Publicador de Conteúdos e Mídias

Sessão solene da Campanha da Fraternidade discute corrupção

Publicado em 26/02/2010 18h01
"Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro". O lema da Campanha da Fraternidade deste ano foi ressaltado por vários participantes como "oportuno" em relação à crise no DF, durante a sessão solene que a bancada petista promoveu nesta sexta-feira (26)  para homenagear o início daquela campanha ecumênica, cujo tema é "Economia e Vida".

Ao abrir a solenidade, com a participação de vários representantes de igrejas cristãs, o líder do PT, deputado Paulo Tadeu, disse que, "apesar de tudo", os distritais petistas decidiram confirmar a realização agora da sessão solene sobre a Campanha da Fraternidade, como vem sendo feito há três anos."A crise no DF é muito forte. E tem a ver com a lógica da ganância.
 Por isso, é preciso que façamos uma reflexão sobre o lema da  Campanha da Fraternidade" afirmou o distrital, ao condenar também "o modelo capitalista da economia excludente". Ao defender a legitimidade do Movimento dos Sem Terra (MST), Tadeu lembrou que no Brasil "dois terços da população vivem abaixo da linha da pobreza".

Também o presidente em exercício da Câmara Legislativa, deputado Cabo Patrício (PT), ressaltou que o lema da Campanha da Fraternidade "é oportuno e correto". O distrital enfatizou a necessidade de a Câmara Legislativa "cortar na própria carne" a fim de se evitar uma intervenção federal. E alertou:  "Os que serviram ao dinheiro têm que pagar o preço".

:O coordenador da Campanha da Fraternidade pelo Conselho das Igrejas Cristãs (Conic), reverendo Luiz Alberto Moura, explicou à plateia que o tema e o lema da Campanha da Fraternidade deste ano foram escolhidos em 2008.
  E lembrou que depois disso vieram a crise global e também a crise aqui no DF. "É preciso acabar com a ótica do mercado, pois o dinheiro deve ser um meio e não um fim", defendeu."Essas cenas  existentes com deputados fazendo orações a Deus em defesa de causas próprias revoltaram nossas igrejas", lamentou o pastor sinodal Carlos  Augusto Möller, presidente do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil.
  Ao pregar o combate à corrupção no País, defendeu uma melhor distribuição de renda.
 "É preciso que se responda a uma pergunta: Economia, para onde vais?".
 Ao encerrar a sessão solene, a deputada Erika Kokay (PT) disse que é preciso que a Campanha da Fraternidade sirva, de fato, "para estreitar os laços da fraternidade humana".

 

Mais notícias sobre