Deputada denuncia abuso da polícia em acampamento do MST
Deputada denuncia abuso da polícia em acampamento do MST
Foto: Carlos Gandra/CLDF

Arlete Sampaio relatou que a coordenadora do acampamento também sofreu abuso na delegacia
Uma ação da Polícia Militar ontem (22) no acampamento Marielle Franco, do Movimento Sem Terra (MST), foi denunciada hoje (23) como abusiva pela deputada Arlete Sampaio (PT). Segundo a deputada, policiais sem ordem judicial conduziram à delegacia, de forma truculenta, a coordenadora do acampamento, que fica localizado no Núcleo Rural Capão Comprido, em São Sebastião.
“Uma viatura da PM entrou lá e começou a fotografar as pessoas, e quando a coordenadora pediu esclarecimentos, ela foi agredida e recebeu ordem de prisão. Pessoas saíram em defesa da coordenadora e então começou uma confusão, inclusive com bombas de gás lacrimogênio e bala de borracha, apesar de não terem nenhum mandado judicial. O que aconteceu foi um verdadeiro abuso de autoridade”, denunciou.
Arlete relatou que a coordenadora do acampamento também sofreu abuso na delegacia. “O delegado ouviu várias pessoas, mas não colheu o depoimento da coordenadora. Ela foi algemada de forma grosseira e brutal, e só foi solta depois que seu advogado chegou, com pagamento de fiança de R$ 800”, contou. A distrital fez apelos para que o comandante da Polícia Militar investigue os policiais envolvidos na ação e para que o diretor geral da Polícia Civil apure a atuação do delegado no caso.
Denúncia de racismo
A Polícia Militar também foi denunciada por Chico Vigilante (PT), durante a sessão ordinária de hoje. Segundo o distrital, um sargento teria cometido ato de racismo contra uma estudante do Centro de Ensino Fundamental n° 01, do Núcleo Bandeirante. “Eu sou negro e não posso admitir que um sargento da PM mande uma estudante negra cortar o cabelo para entrar na escola. Não é para isso que criaram as tais das escolas militarizadas. A polícia tem que se preocupar é com a violência na porta das escolas que está assolando o Distrito Federal”, reclamou.
Eder Wen - Agência CLDF