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Os suplentes de deputado em exercídio, Berinaldo Pontes (PP) e Raad Massouh (DEM), reclamaram na sessão ordinária desta quarta-feira do que chamaram de "pressão" dos titulares. Berinaldo defendeu a imediata regulamentação do exercício dos mandatos pelos suplentes. Para ele, a falta de regras claras é ruim para a democracia.

Já o deputado Massouh foi mais duro e exigiu respeito. "Tive mais de nove mil e 400 votos. Não sou suplente da senhora Eliana Pedrosa. Sou suplente do Democratas", disse, em referência às ameaças de retorno da deputada titular à Câmara.

Raad Massouh denunciou que desde o início do ano seu gabinete funciona com apenas seis dos 24 servidores lotados em seu gabinete. "Onde estão os outros servidores? Desde janeiro venho denunciando esta situação. Se tiver que deixar o mandato, sairei de cabeça erguida e não passarei por nenhuma humilhação", completou.

O deputado Paulo Tadeu (PT) lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu recentemente que os mandatos não são dos parlamentares, mas sim dos partidos. Na opinião dele, o assunto levantado por Massouh deve ser discutido internamente no Democratas. "Servidor do gabinete é responsabilidade do parlamentar", enfatizou.

Já o presidente da Câmara, deputado Alírio Neto (PPS), disse que o tema merece ser melhor discutido e sugeriu que o deputado Reguffe (PDT), que levantou a questão da regulamentação dos suplentes pela primeira vez, tome a iniciativa de propor novas regras para análise.