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Notas de brancos e negros são próximas, diz assessora da UnB

Publicado em 06/10/2009 13h07
A assessora de Diversidade e Apoio aos Cotistas da UnB, Déborah Silva Santos, informou que a diferença da média de notas de estudantes negros e brancos é pequena na Universidade de Brasília (UnB), rebatendo um dos argumentos contra as cotas raciais, de que o sistema teria provocado uma queda no nível de ensino. "A média dos alunos brancos é 4,2 e, a dos negros, 3,8", disse ela, citando como fonte o IBGE e o IPEA.

Débora lembrou que 90 universidades, em todo o Brasil, adotaram alguma ação afirmativa em relação aos negros. Trinta e cinco delas são federais. Estas últimas é que são objeto da ação no STF impetrada pelo partido Democratas (DEM), completou a deputada Erika Kokay (PT), responsável pela audiência pública que debateu o tema na manhã de hoje (6).

Maioria branca - Murilo Mangabeira, representante do Coletivo de Articulação em Defesa das Cotas, disse que resolveu se engajar no movimento negro quando passou no vestibular para Ciências Sociais, em 2003, e viu que só tinha mais dois alunos negros numa turma de 60. "Hoje a UnB continua majoritariamente branca", acrescentou. Mangabeira defendeu que as ações afirmativas andem paralelamente às reformas de base, sendo implementadas desde o ensino básico.

"As cotas são uma espécie de indenização aos descendentes de africanos escravizados para atender à necessidade de mão de obra. Ajudamos a construir esse País", declarou Jacira da Silva, coordenadora do Movimento Negro Unificado do Distrito Federal. "É a forma mais eficaz de garantir a igualdade de direitos".

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