Leandro Grass critica “silêncio” sobre queda de energia no Hospital de Sobradinho
Leandro Grass critica “silêncio” sobre queda de energia no Hospital de Sobradinho
Foto: Bruno Sodré/CLDF

O distrital encaminhou denúncia e questionamentos ao Ministério Público e à SES, mas disse que não houve resposta
O deputado Leandro Grass (Rede) denunciou a falta de energia elétrica nas alas neonatal e pediátrica do Hospital de Sobradinho, no dia 24, bem como a falta de esclarecimentos por parte do Governo do DF sobre os efeitos, a causa e as medidas adotadas. Na sessão ordinária da Câmara Legislativa (CLDF) desta terça-feira (28), ele relatou que esteve no local, mas não encontrou nenhum representante da diretoria da unidade nem da Secretaria de Saúde (SES). “Ninguém sabia dizer se houve óbitos e para onde e como os pacientes foram transportados. Foi um silêncio sepulcral”, afirmou.
Para apurar as causas e medidas adotadas, o distrital disse que encaminhou denúncia e questionamentos ao Ministério Público e à SES, mas que não houve resposta. Após o episódio, ainda segundo Grass, um cano de água estourou no mesmo hospital. “São mais alguns sinais da incompetência, da corrupção e da negligência que este Governo tem em relação à saúde da população”, afirmou. Ele também criticou os projetos de crédito ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), em pauta na CLDF: “Para quem está indo esse dinheiro? Porque para a população, não está”.
Leandro Grass também voltou a defender a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Iges-DF, frisando que a proposta já conta com nove assinaturas. “Quantas pessoas ainda vão ter de sofrer para a CLDF ter coragem de investigar esse Governo, ao que tudo indica, corrupto, incompetente e que não liga para o povo?”, questionou. Em apoio ao distrital, Arlete Sampaio (PT) disse que a instalação de uma CPI sobre sonegação fiscal na Casa é para impedir a do Iges-DF. Ela também criticou os dois projetos de crédito ao Instituto que, para ela, representa “uma sangria”.
A parlamentar também denunciou a falta de manutenção de equipamentos e de insumos na rede pública de Saúde, o que inclui, segundo ela, anestésicos para grávidas e reagentes para testes. “Os hospitais estão ficando sem manutenção e os desastres se acumulam como aconteceu em Sobradinho”, afirmou.
Trajes para acesso a Hospital
O deputado Chico Vigilante (PT) criticou a proibição da entrada de pessoas com trajes informais no Hospital Regional de Santa Maria, gerido pelo Iges-DF. A lista, segundo Vigilante, inclui camiseta, short, minissaia, vestido curto, camisa regata e chinelo. De acordo com o distrital, a decisão partiu do chefe de segurança da unidade: “Esse cabra deve ter saído dos quintos para atazanar a população de Santa Maria. Encaminhei ofício ao superintendente para que afaste esse cidadão e reestabeleça o direito das pessoas usarem o que quiser”.
A proibição, segundo o deputado, está “completamente fora de sintonia com a realidade do povo brasileiro” já que há pessoas sem condições financeiras de cumprir a exigência. “Se o cidadão estiver com a mãe morrendo, primeiro tem de comprar um sapato para entrar no hospital”, afirmou.
Mario Espinheira - Agência CLDF
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