Suspensão das obras do Museu da Bíblia divide parlamentares
Suspensão das obras do Museu da Bíblia divide parlamentares
Foto: Reprodução/TV Web CLDF
O deputado Iolando trouxe o tema ao plenário e lamentou a decisão do TJDFT que suspendeu as obras
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) suspendeu, na última sexta-feira (26), as obras e os procedimentos administrativos para a construção do Museu da Bíblia. A decisão dividiu a opinião de parlamentares e repercutiu no plenário virtual da Câmara Legislativa nesta terça-feira (30).
Primeiro a tratar do assunto, o deputado Iolando (PSC) lamentou a medida e se disse “indignado” com o fato de a decisão ter resultado de uma ação apresentada pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea). “Peço que os integrantes da Frente Parlamentar Evangélica se posicionem contra essa decisão da Justiça”, defendeu. Para o distrital, a suspensão das obras representa uma “discriminação contra os evangélicos”.
O deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) pediu racionalidade na discussão do assunto. “O fato de uma associação ser ateia não a impede de exercer o seu direto jurisdicional de não concordar com algo. A Justiça olha o direito e não quem a aciona”, ponderou.
O deputado Delmasso (Republicanos), por sua vez, esclareceu não querer discutir a decisão do Tribunal, mas defender a construção do espaço: “O Museu da Bíblia não atende a religiosidade nenhuma, ele vai contar a história de um livro que faz parte da nossa sociedade e da nossa cultura, é o livro mais vendido no mundo”. “Espero que a justiça seja feita e que a construção seja liberada”, arrematou.
Já o deputado Leandro Grass (Rede) considerou a construção uma “heresia da gestão pública” num momento em que o DF passa por tantas dificuldades nas áreas sanitárias e socioeconômicas. “É uma corrupção de prioridades neste momento”, avaliou.
Denise Caputo - Agência CLDF