CLDF

A remoção das famílias que residem em áreas de risco não é o único problema da comunidade da Fercal, que "há anos está abandonada pelas autoridades", disse o deputado Paulo Tadeu (PT) na audiência pública realizada hoje pela Câmara. "Essas pessoas foram empurradas para lá pela falta de uma política pública de moradia no Distrito Federal", argumentou.

O vice-presidente da CLDF cobrou também, das fábricas de cimento instaladas na Fercal, alguma compensação pela poluição e por outros transtornos causados à comunidade, lembrando que a região responde pela maior arrecadação do DF em Imposto Comercial sobre Mercadorias e Serviços (ICMS). O líder do PT, Cabo Patrício, defendeu que as famílias sejam removidas para "um local descente, com dignidade e planejamento".

ICMS – O deputado Raad Massouh (DEM) divulgou uma indicação (sugestão da Câmara ao Poder Executivo) de sua autoria para que o GDF destine parte dos recursos arrecadados em ICMS, devido à atividade industrial na Fercal, sejam investidos em obras e projetos para melhorar a qualidade de vida da população local. Além de duas cimenteiras, funcionam na região fábricas de asfalto e pedreiras. Além da poluição das fábricas e das explosões de dinamite nas pedreiras, o trânsito intenso de carretas e caminhões vem destruindo a DF-150, via de acesso dos moradores ao Plano Piloto, e provocando acidentes.