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CPI do Transporte ouve empresário Victor Foresti

Publicado em 29/10/2015 09h34

A Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte ouviu hoje (29) o empresário Victor Foresti, sócio das empresas Viação Cidade Brasília e Viação Satélite, em busca de informações sobre o último processo licitatório para o sistema de transporte público do Distrito Federal. O empresário disse aos integrantes da comissão que atuou como diretor da Viação Pioneira até a realização do processo licitatório, quando deixou os quadros da empresa, cuja dona é sua esposa.

Victor Foresti é genro de Nenê Constantino, empresário fundador da Viação Planeta e da Gol Linhas Aéreas. Os dois foram presos em 2009 durante as investigações do assassinato de dois sem-teto, ocorrido em 2001, que ocupavam uma área de propriedade da Viação Planeta, em Taguatinga.

O empresário disse ter sido surpreendido pela inabilitação de sua empresa Viação Cidade Brasília no último processo licitatório, mas deixou claro que não apoia a anulação do certame. "Ficamos de fora, mas não creio que houve irregularidade na licitação", disse. Questionado pelo relator da CPI, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), sobre sua relação com o advogado Sacha Reck, o empresário disse apenas que ligou para ele em duas ocasiões para questionar por que sua empresa havia sido inabilitada. "Liguei porque Sacha Reck é reconhecido nacionalmente como o papa da consultoria em transportes, mas o contato foi infrutífero", limitou-se a dizer.

Ao ser perguntado pelo presidente da CPI, deputado Bispo Renato (PR), se conhecia os dirigentes da empresa Viação Piracicabana, que atualmente opera no sistema, Victor Foresti inicialmente negou, mas depois confirmou que a empresa é de propriedade de sua família. "Depois da fala dele, não resta dúvidas de que havia grupo econômico formado", observou Bispo Renato.

Comentando a situação atual dos transportes na capital, Victor Foresti disse que "se houvesse disposição para tanto, seria possível implantar aqui o sistema completo em dois ou três meses e seríamos um modelo para o país". No fim da reunião, Bispo Renato referiu-se a tentativas de ingerência do GDF nas investigações da CPI. "Recebi notícias de que o governo está tentando atrapalhar nosso trabalho e isso nós não vamos aceitar", disse, sem dar mais detalhes. 

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