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A Câmara Legislativa homenageou hoje (10) o professor Carlos Mota, assassinado em junho do ano passado no Lago Oeste. O professor era diretor do Centro de Ensino Fundamental do Lago Oeste (agora rebatizado para Centro de Ensino Fundamental Prof. Carlos Mota) e, segundo as investigações policiais, foi morto em represália ao combate ao tráfico de drogas na região da escola.

Para a deputada Erika Kokay (PT), que presidiu a sessão, o ato foi mais do que uma homenagem. "Estamos aqui também para mobilizar a sociedade para que compareça amanhã ao julgamento de três dos acusados de assassinar o professor Carlos Mota.
 É preciso lutar contra a impunidade, que alimenta a injustiça", defendeu.

O deputado Chico Leite (PT) também apelou por justiça. "O júri precisa fazer justiça, e é por isso que essa mobilização é importante. A sociedade, representada pelo júri, precisa mostrar que não aceita a injustiça", clamou.

A morte do professor Carlos Mota também rendeu críticas às políticas de governo para a educação. O deputado Rogério Ulysses (PSB) lamentou a insegurança nas escolas.
 "O batalhão escolar da PM foi sucateado. Os policiais foram transferidos para o batalhão de trânsito e as escolas estão vulneráveis. Fala-se em terceirizar a segurança das escolas públicas, mas isso é um absurdo. Se educação é prioridade, o governo tem que oferecer segurança", cobrou.

Para o deputado Reguffe (PDT) é hora de se acreditar na justiça. "Infelizmente a sociedade hoje está muito cética em relação à justiça. Espero que amanhã essa justiça possa mostrar que existe de fato, e não somente de direito", afirmou.

Amanhã (11) serão julgados no fórum de Sobradinho, a partir das 9h, três acusados de assassinar o professor Carlos Mota. O julgamento do quarto acusado, suspeito de ser o mandante, ainda não tem data marcada. Amanhã não haverá aula na escola do Lago Oeste. A comunidade promete comparecer em peso ao julgamento.