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Audiência pública discute problemas do transporte coletivo do Distrito Federal

Publicado em 25/03/2021 00h52
Por iniciativa do presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), os problemas relativos ao transporte coletivo do Distrito Federal são tema de debate no plenário da Casa. A audiência pública conta com representantes do GDF, dos sindicatos dos empresários do setor e dos rodoviários, de especialistas e de movimentos sociais, como o que luta pelo passe livre.

Para dar mais tempo à efetiva discussão das mazelas do transporte no DF, Prudente pediu aos deputados presentes que deixassem suas considerações para depois das colocações dos demais presentes. "Queremos construir propostas aqui.
 É muito fácil atirar pedras", observou o presidente.

Primeiro a se manifestar, o secretário-adjunto de Transportes, Julio Urnau, fez um balanço das ações do GDF nos dois últimos anos. "Renovamos a frota com 1.

500 novos ônibus, 450 microônibus e cinco novas estações do Metrô, dentre outras ações do programa Brasília Integrada". Urnau ressaltou que, apesar do esforço do GDF, o transporte coletivo ainda é bastante ruim no DF. "Como capita federal deveríamos dar o exemplo, mas as pessoas não confiam no sistema.
 No DF, 82% das pessoas dirigem seus carros sozinhas, inchando tanto as avenidas como os estacionamentos".

Já Paulo Henrique da Silva, do Movimento Passe Livre (MPL), criticou as ações do governo e a "ideologia" do Brasília Integrada. Segundo ele, o transporte piorou nos últimos dois anos. "Apesar das empresas receberem isenções fiscais, menos ônibus estão circulando, vários trabalhadores foram demitidos, ocorrem mais assaltos, aumentou a tarifa do Metrô. Há ainda as prometidas ciclovias que não saíram do papel", alertou.
  O professor da Universidade de Brasília, Joaquim Aragão, também apresentou críticas à política de transportes do GDF e disse estar preocupado com a qualidade dos projetos. "As falhas técnicas estão se avolumando e muitas obras não dão a contribuição esperada", afirmou. Um exemplo citado pelo professor é a revitalização da W3.
 "O governo quer revitalizar o local com o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLP), mas a sua implantação acabará com os estacionamentos da via que serão ainda mais necessários quando aumentar a circulação de pessoas", ponderou.

O debate prossegue no plenário com a participação de usuários e representantes do setor.

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