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Plano Distrital de Educação é debatido na Câmara Legislativa

Publicado em 24/04/2014 14h55

O Plano Distrital de Educação, elaborado coletivamente pelo Fórum Distrital de Educação, foi apresentado e debatido na tarde desta quinta-feira (24), em comissão geral realizada pela Câmara Legislativa. A discussão foi proposta pelo deputado Wasny de Roure (PT), que ressaltou a importância da matéria para o Distrito Federal: "O plano será um marco histórico para a democratização da educação, principalmente pelo seu caráter público".

O professor Clerton Oliveira Evaristo, coordenador do Fórum Distrital de Educação, lembrou que o plano foi construído com grande participação social e explicou que a proposta será encaminhada à Secretaria de Educação no dia 27 de maio e, em seguida, o Poder Executivo enviará o plano em forma de projeto de lei para a Câmara Legislativa. "Brasília precisa dessa ferramenta de planejamento social da educação. Esse plano será referência para o País", disse.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) fez elogios à proposta: "Esse é um plano que pensa a educação não como mera transmissão de conhecimentos, que respeita as singularidades, que viabiliza um espaço de construção de direitos. Nos oito anos em que estive nessa Casa, nunca vi um projeto tão relevante para a sociedade".

A professora Maria Luiza Pinho Pereira, do Fórum de Educação de Jovens e Adultos, destacou a importância social da proposta. "Algumas metas merecem aplauso, como a integração da educação de jovens e adultos à educação profissional e a educação nas prisões. Precisamos de escolas construídas com os movimentos sociais, que tenham de fato uma atenção direcionada ao trabalhador", defendeu. A professora chamou a atenção para o percentual de 60% de pessoas com mais de 15 anos no DF que não completaram sequer a educação básica. "Um milhão e duzentas mil pessoas não têm educação básica, e 51 mil não são alfabetizadas. O mérito desse plano é buscar atender essa parcela da nossa população", frisou.

Público x privado – Júlio Barros, diretor do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), aproveitou o debate para criticar o predomínio da educação privada no DF. "Infelizmente a educação se tornou um território de disputa entre o público e o privado. Para se ter uma ideia, 94,8% das matrículas em creches estão em instituições privadas. Precisamos de verbas públicas para o ensino público, e esse plano precisa garantir essa prioridade", afirmou.

Luis Claudio Megiorin, presidente da Associação de Pais e Alunos do DF (Aspa), também defendeu a priorização do ensino público. "Precisamos de escolas públicas atrativas para todas as classes sociais. Essa meta tem que ser trabalhada junto com a sociedade civil organizada", pontuou. 

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