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Pais de alunos com distúrbios auditivos cobram mais apoio da Secretaria de Educação

Publicado em 14/05/2012 21h35
Os alunos da rede pública de ensino que têm distúrbio de processamento auditivo central (DPAC) - uma falha no reconhecimento do som - necessitam de mais apoio e recursos, como a contratação de equipes multidisciplinares especializadas para atuarem nas escolas. Essas foram algumas das reivindicações apresentadas hoje (6) pelos pais dos estudantes e professores que atuam na área, na comissão geral que a Câmara Legislativa realizou nesta tarde, no Plenário.
 A iniciativa do debate foi  da deputada Erika Kokay (PT), que também presidiu os trabalhos.

Ao lamentar as dificuldades enfrentadas pelos estudantes, Erika enfatizou a gravidade dos problemas que afetam o processo de aprendizagem por parte daqueles alunos. "É preciso que o Estado garanta a oferta de projetos pedagógicos adequados para essas pessoas. Não se faz a inclusão por decretos", criticou a parlamentar.

O conselheiro de saúde, Michel Platini, alertou que os pais dos alunos com DPAC têm dificuldades inclusive para obter o diagnóstico dos seus filhos na Secretaria de Saúde, sendo obrigados muitas vezes a recorrer à iniciativa privada. "Os alunos são vítimas da falta de reconhecimento". Platini disse também que os estudantes deveriam ter assegurado o direito a um atendimento individualizado.

A representante do Movimento dos Familiares e Simpatizantes das Pessoas com DPAC, Mônica Bellingrodt, reivindicou a redução do número de alunos nas salas de aula onde estudam as crianças e adolescentes com DPAC, explicando que o excesso de ruído agrava a percepção auditiva daquelas pessoas. "Com o acúmulo das dificuldades de aprendizagem, os conteúdos vão ficando para trás. E os alunos começam a ser tratados como um grande problema, pois as escolas não estão preparadas para garantir uma assistência adequada", disse.

No final da comissão geral, vários pais de alunos fizeram apelos pela imediata contratação de fonoaudiólogos que possam atender aos alunos com DPAC, além de reivindicarem também  reforço estratégico para  ampliação das atividades do Centro de Apoio ao Surdo (CAS), que vem auxiliando precariamente aqueles alunos.

Em virtude da falta de assistência integral a esses alunos, muitos adolescentes chegam aos 14 e 15 anos sem ao menos conseguirem aprender a ler, conforme enfatizaram alguns dos pais que se manifestaram. Um deles defendeu a necessidade de aprovação de emendas ao Orçamento do DF, para o próximo ano, a fim de garantir a destinação de mais recursos para a Secretaria de Educação atender àquela demanda crescente.

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