Situação dos moradores da Fercal é debatida em audiência pública
Situação dos moradores da Fercal é debatida em audiência pública

Erika esclareceu que a comissão recebeu denúncias de que direitos dos moradores estariam sendo violados, em razão da falta de informação a respeito dos critérios adotados para a derrubada das casas. A deputada disse que se tornava necessária uma ampla discussão da questão, a fim de verificar o que é possível fazer para tornar a questão menos traumática para as famílias que já foram retiradas e para aquelas que estão em vias de sair.
Exatamente para que todos tivessem elementos para uma tomada de decisões mais consistente com a realidade e possibilidades, a deputada decidiu inverter a ordem das discussões, chamando os moradores para falar em primeiro lugar. Quase vinte pessoas, entre moradores e presidentes de associações e autoridades que participaram das operações inscreveram-se para falar.
O primeiro a se manifestar foi o morador Otaviano José da Costa, que protestou contra a derrubada das casas "na marra", alegando ser isso "uma covardia, pois não são criminosos nem marginais". A maioria dos representantes da comunidade reclamou da violência da retirada e da transferência daqueles que se encontravam em área de risco para a Samambaia, longe de seus empregos e de onde estudavam seus filhos.
Gilmar Ferreira da Silva, por exemplo, disse que nunca foi à Samambaia e não quer "ser arrancado do local onde morou praticamente por toda a vida".
Simone Magalhães, de 72 anos, protestou contra a derrubada dos muros sem falar com os donos e de serem as coisas das pessoas jogadas na chuva, sem nenhuma consideração. Presidentes e representantes de associações de moradores de localidades próximas expressaram seu apoio à causa dos moradores da Fercal. A presidente do Movimento dos Inquilinos de Sobradinho II, Simone Magalhães, disse que é possível assentar os moradores da Fercal em áreas vizinhas, como a Boa Vista e Chácara Buritis. O major da Defesa Civil, Vicente Thomaz, que comandou a operação na Fercal, explicou que o critério básico de derrubada das casas foi o risco iminente. Lembrou que a maioria dos integrantes da Defesa Civil é originária do Corpo de Bombeiros, instituição respeitada pela sociedade, e que eles estão preparados para proteger o cidadão, quando sua vida e de suas famílias estão em risco, refutando as denúncias de que teriam agido de forma violenta.
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