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Kokay propõe encontro para repensar decisões sobre a Fercal

Publicado em 18/02/2008 14h30
Após mais de três horas de debates sobre a situação dos moradores da Fercal condenados a deixar suas casas pela Defesa Civil, em razão do risco iminente causado pela elevação das águas do córrego Engenho Velho, a deputada Erika Kokay (PT), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, que promoveu a audiência pública, propôs encontro entre autoridades do governo, representantes do Ministério Público e da Câmara para reavaliar a situação.

Kokay avaliou ser muito difícil às pessoas que se encontram radicadas no local - algumas ali fixadas há mais de quatro décadas -, mudarem-se para outra área, como a Samambaia, deixando suas raízes na região onde viveram a maior parte de suas vidas. O cálculo das demolições não pode ser só financeiro, afirmou a deputada, que considera a hipótese de reverter parte do problema com a execução de pequenas obras.

Não seria razoável, na opinião da deputada, ignorar as pontes feitas na Prainha I e II, ao custo de R$ 300 mil, se não pudessem ser complementadas com outras obras para proteger as residências.
 Além disso, foram constatadas falhas em laudos da Defesa Civil, com a descrição de casas que não correspondiam à realidade. E impõe-se a necessidade de uma avaliação mais efetiva para justificar a elevação do número de demolições de 50 para 120 casas.

O major da Defesa Civil, Vicente Thomaz, responsável pelas operações na Fercal, quis saber quem se responsabilizará pela integridade dos moradores, em caso de adiamento das desocupações. Segundo ele, é sua carreira que está em jogo.

 A deputada Erika Kokay explicou que o Legislativo não pode interferir nas decisões do Executivo e que sua proposta é no sentido de aprofundar mais as discussões. Afinal, ponderou, o governo não deu nenhuma opção aos moradores: ou vão para a Samambaia ou ficam na rua.

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