Audiência pública discutiu contratos temporários na educação
Audiência pública discutiu contratos temporários na educação

A audiência foi uma iniciativa da deputada Erika Kokay (PT), que abriu o encontro enaltecendo a importância do trabalho para o ser humano e pedindo "respeito aos educadores e educadoras". Para ela, a situação atual dos contratos temporários e de total desrespeito e atinge também as crianças e os adolescentes.
Kokay criticou principalmente a lógica do tratamento difenciado dispensado pelo governo aos professores efetivos e temporários. "Professores não podem ser transformados em planilhas de custo. O investimento em educação é muito mais importante do que a construção de viadutos", frisou ela.
Os deputados Paulo Tadeu (PT), Dr. Charles (PTB) e Reguffe (PDT) também falaram na audiência e manifestaram apoio a causa dos professores temporários.
O professor Arlindo Bastos, representante da Comissão de Professores Temporários, foi duro com o GDF: "os problemas estão acontecendo porque este governo não é sério e não tem comprometimento com a educação". Bastos também denunciou o lançamento de um novo edital para contratação de professores temporários para um período de 2 anos. Ele defendeu concurso para 5 mil vagas de efetivos.
:Ausência - De acordo com a deputada Erika Kokay, a secretaria de educação foi convidada para participar da audiência pública e confirmou presença, mas nenhum representante do órgão apareceu na Câmara. A ausência foi bastante criticada pelos participantes da audiência pública.
A promotora de defesa da educação do Ministério Público, Liz Elaine de Oliveira Mendes, disse que esperava a presença da secretaria de educação para esclarecer várias questões. Ela condenou a falta de planejamento do governo na educação e classificou como "ilegal e imoral" o pagamento de salários diferenciados para os professores.
Para o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro), Washington Dourado, o governo fugiu ao debate e ainda por cima vem intimidando e pressionando os professores temporários. Ele reivindicou a revogação do artigo da legislação que diferencia os salários dos professores.
Os professores que participaram da audiência também tiveram oportunidade de se manifestar.