CLDF

O empresário Francisco Moacir Pinto Filho, proprietário da Campo da Esperança Serviços Ltda.

, responsável pela administração de todos os cemitérios do DF, terá que prestar novo depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades no setor. Ele prestou nesta quinta-feira (12) o mais longo depoimento à CPI dos Cemitérios, com mais de cinco horas de duração, mas terá que retornar para prestar novos esclarecimentos em breve.

Logo após o término da reunião, Pinto Filho solicitou uma conversa reservada com os integrantes da Comissão. O encontro durou poucos minutos. O presidente da CPI, deputado Rogério Ulysses (PSB), informou que os distritais vão analisar com profundidade as informações e os documentos apresentados pelo empresário e depois decidir a data da nova convocação. Para o presidente, o administrador dos cemitérios sonegou algumas informações importantes para a investigação. Ulysses informou que a Comissão se reunirá extraordinariamente na próxima semana para definir cronograma de novos depoimentos e os próximos passos do trabalho.

Sonegação - Erika Kokay (PT) perguntou ao depoente porque ele não pagava o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre as urnas, plaquetas e outros produtos que comercializava nos cemitérios. O empresário confirmou que não paga o tributo. "Acho que o senhor está sonegando impostos da sociedade do DF", disparou Kokay.

Pinto Filho não soube responder se a empresa Campo da Esperança está no Cadastro Fiscal do GDF.

 O empresário disse também que no DF não há nenhuma legislação sobre conservação de corpos. Segundo ele, as funerárias estariam "exagerando" na utilização de produtos químicos para conservar os corpos, sem necessidade, especialmente nos casos de morte natural. "Isso irá afetar o meio-ambiente", conclui Moacir.