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Vários deputados distritais foram à tribuna da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (18) para debater o enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, em alusão à data nacional criada para engajar a sociedade na luta contra esse problema. O deputado Fábio Félix (PSOL) contou aos colegas que já lidou com esse tipo de violência quando atuou como assistente social.

“Tive oportunidade de trabalhar diretamente com projetos relacionados a esse tema e posso dizer que os casos acontecem de forma velada, mas também muito organizada”, disse. Para o distrital, o conselho tutelar e a escola possuem papéis fundamentais para o enfrentamento do problema. “É nas escolas que as crianças e adolescentes se sentem mais à vontade para falar sobre abusos”, explicou Félix.

A deputada Arlete Sampaio (PT) informou que só no ano passado ocorreram 836 casos de estupro de crianças e adolescentes no Distrito Federal. “Não pode existir crime mais monstruoso do que esse. Criança tem que ser criança”, observou. A parlamentar também ressaltou a escola como “espaço privilegiado de escuta e percepção do que acontece com as crianças e adolescentes”.

Júlia Lucy (União) ressaltou que “houve um aumento da violência sexual contra crianças no período em que as escolas ficaram fechadas”. Por sua vez, o deputado Chico Vigilante (PT) relatou sua participação na manhã de hoje de uma passeata de estudantes e professores contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes no Gama.