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Desigualdade de gênero no mercado de trabalho é debatida em plenário

Publicado em 19/03/2019 16h01

O estudo "Mercado de Trabalho, Gênero, e Uso do Tempo no Distrito Federal", divulgado pela Codeplan por ocasião do Dia Internacional da Mulher (8 de março), repercutiu no plenário da Câmara Legislativa nesta terça-feira (19). O deputado Delmasso (PRB), vice-presidente da CLDF e vice-líder do governo na Casa, foi o primeiro a comentar os dados: "O estudo aponta que as mulheres apresentam as maiores taxas de desemprego e as menores rendas".

Segundo o distrital, a pesquisa revela "a vulnerabilidade econômica por que passam as mulheres no DF". De acordo com a pesquisa, 32,5% das mulheres chefes de famílias monoparentais estão desempregadas. No caso dos homens, o número é de 19% de desempregados. O estudo também revela que 50% das mulheres chefes de família recebem renda de até um salário mínimo. Outro dado mostra que, em 2015, 50% das famílias chefiadas por mulheres viviam com renda per capita inferior a R$ 397. Nas famílias chefiadas por mulheres negras, a situação era ainda pior, com R$ 395 per capita.

"É imperioso que a capital da República desenvolva uma política pública de inclusão social das mulheres", defendeu Delmasso. Políticas públicas bem estruturadas foram cobradas, também, pela procuradora da Mulher na CLDF, deputada Júlia Lucy (Novo). "Esses dados da Codeplan são alarmantes. Adianto aqui que estamos em tratativas com a Secretaria de Trabalho para viabilizar uma formação que, realmente, coloque essas mulheres no mercado de trabalho", afirmou.

A deputada Arlete Sampaio (PT) também comentou o estudo, lamentando a situação da mulher no mercado de trabalho. Ela destacou, ainda, pesquisa feita à época em que esteve à frente da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF, no governo Agnelo Queiroz. Na ocasião, segundo a parlamentar, 33 regiões administrativas foram apontadas como de "altíssima vulnerabilidade": as mulheres chefes de famílias registravam renda baixíssima e muitas eram analfabetas. "O DF tem um dos piores coeficientes de Gini. É a segunda unidade federativa com o pior índice", completou. O Índice de Gini é usado para medir a desigualdade e varia de 0 a 1 ("0" é o ideal de igualdade e "1" é o pior grau de desigualdade).

Escolas – Ainda durante a sessão desta tarde, a deputada Arlete Sampaio mostrou preocupação com a proposta de gestão compartilhada de escolas pelas secretarias de Educação e de Segurança Pública. Segundo ela, em Sobradinho, a experiência tem provocado a evasão de estudantes. "Muitos estão saindo por não se enquadrarem. As escolas têm de ser atrativas, esse é o desafio", afirmou.

Rodovia – Já o deputado Iolando (PSC) pediu "sensibilidade" aos colegas para a necessidade de duplicação da BR-080, que liga Brasília a Brazlândia. "É a via da morte, diversas vidas já foram ceifadas", disse o parlamentar.

Denise Caputo e Luís Cláudio Alves
Fotos: Silvio Abdon/CLDF
Comunicação Social – Câmara Legislativa

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