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O deputado Rogério Ulysses (PSB), presidente da CPI dos Cemitérios, avaliou, ao final das mais de duas horas de duração dos quatro depoimentos de hoje, que a "privatização foi um péssimo negócio". Com o que ele chamou de "comércio da morte", os preços dos serviços funerários subiram muito e a sociedade não tem garantia de que os fatos que estão sendo alvo de apuração não continuarão se repetindo.

Rogério foi enfático em afirmar que os depoentes tiveram violados os túmulos de seus familiares enterrados nos cemitérios de Taguatinga e Gama e que isso constitui crime. O próximo passo, segundo o deputado, é convocar as pessoas mencionadas nos depoimentos, tanto aquelas que trabalham na administração quanto as responsáveis pela fiscalização, para explicar os fatos.

O deputado Reguffe (PDT), autor do requerimento que viabilizou a criação da CPI, disse que as denúncias são graves e que a administração dos cemitérios não poderia remover os despojos sem a presença das famílias, especialmente em espaços arrendados. Lamentou, também, a omissão do poder público e avisou que os culpados têm de ser responsabilizados.

Três providências foram pedidas pela deputada Erika Kokay (PT) à Comissão: a solicitação dos mapas dos cemitérios, antes e depois da terceirização, e a convocação das pessoas citadas (Hamilton, Alessandro e Júnior) como interlocutores dos depoentes, a fim de verificar o tipo de relação mantido entre eles, assim como uma possível confirmação das tentativas de abafar os casos, mediante trocas espúrias.

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O deputado Brunelli (DEM), que chegou ao final dos trabalhos da Comissão, afirmou sua convicção de que a CPI poderá dar uma contribuição importante para a sociedade, ao esclarecer as denúncias apuradas.