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CESC ouve diretora executiva da FEPECS em audiência pública

Publicado em 28/06/2021 16h36

Foto: Reprodução/TV Web CLDF

A criação da Universidade do Distrito Federal foi destaque na audiência. Inocência Fernandes informou que um grupo de trabalho está atuando para tentar viabilizar novos cursos de graduação de fisioterapia, psicologia, nutrição, tecnólogo em radiologia e terapia ocupacional

A criação da Universidade do Distrito Federal foi destaque na audiência. Inocência Fernandes informou que um grupo de trabalho está atuando para tentar viabilizar novos cursos de graduação de fisioterapia, psicologia, nutrição, tecnólogo em radiologia e terapia ocupacional

A Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do Distrito Federal realizou na tarde desta segunda-feira (28) audiência pública para ouvir a diretora executiva da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde (FEPECS), Inocência Rocha da Cunha Fernandes, responsável pelos cursos superiores da área de saúde do GDF. Durante o encontro, foi discutido o futuro da instituição com a recém aprovada criação da Universidade Distrital (UnDF), que abrigará os cursos de saúde.

O convite para ouvir a diretora executiva partiu do deputado Leandro Grass (Rede), que destacou a importância da fundação para o fortalecimento da educação e do Sistema Único de Saúde (SUS). Questionada pelo distrital sobre denúncia de que teria sido nomeada para o cargo por ser prima do governador Ibaneis Rocha, Inocência Rocha negou o parentesco e afirmou que tem a formação necessária para exercer a função. 

A diretora executiva informou que é farmacêutica, servidora concursada da secretaria de Saúde, com experiência em educação, gestão e pós-graduação em saúde. Ela respondeu perguntas dos deputados sobre a situação atual da FEPECS, destacando as dificuldades financeiras da instituição, agravadas pela pandemia de Covid-19. Segundo ela, da verba prevista de R$ 440 mil para fomento à pesquisa, apenas cerca de R$ 185 mil foram liberados. 

De acordo com a diretora, os recursos para abertura de cursos de especialização também sofreram cortes e apenas R$ 30 mil foram liberados, o que permitiu a viabilização somente do curso de gerontologia. No entanto, segundo ela, dois outros cursos terapia intensiva e urgência e trauma poderão ser criados ainda este ano a partir de remanejamento de recursos de outras áreas.

Leandro Grass avaliou que houve muitas trocas nos últimos anos na diretoria e na assessoria técnica da FEPECS, o que teria gerado muita angústia e incerteza na comunidade acadêmica. 
A FEPECS funciona como a mantenedora das instituições de ensino da secretaria de Saúde, considerando as características das atividades desenvolvidas, subordinadas a legislações específicas que orientam cada uma das respectivas modalidades: Escola de Ensino Superior em Ciências da Saúde (ESCS), Escola Técnica de Saúde de Brasília e a Escola de Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde.

Universidade Distrital

Um dos pontos abordados durante a audiência pública foi a aprovação pela CLDF do PLC 32/2020, que cria a Universidade Distrital (UnDF). A presidente da Comissão, deputada Arlete Sampaio (PT), explicou que o governador terá que nomear uma reitoria temporária para implantar a universidade. Segundo ela, a ESCS passará a integrar a UnDF e haverá a necessidade de um projeto de lei que faça a vinculação orçamentária para manutenção da universidade. 

Arlete também disse que a nova universidade mantém a metodologia ativa da ESCS e garante a cessão de profissionais de saúde para o corpo docente da nova universidade. A deputada indagou à diretora como estão as discussões dentro do GDF para a criação da universidade e qual será o novo papel da FEPECS.

Inocência Rocha disse que as conversas com outros setores do governo sobre a implantação da universidade estão começando, mas ponderou que enquanto isto a FEPECS precisa continuar atuando. Ela informou que um grupo de trabalho está atuando para tentar viabilizar novos cursos de graduação de fisioterapia, psicologia, nutrição, tecnólogo em radiologia e terapia ocupacional. Para a diretora, os novos cursos vão fortalecer a Universidade Distrital. 

Na opinião da deputada Arlete, o GDF encaminhou o projeto de criação da UnDF sem ter sido discutido previamente com áreas do próprio governo, como a secretaria de Educação. “Parece que somente agora este processo será iniciado dentro do governo”, assinalou.

Luís Cláudio Alves - Agência CLDF