Marcelo Galvão tem seu nome aprovado para o cargo de procurador-geral do DF
Marcelo Galvão tem seu nome aprovado para o cargo de procurador-geral do DF

Marcelo já foi consultor jurídico do GDF.
Muito mais do que uma arguição, o indicado teve de responder a questões delicadas, como as razões pelas quais seu nome e os de outros cinco advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil não foram encaminhados pelo Superior Tribunal de Justiça ao presidente da República, para o preenchimento de uma vaga de ministro naquela corte.
Marcelo Galvão classificou a questão como "inusitada" e avaliou que o impasse decorreu do fato de que alguns candidatos ao posto tinham menos de 40 anos, o que se confronta com a tradição do STJ, cujos ministros mais novos têm mais de 50 anos. Em todo caso, Galvão se disse satisfeito pelo fato de ter sido o terceiro mais votado para ingressar na lista e que a pendência vai ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal.
Mas partiram do deputado Paulo Tadeu (PT), as indagações mais polêmicas, envolvendo a representação feita em 2002 pelo ex-distrital Augusto Carvalho ao Ministério Público, a respeito de denúncias de haver intermediado um acordo entre a Toshiba, seu cliente, e o Banco de Brasília, pagando menos de um por cento da dívida contraída junto à instituição.
Marcelo disse ter comparecido à sabatina com documentos para provar sua inocência na história. Afirmou, em resposta a Chico Leite (PT), que tinha "ficha limpa" e que tinha "entrado de gaiato no navio". Disse, também, que os fatos são muito diferentes daqueles informados e que apresentou notícia-crime contra o denunciante.
Além dos titulares da CCJ - Rogério Ulysses (PSB), presidente, Chico Leite (PT), Dr. Charles (PTB) e Roberto Lucena (PMDB) -, também compareceram à comissão para fazer perguntas ao novo procurador ou cumprimentá-lo pela sua indicação para o cargo os deputados Paulo Tadeu (PT), Eurides Brito (PMDB), Brunelli (DEM) e Cristiano Araújo (PTB).