato Termo(s) aditivo(s) Vigente até

inserir data de

vigência do

inserir nome da inserir link SEI dos

inserir link SEI do contrato contrato ou

contratada termos aditivos

último termo

aditivo

Solicitação/Atesto

De conformidade com a regulamentação constante do Ato da Mesa Diretora nº XX, de 202X, solicito ao Gabinete

da Mesa Diretora o ressarcimento das despesas acima especificadas.

Atesto, para esse fim, que a execução do(s) serviço(s) e/ou o fornecimento do(s) material(is) correspondente(s)

está(ão) de acordo com a solicitação e assumo inteira responsabilidade pela veracidade e autenticidade da

documentação anexada.

Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 5º Andar, Sala 5.11 ̶ CEP 70094-902 ̶ Brasília-DF ̶ Telefone: (61)3348-8568

www.cl.df.gov.br - secon@cl.df.gov.br

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

SEGUNDA SECRETARIA

Diretoria de Administração e Finanças

ANEXO II

DEMONSTRATIVO DAS VERBAS INDENIZATÓRIAS

Brasília, de de 2025.

Parlamentar:

Mes: Ano :

Detalhamento das despesas apuradas no mês Valor

Locação e manutenção de imóveis

I

Locação de bens móveis, máquinas e

II equipamentos

Aquisição de materiais

III

Locação de veículos

IV

Assessoria / Consultoria Jurídica

V

Assessoria / Consultoria especializada

VI

Divulgação de atividade parlamentar

VII

Total

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www.cl.df.gov.br - daf@cl.df.gov.br

DDEMONSTRATIVO CONSOLIDADO DAS VERBAS INDENIZATÓRIAS

ANEXO III - MÊS - ANO

LOCAÇÃO E MANUTENÇÃO

ASSESSORIA / ASSESSORIA / DIVULGAÇÃO TOTAL

DEPUTADO AQUISIÇÃO

MÁQUINA E CONSULTORIA CONSULTORIA DE ATIVIDADE OUTROS OUTROS GLOSA ( ¹ )

(A) IMÓVEL DE VEÍCULO

EQUIPAMENTO JURÍDICA ESPECIALIZADA PARLAMENTAR R$

MATERIAIS

Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 5º Andar, Sala 5.3 - CEP 70094-902 - Brasília-DF - Telefone: (61)3348-8558

www.cl.df.gov.br - daf@cl.df.gov.br

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

ANEXO IV

ANEXO

...CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERALSEGUNDA SECRETARIADiretoria de Administração e FinançasSetor de ContabilidadeANEXO IREQUERIMENTO DE VERBA INDENIZATÓRIABrasília, de de 2025.Nome: Gabinete:CPF: Nº Conta BRB:Identificação da Despesa Nº Documento Valor123456789101112131415Valor TotalControle de Contratos Vigentes...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Atos 348/2025

Presidente

 

ATO DO PRESIDENTE N� 348, de 2025

 

O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do disposto no AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores, que regulamentam os procedimentos de avalia��o de desempenho em est�gio probat�rio no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal, RESOLVE:

 Homologar, a partir d28/06/2025, o resultado final da avalia��o de desempenho no est�gio probat�rio da servidora abaixo citada:

 

MATR�CULA

SERVIDOR

PROCESSO

CARGO

CATEGORIA

RESULTADO

23.524

TATIANE NUNES DA SILVA OLIVEIRA

00001-00030813/2022-10

 

CONSULTOR T�CNICO-LEGISLATIVO

 

TAQU�GRAFA ESPECIALISTA

APROVADA

  


Bras�lia, 28 de junho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

 


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 17:33, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  ATO DO PRESIDENTE N� 348, de 2025   O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do disposto no AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores, que regulamentam os procedimentos de avalia��o d...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Atos 349/2025

Presidente

 

Ato do Presidente N� 349, DE 2025

O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do disposto no AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores, que regulamentam os procedimentos de avalia��o de desempenho em est�gio probat�rio no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal, RESOLVE:

Homologar, a partir de 30/06/2025, o resultado final da avalia��o de desempenho no est�gio probat�rio da servidora abaixo citada:

 

MATR�CULA

SERVIDOR

PROCESSO

CARGO

CATEGORIA

RESULTADO

23.533

GABRIELLE ANDRADE COBUCCI

00001-00032189/2022-95

 

ANALISTA LEGISLATIVO

 

ANALISTA LEGISLATIVO

APROVADA

 

Bras�lia, 30 de junho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 17:33, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Ato do Presidente N� 349, DE 2025 O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do disposto no AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores, que regulamentam os procedimentos de avalia��o de ...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Atos 350/2025

Presidente

 

ATO DO PRESIDENTE N� 350, de 2025

 

O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do dispostono AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores, que regulamentamos procedimentos de avalia��o de desempenho em est�gio probat�rio no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal, RESOLVE:

 Homologar, a partir d29/06/2025, o resultado final da avalia��o de desempenho no est�gio probat�rio do(a) servidor(a) abaixo citado(a):

 

MATR�CULA

SERVIDOR

PROCESSO

CARGO

CATEGORIA

RESULTADO

23.530

C�SAR AUGUSTO RIBEIRO DA FONSECA

00001-00030816/2022-53

 

CONSULTOR T�CNICO-LEGISLATIVO

 

ANALISTA DE SISTEMAS

APROVADO

  


Bras�lia, 29 de junho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

 


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 17:33, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  ATO DO PRESIDENTE N� 350, de 2025   O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do dispostono AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores, que regulamentamos procedimentos de avalia��o de ...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Atos 351/2025

Presidente

 

ATO DO PRESIDENTE N� 351, de 2023

 

O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do disposto noAMD N� 16, de 2020, e altera��es posterioresque regulamentam os procedimentos de avalia��o de desempenho em est�gio probat�rio no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal, RESOLVE:

 Homologar, a partir d30/06/2025, o resultado final da avalia��o de desempenho no est�gio probat�rio do servidor abaixo citado:

 

MATR�CULA

SERVIDOR

PROCESSO

CARGO

CATEGORIA

RESULTADO

23.539

BRUNO CESAR MEDEIROS CASSEMIRO

00001-00032098/2022-50

 

ANALISTA LEGISLATIVO

 

ANALISTA LEGISLATIVO

APROVADO

  


Bras�lia, 30 de junho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

 


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 17:33, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  ATO DO PRESIDENTE N� 351, de 2023   O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do disposto noAMD N� 16, de 2020, e altera��es posterioresque regulamentam os procedimentos de avalia��o de d...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Atos 352/2025

Presidente

 

Ato do Presidente N� 352, DE 2025

O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do disposto no AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores, que regulamentam os procedimentos de avalia��o de desempenho em est�gio probat�rio no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal, RESOLVE:

Homologar, a partir de 28/06/2025, o resultado final da avalia��o de desempenho no est�gio probat�rio do servidor abaixo citado:

 

MATR�CULA

SERVIDOR

PROCESSO

CARGO

CATEGORIA

RESULTADO

23.526

HUGO LEITE FLOREN�O MAIA

00001-00030810/2022-86

 

CONSULTOR T�CNICO-LEGISLATIVO

 

ANALISTA DE SISTEMAS

APROVADO

 

Bras�lia, 28 de junho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 17:33, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Ato do Presidente N� 352, DE 2025 O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do disposto no AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores, que regulamentam os procedimentos de avalia��o de ...
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DCL n° 136, de 03 de julho de 2025

Atos 353/2025

Presidente

 

ATO DO PRESIDENTE N� 353, de 2025

 

O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do dispostono AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores,que regulamentam os procedimentos de avalia��o de desempenho em est�gio probat�rio no �mbito da C�mara Legislativa do Distrito Federal, RESOLVE:

 Homologar, a partir d29/06/2025, o resultado final da avalia��o de desempenho no est�gio probat�rio do(a) servidor(a) abaixo citado(a):

 

MATR�CULA

SERVIDOR

PROCESSO

CARGO

CATEGORIA

RESULTADO

23.532

MATHEUS PAIX�O DE OLIVEIRA

00001-00030828/2022-88

 

ANALISTA LEGISLATIVO

 

AGENTE DE POL�CIA LEGISLATIVA

APROVADO

  


Bras�lia, 29 de junho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

 


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 17:33, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  ATO DO PRESIDENTE N� 353, de 2025   O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe confere o art. 30, inciso II, da Lei Complementar N� 840 de 23 de Dezembro de 2011, do dispostono AMD N� 16, de 2020, e altera��es posteriores,que regulamentam os procedimentos de avalia��o de ...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Atos 148/2025

Mesa Diretora

 

Ato da Mesa Diretora N� 148, DE 2025

Aprova a proposta or�ament�ria do Fascal para o exerc�cio 2026.

A MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais, em especial o previsto no artigo 41, � 2�, VII, da Resolu��o n� 353/2024, RESOLVE:

Art. 1� Aprovar a Proposta Or�ament�ria do FASCAL para o Exerc�cio de 2026, conforme demonstrativo do Anexo I (2223503).

Art. 2� Determinar o envio da referida proposta or�ament�ria � Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal - SEEC/DF

Art. 3� Este Ato entra em vigor na data de sua publica��o.

 

 

Sala de Reuni�es, 2 de julho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

   

DEPUTADO RICARDO VALE

1� Vice-Presidente

DEPUTADa paula belmonte

2� Vice-Presidente

   

DEPUTADO pastor daniel de castro

1� Secret�rio

DEPUTADO roosevelt

2� Secret�rio

   

DEPUTADO martins machado

3� Secret�rio

DEPUTADO rob�rio negreiros

4� Secret�rio


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 16:08, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 16:21, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. 00169, Segundo(a) Vice-Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 16:23, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ROBERIO BANDEIRA DE NEGREIROS FILHO - Matr. 00128, Quarto(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 16:35, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Segundo(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 16:59, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Primeiro(a) Vice-Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 17:19, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 17:39, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Ato da Mesa Diretora N� 148, DE 2025 Aprova a proposta or�ament�ria do Fascal para o exerc�cio 2026. A MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais, em especial o previsto no artigo 41, � 2�, VII, da Resolu��o n� 353/2024, RESOLVE: Art. 1� Aprovar a Proposta Or�a...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Atos 354/2025

Presidente

 

Ato do Presidente N� 354, DE 2025

O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais e do que disp�e o art. 44 da Lei Complementar n� 840/2011 e o art. 9� da Resolu��o n� 232/2007, RESOLVE:

1. DISPENSAR CLEBER CHAVES DE MEDEIROS, matr�cula n� 11.265, dos encargos de substituto do cargo de Secret�rio de Comiss�o, CL-14, da Comiss�o de Assuntos Fundi�rios. (CC).

2. DESIGNAR KARLA CAROLINE APARECIDA DE SOUSA DIAS, matr�cula n� 22.989, ocupante do cargo de Assessor, CL-01, para responder pelos encargos de substituta do cargo de Secret�rio de Comiss�o, CL-14, na Comiss�o de Assuntos Fundi�rios, nas aus�ncias e impedimentos legais do titular. (LP).

3. DESIGNAR, no per�odo de 01/07/2025 a 31/12/2026, LARYSSE MARTINS PEREIRA DE SOUZA, matr�cula n� 24.879, ocupante do Cargo Especial de Gabinete, CL-01, para responder pelos encargos de substituta do cargo de Chefe de Gabinete, CNE-01, no gabinete parlamentar do deputado Rog�rio Morro da Cruz, nas aus�ncias e impedimentos legais do titular. (LP).

 

Bras�lia, 03 de julho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 03/07/2025, �s 19:07, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Ato do Presidente N� 354, DE 2025 O PRESIDENTE DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais e do que disp�e o art. 44 da Lei Complementar n� 840/2011 e o art. 9� da Resolu��o n� 232/2007, RESOLVE: 1. DISPENSAR CLEBER CHAVES DE MEDEIROS, matr�cula n� 11.265, dos encargos de sub...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Portarias 191/2025

Secretário-Geral

 

Portaria do Secret�rio-Geral N� 191, de 02 DE JULHO DE 2025

 

 

O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/2025, R E S O L V E:

 

Art. 1� DESIGNAR os Fiscais do Contrato-PG N� 25/2025-NPLC, firmado entre a C�mara Legislativa do Distrito Federal e a empresa IOB INFORMA��ES OBJETIVAS PUBLICA��ES JUR�DICAS LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o n� 43.217.850/0001-59, cujo objeto � a contrata��o de empresa para assinatura anual dos produtos IOB, que contempla as plataformas IOB Online e SinteseNet Jur�dico e os peri�dicos Revista S�ntese de Direito Administrativo e Revista Jur�dica, ambas impressas e online, com conte�dos informacionais tribut�rios e jur�dicos, desenvolvidos e comercializados exclusivamente pela IOB Informa��es Objetivas Publica��es Jur�dicas Ltda. Processo n� 00001-00015109/2025-80.

 

Art. 2� Os Fiscais designados por esta Portaria s�o os seguintes servidores, aos quais cabe exercer as atribui��es previstas na Lei n� 14.133/21:

 

Nome

Lota��o

Matr�cula

Fun��o

Cleide Cristina Soares

SEBIB

13.253

Fiscal

Franciane Santana Grimaldi de Oliveira

NUAGB/SEBIB

23.583

Fiscal Substituta

 

Art. 3� Este Ato entra em vigor na data de sua publica��o.

 

Art. 4� Revogam-se as disposi��es em contr�rio.

 

JO�O MONTEIRO NETO

Secret�rio-Geral/Presid�ncia


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secret�rio(a)-Geral da Mesa Diretora, em 03/07/2025, �s 16:50, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Portaria do Secret�rio-Geral N� 191, de 02 DE JULHO DE 2025     O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/2...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Extratos - CLDF - Saúde 2/2025

 

Extrato de Ratifica��o Inexigibilidade Licita��o 

Bras�lia, 03 de julho de 2025.

Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1� de abril de 2021 e altera��es. Justificativa: Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autoriza��o da despesa: pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratifica��o: pelo Diretor do FASCAL, conforme compet�ncia delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente n� 255/2024, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 102, em 15 de maio de 2024.

Processo SEI n.� 00001-00027247/2025-10​​​​. Contratada: JMLP ODONTOLOGIA LTDA, CNPJ: 51.529.836/0001-19 Objeto: presta��o de Servi�os Odontol�gicos conforme Laudo T�cnico de Vistoria para Credenciamento n� SEI 2223669.

Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1� de abril de 2021, a inexigibilidade de licita��o de que trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais. Publique-se para as provid�ncias complementares.

 

ANDERSON MOTTA BARBOSA

Diretor do FASCAL - Substituto


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Documento assinado eletronicamente por ANDERSON MOTTA BARBOSA - Matr. 24183, Diretor(a) do Fascal - Substituto(a), em 03/07/2025, �s 15:47, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Extrato de Ratifica��o Inexigibilidade Licita��o  Bras�lia, 03 de julho de 2025. Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1� de abril de 2021 e altera��es. Justificativa: Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autoriza��o da despesa: pelo Ordenador de Despesa, Geo...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Atos 147/2025

Mesa Diretora

 

Ato da Mesa Diretora N� 147, DE 2025

 

Concede licen�a a parlamentar, na forma do art. 19, inciso III, �� 2� e 3�, do Regimento Interno da C�mara Legislativa do Distrito Federal.

A MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais, considerando o Despacho (2222033) e as raz�es apresentadas no Processo SEI n� 00001-00027113/2025-91, RESOLVE:

Art. 1� Conceder licen�a, para tratamento de sa�de ao Deputado Daniel Donizet, no per�odo de 30/6/2025 a 28/8/2025, em conformidade com o art. 19, inciso III, �� 2� e 3�, do Regimento Interno da C�mara Legislativa do Distrito Federal.

Art. 2� Este Ato entra em vigor na data de sua publica��o.

 

Sala de Reuni�es, 1� de julho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

   

DEPUTADO RICARDO VALE

1� Vice-Presidente

DEPUTADa paula belmonte

2� Vice-Presidente

   

DEPUTADO pastor daniel de castro

1� Secret�rio

DEPUTADO roosevelt

2� Secret�rio

   

DEPUTADO martins machado

3� Secret�rio

DEPUTADO rob�rio negreiros

4� Secret�rio

 


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 01/07/2025, �s 18:48, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ROBERIO BANDEIRA DE NEGREIROS FILHO - Matr. 00128, Quarto(a)-Secret�rio(a), em 01/07/2025, �s 20:39, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Primeiro(a) Vice-Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 10:30, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Segundo(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 16:59, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 17:39, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 18:47, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Ato da Mesa Diretora N� 147, DE 2025   Concede licen�a a parlamentar, na forma do art. 19, inciso III, �� 2� e 3�, do Regimento Interno da C�mara Legislativa do Distrito Federal. A MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais, considerando o Despacho (2222033) e ...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Portarias 189/2025

Secretário-Geral

 

Portaria do Secret�rio-Geral N� 189, de 02 DE julho DE 2025

 

O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/2025, RESOLVE:

 

Art. 1� DESIGNAR Equipe de Planejamento da Contrata��o de Consultoria Externa voltada aos servi�os de Gest�o de Pessoas, conforme previsto no Documento de Oficializa��o da Demanda - DOD (2214298). Processo n� 00001-00026370/2025-13.

 

Art. 2� A Equipe de Planejamento designada por esta Portaria ser� integrada pelos seguintes servidores:

 

 

NOME

FUN��O

LOTA��O

MATR�CULA

Fernanda Tiberti Santos Costa

Integrante Requisitante 1

SEDEP

24.862

Gabriela Pace Carreira Bittencourt

Integrante Requisitante 2

DGP

24.874

Aline Amorim de Sena Xavier

-

DGP

22.837

Karolina do Nascimento Costa

-

SEDEP

23.199

Kaue Machado Almeida

-

SEDEP

24.557

 

 

Art. 3� Este Ato entra em vigor na data de sua publica��o.

 

Art. 4� Revogam-se as disposi��es em contr�rio.

 

JO�O MONTEIRO NETO

Secret�rio-Geral/Presid�ncia


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secret�rio(a)-Geral da Mesa Diretora, em 02/07/2025, �s 17:26, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Portaria do Secret�rio-Geral N� 189, de 02 DE julho DE 2025   O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/202...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Portarias 190/2025

Secretário-Geral

 

Portaria do Secret�rio-Geral N� 190, de 02 DE JULHO DE 2025

 

O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/2025, RESOLVE:

 

Art. 1� DESIGNAR os Fiscais da Contrata��o Direta de Dispensa n� 11/2025, objeto da NOTA DE EMPENHO n� 2025NE00629, firmada entre a C�mara Legislativa do Distrito Federal e a empresa COPATT COMERCIO E SERVI�OS PERSONALIZADOS LTDA EPP, CNPJ n� 10.432.571/0001-59, cujo objeto � a aquisi��o, por dispensa eletr�nica, de trof�us para premia��o do 27� Trof�u C�mara Legislativa do Distrito Federal, com placas de categorias, de acordo com a quantidade e as especifica��es constantes do Termo de Refer�ncia - Anexo III do AVISO DE CONTRATA��O DIRETA N� 90016/2025. Processo n� 00001-00018956/2025-04.

 

Art. 2� Os Fiscais designados por esta Portaria s�o os seguintes servidores, aos quais cabe exercer as atribui��es previstas na Lei n� 14.133/21:

 

NOME

MATR�CULA

LOTA��O

FUN��O

Claudinei Pirelli Pimentel Mota

23.229

Chefe da Ag�ncia CLDF de Not�cias / Coordenador do Comit� Gestor do Trof�u C�mara Legislativa

Fiscal

Cleide Cristina Soares

13.253

Chefe do SEBIB / Vice-Coordenadora do Comit� Gestor do Trof�u C�mara Legislativa

Fiscal Substituta

 

Art. 3� Este Ato entra em vigor na data de sua publica��o.

 

Art. 4� Revogam-se as disposi��es em contr�rio.

 

JO�O MONTEIRO NETO

Secret�rio-Geral/Presid�ncia


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secret�rio(a)-Geral da Mesa Diretora, em 02/07/2025, �s 17:26, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Portaria do Secret�rio-Geral N� 190, de 02 DE JULHO DE 2025   O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/202...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Avisos - Contratos 1/2025

 

Apostilamento 

Bras�lia, 02 de julho de 2025.

AVISO DE APOSTILAMENTO - RETIFICA��O

O DIRETOR DO FUNDO DE ASSIST�NCIA � SA�DE DOS DEPUTADOS DISTRITAIS E SERVIDORES DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL - FASCAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso I, do art. 61, da Resolu��o n� 347, de 2024, publicado no DCL n� 141, de 1�/07/2024, comunica que, de acordo com a Lei n� 14.133/2021, Artigo 136, Inciso I, no Termo de Credenciamento n� 39/2024 - DIAGN�STICOS DA AM�RICA S.A � EXAME MEDICINA DIAGN�STICA, ficam reajustados os valores dos servi�os prestados pela Institui��o Credenciada, a saber: consultas, pacotes e tabelas.

 

ANDERSON MOTTA BARBOSA

Diretor do FASCAL - Substituto


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...  Apostilamento  Bras�lia, 02 de julho de 2025. AVISO DE APOSTILAMENTO - RETIFICA��O O DIRETOR DO FUNDO DE ASSIST�NCIA � SA�DE DOS DEPUTADOS DISTRITAIS E SERVIDORES DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL - FASCAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso I, do art. 61, da Resolu��...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Extratos - CLDF - Saúde 1/2025

 

Extrato de Termo Aditivo 

Bras�lia, 02 de julho de 2025.

Processo n� SEI 00001-00000145/2023-87. Terceiro Termo Aditivo ao Termo de Credenciamento n� 08/2023, firmado entre o Fundo de Assist�ncia � Sa�de dos Deputados Distritais e Servidores da C�mara Legislativa do Distrito Federal � FASCAL e o HOSPITAL PACINI LTDA. Objeto: Reajuste​ dos pacotes oftalmol�gicos. Vig�ncia: a partir da publica��o deste extrato de Termo Aditivo no Di�rio Oficial do Distrito Federal - DODF. Legisla��o: art. 65, II, da Lei n� 8.666/93. Partes: pelo FASCAL, Sr. Anderson Motta Barbosa e pela Credenciada, Sra. Nat�lia Pacini Lycurgo Leite.


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...  Extrato de Termo Aditivo  Bras�lia, 02 de julho de 2025. Processo n� SEI 00001-00000145/2023-87. Terceiro Termo Aditivo ao Termo de Credenciamento n� 08/2023, firmado entre o Fundo de Assist�ncia � Sa�de dos Deputados Distritais e Servidores da C�mara Legislativa do Distrito Federal � FASCAL e o HOSPITAL PACINI L...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025 - Suplemento

Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 58/2025

ATA DE SESSÃO PLENÁRIA

3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA

ATA CIRCUNSTANCIADA DA

58ª SESSÃO ORDINÁRIA,

TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL

PARA DEBATER A SITUAÇÃO

DOS TRABALHADORES EM LIMPEZA URBANA,

DE 26 DE JUNHO DE 2025.

INÍCIO ÀS 15H01 TÉRMINO ÀS 17H33

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Sob a proteção de Deus, iniciamos os

nossos trabalhos.

De acordo com a aprovação do Requerimento nº 2.039/2025, de autoria do deputado Chico

Vigilante, e conforme art. 131, § 4º, está aberta a sessão ordinária, que se transforma em comissão

geral para debater a situação dos trabalhadores em limpeza urbana.

Convido as senhoras e os senhores deputados, bem como quem queira participar da nossa

comissão, a ocupar as cadeiras no plenário e na galeria. Peço ao pessoal da segurança que facilite o

ingresso dos trabalhadores da limpeza urbana, pois alguns deles não estão com documentos. O que os

identifica é o uniforme laranja. Portanto, facilitem a entrada deles na galeria.

Está suspensa a comissão.

(A comissão geral é suspensa.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Reinicio os trabalhos desta comissão geral

para debater sobre a situação dos trabalhadores de limpeza urbana no Distrito Federal.

Quero dar boas-vindas a todos os presentes.

Convido a compor a mesa o diretor-adjunto do Sistema de Limpeza Urbana do Distrito Federal,

Cleison Gadelha Queiroz; o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Distrito Federal, Rodrigo

Rodrigues; o presidente do Sindicato de Limpeza Urbana do Distrito Federal, José Cláudio de Oliveira; o

diretor de Comunicação do Sindicato de Limpeza Urbana do Distrito Federal, Raimundo Nonato; a

pesquisadora da Fiocruz, Cláudia D’Arêde; o diretor da Contracs, Luiz Saraiva; a supervisora técnica do

Escritório Geral do Dieese do Distrito Federal, Mariel Angeli Lopes. (Palmas.)

A Secretaria do Meio Ambiente foi convidada, mas ainda não chegou. Quando chegar, irá

compor a mesa.

Esta comissão geral me foi pedida pela direção do Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza

Urbana do Distrito Federal. Hoje, vamos debater a situação vivida pelos trabalhadores que fazem a

limpeza pública do Distrito Federal. Trata-se de trabalhadoras e trabalhadores extremamente

dedicados; sem vocês, certamente esta cidade estaria muito mais feia e muito mais doente.

O debate que se dará aqui hoje será sobre as condições de trabalho de vocês, mas, acima de

tudo, queremos focar em um projeto que está tramitando na Câmara dos Deputados, que cria um piso

nacional de 2 salários mínimos para os trabalhadores da limpeza urbana – o que ainda é muito pouco,

mas, se formos comparar, Cláudio, hoje um trabalhador da limpeza ganha R$1.675. Se nós

conseguirmos aprovar esse projeto na Câmara dos Deputados, depois no Senado Federal e, ainda,

obter a sanção presidencial, isso já ajuda bastante.

Eu fico observando o trabalho de vocês nas ruas e vejo o quanto são discriminados. Eu

conversava um dia, aqui no pátio da Câmara Legislativa, e uma coisa me chamou bastante a atenção:

uma servidora estava esquentando a marmita dela em um fogãozinho improvisado por ela dentro do

carrinho que ela usa para limpar o lixo. Eu parei e fiquei olhando aquilo. Depois, conversando com

outra trabalhadora, ela me dizia que muitos de vocês, especialmente as mulheres, sofrem de infecção

urinária, porque tinham muita dificuldade de acessar os banheiros. Nós aprovamos uma lei – e estamos

batalhando para que ela seja cumprida efetivamente – que determina que todos os estabelecimentos

públicos e comerciais privados no Distrito Federal são obrigados... Eu até falei com o Cláudio, e nós

produzimos a lei para que cada um a tivesse em mãos, para que ela seja cumprida efetivamente.

Eu sempre gosto de citar o exemplo de um professor, o James, da escola Maria do Rosário, na

Ceilândia. Ele construiu, dentro da escola, ao lado do muro, um banheiro para ser usado pelos

trabalhadores do SLU. O James fez isso. Ele disse que, já que tinha de abrir, ele iria fazer isso, porque

ficaria mais fácil e mais perto para eles. Ele fez isso, e está lá um banheiro de boa qualidade.

Uma outra situação que eu pude acompanhar também foi o depoimento de uma trabalhadora...

na verdade, 2 trabalhadoras. Eu até falava disso, há pouco, para a TV Câmara Legislativa ao vivo. Essa

trabalhadora me contou que, um dia, no Lago Sul, ela estava varrendo, sentiu sede e pediu água. A

dona da casa estava com uma mangueira na mão, estendeu para ela e disse: “Bebe aí”. Ela disse para

a trabalhadora beber da mangueira que estava na mão dela. Isso não se faz nem com os cachorros,

até porque, se fizer isso hoje, dará cadeia, porque se trata de maus-tratos com os animais.

Uma outra trabalhadora teve uma decepção maior ainda. Em uma casa no Guará, ela pediu

água. A mulher veio com um copo d’água, um copo de vidro com água gelada. A trabalhadora pensou:

“Opa, hoje eu estou sendo muito bem tratada”. A mulher entregou o copo d'água para ela. Quando a

trabalhadora foi devolver o copo, a mulher disse: “Pode ficar com ele”. Essa trabalhadora me disse que

teve a maior decepção da vida dela, o maior sofrimento que ela já teve, por saber que, simplesmente

porque ela bebeu água naquele copo, aquela família achava que aquele copo não serviria mais. Mas

vocês servem para fazer com que a porta da casa dessa senhora fique limpa. Vocês servem para fazer

com que doenças transmissíveis não se espalhem. Vocês trabalham para que não continue a sujeira.

São vocês, efetivamente, que impedem uma série de epidemias que poderiam acontecer.

Portanto, esta audiência que nós estamos realizando hoje também é para dar visibilidade a

vocês. Para isso, nós criamos uma lei reconhecendo o Dia do Gari. Fez muito bem o Governo do

Distrito Federal ao transformar essa data em ponto facultativo. Para nós, isso foi muito importante,

porque, enquanto todo mundo está festejando, vocês estão trabalhando. Os dias seguintes aos que

nós festejamos são os dias em que vocês trabalham mais. As pessoas passam a noite toda bebendo

cachaça, vinho, cerveja, uísque, comendo do bom e do melhor, e, no outro dia, estão lá as montanhas

de lixo para vocês levarem.

Portanto, é preciso que a sociedade aprenda a importância do trabalho de vocês. Eu espero

que, um dia, no Brasil – e para isso todos nós temos que lutar, vocês sejam tratados de acordo com a

complexidade do trabalho que realizam e sejam remunerados por isso. Em alguns países

desenvolvidos, de acordo com a complexidade do trabalho, as pessoas são mais bem remuneradas. Eu

conheço países da Europa onde quem trabalha no necrotério, arrumando cadáveres e tudo mais, é

bem remunerado, porque é um trabalho penoso. E o trabalho de vocês também é um trabalho penoso.

Portanto, é preciso que vocês sejam efetivamente reconhecidos. Vocês trabalham com um uniforme

vistoso, esse uniforme laranja, mas são invisíveis. As pessoas veem o uniforme, mas não veem o ser

humano por trás do uniforme. E nós queremos humanizar essa realidade.

Portanto, esta sessão solene de hoje também é para debatermos e fazermos com que, cada

vez mais, vocês sejam visíveis e que a sociedade compreenda e os valorize pela importância que vocês

têm. Sejam todas e todos muito bem-vindos a esta sessão de hoje. (Palmas.)

Quero lembrar que, a partir de agora, estão abertas as inscrições para quem quiser falar

depois.

Encerraremos esta audiência impreterivelmente às 18 horas.

Passamos aos pronunciamentos da mesa. A primeira a falar é a supervisora técnica do

Escritório Geral do Dieese no Distrito Federal, Mariel Angeli Lopes.

MARIEL ANGELI LOPES – Agradeço ao deputado Chico Vigilante. Eu gostaria, em primeiro

lugar, de cumprimentar todos e todas que estão presentes.

Os funcionários e trabalhadoras da limpeza urbana que atuam no Distrito Federal – e em todo

o Brasil – vestem uniformes que são facilmente identificáveis a distância. Concordo com tudo o que o

deputado falou aqui sobre a importância do trabalho deles.

Como quero usar bem o meu tempo de fala, vou tentar focar nas informações que considero

essenciais.

Quero agradecer muito o convite. O deputado Chico Vigilante é um parceiro antigo do Dieese.

Acho que nem todos conhecem o Dieese. Nós do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos

Socioeconômicos completaremos 70 anos em dezembro de 2025. Somos uma instituição fundada,

mantida, criada e pensada pelo movimento sindical de trabalhadores. Então, trabalhamos

exclusivamente para os trabalhadores, pensando no que é melhor para nós trabalhadores. Eu sou

trabalhadora do Dieese e estou aqui para falar sobre questões do trabalho de vocês, que vocês

conhecem muito bem. Vocês são os trabalhadores da limpeza urbana do Distrito Federal, mas há várias

situações que são semelhantes ao que acontece no resto do Brasil.

Novamente, agradeço o convite do deputado Chico Vigilante e a oportunidade de falar aqui, na

casa do povo do Distrito Federal.

Moro em Brasília há muitos anos e gosto muito de morar aqui. Um dos motivos pelos quais

Brasília é uma cidade tão bonita é que temos pessoas tão maravilhosas trabalhando por ela. Também

quero elogiar os que trabalham na Câmara Legislativa, são muitos e têm muito trabalho. Quando

chegamos, falamos que queríamos mostrar uma apresentação de PowerPoint, que não entregamos

antes, enfim, demos muito trabalho para eles.

As informações que eu quero trazer vêm de uma conversa que temos sobre o perfil de vocês

trabalhadores. Sei que, se eu perguntar a qualquer um de vocês qual é o perfil dos trabalhadores da

limpeza urbana, vocês saberão desenhar muito bem qual é esse perfil no Distrito Federal.

Provavelmente, será um perfil semelhante ao do resto do Brasil. Eu acho que o mais interessante é

justamente que o perfil dos trabalhadores da limpeza urbana é muito semelhante ao perfil do resto dos

trabalhadores. Aqui há homens, mulheres, jovens, pessoas mais velhas, pessoas que começaram a

trabalhar mais cedo, pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar o quanto gostariam.

A situação mais comum que observamos entre os trabalhadores brasileiros é que recebemos

salários baixos – não é? Considero que essa discussão sobre o piso salarial é fundamental, mas

também temos de pensar nas condições de trabalho. A minha colega da Fiocruz, depois, falará um

pouco mais sobre as condições do trabalho de vocês e sobre os riscos que vocês correm no dia a dia,

que são diferentes dos riscos que eu corro trabalhando quase todos os dias em um ambiente

climatizado. Eu não trabalho na Câmara Legislativa, mas em um escritório onde a necessidade de ter

um preparo físico é bem diferente da de vocês.

As informações que nós observamos a partir dos dados oficiais – acho que isso é importante

para fundamentarmos e conseguirmos explicar aos deputados e ao poder público de todo o país por

que é importante conquistarmos um piso salarial e direitos específicos para essa categoria – mostram

que a maior parte dos trabalhadores do setor de limpeza urbana são mulheres.

É engraçado que, ao me sentar aqui, tentei contar, mas não consigo fazer 2 coisas ao mesmo

tempo. Acredito que nesta comissão esteja mais ou menos meio a meio o número de mulheres e de

homens.

Nós temos uma presença maior das mulheres, e só esse fato já implica algumas questões,

como a que o deputado Chico Vigilante comentou, sobre infecção urinária. Eu gosto muito de beber

água, porque, na minha família, há histórico de problemas de rins; se não bebermos água, teremos

problemas nos rins. Mas, se vocês bebem água e a toda hora precisam ir ao banheiro, como vão fazer

isso trabalhando o dia inteiro na rua? Se as pessoas não cumprem, por exemplo, essa lei que existe no

Distrito Federal – e que, nesse caso, não é igual para todos os estados e todas as cidades, há

condições diferentes –, como parar de meia em meia hora para tomar água enquanto se está na rua,

trabalhando, varrendo ou recolhendo lixo? Isso é muito mais complicado. Precisamos pensar nessas

questões que são características dessa categoria de trabalhadores.

Também é importante pensarmos que, em todos os estados que avaliamos, há maior presença

de mulheres que de homens. A partir dos dados oficiais das pessoas que trabalham com carteira

assinada no serviço de limpeza urbana – o que no Distrito Federal há grandes chances de essa ser a

maior parte –, entre as que trabalham na limpeza urbana e as que trabalham na manutenção dos

espaços públicos, há milhares de trabalhadores distribuídos por todo o país. Podemos pensar em mais

de 600 mil trabalhadores com carteira assinada no setor de limpeza urbana no Brasil, e a maior parte

deles – quase 400 mil – são mulheres. Em Brasília, especificamente, há muitas pessoas trabalhando na

limpeza e na conservação de áreas públicas, e há mais de 7 mil mulheres e cerca de 4.500 homens. É

muita gente, se pensarmos no Distrito Federal. Vocês estão distribuídos por uma área muito grande,

realizando esse trabalho tão essencial.

Devido ao tempo, vou focar em uma questão que observamos trabalhando no Dieese há tantos

anos com essas questões referentes ao que é mais complicado nas condições de trabalho dos

profissionais de diferentes setores. Percebemos que discussões como a da infecção urinária são muito

específicas de cada setor. Eu acho que, ao fazermos essa discussão sobre o piso em âmbito nacional,

seja uma oportunidade de trazer à luz as dificuldades e características dessa categoria, porque não há

um estudo nacional, feito em todos os estados brasileiros, sobre as principais questões de saúde dos

trabalhadores da limpeza urbana.

Em 2021, foi publicada a NR 38, que trata das condições de regulamentação da atividade de

limpeza urbana. Um pouco antes da publicação dessa norma, o governo federal solicitou à Fundacentro

– uma fundação pública que estuda as condições de trabalho de todos os trabalhadores brasileiros –

que realizasse uma análise sobre quais são os problemas da categoria, como esse problema da

infecção urinária.

A Fundacentro fez um estudo, publicado em 2022, avaliando estudos realizados de maneira

pontual em vários estados e municípios no país. Esses estudos foram realizados da década de 1990 até

2022 – um intervalo de mais ou menos 30 anos, ou seja, uma vida inteira de estudos. O que esses

estudos mostraram? A situação mais problemática que nós observamos foi que eles indicaram que, em

todo o país, 88% dos trabalhadores – quase 90%, ou seja, 9 em cada 10 – reclamam de algum tipo de

sintoma com relação a dores musculares, dores nos ossos, dores corporais. Não haveria como ser

diferente pela postura curvada ao utilizar a vassoura e o tipo de trabalho que vocês exercem, como ter

que carregar o lixo – que é o que eu acho mais complexo. Eu tenho conversado bastante com os

dirigentes da área sobre carregar o lixo, que é algo bem complicado de se fazer todos os dias. Nós

observamos que 36% desses trabalhadores têm problemas na coluna, principalmente na lombar, uma

situação que vai se acumulando a longo prazo devido ao tipo de trabalho. O estresse físico decorrente

das funções do trabalho é muito elevado, assim como o estresse mental.

Outra questão fundamental, principalmente se pensarmos em como tratamos mal nossas

cidades, é sobre os agentes biológicos a que vocês estão expostos todos os dias. Isso é pouquíssimo

considerado ao avaliarmos a empregabilidade dos trabalhadores da limpeza urbana, porque vocês

recolhem diversos tipos de resíduos em todas as cidades e estão expostos, às vezes, a muitos agentes

que não são regulamentados. Isso traz um risco para a saúde que não podemos desconsiderar.

Outra questão muito importante para nós do Dieese que se enquadra, inclusive, na discussão

que estamos fazendo e que as centrais sindicais fazem nas últimas décadas é sobre a jornada de

trabalho. Na verdade, o que nós, dos movimentos de defesa dos trabalhadores, fazemos, desde que

somos trabalhadores, são jornadas exaustivas, elevadas e intensas de trabalho. Por quê? Há uma

jornada média de 7 horas, mas essa jornada média de 7 horas é fazendo o trabalho em si. Não vamos

nem considerar – ainda mais aqui em Brasília – o fato de que, em geral, todo mundo mora longe do

trabalho. Vou até fingir que não estou vendo isso. Imaginem os maratonistas, os atletas de alto

rendimento: eles não conseguiriam ficar 7 horas por dia treinando ininterruptamente, e vocês fazem

isso todos os dias. Quantos quilos vocês carregam diariamente? Esse estudo da Fundacentro mostra

exatamente que essa longa jornada de trabalho é acompanhada de um ritmo muito intenso do

trabalho. Mostra, também, como essas atividades realizadas têm um impacto muito grande nesses

sintomas de dor no corpo – principalmente dor nas costas – sentidos pelos trabalhadores.

Uma das principais questões no Distrito Federal é que, apesar de haver espaço – pelo local em

que nos encontramos no país e pela importância do Distrito Federal – para criar precedentes a serem

repetidos pelo resto do país, não há espaços e infraestrutura adequados para os momentos de

descanso. Eu acho que todos aqui sabem muito melhor do que eu que, quando vocês fazem uma

pausa ou um intervalo, a situação não é igual a quando estamos dentro de um escritório, onde é

possível ir à copa, à cozinha ou ao jardim. Não existe isso. Como você vai fazer? Uma situação é estar

aqui perto, por exemplo, do Palácio do Buriti ou da Câmara Legislativa, onde há várias áreas com

sombras e é possível descansar debaixo das árvores. No entanto, se estiver varrendo um local como as

rodovias em Brasília, onde você vai parar para descansar? Não há sombra. Imaginem como isso cansa

os trabalhadores no final do dia, com toda essa jornada extensa de trabalho, além de todas essas

dificuldades que comentei.

Eu acho que esse é um estudo fundamental para nós levarmos essa situação para frente, não

só para a norma regulamentadora. Por isso, é tão importante falar num piso mais elevado da categoria.

O piso é para isso, para ser o mínimo. E ele já está num valor muito baixo. Falar isso é importante.

Devemos pensar também na questão da aposentadoria especial. Por que os trabalhadores da

limpeza urbana não podem, não devem ser aposentados antes? Eu acho que é fundamental pensarmos

na questão da aposentadoria especial e pensarmos também na questão do salário. O mais importante

para todos os nossos trabalhadores – não adianta falar o contrário – é salário. E uma coisa mais

importante ainda é a intensidade da jornada de trabalho. Esse é um ponto que poderia ser usado para

unificarmos a discussão dos trabalhadores da limpeza urbana com os demais trabalhadores, porque nós

queremos ter tempo e direito. E queremos acessar os nossos direitos ao lazer, mas só faremos isso se

estivermos descansados, se não tivermos com dor no corpo.

Muito obrigada. Estou à disposição para mais esclarecimentos. Agradeço o convite. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, Mariel. Foi muito

importante a sua participação.

É fundamental deixar registrado – para quem está assistindo a nós, por meio da TV Câmara

Distrital, e para vocês que estão presentes – que a Mariel faz parte do escritório do Dieese. O

Departamento Intersindical é um departamento de assessoramento dos trabalhadores. Assim como a

Fundação Getúlio Vargas e outras entidades assessoram os grandes empresários, o Dieese foi

constituído para assessorar os trabalhadores. Por isso é importante o sindicato ser filiado ao Dieese e

pagar o Dieese, porque não basta só ser filiado. É para pagar o salário deles.

Vocês sentiram a importância que tem o Dieese? Há um companheiro a quem sempre me refiro

com o maior carinho que é o companheiro Marcio Pochmann. Ele foi chefe do escritório do Dieese em

Brasília, a exemplo do que é a Mariel hoje. Na época em que ele foi diretor do escritório aqui, eu era

presidente da CUT. E fizemos muitos trabalhos juntos. A Mariel falou aqui numa entidade importante

que eu preciso pontuar para vocês: a Fundacentro. A Fundacentro é uma fundação do Ministério do

Trabalho que pesquisa situações relativas aos trabalhadores.

Mariel, uma vez, quando eu era diretor do sindicato dos vigilantes, do qual fui presidente, um

vigilante apresentou uma doença que ninguém descobria o que era. Ele trabalhava na garagem do

Conjunto Nacional. Naquele tempo havia as lojas Sears no Conjunto Nacional, uma loja de

departamento que vendia tudo, inclusive carro. O centro automotivo da Sears ficava na garagem e o

vigilante trabalhava na garagem do IBGE, que funcionava lá. Apareceu uma doença nele, como um

fogo que queimava, era uma quentura terrível, que queimava o corpo dele o dia inteiro, a noite toda. A

mulher dele tinha que molhar toalhas e embrulhá-lo com aquelas toalhas. Dali a pouco as toalhas

estavam todas enxutas e voltava aquele calor miserável. Eles foram a igrejas, já estavam desconfiados

de que era coisa do capeta. Ele devia estar com algum espírito ruim. Aí nós procuramos a delegacia do

trabalho à época. A delegacia do trabalho contactou a Fundacentro. A Fundacentro levou 1 ano

investigando isso – inclusive, trouxe uns equipamentos dos Estados Unidos. O que nós descobrimos? O

vigilante ficava o dia inteiro na garagem, aspirando o ar contaminado dali, o gás carbônico. Ele havia

adquirido uma doença fruto da inalação do gás carbônico presente no local em que ele passava o dia

todo. Ele se aposentou em função disso. Foi um trabalho desenvolvido pela Fundacentro.

Passo a palavra ao companheiro diretor da Contracs, Luiz Saraiva, nosso querido companheiro

Luizinho.

LUIZ SARAIVA – Mais uma vez, boa tarde a todos e a todas. Agradeço o convite.

Gostaria de dizer que esta comissão geral, com o deputado Chico Vigilante, é importantíssima

para os trabalhadores e para as trabalhadoras. Não só para os da limpeza urbana, mas para todos nós

trabalhadores. Eu sou trabalhador do comércio e sei a dificuldade que é para todos nós termos espaço,

termos voz. É por isso que agradecemos sempre ao deputado Chico Vigilante, porque ele abre espaço

para a voz dos trabalhadores e das trabalhadoras. Muito obrigado, deputado Chico Vigilante. Estou

falando em nome de todos os trabalhadores, porque é muito importante termos um espaço onde

possamos trazer as demandas dos trabalhadores.

Historicamente, a limpeza urbana surgiu como um instrumento fundamental de combate a

doenças como varíola, febre amarela, cólera. Essa atividade e essa função foram criadas, exatamente,

para combater males, para combater doenças. Olhem só a importância dessa categoria. É uma

categoria formada por homens e por mulheres que estão, todos os dias, trabalhando em prol da saúde

dos outros e correndo risco à própria saúde todos os dias. É uma dificuldade trabalhar nessa função

sem ter os seus direitos garantidos, como é o caso da categoria de trabalhadores da limpeza urbana.

Todos sabemos o que vocês enfrentam, como já foi mencionado aqui. Foi importante a fala da

Mariel, do Dieese. Nós sempre agradecemos a sua participação por trazer dados reais. São pesquisas

feitas nacionalmente e sabemos que são dados totalmente verídicos.

Mesmo com a dificuldade e a insalubridade com que a categoria trabalha todos os dias, a

categoria ainda não é reconhecida. O Cláudio, presidente do sindicato, o Raimundo Nonato e todos os

diretores estão de parabéns por sempre batalharem por isso. Não é fácil lutar todos os dias por uma

categoria que os outros tentam invisibilizar. Não há olhos para saber que se trata de uma categoria

importantíssima. Sem ela, a saúde pública, que hoje está do jeito que está, seria muito pior. São

trabalhadores e trabalhadoras não só essenciais, mas também muito importantes, porque são eles que

trazem garantias para toda a população do DF e do país.

Para discutir essas dificuldades, não há espaços abertos. É o sindicato que luta, que batalha

pela categoria, com muita dificuldade, porque as portas só se fecham. Estamos vendo isso aqui hoje. O

deputado Chico Vigilante oportunizou este espaço, onde deveriam estar vários deputados. Eu creio que

todos eles estão sabendo o que está acontecendo aqui, não é, deputado? Todo mundo está sabendo o

que está acontecendo aqui, hoje, mas não estão presentes para ouvir os trabalhadores, não estão aqui

para trazer a garantia que os trabalhadores precisam para desenvolver essa atividade tão importante.

Esta reunião vai ficar registrada na Câmara Legislativa, mas eles deveriam estar presentes para se

manifestarem.

São esses trabalhadores que nos ajudam a ter uma cidade com a dignidade que Brasília tem.

Brasília é uma cidade muito bonita, mas, se não fosse essa categoria... Vamos imaginar o que acontece

quando há os atrasos de salário, quando as empresas não pagam o salário dos trabalhadores, quando

os trabalhadores param por 1 dia ou 2 dias. Nós vemos a dificuldade que é, vemos como a cidade fica.

Portanto, eles são trabalhadores importantíssimos e merecem todo respeito, não só nos discursos, mas

também nos seus direitos.

O projeto de lei que está em discussão na Câmara dos Deputados para que seja reconhecida a

categoria, a profissão, já é muito tardio. Essa categoria tem muitos e muitos anos de existência. Nós

sabemos da importância dela, mas ela não tem os seus direitos garantidos: não há um salário-base da

categoria estipulado por lei, não há o dia do gari nem o dia do trabalhador e da trabalhadora da

limpeza urbana garantidos. Tem que haver! Não há jornada de trabalho regulamentada.

Essas são questões que já não precisaríamos estar discutindo. Estamos discutindo um piso para

a categoria de 2 salários mínimos estipulados como referência, o que é muito pouco. É muito pouco,

porque nós sabemos que essa categoria trabalha em local insalubre, com sol, com chuva.

Independentemente de tudo o que estiver acontecendo, eles têm que estar lá. Na madrugada...

Imaginem como está frio em Brasília. Quando acordamos mais cedo e saímos de casa, sentimos o frio.

Imaginem como é trabalhar todos os dias nessa insalubridade, nesse frio. E eles estão lá, todos os

dias. Quando andamos em Brasília, à noite, na madrugada, quem está lá trabalhando para, no outro

dia, a cidade estar perfeita para todos?

A sociedade tem que se levantar, tem que falar, tem que brigar junto com os trabalhadores da

limpeza urbana, junto com o sindicato, junto com o deputado Chico Vigilante e com todos os outros

que estiverem conosco: o Sindicato dos Comerciários; a Contracs, Confederação Nacional dos

Trabalhadores no Comércio e Serviços; a nossa Central Única dos Trabalhadores; a Fetracom,

Federação dos Trabalhadores no Comércio e no Setor de Serviços.

Estamos aqui e não vamos ficar parados enquanto não for garantido esse direito, não forem

reconhecidos no papel o salário, os direitos, e todas as garantias. Essa categoria merece e tem todo o

nosso respeito.

Um grande abraço e vamos juntos até a vitória. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, companheiro.

Concedo a palavra à pesquisadora da Fiocruz, Cláudia D’Arêde.

CLÁUDIA D’ARÊDE – Boa tarde. Eu queria saudar todos vocês. Eu conheço alguns de vista e

outros que fomos visitar – como eu estava falando aqui com o José Cláudio agora –, na usina e na

garagem, DL Sul.

Eu queria agradecer ao deputado Chico Vigilante o convite. É muito importante esta discussão

hoje. Eu estava comentando agora sobre a dificuldade de encontrar dados em Brasília sobre a limpeza

urbana. Não há muitas pessoas estudando sobre esse tema na cidade, pelo menos não encontramos

nenhum estudo.

Eu queria começar pelas fotos.

(Apresenta projeção.)

CLÁUDIA D’ARÊDE – Eu queria destacar essa fala da Sara, que Raimundo Nonato me passou

no dia em que conversamos. Eu acho que ela é uma introdução à nossa temática:

“Quando o lixo virou ameaça à vida, até a realeza entendeu:

era preciso limpar.

Foi o começo da limpeza urbana no Brasil.

Mais de 1 século depois, ainda tratam quem faz esse trabalho essencial como

invisível.

A história já provou a importância.

Falta o Congresso provar que aprendeu”. (Palmas.)

Achei muito legal essa fala da Sara. Para quem não sabe, ela é uma menina que tem muita

arte na alma. Não é à toa que é filha de Raimundo Nonato.

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Sara, fique de pé para que todos conheçam

você. Peço à TV Câmara Distrital que foque na Sara. (Palmas.)

CLÁUDIA D’ARÊDE – Ela traz um histórico do cotidiano de vocês. Achei isso importante. Ela

também tem umas músicas muito interessantes. Acho que depois podemos colocá-las.

Essa foto é bem emblemática. Acho que temos que trazer um pouco da história. Essa pintura é

de Debret. Você vê nela um escravizado com uma máscara e um pote de barro. Esse pote de barro, na

verdade, representa o início do processo de colonização no Brasil, mostra como as pessoas carregavam

esse produto. Os escravizados escolhidos eram chamados de tigre, porque derramavam os dejetos

enquanto andavam, e ficavam marcados com a amônia e a ureia da urina. Então, eles eram chamados

de tigres ou tigrados. Achei interessante trazer essas fotos para mostrar como tudo começou no Brasil

Colônia, a partir dos escravizados que vieram para cá.

Essa outra foto mostra como eles carregavam os potes. Dá para ver alguns os carregando. E a

próxima foto mostra como o dejeto era jogado nos rios, lagos, córregos. Foi assim que começou essa

limpeza no Brasil.

O francês Pedro Aleixo Gary foi o fundador da primeira empresa responsável pela limpeza das

ruas do Rio de Janeiro, em 1876. Foi quando se iniciou, na verdade, no Brasil Império, a contratação

de uma empresa para sanear e higienizar a cidade, porque já havia uma condição insalubre de vida, o

que gerava muitas doenças. E o nome “gari” vem daí. Na verdade, é Gary – com som de 2 r.

Essa foto já é da década de 1940 para 1950, podemos ver como era esse caminhão de lixo.

Vocês veem ali alguns trabalhadores que não usam absolutamente nada, não têm nenhum

equipamento de proteção.

Essa outra foto já é aqui em Brasília, uma catadora coletando o lixo. É emblemático também

porque é em frente ao Congresso.

Essa outra foi a nossa visita, lá na garagem do DL Sul. Essa é a usina do DL Sul. Na Fiocruz,

temos um projeto do Fórum Sindical em Saúde, Trabalho e Direitos Humanos, e estamos trabalhando

com a categoria da limpeza urbana. Então, fizemos essa visita e tiramos essa foto. Eu estive lá com o

Cláudio, o Raimundo Nonato e várias outras pessoas que não sei se estão aqui agora, mas que

estavam lá conosco.

Acho que é bem importante mostrar isso porque, como foi mencionado, o ambiente em que

trabalhamos é climatizado e confortável, há o conforto térmico; e o ambiente de vocês é a rua e,

muitas vezes, o lixo, mesmo. E lá, pudemos observar... não é nem experimentar, não vou nem

comparar, porque fui lá uma vez e fiquei cerca de 1 hora, e vocês passam o dia inteiro, é bem

diferente. Mas pudemos, pelo menos, sentir o cheiro e entender como é esse trabalho na prática.

Uma das questões que discutimos na garagem, onde conversamos com algumas pessoas, foi

sobre o sapato, que é uma bota de tecido. Perguntei ao coletor o que acontece quando o chorume, por

exemplo, cai na bota. Ele estava no caminhão e contou várias coisas do cotidiano do trabalho. Uma

delas foi que, às vezes, aparecem corpos de animais, e há histórias de que o animal estourou e o

material se espalhou todo na roupa. Isso mostra como é o cotidiano de trabalho. É um ambiente

totalmente insalubre. Vocês estão expostos a praticamente todos os riscos biológicos, físicos, químicos

e todos os tipos de doença. Tentamos citar algumas doenças mais prevalentes, como as

musculoesqueléticas. Muitas mulheres falam sobre a falta de banheiro e de água. Vocês não têm água

no trabalho, não há banheiros, e existe um preconceito enorme em receber vocês nos lugares para que

possam usar esses banheiros.

Cheguei à conclusão de que vocês são expostos a praticamente tudo, fora a questão ambiental.

Estamos falando que o trabalho de vocês é uma questão de saúde pública, mas também é uma

questão de meio ambiente. Há as mudanças climáticas, houve o desmoronamento, nesta semana, do

aterro Ouro Verde – pudemos ver, aqui em Brasília, como as autoridades estão lidando com isso.

São muitas as questões que temos para discutir aqui, mas infelizmente não vai dar tempo.

Fiquei muito preocupada com o tempo.

Essa questão do EPI é bem interessante. Eu trabalhei um tempo como assessora técnica do

Ministério Público do Trabalho, com mineração, com os trabalhadores da mineração de urânio e de

amianto. Uma das questões que enfrentávamos era se havia EPI, se não havia EPI, se o EPI era usado

corretamente. Às vezes a própria empresa culpa os trabalhadores por não usarem os EPIs, mas os EPIs

precisam ser confortáveis. Por exemplo, lá na mineração de urânio em Caetité, na Bahia, tínhamos um

problema sério com as botas, porque os trabalhadores precisavam usar a bota com chumbo para

absorver a radiação, mas a bota com chumbo dá calo. Então o processo era: ou o trabalhador usava a

bota e ficava com calo, ou não usava a bota e sofria contaminação por radiação. O EPI precisa ser

confortável, não se pode economizar na compra de equipamentos de proteção individual, assim como

nos demais equipamentos.

Eu quero deixar essa mensagem de que a situação de vocês é uma questão de saúde pública,

não podemos nos esquecer disso. É fundamental essa discussão. Já houve uma audiência pública como

essa lá no Congresso Nacional, eu pude assistir a ela e foi muito interessante para mim, como

pesquisadora, compreender o que acontece, perceber a falta de estudos sobre isso. Vamos ter que nos

debruçar sobre isso – e eu não estou falando ainda do problema da violência e da saúde mental, essas

são outras questões.

Muito obrigada.

Estamos aqui para discutir. Se houver alguma pergunta, estou à disposição. Obrigada.

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigada, Cláudia.

Eu estava lembrando aqui que um grupo de trabalho da Secretaria de Saúde do Distrito

Federal, há algum tempo, fez um estudo a respeito dos trabalhadores da usina de compostagem do

Setor P Sul. Se não me falha a memória, na época, eles constataram que aquelas pessoas estavam

contaminadas com mais de 40 tipos de doenças. Acho que seria bom verificarmos, nos anais da

secretaria, esse estudo, até para tomar providências.

Uma vez estive com o Nonato e com o Cláudio dentro daquela usina, e eu acredito que não há

um lugar pior no mundo para trabalhar do que aquele. Uma coisa que me marcou profundamente foi

um trabalhador que estava dentro de uma espécie de gaiola, cercado de lixo, de catinga, com moscas

em todos os lugares. Ele abriu a marmita e comeu ali, naquele lugar. O que ele fez para conseguir

comer sua refeição foi jogar quase meia garrafa de pimenta na comida e misturar. Eu fiquei olhando a

situação daquela pessoa. Lá fora eu falei que aquilo era desumano. Precisamos verificar se foi corrigida

aquela situação.

Quero convidar, para compor a mesa, a nossa querida companheira, deputada federal Erika

Kokay. (Palmas.)

Concedo a palavra ao presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Urbana do Distrito

Federal, José Cláudio de Oliveira.

JOSÉ CLÁUDIO DE OLIVEIRA – Boa tarde a todos, boa tarde à mesa.

Deputado Chico Vigilante, você deu início à sessão falando sobre algumas situações de

discriminação muito interessantes pelas quais passamos. Por exemplo, houve aquela situação

mencionada em que uma mulher entregou a mangueira para a trabalhadora. Eu, como monitor fiscal

que sou – além de ser gari, como os demais que estão aqui –, já passei pela situação de, ao pedir água

no Lago Sul, o caseiro jogar a mangueira por cima da cerca, ligar a água e, antes mesmo de escorrer a

água fria, puxá-la de volta.

Cada gari presente já passou por alguma forma de discriminação, com certeza, tanto em

relação à água quanto em relação a banheiros. Houve uma companheira que, na Asa Sul, foi a um

restaurante e pediu para encherem a sua garrafinha de água. O rapaz foi até a torneira, encheu a

garrafinha e, ao terminar, cuspiu dentro e a devolveu. Discriminação é algo que enfrentamos

diariamente. Por mais que existam leis, acredito que essas leis precisem ser ainda mais duras contra a

discriminação.

Uma companheira no Lago Sul foi expulsa de dentro de um banheiro porque uma senhora não

aceitava compartilhar o espaço com uma gari. Isso aconteceu dentro do banheiro do supermercado

Pão de Açúcar. No Lago Sul, um dos nossos trabalhadores, que hoje trabalha com GPS, estava

procurando sinal enquanto um homem passava com a sua senhora. Esse homem pensou que o gari

estava filmando ou tirando foto da sua mulher e o espancou! O agressor até foi condenado e teve que

pagar uma indenização ao gari. Houve um caso recente no metrô: uma senhora achou que o gari

deveria se levantar e ceder o lugar a ela. A gari que estava com ele se levantou, mas a senhora disse:

“Não, eu quero a vaga dele!” Como ele não se levantou, a senhora espancou o gari dentro do metrô.

Nós enfrentamos discriminação no dia a dia.

Sobre o uso de banheiros, deputado Chico Vigilante, ainda temos muito a evoluir. Até escolas

públicas negam o uso de banheiros aos nossos trabalhadores.

Hoje, o trabalhador da limpeza urbana, que passa o dia limpando as cidades e o Plano Piloto,

merece muito mais do que respeito. Merece um salário digno. Essa insalubridade de 40% deveria ser

de 100%.

Um trabalhador nosso, a pedido de uma empresa, foi recolher um cachorro morto. Ele realizou

o trabalho e, após, na inocência, tirou a luva e a colocou no bolso. Ele pegou uma coceira no corpo,

deputado Chico Vigilante, foi diagnosticado com uma doença e, em consequência, durante 30 dias, ele

teve que usar uniformes diferentes – 1 por dia –, queimar o uniforme usado e jogá-lo fora.

Os nossos trabalhadores são expostos ao lixo, atuam em áreas insalubres, terminam o serviço

e vão para casa. Muitos nem sabem o que estão levando para dentro de casa. Cada um dos presentes

já foi diagnosticado com alguma coisa: dor na coluna, tornozelo torcido, problemas no joelho. Pode

perguntar a qualquer gari presente. Aqui está apenas 1% da categoria. Se você perguntar, todos têm

uma história para lhe contar.

O que estamos pedindo não é nada mais, nada menos do que dignidade. Queremos um salário

digno, adicional por insalubridade de 40%, aposentadoria especial e jornada de trabalho de 36 horas, o

que considero fundamental para os nossos trabalhadores. Não estamos pedindo favor, mas, sim,

reconhecimento pelo que eles fazem no dia a dia.

Nosso trabalhador hoje exige e pede respeito. O que eles fazem no dia a dia outro cidadão

comum não faria – e são considerados trabalhadores invisíveis. Somente são lembrados quando não

estão lá. Quando eles estão lá, a população passa por eles e não lembra que eles estão ali; mas, se

não há lixo, fica claro que alguém esteve ali para limpar o lixo.

Hoje os nossos trabalhadores são um grito de conscientização sobre o que fazem pela

população do Brasil, porque esse projeto de lei representa um reconhecimento nacional. E nós que

estamos na capital federal somos o carro-chefe. Os outros estados poderiam estar fazendo o mesmo

que estamos fazendo aqui. Esse reconhecimento pelo qual estamos lutando e brigando deve ser

estendido para todo o povo da limpeza urbana do Brasil.

Desde já, quero agradecer a todos que vieram a esta casa, todos são guerreiros! Que Deus

abençoe vocês! (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, Cláudio.

Concedo a palavra ao senhor Rodrigo Rodrigues, presidente da Central Única dos

Trabalhadores do Distrito Federal.

RODRIGO RODRIGUES – Boa tarde a todas e a todos. Parabenizo o deputado Chico Vigilante

por convocar esta comissão geral de extrema importância para discutir e debater a situação dos

trabalhadores da limpeza urbana. Saúdo todos e todas que estão na mesa conosco.

O que o Cláudio falou agora resume muito bem essa situação. Esses trabalhadores foram

considerados essenciais em um dos momentos mais críticos da nossa história, a pandemia; foram os

primeiros a terem que voltar ao trabalho. Eles nem sequer tiveram direito de parar por 1 dia e não

tiveram o reconhecimento devido quando tratamos do que é o mais básico de um trabalhador, de uma

trabalhadora, que é o pagamento pelo trabalho realizado.

São muito importantes os avanços que estamos conquistando nos equipamentos de proteção

individual, que ainda assim são precários. Muitas vezes, eles colocam uma bota que machuca o pé

deles ou uma roupa que não os protege adequadamente, seja no frio seja no calor. Avançar sobre isso

é importante.

O Dia do Gari ter virado ponto facultativo no Distrito Federal foi uma conquista muito

importante dessa categoria. Mas, como a Mariel falou, o essencial para o reconhecimento e a

valorização é o dinheiro no bolso. A comissão geral é importante para destacar a discussão do projeto

de lei que está na Câmara dos Deputados e que vai reconhecer um piso nacional para os trabalhadores

e trabalhadoras da limpeza urbana.

Esse reconhecimento é extremamente importante, porque valoriza uma profissão essencial

para a nossa sociedade, mas que só é lembrada quando a crise acontece. Quando há paralisação das

atividades da limpeza urbana, em 3 dias, há uma pressão gigantesca para que se resolva a situação

logo, porque, quando o lixo começa a acumular na porta das casas e as ruas não são varridas

adequadamente, a valorização se torna importante e se lembra da essencialidade dessas pessoas.

Por isso, é muito importante uma comissão como esta para discutir a necessária valorização

financeira e social daqueles que sofrem tantas discriminações. Lembro-me daquela situação que

ocorreu na Asa Sul, quando proibiram uma gari de comer a refeição – que ela havia comprado no

próprio restaurante – dentro do restaurante.

Ela comprou a refeição às 11 horas, o restaurante nem sequer tinha aberto para atendimento

da clientela geral. Ela comprou a marmita para fazer sua refeição, e o restaurante a proibiu de comer lá

mesmo sendo a mesa lá fora – o restaurante ocupava um espaço público. Nós, no dia seguinte, fomos

lá e colocamos mais de 50 pessoas dentro daquele restaurante. Foram para lá 2 ônibus cheios, na hora

do almoço, era um pouco mais de meio-dia a hora em que chegamos. Fizemos isso como uma ação de

protesto.

Isso é importante, porque precisamos entender que todos os trabalhadores e todas as

trabalhadoras, assim como os garis, assim como o pessoal da limpeza urbana, todos aqueles que estão

atuando na rua, de certa forma, precisam de uma rede de proteção. A sociedade tem que cumprir isso.

Para vocês terem uma ideia, deputado Chico Vigilante, o pessoal que trabalha na entrega de bebidas é

proibido de usar o banheiro do próprio bar e restaurante onde entrega as mercadorias. Houve uma

greve do pessoal da bebida e, em 3 dias, o boteco estava pedindo arrego.

É importante a essencialidade. Apoiamos essa discussão, pois conquistas e melhorias precisam

avançar no dia a dia do trabalho deles. Fundamentalmente, apoiamos o reconhecimento financeiro com

o piso nacional, com a insalubridade e com a aposentadoria especial, que são conquistas que precisam

ser efetivadas para que valorizemos esses trabalhadores naquilo que é mais essencial a eles: dinheiro

no bolso, salário digno e respeito da sociedade. Parabéns ao trabalho de cada um e de cada uma.

(Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado. Muito obrigado ao

companheiro Rodrigo, presidente da Central Única dos Trabalhadores.

Concedo a palavra ao diretor-adjunto do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal, Cleison

Gadelha Queiroz.

CLEISON GADELHA QUEIROZ – Boa tarde a todos e a todas. Deputada federal Erika Kokay,

deputado Chico Vigilante, obrigado pela oportunidade de, em nome da presidência do SLU, estar

presente. Cumprimento também o Cláudio. No segundo dia de gestão do doutor Luiz Felipe, ele foi

uma das primeiras pessoas que recebemos lá no gabinete, justamente para poder entender um pouco

mais das necessidades dessa classe que tanto eu quanto o presidente Luiz Felipe respeitamos. Nós

agradecemos esse debate. Poder participar dele, para nós, é muito importante.

Há um projeto de lei, de autoria da deputada federal Mara, do PSDB, salvo engano, que, desde

2019, tramita na Câmara dos Deputados. Agradeço ao deputado Chico Vigilante por estar abrindo esse

debate para que possamos, em nome do Governo do Distrito Federal, fazer valer esse projeto de lei

para valorizar mais ainda o trabalho digno de vocês. Reconhecemos isso. Sempre que temos

oportunidade, tanto eu quanto o presidente Luiz Felipe, nas nossas quadras, quando encontramos

alguns de vocês, ou mesmo em alguns eventos, fazemos questão de valorizá-los e de reconhecer este

trabalho tão importante para o Distrito Federal.

Também estão presentes no plenário o nosso diretor de Limpeza Urbana, o doutor Álvaro, e a

nossa procuradora jurídica, a doutora Mariana. Costumamos reconhecer, em reuniões de diretoria, a

importância do trabalho de vocês lá na ponta. O doutor Álvaro está na parte operacional, sempre

ouvindo o Cláudio, o Raimundo Nonato, e procurando buscar, perante as empresas prestadoras de

serviço, cada vez mais dignidade e condições melhores para o trabalho de vocês.

Obviamente, lidamos sempre com seres humanos e não conseguimos ter 100% de tudo aquilo

que almejamos. Quero dizer que, em nome do Governo do Distrito Federal, do governador Ibaneis e da

atual gestão do SLU, no que depender de nós, faremos tudo para que a categoria de vocês e o

trabalho de vocês sejam cada vez mais reconhecidos.

Há pouco tempo, quando cheguei aqui, eu encontrei uma pessoa que considero uma guerreira,

a Valdirene, com quem, na última Corrida do Gari, no ano passado, tive oportunidade de correr. Ela

ficou em segundo lugar. A nossa colega Mara falou sobre atleta de alta performance. Os homens

largaram primeiro; as mulheres, em seguida. Quando eu olhei a Valdirene, mesmo com um problema

no joelho, ela estava me alcançando.

O deputado Jorge Vianna também estava na corrida. Ele disse que parou no meio do percurso

para atender uma pessoa. (Risos.) Quando eu olhei a Valdirene chegando perto de mim, falei: “Tenho

que correr um pouquinho mais, porque ela está correndo com 1 perna só”. Eu cheguei um pouquinho

na frente, mas a Valdirene chegou em segundo lugar na corrida. Isso demonstra determinação. Isso

demonstra o reconhecimento e a força de vontade no trabalho que vocês desenvolvem. De certa

forma, nós reconhecemos o trabalho de vocês. Se depender do SLU, nós vamos fazer de tudo para

fazer valer tudo aquilo que foi aprovado.

Pedimos ao presidente do sindicato que faça valer, nas entidades, nos bares e restaurantes, os

relatos que foram apresentados aqui, para que vocês sejam atendidos, sim, com relação aos banheiros

por exemplo. Lá no meu condomínio, o pessoal já sabe. Eu falo: “Se chegar algum gari precisando

esquentar a marmita ou usar o banheiro, tem que deixar”.

A iniciativa tem que partir de nós, cidadãos; tem que partir de cada ser humano, porque, do

outro lado, vocês são essenciais para a limpeza da nossa cidade e para a nossa saúde. Somos muito

gratos pelos trabalhos que vocês desenvolvem com tão grande dignidade, faça chuva ou faça sol.

Muito obrigado, deputados, pela oportunidade. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, Cleison.

Vejam como são as coisas. Esse projeto está tramitando há 6 anos na Câmara dos Deputados e

ainda não passou por todas as comissões. Isso acontece porque ele vai atender a pessoas pobres,

trabalhadores. Faz 6 anos que ele está andando. O presidente Lula resolveu taxar meia dúzia de ricos.

Menos de meio por cento da população brasileira seria taxada com IOF, mas os caras resolveram

derrubar a taxação dos ricos. Isso não durou nem 2 horas. Ontem, a matéria foi aprovada na Câmara

dos Deputados e no Senado. O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados e, em menos de 1 hora,

estava no Senado. O projeto também foi derrubado no Senado e hoje já foi promulgado, para que os

ricos não paguem impostos.

Mas projeto de trabalhador é assim, por isso temos que ter muito cuidado na hora de votar;

temos que saber, efetivamente, em quem votar. Muitas vezes colocamos os inimigos de classe lá

dentro.

Concedo a palavra ao companheiro Raimundo Nonato, lá do interior do Maranhão, Pirapemas,

comedor de peixe-pedra assado com farinha de puba e açaí. (Palmas.)

RAIMUNDO NONATO – Boa tarde aos companheiros e às companheiras. É muito bom estar

aqui. Quero mandar um boa-tarde para todos os trabalhadores de limpeza urbana, o famoso gari, do

Brasil.

Companheiros, na última audiência pública, fui um pouco mais incisivo. Havia muitas

autoridades e achei que esta casa hoje estaria cheia de deputados distritais, até porque, no dia 16 de

maio, vi um monte deles, companheiro Cláudio, no palanque, fazendo média. Mas hoje, quando o

trabalhador precisa ser reconhecido, eles preferem não aparecer para não se comprometerem. Ano que

vem é ano de eleição. Que possamos nos lembrar disso!

Em 1876, quando criaram a função de gari, o Brasil precisava de limpeza. Nós demos conta de

limpar, livramos o país de doenças como febre amarela, varíola e cólera.

Quem sabe, no ano que vem, precisemos mudar o local da limpeza. Porque ninguém no país

entende mais de limpeza do que os garis, os trabalhadores da limpeza urbana. Que, nas próximas

eleições, nós façamos uma limpeza nas câmaras municipais, nas câmaras estaduais, no Congresso

Nacional e em alguns governos! Nós precisamos ser vistos como voto, porque, como trabalhadores,

eles não nos enxergam – já se passaram 149 anos e eles ainda não nos viram.

Então, nós precisamos mudar a estratégia. É preciso que nós marquemos território, porque não

dá mais. Já falaram muito sobre limpeza urbana, eu não vou repetir, nós sabemos. Nós precisamos nos

lembrar de tudo que já foi dito.

Como disse o companheiro deputado Chico Vigilante, ontem, o Congresso Nacional insultou a

inteligência do povo brasileiro, tripudiou sobre ela. Enquanto deixam de taxar os milionários,

aumentam o número de deputados – foi aprovado ontem –, e nós é que paguemos a conta. E há 5

anos o nosso projeto de lei está no Congresso Nacional, com a mesma desculpa: não há fonte de

custeio.

Eu peguei minha calculadora e fiz uma conta: dividir R$46 mil por R$3.036 nos mostra que o

salário de 1 deputado equivale a 15 salários de gari. Recentemente, o presidente da Câmara dos

Deputados fez uma proposta para dobrar o salário dos deputados federais e ainda diz que não há

dinheiro. Isso é uma falácia. Em nome do corte de gastos, ele vira as costas para o fim da escala 6 por

1. O trabalhador precisa insistir nisto: quem não votar pelo fim da escala 6 por 1, no ano que vem não

merecerá o nosso voto. Quem não votar para aprovar a nossa lei, no ano que vem também não

merecerá o nosso voto. Temos que parar de ser aquilo que o ex-presidente disse: “Pobre só serve para

estar com o título na mão e o diploma de burro no bolso”.

Eu quero propor uma reflexão nesta tarde: pense sobre onde está a pessoa em quem você

votou. O companheiro deputado Chico Vigilante, todas as vezes em que nós precisamos, está presente;

a companheira Erika Kokay, desde 2002. E onde estão os bonecos que estavam na festa do gari? “Ah,

eu o admiro!” Se admira, mobilize-se para ajudar a aprovar a nossa lei. “Ah, é só um deputado

distrital.” Sim, mas ele tem ligação com um deputado federal, com um senador, e pode ajudar. Ele não

está aqui porque isso não interessa a ele.

Meu filho está ali dizendo: “Muito bem, pai”! (Risos.)

Venha cá, meu filho. (Palmas.)

Precisamos aprender a nos valorizar, porque os parlamentares de Brasília que reconhecem a

importância dessa categoria, que lutam para valorizar a nossa categoria, estão sentados nessa mesa:

deputado Chico Vigilante e deputada federal Erika Kokay. São companheiros de luta, de dia e de noite,

com sol e com chuva. Merecem o nosso voto. O ano que vem é ano de fazer a limpeza.

No começo, nós fizemos a limpeza de ratos e baratas. De repente, no ano que vem, serão os

bichos que estão adoecendo o Brasil, que estão acabando com a saúde, acabando com a educação

pública. Quando há 24 dias de greve e nenhuma proposta é apresentada, é para que o meu filho e o

seu continuem como garis, para que não estudem, para que não se formem, para que não cresçam na

vida. Isso é extremamente calculado e nós precisamos entender isso. Que no ano que vem os

professores deem aula, mas não votem nessa cambada! Que os garis façam a limpeza e os vigilantes

estejam exatamente vigilantes para ajudar a tirar do Congresso Nacional aqueles que trabalham dia e

noite para acabar com os nossos direitos!

Essa é a minha contribuição.

Um abraço a todos, vamos à luta e até a vitória.

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Quero, neste momento, registrar a

presença do diretor-presidente do Sindbeleza-DF, Daniel Borges; do diretor do Sindlurb-DF, Lucimar

Bolivar; o presidente do Sindicato dos Instrutores e Empregados em Auto e Moto Escolas do DF, Alan

Germano.

Vou passar a palavra à nossa querida companheira, que sempre digo que é a mulher das

causas impossíveis, porque em qualquer lugar deste Distrito Federal, aonde ninguém vai, lá está ela, a

deputada federal Erika Kokay. Por isso eu a batizei de mulher das causas impossíveis. Há uma santa no

céu, chamada Santa Rita de Cássia, que é a santa das causas impossíveis. Aqui em Brasília nós temos a

mulher das causas impossíveis, que é nossa companheira deputada federal Erika Kokay.

Concedo a palavra à deputada federal Erika Kokay.

ERIKA KOKAY – Começo parabenizando o deputado Chico Vigilante por promover esta

discussão, esta comissão geral.

Eu conheci a necessidade de os garis se organizarem no ano 2000. Eu era presidenta da

Central Única dos Trabalhadores, e os garis e as garis eram referenciados no Sindilimpeza. Esse

sindicato, à época, tinha uma direção que não respeitava a classe trabalhadora. Não se sabia qual era a

pauta que estava em reivindicação e o que estava sendo negociado. Depois, os trabalhadores eram

chamados para aprovar ou não a proposta que vinha do patronato.

A nossa primeira luta foi criar o Sindlurb para que vocês tivessem um sindicato próprio, um

sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras em limpeza urbana, para que, a partir daí, pudessem ser

estabelecidas as condições necessárias para dar dignidade a quem dá dignidade à cidade. Vocês dão

dignidade à cidade e à população e precisam ser respeitados com a dignidade que os trabalhadores e

as trabalhadoras merecem.

Àquela época, a limpeza urbana era do Estado, vinculada ao SLU, e houve um processo de

terceirização para a empresa Interpa. Nós vivenciamos momentos muito duros, porque não havia

equipamento de proteção individual e nenhuma condição de vocês terem água para o trabalho. Nós

negociamos muito e foi colocado um cantil onde se fervia a água. Então, a água a que os trabalhadores

tinham direito era quente. Lembro que fui a São Paulo para negociar com a Interpa melhores condições

de trabalho.

Vocês construíram um sindicato próprio, que teve muitas conquistas em toda a sua trajetória e

que hoje é respeitado por todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras de todas as categorias do

Distrito Federal. Vocês tiveram uma grande luta para que pudessem ter uma condição mais digna, uma

construção que deve ser permanente. É muita luta que vocês carregam.

Lembro que o primeiro movimento feito por vocês mostrou à cidade inteira, de forma muito

rápida, que ela não podia viver sem o trabalho de cada um e cada uma de vocês. Costumo dizer que,

quando se veste esse uniforme laranja, parece que a pessoa some, parece que ela não existe, ninguém

fala um bom-dia, ninguém fala um boa-tarde, é como se houvesse uma invisibilização. Mas, quando

vocês cruzam os braços, em pouquíssimo tempo, a sociedade percebe que não pode viver sem o

trabalho de cada um e cada uma de vocês.

O trabalho de vocês é fundamental para a existência da cidade. Ele é associado a uma pauta

central para a humanidade e para o governo federal, que é a pauta do meio ambiente.

Nós lutamos muito contra vários escândalos e abusos que aconteciam. Eu lembro muito de

uma vez em que, quando cheguei a um DL, às 13 horas, os coletores, os trabalhadores deveriam ter

voltado 6 horas antes e ainda não haviam voltado. Muitas vezes, a jornada não era respeitada. A

jornada precisa ser diminuída! Nós não vamos sossegar enquanto vocês não tiverem a jornada

diminuída e não tiverem o direito aos sábados. Vocês têm que ter direito aos sábados. (Palmas.)

Os coletores, que tinham essa jornada extenuante, chegavam quase na hora de sair de novo.

Como não davam conta, acabavam faltando e, assim, era cavada a demissão por justa causa –

primeiro era dada a advertência; depois, a suspensão e, depois, a justa causa. Portanto, um sindicato

que chame vocês para discutir qual é a pauta, que trabalhe junto com vocês para saber se vocês vão

aceitar ou não vão aceitar aquela proposta, que veja em que é preciso avançar é absolutamente

fundamental para que os trabalhadores e trabalhadoras possam ser respeitados.

Digo isso com muita consciência, porque fui presidenta do Sindicato dos Bancários de Brasília

por 2 mandatos consecutivos. Eu sei a força que um sindicato tem, porque, se for só 1 graveto, nós o

quebramos fácil, mas 100 gravetos nós não damos conta de quebrar; e 500 gravetos ninguém quebra.

A união de vocês é absolutamente fundamental para que vocês possam, enfim, ter

assegurados os direitos fundamentais. Por isso, nós temos acompanhado a discussão do projeto de lei

que assegura a regulamentação da profissão. Esse projeto diz respeito à insalubridade – porque tem

que se estabelecer uma gratificação –; diz respeito à jornada – é preciso diminuir a jornada –; e, ao

mesmo tempo, precisa assegurar o piso nacional e a aposentadoria especial.

Como foi dito aqui, vocês trabalham ao sol. Vocês não trabalham com ar-condicionado, com

tapete, atrás de uma mesa. Vocês trabalham ao sol e à chuva, todos os dias e em todos os momentos.

Uma categoria que não parou na pandemia foi a categoria dos trabalhadores e trabalhadoras de

limpeza urbana.

Esse projeto deve ser apreciado na Comissão de Finanças e Tributação, que é a penúltima

comissão. Ele já passou por outras comissões, e nós temos acompanhado isso. Deve ser apreciado na

próxima semana, ainda que, ao que parece, não tenha sido apresentado o relatório, mas já foi

comunicado. Nós já fizemos uma audiência pública na qual foi discutido o relatório, que é favorável à

proposição.

Então, há, ainda, 2 comissões para aprovar esse projeto. Nós queremos, antes do recesso,

fazer com que esse projeto passe pela Comissão de Finanças e Tributação. Quem estava na audiência

pública ou quem a acompanhou sabe que todos os que estavam ali reconheciam a importância de

vocês. Mas não adianta reconhecê-la falando que reconhece. É preciso reconhecê-la concretamente.

Reconhecer, de fato, a importância de vocês é assegurar a diminuição da jornada – que não haja

trabalho aos sábados –, é assegurar que vocês tenham um piso salarial, é assegurar a aposentadoria

especial e assegurar o adicional de insalubridade.

Essa é uma luta absolutamente prioritária para todos nós. O deputado Chico Vigilante também

tem acompanhado essa tramitação. Passando nessa comissão, o projeto vai para a Comissão de

Constituição e Justiça e de Cidadania. A nossa intenção é que seja aprovada essa proposição ainda este

ano. No ano que vem, que é ano eleitoral, o funcionamento do Congresso Nacional passa a ser mais

intermitente, não tão concreto e não tão contínuo como nos outros anos.

Nós queremos que seja aprovado esse projeto ainda no primeiro semestre, antes do recesso. É

preciso que nós consigamos trabalhar, porque há um acordo de procedimentos na Comissão de

Finanças e Tributação que atrasa muito a tramitação de todos os projetos. Nós precisamos construir as

condições para que nesse acordo possa haver uma exceção a fim de se aprovar, de pronto, o projeto

pelo qual cada um e cada uma de vocês lutam tanto.

Existe uma condição muito especial neste ano: a presidência dessa comissão está nas mãos do

deputado federal Rogério Correia, que é um deputado do PT de Minas Gerais e tem todo o

compromisso – e vocês sabem que ele tem – com a luta e a dignidade do exercício da profissão.

Por fim, o deputado Chico Vigilante tem razão. Havia uma pauta até as 23 horas e 30 minutos

de anteontem, e essa pauta de derrubar o decreto do Lula não estava prevista. O que diz o decreto do

Lula? Diz que as pessoas que ganham muito têm que pagar imposto. Se você for fazer um crediário na

Casas Bahia, como pessoa física, paga imposto. Uma empresa que fatura R$5 milhões, R$4 milhões

paga, proporcionalmente, a metade da alíquota que paga uma pessoa física que vai fazer um crediário

para comprar uma televisão, para comprar um fogão.

E o que nós queremos? Igualar essas empresas que ganham muito com a mesma alíquota,

com o mesmo percentual de imposto que cada um de nós paga. Cada um de nós, quando faz um

crediário, paga isso. O projeto do Lula não mexe com pessoas físicas, exceto aquelas que têm cartões

de crédito internacionais e que operam com câmbio. Durante o governo Bolsonaro, o imposto era de

6,38%, e agora se quer baixar o imposto para 3,5%, ou seja, a metade do que era pago durante o

governo Bolsonaro para operações com cartões internacionais e operações de câmbio.

Outro exemplo muito concreto é que se quer que paguem imposto aquelas pessoas que têm

previdência privada, mas não qualquer pessoa que paga de forma suada sua previdência privada.

Estamos falando de previdências privadas que, no ano de 2026, terão aporte de recursos de R$600 mil;

ou seja, só as previdências que recebem recursos de, no mínimo, R$600 mil por ano é que vão pagar

imposto. Quem tem uma previdência que recebe recursos menores do que, neste ano, R$300 mil e, em

2026, R$600 mil, quem tem uma previdência mais suada... Sabem o que significa R$600 mil ao ano?

Pelo menos, R$50 mil por mês. A pessoa paga todas as suas despesas e ainda investe R$50 mil por

mês em previdência privada. Não é o trabalhador, não é o assalariado que vai ser atingido por este

decreto. É quem ganhará ou aplicará, pelo menos, R$600 mil por ano em previdência privada em 2026.

Então, é imposto para os ricos.

Agora, imagine que você more num condomínio. O correto é que todos paguem pelo

condomínio de acordo com sua capacidade de contribuir. Mas há quem mora na cobertura, que tem

uma piscina, tem uma sauna, vive no bem bom e acha que não deve pagar imposto. Mas acha que o

zelador tem que pagar, que quem mora no primeiro andar tem que pagar, que quem mora no segundo

andar tem que pagar. Contudo, quem mora na cobertura com muito luxo acha que não tem o dever de

pagar. Lula quer mudar isso. Lula quer fazer com que os ricos paguem impostos e quer assegurar

políticas públicas para a população brasileira.

Com a queda desse decreto, o governo perderá, em seu orçamento, cerca de R$12 bilhões.

Quantas farmácias populares podem ser asseguradas com R$12 bilhões? Quantos benefícios do Bolsa

Família podem ser assegurados? Quantos imóveis do Minha Casa Minha Vida podem ser assegurados?

No programa Minha Casa Minha Vida, seriam gastos menos ou um pouco mais que esses R$12 bilhões

para fornecer habitação para a população da faixa 1, a população com renda mais baixa.

Essa matéria foi colocada em votação por volta das 22 horas ou 23 horas de anteontem, numa

sessão virtual, em que os deputados votavam por aplicativo, e o plenário estava esvaziado. Ela foi

colocada no Twitter do presidente da casa e depois é que foi para a pauta, ou seja, foi na calada da

noite que eles colocaram esse projeto para derrubar o decreto do Lula que taxa os mais ricos e

assegura recursos para os mais pobres.

Como disse o deputado Chico Vigilante, de uma hora para outra, eles votaram isso e, em

seguida, votaram no Senado de forma muito rápida. Mas, quando é um projeto como esse dos garis,

por cuja aprovação lutamos, há toda essa demora.

Nós temos convicção de que o projeto está avançando. Ele já passou por 2 comissões, está

avançando, vai avançar mais e vai se transformar em realidade. Esse projeto é uma entrega da

sociedade para quem tanto entrega à própria sociedade qualidade de vida e bem-viver. Vocês

asseguram o bem-viver e, portanto, deveriam ser considerados trabalhadores e trabalhadoras

essenciais, porque são essenciais.

Para concluir, lembro que tenho um projeto pronto que penaliza ou responsabiliza as pessoas

físicas e jurídicas que discriminam os garis e as garis. Ele deveria ir a plenário, mas não foi votado

porque uma parlamentar de Brasília chamada Bia Kicis não deixou que o projeto fosse votado naquele

dia. Ela disse que não tinha de votar projeto para eliminar discriminação para uma categoria só, coisas

desse tipo.

Temos de lutar também pela aprovação desse projeto. Ele está sob a relatoria do deputado

federal Reimont, do PT do Rio de Janeiro. Seu parecer é favorável. Ele está pronto para ser votado. O

regime de urgência dele já foi aprovado. O projeto estabelece que todas as pessoas físicas e jurídicas

que discriminarem os garis terão de pagar por isso, terão de ser responsabilizadas, terão de pagar

multas e que, se forem pessoas jurídicas e persistirem na discriminação, o nível de penalização deve

ser aumentado. (Palmas.)

Nós continuamos na luta.

Quero encerrar com uma palavra dirigida a cada um e a cada uma de vocês: gratidão pelo

trabalho de vocês. Cabe ao Congresso Nacional e à sociedade reconhecer esse trabalho.

Nós lutamos contra a jornada 6 por 1, porque as mulheres não têm o 1. O 1 é para limpar a

casa, arrumar a roupa, organizar a semana dos meninos e das meninas. Nós queremos vida além do

trabalho.

Nós queremos respeito para os trabalhadores e para as trabalhadoras da limpeza urbana.

Aprovemos já o projeto que dá dignidade a cada um e a cada uma de vocês e a todos nós. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, companheira Erika Kokay.

Ouviremos, agora, 3 companheiras que se inscreveram.

Concedo a palavra à Antônia Balbino da Silva, varredora. (Palmas.)

ANTÔNIA BALBINO DA SILVA – Em primeiro lugar, agradeço o convite para estar nesta sessão,

junto com meus companheiros.

Quero dizer ao deputado Chico Vigilante que ele é um homem guiado por Deus, porque era

para nós estarmos sentados lá em cima, não era para nós estarmos sentados aqui. Aqui era para estar

cheio de deputados, e só há esse tiquinho. Nós estamos aqui. Cadê os deputados?

Gente, vocês não podem votar nesse povo. Vamos mudar tudo, porque nós temos o poder de

fazer isso.

Vou contar como é uma semana minha de serviço desde quando comecei a trabalhar. Todos os

garis estão doentes, estressados. Eles trabalham com medo, fadigados. Se você perguntar a um gari

como ele está, ele não vai dizer nada de bom. Está todo mundo traumatizado, dolorido, com dores nos

pés, com dor nisso, com dor naquilo. E há essa demora toda para aprovar uma lei a fim de aumentar o

salário do gari, para nós termos um pouco de dignidade? É muito triste, é uma vergonha, é uma

desmoralização com a vida humana. Isso também é um...

Aquela senhora ali falou uma coisa que eu vou repetir para vocês: há garis que estão ficando

birutas. Sabe por quê, pessoal? Quando você entra em um lugar como este aqui, todo o seu corpo

sente o conforto; mas, quando você está na frente de um monte de lixo e você varre, varre, varre,

parece que o lixo aumenta cada vez mais. Quando chega à noite, você não consegue nem mexer a

perna direito, nem mexer o ombro direito, porque você varreu a sujeira de pessoas que nos

discriminam, que nos humilham, que se desfazem de nós.

A deputada federal Erika Kokay falou uma coisa que eu queria falar. Um dia, antes de Deus me

levar desta terra, eu quero ver nas paredes: é proibido discriminar pessoas que fazem limpeza e

assepsia na nossa cidade.

Deus abençoe a todos! Eu espero que, no ano que vem, vocês fiquem espertos. Obrigada a

todos. Deus abençoe! (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, Antônia.

Antônia, eu acho que os garis e as garis não podem se acostumar com a discriminação. Eu

moro no P Sul. Eu sempre saio cedo de casa. Um dia, eu estava saindo e as meninas estavam varrendo

a rua da minha casa. Aí, eu parei e as chamei: “Vamos tomar café aqui?” Uma delas disse: “Não, não

posso entrar”. Eu falei: “Como é que você não pode entrar?” “Não, não posso entrar.” Eu falei: “Venha

tomar o café comigo aqui.” Deu um trabalho para elas entrarem para tomar o café. Eu falei: “Elas

estão começando a se acostumar com a discriminação.” Não podemos aceitar isso. Portanto, foi muito

importante o teu depoimento.

Concedo a palavra a Maria Ester da Silva dos Santos.

MARIA ESTER DA SILVA DOS SANTOS – Eu venho agradecer a todos e a todas. Agradeço ao

Cláudio e ao deputado Chico Vigilante.

Eu vou falar poucas coisas, porque a minha parceira já falou tudo. Eu convivo com ela todos os

dias.

Há 2 anos, eu fui pedir água na casa de uma senhora, e ela colocou na minha água... Como é

que se fala aquele negócio branquinho que é para cachorro?

(Intervenção fora do microfone.)

MARIA ESTER DA SILVA DOS SANTOS – Creolina! Creolina! Ela colocou creolina na minha

água. Eu bebi a água e disse: “Isso está com gosto de veneno.”

Aí, a menina falou: “Isso que colocaram na sua água é creolina.” Eu joguei a água fora e pedi

outra água.

Eu tenho até medo de beber água. Eu não estou bebendo água por conta disso. A minha

parceira fala: “Beba água, Ester.” Eu tenho medo de pedir água, eu tenho medo.

Eu fui a uma distribuidora. Em distribuidora, não falta água, não é? Aí, eu pedi um copo d'água.

Eu estava morrendo de sede, deputado Chico Vigilante, naquele sol. Em agosto, é um sol terrível no

nosso lombo, que só falta nós ficarmos doidas. Aí, eu pedi um pouquinho d'água para a senhora:

“Senhora, me arrume um pouquinho d'água?” Ela disse: “Só tem água do banheiro.” Eu chorei,

deputado Chico Vigilante. Eu chorei, eu chorei. Sabe o que é chorar? Eu cheguei no meu parceiro e eu

chorei. Eu falei assim: “Sabe o que a mulher falou para mim? Que só tinha água do banheiro.” Você

entende a situação? Eu fiquei horrorizada.

Tenho outro caso para falar. Era meio-dia de um sábado. Com aquela fome, nós paramos para

comer. Nós ganhamos uma marmita. Eu estava sentadinha no cantinho. Um homem queria passar na

passarela e falou: “Sai daí, sua nojenta.” E chegou a cuspir no meu cabelo. Ele cuspiu no meu cabelo,

escarrou no meu cabelo. “Sai daí, sua porca nojenta. Era para você estar trabalhando, não aqui,

sentada, comendo.” Aí, eu falei: “O que é isso, moço? Não faz isso.” O rapaz que estava do meu lado

queria atingir ele. Eu falei: “Não faça isso. Você vai se sujar por besteira. Deixe esse homem para lá.

Eu lavo. Quando eu chegar em casa, eu lavo. Não precisa você se sujar por besteira.”

O que a Antônia já falou um pouquinho, com quem eu convivo... Já estou meio peidada na

cabeça. (Risos.) É sério, eu estou passando pelo psiquiatra. Eu não estou bem. O seu Cláudio sabe a

minha situação, ele sabe um pouquinho.

Um tempo atrás, já vai fazer 3 meses, meu pai estava no hospital e minha mãe também. Eu

estava um pouquinho assim... É muita coisa na minha cabeça, é problema com a empresa, são as

pessoas na rua esnobando a gente.

Eu estava com hemorragia também. Eu estava há 4 meses com hemorragia. Eu pedia para ir

ao banheiro das casas, mas falavam que não havia banheiro. Eu fui para a UTI. Os meus colegas estão

de prova. Eu fui para a UTI, eu estava com bebê nas minhas trompas e eu não sabia. Com 4 meses de

hemorragia. E ninguém dá banheiro para nós, deputado Chico Vigilante.

Cláudio, eu agradeço a vocês do sindicato. Gente, quem não se filiou se filie, porque olha quem

está aqui nos defendendo. São eles que estão aqui nos defendendo. Eles que estão aqui, você

entendeu? Eu agradeço muito a eles, porque todas as vezes que eu ligo “seu Cláudio, dona Celinha”,

eles estão de prontidão para me receberem.

Eu precisei do seu Cláudio e falei: “Seu Cláudio, estou precisando de umas férias emergentes,

porque meu pai e minha mãe vão para a UTI.” Meu pai chegou a falecer. A minha mãe está boa. O seu

Cláudio sabe de tudo isso aí que eu passei.

É isso que eu tenho a dizer. Deem mais valor a nós. Ajudem-nos a vencer, a sermos honestos

com os nossos serviços. Fazemos o básico na rua para sermos reconhecidos e nós não somos

reconhecidos. Nós somos discriminados na rua. Eu já fui assaltada, quase levei uma facada. Levaram o

meu celular, eu tenho ocorrência na delegacia. Às 6 horas e pouco da manhã, eu estava varrendo a

rua, chegaram 2 maletas, pedindo para eu ver a hora. Eu vou negar hora. Eu passei a hora para eles.

Eles pegaram por trás e colocaram a faca em mim e na minha parceira. Chegaram a levar o meu

celular, a minha parceira ainda recuperou o dela. O meu foi levado, foi vendido, mas foi recuperado.

É isso que eu tenho a falar.

Obrigada. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Obrigado. Vamos ouvir agora a Simone

Gonçalves Morais. Antes de a Simone falar, eu queria fazer uma proposta para o nosso diretor do SLU

Acho que seria importante o próprio SLU editar a lei da obrigatoriedade de se fornecer banheiro

para os garis. Vocês deveriam distribuir em todos os estabelecimentos e passar para a mão de cada

gari, para ele andar com essa lei na bolsa. Coloca o telefone do SLU. Se houver a discriminação, deve-

se informar a vocês para acionarem a polícia. Será o único meio com o qual vamos conseguir fazer com

que os garis e as garis sejam respeitados. (Palmas.)

Portanto, é um compromisso que eu quero de vocês do SLU.

Passo a palavra para a Simone Gonçalves Morais.

Você é gari, Simone?

SIMONE GONÇALVES MORAIS – Eu me solidarizo muito com esta categoria. Eu já fui de uma

categoria, há pouco tempo, muito discriminada, que são as empregadas domésticas. Cheguei a

participar de alguns fóruns de discussão. Talvez a empregada doméstica não seja tanto afetada,

porque às vezes você está na casa da patroa e você pode usar o banheiro, você pode fazer algumas

coisas diferentes dos garis, que estão nas ruas. A dificuldade é imensa e isso acarreta muitas doenças

e outras coisas.

Em primeiro lugar, queria falar aqui que, às vezes, por sermos muito humildes, não sabemos

dos nossos direitos. Então, eu queria ler um pedacinho do que diz a Constituição federal. A Constituição

brasileira garante a todos os cidadãos diversos direitos fundamentais, incluindo vida, liberdade,

igualdade, segurança, propriedade, além de outros direitos sociais, como saúde, educação e moradia. A

dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da República e orienta a interpretação e a

aplicação de todas as normas constitucionais.

Dentre esses direitos, temos alguns aqui que são básicos, que são os direitos sociais – acesso a

saúde, educação, moradia, trabalho, previdência social, lazer, entre outros –, que têm o objetivo de

garantir condições de vida digna. Digna!

Eu acho importante frisarmos essa questão de vida digna. Qual é a vida digna que nós estamos

tendo? Será que 2 salários mínimos nos garante vida digna? Eu sinceramente digo para vocês que os

que ganham 1 salário mínimo são assim com Deus, porque eles fazem milagres. Eles fazem milagres!

Quando vocês veem uma pessoa pagar aluguel, pagar comida, cuidar de filho, fazer tudo o que faz

com o salário mínimo, gente... Pelo amor de Deus! Isso é milagre!

Vocês estão aqui, hoje, para pedir uma coisinha mínima, um mínimo de dignidade, porque 2

salários mínimos, gente, é o mínimo do mínimo. Isso nem faz cócegas para se ter uma vida digna, uma

vida em que você possa levar seus filhos para passear, em que você possa levar seus filhos ao cinema,

em que você possa colocar comida – comida de verdade – na mesa para os seus filhos. Eu tenho

certeza de que há muitos aqui que, no dia a dia, às vezes, quando o filho pede 1 pão, não o tem. Eu já

passei por isso e eu tenho certeza de que muitos aqui passam por isso. Quando eu fui empregada

doméstica, eu passei por isso.

Eu quero que vocês coloquem isto na cabeça de vocês, quando se fala em fazer uma limpeza.

Esse Congresso que aí está é uma vergonha. É uma vergonha! Eles foram colocados lá para defender

os nossos interesses, mas, até hoje, o que eu vejo são eles defenderem os próprios interesses, como

aumento de salário e aumento de deputados, coisas que vão custar mais de R$150 milhões e, ao longo

de 4 anos, mais de R$600 milhões. E eles não têm dinheiro para dar um salário mínimo, um piso

mínimo para uma categoria que sofre tanto, para uma categoria que está todo dia fazendo a limpeza

da nossa cidade.

Se a categoria não estiver trabalhando, os hospitais não funcionam, se não estiver trabalhando,

com aquele monte de lixo que se acumula na porta das casas, as pessoas não conseguem nem sair. Aí,

falam em valorização, falam que valorizam, que o gari é isso, que o gari é aquilo, mas na hora de

colocar no papel... Cadê? Eu quero saber como fica aqui, no papel, eu quero saber da conta bancária,

se esse dinheiro chegou lá, se essa valorização chegou lá.

Vocês têm que abrir os olhos para ver em quem vocês estão votando, para saber quem vocês

estão colocando lá. Não se vendam por uma cesta básica. Não façam isso. Não vendam o seu voto por

nada. Tenham consciência.

Eu agradeço a oportunidade. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, companheira Simone

Gonçalves Otávio de Morais.

Concedo a palavra ao último inscrito, João Batista.

JOÃO BATISTA – Eu quero cumprimentar todos nesta tarde. Boa tarde.

Queridos, eu nem ia falar, mas o motivo de eu estar aqui é, exatamente, ter ouvido os

membros da mesa. Eu pude refletir sobre algumas cenas que me chamaram a atenção.

Eu jamais poderia deixar de cumprimentar o nosso deputado Chico Vigilante e a deputada

federal Erika Kokay, bem como os nossos companheiros do sindicato.

Eu passei por um momento muito crítico quanto à minha saúde.

Aquela moça que falou primeiro disse algo que me chamou a atenção. Por isso eu pedi para

usar a palavra.

Eu quero ressaltar, sem perda de tempo, rapidinho – porque as horas não nos esperam –, algo

quanto à questão da nossa saúde. Passei o meu tempo trabalhando na Estrutural, com todos os amigos

que estão sentados aqui e que me conhecem. Chegou um momento em que eu tive que parar de

trabalhar. Fui encostado pelo INSS por 6 meses. Se eu não me engano, em outubro eu dei entrada no

processo. No dia 28 de março, eu voltei ao médico. Chegando lá, eles não aceitaram que eu voltasse

ao trabalho. Então, eles me jogaram, outra vez, para o INSS. Eu pedi a Deus para que me desse a

cura, para eu continuar trabalhando. Sou pastor na cidade Estrutural, mas isso não vem ao caso. Nós

estamos em busca da nossa melhoria.

Eu quero, mais uma vez, ressaltar aos nossos integrantes da mesa que é necessário cuidarmos

da nossa saúde. Devido a esses meses afastado, eu corri atrás. Eu dei entrada no processo e, no dia

17 deste mês de junho, eu fui para a perícia. Cheguei lá e fiquei esperando. Falaram para mim que, às

21 horas, eu poderia ver o resultado. Estou com tudo nas mãos, estou com tudo comprovando o meu

problema, com 2 hérnias de disco e bursite. Estou trabalhando não porque eu quero, mas porque é

uma necessidade. Eu tenho família.

Eu até liguei para o nosso querido, que conversou comigo. Eu liguei para o INSS para

perguntar o que aconteceria, porque estou há quase 4 meses sem que me pagassem pelos dias que eu

fiquei parado. Eu perguntei como ficaria. Ele disse para mim: “O senhor vai entrar no Ministério

Público, com um advogado particular, e lá o senhor vai resolver o seu problema”.

Eu quero parabenizar os nossos integrantes da mesa. Somos seres humanos e precisamos de

respeito, seja na saúde seja em qualquer área, porque somos nós que cuidamos da nossa cidade.

Deus abençoe a todos em nome de Jesus.

Obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, companheiro.

Vamos para a rodada final. Eu acho que todos anotaram o que foi falado aqui.

Vou conceder 2 minutos a cada um dos integrantes da mesa.

Com a palavra a companheira Mariel Angeli Lopes, representante do Dieese.

MARIEL ANGELI LOPES – Obrigada, deputado Chico Vigilante, aos que estão aqui. Foi muito

importante escutar o que vocês estão falando. Eu estava conversando com a Cláudia sobre como

percebemos essas questões nos números. Vemos o rosto e o relato de cada um de vocês,

principalmente das mulheres, que ficam expostas a algumas violências que ainda não mensuramos

nessas pesquisas. É importante começar a considerar isso que as colegas comentaram aqui.

Eu gostaria de colocar o Dieese à disposição para continuar essa parceria com o Sindlurb e com

vocês, trabalhadores. Estamos juntos pelos próximos 70 anos para que possamos celebrar daqui a

alguns dias, quem sabe, a aprovação desse projeto de lei com todas as melhorias propostas.

Eu gostaria de comentar a fala da Ester sobre o salário mínimo. No Dieese, fazemos a pesquisa

de quanto seria a cesta básica e uma estimativa do salário mínimo necessário para uma família,

considerando um adulto que cuida das necessidades básicas, de si mesmo, de outro adulto e de 2

dependentes – poderiam ser 2 crianças. Em maio, pelo último dado que temos, esse valor foi de quase

R$7.000. Quantas pessoas no Brasil ganham R$7.000? São pouquíssimas pessoas.

Sobre o que foi falado aqui do piso, eu continuo batendo na tecla de que o dinheiro é o mais

importante, pois não é só o piso em si, mas também o aumento da insalubridade e a aposentadoria

mais cedo, e não a aposentadoria depois de se trabalhar com todas essas dificuldades e afastamentos

pelo INSS. Sabemos que é muito complicado entrar com o processo e sair o resultado.

Agradeço muito a todos e espero que tenhamos novas oportunidades de discutir as melhorias

da categoria, já passando para níveis acima.

Obrigada. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigada, Mariel.

Vamos ouvir agora a nossa pesquisadora Cláudia D’Arêde.

CLÁUDIA D’ARÊDE – Eu queria agradecer a todos vocês também. Estamos com o Fórum

Sindical Saúde e Ambiente de Trabalho, na Fiocruz, em parceria com a deputada federal Erika Kokay.

Ele tem sido muito importante para discutir com a categoria de limpeza urbana em Brasília. Estamos

disponíveis para conversar. Temos uma proposta para fazer uma formação com vocês. Depois

entraremos em contato para conversar mais sobre isso.

Espero que vocês consigam seus direitos, porque tudo que estamos discutindo nada mais é do

que direito. Estamos falando de direitos humanos. Como é importante que vocês falem e conversem

conosco! Sabemos que, por exemplo, com relação às mulheres, a situação extrapola o ambiente de

saúde e chega às violências a que vocês estão expostas.

Quero agradecer e dizer que estou pronta para estar com vocês como companheira de luta.

Obrigada. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, Cláudia.

Concedo a palavra ao presidente do Sindicato de Limpeza Urbana do Distrito Federal, José

Cláudio de Oliveira.

JOSÉ CLÁUDIO DE OLIVEIRA – Deputado Chico Vigilante, as companheiras foram ali falar um

pouquinho e falaram de temas sobre os quais eu havia mencionado aqui. Então, fazendo uma análise

daquilo que eu falei, quero dizer que, se formos ouvir cada trabalhador aqui, ouviremos a história de

uma doença. Esse serviço de limpeza urbana adoece nossos trabalhadores.

Um jogador de futebol tem a estimativa de jogar bola por 20 anos. O nosso trabalhador com

10 anos de serviço está praticamente inválido, porque adoece. Um coletor corre o dia inteiro, é um

atleta de alta performance. É melhor até que esses atletas que vivem com boa alimentação, com

salário e tudo. O nosso trabalhador passa o dia todo correndo atrás de um caminhão e, se você chamá-

lo para jogar 90 minutos, ele joga sem contusão, sem cansaço e, quando termina o futebol, ainda vai

para o boteco tomar uma. Esse trabalhador que vive atrás do caminhão coletando lixo é de alta

performance. Ele tem um condicionamento físico impressionante, mas, depois de 10 anos, tudo acaba:

não há mais qualidade de vida, não há saúde, aparecem problemas de coluna, tornozelo, joelho.

Todos eles – como eu relatei aqui – têm uma história para contar, tanto de discriminação,

como de saúde. Pena que não há tempo para cada um contar seu relato. Se tivéssemos tempo, com

esses trabalhadores presentes, ouviríamos pelo menos uma semana de relato.

Obrigado. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, Cláudio.

Vamos ouvir agora o companheiro Rodrigo Rodrigues, presidente da Central Única dos

Trabalhadores do Distrito Federal.

RODRIGO RODRIGUES – Deputado, mais uma vez enalteço sua iniciativa de realizar esta

comissão geral. Acho que é muito importante incluir na pauta desta Câmara Legislativa o debate sobre

a valorização dos trabalhadores da limpeza urbana.

Somo-me à queixa das companheiras que afirmaram que este local deveria estar lotado de

outros parlamentares e faço coro com quem disse que precisamos ter consciência na hora de votar no

ano que vem.

A limpeza precisa ser feita, Nonato. Um Congresso que é extremamente ágil e encontra

caminhos para proteger os ricos de terem que pagar imposto... Olha que ameaça severa aos ricos:

terão que pagar impostos. Quando isso acontece, rapidamente o Congresso se movimenta e protege os

ricos. Imposto é coisa para pobre pagar – segundo eles dizem. Esses parlamentares não sinalizam

nenhum gesto em defesa daqueles que fazem a limpeza da nossa cidade. Há 6 anos estão com o

projeto parado. Então, precisamos fazer a limpeza.

Temos que contar com parlamentares importantes, como o deputado Chico Vigilante e a

deputada federal Erika Kokay, que estão na luta e fazem com que a pauta da classe trabalhadora, a

nossa pauta, a pauta de quem trabalha para construir o Brasil seja lembrada diariamente.

Portanto, Nonato e Cláudio, manifesto mais uma vez a disposição da Central Única dos

Trabalhadores em se reunir com os seus sindicatos e divulgar a urgência da aprovação do projeto de

lei que valoriza os garis, para que façamos justiça nesta cidade, reconhecendo uma das mais

importantes profissões que existem.

Muito obrigado.

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, companheiro Rodrigo.

Concedo a palavra ao Cleison Gadelha Queiroz, diretor-adjunto do Serviço de Limpeza Urbana

do Distrito Federal.

CLEISON GADELHA QUEIROZ – Mais uma vez, quero enaltecer a iniciativa do deputado Chico

Vigilante, presidente desta mesa. Cumprimento a deputada federal Erika Kokay e todos vocês.

Nós vamos adotar a ideia de pedir que as empresas e o SLU rodem um resumo das legislações

aprovadas, que são direito de vocês, para que vocês possam andar com o normativo e ele ajude a

fazer valer os direitos de vocês. Eu sou advogado, deputado, e até para os advogados temos que fazer

valer as leis das prerrogativas. Nós sabemos que, em todas as classes – e nas menos favorecidas ainda

mais –, precisamos nos unir para fazer valerem os direitos. Nada melhor do que pessoas como as que

estão aqui e iniciativas como esta para fazer valer o direito de vocês.

No que depender do SLU, da presidência do SLU e do Governo do Distrito Federal, nós vamos

lutar por vocês. Se depender deste parlamento, eu tenho certeza de que também se empenharão para

que esse projeto de lei seja aprovado na Câmara dos Deputados o mais rápido possível – não é,

deputado? O senhor está sempre à frente dessa categoria. Tão logo seja aprovado, o SLU vai fazê-lo

valer para a categoria de vocês e aplicá-lo às empresas das quais vocês são colaboradores e por meio

das quais prestam serviço para o Distrito Federal.

No mais, meu muito obrigado pelo trabalho que, faça chuva ou faça sol, vocês estão sempre

desenvolvendo. Eu, particularmente, sou muito grato a todos vocês. Muito obrigado.

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Concedo a palavra ao diretor de

comunicação do Sindicato de Limpeza Urbana do Distrito Federal, Raimundo Nonato, que é do

Maranhão – como maranhense, tenho que ficar ressaltando meu estado a todo instante. (Risos.)

RAIMUNDO NONATO – Vou falar um pouco mais do mesmo tema.

Eu quero que vocês olhem bem para esta mesa e vejam os parlamentares que têm

compromisso com vocês. No ano que vem, um monte de pessoas vai bater à porta de vocês, pedindo

seu voto. Lembrem-se de quantos estavam lutando para vocês terem um pouquinho de dignidade.

Lembrar de nós só quando eles precisam não é reconhecimento. Na realidade, isso é escravidão. Os

senhores de escravos, anos atrás, no Brasil, nos matavam, nos humilhavam, nos espancavam. Quando

nossas filhas nasciam e estavam ficando mocinhas e eles as achavam bonitas, quando era do interesse

deles, na calada da noite, eles as buscavam e violentavam.

Hoje não é diferente. Hoje eles querem nos violentar nos escravizando. Eles não fazem nada

para melhorar a nossa vida, porque entendem que precisamos continuar escravos, trabalhando para

eles, para não termos nada e eles terem tudo. Para massagear nosso ego, ele nos chamam

colaboradores, mas o que nós somos mesmo é trabalhadores e companheiros dos trabalhadores.

Precisamos deixar isso claro no ano que vem. O ano que vem é ano de limpeza e ninguém entende de

limpeza tão bem quanto nós. Faremos uma limpeza no Congresso Nacional e jogaremos fora todos

aqueles que votaram contra o povo. E lembrem-se: Projeto de Lei nº 4.146/2020, aprova já! Projeto de

Lei nº 4.146/2020, aprova já! Projeto de Lei nº 4.146/2020, aprova já!

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Concedo a palavra à querida companheira

deputada federal Erika Kokay.

Penso que precisamos construir uma sociedade em que todas as pessoas que, todos os dias,

lutam por outras pessoas sejam valorizadas. Há uma frase de Nelson Mandela – que lutou tanto contra

o racismo, contra o apartheid na África do Sul – que diz: “Sabe o que conta na nossa vida? Como

fazemos com que a vida das outras pessoas se torne uma vida melhor.”

É exatamente isso que vocês fazem todos os dias. Portanto, é preciso que possamos agir. Eu

estava conversando com o Nonato sobre a realização de uma pesquisa a respeito da saúde dos

trabalhadores e das trabalhadoras da limpeza urbana, para que possamos demonstrar o que vocês

relatam aqui, como as dores osteomusculares e os impactos da discriminação.

Vocês se lembram daquele rapaz que estava usando o GPS? É uma verdadeira crueldade o que

acontecia nessa questão do GPS. Lutamos muito para que não houvesse a repetição de trajetos – às

vezes, faziam 8 vezes o mesmo percurso – porque o que contava era o que o GPS registrava, não o

que realmente acontecia – e vejam o quanto trabalhavam!

Lembram-se daquele rapaz que tentava fazer o GPS funcionar, alguém achou que ele estava

filmando outra pessoa e ele foi agredido? Precisamos de uma realidade em que possamos valorizar

quem nos valoriza. Vocês fazem aquilo que Mandela dizia: “Felizes são aqueles que, em suas vidas,

transformam a vida de outras pessoas em vidas melhores”.

Portanto, tenho orgulho dos trabalhadores e das trabalhadoras da limpeza urbana da minha

cidade e do meu país. E o projeto de lei vamos aprovar quando?

(Manifestação do público.)

ERIKA KOKAY – Vamos aprovar o projeto de lei quando?

(Manifestação do público.)

ERIKA KOKAY – Já! Dignidade para os garis e para as garis! (Palmas.)

E viva o Daniel! (Risos.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Muito obrigado, companheira.

Creio que o Cleison tenha anotado tudo o que foi dito aqui. Diante dos relatos sobre a

dificuldade até de tomarem esse precioso líquido que é a água, quero propor uma ideia ao SLU. Está

chegando o período de seca – o mês de agosto no Distrito Federal é terrível, não é? Hoje, há algumas

facilidades, como garrafas térmicas, que mantêm a água gelada o tempo todo.

Acho que isto é muito simples, e este seria o papel do SLU: assim como se exige que haja

vassoura, rodo, carrinho, que se inclua como equipamento para os garis e para as garis uma garrafa

um pouco maior que permita armazenar água suficiente para tomarem durante a jornada de trabalho.

A garrafa pode ser colocada em uma espécie de coldre. Isso acabaria com essa história de vocês serem

discriminados, de implorarem até por um gole d’água. Até parece que estamos no deserto, onde

precisamos batalhar por um copo d’água.

Portanto, quero sugerir isso ao SLU. É possível ser feito, não será caro e trará um pouco mais

de dignidade aos trabalhadores.

Quero fazer outra sugestão. Você, Cleison, é advogado e conhece efetivamente o serviço

público. Quero propor que vocês recepcionem 2 decretos recentes do presidente Lula sobre os

trabalhadores terceirizados no governo federal. O que deve prevalecer são as convenções coletivas da

categoria, e não outras invenções. (Palmas.)

Quero propor que vocês recepcionem esses decretos, para não acontecer mais o que já está

acontecendo. Adotaram no SLU a tal tabela Sinapi, e nós temos que ir constantemente ao Tribunal de

Contas para derrubar isso. No Aterro de Samambaia, usaram a tal tabela Sinapi e reduziram em quanto

o salário?

JOSÉ CLÁUDIO DE OLIVEIRA – Deputado Chico Vigilante, quero aproveitar que o Álvaro está

presente e dizer que saiu uma decisão ontem para suspender a licitação de segunda-feira e para o

aterro sanitário utilizar a Convenção Coletiva de Trabalho. Inclusive, vou protocolar isso amanhã cedo.

Ontem saiu o resultado para aplicar a convenção coletiva no aterro sanitário e suspender a

licitação da URE. Lá também utilizam a tabela Sinapi. Espero que o SLU respeite essa decisão e cumpra

a convenção coletiva no aterro sanitário; e, de imediato, suspenda a licitação da URE, porque essa

licitação que adota a tabela Sinapi é uma vergonha para nosso trabalhador.

Para vocês terem noção, o tíquete e o salário de uma pequena parte dos nossos garis – dos

nossos trabalhadores que estão no aterro sanitário e que utilizam a tabela Sinapi – não são os mesmos

de vocês. Eles estão fora do plano de saúde, do plano odontológico, não têm auxílio-creche. Lá não

estão concedendo esse direito aos trabalhadores. A tendência era para se estender isso para toda a

limpeza urbana, conforme foi dito na reunião da qual participei.

Com essa decisão do aterro sanitário e da URE, espero que, nos lotes grandes, o edital, que já

é excepcional, respeite a nossa convenção coletiva. (Palmas.)

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Por isso estou propondo que seja

recepcionado esse decreto do presidente Lula, que determina que sejam respeitadas as convenções

coletivas da categoria – não de categoria inventada, como estavam fazendo com as secretárias. Eles

pegaram um sindicato de metalúrgicos de Brasília e de Goiás, que nem existe, em que o tíquete da

secretária era de R$40 e o do sindicato de metalúrgicos era de R$20. Com isso, as secretárias estavam

perdendo R$1.000 de salário.

Portanto, é importante o SLU fazer as licitações em cima do que prevê a convenção coletiva,

pois o pessoal já ganha tão pouco.

JOSÉ CLÁUDIO DE OLIVIERA – Lembro-me da usina, deputado Chico Vigilante, onde o salário

do carreteiro, que é R$3.700, estava em R$1.700. Resolvemos o problema da usina, que se estendeu

para o aterro, mas saiu a cautelar favorável para o aterro sanitário. Agora, o problema está se

estendendo para a URE. Nós temos essa licitação dos 3 lotes grandes, que é uma preocupação do

sindicato, e nós não vamos deixar que isso se estenda para vocês também.

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Portanto, como resultado desta audiência

de hoje – iremos promover outras –, estamos pedindo ao SLU que respeite a Convenção Coletiva de

Trabalho e não utilize essa tabela Sinapi, porque ela é suicida para os trabalhadores.

Quero agradecer aos servidores do meu gabinete, que proporcionaram que esta audiência

pública acontecesse; ao Cerimonial, às companheiras Daniela e Júlia; ao pessoal da Polícia Legislativa;

ao pessoal do Apoio ao Plenário e do Audiovisual; ao pessoal da TV Câmara Distrital, que transmite

esta audiência, que depois será repetida e vocês podem copiar, distribuir nas redes sociais de vocês,

isso está autorizado; ao pessoal da copa, à Sandrinha e às meninas. Eu sempre cito o exemplo da

Sandrinha. Ela trabalha na copa, é estudante, casada, mora no Recanto das Emas, é mãe de família.

Todo os dias, às 12 horas, ela se tranca na biblioteca da Câmara Legislativa, que é muito boa, para

ajudar na complementação dos estudos dela. Agora, no mês de agosto, ela conclui o curso superior

dela. Portanto, é uma menina realmente dedicada, que merece aplausos. (Palmas.)

Agradeço ao pessoal da equipe da limpeza interna da Câmara Legislativa; às trabalhadoras

terceirizadas; aos brigadistas; aos enfermeiros também.

JOSÉ CLÁUDIO DE OLIVEIRA – Deputado Chico Vigilante, só lembrando que na usina foi

resolvido o problema. Foi nessa gestão do SLU.

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Sim, exatamente. Foi nessa atual gestão

que resolvemos o problema da usina.

JOSÉ CLÁUDIO DE OLIVEIRA – Espero que se resolva o problema do aterro agora.

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Não tenho dúvida de que eles resolverão.

JOSÉ CLÁUDIO DE OLIVEIRA – Assim como fez do aterro, ou da usina, eles vão... Ele está se

comprometendo comigo aqui que, a partir de amanhã, estará resolvido. (Risos.)

CLEISON GADELHA QUEIROZ – Nós dependemos das legislações, mas aquilo que for realmente

determinado faremos cumprir. Dentro da legalidade, procuramos fazer o que é melhor para todos

vocês. Naquilo que depender do SLU, vocês podem contar conosco. Já falei isso aqui, em nome da

presidência do SLU.

PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Obrigado.

Cadê os brigadistas, para serem aplaudidos? Agradeço aos vigilantes da casa, aos

companheiros terceirizados. Cadê eles? Agradeço aos meninos e às meninas tradutores de Libras, que

ficam ali o tempo todo transmitindo. Aplausos para vocês, meninas e meninos.

Reconheço que esta audiência foi extremamente agradável. Até quero, antes de encerrar, fazer

um pedido ao nosso diretor-adjunto do SLU: nunca chame essa turma de colaboradores. Eu gosto que

sejam chamados de trabalhadores. (Palmas.) Implementem isso no SLU. Nunca permita que sejam

chamados de colaboradores. Colaborador, no meu ponto de vista, foi uma maneira que encontraram

para acabar com a luta de classes no Brasil, de negar a identidade da classe trabalhadora, porque, na

medida em que se é colaborador, não se é trabalhador. Portanto, somos empregados e temos orgulho

de ser empregados, com carteira assinada.

Estão fazendo uma campanha terrível contra a carteira, xingando as pessoas que são CLT.

Quero ver como teremos direitos sem a CLT. Portanto, faremos questão de ser CLT, para ter nossos

direitos assegurados. Não somos colaboradores, somos trabalhadores de carteira assinada. E gostamos

também de fazer greve quando somos desrespeitados.

Agradeço às autoridades e aos demais convidados que honraram a Câmara Legislativa do

Distrito Federal com sua presença.

Muito obrigado a todos. Estão encerrados os nossos trabalhos.

Como não há mais assunto a tratar, declaro encerrada a presente comissão geral, bem como a

sessão ordinária que lhe deu origem.

Observação: nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos conforme

informados pelos organizadores dos eventos.

Todos os discursos são registrados sem a revisão dos oradores, exceto quando indicado, nos termos do Regimento Interno da

Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Siglas com ocorrência neste evento:

CUT – Central Única dos Trabalhadores

Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

Sinapi – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil

Sindlurb-DF – Sindicato de Limpeza Urbana do Distrito Federal

SLU – Serviço de Limpeza Urbana

URE – Unidade de Recebimento de Entulhos

UTI – Unidade de Terapia Intensiva

As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.

Documento assinado eletronicamente por ALESSANDRA RODRIGUES BARBOSA - Matr. 24419, Chefe do

Setor de Registro e Redação Legislativa - Substituto(a), em 01/07/2025, às 12:46, conforme Art. 30, do

Ato da Mesa Diretora n° 51, de 2025, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 62, de

27 de março de 2025.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:

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Código Verificador: 2217677 Código CRC: EEB7EB5E.

...ATA DE SESSÃO PLENÁRIA3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURAATA CIRCUNSTANCIADA DA58ª SESSÃO ORDINÁRIA,TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERALPARA DEBATER A SITUAÇÃODOS TRABALHADORES EM LIMPEZA URBANA,DE 26 DE JUNHO DE 2025.INÍCIO ÀS 15H01 TÉRMINO ÀS 17H33PRESIDENTE DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT) – Sob a proteção de Deus, i...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Designação de Relatorias 1/2025

CFGTC

 

Designa��o de Relatores - CFGTC

De ordem do Senhor Presidente da Comiss�o de Fiscaliza��o, Governan�a, Transpar�ncia e Controle - CFGTC, nos termos dos arts. 89, inciso VI, e 167, � 3�, do Regimento Interno da CLDF, informo que a proposi��o a seguir relacionada foi distribu�da ao membro desta Comiss�o para proferir parecer.

PRAZO PARA PARECER: 16 DIAS �TEIS.

DEPUTADO IOLANDO

PL 1799/2025

 

 

 

 

Bras�lia, 03 de julho de 2025.

 

ELAINE CRISTINA ALVES DA SILVA
Secret�rio da Comiss�o de Fiscaliza��o, Governan�a, Transpar�ncia e Controle


 


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Documento assinado eletronicamente por ELAINE CRISTINA ALVES DA SILVA - Matr. 22652, Secret�rio(a) de Comiss�o, em 03/07/2025, �s 16:09, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Designa��o de Relatores - CFGTC De ordem do Senhor Presidente da Comiss�o de Fiscaliza��o, Governan�a, Transpar�ncia e Controle - CFGTC, nos termos dos arts. 89, inciso VI, e 167, � 3�, do Regimento Interno da CLDF, informo que a proposi��o a seguir relacionada foi distribu�da ao membro desta Comiss�o para profer...
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Atos 148a/2025

Mesa Diretora

ANEXO I

PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA DO FASCAL

EXERCÍCIO 2 0 2 6

DETALHAMENTO POR ELEMENTO DE DESPESA

ORÇAMENTO FISCAL R$ 1,00

E T PROPOSTA DO FASCAL PARA

PROGRAMA DE TRABALHO N

O 2 0 2 6

F

MANUTENÇÃO DO FUNDO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE 74.622.915

DOS SERVIDORES DA CLDF

33.90.39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 100 35.095.847

33.90.39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 170 6.000.000

33.90.39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 171 29.150.002

33.90.92 - Despesas de Exercícios Anteriores 100 4.377.066

RESSARCIMENTOS, INDENIZAÇÕES E RESTITUIÇÕES DO FASCAL 1.100.000

33.90.92 - Despesas de Exercícios Anteriores 171 75.000

33.90.93 - Indenizações e Restituições 171 1.025.000

Fonte 100 = Ordinário Não-Vinculado

Fonte 170 = Remuneração de Depósitos Bancários de Fundos

Fonte 171 = Recursos Diretamente Arrecadados

TOTAL DO F A S C A L 75.722.915

...ANEXO IPROPOSTA ORÇAMENTÁRIA DO FASCALEXERCÍCIO 2 0 2 6DETALHAMENTO POR ELEMENTO DE DESPESAORÇAMENTO FISCAL R$ 1,00E T PROPOSTA DO FASCAL PARAPROGRAMA DE TRABALHO NO 2 0 2 6FMANUTENÇÃO DO FUNDO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE 74.622.915DOS SERVIDORES DA CLDF33.90.39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 100 35.09...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Portarias 18/2025

Terceiro Secretário

 

Portaria do Secret�rio-Executivo da 3� Secretaria N� 18, DE 03 DE julho DE 2025

 

O SECRET�RIO-EXECUTIVO DA TERCEIRA SECRETARIA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais e nos termos do Ato da Mesa Diretora n� 150, de 2023, RESOLVE:

Art. 1� Aprovar o Plano de Trabalho do Setor de Ata e S�mula - SEAS, doc SEI 2220392

Art. 2� Esta Portaria entra em vigor na data de sua publica��o.

 

Bras�lia, 03 de julho de 2025

 

 

rusembergue barbosa de almeida

Secret�rio Executivo

 

 

 


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Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr. 21481, Secret�rio(a)-Executivo(a), em 03/07/2025, �s 13:44, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Portaria do Secret�rio-Executivo da 3� Secretaria N� 18, DE 03 DE julho DE 2025   O SECRET�RIO-EXECUTIVO DA TERCEIRA SECRETARIA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais e nos termos do Ato da Mesa Diretora n� 150, de 2023, RESOLVE: Art. 1� Aprovar o Plano de Trabalho do Se...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Despachos 1/2025

Ordenador de Despesas

 

Despacho 

DESPACHO DO ORDENADOR DE DESPESA

 

PROCESSO 00001-00020650/2024-29. CREDOR: FP0101010 - FOLHA DE PAGAMENTO ATIVO - 010101-CLDF. ASSUNTO: Reconhecimento de d�vida de exerc�cios anteriores (2010 e 2017), referente ao rec�lculo das parcelas de convers�o em pec�nia dos per�odos de licen�a-pr�mio, incluindo em sua base de c�lculo a proporcionalidade de 1/12 do d�cimo terceiro e de 1/12 do ter�o constitucional de f�rias para cada m�s convertido em pec�nia, para pagamento a servidores INATIVOS, conforme Ato da Mesa Diretora n� 68, de 2024, publicado no DCL n� 108, de 21 de maio de 2024 (SEI 1805442). Tal diferen�a decorre de novo entendimento do per�odo prescricional, determinado pelo Ato da Mesa Diretora n� 3, de 2025, publicado no DCL n� 23, de 30 de janeiro de 2025 (SEI 2024304), que adotou os marcos temporais e demais termos da Decis�o Administrativa TCDF n� 55, de 2023 (SEI 2024318), na forma da Decis�o TCDF n� 4784, de 2024, (SEI 2024317). (Classifica��o or�ament�ria: 31.90.92-94). Conforme C�lculo Planilha Inativos - rec. d�vida - listas 013_014 (SEI 2217547), Despacho Reconhecimento de d�vida - listas 013_014 (SEI 2217548), Despacho DGP (SEI 2217786) e Despacho DAF (SEI 2218261). VALOR: R$ 64.310,86 (Sessenta e Quatro Mil e Trezentos e Dez Reais e Oitenta e Seis Centavos). PROGRAMA DE TRABALHO: 28.846.0001.9041 - CONVERS�O DE LICEN�A PR�MIO EM PEC�NIA - SERVIDOR INATIVO. ELEMENTO DE DESPESA: 3190-92 - DESPESAS DE EXERC�CIOS ANTERIORES. RECONHECEMOS A D�VIDA E AUTORIZAMOS A REALIZA��O DA DESPESA, determino a emiss�o da Nota de Empenho, da Nota de Lan�amento e da Ordem Banc�ria em favor do credor e no valor especificado.

Nome CPF Ref. Ano Base Corre��o Total geral
JOSE LUIZ BERGAMASCHI 098.***.***-82 2010 2015 R$ 9.520,60
ELISETE HELENA DE BRITO 179.***.***-68 2017 2017 R$ 54.790,26
TOTAL R$ 64.310,86
 
JO�O MONTEIRO NETO

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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secret�rio(a)-Geral da Mesa Diretora, em 02/07/2025, �s 19:04, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Despacho  DESPACHO DO ORDENADOR DE DESPESA   PROCESSO 00001-00020650/2024-29. CREDOR: FP0101010 - FOLHA DE PAGAMENTO ATIVO - 010101-CLDF. ASSUNTO: Reconhecimento de d�vida de exerc�cios anteriores (2010 e 2017), referente ao rec�lculo das parcelas de convers�o em pec�nia dos per�odos de licen�a-pr�mio, incluindo...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Extratos - CLDF - Saúde 3/2025

 

Extrato de Ratifica��o Inexigibilidade Licita��o 

Bras�lia, 02 de julho de 2025.

Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1� de abril de 2021 e altera��es. Justificativa: Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autoriza��o da despesa: pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratifica��o: pelo Diretor do FASCAL, conforme compet�ncia delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente n� 255/2024, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 102, em 15 de maio de 2024.

Processo SEI n.� 00001-00026986/2025-86​​​​. Contratada: RESOLUTIVA PSICOTERAPIA LTDA., CNPJ: 48.841.160/0001-90 Objeto: presta��o de servi�os de Psicologia Cl�nica conforme Laudo T�cnico de Vistoria para Credenciamento n� SEI 2220570 e despacho da per�cia m�dica do FASCAL n� SEI 2223786.

Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1� de abril de 2021, a inexigibilidade de licita��o de que trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais. Publique-se para as provid�ncias complementares.

 

ANDERSON MOTTA BARBOSA

Diretor do FASCAL - Substituto


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Documento assinado eletronicamente por ANDERSON MOTTA BARBOSA - Matr. 24183, Diretor(a) do Fascal - Substituto(a), em 03/07/2025, �s 14:58, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Extrato de Ratifica��o Inexigibilidade Licita��o  Bras�lia, 02 de julho de 2025. Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1� de abril de 2021 e altera��es. Justificativa: Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autoriza��o da despesa: pelo Ordenador de Despesa, Geo...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Extratos - CLDF - Saúde 4/2025

 

Extrato de Ratifica��o Inexigibilidade Licita��o 

Bras�lia, 03 de julho de 2025.

Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1� de abril de 2021 e altera��es. Justificativa: Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autoriza��o da despesa: pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratifica��o: pelo Diretor do FASCAL, conforme compet�ncia delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente n� 255/2024, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 102, em 15 de maio de 2024.

Processo SEI n.� 00001-00027095/2025-47​​​​. Contratada: SUPERAR CLINICA PSICOPEDAGOGIA LTDA MATRIZ, CNPJ: 55.650.708.0001/80 Objeto: presta��o de servi�os de Terapias Seriadas conforme Laudo T�cnico de Vistoria para Credenciamento n� SEI 2221804 e despacho da per�cia m�dica do FASCAL n� SEI 2224665.

Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1� de abril de 2021, a inexigibilidade de licita��o de que trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais. Publique-se para as provid�ncias complementares.

 

ANDERSON MOTTA BARBOSA

Diretor do FASCAL - Substituto


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Documento assinado eletronicamente por ANDERSON MOTTA BARBOSA - Matr. 24183, Diretor(a) do Fascal - Substituto(a), em 03/07/2025, �s 15:01, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Extrato de Ratifica��o Inexigibilidade Licita��o  Bras�lia, 03 de julho de 2025. Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1� de abril de 2021 e altera��es. Justificativa: Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autoriza��o da despesa: pelo Ordenador de Despesa, Geo...
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DCL n° 137, de 04 de julho de 2025

Extratos - CLDF - Saúde 5/2025

 

Extrato de Ratifica��o Inexigibilidade Licita��o 

Bras�lia, 03 de julho de 2025.

Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1� de abril de 2021 e altera��es. Justificativa: Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autoriza��o da despesa: pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratifica��o: pelo Diretor do FASCAL, conforme compet�ncia delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente n� 255/2024, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 102, em 15 de maio de 2024.

Processo SEI n.� 00001-00027195/2025-73. Contratada: KA CLINICA DE PSICOLOGIA LTDA., CNPJ: 03.275.383/0001-07 Objeto: presta��o de servi�os de Psicologia conforme Laudo T�cnico de Vistoria para Credenciamento n� SEI 2223205 e despacho da per�cia m�dica do FASCAL n� SEI 2224693

Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1� de abril de 2021, a inexigibilidade de licita��o de que trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais. Publique-se para as provid�ncias complementares.

 

ANDERSON MOTTA BARBOSA

Diretor do FASCAL - Substituto


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Documento assinado eletronicamente por ANDERSON MOTTA BARBOSA - Matr. 24183, Diretor(a) do Fascal - Substituto(a), em 03/07/2025, �s 15:47, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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DCL n° 138, de 07 de julho de 2025

Atos 146/2025

Mesa Diretora

 

Ato da Mesa Diretora N� 146, DE 2025

Aprova delibera��es constantes da Ata da 26� Reuni�o do Gabinete da Mesa Diretora.

A MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribui��es regimentais, e considerando o disposto no Ato da Mesa Diretora n� 150, de 2023, RESOLVE:

Art. 1� Ficam aprovadas as delibera��es constantes dos itens 1, 2, 4, 5, bem como a relativa ao Processo SEI n� 00001-00015829/2025-45, consignadas na Ata da 26� Reuni�o do Gabinete da Mesa Diretora, realizada em 26 de junho de 2025.

Art. 2� Este Ato entra em vigor na data de sua publica��o.

 

Sala de Reuni�es, 1� de julho de 2025.

 

DEPUTADO WELLINGTON LUIZ

Presidente

   

DEPUTADO RICARDO VALE

1� Vice-Presidente

DEPUTADa paula belmonte

2� Vice-Presidente

   

DEPUTADO pastor daniel de castro

1� Secret�rio

DEPUTADO roosevelt

2� Secret�rio

   

DEPUTADO martins machado

3� Secret�rio

DEPUTADO rob�rio negreiros

4� Secret�rio


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Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. 00142, Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 01/07/2025, �s 18:04, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. 00169, Segundo(a) Vice-Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 01/07/2025, �s 18:09, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por ROBERIO BANDEIRA DE NEGREIROS FILHO - Matr. 00128, Quarto(a)-Secret�rio(a), em 01/07/2025, �s 19:53, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Primeiro(a) Vice-Presidente da C�mara Legislativa do Distrito Federal, em 02/07/2025, �s 10:29, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 16:44, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-Secret�rio(a), em 02/07/2025, �s 17:39, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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DCL n° 138, de 07 de julho de 2025

Portarias 192/2025

Secretário-Geral

 

Portaria do Secret�rio-Geral N� 192, de 04 DE JULHO DE 2025

 

O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/2025, RESOLVE:

 

Art. 1� DESIGNAR os Fiscais da Contrata��o Direta de Inexigibilidade n� 29/2025, por meio das Notas de Empenho 2025NE00483, 2025NE00484, 2025NE00485, 2025NE00486 e 2025NE00487, firmada entre a C�mara Legislativa do Distrito Federal e a empresa SUPREME CAPACITACAO E TREINAMENTO LTDA, inscrita no CNPJ sob o n� 34.370.234/0001-42, para ministrar a Trilha de Desenvolvimento Gerencial da Elegis, in company, composta por 5 cursos nas modalidades presencial e on-line, com aulas ao vivo, carga hor�ria total de 70 horas e previs�o de atendimento a at� 280 participantes. Processo n� 00001-00010999/2025-33.

 

Art. 2� Os Fiscais designados por esta Portaria s�o os seguintes servidores, aos quais cabe exercer as atribui��es previstas na Lei n� 14.133/21:

 

NOME

MATR�CULA

LOTA��O

FUN��O

Thais de Oliveira Alcantara

23.676

ELEGIS/NEP

Fiscal

Frederico Coelho Krause

24.698

ELEGIS/NEP

Fiscal Substituto

 

Art. 3� Este Ato entra em vigor na data de sua publica��o.

 

Art. 4� Revogam-se as disposi��es em contr�rio.

 

JO�O MONTEIRO NETO

Secret�rio-Geral/Presid�ncia


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secret�rio(a)-Geral da Mesa Diretora, em 04/07/2025, �s 18:13, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Portaria do Secret�rio-Geral N� 192, de 04 DE JULHO DE 2025   O SECRET�RIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/202...
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DCL n° 138, de 07 de julho de 2025

Avisos - Contratos 1/2025

 

Aviso de Penalidade 

Bras�lia, 03 de julho de 2025.

 

AVISO DE APLICA��O DE PENALIDADE

 

Processo 00001-00032428/2021-26. O ORDENADOR DE DESPESAS DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XV, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025, publicado no DCL n� 7, de 8/01/2025, considerando o disposto no art. 156, II, da Lei Federal n� 14.133/2021, e no art. 14, VI, "b", do AMD n� 92, de 2024, RESOLVE aplicar a penalidade de MULTA, no valor de R$ 3.498,45 (tr�s mil quatrocentos e noventa e oito reais e quarenta e cinco centavos), � empresa QUALITE DISTRIBUIDORA EIRELI, inscrita no CNPJ/MF sob o n� 16.754.240/0001-11, com base no item 11.3.1, VI, (b), do Contrato-PG n� 46/2024-NPLC, em raz�o da entrega dos itens contratados com atraso de 68 (sessenta e oito) dias corridos, ocorrendo a viola��o do prazo de entrega, nos termos dos itens 6.1 e 6.2, do Termo de Refer�ncia - Anexo I do Edital do Preg�o Eletr�nico n� 90028/2024-CLDF. JO�O MONTEIRO NETO - Ordenador de Despesas da C�mara Legislativa do Distrito Federal.


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Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secret�rio(a)-Geral da Mesa Diretora, em 03/07/2025, �s 19:13, conforme Art. 30, do Ato da Mesa Diretora n� 51, de 2025, publicado no Di�rio da C�mara Legislativa do Distrito Federal n� 62, de 27 de mar�o de 2025.


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...  Aviso de Penalidade  Bras�lia, 03 de julho de 2025.   AVISO DE APLICA��O DE PENALIDADE   Processo 00001-00032428/2021-26. O ORDENADOR DE DESPESAS DA C�MARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso da atribui��o que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XV, do art. 1�, do Ato do Presidente n� 12, de 2025,...

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