Major da PM acusa Alberto Fraga de perseguição
Major da PM acusa Alberto Fraga de perseguição

Após concorrer nas urnas com o atual secretário pela vaga de deputado federal, o militar já foi preso por cinco dias e responde a três sindicâncias.
Os problemas teriam começado no início do ano, quando Charles levou ao Buritinga seu projeto de instalar câmeras de fiscalização em ônibus. Lá teria sido criticado por um tenente-coronel por ter "se aventurado contra Fraga", estando ao lado da ex-governadora Maria de Lourdes Abadia. "Aí veio a primeira sindicância, por não ter sido autorizado a ir ao governo e apresentar meu projeto.
Sou um cidadão comum, antes de ser major", ressaltou.
E mais, em fevereiro desse ano, Charles teria testado um sistema de vigilância dentro de um ônibus sem custo para o governo, fato que foi noticiado na imprensa, e foi advertido pelo fato de não estar autorizado a falar em nome da PM. Após escrever uma nota de repúdio ao gesto da corporação, foi preso por cinco dias. Ainda, um outdoor que divulgava seu programa de rádio teve que ser retirado, por ordens do secretário Fraga, conforme relatou o major Charles, que disse também ter sido impedido de fazer palestras sobre segurança em função da influência de Fraga na PM. "Respondo sindicância até por ter escrito um bilhete ao governador relatando que havia sido distratado", diz. Charles acredita que seu apoio aos motoristas de vans seja um dos motivos para a perseguição que está sofrendo.
O major Charles teria sido impedio de falar durante uma cerimônia no projeto Governo nas Cidades, em setembro último, em Planaltina. "Fraga partiu pra cima de mim, derrubou mesa e cadeira, mas foi contido" explicou o major.