Número de homicídios de negros é 437,5% maior que o de brancos no DF
Número de homicídios de negros é 437,5% maior que o de brancos no DF

:Cláudio Abrantes citou ainda outros casos: os assassinatos de índios na fronteira do Brasil com o Paraguai, as mortes de mendigos no DF, as agressões contra homossexuais em São Paulo, as situações de racismo no esporte, entre outros. O distrital criticou também a presidente da Libéria e prêmio Nobel da Paz de 2001, Ellen Johnson Sirleaf, por defender lei que criminaliza a homossexualidade no seu país.
:Com relação ao racismo, o deputado Professor Israel Batista (PDT) criticou o "disfarce do homem cordial'". Para ele, o combate ao racismo no Brasil "é mais difícil, porque é velado". Para fortalecer a luta, o presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa, Agaciel Maia (PTC), defendeu a implementação de uma política de Estado e mais recursos financeiros para a área.
Bom exemplo - "Infelizmente, exemplos ruins não faltam, mas temos bons exemplos também, de pessoas que travam batalha por espaço e contra a discriminação", defendeu Abrantes. Um desses exemplos é a proprietária do primeiro salão de beleza afro de Brasília e pioneira do movimento negro no DF, Maria das Graças Santos, que recebeu esta manhã o título de Cidadã Honorária de Brasília.
Em discurso emocionado, ela falou de lutas históricas do movimento negro e de conquistas, como a criminalização do racismo. A homenageada aproveitou a comemoração para cobrar a implementação da Lei nº 10.639/2003, que insere o estudo da história e da cultura africanas nos currículos escolares.
Prêmio - Ao final da sessão solene, a coordenadora do 2º Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, Angélica Basthi, anunciou o lançamento da premiação deste ano. Ainda sem data definida, as inscrições estarão abertas de maio a agosto, e os vencedores serão conhecidos em novembro. Mais informações em: www.premioabdiasnascimento.org.br.