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A alta inadimplência do Pró-DF, programa do governo criado para facilitar a abertura de negócios e gerar empregos, suscitou hoje (27) debates no plenário da Câmara Legislativa. Noticiada pela imprensa, a taxa de inadimplência do programa já atinge 68%. O distrital Chico Vigilante (PT) questionou a forma como vem sendo administrado o Pró-DF nos últimos anos.

"Sabemos que muitos desses terrenos, vendidos a preços irrisórios, foram adquiridos por laranjas que não desenvolveram nada naqueles locais. Hoje os mesmos terrenos são vendidos por milhões. Infelizmente esse programa não serve para gerar emprego, mas sim para cumprir os interesses da especulação imobiliária", criticou Vigilante.

O deputado Chico Leite (PT) lembrou que há um ano a CPI do Pró-DF na Câmara Legislativa encerrou seu trabalho. "A CPI era o instrumento próprio para investigar essas questões. Qual foi o resultado daquela comissão? Não podemos deixar que programas como esse sejam ralos do dinheiro público. Precisamos saber quem foi indiciado pela CPI e o que foi sugerido para resolver esses problemas", afirmou.

Olair Francisco (PTdoB), à época vice-presidente da CPI, também se pronunciou. "O Pró-DF tem que mudar seus critérios. Muitas empresas compram os terrenos mas não têm condições de desenvolver o negócio. A CPI não teve o apoio necessário para cumprir sua tarefa, mas mesmo assim fizemos nosso trabalho. Talvez os resultados não tenham correspondido aos anseios da população, mas se for preciso fazemos de novo", disse Olair.