CLDF

Com camisetas estampando os dizeres "o BRB é nosso;
 é do DF;
 privatização não", os deputados distritais lançaram nesta quarta-feira (28) a Frente em Defesa do BRB, que conta com a participação de todos os 24 parlamentares. A luta é para manter o banco como instituição pública e com seus interesses voltados à sociedade e ao fomento do Distrito Federal.

Os discursos contra a privatização agradaram os funcionários do banco que lotaram as galerias. "O BRB vai continuar como está e não será vendido ao Banco do Brasil", defendeu Rôney Nemer (PMDB), que acredita que a privatização tende a acabar com o trabalho social realizado pelo banco."É muito importante ter um banco de fomento popular para atender aos pequenos, pois quando não interessa à iniciativa privada, cabe ao Estado prestar o serviço", argumentou Reguffe (PDT).
 Exemplos desta atuação são o microcrédito e o funcionamento de agências em locais que não dão retorno financeiro. Estima-se que 10% das agências do banco sejam deficitárias.

Érika Kokay (PT), autora da proposta de criação da Frente, lembrou que o BRB é uma instituição lucrativa. Segundo a parlamentar, o lucro estimado para 2007 é de R$ 100 milhões. "Não podemos repetir essa lógica já vencida (da privatização) no Distrito Federal. Mas o que vemos é o governo anunciar a possibilidade de privatizar o BRB", explicou a deputada. As primeiras ações previstas para a Frente serão diálogos com os setores produtivos (Fecomércio, Fibra), com o governo e com a sociedade.