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A educação, e sua força transformadora, foram apontadas hoje (16) pelo deputado Prof. Israel Batista (PDT) como o único caminho possível para um país cuja economia está entre as 10 maiores do mundo, mas que não tem nem uma universidade entre as 100 melhores do planeta.  A afirmação foi feita durante a audiência pública realizada no auditório da Câmara Legislativa, a partir de requerimento de autoria do deputado, para discutir o tema "Educação que tem ser 10 - Jornadas de Lutas da UNE, UBES E ANPG", com que os estudantes deflagram o movimento pelo investimento de 10% do PIB na educação.

Israel lembrou, em sua manifestação, que sua própria vida foi pautada pelo que os outros consideravam "um sonho impossível", ou seja, estudar e, por essa via, abrir caminho para seu resgate pessoal e de sua família.
 O deputado observou que o estudo exige uma força de vontade impressionante, mas que não existe outra alternativa.

O deputado criticou "o abismo profundo" a que foi relegada a educação no Brasil, onde escolas ainda ensinam com quadro negro e giz, apontado o risco desse gargalo para o futuro do país. "É preciso discutir uma nova escola, de transformação social", afirmou sob o aplauso barulhento da platéia, integrada em sua maioria por estudantes de todo o DF.

Também o deputado Olair Francisco (PTdoB) mencionou sua trajetória como líder estudantil em Taguatinga e afirmou que o novo conceito de geração e renda tem sua chave exatamente na educação. Esse é um debate que, segundo ele, mereceu prioridade nos últimos debates presidenciais e que a ênfase na educação é promessa que tem de ser cumprida."A juventude não quer esmola, quer oportunidade", garantiu a deputada Celina Leão (PMN), lembrando que foi a primeira secretária de Estado da Juventude do DF e que as grandes revoluções sociais foram feitas pelos jovens. Afirmou, ainda, que o 88º lugar no ranking mundial da educação não condiz com a pujança da economia brasileira.

Para o deputado Evandro Garla (PRB), a mobilização é o fator fundamental das lutas, mas que "os estudantes não devem ir às ruas apenas para protestarem, mas discutirem políticas públicas". Por último, manifestou também sua preocupação com a luta contra as drogas, especialmente o crack que, segundo ele, exaure a força dos jovens.

Leia mais: Movimento estudantil mobilizado por mais recursos para a educação  (http: //www.cl.df.gov.br/cldf/noticias/movimento-estudantil-mobilizado-por-mais-recursos-para-educacao)