Peritos criminais são homenageados em sessão solene
Peritos criminais são homenageados em sessão solene

Milton Barbosa assinalou que o cargo do perito é um dos postos mais disputados e respeitados da Polícia Civil, e saudou os jovens do curso de formação em peritos, presente à sessão, que davam, segundo ele, o contraponto aos experientes peritos presentes. O deputado disse que o apoio do Estado à atividade pericial expressa o reconhecimento do poder público a uma atividade indispensável à justa condução do processo penal.
O método científico da investigação, segundo o deputado Paulo Tadeu (PT), concorre para o fortalecimento da democracia, na medida em que resguarda os direitos e garantias individuais previstos na Constituição. O deputado afirmou que a homenagem deve ser maior do que isso, ao permitir uma reflexão sobre o papel que a categoria desempenha no esclarecimento dos crimes.
Para o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF, Mauro Cezar Lima, os peritos oficiais - que englobam os peritos criminais e médicos legistas - são trabalhadores "incansáveis, imparciais e invisíveis". Sem eles, garantiu, "a busca da verdade material seria prejudicada" e "muitos crimes jamais seriam desvendados".
O Dia Nacional do Perito Criminal, comemorado em 4 de dezembro, foi instituído nessa data em homenagem ao perito mineiro Otacílio de Souza Filho, que morreu quando ia atender uma ocorrência em local de difícil acesso e, numa fatalidade, escorregou na borda do precipício.
Daí por que, tanto os deputados quanto os convidados enfatizaram a necessidade de garantir apoio ao seguro e adequado desempenho do trabalho da perícia criminal.
Vários dos discursos focaram nas dificuldades enfrentadas pelos peritos no seu trabalho. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Wellington Luiz de Souza, reclamou que o Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF não é devidamente reconhecido e que, por falta de condições adequadas, perícias de mortes violentas demoram até sete horas para serem concluídas. O diretor do Instituto retrucou que "o impossível nós já fazemos; o milagre demora um pouco".
Falaram, ainda, o presidente da Associação Brasileira de Criminalística, Márcio Corrêa Godoy; o presidente da Associação Brasiliense de Peritos em Criminalística, Iremar Paulino da Silva; o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Cléber Monteiro Fernandes; e o perito José Caetano Farias, representando os profissionais mais antigos. Ao final, foram entregues dezenas de moções de louvor a peritos do DF.