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A reconstrução de políticas públicas voltadas para a valorização da cultural local é um dos maiores desafios do atual governo, na opinião do secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira da Silva. Ou o governo faz isso, segundo afirmou, ou deixará de atender as expectativas da sociedade, ressalvando, no entanto, que o Estado é apenas o indutor do processo, não o responsável por ele.

Hamilton, mais conhecido pelo nome de Pedro Tierra, afirmou que ao lado das políticas é preciso resgatar também a auto-estima de Brasília que, embora sendo a terceira maior metrópole do país, está longe de ter sua cultura valorizada, em razão da imposição de "pacotes industriais" pasteurizados que lhe são impostos, em detrimento dos valores locais, de que a cidade é rica.

O secretário de Cultura afirmou que "somos o espelho quebrado da cara do Brasil", para afastar a tese tão rotineiramente defendida de que o DF é a síntese do país. Em função de tais distorções é que as 30 cidades do DF são vistas como um único cenário, embora cada uma delas tenha seu caráter, sua história e sua vocação.

Além de Pedro Tierra, manifestou-se também o maestro Rênio Quintas, coordenador do Fórum de Cultura do DF, que afirmou ter chegado o momento de colocar nas ruas o que sabem fazer.
 Rênio demonstrou que, pela cultura, também é possível reduzir a violência, e que a comunidade está mais do que mobilizada para as mudanças que se impõem.

Gisele Santoro, fundadora da Associação Cultural Cláudio Santoro, disse que "educação e cultura são irmãs gêmeas" e o rapper Gog garantiu que o hip hop faz "o trabalho que a sociedade não quer fazer" e que a cultura pode ser o "super bonder" da agregação social. Também se manifestou o secretário de Turismo, Otávio Neves, que discorreu sobre a importância do turismo cultural.

Ao final, apresentaram-se a cantora e compositora Ellen Oléria e o rapper Grog.

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