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Professores do ensino técnico em informática e tecnologia pedem melhorias estruturais

Publicado em 25/04/2018 10h36

Durante reunião da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) na manhã desta quarta-feira (25), professores da regional de ensino de Brazlândia solicitaram apoio ao projeto Inclusão Digital, que capacita alunos para a função de assistente técnico em informática. Segundo o professor José Ribamar Almeida, o curso técnico funciona precariamente, pois faltam estrutura e ferramentas adequadas.

O aluno Clésio Nascimento, morador de Águas Lindas, que se tornou assistente em informática graças ao curso feito em Brazlândia, defendeu a importância dessa formação e reforçou a necessidade de melhorias. "O curso é intuitivo e gratuito, mas funciona com estrutura degradada e falta de ferramentas", disse. O presidente da comissão, deputado Wasny de Roure (PT), prometeu intermediar uma solução junto à Secretaria de Educação em reunião naquela Secretaria com os professores do projeto e a coordenação da regional de Brazlândia.

Tecnologia - Também pleitearam apoio da comissão professores do Centro de Ensino Médio Integrado (CEMI) do Gama que participaram do Stem TechCamp. O encontro, promovido pela embaixada americana e voltado a estudantes de ensino médio, busca desenvolver projetos sobre ciência, tecnologia, engenharia e matemática. De acordo com o professor Ariomar Nogueira Filho, que participou do evento, o DF encontra-se em defasagem em relação a outros estados brasileiros. Para ele, é necessário descentralizar os cursos de formação de professores no Distrito Federal e promover intercâmbio estudantil, entre outras ações. "Precisamos produzir trabalhos competitivos em nível mundial", declarou o professor do CEMI, escola que é referência em ensino público no DF. Os professores ainda pediram ao colegiado empenho para obter melhorias nas instalações do CEMI.

Wasny sugeriu uma reunião, na próxima semana, entre integrantes da comissão para tratar de emendas orçamentárias a fim de atender às demandas dos professores, bem como ampliar o debate sobre ensino técnico com a Secretaria de Educação.

Estrutura das escolas – Ainda na reunião de hoje (25), a comissão aprovou, entre outras propostas, o projeto de lei (PL n 1.881/2017) que trata sobre a avaliação periódica da estrutura física das escolas da rede pública do DF. Segundo o autor da matéria, deputado Rodrigo Delmasso (PRB), por meio de vistoria a cada dois será possível avaliar a adequação e estabelecer diretrizes para melhorias na infraestrutura das escolas.

Mesmo com parecer favorável ao projeto, o relator da matéria na CESC, deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT), ponderou que vistorias nas instalações em escolas têm sido realizadas; o problema, segundo ele, é a execução das obras. Ele citou, como exemplo, um relatório elaborado por seu gabinete mostrando fragilidades em cerca de 120 escolas. "Não basta fiscalizar, tem que resolver; falta vontade política", sentenciou. Veras criticou o serviço de engenharia da Secretaria de Educação. "Aquele serviço é inútil; ou moderniza ou extingue", declarou. Durante a apreciação da matéria, a deputada Luzia de Paula (PSB) disse concordar com as colocações de Veras.

Seminário – O presidente da comissão, deputado Wasny de Roure (PT), convidou os participantes para o seminário "Reconhecimento de diferenças na escola no contexto de vulnerabilidade da democracia" que acontecerá nesta quinta e sexta-feira no auditório da CLDF. Um dos painéis do seminário tratará especificamente sobre o papel da escola na luta pela eliminação do racismo, citou Wasny.

Saiba Mais: Seminário debate diversidade de gênero e racismo

Franci Moraes – Comunicação Social/CLDF
Fotos: Rinaldo Morelli – Comunicação Social/CLDF

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